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MÓDULO XX
CURSO ANUAL
OPÇÃO 3
Direito Econômico e Financeiro
Direito Eleitoral
Direito Internacional
Direito Previdenciário
Direitos Humanos
Medicina Legal
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DIREITO ADMINISTRATIVO
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DIREITO ADMINISTRATIVO
DIREITO ADMINISTRATIVO
1. RESPONSABILIDADE DO ESTADO
1.1. Definição
A responsabilidade do Estado se traduz numa obrigação, atribuída ao Poder Público,
de compor os danos patrimoniais causados a terceiros por seus agentes públicos tanto no
exercício das suas atribuições quanto agindo nessa qualidade.
O Estado pode ser responsabilizado pelos danos causados por ação ou omissão dos
agentes públicos, quando esses atuarem no exercício de suas atribuições.
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Nessa fase, o Estado não respondia por qualquer prejuízo causado a terceiros. Seu
apogeu ocorreu no período do Absolutismo Europeu.
O Estado jamais poderia ser acionado para compor os danos sofridos por terceiros.
Prevalecia a máxima The King can do no wrong (O rei nunca erra).
A culpa recaía sobre o agente quando era possível sua identificação; caso contrário,
incidia sobre o serviço. Nessa hipótese ocorria a chamada culpa anônima.
A culpa pela prestação do serviço era identificada pela expressão faute du service,
traduzida como culpa ou falta do serviço. Verificava-se, quando o serviço:
- não funcionava;
- funcionava mal;
- funcionava atrasado.
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Não havia necessidade de ação de regresso, uma vez que o funcionário público
respondia solidariamente – poderia ser acionado conjuntamente com a Fazenda. Existia a
chamada responsabilidade subjetiva solidária.
b) Constituição de 1946
“Art. 105: As pessoas jurídicas de direito público respondem pelos danos que seus
funcionários, nesta qualidade, causarem a terceiros.
Parágrafo único. Caberá ação de regresso contra o funcionário que agiu com
culpa ou dolo”.
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• Especial: é o dano que pode ser particularizado, aquele que não atinge a
coletividade em geral; deve ser possível a identificação do particular atingido.
O dano indenizável pode ser material e/ou moral e ambos podem ser requeridos na
mesma ação, se preencherem os requisitos expostos.
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• Para Celso Antônio Bandeira de Mello, se o dano for decorrente de uma omissão,
significa que a responsabilidade recaiu sobre a não prestação de serviço, ou
prestação deficiente, sendo a responsabilidade, na visão deste doutrinador,
subjetiva (faute du service). No que tange às conseqüências da ação do Estado,
Celso Antônio Bandeira de Mello concorda com Hely Lopes Meirelles, ou seja, a
responsabilidade será objetiva.
R.: Depende. Se o Estado foi avisado que a passeata iria sair e não tomou
providências para manter a segurança, ou tomou providências insuficientes, responderá
pela morte do manifestante. Se o Estado não foi avisado sobre a passeata, não responderá
pelos prejuízos decorrentes da manifestação.
Alguns autores (Hely Lopes Meirelles e Celso Antônio) entendem não poder
denunciar à lide o agente responsável pelo prejuízo, pois o fundamento jurídico da
responsabilidade do Estado e do agente é diferente: para aquele demonstra-se apenas o
nexo causal; para esse é preciso provar o dolo ou culpa.
O art. 70, inc. III, do Código de Processo Civil, contudo, dispõe que a denunciação é
obrigatória àquele que estiver obrigado, por força de lei ou de contrato, a indenizar em sede
de ação regressiva. Hely Lopes Meirelles entende que, não obstante o disposto, somente
seria aplicado nas relações particulares.
Hely Lopes Meirelles entende que não há possibilidade de ingressar com ação
diretamente contra o agente, porque o § 6.º do art. 37 da Constituição Federal dispõe que a
responsabilidade é do Estado que tem direito regressivo contra o causador do dano.
Outros autores entendem que a possibilidade existe, tendo em vista que quem
sofreu o prejuízo poderá optar por quem irá acionar. Concluem, entretanto, que se a vítima
ingressar com ação direta contra o agente público não poderá, mais tarde, acionar o Estado.
O erro judicial configura-se quando a sentença é dada além dos limites fixados no
ordenamento jurídico. Quando a sentença é reformada em segunda instância, não há erro
judicial.
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DIREITO CIVIL
1. PARENTESCO E FILIAÇÃO
1.1. Parentesco
Parentesco é um vínculo jurídico imaterial e permanente que liga uma pessoa a um
ascendente comum.
1.1.1. Espécies
Há quatro espécies de parentesco.
a) Parentesco consangüíneo
Com a Constituição de 1988, essa distinção entre filhos naturais e filhos espúrios foi
descartada.
Na linha reta, esse parentesco é indissolúvel (sogro e sogra com genro e nora).
c) Parentesco legal
d) Parentesco espiritual
É o parentesco entre todos aqueles que tenham vínculo pelo batismo. Foi um
parentesco expresso no Código Canônico.
1.2. Filiação
É um parentesco em linha reta de primeiro grau. Sob o aspecto material, a filiação é
absolutamente idêntica, ou seja, todos os filhos são iguais dentro do sistema jurídico.
Porém, obviamente os filhos advindos do casamento têm uma constituição distinta dos
filhos advindos fora do casamento, pis a presunção pater is só pode ser aplicada para os
filhos advindos do casamento.
Além disso, as igualdades entre os filhos também são igualdades no Direito Público,
quer para limitações, quer para concessões. Há, entretanto, diferenças sob o aspecto formal,
havendo uma classificação quanto à origem (filhos havidos no casamento e filhos fora do
casamento).
O filho legítimo era aquele havido e concebido durante o casamento dos pais. Era
uma presunção de legitimidade que estava disposta no artigo 338 do Código Civil de 1916.
O novo Código Civil, muito embora entenda que todos os filhos são legítimos, continua a
presumir concebidos na constância do casamento os filhos nascidos 180 dias após a data do
casamento ou nos 300 dias subseqüentes à dissolução do casamento.
O filho ilegítimo era aquele concebido por pais não casados e que não chegavam a
se casar. O filho ilegítimo poderia ser natural, quando os pais não tivessem impedimentos
para o casamento, ou espúrio, quando os pais tivessem impedimentos para se casar. O filho
ilegítimo espúrio poderia ser adulterino (filho de amantes) ou incestuoso (filho de parentes
ou afins em linha reta). O filho espúrio, de acordo com o artigo 358 do Código Civil de
1916, não poderia ser reconhecido, não tendo os direitos dos filhos legítimos ou naturais.
Essas restrições, entretanto, desapareceram. O artigo 358 do Código Civil de 1916 foi
revogado pela Lei n. 7.841/89. Hoje toda a matéria é histórica.
Há uma presunção pater es quem justae nuptiae demonstrant (o pai é aquele que se
apresenta na constância do casamento – artigo 1597 do Código Civil – 180 dias após o
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início do casamento e 300 dias após o fim do casamento). No primeiro caso (180 dias após
o início do casamento), o cartório registrava com a anuência do pai. A mãe poderia
registrar sozinha, e o pai poderia ingressar com uma ação negatória para a desconstituição
do registro. O pai não poderia negar a paternidade se houvesse a posse do estado de filho
(artigo 1.604 do Código Civil). A posse do estado de filho implicava três situações:
As causas de pedir dessa ação somente poderiam ser a falta de relação sexual por
impotência coeundi e generandi, a separação judicial sem reconciliação e a ausência. Não
poderia ser invocada a exceptio plurium concubentius (várias relações sexuais da mulher).
O novo Código Civil continuou retrógrado autorizando o marido a contestar a paternidade,
porém não podendo falar exclusivamente no adultério da mulher (artigo 1.600), o que é
irrelevante, pois com os exames modernos de paternidade qualquer alegação (causa de
pedir) é legítima desde que fundamentada. Aliás, essa é a posição do Superior Tribunal de
Justiça.
Hoje, além das presunções temporais do artigo 1597, incisos I e II, temos outras três
presunções:
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totalmente revogada, está derrogada pelos artigos 1.607 a 1.617, o que significa que em
parte está revogada e parte continua em vigor.
a) Reconhecimento voluntário
É aquele que se dá por vontade do genitor. Pode ser feito por cinco meios:
• Registro civil: o pai vai ao cartório e registra o filho. Se o genitor não for casado,
precisa de consentimento do filho, se esse for maior, ou do representante legal.
