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FERNANDO LUIZ ABRUCIO MARCIA MIRANDA SOARES REDES FEDERATIVAS NO BRAS! Editor responsavel ‘Wilhelm Hotmelster Coerdonacao editorial José Mario Brasliense Cameiro Revista Elisabeth Maria Hentichs Formas Diagramagio Miriam Melo Cara Maru Redes Federativas no Brasil: Coopecacto Intermanicipal np Grande ABC / Femando Luiz Abrocio e Méccia Mirasda Soares — Slo Paulo: Funéagdo Konrad Adenauer, Série Pesquisas n? 24, 2001. ISBN 85-7504.015-4 ‘Todos os direitos desta edicho reservados 2 FUNDAGAO KONRAD ADENAUER Centro ¢e Estudos Rua Dr. Eduardo de Souza Aranha, 99 —2° andar (04543-120 — Sao Paule/SP. Bracill ‘Telefone: 0055-11-3045-9974 ‘Telofax: 0085-11-2044-4002 Impresso no Brasil Sumario Apresentaclo.... 1 Agradecimentos .. ees Introducio, 7 1 1, Relagdes Intergovernamentais e Redes Federativas..... 19 2.0 Novo Federalism ¢ os dilemas da. Cooperasio Intergovernamental ne Brasil... st 3. evausi das Reis Metrpottanas raieras 0s seus Impasses atuais 0 3 4. Caracterizagio geral da Regiio do Grande ABC 5. A construcio da Cooperacio Regional no Grande ABC: forigens e estrutura institucional 6. Avangos € obsticalos & Cooperagio Intergorernamental ‘no Grande ABC isomer lS, Conelusio: A importineia das Redes Federativas Bibliogratia... —— Apresentagio Este lvro resultado de pesquisa elizada em parceria eae a Fundago Konrad Adenauer e o Centro de Estudos de Cultura CContemporinea (Cedec). 0 foco geal do trabalho est no conceto de reds federativas, estadado primeiramente sob os pontos de vista ‘edrico, norteado pelo debate sobre Federagioe descentalizag0, € histérico, mostrndo a evolugdo recente do federalism braile- ro. Ocaso da experiéncia de gesto regional do Grande ABC cons- ‘ini a base empica por exceléncia do liveo. ‘Como pao de fundo, esto os temas das Regides Metropoli- ‘anas, da coopera intermunieipal eda coordenag integover- ‘namental, Procura-e entender os dilems, os avangose obstcu tos presentes nesta experincia. afm de refleirsobre a governanga ‘metropoliana e as formas de parceriaintergovemamental 10 Brasil O Federalismo é um dos eixos temdticos do programa de trabalho da Fundagio Konrad Adenauer. Através de seu Centro de Estudos e do recém criado programa Oficina Municipal, dt ido aos municipios brasileiro, a FundacSo promove seminds- os, cursos eeditalivos em parcera com istmuigdes de pesquisa formacto, ene elas © CEDEC, ‘A Fundagdo Konrad Adenauer ¢ 0 CEDEC entendem que 0 tema do federalism remete &cidadania. Neste context, 20 aa" cespecificamente do caso das metropoes das cidades, quer cha ‘mar tengo paras forgas demociticas urbanas que mas mais assumem posilesresponsiveis como contribuntes ebenefciros de servigos. Oeleitor vai além das unas avangasobee a esto piiblica, na perspectiva do bem comum, A presente obra ca sftie Pesquisas inteers um conjunto de pblicagées editadas pela Fundacio Konrad Adoneusr sobre 0 tema do Federalism, entre els: Reforma do Estado e 0 Contesto Federativo Brasileiro ‘Fermando Luiz Abrucioc Vaeciano Mendes Ferreira Csia (1998) 0 Impasse Metropolitano ~ Séo Paulo em busca de novos camindos, Fernando Luiz Abruci, José Mério Brasilense Car- tire ¢ Marco Anrenio Carvalho Teixeira (2000) Federaliono na Alemzanha ¢ no Brasil, Wilhelm Hofmeister ¢ José Mano Brasiliense Carneiro (Orgs) (2001) Federalismo nas Américas, José Mano Brailiense Carne ro. Femando Luiz Abrucio (Oras) (no preto) Boa pane estes stulos se deve a fecunds perceria enue & undagdo Konrad Adenauer ¢ 6 CEDEC que esperar seguir dando a devide atenglo a0 complexo toma da Federasio, WILHELM HOFMEISTER Direwor Fandazto Kenrad Adenauer AMELIA COHN Dietora- Presidente ‘Conto de Estudos de Culture CContemporinea — CEDEC Agradecimentos Prirciramente,agradecemos i Fundosie Konrad Adenauer qe alge de financier @ incentivar a peacio deste lito, Yen ‘esenvolvenso um trabalho de grant relevincia sobre ofedera- lisa brasileiro em perspeciva comparada, contibaindo para conscidagie de um campo de pesquisa fundarzeatal, Mais pari ‘culacmente, agradecemes 20 Coordenador de Projtos ¢ Diretor so Programa Oficina Musicipsl desta insiaicto, José Mac Brasiliense Carneiro, que sé de um spaixonad pelo nosso tera scompanliou-nos em todas as etapa, sempre comm sea reconbeci fa profissionaliomo 2 amizade Nosse casa de longa data ¢ 0 Cede. onde aprendemos ¢ sesenvotvemos 0 oficia de pesquisodor. A detona ca instnuigto ‘em contituamente aos peiando ¢panicipou de modo espe 0 neste trabalho. Sabemros que muitos foram os mestes, mas fica o agradeeimenco especie] a um dels, 9 professor Régis de Castro Andrade, que nos inicion nas hostes ceadBmicas. [A pacincia com que os entrevistidos nos receberam mere ce cestague. Aos prefers. depatades, sincicalistas. assessores Jomalisias e membces das instituigces regionals que concederam precioso tempo desu auenda avitda. alguns em glens camp ba cleitoral municipal. fica o regisuo de que suas informaytes foram, extremameats, valisas 4 confecgio deste lio. Nero es vio concordar com o exposto cui, temmpouco temas preten io de recolver todos or dilemas portos pele reslidade. Espera mos, entvetano,queo presente trabalho seja importante para que «estes ators refitam sobre sua expergnciae vejam-na espalhada pelo pas em forma de debate ov, quem sabe, ce guia para a pt ‘ica governement ‘Tedo o proceso de pesquise foi ralicado conjunamente com as pesquisadoras Roséngola Augusa Silva ¢ Tania S ernandes, sem 25 guns ni teriamos cletade wine sve de i formayées.eferentesadaéosouadepoimentos Flas nos eae ram diversas pergntasas quai, de um mod ox de auto cen tarum-or ness relexén. ‘A0 CoRsdicio dd Grande ABC, Cra Regional doGran- ‘de ABC, a0 Frum da Cidadania Agencia de Desenvolvaen= 'o Regional, agiadeecins,profandament, pela peste come QUE nos tataram, fornecendo Jocementos ross, acuivos otnees ‘ous mates. Os seus Fanciondios, drigeteseieres regio rms conititer a came e 0 sangue deta experfacia de rede federziva. Com acer ¢ eros, ets (tam pata consolier ta ‘ecperincia institucional que possa reforgar a cooperacio rezio- inl go Grande ABCe, quem sabe, servirde exerplo para oats lugares, FERNANDO LUIZ ABRUCIO MARCIA MIRANDA SOARES Sao Paul, novembre de 2601 Introdueao A preocupazto geral que nora exe trabalho é forgo de rdes intrgovernamentas na Federagdobrasilsca. Alden “scaseto tebriene nstricaevtad-se mais, detent, a ques. tio da cooperacaointenrunicipal nas Regides Metropoitanas.2 Pur da expenencta pioneiza do Grande ABC. prociaaco uti Za os ensinamertos este cso para anasto desis cloca os oe & esrutua Federative. ‘Arelevdacia deste objeto pode sr resumida no dilema que tem caracterza,histricamente, nosss Fedora: ov sdbiamos relagés intergovernamentas baseads num mcéeo hierinsico fe submiselo e cooptagaa, predominante sob a signo da Aanoniarismo. ou vigora una sittcio de sepnasao. tagmena- {0 © compartimenializario dos nveis de govern, resin em compet¢aopredria ent os ets /o em descoo.denae0 as polfcaspablicas. ‘As formas de coasorciemeno » eoordenaslo inergover samestal do Grande ABC insorem se nore cen, entenndo ‘nuitas das wsnsformaeSer presetes 0 fadeslizmo braze, particularmerse nas Rezi6es Metroplitnas. mas também apc {am para novos caminhos no que se refer 4 cooperayao inten cipal e junto ao govern estaual, além da revisio a0 modelo & gesdo urbe, Resslarse nest rabello que nose procera, em hiptese alguna, esgomrtedos os ingales presntes ro moo rogiona 0 Grande ABC. Paral fmalidad oes litercra prints, ‘especialmente, areferente ao detenvalvieentoecondimica dest. regite. Nesso propésia foi produrir um tialko que mescla a sboidagem academic do tema com a preocspacio de mostrar a0 palico em geval a importtacia da implanioeay de redesfedera- ‘vas no pas. Por ss0, a0 lado de ura discusigo mais eonceitual ¢ bistoriourdfie, procuramos fazer uma deserigéo bem dealhads da experigncia ds consorciamento do Grande ABC, tanto para ‘gussdar um regisuo da mem ria de nossa administragao pli, coma para fornecer subdios a todos equeles que pretendam aprimorar as institigées e as politics piblices brasieies. 0 processo pelo cual passou a estruturafederativa brasileira desde arederocrarizagae levou i moMlificecta da disteba a0 do poder poitco, do papel do Estado, do deseaho das poltcas pi blicase, no que mais interessa aqui, do telacionsmento ene o: cates federatives. (© novo macelo federativo brasileiro iniciase com 0 colap- 50 do modelo centralizador e autoriteio exigido a0 regime mili tar, Dois fatoreslevaram a isso. Por um lado, 0 Govecue Federal ‘cliagueceu-se, sea por conta da deslegiciacGo dos BOvernantes inltaes~especizimente 2 partir da eleigio ce 1982, seja pole rise de financiameato do Estado desenvoivimentista. Por oui, as lies suonacionss se fortaleceram, prncipalmente as osesicio nistas, ¢assumiram a descentalizaga0 como sinénimo da demo- cratizagtio — nto obstante iso nem sempre tenia levado & republicanizegio do sistema politico subaaciona (0 processo descentrlizador. foi Iowvado como algo cue, em si, resoveria logos es problemas intergovemamentais, sobre ‘do mectante a autonomia do poder locale, por conseauinte, 0 repasse das funcSes para estados e municipios. A Constiuigde de 1988 consagrou essa visio de mundo. (Com 0 expo, constatou-se que, ao invés de ser 2 panacis tamiversl ce todos os males e um projeto linear, a descentralizasio um fendmeno muito mais eomplexo, um verdadeiso caleidos- pio institucional, envolvendo ua série de vatidveis anaes, ‘em especial numa Federacio tio desigual e com pouca experiéa- cis na constiuiglo de modelos inergovermamentais democrit co8 © inovadores O ideal descentralizador foi impleentado de modo nfo planejado = com pouguissima coordenacao, Do \ado do Gover. 