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RESPONSABILIDADE

TRIBUTÁRIA
RESPONSABILIDADE
TRIBUTÁRIA
Noções
- Integra a relação jurídica – tributária como
devedor de um tributo, sem possuir relação
pessoal e direta com o respectivo fato gerador.
Art. 128. Sem prejuízo do disposto neste capítulo, a
lei pode atribuir de modo expresso a
responsabilidade pelo crédito tributário a terceira
pessoa, vinculada ao fato gerador da respectiva
obrigação, excluindo a responsabilidade do
contribuinte ou atribuindo-a a este em caráter
supletivo do cumprimento total ou parcial da
referida obrigação.
RESPONSABILIDADE
TRIBUTÁRIA
RESPONSABILIDADE
TRIBUTÁRIA

SUBSTITUIÇAO TRANSFERÊNCIA

SUCESSÃO
SOLIDARIEDA
TERCEIROS
INFRAÇÕES
RESPONSABILIDADE
TRIBUTÁRIA
POR SUBSTITUIÇÃO: Surge
contemporaneamente à ocorrência
do fato gerador
POR TRANSFERÊNCIA: num
momento posterior, um evento
definido em lei causa a modificação
da pessoa que ocupa o pólo
passivo da obrigação -
Transferência da sujeição passiva a
um responsável
RESPONSABILIDADE
TRIBUTÁRIA
SUBSTITUIÇÃO
- Em nenhum momento, o dever de
pagar o tributo recai sobre a figura do
contribuinte.
- Exemplo: fonte pagadora dos
rendimentos
RESPONSABILIDADE
TRIBUTÁRIA
SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA
REGRESSIVA - PARA TRÁS
- Pessoas ocupantes das posições
anteriores são substituídas no dever
de pagar tributo, por aquelas que
ocupam as posições posteriores
RESPONSABILIDADE
TRIBUTÁRIA

C–
A - produtor
supermercado

contribuinte
B - industria
Responsavel

A C

A
RESPONSABILIDADE
TRIBUTÁRIA
SUBSTITUIÇÃO PROGRESSIVA – PARA
FRENTE
- As pessoas ocupantes das posições
posteriores das cadeias de produção e
circulação são substituídas , no dever de
pagar o tributo, por aquelas que ocupam
as posições anteriores.
- arbitramento – por não ter certeza do valor
exato.
RESPONSABILIDADE
TRIBUTÁRIA
A
Refinaria
CONTRIBUINTE - B
RESPONSAVEL – B e C
RESPONSAVEL – C e consumidor

B B B
Distribuidoras Distribuidoras Distribuidorasc

C C C
Postos Postos Postos

CONSUMIDORES CONSUMIDORES CONSUMIDORES


RESPONSABILIDADE
TRIBUTÁRIA
SUBSTITUIÇÃO PARA FRENTE –
CONSTITUCIONALIDADE?
- Boa parte da doutrina: inconstitucional –
fere os princípios da tipicidade, capacidade
contributiva e o do não confisco
- STJ: Não ocorre o recolhimento do tributo
antes da ocorrência do FG, mas o
pagamento antecipado
- É objeto de previsão constitucional
RESPONSABILIDADE
TRIBUTÁRIA
SUBSTITUIÇÃO PARA FRENTE: ART.
150
7.º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de
obrigação tributária a condição de
responsável pelo pagamento de imposto
ou contribuição, cujo fato gerador deva
ocorrer posteriormente, assegurada a
imediata e preferencial restituição da
quantia paga, caso não se realize o fato
gerador presumido.
(Incluído pela Emenda Constitucional nº
3, de 1993)
RESPONSABILIDADE
TRIBUTÁRIA
SUBSTITUIÇÃO PARA FRENTE:
RESTITUIÇÃO
- Valores recolhidos antecipadamente nos
casos de não ocorrência do fato gerador
presumido
- E de ocorrência em valores menores que
os presumidos : não haveria restituição e
em caso de recolhimento a menor não
haveria cobrança suplementar – Convênio
ICMS 13\97 – pendente de julgamento no
STF.
RESPONSABILIDADE POR
SUCESSÃO