• Testamento: pode reconhecer o filho por testamento, como ato de última vontade
(mesmo se o pai fosse casado).
b) Reconhecimento administrativo
É aquele pelo qual a mãe registra a criança e aponta o nome do pai, que é chamado
pelo juiz e reconhece o filho. A mãe comparece ao Registro Civil e aponta o nome do pai.
O Cartório não pode registrar, tendo em vista que o pai é casado. A mãe deve assinar um
termo, que é enviado ao Juiz-corregedor do Cartório. O juiz instaura um procedimento
administrativo e notifica o suposto pai para comparecer em Juízo em 30 dias.
Se o suposto pai comparecer em Juízo, ele poderá aceitar ou não reconhecer o filho.
No caso de aceitar, o juiz faz um termo e manda reconhecer. Se o suposto pai não
reconhece administrativamente ou não comparece em Juízo, o juiz manda os autos ao
Ministério Público para que se promova uma ação de investigação de paternidade.
c) Reconhecimento judicial
reserva de bens para garantir a herança do filho investigado. Essa ação admite qualquer
tipo de prova. A perícia é fundamental para se provar a paternidade.
1.3.2. Alimentos
Há um dever de assistência material. A lei estabelece, em alguns casos especiais, as
pessoas que devem alimentos a outras. Entre essas pessoas, incluem-se os parentes.
O dever de alimentar é recíproco, isso significa que o pai poderá requerer alimentos
aos filhos. O artigo 1.696 do Código Civil dispõe que os pais necessitados devem ser
assistidos pelos seus filhos maiores. Se os filhos menores tiverem condições de assistir os
pais, deverão também fazê-lo.
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1.3.4. Afinidade
Está prevista na lei como uma espécie de parentesco. É um parentesco por ficção
legal. A lei estabelece um vínculo que une um cônjuge e os parentes do outro cônjuge. Só
existirá afinidade se houver casamento ou união estável; nos casos de concubinato e união
estável, não há afinidade (artigo 1.595 do Código Civil). Os parentes por afinidade são
cunhados, sogras, sogros, genros, noras, enteados, madrastas e padrastos.
J I L
filho filho filho
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2. ALIMENTOS
O direito a alimentos está ligado ao direito à vida, tendo como base o direito natural.
Além disso, o direito positivo trata desse direito-dever de alimentar e ser alimentado
(artigo 5.º e seu inciso LXVII da Constituição Federal/88; artigos 1694 a 1708 do Código
Civil; artigos 100, inciso I, 852 e 733, do Código de Processo Civil, e Lei n. 5.478/68).
2.1. Conceito
Os alimentos não se referem tão-somente ao sustento da pessoa, mas também a
outras necessidades. Por esse motivo, podem ser definidos como “prestações periódicas
devidas por força de lei, de uma pessoa a outra, a fim de atender às suas necessidades
básicas para uma vida digna”.
2.2. Classificação
2.2.1. Espécies
a) Alimentos naturais
b) Alimentos civis
Visam ao atendimento das necessidades básicas para uma vida digna (sustento,
moradia, vestuário, saúde, educação, transporte e lazer).
O pagamento é feito com o próprio bem que atende à necessidade (exemplos: cesta
básica, casa etc.).
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b) Alimentos in pecunia
2.2.3. Processualmente
a) Alimentos provisionais
Requeridos na cautelar.
b) Alimentos provisórios
c) Definitivos
Concedidos na sentença.
2.3. Características
a) Personalíssimo
b) Indisponível
c) Irrenunciável
Não se pode renunciar, tendo em vista que se estará renunciando ao próprio direito à
vida.
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d) Imprescritível
e) Irrepetível
f) Mutável
Admite revisão, por meio de uma ação revisional, que pode visar à
exoneração, redução ou aumento dos alimentos.
2.4. Requisitos
2.4.1. Legitimidade
Devem ser legítimos, tanto o autor quanto o réu. Podem pedir alimentos:
• companheiros;
2.4.2. Necessidade
Deve-se provar a necessidade do alimentando.
2.4.3. Capacidade
Deve-se verificar se o alimentante possui condições financeiras de alimentar.
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Se o réu for revel, a revelia induz o reconhecimento dos fatos; e o juiz pode julgar
procedente o pedido na audiência de conciliação, instrução e julgamento. O Ministério
Público sempre funciona como custus legis.
Essa sentença é apelável; entretanto, essa apelação somente terá efeito devolutivo. O
credor, ainda que o devedor apele, já poderá executar a sentença.
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DIREITO CIVIL
• Usufruto de bens do devedor: utilizado quando o devedor não tiver renda fixa.
A prisão somente pode ser decretada uma vez para cada débito. O pagamento da
dívida extingue a prisão. Há uma tendência da doutrina e da jurisprudência de somente
admitir prisão por dívidas de 3 meses atrasados. Esses três meses devem ser contados da
data do ingresso do pedido.
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A decisão do juiz deve ser fundamentada, e a prisão somente poderá ser decretada se
o devedor não pagar a dívida ou não justificar por que não o fez. O recurso contra essa
decisão do juiz é o agravo de instrumento, sendo admitido, também, habeas corpus.
Esses três institutos, embora sejam distintos entre si, destinam-se à representação de
certas pessoas que, em razão da idade, sanidade mental ou situação, não podem exercer
plenamente seus direitos (menores incapazes, órfãos, abandonados e doentes mentais
incapazes).
A capacidade é inerente a todo ser humano (artigo 1.º do Código Civil), porém, a
pessoa, em certas circunstâncias, não pode exercer seus direitos. A capacidade do exercício
do direito é que é suprida pela representação (capacidade de fato). O artigo 84 do Código
Civil de 1916 dispõe que os incapazes são representados para exercerem seus direitos
(representação ou assistência). Se a pessoa for incapaz, deverá ser representada, se for
relativamente incapaz, será assistida.
3.1.2. Conceito
Originalmente, no artigo 380 do Código Civil de 1916, dizia-se que o pátrio poder
era exercido pelo pai e na falta dele pela mãe, ou seja, o pai tinha prioridade ao pátrio
poder. Esse conceito foi alterado pelo Estatuto da Mulher Casada, que passou a considerar
o pátrio poder como exercido pelo pai com a colaboração da mãe e, havendo divergências
entre eles, prevaleceria a vontade paterna.
3.1.3. Pátrio poder sobre a pessoa dos filhos (artigo 1.634 do Código
Civil)
• Cabe aos pais manter os filhos sob sua companhia e guarda.
• Cabe aos pais a criação e educação dos filhos, isto é, prestação de assistência
material e moral.
• Cabe aos pais dar consentimento para os filhos casarem (pode ser suprido pelo
juiz).
• Cabe aos pais exigir dos filhos: respeito, obediência e pequenos serviços
domésticos compatíveis com suas limitações próprias.
3.1.4. Pátrio poder sobre os bens dos filhos (artigo 1.689 e seguintes
do Código Civil)
• Cabe aos pais a administração dos bens dos filhos.
• A alienação dos bens depende de autorização judicial, para evitar que haja
dilapidação dos bens dos menores.
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DIREITO CIVIL
seu artigo 116, ampliando-se o campo da responsabilidade dos menores se o ato for
infracional.
O Código Civil, em seu artigo 932, inciso I, dispõe sobre a responsabilidade dos
pais pelos atos dos filhos, que estiverem em seu poder e companhia, que causem danos a
terceiros. Essa responsabilidade é presumida e solidária.
A adoção também faz cessar ou extinguir o pátrio poder em relação aos pais
biológicos e faz nascer o pátrio poder em relação aos pais adotantes.
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DIREITO CIVIL
3.2. Tutela
3.2.2. Conceito
Em geral as doutrinas dão um conceito bem simplificado, vendo a tutela como uma
forma de representação dos incapazes quando os pais não puderem dar esta representação.
Tutela é um encargo deferido por lei a uma pessoa capaz (tutor), para a
representação de um menor incapaz (tutelado ou pupilo) que seja órfão ou que esteja com
os pais impedidos de exercer o pátrio poder, para cuidar da pessoa do menor incapaz e
administrar seus bens.
Esse encargo poderá ser deferido por lei ou por testamento (tutela testamentária);
nesse caso, o juiz nomeará o tutor que foi indicado pelos pais do menor, por testamento.
O tutor deve ser capaz. Em geral, o que a lei determina é que o tutor seja um parente
próximo, que tem preferência na tutela (artigo 1.731 do Código Civil).
O tutor tem os mesmos direitos e deveres que os pais têm em relação ao menor.