130 Federal, procusou-se, basicamente, iransferir encurgo® ¢ insrawndu pollicas 20s governs subnacionas salvo as exceetes de um Feduzido leque de polltieas (como a Saise), Do lado dos et dos ¢ municipios, mesmo tendo assumido mais tres ¢ a @inemaco suas recitas prborias house um camino waxeado ela compersio e autonomizasto, combutendo quaker forma fe cenralizagio em nome de ama iia dfusa de descent | ago demnerstiea, ‘alango desse movimento descentalizador 10s leva a conevir que Neuve divers avangotdemcrsics ¢ em cemos casos uma maior riconalizago das politics publica. Sos jt 6 ufcient para repel o antigo meso cenralizadoreetoiro. “ais mudanyas, condo, no detveram ado vation ce fazer polite, sendo scompsrhatas, er vrias cease, pls rorduglo e eproduglo de sites regionals comprometat mat oma afismagdo do Seu poder do que com a demccatizago das _relaghes itergorernamenaig Neste process howve ato) Jesacerbado 6 competigio ete os ents Tederatvor — or ves tes ef de forma predatéria — a iastsigo de poucs insu menics de eoordenaeo © cooperaioinigoverameauis, er cerealzate nls sled owos problemas pifoos © sda Recentemente, a pati do Plano Real, ocorreram wansfor mages no federalismo brasileiro, com alguns ajustes que busca rem minimizar 03 efcizos perversos da desceatralizacio desordenada e cetrifuze — como o fim dos Bancos estaduais © a Lede modificagées terem se concentrado em demasia nes quesiées fis- «ais ¢finencciras, os acranjos intergovernarentais ainda séo bas- lume descoordenados, com conseqd2acias negatives & producho {de bens e servigos plblicose, acima de tudo, 20 funcionsraent> mais adequado de Federasio 0 jogo de “cabo de gucira” tem sido recorremte na Federo- 40 braseira, Nel, cada nivel governamenal, de acordo coms cizcunsthacias da balanes de poder, procura sobretado afirmar suas armas e poderio, em detrimento de uma dindmica pautada 6 & j or relapdes intergovermamentais cooperativas que preservem a |utonomt, tl qual define o principio sco do federalism, Vistot de forma compartimentada, os entes federativas besileiros en- ‘ontram-se numa corelacto de forgas que pade ser apresentada do seguinte modo: 2) sacl ainda é 0 mais imporant sustenticulo ‘da careiaidos prneipas Ideres polices o que colaca os governos etaduais efu os principals poles regions num lager de destaqus a poltica nacional eno celaciona mento com as lideraxgas locas, Iso tem se mato, em maior ou menor grau, mesmo com crise das finanas pblicas das goveradorias; 'b) Mesmo com essa conformasto,o suceso do Flano Real {05 mandato’ do presidente Fernando Henrique Cardoso forcleceran sobcemancira. 9 Governo Feéedl evertendo boa parte do péndulo federativo construido aa redemoeratizagio. Neste processo, épreocupanteo eesti ‘mento de uma visto tecnocrStica, centalzadorae fisalista 1a Unido, embora nfo exclusiva e matizada em algumas freas, como comprovam as bem sucedidas experéncis 1a freade ste. De todo modo, o poder eo insulament aigquiridos pela equpe eccndmica faverecem + primeira tendéncia: @ ©) Como more a descemralizeeso, precemina 9 manici- 6 Palismo autérquco, ancorado na crenca segundo a qual 08 sovernos municipais podem -€ devem. resolver soz (97 todos 9s seus problemas, acredtando-se que 0s problemas dd coonlenazio ede redisiribuicao sBo equacionados mor- mente pelas transferéncias de recursos. Ressalte-se que apenas algumas politicas do Govern Federal, e ainda de forma timida, propéem um modelo Federative mais coo perativo ecomparthado de intervengio governamental ‘como no caso do Fane. (O corolirio destas vas himas tendncias é a reduzida ana. {580 6s estados # éa Unito na orcenselo 2 na planejamento dat Aividades (necessariamente)conjuntas dos nivesde goverro, Pera u ee adotar este novo padirointergovernamentalo debate politics teri dde_abandonar a falsa estéril dicotomia entre centaizacio & \ descentrikizagzo, dorsinante not sitios tempos, ‘A criagio de espagos e mecanismos de coordenaf0 ¢ c00- peragéo intergovernamentais tormou-se airda mais fundamental ros aglomerados urbaros, device ao acelerado ¢cactico proces- so de urbanizazéo ocoride no Brasil, a0 qual se combinou um adensamento populacional em parcelus especiicas Jo verriniio nacional, confizurando es grandes ércas metropolitans, consol= ‘dadas nos tltimes winta anos, Aiém éaimportincia demogratica, cessasregides tm destacalo pagel econémico e social, concer tuando aclas urna produglo pivadoxal de riqueza e desigualdade ‘A governebilidade desses espacos depends, fundementalmen- te, de uma articulagSo horizontal entre as eidades af envolvidas, além d> uma coordenseio do governo sstedual ou mesmo do Govorno Federal, no caso ds dirstriaes¢ inanciamentos urbancs nacionsis. Assim, o problema das redes federativas nas Resides ‘Metropplitanas envolve relagSes horizontas¢ vericis, endo em vista existEnsia de inimeroe problemas que afetam todos & cexigem solugSes compartihadas — trata-se de ur célebee cas0 de “tagédia dos comuns” ‘A pereepaiiodos problemas advindos do pracesso sui gene's de adensamento urbano teve ur impulso inal ra décaca oe 60, quando alguns governos estadvais — nowdamente Minas Gerais ¢ Sfo Paulo —ecmecaram a montarintrumentos embtio- nirins de planejamento para essis Sreas. Com a instalagdo do regime militar e de seu modelo weenocratico-cenalizador, essa temitica fo: propriads pelo Governo Federal, o qual ampliou € a definia segundo a clasificagio de Regides Mewopolitana, Primeiramente iaroduridas aa ConstinigSo de 1967, porémeom vigéneia plena apenas a partir da Lei Complement n° 14, de 8 de jumbo de 1973. ‘A despeito da concepyo vertical e atortirie, uma ver que ‘0s municipios eram compulsoriament> impelidos a participa, foram adotadas polfias regioncis nas prinipais deas urkanas durante a década de 70, dando importinsia especial para essa ‘questio no coajunto das politicas publica, 1s @ ssioae ‘municipelismn autirquieo como Bande « colbeou em xeqh a sOulo de centalizar, logo Weniicado 7 da segunda metade da década ce 90 ‘Enguanto house recursos Federais, os programas governe- mentais metrpoitanos foram, de um modo ou de outro, descr volvides; 9 ecaso simulidnce do Estado nscicnal deseevol- ‘mentbtae do regime militar avabaram Ievando, no infeio de dé- cada de 90, 8 redugio signticativa das verbas federais para a8 politieas metropolitenas, © que, ao fiw a0 cabo, desicua esse Dadrao de relacionamenta intergovernamertsl sedemocratizagio do pals, como dito ocime, adotou 0 Bacwig meee Neste Boje, enouapeCoria dein dd Revit Mecropolitana. A marutencio des figura juricica nt CConstituigéo de 1988, nz verdade, ocorreu as eusias de seu entra ueciierto insbtacionale do repasie desut definigio criagio ¢ ‘egulamentageo parao Ambo estadual. Nurn primero momenta, (5 goverros estaduais pouzo atusram nesta rea Somentea partis mas iniciaivas comesa ‘am ser tomadas. Conguanto sejam cresceates anda sio red idas 0s formals de atuapo imerzovernamentaleriadas para ier: Vir nesta questio, em concaste com a urgBacia de solugdes de- ‘mandadas para os problemas metropolitsnos. Pastindo da problemitica das redes faderstivas, 0 prescete ‘rabalbo concenira sua investgegto nas formas de ariculagéo intergovemamentas uas Regies Metropolitanss (RMS), toma. {do comme base os padides dc vooperacio regional adotados pelos {ete municipios que compsem o chamaio Grande ABC pats Alem da importincia das éreas metropolitanas au aycada poiti- ‘a, especialmente no que diz cespeito & quetéo fodeative, ae Jevaneia desse caso se deve: + Primero, & orignalidede e& relativa pemantncis dos {+ Segundo, i constrcto de “baixo para cia’ de um instr imeato de ecoperse%o Tatfinicipal, sm contests corn 4 teadigaoceralizadora da Faderagto brasicira, bem coana uluapassiado, em boa medida, a absfeulos advindos do aeolscalism, ae + Terceiro, } abrangbacie de temas ¢ politicaswatedas por esau forma de sooperasto Federative; + Quarto, difcaldace do efeiver quelque forma de scot eragio © cooperagie nes eas metropolitnes 20 Bris anal: ‘+, por fm, inovaeao presente no modelo de relacions ‘meno com a socledade civil e com o governo esiadual, ‘orstuiado una rete de ela bes fevorecedorade nin n0V0 < ,pacrdo de apko pel © cata da experidacia das ages regions no Grards ABC dove serve pars entender as riztes de su sucesto, para dete 08| bsidoalos¢ as ifculdadesenfrentades — alguns supersdos, ou- ros ilo — paraprcpor medidas bjetivande apefeigoaresse exper mento e Finalmente, para estabelecer um parimetro erpinica © anaitco que ajue a melhor compreender € mesero sage efor ‘mas a0 modelo institucional das RegiGes Metopolitanss. livroestédividido em sete eapitulos. No primetso, acha- se