Art. 129. O disposto nesta Seção aplica-se


por igual aos créditos tributários
definitivamente constituídos ou em curso
de constituição à data dos atos nela
referidos, e aos constituídos
posteriormente aos mesmos atos, desde
que relativos a obrigações tributárias
surgidas até a referida data.
RESPONSABILIDADE POR
SUCESSÃO
Marco temporal da transferência: é a
data da ocorrência dos eventos
previstos em lei:
- Definitivamente constituidos
- Em curso de constituiçao à data dos
atos nela referidos
- Os constituidos posteriormente aos
mesmos atos
RESPONSABILIDADE POR
SUCESSÃO
DO ADQUIRENTE DE BENS IMÓVEIS
Art. 130. Os créditos tributários relativos a
impostos cujo fato gerador seja a propriedade, o
domínio útil ou a posse de bens imóveis, e bem
assim os relativos a taxas pela prestação de
serviços referentes a tais bens, ou a contribuições
de melhoria, subrogam-se na pessoa dos
respectivos adquirentes, salvo quando conste do
título a prova de sua quitação.
Parágrafo único. No caso de arrematação em
hasta pública, a sub-rogação ocorre sobre o
respectivo preço.
RESPONSABILIDADE POR
SUCESSÃO
ARREMATAÇÃO EM HASTA
PÚBLICA
- Ocorre no processo de execução
- O arrematante adquire o imovel livre
de quaisquer ônus.
- A sub-rogação ocorre sobre o preço
– é real
RESPONSABILIDADE POR
SUCESSÃO
DO ADQUIRENTE OU REMITENTE
DE BENS MOVEIS
- A tranferencia ocorre com a tradição
Art. 131. São pessoalmente
responsáveis:
I - o adquirente ou remitente,
pelos tributos relativos aos bens
adquiridos ou remidos
RESPONSABILIDADE POR
SUCESSÃO
Art. 131. São pessoalmente responsáveis:
II - o sucessor a qualquer título e o
cônjuge meeiro, pelos tributos devidos pelo
de cujus até a data da partilha ou
adjudicação, limitada esta
responsabilidade ao montante do quinhão
do legado ou da meação;
III - o espólio, pelos tributos devidos
pelo de cujus até a data da abertura da
sucessão.
RESPONSABILIDADE POR
SUCESSÃO
SUCESSÃO CAUSA MORTIS
- Com a morte – abertura da sucessão
- A formalização da transferência da
responsabilidade para os sucessores:
conclusão do inventario ou arrolamento.
- Tributos devido até a data de sua morte: a
responsabilidade é do espólio
- Com a prolação da sentença de partilha ou
adjudicação: passa a ser dos sucessores e
do cônjuge meeiro
POR SUCESSÃO EMPRESARIAL

Abrange todos os casos de operações


entre empresas : fusão, cisão,
incorporação,alienaçoes de filiais
Engloba creditos relativos a tributos e
multas
As multas antes da sucessão se incorpora
ao patrimonio do contribuinte, podendo ser
exigido do sucessor
POR SUCESSÃO EMPRESARIAL
RESPONSABILIDADE NA FUSÃO, INCORPORAÇÃO,
TRANSFORMAÇÃO , CISÃO E EXTINÇÃO

Art. 132. A pessoa jurídica de direito privado que resultar de


fusão, transformação ou incorporação de outra ou em outra
é responsável pelos tributos devidos até à data do ato pelas
pessoas jurídicas de direito privado fusionadas,
transformadas ou incorporadas.
Parágrafo único. O disposto neste artigo aplica-se aos
casos de extinção de pessoas jurídicas de direito privado,
quando a exploração da respectiva atividade seja
continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu
espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma
individual.
POR SUCESSÃO EMPRESARIAL
RESPONSABILIDADE
DA SOCIEDADE
RESULTANTE
DO ATO

FUSÃO TRANSFORMAÇÃO INCORPORAÇÃO CISÃO

TORNA-SE
RESPONSABILIDA
RESPONSAVEL
SOLIDARIA
PELOS TRIBUTOS
OU
DEVIDOS
PELAS OBRIGAÇÕES
ATÉ A DATA DO
TRANSFERIDAS
ATO
POR SUCESSÃO EMPRESARIAL

EXTINÇÃO DA SOCIEDADE
Art. 132.
Parágrafo único. O disposto neste artigo
aplica-se aos casos de extinção de
pessoas jurídicas de direito privado,
quando a exploração da respectiva
atividade seja continuada por qualquer
sócio remanescente, ou seu espólio, sob a
mesma ou outra razão social, ou sob firma
individual.
POR SUCESSÃO EMPRESARIAL
RESPONSABILIDADE DO ADQUIRENTE DE FUNDO DE
COMÉRCIO OU ESTABELECIMENTO