Esses direitos e deveres, entretanto, não possuem a mesma plenitude. O tutor necessita de
autorização judicial para compra e venda de bens, deve prestar contas da administração dos
bens do tutelado e oferecer uma garantia. Essa garantia se exerce pela chamada
“especialização de bens em hipoteca legal”, para a garantia dos bens e rendimentos do
menor. Essa especialização de bens em hipoteca legal tem sido mitigada pelo legislador. O
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DIREITO CIVIL
• legítima: é aquela que decorre da ordem prevista na lei (artigo 1.731); é a tutela
exercida pelos parentes do menor;
• dativa: é aquela exercida por nomeação judicial, que pode recair sobre qualquer
pessoa idônea.
• Tutela do índio: proteção do Estado, que se exerce pela FUNAI, visando ao índio
não civilizado.
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DIREITO CIVIL
• Com escusa: por motivo que justifica a escusa, que pode ocorrer antes ou após o
início da tutela.
• Por substituição: pode ser determinada pelo juiz, ao seu critério ou por
requerimento de alguém.
• Remoção ou destituição: dá-se por decisão judicial quando o tutor for negligente
(omisso), prevaricador (cumprir mal suas obrigações) ou se tornar incapaz. O
procedimento corre perante a Vara da Infância e da Juventude.
3.3. Curatela
A expressão “curatela” vem da expressão “cura”, que significa, amplamente,
exercício de cuidados ou de tomar conta de bens. Difere-se da tutela, visto que a curatela se
destina à proteção dos incapazes mentais, em geral, após os 18 anos. A curatela é
necessária após os 18 anos, visto que há a cessão do pátrio poder ou da tutela, ainda que a
incapacidade mental seja absolutamente visível.
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DIREITO CIVIL
Curatelado é a pessoa que está sob curatela (incapaz por doença mental). No plano
processual há a expressão “interdição”, da qual provém o interdito, que é o incapaz por
doença mental que sofreu um processo de interdição.
Os artigos 1.767 a 1.783 do Código Civil tratam da curatela, todavia, há uma norma
que prevê que, naquilo que não for incompatível, utilizem-se as normas da tutela. Então, as
disposições sobre tutela previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente , quando não
contrariarem as normas especiais, poderão ser aplicadas à curatela.
O Código de Processo Civil traz algumas regras que tratam tanto da tutela quanto da
curatela. Embora não haja previsão legal da curatela testamentária, nada obsta que o pai
nomeie um curador em testamento. Essa nomeação não é vinculativa.
– aqueles que, por outra causa duradoura, não puderem exprimir sua vontade;
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DIREITO CIVIL
A ação de interdição corre perante a Vara de Família, visto que altera o estado de
capacidade da pessoa. O Ministério Público obrigatoriamente funciona como custus legis,
mas pode, também, ser o requerente quando as pessoas que deveriam propor a ação se
omitem, são ausentes ou incapazes.
Qualquer pessoa interessada pode pedir a curatela dos incapazes, mas o Código traz
um rol em ordem de preferência:
• pais ou tutor;
• cônjuge ou companheiro;
• filhos capazes;
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DIREITO CIVIL
a perícia se houver provas suficientes nos autos que comprovem a incapacidade (por
exemplo: laudo oficial).
Se houver mais provas a produzir, o juiz deverá marcar uma audiência de instrução
e julgamento, que pode ser dispensada caso haja provas incontestáveis em relação à
incapacidade do interditando.
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DIREITO COMERCIAL
DIREITO COMERCIAL
Com base no referido conceito, depreende-se que os requisitos essenciais dos títulos
de crédito são, como já analisado, a cartularidade, a literalidade e a autonomia.
• títulos de legitimação;
• títulos representativos;
• títulos de financiamento;
• títulos de investimento.
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Da Ordem Econômica e Financeira
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DIREITO CONSTITUCIONAL
DIREITO CONSTITUCIONAL
1. PROPRIEDADE
2. REFORMA AGRÁRIA
A desapropriação por interesse social está disciplinada pela Lei n. 4.132/62 e segue
o rito do Decreto-lei n. 3.365/41. A desapropriação por interesse social para fins de reforma
agrária está prevista na Lei Complementar n. 76/93 e na Lei n. 8.629/93 (que sofreu
inúmeras alterações pela Medida Provisória n. 1.997/33, de dezembro de 1999,
posteriormente reeditada sob o n. 2.183/56).
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DIREITO CONSTITUCIONAL
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RTJ 106/936 e 109/360.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
ser beneficiado aquele que exerce função pública, autárquica ou em órgão paraestatal, ou o
que se ache investido de atribuição parafiscal.
• a propriedade produtiva.
Contudo, conforme ensina José Afonso da Silva, “o art. 185 da CF contém uma
exceção à desapropriação especial prevista no art. 184, e não ao poder geral de
desapropriação por interesse social do art. 5.º, XXIV. Quer dizer: desde que se pague a
indenização nos termos do artigo 5.º, XXIV (justa e prévia, em dinheiro), qualquer imóvel
rural pode ser desapropriado por interesse social para fins de reforma agrária e melhor
distribuição da propriedade fundiária”.
As terras rurais de domínio da União, dos Estados e dos Municípios são destinadas,
preferencialmente, à execução de planos de reforma agrária (artigo 13 da Lei n. 8.629/93).
A pequena propriedade rural, assim definida em lei, desde que trabalhada pela
família e desde que seu proprietário não possua outra, além de estar protegida da
desapropriação indenizada com títulos para fins de reforma agrária, também não pode ser
objeto de penhora para pagamentos de débitos decorrentes de sua atividade produtiva
(inciso XXVI do artigo 5.º da Constituição Federal), gozando de imunidade quanto ao
Imposto Territorial Rural (ITR) (artigo 153, § 4.º, da Constituição Federal). Sabendo que o
dispositivo restringiria o acesso dos pequenos proprietários rurais aos empréstimos
bancários, o constituinte determinou que a lei disporia sobre os meios para financiar seu
desenvolvimento.
Terras devolutas são aquelas que pertencem ao domínio público, mas que não se
acham utilizadas pelo ente a que pertencem nem destinadas a qualquer atividade
administrativa, sendo por isso passíveis de transferência aos particulares (artigos 20, inciso
II, e 26, inciso IV, da Constituição Federal). Classificam-se entre os bens dominicais
(artigo 99, inciso III, do Código Civil).
2.2. Confisco
O confisco, ao contrário da desapropriação, caracteriza-se pelo ato de tomada de um
bem particular pelo Estado, sem qualquer indenização. O artigo 243, parágrafo único, da
Constituição Federal prevê o confisco (sob a denominação expropriação sem indenização)
das glebas de qualquer região do País onde forem localizadas culturas ilegais de plantas
psicotrópicas, bem como de qualquer outro bem de valor econômico apreendido em
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DIREITO CONSTITUCIONAL
O procedimento está disciplinado na Lei n. 8.257/91, que prevê o prazo de 120 dias
para destinação das glebas aos colonos. Decorrido esse período, sem o cumprimento da
norma, haverá incorporação ao patrimônio da União.
O artigo 5.º da Constituição Federal, em seus incisos XLV e XLVI, alínea “b”,
autoriza que a lei (norma infraconstitucional) discipline a pena de perdimento dos bens.
Assim, a Constituição Federal de 1988 recepcionou o disposto no artigo 91, inciso II, do
Código Penal, que prevê a perda dos instrumentos e do produto do crime em favor do
Estado, em decorrência da sentença condenatória. A perda é automática, ainda que a
sentença a ela não faça referência.2
2.3. Requisição
O inciso XXV do artigo 5.º da Constituição Federal, dispõe que, no caso de
iminente perigo público, a autoridade competente poderá usar da propriedade particular,
assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver dano. A hipótese é chamada
requisição e não acarreta a transferência definitiva do bem requisitado para o patrimônio
público.
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RT 594/347.
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DIREITO CONSTITUCIONAL
3. DIREITO DO CONSUMIDOR
A Lei n. 8.078/90, que dispõe sobre a matéria, define consumidor como toda pessoa
física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.
Equipara-se ao consumidor a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que
participe das relações de consumo.
Fornecedor é a pessoa física ou jurídica que cria, fabrica, constrói, importa, exporta
ou comercializa um produto ou serviço.
O artigo 6.º da Lei n. 8.078/90 explicita alguns dos direitos garantidos aos
consumidores, a exemplo da proteção da vida, da saúde, da segurança e do direito à
informação clara e precisa sobre os produtos e serviços que são oferecidos.
Para dar eficácia aos direitos do consumidor, a lei prevê a facilitação da defesa de
seus direitos, admitindo, inclusive, a inversão do ônus da prova em favor do consumidor
hipossuficiente ou quando for verossímil (razoável) sua alegação (artigo 6.º, inciso VIII, do
Código do Consumidor).