definido o conceito de Federagdoe como as elagcesimtergover- ‘aaentaisestrunuramse nesta forma de Estado, para depeis des ‘acer aimportinsia do conceito de rede Federative, ipluindo sua ‘manifesagéo na experiéncs inteeacional. [No capitulo. seguinte, Fai trapado a evolugto histtiea do federalism brasier, centrando 0 foco na estrtura federaiiva montads ap0s o regime militar. Mais adlante. centou-se 0 foo sas Regioes Metropolianas, para se entender sua confomnaio desde a cago, na decada de 70, até cs dias aus, Ese capitulo revelao quo importante c, paradoralmeate, 0 quio negligencia- dda Gal gua federaiva, demonetrando « preménca, neste caso, dda cocperngio e coordenasio intergovernamentis. A partido capiilo LV Sapresentada a experincia de regio~ nalizacdo do Grande ABC panlist. Pare tanto. real zou-se uma descrieao da historia de rezido © mostrou-se a conformasao atual de seus aspectos geoarificos. demogréficos, politicos. socials © svondmicos, fernecendo o cortexto gral sobo qual so momados 0 insrumentos € as agGes de cooperasdo intergovernameatal Feito isto, a quinto capitulo pormenotizou-se 0 relto da evolu einstneionalizagio dos arranjos de cooperecio regional. analsando a criagio ¢ o funcionamento do Consdrcio [aterm cipal, do Forum da Cidadania, da Camara do Grande do ARC Eda Agencia de Desenvolvimento Econdmieo. No eapftlo seguinte acté a constatagdo, na forma de wm balango anaitico, do resultado dessa experiéncs, buscando en- tender as causas de seus éxites ede seus problems, «principal ‘mente, procurando destacar seu papel na reflewto acerca das re des federatvas brasileias Na conclusio do trabalho procurou-se mostrar como a ex periencia de regionlizacio do Grande ABC pode contribu bas | tante para a reflex e tanstormagio do modelo federative bro- sileico, em especial p0 que se refere is Regibes Metropotitamas © 1 outros casos de consorciamento interaticipal a" _ Relagées Intergovernamentais ¢ Redes Federativas ‘Constituiaproblerstica por exseldaca das citaciassocisis * a explicagdo da agio coletiva, Sobre esia questo a literature de inci poltica tem dado mator destague «temas como 0s siste- mas de governo 0 sistemas elerorais@ paras, #s formas de intecrelacionamento do Estado com a sociedace eeu com 0 mercado, os padeSes de proteplo socal as relagbos entre os Po- eres, oaparetho burocrético esta 2a efedcin de sus autorida de. Em adisto a eses mais ctadcs, uma outa irea de pesquisa ‘Yeu crescendo 10s dims anos: os estudos sobre a rganizasdo politico territorial do poder. Cacia vez mais se constata a impor- "ineis deste flee pare 0 éencimento ¢ o equaciorsmerto das ‘questdesextatépioas que afetar as coletividades. (O objetivo dese capitulo g analsar est fendaeno centeardo- se no estudo das formas de resolasio dos conflitos ingergovernamentis, em especial nos sistemas federativos. Para ‘ano, devemos observa. primeiramcae, as causes que vem or nano mais elevaneo problema da organizacio politico rertcral co poser, seguidn d@ uma ertien dat concepsses nereadss pela ‘icotomia centralizazio versus descentralizasio, para entio de fender uma aboréagem caleada aa nogio de relagSes intergovernamentas, Desenvolvemos o conceto de res federa tivas e este serd.o fie condutor deste livro, uma vez gue a expe- niéneie do Grande ABC seré analisada por este posna. LA Transiormagdes recentes na estrura territorial Ae power ais processosjatificam o erescente peso da temiica da ‘organizicio politice-terrteria! do poder: as madangas ocoridas ta esrcura polica do Estado nacional eo debate terico, res tuurado recontemente, que tala dos dilemas da goverange de secrtia esa relagio com adirdimiea intergovernamental Nese lm case, um novo. vigor foi dado a idea ce Federacao.! G0 aspect centrale propulsr das taasformagoes € 2 nov “éade roprosentada pola dasconcentracto sem procedentes Jo p0- ser Desde pelo menos o inicio da dévada de 70, vivermos uma ert a cescentalizagi0, que avanzou em nimos dferenciads, mas fue se espall por todos 0s cantos do muodo. No mundo deseae ‘olsido, temos, por um lado, 03 exsos da ein, da Espana e da Bagica,e, por outro, a coasolidagdo dos federalismos alemo 2 australiano.além da grands inflaéncia do vis federativo no de- bute acercy da Unido Europsia, Nas outs purcelas do mundo, ermaca'se a sitagio da Arica Latina, onde ae elegem atv mente IS mil governos loess, corta menos de 3 mil no final dos anos 70 (BANCO MUNDIAL, 1997:112). Cortboranco esta argumentoy%o, estado citado por Marta Ametce (1996:63) mos- ‘eouque num universo de 75 paises em desenvelviment, 63 dles teri foto reformas descentalizadoras ‘Aera de descentralizagio ganha cottarses mals express- os de novidade em virtue dt evolugio bistrica do Estado- [Nagie. Em grandes linhas,«formasio do Estade nacional é ura ‘pracessa de cenalizagdo do poder e de tenttiva de constr ‘fis Soperania.una¢ iis, nos termos de Jean Bodin. 1 ‘comet, antes de mais nade, para xarani a prcpria existéncla police temitoral de cada pals freme a um context de ameeges ‘xterra. Para além deste aspecto, hava tsb a definigdo in- |. desi mt oF ctor ce dessert Fetsto tm comm fot cer a ie DoS I, Arne? as reeset term dacrdem, que devera ser haseada uma legtimidae capaz de impor a autoridade a porentados ¢ senores Incas, além de Jantar poves, muitas veze> bastante distintos entre sy sob oma esta espada — sem conta, € car, o quanto de dominssio, fuerras e expulsio de zvupes sociis efouenicos fzera pate dese procesio, Tave-se do proceso hobbesianc de deli Go dh order pics imran extema. O feralesimento do Poder Nacional, como demonstram a anseselissieas de Berd (1996) ¢ Tl (1996), fot palatine ¢ conn por séculcs, stun sendo conabelanyado pel ito: Togia econdmica do iaisze faire edo (Saposto) Estado misimo. Mas foi com acrive de 1979. sobretudo aps a Segunda Gur Mundial que a invert estaial folecrt-sescbremnncrs nes Capos ecoudmico (keyacsanisme), srinistativo (m0deI6 ‘barerico watertanoyerociat (Welfare Stare) enum process | iTainsecamente coneciado coma centrlizaio temic do pe-| _der Este foralecimerto do Estado, paricalurvente no limbo icionl. cand ao ebservarmos 0 aos do economists Vito ‘Tasz. Utizando como base o¢ membros da OCDE (Organiza gia e Cooperardo para Desenvolvimento Economica), Tanzi (1806: 3) evela que em: 1980 a soma des gusts govemamentais testes prises chegeva a L8% do PIB, 40 passo que atualment a8 Gespesas estas neste mesmo Conjunto de aagdes esto pr sas da casa os 45%. ‘Fim meados da décads de 70, ¢ ds mode mais mareane nos noo 80, Estado. Nagfo ¢0 modelo centralizacor a ele sutjcente fntrrara em crise, Nao que 0 Estado nacional tenn pei sue Urildade © se tormisse uma estratura “sm extingio”, como tem ‘fico os globalistaeingtnwos. Os grupos separatisias ulus pelo mundo ana tera cero prncipa ce coasirir um nov ‘Esiado-Naglo, eS € OWUOS Tales THOS Gus est configura (lo polis ex Hoage de uma crise termina, pelo menoe te usr altemativas efetivas sargiem, o que alo tem ovoid — ‘contbiiza-se aq rtundo fracas, pr eno, da ia de “governance global, ‘A intervenglo do Btado nacional contin fndamestal n> qqcionameno de dterminados problemas. notadamente wae. se seguranga e manutengZo da seberaia, como também ma rcs «condmticae sociale a propria definugao da iserga internacin- al por meio de blocos regionss ou aliangas esatézicas. AGe- ‘iis, a formas de descenwlizagao de redesintergovernemen ‘ais, cue aumercam espantosamente de imporincia no rmunde ‘ontemportneo, podem realizr-se apenas quando houver um Governe Cenzal bm estuturado, mora ee a arte comesmo ‘modo que no periodo dureo do keynesianismo, precisando cou paruthar poder com outros niveis de governo © atoces polticas © quc std stagindo de novo ¢ a maior reevincia conterida {into as Forgas tensnacionais (empresas, organisinos multilate- ‘is € ONG®)quarro sinstneiase liderangassubnacionais, como ‘em insistdo Manuel Castes (1998). Daniel Bel jé havia esa ‘ido a nova siteagdo em gue se encontra o Estado nacional no Final da déeada de 80: “The neion-tate i becoming too small forthe big ‘problems fife and t00 big forthe mall problems of ie.” DELL, 1988) Lim do restos as mprars dea tans & a anplicto dos posse Ince do or has ‘stots peace eo fn ncn iy. Ene poco, Face ahs Pads Naor de Sts ans eeu wea tacecotniear pe depen fo aries ea inislfech een conttaas Een nan fal cst «pola Tes capaate sadn Sinaloa ea saan, cue Sepopares aaa Dane rei ma ee entanen na conse treao pe fasta co ers fsa A teehdte cee de ur nvestineno pan rok vers ncaa ieee moe xa a omen de nak Andis to cai” GARE ison tbo eau smo usta pera, Setan os goremes seas pa norco ache comets pu aves sla slow ene a coma 4 maior proximidade dos consumidores ea competigio entre 0s diversos zovernos locas pelo nvesimento coastiniemfateres qe propiciam uma tigacto dire eae os ntereses internacional € 4 dintmica do plano subnacicnal, mutes vezes a rekoque ou mesmo 2 contagosto do Governe nacional (KINCAID, 1998; ‘WATTS. 