Dilatao linear dos slidos metlicos

1. Introduo Um profissional que necessita escolher o melhor material para uma determinada aplicao em sua atividade profissional, certamente deve saber como este se comporta com uma possvel variao de temperatura. Na construo de uma estrada de ferro, por exemplo, os trilhos experimentam variaes de temperatura desde valores muito baixos em dias de inverno rigoroso, at valores muito altos em pleno vero (Figura 1). Fato semelhante se observa com os componentes do motor de um automvel; das vigas, lajes e colunas de um edifcio; dentre tantos exemplos que podem ser citados. As conseqncias habituais de variaes na temperatura de uma substncia so alteraes em suas dimenses e mudanas de sua fase. A Figura 2 apresenta o modelo simples de uma rede cristalina onde os tomos so mantidos juntos, em uma disposio regular, por foras intermoleculares. Tais foras so semelhantes s que seriam exercidas por um conjunto de molas que ligassem os tomos. Estes tomos apresentam vibrao, com amplitude da ordem de 10 -9cm e freqncia de 1013 Hz. Quando a temperatura elevada, a amplitude de vibrao aumenta assim como a distncia mdia entre os tomos, o que acarreta uma dilatao do corpo. Quando se estuda a variao das dimenses de um corpo verifica-se que houve uma variao do volume do corpo, entretanto, em alguns casos torna-se desnecessria uma anlise com este rigor. No caso de uma haste com seco transversal de pequena rea, geralmente estuda-se apenas sua Dilatao Linear. Se a temperatura de um corpo aumenta T, o seu comprimento aumentar L, onde L = L T Nessa expresso, L o comprimento inicial do corpo e o coeficiente de dilatao linear e seu valor depende da natureza do material da haste. Se aumentarmos igualmente a temperatura de duas barras de mesmo tamanho, mas de materiais diferentes, obteremos dilataes diferentes. Isso ocorre por causa das diferenas nas caractersticas microscpicas das substncias.

Figura 1: Junta de dilatao numa estrada de ferro.

Figura 2: Modelo simplificado de uma rede cristalina