No caso de vício oculto, redibitório, o prazo tem início no momento em que ficar
evidenciado o defeito. A garantia contratual é complementar à legal.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Dos Recursos
1. NOÇÕES GERAIS
2. SISTEMAS RECURSAIS
Pelo sistema ampliativo, para toda decisão judicial haverá um recurso. Já o sistema
limitativo, como o nome diz, ou limita os recursos a determinadas decisões, ou estabelece
que algumas decisões não são passíveis de impugnação. No Direito Processual do Trabalho
temos o sistema limitativo, porque para as decisões interlocutórias não há recurso.
3. PRINCÍPIOS
4. CLASSIFICAÇÃO GERAL
Com relação aos efeitos dos recursos, temos: efeitos devolutivo, suspensivo,
translativo, substitutivo, extensivo e regressivo.
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Adequação: o recurso deverá ser o recurso certo, adequado, uma vez que a
impugnação errônea impossibilitaria ao interessado apresentar outro, embora existam os
princípios da fungibilidade e da variabilidade.
Preparo: o recurso, para ser aceito, deve ter as custas pagas pelo perdedor, pela
reclamada ou pelo reclamante, salvo se esse for beneficiário da Justiça Gratuita. Além do
pagamento de custas, a empresa deverá fazer o depósito nos termos da condenação, com
base no art. 899 da Consolidação das Leis do Trabalho. As custas deverão ser pagas até
cinco dias após a interposição do recurso, e o depósito deverá ser feito com o recurso,
dentro do prazo recursal. O recurso sem preparo (sem pagamento de custas e/ou depósito
do valor) é considerado deserto. Estão isentos do depósito recursal a União, os Estados, o
Distrito Federal, os Municípios, as autarquias e fundações públicas (Dec.-lei n. 779/69). Da
massa falida, também, não se exige o depósito (Enunciado n. 86 do TST).
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DIREITO DO TRABALHO E PROCESSO DO TRABALHO
Legitimidade: tem legitimidade aquele que pode recorrer (art. 499 do CPC): parte
vencida, terceiro interessado, Ministério Público, litisconsorte, assistente, herdeiros,
sucessores.
Lesividade: tem lesividade aquele que é vencido na sentença e, ainda, aquele que,
mesmo vencedor, perdeu em fundamentos fáticos e/ou jurídicos. Não se pode tirar essa
prerrogativa de quem – por exemplo, uma empresa-ré – obteve sentença de total
improcedência quanto ao mérito, mas viu rejeitada a inépcia da inicial e/ou a carência de
ação.
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DIREITO PENAL
Dos Crimes Contra os Costumes
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DIREITO PENAL
DIREITO PENAL
Resposta: Sim, pois a vítima pode aparentar ou dizer que tem mais idade. Pode,
também, ter hímen complacente, fazendo com que o agente incorra em erro de tipo. Nesses
casos exclui-se o dolo, desde que o erro seja invencível (artigo 20 do Código Penal).
3
JESUS, Damásio Evangelista de. Direito Penal. 14.ª ed. São Paulo: Saraiva, 1999. Vol. 3.
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DIREITO PENAL
3
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DIREITO PENAL
Observação: o legislador pátrio foi omisso, não tipificando a conduta do agente que
obriga vítima menor de 14 anos a presenciar ato de libidinagem. Não é possível enquadrar
essa conduta no delito de constrangimento ilegal porque o nosso Direito Penal não
considera a vontade do menor de 14 anos. A presente conduta também não configura
atentado violento ao pudor nem estupro, porque presenciar não é praticar.
Resposta: Para Nelson Hungria, corrupção de menores é crime formal, ou seja, basta
o ato de libidinagem. Os autores mais atuais dizem que o crime é material, ou seja, não
basta o ato de libidinagem, sendo preciso a efetiva corrupção. Esta é a posição majoritária
da doutrina e da jurisprudência.
2.5. Consumação
Se o crime for considerado formal, segundo posição de Nelson Hungria, a prática de
qualquer ato libidinoso consuma o delito. Se entendido que o crime é material, a
consumação ocorre no momento em que o menor se corrompe.
2.6. Tentativa
É possível. Se o crime for tido como:
• material: haverá tentativa se, apesar da prática dos atos libidinosos, o menor não
se corromper.
“Raptar mulher honesta, mediante violência, grave ameaça ou fraude, para fim
libidinoso:
Para a configuração do crime de rapto é necessário que a vítima fique sob o poder
do agente por tempo juridicamente relevante. Assim, não é suficiente que o sujeito se
apodere da vítima somente por tempo necessário para o ato sexual.
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DIREITO PENAL
Rapto por retenção: caracteriza-se quando a vítima, após ser atraída por meio de
fraude, é impedida de se retirar do local, ficando sob o domínio do agente.
3.7. Consumação
O rapto é crime formal e se consuma com a privação da liberdade da vítima por
tempo juridicamente relevante.
3.8. Tentativa
Admite-se a tentativa quando não atinge a privação da liberdade da vítima, apesar
do emprego da violência, grave ameaça ou fraude.
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DIREITO PENAL
De acordo com o Código Civil, a mulher maior de 18 anos pode exercer todos os
atos da vida civil, não se encontrando mais sob o poder familiar. Assim, entendemos que o
artigo 220 do Código Penal foi derrogado pelo artigo 5.º do novo Código Civil. Em razão
disso, para efeito de aplicação do artigo 220 do Código Penal, deve ser considerada a
ofendida maior de 14 e menor de 18 anos.
Considera-se rapto consensual, por exemplo, levar uma mulher de 17 anos ao motel.
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DIREITO PENAL
• se o agente restituir a vítima, sem praticar com ela qualquer ato libidinoso, ou a
colocar em lugar seguro à disposição da família, a redução é de metade da pena.
“Tendo em vista que a lei não esclarece a quais crimes as qualificadoras se aplicam,
existe grande controvérsia envolvendo o tema, pois, por estarem descritas no capítulo das
disposições gerais, as qualificadoras seriam aplicáveis a todos os crimes sexuais que
tivessem como pressuposto o emprego de violência (estupro, atentado violento ao pudor e
rapto violento). Prevalece, entretanto, o entendimento de que as qualificadoras não se
aplicam ao crime de rapto violento, uma vez que a pena é extremamente excessiva para a
hipótese e porque o art. 222 do Código Penal determina a aplicação do concurso material
entre o rapto e qualquer outro delito praticado durante sua execução ou após sua
consumação. Assim, o agente responde por crime de rapto em concurso material com
lesões corporais ou homicídio, e não pelo crime qualificado”.4
O caput do artigo 223 traz a expressão “violência”, o parágrafo único diz “fato”.
Como o parágrafo sempre se refere ao caput, prevalece o entendimento que tanto para o
4
GONÇALVES, Victor Eduardo Rios. Sinopses Jurídicas. 2.ª ed. São Paulo: Saraiva, 1999. Vol. 10. p. 19.
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DIREITO PENAL
A dúvida acerca da capacidade da vítima favorece o agente, uma vez que a lei exige
que ele tenha conhecimento. Requer-se, portanto, dolo direto.
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DIREITO PENAL
“Art. 9.º As penas fixadas no art. 6.º para os crimes capitulados nos arts. 157, § 3.º,
158, § 2.º, 159, caput e seus §§ 1.º, 2.º e 3.º, 213, caput, e sua combinação com o art. 223,
caput e parágrafo único, e 214 e sua combinação com o art. 223, caput e parágrafo único,
todos do CP, são acrescidas de metade, respeitado o limite superior de 30 anos de reclusão,
estando a vítima em qualquer das hipóteses referidas no art. 224, também do CP.”
Há os seguintes posicionamentos:
• Não pode ser aplicado o artigo 9.º na hipótese de presunção de violência porque
haveria bis in idem. A mesma circunstância que tem a função de presumir a
violência não pode ter a função de aumentar a pena. É o entendimento do
Superior Tribunal de Justiça.
• Pode, pois não há bis in idem. O artigo 224 do Código Penal é apenas uma
norma explicativa, interpretativa.
Exceções:
• Ação penal pública incondicionada: quando o crime for praticado com abuso do
pátrio poder, ou da qualidade de padrasto, tutor ou curador.
Há duas posições:
1ª) Ação penal privada, pois as lesões ficam absorvidas pelo estupro (salvo as
exceções do § 1.º, incisos I e II, do artigo 225 do Código Penal);
2.ª) No crime de estupro praticado mediante violência real, a ação penal é pública
incondicionada (Súmula n. 608 do Supremo Tribunal Federal). Essa conclusão baseia-se no
artigo 101 do Código Penal, que trata do crime complexo. Não concordamos com esse
entendimento, pois o estupro não é crime complexo. Observação: Com o advento da Lei n.