1994). O pesqisador Thomas Coarckene (1985) deno- mimese processo de “Flocaltzation”,caraciesizado reo amen da imerfee econdmics entre as esferas interaacionl regional, O movimento pela descentalizasio do pderieve como out0 {ator geridor. pardoxalmente, 0 estbelecimento de paces de bem esta Social pelo Estado nacional, em paricearno sea periodo de expanso ao longo dos “anos dourades" atuasto dos Go- ‘ernos Cents em pol da ampiagio da feria de servigs pb blicos no plano leal redandow na eragio de novas estas dmiisvativas nessas esfeas zoveramentas. Com a cise fs cal, @ complexiticagdo das atividades goverramentais — que tormoa mais diel a assungie exchisive da mora dus poitcas pelo plano nacional — eo erescimento ds éemaaéas por pat cpago no Amico loeal. houve foet= mobilizgto a favor da descenelizaco des tareas 6 Welfare Sia Tabém deforma paradoxal, tanto drcita como a esgucidairam para deeenta- Tian a gestio das pleas cociis,embora 2 primeira ofaga 20 inmito de diminit os dicts ¢reduzir 0 taranko do aparelho «satal do Governo Cental transfrindo Incumbéncias 20s niveis subaacionas, ao passo que a segunda defend esa post, 20% tmaleents,em busca da demoeratzacéo do Etad, modiante a aioe sproximacio ene govermantes e goverado. Mais um aspecto com resulsos favorives & descentra- laagto foi o verisinoso proceso de asbanizaio, classificalo por Hobsbawm (1995:284-286) como uma dis maicres revo {er do século XX, que akecou, profundements,aczpectativa da Sociedade em relaio a Tareas co Estao. Num priteiro 10: mento essa ampli das demandes por aes gorernaneatas {oi asumida de forma concalizada, com a cise fiscal d> Poder Cental eo foralesimento das demandas por demoeratizasio 00 pla local (como veremcs Segui) a pressio passou a er exe ids mais, diretamente, sobre cs govern0s subnacionas. O a > ive CoV 6. mea pte metin vegies tes Jats ous voici eh tabs porcine tp Caseig rb einen miner eta fe eamanimne ee reeeer pee reer peer wnir oni mibe Nason mie ers pees Bicuammsansempeeinamen orate ‘via e em diversos pontos da Asia ¢ Africa. De quaiquer modo, 0 Seioene eecuceeene cou hots ue as qr open ae 10 qe por ve7ss tera Sufocaco demandas de grupos Jocas. 4 democraria odema foi. basieamenteconstruida por insiramen- {tes nacionais ¢ ndo locais. Mesmo nos EUA, once 0 self «government foi uma ideoiosia de fundocto do Estado © onde de {ato a antonomiarepublicana dos zovernossubaconais prospe- rou em boa parcels do tem, « nsionalizaszo da pics Fok ondamental para + democrtizagi do sistem, sea stacando os ‘ocos de comupgio.oo sul em grades centro utbaros (como Chicago). see fazenio valet os dieitos civ: dos negis. Nos ‘outros casos em qne a combinacto entre descenraizioe de- mocracia corre er menor mecida, modificagses derceriieas tno plano nacional tveram um papel ainda mais dstecado a trans fermagio do sistema polio subuacional. Com 0 corcer do tea po. as deriandss por maior paricipagSo fearam mais fores nd el icca, como demonstra 05 casos a Kali, da Espanta, do Reino Unido, ede forma destacca ras Federagbes, como Ale- spanha, 0 Canadé ea Austria, ‘As democratzagdes de Texceira Onda, para usaro conceioa formulado por Samuel Huntington (1994), foram igualmente favoreceoras de processos de descentaizacéo. lise, em ne- burn outa rexido como na América Latina houve ua discurs9 aque procurou vincalar to clarament,parao bem e pasa 6 ml a democratzasio com o processo de desceatalizas30. 2 in revunoos fares qe solosaram em xeque 0 madelo cence acor sso 0 vues aiteracoralizaio da con0018 SrSiexmeea dos meresses das empresas rusoacemis om 3 otto dos govemos subactonas por vesiene. ects fis ics Govemor Cours, expancn 60 Hear eo sea ces ane fcvicate pel plano local tbaniagioe a deans “itobedade por cle asta, « eaiginen9 de movimenos Ga sutoomie de eta ou resis, o derosraizas do em no mundo deceavolico ea edemexrazoo Teen Bia Mest uores eau reciaan se: amends or i nove modle dieu defer da cescenalzs. 41.2 Qual descentralizacio? Pousos conceitos oa valores itm sido tt przados quanto & dcscetralzato, Sua soritage € bem maior do qu os precstos fe lobeliendo ou da reforms do Estado, o¢quas, em air 08 tenor mesa. tim recebico fortes ertics, lém de, estabelece em uma dviso ene os favorieis cos consis tis noses (GS descntalzagee aean ops ats para sn dt agunto,nio eniginow uma oposicao capuz de uexéla no toe. SS posigfo geral a favor do cazninko Jescenializadcr eneanura fpripo tem conseguido articular um discus contra isso — Ou {ue pelo menos matize o forte componerte normtivo presente tn idsia de descentalizag3o. ‘Um consenso to forte em favor de determina conesito “cult sua yerdackirndefinilo e una dsvassdo mas aprons fa sooce suas implicates. por eta cet que muzs ceende {Tesecnalizagio em petspectivas muito distings e, em alguns avo, até owt. Assim, Marzaeth Thatcer queria a deseen {allzato,conmnte que ela ansersse mais taefts do que pose: ‘rocutiog Na vera, sua dasa da descentalizagio ancora Se primorisrente nt rica ao ceatalismo do Welfare, 0 qual omepunna omodelo de mercado que teria ma ueeso quanto thats descentrlzaofosse 0 Esiaco, Nesalinha, apespne pava- tiragdo foi encaizad na iia de descontalizagho, 16 Fenois é Ly cuscevraniswr — ag Mierzand, presiderce da Franca, bscou aumentar &aatonomia region. itchindoeieiges para crgos antes indicados pelo Poder Centra, porem, proctrou tomar isis medidas rodutos de uma eviso tomada no conto. vincladss A manutengio da cdc ria nacional, No Bras, a descertralzacio adveio em pare da ‘semana dos goxemos leis no proceso de deraocratizag30, mas fem pare atenden ao anceios da Unio de repasarFunpbec para 5 demaisniveis governamentes, buscando diminui a pressio Go determinadaepoltens sobre oe gates govemamentais. No ‘ue se refere 2 experiencia italiana, to coment ta beara internacional Robert Puta deserovs a exitincia do tx ox ectatives diferentes quanto &dessentalizaséo: a dos populist, Cue viem este proesio posibildade de densocratiar radical ‘ente 0 pais # dos moderados, que defendiam ssa iia porque {maginayam que os goveraos regionals seria mls efleeres na impementacdo das poicas publias;e «dot suit, que are- citavam que o repasse de pode rara o desenvolvimento econd- ‘mice ao sul italian, cerstaaadohistorcamene, poe seu araso (@UTNAM. 1986) Enfim, podetiacoatinae com mais exem- los, mes, como sv, a defini epropbitos de desezntalizacio tine dependito do gosto do freguts, 7 ‘Pua evi ainpreclsdoe gaan una anise mais acurada a respeto do sentido da descentalizago,é preciso defnirclara- rene o seu significado, Traase de um processo, aldamerte pollo, que rsuka om tansfecéacia elou conqusta de autono- ra er terms de poder éezisnn, Sendo cote, porate, a “mera delegajdo de fungbes admaisvatias. ‘Como process polfico.« deventalizacio envelve a ob- tengo de astonomst por pate Gor governos subnacionais. Os seus defensores advogam hasicamente. és tipos de qalidades ‘ssosiadas & cesceuralizacio: a democratizagdo do poder cca, fe aumente da fcicia eda efctncin da agfo governmental © 6 fncentvo a movagoes admunstalvas. ‘Na maori dor cates, a primsima sia asrsiada a descen trlizagio ¢ a democratizacio do Poder Piblico. Assim 0 édesde pelo renos 0 texto clssico de Alexis de Tooquevill, A Dena ‘racia na América, De ato, a maior proximidade dos goxemos mre 05 cidalos parmite om oe ctminsr 2 pape soln + eccountbiiy democratic costa, Noque se ele on poe aspect, prucpagi, 6 evderts ges Bi mais Siacldads ara ater na ener pica quando 0 asuno tt fstame das peocaragces dos cdaios Nao por asso acon fis do maior nimeo de leis o ooo iesrmentos de de Soot semi-iren coments n0 aie bal (BENEVIDES. DprA, A auaghe dea sobrea gest pia, parti de ins trumants como Consens, Orsamen PaSpALN9 ¢ ou, € teuanenefavorcda ae plano subracicnal - accountable presspse a cepacia Jos ciao de) ta ov indeamente, convoare os goverancs, Sua eaizaeio | Uepeads deus ators iterinag da norman. cei de | CEES de coat stabeecimenta de necanstos nstivsioais Soa 3 fiscaizagio goverameatl(PRZEWORSRT, 1998) YX scontalzate, como prec abe tnd afavrcecr {plana sebtara de cada um des quesios fundamen aitecomnediin. Primero pore & infor pode se me thor sisponbizaa se hua io proximidade de nteesses eafesne geegrfica ma relagio ete ox cidndSos © oapantes Sreargos publicos. A etevidae dos canis de debate ¢ igual tren bewebciada por era gi de descenaizasio do pdt. oa porulagio poder! ter melhores conligdes ce tempo ¢ d= anspor punt encntos sncustes pblicos. . Finalmen- trormecgnsmsinstuconsis tender, en pcp. se mais tines eeebrads ao plano lea ‘uireapecsfaverave da descetra7aco a posiia- de de dara oscusos de arsagao qu envlvem 2 cotaliza {Go cacesiva ce veursos © aribugie, A descncetrigio 2s ‘tvahdet poder, dese mode, aumentara icc a eile Jin suas Em patses 6 grande ecterso terior eu com tmnt ives de povereo es aspectoracionaizador end ase nce mals verdakit. Alc Go masa proxmadade dos fome- Sede ede suri dos servis pubic restlaanuma geo mas efeva Na rerdade, pode sr establecica uma rela de 0 do- placate democratzago e busca de cficisia no plane le ” Porm lado «participate a cobranga da populayio cbxigamn os governanies, muio mais provios. 