         Art.  133.  A  pessoa  natural  ou  jurídica  de  direito 


privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo 
de  comércio  ou  estabelecimento  comercial,  industrial 
ou  profissional,  e  continuar  a  respectiva  exploração, 
sob  a  mesma  ou  outra  razão  social  ou  sob  firma  ou 
nome  individual,  responde  pelos  tributos,  relativos  ao 
fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data 
do ato:
         I  -  integralmente,  se  o  alienante  cessar  a  exploração 
do comércio, indústria ou atividade;
         II  -  subsidiariamente  com  o  alienante,  se  este 
prosseguir  na  exploração  ou  iniciar  dentro  de  seis 
meses a contar da data da alienação, nova atividade no 
mesmo  ou  em  outro  ramo  de  comércio,  indústria  ou 
profissão.
POR SUCESSÃO EMPRESARIAL

RESPONSABILIDADE DO ADQUIRENTE
DE FUNDO DE COMÉRCIO OU
ESTABELECIMENTO
- Não é a empresa que é alienada mas o
conjunto de bens.
- Alienante: existe independentemente da
atividade que o mesmo continua a explorar
- Adquirente:apenas nos tributos relativos ao
estabelecimento
POR SUCESSÃO EMPRESARIAL
RESPONSABILIDADE DO ADQUIRENTE DE
FUNDO DE COMÉRCIO OU
ESTABELECIMENTO – FALÊNCIA OU
RECUPERAÇÃO JUDICIAL

§ 1o O disposto no caput deste artigo não se aplica


na hipótese de alienação judicial:
(Parágrafo incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
I – em processo de falência;
(Inciso incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
II – de filial ou unidade produtiva isolada, em
processo de recuperação judicial.
(Inciso incluído pela Lcp nº 118, de 2005)
POR SUCESSÃO EMPRESARIAL
RESPONSABILIDADE DO ADQUIRENTE DE FUNDO DE
COMÉRCIO OU ESTABELECIMENTO – FALÊNCIA OU
RECUPERAÇÃO JUDICIAL

§ 2o Não se aplica o disposto no § 1o deste artigo quando o


adquirente for:
I – sócio da sociedade falida ou em recuperação judicial, ou
sociedade controlada pelo devedor falido ou em
recuperação judicial
II – parente, em linha reta ou colateral até o 4o (quarto)
grau, consangüíneo ou afim, do devedor falido ou em
recuperação judicial ou de qualquer de seus sócios; ou
III – identificado como agente do falido ou do devedor em
recuperação judicial com o objetivo de fraudar a sucessão
tributária
RESPONSABILIDADE DE
TERCEIROS
Terceiros que falharam no
cumprimento de um dever legal de
gestão ou vigilância do patrimônio do
contribuinte
Possuem vinculo juridico com a
pessoa que deveria ocupar o pólo
passivo
RESPONSABILIDADE DE
TERCEIROS
ATUAÇÃO  REGULAR: sem agressão à lei, ao contrato social ou aos
estatutos
Art. 134. Nos  casos  de  impossibilidade  de  exigência  do  cumprimento 
da  obrigação  principal  pelo  contribuinte, respondem solidariamente
com este nos atos em que intervierem ou pelas omissões de que forem
responsáveis:
I - os pais, pelos tributos devidos por seus filhos menores;
II - os tutores e curadores, pelos tributos devidos por seus tutelados ou
curatelados;
III - os administradores de bens de terceiros, pelos tributos devidos por
estes;
IV - o inventariante, pelos tributos devidos pelo espólio;
V - o síndico e o comissário, pelos tributos devidos pela massa falida
ou pelo concordatário: ADMINISTRADOR JUDICIAL
VI - os tabeliães, escrivães e demais serventuários de ofício, pelos
tributos devidos sobre os atos praticados por eles, ou perante eles, em
razão do seu ofício;
VII - os sócios, no caso de liquidação de sociedade de pessoas.
RESPONSABILIDADE DE
TERCEIROS
MULTAS:
- moratória: decorrentes de mero
atraso
- Punitivas: decorrentes de atos ilicitos
Art. 134:
Parágrafo único. O disposto neste
artigo só se aplica, em matéria de
penalidades, às de caráter moratorias
RESPONSABILIDADE DE
TERCEIROS
ATUAÇÃO  IRREGULAR:
responsabilidade pessoal
- Terceiro responde sozinho com todo o seu
patrimônio, ficando afastada qualquer
possibilidade de atribuição da sujeição
passiva à pessoa que, de outra forma ,
estaria na condição de contribuinte.
- O ato praticado não conteúdo ilicito,
residindo o vicio na ausência de
legitimação
RESPONSABILIDADE DE
TERCEIROS
ATUAÇÃO IRREGULAR: RESPONSABILIDADE 
POR SUBSTITUIÇÃO
Art. 135. São pessoalmente responsáveis pelos
créditos correspondentes a obrigações tributárias
resultantes de atos praticados com  excesso  de 
poderes  ou  infração  de  lei,  contrato  social  ou 
estatutos:
I - as pessoas referidas no artigo anterior;
II - os mandatários, prepostos e empregados;
III - os diretores, gerentes ou representantes
de pessoas jurídicas de direito privado
RESPONSABILIDADE POR
INFRAÇÕES
São pessoas designadas como
responsáveis que cometem infrações
Seriam na realidade contribuintes
Responsabilidade por substituição: já no
momento da pratica da infração o sujeito
passivo – da multa – é responsavel
Outras sanções: pena de perdimento de
bens e proibição de gozo de regimes
especiais de tributação : II e IE
RESPONSABILIDADE POR
INFRAÇÕES
Responsabilidade objetiva: regra –
independe da analise de dolo ou culpa