9.099/95, a lesão corporal leve passou a ser de ação penal pública condicionada à
representação. A doutrina afirmou estar a súmula revogada, mas o Superior Tribunal de
Justiça decidiu que “como a lesão corporal leve fica absorvida, não há necessidade da
representação prevista no art. 88 da Lei dos Juizados Especiais Criminais”.
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DIREITO PENAL
O padrão de pudor público varia de acordo com o local (exemplo: algumas cidades
do interior mantêm costumes tradicionais, enquanto a cidade grande possui outros valores),
o tempo (exemplo: carnaval) etc.
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DIREITO PENAL
O ato obsceno deve ser verificado de acordo com o caso concreto. Exemplo: o
topless no Rio de Janeiro; naquele momento, hora e local, não ofendeu ao pudor público.
Observação: o ato pode ser ao mesmo tempo libidinoso e obsceno. Exemplo: beijo
lascivo em praça pública é ato libidinoso tendente à satisfação sexual, e também ato
obsceno, ofensivo à moral pública.
Lugar ermo é aquele inacessível; é o oposto de lugar público. Ato obsceno praticado
em lugar ermo não configura crime. Uma praia pode ser lugar ermo, se for de difícil
acesso. Se, pela escuridão do local, é impossível ver o ato, não há crime.
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DIREITO PENAL
Teatro de sexo explícito ou nudismo não configura ato obsceno porque está
plasmado ao contexto artístico: sexo, naquele local e dentro de um determinado contexto
teatral, não ofende ao pudor público.
Lugar exposto ao público é o local privado que pode ser visto por um número
indeterminado de pessoas. Exemplo: sala com janela voltada para rua, piscina, jardim
voltados para prédios vizinhos etc.
Trocar de roupa em um apartamento com a janela aberta não é ato obsceno porque
só o vizinho poderá ver (pessoa determinada). Dependendo do caso, poderá ser hipótese de
importunação ofensiva ao pudor.
O agente pode querer protestar e, para isso, tira a roupa. Ainda que lícito o seu
protesto, praticará o delito.
Não precisa haver intenção de ofender, mas, sim, apenas de praticar o ato obsceno.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
Procedimentos Especiais
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1.3.1. Legitimidade
A legitimidade ativa, em regra, pertence ao devedor. Entretanto, o Código de
Processo Civil dispõe que pode propor a consignatória o devedor ou um terceiro. Este
terceiro somente pode propor a consignatória se tiver um interesse jurídico no
cumprimento da obrigação, por exemplo, o cessionário de uma obrigação.
Com relação à legitimidade passiva, a ação será proposta em face do credor. Muitas
vezes pode se ter um credor-réu não individualizado ou, ainda, ser o fundamento da
consignatória a dúvida a respeito de quem seja o credor.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
1.5. Procedimentos
O Código de Processo Civil prevê (art. 890, § 1.º) que o devedor pode depositar,
perante uma instituição financeira oficial, o valor devido, caso em que o credor será
notificado por carta com aviso de recebimento para, no prazo de 10 dias, levantar o
dinheiro ou impugnar o depósito. Se levantar o dinheiro ou permanecer inerte, considera-se
quitada a obrigação. Caso ocorra impugnação, o devedor deverá propor a ação de
consignação em pagamento no prazo de 30 dias (art. 890, § 3.º).
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
No caso de dúvida quanto aos credores, o juiz profere uma decisão declarando que o
devedor cumpriu a obrigação, seguindo o processo entre os sujeitos que, teoricamente,
seriam os pretensos credores.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
2. AÇÃO DE DEPÓSITO
2.1. Introdução
A matéria vem regulada pelos arts. 901 a 906 do Código de Processo Civil. A
palavra "depósito" advém do Latim depositum, que significa confiança. O depósito é o
contrato por meio do qual um dos contraentes (depositário) recebe do outro (depositante)
um bem móvel, obrigando-se a guardá-lo, temporária e gratuitamente, para restitui-lo
quando lhe for exigido.
• Depósito mercantil.
2.2. Legitimação
O legitimado ativo é o que entregou a coisa para depósito, independentemente de ser
o proprietário.
A ação pode ser proposta contra pessoa física ou jurídica. Se proposta contra pessoa
jurídica, a prisão recai sobre o gerente que se coloca na posição de depositário.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
2.3. Procedimento
Petição inicial: além dos requisitos do art. 282 do Código de Processo Civil, deve a
petição inicial descrever minuciosamente a coisa depositada, indicando o local onde se
encontra depositada e sua estimativa de valor. Aliás, este último requisito é fundamental
para que o réu possa depositar o valor. O art. 902 exige que a petição inicial contenha a
prova literal do depósito, isto é, o documento que comprove o depósito. Caso não exista a
prova documental do depósito, o procedimento especial não poderá ocorrer, devendo a
parte ingressar com uma ação sob o rito ordinário. A petição inicial já pode conter o pedido
de prisão.
• Consignar a coisa em juízo; nesse caso, pode contestar e discutir o mérito sem a
possibilidade de prisão.
• Reconvir e excepcionar.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
3.1. Introdução
A matéria vem tratada nos artigos 904 a 909 do Código Civil e artigos 907 a 913 do
Código de Processo Civil. Diz o caput do artigo. 1.505: "O possuidor de título ao portador
tem direito à prestação nele indicada, mediante sua simples apresentação". O parágrafo
único do mesmo artigo dispõe que a obrigação subsiste ainda que o título tenha entrado em
circulação contra a vontade do próprio emissor. Por conseguinte, torna-se importante o
remédio da anulação e substituição do título ao portador, para evitar o enriquecimento
indevido.
• Reivindicação do título: o título pode estar na posse de terceiro por perda por
parte do credor, ou por injusto desapossamento. É uma ação reivindicatória.
Qualquer um pode ser legitimado passivo.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
4.1. Introdução
A obrigação de prestar contas surge toda a vez que alguém tem ingerência sobre
bens de terceiros, visando demonstrar lisura na interferência do patrimônio de outro para
que não haja enriquecimento indevido.
4.2.1. Procedimento
Na primeira fase o juiz deve verificar a obrigação de prestar contas. Por
conseguinte, a petição inicial deve conter, além dos requisitos do art. 282, menção à origem
da obrigação, se legal ou contratual. Deve também conter prova de que o réu teve bens do
auto em administração.
• O réu pode permanecer inerte: nesse caso, o juiz julga procedente o dever e
manda o réu prestar as contas em 48 horas, sob pena de o autor fazê-lo em 10
dias.
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DIREITO PROCESSUAL CIVIL
4.3.1. Procedimento
Além dos requisitos do art. 282 do Código de Processo Civil, o autor precisa
demonstrar a sua obrigação de prestar contas; aliás, sua causa de pedir para prestar contas,
juntando, inclusive, os documentos do contrato ou do ato jurídico que criou a obrigação.
Deve, ainda, esclarecer o porquê da propositura da ação, já que as contas não lhe foram
exigidas.
Respostas do réu:
• Revelia: o juiz julga as contas, muito embora o juiz não esteja vinculado a fazê-
lo, seguindo o rito ordinário.
• Contestação: caso o réu conteste, quer na questão principal das contas, quer em
quaisquer outras questões, o procedimento é o ordinário, com julgamento
antecipado da lide, ou com a produção de provas.
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Do Procedimento do Júri
1. HISTÓRICO
O Júri tem a sua origem na Magna Carta de 1215. No Brasil, surgiu na Lei de
18.6.1822, que criava o julgamento pelo Júri para os crimes de imprensa. Depois, a
Constituição Imperial de 1824 passou a prevê-lo como um órgão do Poder Judiciário e
ampliou sua competência para julgar causas cíveis e criminais (quanto às causas cíveis não
houve regulamentação). A Constituição de 1891 manteve o Júri como instituição soberana.
A Constituição de 1934 disciplinou o Júri no capítulo do Poder Judiciário.
A Constituição Federal prevê o Júri em seu artigo 5.º, inciso XXXVIII. Esse
dispositivo traça os quatro princípios fundamentais da instituição do Júri, quais sejam:
plenitude de defesa; sigilo nas votações; soberania dos veredictos; competência mínima
para julgamento dos crimes dolosos contra a vida, tentados ou consumados.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
a) Plenitude de defesa
A defesa plena é mais abrangente do que a ampla defesa, pois além da autodefesa, o
réu terá direito à defesa técnica, podendo fazer uso de argumentos jurídicos e
extrajurídicos.