4 melhor seu desereps ho administratvo, For outo, as condiges pir que os cidadtos atuem ée forma mas eficaz esto ligadas& qualcade da pesto bublca, esponsivel pela informagdo » pela sdequayio desi trumentos de contle ‘Ao tomar mais sutGnomos os governos lois, a descenes- lzagio coloca em suas mos «responsbiiede das pola 1550 pode obrigi-os a encontrar novos caminhos,novas solu. s8es arvando contrac modelo cetralzadere uniformizador Em cues palayas, com a desceaualiacio aumenta neces © apossblidade de novi goveraanveaal. Un dbs mates Gert sellers da decada de 90, Remtentande @ Govemo,anaisa wn se de exemplos de goveros sibnacionis nore-amescanon ‘pe coroboram ext hipstese (cl. OSBORNE. & GAEHLER, 1994 Estas tts qualiddes do procesto de descenaliasio, no nant, no so obidas em quaiguer cxcunstincia. Cada um delas depend cas condi social, econdmicasefotica exis. tenes em deerminado pais trae histrco, Por fs, tals qe lidades ndo sto resultados necesstios e tamponco automitcos da desconclzagso. No cue se refered associat ene demo. cratizasto e descentaizaslo, Mara Ameche algument ‘Aconeretizagio do ides denoerdtcus depen: cde meras da escala ou nivel de govera encarrega. do da gestdo das polticas ¢ mais da naturesa insiuigdes que, om cada nivel de govern, devem rocessar as decisaes.” (ARRETCHE, 1996:45) ‘Neste semtido, é bom recordar que por vezesa descentliacio ce redundar no aumento do poder das oligurguias— consti. do umseoicalsma, nos termox ds Marcos slo 1553). enon, (ss pods lt resulla’ em autmenco Ga comups%0, como no stl dos BUA na primeira metade do século XX, al qual foradeserito por V.O Key (1949) Contudo, a asociaedo etre descentalza;s0 ¢ \democracian20 € automatica ner em termes positivos, nom eon texraps negat vos. Grandes creo da éescentralizasio a Bess como Visconde de UrugusieOlvea iam, geen pst Iau agurentos om pol da cenrlcale que fvoreceran gins culo Guanes do eal democrdice. ob qua 30 mas das sees. perpen os masque eeavan. ‘elm dospuioes de eee efiteciaeainoacto geveraneaal los leandes ntcanente ple deve TizoqSe. sso vai ocoorer, sm primeiro luge, se 0s governoslecsis mderizanss en termes aimilsraton ope depend sl tne cio de essen ds SSS pei de povernl Em segundo lugar, a Boa geSGio pablica local depende da garen- tind recune fntcdros mftencs prs a rediragi das pl ticas piblicas. Por fim, a propria democratizagio, como fator com’ cert tatenosa em gio 8 descent € damental para a retort da ato esc (ple ocere quando cle dento ena alerts us cor cigs que «potecatoar a deseenrliagto restau ba tlh intrgovernametl ie crane puso prop cope taco, lteter acontcid corn wis Paci ous gis core fone digo cenralizacoa que sa porqve ns estes nda mud fores a0 proceso Gescennazndr ma li poli nico tl quer org a alata do eran expectainectir do sodkdece rogers poss en elgone cor lever longo Slide focal dat unidnesstbmscomal, No grimere caso incurs por exemple, a Ges-Breanka 0 sequae, Bs ea ‘Argenina Na deseatalizto fsa. © que eile jogo ¢ 0 problema do mort acid ico roa) om & quad hore Fis os fers « Bc caprtladeexpenlaion ee tetas Inecrismo lnfaar de esponsabiicde fiscal qo signin Incentvs paras eatespolticos locals aumentrer seus 0, semqie mesma medida anmenem san pevcupedo con cs Aiact dw duopecte nes varies wectocoabenzes mio: ts, como salient Richard Bid (199) 7: Pa oa i gel ors etn nee da ‘ini 88 pose ee Soreness ese mene Pr thr grocer se Pry ge PsbADIS Debian ODE KA Aoi Alguns process eceaes de descenralizaco, demas, nto _ levaram em conta adequadamenteo problema da desgasldade “ regional. Sem mecanismes de coordcaarSoe polices comer tata acne do Gover Central a dessntaliagio poe > transformer, nadefiniio precisa de Romy Pr Nome, "mao da segrgasio" (PRUD'HOMME, 1998). Para paises macacoo ela dosgaaldee regional, como o Brasil aca a Tt este 6.0 maior peig da desentaizagio "A deveentraizazio avancou muito em decor. incia da entice feita ao antigo modelo centric dor Entretanto, a fala de esiategias nactenaisten- idea imvabilizar 0 sucesso das adminisiracoe: lo- als, em particular nos paises nao desenvoivos.” «F10RI, 1995) (© cue se conclu & que se a descitrlizago no & a pana cia univers de todos os males, o iverso tame fo € yerda~ deiro — isto €,dades 0s problemas do processo descentaizador, volt-se 0 modelo centalizador. A descentralizagio sem dvida pode trzer problemas, mas ¢ igualmente capez de melhorar 0 Sistema politico ede tomar mis efise «agi do Estado, Tudo depend’ das insiigses que the dio base, do contexte sacial @ econdimico edo eauiltrio exstente no plano intergovernarental Em suma, a avaliagao do conceito de deseentralizagio deve sait ‘én perspective normetiva @ ser realizada por ama visao que coniexnialize sua efetvaca, y ‘A opeao, porianio. nfo ¢ entre ceatralizagio ou descen tralizagao, Em exaustivo irabalho que envolveu 9 estudo das re- lagoes itergovernamenias de todos os pases da OCDE. aenito presidente dessa organizagi, Alice Rivkn, concluia que: “if tempos ocorrem debates sobre ceraralica- po ou deseentralizogao. Nes precisamos agora es- tar dsposes @ mover en canbsar a: diregdes — des centralizendo algumas furgSee © 39 mesmo tompo ccentralizendo ourras responsabilidad: eruiais na formulagto de poiticas. Tas mudancasextdo ca ‘mink em todos os paves.” (OCDE. 1997:13) 0 >) © problema de agio coleiva de orgarizagio teritoril do 0: |poder deve deslocar-se da dicotomie centralizagio versus descentalizacto para enquadrarse na questio da coordenagio (© % inwergovernamental, de busca de um novo equiltrio entre os poderes nacional © susnacionais e des préprios governes loais entre si, Esta questo esaré presente na Federagéo brailbica 8, no que mals nos interesa, na experigncia de consorcamento ro) Grande ABC. 1.3 Onganicasio federal do Estado Diane ay uansormages que vim cerendo a0 Eade vacion en cqivscs pests na dcstomia etalizaio ‘rau scones. se fedora ressurge m0 debe “Smerporiny 0 erin som mecmisnos stosionss Cems vito come sede pre Gere pale, gs 0s tan erm Soca sonra ates ulizasne des IGrce Ecce sett sd qos ei era Jo fart, ds que poss spon Be derma de pov aetna hd mua sfocdan, duces qu gueom oles 4 Sennctocisfcal yn cirgporer «uae nacional até ttemg «Unido Europa, que vem protrano bederna oles Fetes pare conta 20.0 po de exrursplten? Fife vine ens nies gu ado consacoraest 9 Sinem flectvo cpio menos deas — EoparineAftza d Sal que se sonstwem como Gusefedeogies (WATTS, 1999-101 Alen dees cso, eos oto lepares silo seo aos ncatsmos de cari eerie, como oe te dem ovr a ctesnatnias deve impor mai in Oe ten din sole erative sce sarees 36- ‘Tenari onconfiessoiis gece rg, odes, Tepes chinee 5, Aingonin da dscsso ceratstaa Ueto Europa. ded oie do Pocus focases sree: Zirepagia, aml pox Marin ‘Bean (186), epennmente no veyunde em Um pm a Para comoreender as res que km fevado & utilize do federaismo como resposta zo proba inergoverramental deve Se cealisr. em pormenor, 2 natureza. significado e a dntrice do modelo federavo. Esta dscassio 6, axtremaments, fundamental dado Brasil er uma Federasto e porque preciso tl qua zeinos em relagéo ao conceit de descenvalizasio, entender ofecersliaro. ‘lo come uma “tsbua de salvaedo", mas cémo im mecanismo que -depende de uma série de condioes pa ser bem swcedido ‘A conformaggo de uma situagio federalista ocorre quand «io presentes das condigSes (ef. BURGESS, 1993). pine 16. eustinsia ce heterogencidades que dividam uma determi. ‘nada nagio, Estas heterogeneidades podem ser tertorais (gran ce extensio cou enorme diversidade fsiea) ingiticas, taicas sosioscontenicas(cesigualdades regionais),ealtuais¢ polticas (aiferengas no processo de formagio 6a elites dentro Jeu pals fou uma fort rvalidade entre cla) (Os paises iedcratvos foram criadbs para responder 3 wma oa ‘nals destes questbes. O Canada coném heteogensidades Lng’. ticas que eevcivemn ocontitoente os habitants de Kingaa france Sa.conttaosfalntes de lingua inalesaeénicas(povos aborigines) ‘a fadia. afm de impressionarte dversidace Enicae linguiea, ni uma desiguaidade regional enone, alr da ispridade rare lego cate a populacdo rule urbana“ No momento da formaS0 das Federagies note-americana e,sobretuco, agentina,a hetero geveldare mats mportante refera-e 8 rivalidade ene elites pol teas locas e seus projetos de pals. No caso brisietD, hi uma sora de dssoquilibrion socivecondaios regions con: diversi- dade € couflto enue os principas grupes politicos cubnacionas. ‘Toco puis grande. por fim. tem 2 queso federalisabateado 2 sua ports — Estados Unidos, Canadé, Brasil, india, Indonesia, Poquisto, Austria. Rissis ¢ mesmo a China, que embora no 4M nda ceeesem quineiiomas cers de 20 lets ces ras pos rllebsos PLPTTONE. 