Professional Documents
Culture Documents
A insuficiência renal crônica é uma diminuição lenta e progressiva da função renal que
acarreta o acúmulo de produtos da degradação metabóli-ca no sangue (azotemia).
•Hipertensão arterial
•Obstrução do trato urinário
•Glomerulonefrite
•Alterações renais (p.ex., rim policístico)
•Diabetes mellitus
•Distúrbios auto-imunes (p.ex., lúpus eritematoso sistêmico)
A lesão renal, causada por muitas doenças, pode acarretar danos irreversíveis.
Sintomas
Diagnóstico
Prognóstico e Tratamento
Uma especial atenção à dieta ajuda no controle da acidose e das concentrações elevadas de
potássio e de fosfato no sangue. Uma dieta pobre em proteínas (0,4 a 0,8 g por quilo de
peso corpóreo ideal) pode retardar a velocidade da progressão da insuficiência renal crônica
à insuficiência renal terminal, para a qual é necessária a instituição da diálise ou a realização
de um transplante renal. Comparados com os não diabéticos os indivíduos diabéticos
normalmente necessitam de um desses tratamentos mais precocemente. Quando a dieta é
rigorosamente limitada ou quando a diálise é iniciada, é recomendável a administração de
uma suplementação vitamínica contendo vitaminas do grupo B e vitamina C.
A formação dos ossos pode ser comprometida quando determinadas condições persistem
durante um longo período. Essas condições incluem a baixa concentração de calcitriol (um
derivado da vitamina D), o consumo escasso e a má absorção de cálcio e as concentrações
elevadas de fosfato e do hormônio da paratireóide (paratormônio) no sangue. A
concentração de fosfato no sangue é controlada através da restrição do consumo de
alimentos ricos em fósforo (p.ex., produtos laticínios, fígado, legumes, nozes e a maioria dos
refrigerantes). Os medicamentos orais que ligam o fosfato como, por exemplo, o carbonato
de cálcio, o acetato de cálcio e o hidróxido de alumínio (um antiácido comum), também
podem ser úteis.
A anemia é causada pela incapacidade dos rins de produzir quantidades suficientes de eritro-
poietina (um hormônio que estimula a produção de eritrócitos). A anemia responde
lentamente à epoetina, uma droga injetável. As transfusões de sangue somente são
realizadas quando a anemia é intensa ou sintomática. O médico também investiga outras
causas de anemia, particularmente as deficiências dietéticas de nutrientes como, por
exemplo, de ferro, de ácido fólico (folato) e de vitamina B12, ou o excesso de alumínio no
organismo.
Quando os tratamentos iniciais da insuficiência renal deixam de ser eficazes, o médico deve
aventar a instituição da diálise prolongada ou o transplante renal.
Diálise
Os médicos decidem iniciar a diálise quando a insuficiência renal causa encefalopatia urêmica
(disfunção cerebral), pericardite (inflamação do pericárdio, o saco que envolve o coração),
acidose (acidez elevada do sangue) não responsiva a outros tratamentos, insuficiência
cardía-ca ou uma concentração muito elevada de potássio no sangue (hipercalemia). Em
geral, os sintomas da disfunção cerebral causada pela insuficiência renal são revertidos pela
diálise em alguns dias, ou, raramente, em até 2 semanas.
Problemas
HEMODIÁLISE
DIÁLISE PERITONEAL
São utilizadas várias técnicas de diálise peritoneal. Na técnica mais simples, a diálise
peritoneal manual intermitente, as bolsas que contêm o líquido são aquecidas até a
temperatura corpórea. A seguir, o líquido é infundido no interior da cavidade peritoneal
durante 10 minutos, sendo mantido na cavidade durante 60 a 90 minutos e, a seguir, ele é
drenado durante um período de10 a 20 minutos. O tratamento completo pode levar doze
horas. Esta técnica é utilizada sobretudo no tratamento da insuficiência renal aguda.
Embora muitos indivíduos sejam submetidos à diálise peritoneal durante anos sem qualquer
problema, complicações podem ocorrer. O sangramento pode ocorrer no local onde o cateter
foi passado ou no interior da cavidade abdominal ou um órgão interno pode ser perfurado
durante a instalação de um cateter. Pode ocorrer extravasamento de líquido em torno do ca-
teter ou para o interior da parede abdominal. O fluxo do líquido pode ser bloqueado por
coágulos ou outros resíduos.
No entanto, a complicação mais grave da diálise peritoneal é a infecção. Ela pode envolver o
peritôneo, a pele da região onde o cateter foi passado ou a área em torno do cateter,
causando a formação de um abcesso. Normalmente, a infecção ocorre devido a uma falha na
técnica de assepsia durante alguma parte da diálise. Comumente, os antibióticos conseguem
combater a infecção. Quando isto não ocorre, pode ser necessária a retirada do cateter até o
desaparecimento da infecção.