O advogado tem liberdade para elaborar a defesa do réu, podendo alegar o que
melhor lhe aprouver, ainda que sem amparo jurídico. Exemplo: na tréplica, o advogado
alega que o crime foi praticado há 11 anos; depois disso, o réu arrumou um emprego, teve
sete filhos, tornou-se líder comunitário etc.
O juiz deve quesitar, além das alegações desenvolvidas pela defesa técnica, aquelas
alegadas pelo réu em sua autodefesa, mesmo que incompatíveis. Exemplo: o réu, no seu
interrogatório em plenário, alega que agiu em legítima defesa. O defensor considera que é
difícil convencer os jurados da legítima defesa e então sustenta outra tese; alega que o réu
não conhece o instituto da legítima defesa, argumenta que as qualificadoras não existiram e
que há um privilégio. O juiz irá quesitar as duas defesas alegadas: legítima defesa e
privilégio. Esse entendimento nos parece ser o melhor, pois garante efetivamente a defesa
plena, mas há decisão do Supremo Tribunal Federal no sentido de que só deve ser
quesitada a tese apresentada pela defesa técnica.
O Código de Processo Penal prevê várias maneiras de manter o sigilo nas votações,
cabendo citar, entre outras:
• O julgamento é feito em sala secreta: isso evita que uma das pessoas que esteja
no plenário perceba qual foi o voto dos jurados e, também, qualquer tipo de
constrangimento.
• O julgamento feito pelos jurados tem por base a íntima convicção: assim, não há
fundamentação da decisão. É exceção à regra do livre convencimento motivado.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
O artigo 593, inciso III, alínea “d”, do Código de Processo Penal, permite a apelação
das decisões do Júri quando consideradas manifestamente contrárias às provas dos autos. A
apelação é julgada pelo tribunal. Se o tribunal der provimento à apelação, anula o
julgamento e determina a realização de outro. O tribunal não decide o mérito. A apelação
com esse fundamento só pode ser interposta uma vez.
“Na revisão criminal, a mitigação desse princípio é ainda maior, porque o réu,
condenado definitivamente pode ser até absolvido pelo tribunal revisor, caso a decisão seja
arbitrária. Não há anulação nesse caso, mas absolvição, isto é, modificação direta do mérito
da decisão dos jurados.”5
5
CAPEZ, Fernando. Curso de Processo Penal. 7.ª ed. São Paulo: Saraiva, 2001.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Esses são os crimes de competência do Júri; todavia, sua competência pode ser
ampliada por lei ordinária. Já existe uma lei ordinária ampliando: o artigo 78, inciso I, do
Código de Processo Penal prevê que também é da competência do Júri o julgamento dos
crimes conexos com os crimes dolosos contra a vida.
Atenção:
3. O policial militar, que pratica crime doloso contra a vida de civil, ainda que em
serviço, será julgado pelo Júri.
4. Pessoas que têm prerrogativa de foro em razão da função não são julgadas pelo
Júri (exemplo: promotor de justiça).
3. ORGANIZAÇÃO DO JÚRI
4
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Observação: o Júri não se confunde com o escabinado, pois neste não há divisão de
competência. No Brasil, exemplo de escabinado é encontrado na justiça militar; nas
auditorias há um juiz togado e cinco oficiais, sendo que seus votos têm o mesmo valor.
No mês de novembro de cada ano, o juiz publica uma lista provisória com o nome
dos jurados que irão atuar no próximo ano. Na segunda quinzena de dezembro, o juiz
publica a lista definitiva (artigo 439, parágrafo único, do Código de Processo Penal).
Enquanto a lista não é definitiva, qualquer pessoa pode impugná-la. O juiz decide
sobre aquele pedido de exclusão de nome da lista. Se o juiz indefere o pedido e inclui o
nome, aquele que argüiu a exclusão pode interpor recurso em sentido estrito no prazo de 20
dias (em outras hipóteses o recurso em sentido estrito tem prazo de cinco dias), conforme o
artigo 581, inciso XIV, e artigo 586, parágrafo único, ambos do Código de Processo Penal.
Quem julga o recurso é o Presidente do Tribunal de Justiça.
Da lista definitiva são sorteados os 21 nomes que formarão o Tribunal do Júri, sendo
renovados a cada reunião periódica. O sorteio é realizado em audiência pública e um
menor de 18 anos realiza o sorteio (presume-se a pureza do menor).
• ser alfabetizado.
A lei prevê expressamente nos artigos 434 e 436, parágrafo único, do Código de
Processo Penal aqueles que são isentos do serviço do Júri. Entre eles estão os maiores de
60 anos, os que já exerceram a função de jurado por um ano, ministros de confissão
religiosa, parteiras, entre outros.
Um cidadão convocado a prestar o serviço do Júri, não estando no rol dos isentos,
não pode recusar-se a essa obrigação. Poderá, todavia, por razões de convicção filosófica,
política ou de crença religiosa, invocar em seu favor a denominada escusa de consciência.
O artigo 435 do Código de Processo Penal (determina que aquele que alega escusa de
consciência para não prestar o serviço do Júri perde os direitos políticos) não foi
recepcionado pela Constituição Federal, estando, portanto, revogado.
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4. JUDICIUM ACCUSATIONIS
• citação do acusado;
• interrogatório;
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Observação: nessa fase fica proibida a juntada de qualquer documento pelas partes.
Novo documento só será apresentado posteriormente no libelo ou nas contra-razões do
libelo (artigo 406, § 2.º, do Código de Processo Penal).
Após as alegações, os autos vão conclusos ao juiz, que ordenará diligências para
sanar nulidades ou suprir falhas. Em seguida, os autos vão conclusos para a sentença. O
juiz pode tomar as seguintes decisões:
- decisão de pronúncia;
- decisão de impronúncia;
- desclassificação;
Todas essas decisões podem ser impugnadas por meio do recurso em sentido estrito
(artigo 581, incisos II, IV e VI, do Código de Processo Penal).
4.1. Pronúncia
Trata-se da decisão do juiz que entende existir prova da materialidade e indícios
suficientes de autoria. Julga admissível a acusação, submetendo o réu a julgamento pelo
Tribunal do Júri.
“Na fase da pronúncia vigora o princípio in dúbio pro societate, uma vez que há
mero juízo de suspeita, não de certeza. O juiz verifica apenas se a acusação é viável,
deixando o exame mais acurado para os jurados. Somente não serão admitidas acusações
manifestamente infundadas, pois há juízo de mera prelibação”.6
Essa decisão, na verdade, não é uma sentença, pois não julga o mérito. Tem a
natureza jurídica de decisão interlocutória mista não-terminativa. O Código de Processo
Penal fala em sentença porque a decisão de pronúncia deve seguir os mesmos requisitos da
sentença (relatório, fundamentação e dispositivo).
pronúncia, deve utilizar uma linguagem comedida e cautelosa, sem referir-se a culpado ou
inocente, pois levaria à nulidade da decisão.
Não há mais o lançamento do nome do réu no rol dos culpados. O dispositivo que
determinava essa providência não foi recepcionado pela Constituição Federal em razão do
princípio da presunção de inocência.
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Pergunta: No caso de classificação jurídica errada, o juiz pode pronunciar o réu com
outra classificação, sem dar vista às partes?
• circunstâncias agravantes;
• circunstâncias atenuantes.
A única agravante que deve constar na pronúncia é a reincidência, pois irá interferir
na prisão ou na liberdade do réu.
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• Se o réu está solto, será intimado pessoalmente. Caso não seja encontrado, a
intimação será feita por edital, dependendo da natureza da infração:
4.2. Impronúncia
A decisão de impronúncia julga inadmissível a acusação. Não há prova da
materialidade ou indício de autoria. A decisão de impronúncia tem natureza jurídica de
decisão interlocutória mista terminativa. Não julga o mérito, mas extingue o processo.
Essa decisão só faz coisa julgada formal. Surgindo novas provas, o processo poderá
ser reaberto se não estiver extinta a punibilidade (exemplo: se o crime ainda não
prescreveu).
Exceção: a decisão de impronúncia fará coisa julgada material nos seguintes casos:
4.2.1. Despronúncia
É a decisão judicial que revoga uma decisão de pronúncia. Pode ocorrer se houver
interposição de recurso e o tribunal revogar a decisão ou se o próprio juiz da causa, no
juízo de retratação, voltar atrás e impronunciar o réu.