1908-25), Ademan 74 da plese slum mere no snp ane 26% que vive asc crn asa Selo eo ho parle no muneocom cen ya Ue desrvow mene a China | variedede de federalismos (KING, 198276) seja(ainds) urs Federasfo, contém uma diversi de stages socais misturada com 4 complexidade geoyrfica que cia um “mbiente marcado por hetrosensiades explosives ‘Mas am da beterogene:dade, una segunda condigio deve ei aso et, Tse const dew | ‘scurso ede ama pritica defenores da aniade na a ag espana oe mat osama de tmonter & integridade territorial num pais marcado por hoteogensidades, Durgiss vai cnam aso de principio Ble 9 a Federaio, tal como resume na passage seul eee Se nio houver grupos que proponiam a formula da uniade rnadliversidade if haverdpossibildade de uma nagfo hetero “nea consti uma esiicua fedcraiva. A mea existncia das heterogeneidades sei que als uma proposigio federalist res te ow mum Esiado unit forte. muitas vezes autoritivo. ou na {Separoo de ama ou ms partes de um pats. O que se cone ¢ aque nem toda staego federalist leva i formagio de am sistema federal, a0 passo que toda Federagio se coast6i a paix ds. ial mals Bem sucedida & sinuagagl (heterozeneidades somadas i defese ds unidade na di- /versidace) ¢,ra grande maioriados caso, Federseao. Fst form, ‘de organianséo polite termtorial do poder bates-te em cinco ccucterisicas gorais: umm modelo ineinsecamente contatuel: a soberania cornparilhads: a compatibilizgic ent autonomie © inerdependéncssinsinioes que procure equilibrate rears ‘darnaiosia com os direitos da minora: em especial consceract0 neste lito, as relagces integovernamenals, Trataremes, snc ‘mente. das quatro primers a fim de nos concentramos nalts, 3 A defini eimolbgica de Federago fornece a primeira pista para compreendé.la. Conforme Daniel Elasan, “Otermo federal’ ¢ dervado do laim foedus, 0 qual.) significa pacto. Em estincia, um arranjo Federal é uma parcera,establecidae regulada por un pacto,eujasconexdesiternasrefctem wn tipo eupecial de dhvivite de poder entre os parceires, areata no reconhecimento miiuo da integridade de cada um e no exjorco de favorecer uma unidade ‘especial entre eles." (ELAZAR. 1987.5) Notas, prnsirancais que a Fert eve «cana cenatalisa de foes ssvemas demeesiices aor eats (aie eno Esadd voce dec eres fegladas pr pacose cones. Hts preubade wo oes «Hl erat. ore ama suerte ontaueion hee solo univers des patses sob forma sdetats os Pee Unidos Amica, com a Contin se tomandn see Girma da socndde gars um coum de dice Calios. Our ue a ors pct ib nt pee ea, fomements de funda: ch sereptea todo monn te nats ea eegucagto do codes pace € wns con aes {GTERLE © ae benefico a0 fuasionamento da estrutura federativa lrata-se do conceito de relagSes intergovemamentais, como vereros ada, < ‘A msiocpcinidae¢ ques rigemdo poder mumaFee- ‘lo encortaie nfo somente nv sods ete sdeog og sobre nm corto ene unde trios Eee Se "une patea,par leas parade Boas rene tao alent dis objvor ode on pues nes saphe favorende uma nad ceil oe cn ae ana a ade coal, 0 mesmo tp. greta tepid 2 Uberades origins deca tm os pects Aeotoee expense fceava do inca ment dea EUR thee bem exe argument. La os credo om govern nase nnn cones pods lies sem gee coterie aan an colds ingests — prdestenboe puede ont pena alér destasunidades se fazer representa no plano central « pederem, com iso, pariespar da definigio das regres do pas © conuolar os govetrantes nacional. (© resultado do pacto federatvo €acriagto de, rb minim, as esters de govero: uma nacional, que liga as partes antes separadas, € outra subnacinal, mantendo a autonomia original os pactuanes. Ambos os govemos devem ser soberanos Un o uma divisio de poder estabeleide pelo conto fundaat. & Constiuigéo. Os direitos, « autridade, os fungées ¢ o limites ste os entesfederaivos to defnides plo pacto constticion ‘al 20 qual se somam una seve de insirumentcsinsttucionais unlizados plas Federagoes no da-acia de Jeu funcionamento. da-s esiemodo uns cba compara ue cor iti no wage arcane da Federaso,ciferenciando-a das cuts ss formas de Es conker «Unita ono Fee ‘23 elagSes de poder derivam de cento, a prt de ura agi hietdrguce epiramidal com as cormunidades locas consiuides: €2 Contedativa, onde as unidades agrezadasconinvam a deter #8 Soherani pofenco incisive unitateraimente se cesvincuiar da cerganizagfo politica constuica (disto de secessio). "wx sbereiacomparthada pe er manta 0 1ngo do tempo eas se estabelega uma relagio de equilibrio entre aau- tonomia dos pactuantes ea interdependéncia entre cles, Este cquilbiorevela-se essencial ois as Federactes so, por nature~ 2a marcadas pela versidde e pelo coaflito,porum lado, ¢ pela recess de coraattilizar.democraicamente, os propositos locass com os ascionis, por outro, E preciso estabelecer, etto, um relaionamentointergoversamental queevite a desagrezagio, 8 descoordenagto ea eampoigo slvager ene os ones fede= raiivos, constaindo un ambiente de cooperago seb urn marco pluralista. Aken disso, as parcerias no podem se exerci para impor o dominio de uma instiaca govemaental contra a ano noma de outra on das demais.Piane disso, devern ser costa ‘is instiuigdese praticas poltias que garatam a formula do self nde pus shared rule (ELAZAR, 1987. (0 sucesso do equiibro fedeativo depcrde da combinagio stra de és fares: a garantie dos direitos da minora, a exis- Fn {encia de checks and balances federativos e constituigeo de me- ‘canismos de coordenacao enue os niveis de governo, ‘Comecsios pela gavantia dos dtstes da mioria Sua ori _gem encorera 2 a8 concopsdo de democrecia advinds de um dos “pais fandadores” dos Fstados Unidos, James Madicon, segundo ‘qual aregrada maior entendica como vontade naciofal deve sir acompanticda — ew mesmo lmitada — de garaniss € eps ‘os.de participasdo para os estas ouemes governamentais mais {eacos. Esta concepso, presente em todas as federagées, resulta raguilo que Alfred Stepan danomina demos constraining (STEPAN, 1990-203). Constitagio, 9 biameralismo com uma ‘Segunda Casa representanco os interessesregionais — ¢zelanto pelos equilrics horizontal e verical — e a representagio des- {propercional, om maior ou moncr medida, dos poderes sabe ‘sionals mais frdgeis e/ou que contenham ninorias importantes na ‘Cimars baica s8o formss utilizscas para resguardae © demor constraining. ‘© modelo federaivo pressupde também os chamadbs checks are balances isto &,0 coarole mituo cate os nives de govein0 ata se noverente de uma iééia provinda de concepgio madisonians de democracia. Sé assim pode haver um equilbrio centre a antonomine a interdependéncia. Aqui. Senado eo Judi idrio sto dois bons exermplos de insrumentos que podem exzr ‘cera fiscalizagdoreefproca. O arcakougo insticucional deve, do mais, contr mecanismes a partir dos quais 0s conflitas ents | sinensis governameniais possam ser drimidos opel, enire outros. as Cortes Constituciorais © as érsios colegiados nos quals participer represertances da Unio e cos Estados (por vezes até des governes locas), al como acon na Aste, desenvolvimento das FederagSes no mundo moderto, sobrendo a partir das transformacoes do pés-guerr2, colocou uma ‘ova queso que ultrapassa as tematicas clissices da protegao dds diretes e dos controle mtuos. Num contexto de sebersaia compartihada, 0 crescimento do papel do Govero Cental fo scompanhado, paulatinamssts, pela ampliagSo da inte-vengio stata em toias as esteras governamentas, especialmente, 20 eerste exgeso ds palin nes. Me lon sites Se Gana umes mpi c exes ce shred seretcalng ose decmpriamet eases © ene’ Conse aio problema coro a fas de nes govern atoms, pect cee a8 Sealers rnc de pelicespbee nama esto een tre conemporees : a or al Peco (195) pa compa do ore bm esa oi pte se PeSieonta em cera ss ares gvewanesh ieee nates pliers mss 1g F- “2 tan an wer mas neronedn por con da aon ee eae s nese du agi fence ona ae rovers eons eon ibe O lems Go ste Sed king sug por € presi compara ps cet atte oe porters Sb exa Pese se sae roe nino desearem, Dee ode among 5 Toe arco ules erates bem mas comes. wena ogee 8 conptaie» eampetsto acon, veoh ¢ Rene mea eee on vide govern O desao PO eee gun bm esi pr Ps: “ne federico de poe os ete tite polices sto atanee Stettnndeues, mas forme gem mo estes corns" HERSON. 15350 et Relagies Intergovernamentals: competisSo/eooperasio Paraeutenderedindmica da coordemasto federativac ircit- sive tefongil, ¢ wecesbério analisar o campo das relagbes intergovernamentas. E rele que se enconta, hoje, um Jost pieos mais imporantes do federaksro, sea pare 2 ataegio g0- Cemamental, soja para a pesquisa académica. Como vere & {ueso do consorciamento do Grande ABC 6, em grande raed da esiruutade por este angulo, E claro que nfo bi um modelo unico de relagées imtergover "amentai, pois, Como ja mostrou Daniel Elazar er seus estos ‘omparados, as Federagdes so bastante elisticas (ELAZAR. 