Art. 136. Salvo disposição de lei em


contrário, a responsabilidade por infrações
da legislação tributária independe  da 
intenção do agente ou do responsável e 
da efetividade, natureza e extensão dos 
efeitos do ato. 
RESPONSABILIDADE POR
INFRAÇÕES
Responsabilidade pessoal do agente: deve
ser atribuída pessoalmente ao infrator
DIREITO TRIBUTÁRIO – A REGRA: multa
é aplicada contra a pessoa jurídica e não
contra o agente que concretizou no mundo
dos fatos, o ilícito
Há casos em que o ordenamento entrevê a
necessidade de que o ato punitivo recaia
pessoalmente sobre o agente responsável:
art. 137
A pessoa juridica: sujeito passivo do
tributo, mas não da multa
RESPONSABILIDADE POR
INFRAÇÕES
Art. 137. A responsabilidade é pessoal ao
agente:
I - quanto às infrações conceituadas
por lei como crimes  ou  contravenções,
salvo quando praticadas no exercício
regular de administração, mandato,
função, cargo ou emprego, ou no
cumprimento de ordem expressa emitida
por quem de direito;
RESPONSABILIDADE POR
INFRAÇÕES

II - quanto às infrações em cuja


definição o dolo  específico do agente
seja elementar;
- objetivo(formal)- descriçao da conduta,
com o resultado e o nexo de causalidade
- subjetivo – dolo ou culpa no
comportamento do agente
- Normativo (valorativo) – segurança
nacional, mal injusto
- Infrações administrativas
RESPONSABILIDADE POR
INFRAÇÕES
- Punir aquele que age com o objetivo especifico de
prejudicar pessoas cujo interesses deveriam defender
- A responsabilidade do agente é relativa a infração
- A sujeiçao passiva quanto ao tributo continua sendo da
pessoa juridica.

III - quanto às infrações que decorram direta e exclusivamente


de dolo específico:
a) das pessoas referidas no artigo 134, contra aquelas por
quem respondem;
b) dos mandatários, prepostos ou empregados, contra
seus mandantes, preponentes ou empregadores;
c) dos diretores, gerentes ou representantes de pessoas
jurídicas de direito privado, contra estas.
DENÚNCIA ESPONTÂNEA DE
INFRAÇÕES
Medida de política tributária com o
objetivo de atrair de volta à legalidade
contribuintes que dela se afastaram,
oferecendo em troca a garantia da
não aplicaçao de medidas punitivas
Inspirado nos institutos da
desistência voluntária e no
arrependimento posterior do direito
penal
DENÚNCIA ESPONTÂNEA DE
INFRAÇÕES
Art. 138. A responsabilidade é excluída pela
denúncia espontânea da infração, acompanhada,
se for o caso, do pagamento do tributo devido e
dos juros de mora, ou do depósito da importância
arbitrada pela autoridade administrativa, quando o
montante do tributo dependa de apuração.
Parágrafo único. Não se considera espontânea a
denúncia apresentada após o início de qualquer
procedimento administrativo ou medida de
fiscalização, relacionados com a infração
DENÚNCIA ESPONTÂNEA DE
INFRAÇÕES
A confissão deve ser realizada antes que o Fisco
tomo qualquer providência tendente a lançar o
tributo
O afastamento da espontaneidade depende de
formal comunicação ao sujeito passivo do inicio do
procedimento relacionada com a infração
Casos comuns de formalização: Termo de Inicio
de Fiscalização e a Notificação para prestar
esclarecimentos
Descumpriemento de obrigações meramente
formais – acessorias - não é aplicavel o instituto
da denuncia
Apenas exclui a multa punitiva, mas não a
moratória

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