4.3. Desclassificação
A desclassificação ocorre quando o juiz se convence de que o réu não cometeu um
crime doloso contra a vida, mas sim cometeu um crime diverso, da competência do juiz
singular.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Contra essa decisão cabe recurso em sentido estrito com fundamento no artigo 581,
inciso II, do Código de Processo Penal, embora alguns doutrinadores prefiram a hipótese
no inciso IV (o argumento é o de que a desclassificação contém embutida uma
impronúncia).
É uma sentença, pois nela há o julgamento do mérito. Faz coisa julgada material.
Para ter eficácia deve ter o reexame necessário.
A Súmula n. 423 do Supremo Tribunal Federal dispõe que, enquanto não houver o
recurso de ofício, a sentença não transita em julgado.
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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Resposta: O Juiz não pode reconhecer a legítima defesa e absolver o réu no sumário
da culpa, pois esta não restou provada. Deverá pronunciar o réu, pois o Júri pode
reconhecer a legítima defesa e absolver o réu. Se o juiz no sumário da culpa reconhecer a
excludente de culpabilidade, terá de dar a absolvição imprópria, impondo ao réu uma
medida de segurança. No caso dele pronunciar, o réu terá uma chance de o Júri reconhecer
a legítima defesa e o absolver; ou, na pior das hipóteses, será condenado e receberá uma
medida de segurança pela inimputabilidade já comprovada.
Conforme já foi dito, se o juiz reconhecer que o fato é atípico deverá impronunciá-lo
(essa impronúncia fará coisa julgada material), mas ressalvamos que há quem entenda que
o juiz deverá absolvê-lo. Na prática, a diferença é que no caso da absolvição sumária há
recurso de ofício.
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MÓDULO XX
DIREITO TRIBUTÁRIO
Repartição das Receitas Tributárias
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DIREITO TRIBUTÁRIO
DIREITO TRIBUTÁRIO
• 30% do IOF sobre operações com ouro, nos termos do artigo 153, § 5.º, inciso I,
da Constituição Federal.
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DIREITO TRIBUTÁRIO
• 70% do IOF sobre o ouro, nos termos do artigo 153, § 5. o, inciso II, da
Constituição Federal.
O artigo 159, inciso II, da Constituição Federal estabelece que a União entregará
10% do produto da arrecadação do IPI aos Estados e ao Distrito Federal,
proporcionalmente ao valor das respectivas exportações de produtos industrializados,
sendo que nenhuma atividade poderá receber mais do que 20% do valor total (§ 2.º).
Desse valor, os Estados devem entregar aos Municípios 25% do que receberem,
observando-se os critérios estabelecidos no artigo 158, parágrafo único, incisos I e II.
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DIREITO TRIBUTÁRIO
O artigo 162 da Constituição Federal prevê o dever dos entes públicos de divulgar
valores, repasses e quantias recebidas, até o último dia do mês subseqüente ao da
arrecadação.
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MÓDULO XX
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LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
1. NOÇÕES GERAIS
Abuso é o uso do poder fora dos seus limites legais. É o seu exercício excessivo.
Função pública, por sua vez, nas palavras de Gilberto e Vlademir Passos de Freitas, é
qualquer atividade que realize fins próprios do Estado, ainda que exercida por pessoas
estranhas à Administração Pública ou gratuitamente.
7
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro. São Paulo: RT, 1978. p. 83.
1
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LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
Art. 1º. A falta de representação do ofendido, nos casos de abusos previstos na Lei
n. 4.898, de 9 de dezembro de 1965, não obsta a iniciativa ou o curso de ação pública.
Ficou evidente, portanto, que os crimes definidos na Lei n. 4.898/65 são de ação
penal pública incondicionada.
Essa notícia do crime, consoante acentua Tourinho Filho, em sua obra Processo
Penal, pode ser de “cognição imediata”, quando a autoridade policial toma conhecimento
do fato por meio de suas atividades rotineiras. Será de “cognição mediata”, quando o
conhecimento do fato é levado à autoridade por meio de requerimento da vítima, ou por
requisição do Poder Judiciário ou do Ministério Público, ou mediante representação. Ela
será de “cognição coercitiva” no caso de prisão em flagrante. Dessa classificação resulta
que a notitia criminis, de que trata a Lei n. 4.898/65, é de cognição mediata.
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LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
1.3. Competência
A competência poderá ser da Justiça Comum federal ou estadual; sendo competente,
como regra, o Juízo do lugar onde se consumar a infração (art. 70 do CPP). Sendo o autor
do abuso servidor federal, a competência será da Justiça Federal, nos termos do art. 109,
inc. IV, da Constituição Federal. Nos demais casos, a competência será da Justiça Estadual.
2. SANÇÕES
No § 2.º do art. 6.º está disciplinada a sanção civil. Menciona o citado dispositivo
que, caso não seja possível fixar o valor do dano, a indenização consistirá no pagamento de
quinhentos a dez mil cruzeiros. Tais valores, atingidos pela inflação, tornaram-se
inexeqüíveis. Isso não impede, evidentemente, que a vítima do abuso, numa ação
indenizatória possa pleitear os valores que entender justos à luz dos danos morais e
materiais que suportou. A ação poderá ser proposta contra o Estado, perante uma das Varas
da Fazenda Pública, tendo em vista o disposto no art. 37, § 6.º, da Constituição Federal: As
pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a
terceiros, assegurado o direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou
culpa. Dissemos que a ação poderá ser proposta contra o Estado, atentos ao disposto no
art. 9.º da Lei em estudo, que deverá ser interpretado diante da regra constitucional da
responsabilidade objetiva do Estado. Desse estudo conclui-se que tem o ofendido a
faculdade de propor a ação contra a autoridade culpada, em vez de fazê-lo contra o Estado.
Pode, ainda, intentar a ação indenizatória contra ambos simultaneamente. É a posição de
Gilberto e Vlademir Passos de Freitas, expressa no livro Abuso de Autoridade, (São Paulo,
RT)
No art. 6.º, § 3.º, estão previstas as sanções penais. São elas: multa de cem cruzeiros
a cinco mil cruzeiros, detenção de 10 dias a seis meses, perda do cargo e a inabilitação para
o exercício de qualquer outra função pública pelo prazo de até três anos. Essas sanções
poderão, de acordo com o disposto no § 4.º do art. 6.º, ser aplicadas autônoma ou
cumulativamente, segundo o prudente arbítrio do juiz, de acordo com a gravidade do fato e
as peculiaridades do agente.
A pena de multa foi alterada pela Lei n. 7.209/84, que determinou a reforma na
Parte Geral do Código Penal. Nos termos do art. 2.º da supracitada Lei, foram canceladas,
na Parte Especial do Código Penal e nas leis especiais alcançadas pelo art. 12 do Código
Penal, quaisquer referências a valores de multas, substituindo-se a expressão multa de por
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_________________________________________________________________________ MÓDULO XX
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
apenas multa. Diante da modificação, vige, em relação à pena de multa prevista na Lei n.
4.898/65, o sistema do Código Penal (arts. 49 e ss.).
No que diz respeito à pena privativa de liberdade – 10 dias a seis meses de detenção
–, é necessário salientar que:
• Caso a pena privativa de liberdade deva ser cumprida, por inaplicabilidade dos
institutos acima aludidos que procuram evitá-la, o regime inicial será o aberto.
Sendo o condenado reincidente, ou verificando o juiz que as condições do art. 59
do Código Penal são desfavoráveis, fixará o regime semi-aberto para o início do
cumprimento da pena.
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LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
3. PROCEDIMENTO
• A denúncia, por sua vez, deverá ser oferecida em 48 horas (art. 13), na prática,
dois dias após o recebimento dos autos pelo Promotor de Justiça. Na
oportunidade serão feitos os requerimentos de citação e de designação de
audiência de instrução e julgamento.
Mesmo que o denunciado seja funcionário público, não se aplica o art. 514 do
Código de Processo Penal, antes do recebimento ou rejeição da denúncia. A notificação e a
resposta prévia do funcionário público só são necessárias quando se tratar de crimes
funcionais típicos afiançáveis, classificação na qual não se enquadram os crimes de abuso
de poder. Há quem sustente que a conexão, dos crimes em estudo com os funcionais
típicos, levaria à aplicação do art. 514. O Supremo Tribunal Federal, entretanto, tem
precedente no sentido da desnecessidade da providência quando o crime funcional típico
for apurado com outro de natureza diversa (RTJ 66/365 e 110/601).