1987:11), Outra observagio importante ¢ que mito embore ag ‘eerasinstiucionas inscrtas na estrutura fedora selern ox. senciais para a coordenagio incergovemamental, devers levar em conta, também, aspectoscomoas relaybesinformaise oe pactos conjumuras entre oF snes, a IGzia das poten pablices¢ seus fetes We sared decision makin. a situacSosocioeconSmica ¢ ‘cultura poitica em question ‘Em termos ideais, het dois modelos de relecionamento in= ‘erzovemamenil,o competiive eo cooperative 0s quis cores, oder, respestivamenic. ao federalismo interestaal(Enfase ma ‘cpracioctate os niveis de goyero) eno fodeamoint-estal (Gafase no imarcamen:o ents es nivcis de govern). (© modelo competitive tem uma srande ifiéncia 405 Eva dos Unidos ¢ vom também yenhando adpios em muitas outras Federasées,fentmeno que pode ser explicado pelo peso crewezn { da argumen‘agao relacionada ses efeitos competiivos da slobalzagi. Seus prncipas defeasores prover de dis gropos Um, formado por cienistaspolficos eeconomistas vinculaces ‘ides que, de um modo ou de outro, aproximam-se da concep, ssio de funcionamento da sociedade presente na econcme ‘eoeldssica, desiacam-se agai os pescuisadores vinculados Public Choice ¢a todo tipo depeo-uilrism, para usar ‘uma expresifo consagrada por Peer Evans (1993). E-0 outro grape ‘emcomo base autores de linna seal no sou send cotikarenee polfico, os qunis vio carscterizar © aspecto compettivo come ma forma de controle do pode. Nio obstante tis grupos, gee. mente, ndo discordem entre si 0 que ot diferencia € a Enfase no fngulo econdnico ou no poiico, 434.0 modelo Gooperativoter side propostocimplementato ‘de forma mais seabada nas Federacées alem ¢ tustralians « 5 Como partners ger pa dieu deacs dis mak, vet Peon (1922, Amaral Fito (199% Aono Fanaa Coa IMR E Decay ioe. 28 exehind a ues do Oudhe, no Cares. nie ar bei em se etn pra uae toro Ext fder por contac ecstidtde to Govene Cert eos bmn pe Sarpolus pln conus Na lesa dena cone Aestcamseprinipmene os edeet sas” as eas ju. ie adinsurva, os conomisas yada era cetera tn fucal — cobras o qe ccapan be cary em orgie sneespae-a sani galt avec tag tes nrc ia Ao elo polio ie. creo rtagoismo ier tomado plo mele conpeiiv, alsa « Feroo come Fcnmento pars scone’ opraane preset neste po de ‘mano neitcorl "En bas gris, ord competi tem os spins néritos:* 1) dete da comps poi coe forma ele mo ene ores efovero afi even domi {Bet cenliayes de carer oir, Palas $store, conn Thomas Dye (190), a compo « setragio mas nda ee o aves de gover sor Semoasldae ne many 2) A competgie fadertiva pode ands, estimlar ot veranis ai seem nis iets eeagonivos junto aos seus eeitores. em virtae da comperacto que fe posi zt cmos govenos andes Ale AF ise emcees teportge Se econo oe guem 0 modelo de Charles Tiebout(“tzoria aria 08, a : 10.0 qual cs cidadios po: {ass pice leit) reminds oqual dem vou com os 96 de mani qu poem ar de scace se acco ne ald oe orgs Bice sine pO en convener tems aia ocadade de one (TIEBOUT, 1956). As Si os eden coquant coonanidones ds serps do govero, em ior equ de seas quo nt comprise ee os ens federation. 6 Para ina ics mas tina ote ox modelo de eicoareat> Inergpreraumenta, ver Abaco (2000) 3) Outo argemerto favorsivel 30 modelo competitive & que le em tac, incentiva mals € ipovagio no tareno das polices pblicas. Nesta in, esto influent trabalho de David Osborne # Ted Gasbler, Reinverrando 0 Govero (1984), taco equi, que mostoa como os governs ‘ais norte-americanos se transformaram, com a cevola {e fancbes a parr do govero Reagan, era Laberatones de cemocraci, procuzineo um conpinio ample de solv- aj). $628 viativas para os problemas seins ¢ ecanémicos. “4 Porfim, omedelocompectiv, aed na separacao mais 1 lida ent os nveis de gover federalism interestatlh “evita 0 “excessive entelacamento” entre os ene fe. ‘derauvos, 0 que, além de poder comprometer 4 autonc~ ‘mia de cada um diminviria a capacidade de os cidades ‘exercerem 8 ecvounvabiliy uma Ver quesetoraria mene, ‘clara a divisio de responsabilcades. ‘Nao opstante suas quads, 0 modelo competuivo 2or- ‘temuma sre de problemas. primero ¢ que abuscadaefcits- cia pela eompetcao,baseaca no modelo do consumidor.poce no levar emt queso aspects fundamenais mma Federeeo, ‘como a solidanedade entre as partes on & equate regional. Na Nerdade. quanio mais heterogeneo € um pas, scja em termes socioculuras sea em temos seioeconémicas, mals complica {ia@ a adocao anes © exclusiva éa visto compentia oo fever lism, Para es EUA. calves esse referencial tena mater acu de adequseto: para 0 Brasil a fia cu 9 Rusia por exerplo. a realdade ¢bem distin, « ccmpetio desmecida tence safer astases éa Fedemeio. ‘Mas mesto 805 Eitades Unidos 0 mocelo competi. quando adcuado com referencil dco. €besane cricado. Em The Price of Federai'sn (1995) Pasi Peterson masa que 8 cme peti por inovarao erie os governs em gerao um stuyeo ‘egal no camp das polices de be estar social nos gover0s esahaisnoce-anercanos. Dada grande modihade de pesos capital nese pts, de dues ama: Se os goveros estadus for. ‘ecem un cardpicamplo J: pocas oxi, ocere 0 eet0 co Welfare magnets, isto 6 oais pessoas, sobretudo as mais pobres./ vio morar nestes lugares, aumentando os gastos publices €, eM tese, dtminuindo a competiividads econémica daquele estate: tas se, a0 ccnttio, os governodores procararem constitu sruiura minima de prestogSo de servigos sociais, reduzida a tmhutacia dos tnaiy pebres Aquela regio ¢. novamente em fst uments a compettvidade econémica deste estado — € 0 qUe Peterson denoming race to te bottom. Entre 0 efeito ce Welfare gp magnets € 0 rave 10 the bortom, muitos governacores esto OP Tando pela segunda oped, de modo que-o-aumento da compet Go vem aeompanhade da redugio de poifieas de combate & esigualdade- ‘0 federalismo puramente compettivo tem resultado, ainda, ina guerra fiscal, que como se sabe ltmpass a frontica Gamera Fsengdo Bseal — por ise, chama-se guerra. Em diversos pases fedelativos, entre os ouais se destcamn os Estados Unidos ¢ 0 Brasil, cst hevendo una ampliac deste processo, embora baja Ciferengas — nos estados norte-americanos a poltica de atragio Ge empresas tem se concectrado mais em gisos em inftaestv tara isongées e teimamento de mao de ddr erquarto n0 2450 ‘aclero,sléin das alts isengbes. recursos publics sio empres- tades ¢ 08 goveros chegom a vita socios do capital privado. ‘Ng dio, a gue Fiscal pode aceaunr old pecaio federalsme, pots cepssa casts dos governcsaibsasons ‘Unido, ora pela vin do endividament, ora pela nevessisnde de smaiores gastos Socials nas teaiDes que deinam de fazé-o ‘Outra forma de repassar Custos no modelo competitiva $0 comporamento fre rider, caso um ou asi jogadores ro 830 mam dr fal, 05 valores Ga compeiig5o. Tato porque um ente Federative (X) pode se aproveitar de outro (Y), que é aquele que foferece ur servigo publice melhor, dando incemtivos para que os idadies de X ulizerrse dos equipamentos saciis de Y. Esst situagio € mais eomum no caso dos governos loess. Desta ma- neina, X pode insuraentalmente dizse que participa do jogo fe- ‘erative compettivo, mas, predeteriamente, rar proveitode algo realizado por outro entefederativ, Isto scoateee em yrs mt rieipios brasieics, pineipalmente aa area da (s principals problemas nao respondides pelo medelo com: pettvo, como a questan da eqtidade e a possvelcriago dejo 1308 predazérios, cemonsiram que nesta visio os laeos de unido fntre os jogadores, bem como a confianga reeiproca, sio muite Iiiges, Ressalt-se que o federalismo s6 se insti enquarto tal, se existem recompensas que justifiquem a perda de parte do po- er de auogoverro, em nome da inerdependéncia ‘© modelo de federlismo eooperstivo € onto tipo ideal de relagGes intergoveruamentais. Da perspectiva da adminisragio piblica, 08 prineipaisformuladores do modelo cooperative adver: ‘de outras experiéncias que nto a dos Estados Unidos. Ees con rapier © que chamam de fedetalismo imcrestaal. em que hd uma niida seporaeso entre os riveis de govemo, como nos EUA. 0 federalismo intr-eststal, no qual ha uma disibuicao mais imbricada dos poderes e fungées (ef. SCHULTZE, 1993 CECCHERINI. 2000). Esclarecendo melhor. no federalisme Interestaral o objetivo € dividirclaramente as compet@acias entre is membros do pacio federativaeevtar que uma parte fag 0 que de direito ii outra, 20 passo que ro federalismo intra-astatal ne busca se compartihar refas de forma que hd uma misturs entre Las atvidades doe niveis de govern “Alem disso, no federalismo ineestatal predomina a visio segunio aqua. o melhor fuioarnemo da Federaio Utiva da cviago de caais para roger octetose prerogatives deca vemamenial,encuanto no federalismo inta-eiatl pro curase estabelacer wecanismos que guritam ages conus ‘is poiiees, com a representa e aricipaio ce todos os so 183 federatives De qualguer modo. os dois maelos so tmados aqui de forma tipio- ileal. portato hi por vezes inetsedes ene eles A despeita ce consti um protctipa ce federalimn interesttl ‘no caso nort-americano corre um svaao dat ages ais teativas do Governo Federal desde « era Roosevelt, © a Unifo criou mecanismes para comparihar 8 dfiigdo ée poliicas. sobresudo através da cooperacto cree propocionada pio ACTR (sory Comision en Incrgovernamenta Relations, ayzacia srgida ma década de 30. cuando 0 marble cake fecerlizm sa- nnava forpa, Mesmo com esse medida, o clferencial da experi cin estacunidense ast no cariter voluniério da coopera elm dos governs estaduas terem marcsdo sua posicao de iniepen- ‘éncia até nos perfodos em que havia maior intervenso federal. "Nos casos de federalism intra-estatal i também aspecios similares queles casciersticos do federalism interesaal, mais uslizado atmaimerte, parieulamence na Alemania, é 0 rous0 8 Corie Consticicional como forma de resolver eonfitns que no foram solacionados pelos instrumenias ce deesio conjunta yl Dos casos de foderalismo inua-estotal v= destacam: 0 ass Tialiano e 0 alemo. No primero, tom vigorado o charad fede ralismo colaborati (PAINTER. 