• Não há previsão de defesa prévia, tal como o dispõe o art. 395 do Código de
Processo Penal. Malgrado o silêncio do legislador, não é possível vedar ao réu e
a seu defensor a possibilidade de oferecer suas alegações e de arrolar
testemunhas. Como não há prazo para fazê-lo, recomenda-se oferecer a defesa
prévia logo após a citação, ou, antes da audiência, com a antecedência necessária
para viabilizar a notificação das testemunhas que serão inquiridas.
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LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
• Prova dos vestígios da infração: a Lei n. 4.898/65, em seu art. 14, permite que
se faça referida prova por meio de duas testemunhas qualificadas, indicadas pelo
Ministério Público na denúncia, ou por meio de perito, cuja nomeação será
requerida ao juiz até 72 horas antes da audiência de instrução e julgamento.
• Findo o debate, o juiz prolatará imediatamente a sentença (art. 24). Caso não seja
possível fazê-lo de imediato, observará o prazo de 10 dias, nos termos do art.
800, inc. I, do Código de Processo Penal, aplicado subsidiariamente.
• Quanto aos recursos, aplica-se o Código de Processo Penal (par. ún. do art. 28 da
Lei n. 4.898/65).
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MÓDULO X
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PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
Sentença
ADEMIR SOUSA SEGUNDO, já qualificado nos autos, foi denunciado pela Justiça
Pública como incurso nas sanções do artigo 329 e 163, inc. III, combinado com o art. 69,
todos do CP, porque no dia 13 de outubro de 1997, por volta das 02:30 horas, na Rua
Olívio Franceschini, n.º 1333, parque São Miguel, em Hortolândia, opôs-se a execução de
ato legal, mediante violência a funcionários competente para executá-lo, e ainda ocasionou
prejuízos a dois veículos de propriedade do Município de Hortolândia.
Consta dos autos que o acusado, durante uma Festa de Rodeio, desentendeu-se com
Edequias, chegando às vias de fato. Guardas Municipais intervieram a fim de apartar a
briga e, ante a insistência do acusado, foi-lhe dada voz de prisão em flagrante, resistindo ao
ato legal, agrediu os Guardas Municipais com socos e pontapés. Foi algemado e colocado
na viatura Gol, o qual teve o painel e o teto danificados, em razão dos chutes dados pelo
acusado. Em seguida, colocado em outra viatura, uma Veraneio, desferiu chutes contra o
vidro traseiro, derrubando-o, contudo sem quebrá-lo.
Observações:
• Na fase judicial o réu disse que foi agredido pelos policiais quando de sua prisão.
•Os Guardas Municipais disseram que fizeram a prisão do réu e que o mesmo
ocasionou danos na Viatura.
• Nenhuma outra testemunha foi ouvida, além dos Guardas que fizeram a prisão.
•A defesa alegou que a Guarda Municipal não tem poder de polícia para fins de
segurança pública. Alegou, ainda, falta de provas.
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PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
Nome
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PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
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PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
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PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
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PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
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PRÁTICA DE PROCESSO CIVIL
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PRÁTICA DE PROCESSO PENAL
Consta que no dia 23 de janeiro de 2001, por volta das 20h, na Rua Domingos de
Morais, n. 22, nesta cidade de São Paulo, Roberval Taylor e Horácio Gintan, ambos
policiais militares, agrediram Gilberto Santos, causando-lhe ferimentos leves, conforme
prova o laudo de exame de corpo de delito de fls. 67. No inquérito policial instaurado
apurou-se que os policiais encontravam-se em serviço de patrulhamento quando avistaram
Gilberto Santos. Abordaram-no e solicitaram seus documentos. Gilberto atendeu a ordem,
mas ao entregá-los ao policial Gintan, a cédula de identidade e a carteira profissional
caíram no chão. Nesse momento, o policial Taylor aproximou-se da vítima e, pegando-a
pelo pescoço, a obrigou a recolhê-los. Gilberto, mesmo diante da inusitada violência,
abaixou-se e assim encontrava-se quando passou a receber pontapés de ambos os policiais
militares. Os chutes desferidos no ofendido causaram lesões corporais leves na região
dorsal e na face esquerda. Em seguida, deixando a vítima prostrada, os milicianos saíram
do local. Levada a ocorrência à autoridade policial do 20º Distrito Policial, foi instaurado
inquérito. Nesse procedimento elucidou-se que os indiciados agiram movidos pelo mórbido
e fútil prazer de infligir sofrimento físico à vítima. Nenhuma outra finalidade foi detectada.
O procedimento investigatório foi concluído e remetido ao membro do Ministério Público
que atua perante a 21ª Vara Criminal da Comarca. Ofereça a denúncia e elabore a cota de
oferecimento analisando, especialmente, a viabilidade da suspensão condicional do
processo. Os indiciados estão em liberdade. Respondem, todavia, por outro crime análogo
apurado em processo criminal que tramita na 4ª Vara Criminal do Fórum Central desta
capital.
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PRÁTICA DE PROCESSO PENAL
Nome
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PRÁTICA DE PROCESSO PENAL
3
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PRÁTICA DE PROCESSO PENAL
4
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PRÁTICA DE PROCESSO PENAL
5
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PRÁTICA DE PROCESSO PENAL
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PRÁTICA DE PROCESSO PENAL
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MÓDULO XX
EXERCÍCIOS
CURSO ANUAL
OPÇÃO 3
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__________________________________________________________________________MÓDULO XX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO ADMINISTRATIVO
3. Quais são as características que um dano deve conter para gerar indenização?
1
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
4. Quais são os requisitos para que o Estado ingresse com ação regressiva em face do
agente público?
2
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO CIVIL
2. Está revogada a Lei n. 8.560/92 por força dos arts. 1607 a 1617 do Novo Código Civil?
1
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
5. Quais as formas de extinção da obrigação alimentar por força do Novo Código Civil?
2
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO COMERCIAL
1
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
2
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO CONSTITUCIONAL
1. Defina expropriação.
1
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
5. Qual deve ser a atuação e qual é a finalidade do Estado com relação à defesa do
consumidor?
2
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
3. Quais são os efeitos dos recursos? Quais são as conseqüências que trazem ao processo?
1
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
4. Quanto aos requisitos objetivos dos recursos, que se entende por tempestividade,
adequação e preparo?
2
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
1. Cite um objetivo constante na Carta das Nações Unidas no tocante à ordem econômica
internacional.
2. A Carta das Nações Unidas compõe-se de normas programáticas que indicam metas a
serem cumpridas. Defina essas metas.
1
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
2
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO ELEITORAL
1
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
5. Os tribunais regionais têm competência para julgar quais recursos? Suas decisões são
passíveis de algum outro recurso?
2
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO INTERNACIONAL
1
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
2
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO PENAL
1
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
4. Em regra, a ação penal nos crimes contra os costumes é privada. Quais são as
exceções?
2
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
1
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
2
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
1
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
4. Na ação de prestação de contas, quais são as possíveis reações do réu, durante o prazo
de resposta?
2
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
1
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
2
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITO TRIBUTÁRIO
1. A receita tributária é exclusiva do ente responsável por sua arrecadação? Elabore breve
comentário.
1
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
2
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
DIREITOS HUMANOS
2. O que estipula a Convenção de Viena, conhecida como “Lei dos Tratados”, a respeito
da obrigatoriedade dos tratados?
1
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
2
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
1. Considerado o disposto no art. 2.º da Lei n. 4.898/65, qual é a natureza da ação penal
nos crimes de abuso de autoridade?
1
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
4. Quais são as sanções penais previstas para os crimes de abuso de autoridade? Admitem
aplicação cumulativa?
2
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
MEDICINA LEGAL
2. Qual é a finalidade das técnicas denominadas árvores de natal e P50? Qual é o nível de
confiabilidade dessas técnicas?
1
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
4. As manchas ou amostras contendo sangue podem ser identificadas por quais tipos de
técnicas?
2
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
EXERCÍCIOS
Aluno(a):
1
__________________________________________________________________________MÓDULO XX
ATENÇÃO
2
_________________________________________________________________________ MÓDULO XX
GABARITO
Exercícios Objetivos – Módulo XIX
CURSO ANUAL – OPÇÃO 3
1 2 3 4 5
D. Administrativo B C A C D
D. Civil B B D B D
D. Constitucional B A B D D
D. Comercial D B A E B
D. do Trabalho A D B B C
D. Econ. e Financeiro B C A C D
D. Eleitoral C E D D B
D. Internacional B C B D C
D. Penal B D C D C
D. Previdenciário A D B C A
D. Proc. Civil D A B C D
D. Proc. Penal C D B B B
D. Tributário D A D C A
D. Humanos C D B A E
Leg. Penal Esp. B A/D B/C/D A/B C/D
Medicina Legal B B B B A
Tutela C A D A B