1998). aseado na defi ‘085 intergovernamentais dentro de insiinckss poi ‘tativas, as quis estio presetes oxes os eres federaivos. O50 ‘confit © os consensos s20 estabelecidos nestes foun, cOlO- tando emsezundo plane iretituigges de eprecenacio esttamenie | polkica. coro oSenado. A Austilia tem servido de modelo pars todas as Feceracdes que vem procurando mortar mecenismes Ge ‘conperagio intergevernamenal nas areas fiscal e Cuansece. ( federalism inta-esatal aero emcerassimirdadescom osusallanoe échamaalo de “Yederalismo executso” (LEMERUCH, 2000) ou d= modelo de decisto conjunta (SCHARPF, 1988). Mci- tas das atividades sie compartilnadas. dando & esfera federal 2 fungto de proviuira maior pute da eisiagio edestdual (Larder), 1 d> implementa as polices. Este igo de dvisio de taetss é bem exemplifcado peta area tbutana. Nel. a Unio define 0 acabougo legislaivo e,stsim,redaza berdade dos Linder ste. ruremn sinifiativamance a astrtura dos impostos, porém,o nivel ‘certal depended fetividaee dos governossubnacionsis para que A cobranga sarelizada acontento. Comobemdcine Fite Scbarp, feata-se de uma font decision rap, ou sea wna “aradha” da decisdo conjuta, na cl 0§ GOis ores faderavos s véem presos| (SCHARF, 1988.21, A principal diferenga entre 0 modslo de fderaismo coope- ratio alemdo em relagZo a0 australino, ede igual mancira em comparasto ao canadense esti. no locus ds dcisies.Asexperién-( cas da Australia e do Canada privilegiam as vias administaives| {Ge resolusto dos conitos, ao passo que na Alemanha, embora estas também sejam importantes, 0 Bundesrat (Conselno Fede- ‘la instdncia mais impontante da Federagio, tendo um carter nitdamente politico. Nao obstante os representantes dos Linder 1o Bundesrar ro sorem elcitos especificamente para tal fungdo, ‘como o slo 0s senadores norie-americanos ou braslezos, eles ‘io indicados pelos governadores¢, enquanto Ls, defender os imeresses de seus governos ¢ repides. Assim sendo. 0 federalis :mo cooperative alemdo¢ mis poitizado do que seus congéneres, Nesie serido,o resultado do modelo cooperstivoalemio é tum grau menor de autonomis deciséria nas mics dos Linder => quando comparados aos estados norte-americanos ou mesmo 30 brasileitos. mas uma enorme influéncia desies governos subnacionals nas decisbes federais, sobremlo por mei da at (Go no Bundesrar, por onde 60 % das Sis alms tém de passar para serem aprovadas (RENZSCH, 1905:40), {Umma outa linha que pode ser perfilada enre os defensores a primazia da cooperacio federativa € a escola do federalismo Fiscal cujos grncipais fundadores sie Richard Musgrave (1969) Wallace Oates (1972). Em linhas gers, ais aucores defenders ‘ois prinefpios asteados nama certa cancepeo de coopesasao, © poimeiro equivale a uma concepsdo funcional do federalism, efendealo que as competdacias dos entesfederaivos devem ser ‘muito bem definidas. Neste caso, eooperagio significa “cada qual fizer a sua parte", 0 que aprocima esta escola de uma visto corganicista do federaismo — mal comparando; ¢ como se 0 Governo Feden (osse 0 cerebro, 0s estados, 0 coreg © 6 apse tho digestivo, © os poderes locais, os Dragos @ a6 pemas da engrenagem inlergovernamental, Em tal modelo de cooperagio, os ents estio completamente separacos. O objetivo desi medi 6a &delimitars cada governo o que cle pode fazer de melhor em termes de racionalidade econémics ¥ (segundo prineipio defenido por essa escola € 0 da ese ‘ponsatilidade fiscal orienta, em maior ou menor mecida, por ‘uma forga central. Seu objeivo & evitar a producto de déicas ¢ desequilibnos nas eontas piblicas. Ao contivia do que scredi tam que federalismo nacuraimente protoge o mercado, 8 asto = res do federalismo fiscal saber que @ aulonomia Gemasiad dos governs supnzctonais ow 0 nao cumpriento exato das Tungdes de cada ente podem levar so descomtrole finance da Feciera- ‘lo A forma de evitar esse descontrle & obrigando cada qual a ‘comprir sua fungio, © caso nfo 0 fagam, slo necessrios meca- hismos para impelilos a awarem corretamente ou meso para puri-los. O federalism fiscal, em resuro, produz um ipo d= cooperacio que se ffere 2 divislo coreta das twrefas ¢ 9 Sea {curaprimento, Cooperar § cumpri © papel estiplado semindo a ‘rotionale econdmica, "AAS mesmo na Federasio anrte- americans, ¢ mais compe- tiiva, bi defensores do modelo cooperative, eae juristas, adn nisiradores e clemiistas polkicos. © eminentejurista Bernard Schwarz (1984) é um dos principals. Ele arguments que € preci- © encontrar um camino que mantena 2 autonomia dos estacos fem levéslos 8 competicfo desenireada entce si ou ao conflito| ‘ninterrupto com o Governo Federal || Conform os proponentes de uma viske mais cooperative nos USUA.a fGrmala para alcangar este equilibio passa, primeir, pela ‘organizaglo dos governos estaduaise locas em ass0cies que precurem congregar os interesses comuns. Viras esses essocia~ “ses staam como am dos lobbies mais importantes dos Estados Unides, Uma das mis artias e das mais importantes é National ‘Governor's Asreciation, fundada em 1908 (ZIMMERMAN, 1994160). Ald desta, I crganizagSes dos vécos tines de gover- nos locals, dos Legisatives exaduss e de regides do pas. E interescerve nom que © crescimento deste associivisno feGeratvo esteve vinculato a0 aumento da iniervengi0 do Go- verno Fedecal a partir de década de 30 ¢ das mudangas sociozcondmicas gue ito causou, Em primeiro luge, porque a criagdo de um Estedo de ber estar efetivo dependeu de reforma das makuinas pablicas locals, ainda infestadas pelo ctientlisio «pela comupelo, Agui, ajuda da Unido ca criacso de essocia~ (Goes de estados cue procuravam espalhar um receituiro para os filiados foi fundamental. Alem disco, a elevagio ro alien de grants federis também incentvou 9 assccietivismo cas admi- aistragSes subnacionais, nest easo para organizar melhor o pec 3s o de recursos para os vonsressstas ¢ ap Exccutivo Federal. Por fim, o surgimento de um niémero maior de alvidades conjuntss entre a Unido € os governos subnacionais em levado 0s itimos se juniarem tanto para saberem como fazer boas pareerias com © Governo nacional, como para se peoteger de eventaaisabacos de poder @ amencade do Peder Cental (0s defensores do modelo ecoperaivo & americana tém na suusgdo do Judivirio curo elemento essoncal. Cabe lembrar que ts prmeicas decisSes importantes da Suprema Corte forem v0 ‘sentido de disimir 0s conflitos eae 08 estados. Ademais, como ca Schwartz, « Suprema Carte pode ata como moderadora dos impulsos cenwalizadores da Unido, fazendo-a com que busque ‘gir em maior parceria e consonancta com os governos ‘sbnaciorais (© motelo cooperaivo de feceralismo, tal qual o competi ‘0, tem cecebido virin erica. Fm primeiro lugar, acooperigdo ‘em sido muita vezes construida apenas do ingulo vertical, re saltando mais em subordinagéo de que em pareecia, Com isto, 0 ‘eforco do Goveano Federal ode ocorser em detimento da auto= rpomia dos governos estaduais. Cabe agui uma pergunta smaisoniana:e se a Unio esliver ervada, quem a canola? Nos pafsesluino-ameticanos, de forte tratigno centralizadora, 4 c00- peragdo€ resulta de uma linha bieriquiea muito hem cefinica ‘que enfraguece sobremaneira a autonomia dos governos ‘bnacionais. como pode se observar a histéria das Federagdes ‘mexicana e venezvelana e,raticularmeate, nos momentos auto- ntirios, no Brasil e na Argeatins. ( federalismo fisesl ¢ 9 que mais tem acentuado aspect vertical da ccoperagio, buscando com isso atacar © comporta- mento predaténo c isesponsével dos governos subnacionais no plano financeiro. Vitudes 2 pare, sla vséo ignora que mama Federagio democritica 0 jogo politico ¢ marcado por aegocia- bes e acordos posstveis que visam a garantia da afetvidade ca ‘ago esta sem atingir os direitos dos ents federativos. No fun (6, isto ocore porque federalism fiscal nfo leva er: conta a interselacdo entre os atoces envolvdos (AGUIRRE & MORAES, 1997:122),sustentando-se em uma concepgéo tecnoeritice ¢, de “6 x | certo modo, unitarista —e, com iss, pracamenteacabando com © piinefpioUdsico das FederagSes democrticas,asobetania com partilbada O companiiamento das deesdes em foruns administrati- ‘os e politicos, como tem acorride normalmente na Austria, no ‘Canad e na Alemanha, funciona como uma forma de racioli 2ara produgio de politicas no contextode shared decision making \ save carecteriza 0 federelismo, Todevia, this mecanismos poder reduai aecounabiy do sistema, uma vee qu o cada nfo sabe ao certo quem tem de cobvar¢resporsbilzar Alem do tna, o eauelacamerco ene 0s ves de goverao, fundanerial ara © bom andamento dis Fedeaptes atuts, nio pode acabar Deer ox exec and balances intergoveramT=niais, SOMO dt Iegitimagio democrtica enraquecseie—————_ “0 estido de Fita Sturt sobre o caso slemdo capa Dh caze prablema, Nio obsanie 0 joint deinon rap aumentar + ‘astnaidade diinntraivaetcorodar o cont por meio ds decisdes que procoram evitar pers 36 param doe Ides tl modelo ‘amir earjes &estatira de rlagbesiterover- ements, edt + capcidae ce inovacio de eads ere fede tivo — paniclarmente wo plano load —e ta mas epico 0 sksemadeeisono Em nme de aber nionnidad erie, a leibiade. os chects and boknces nergovernamentis ‘ccoumaiy ica si sane prejienas(SCHARPF, 198%), [A teas 0 mola cocpertva 1 dever obarcer sexs poios postive como o etm & main etegrgio ene 25 pola, a priondade dada is medias que distibuer melhor os genbos oes peas ra“trogéia dos comune 09 {ssocinivisme federativ ct ditibuigto Ge infrmagio sobre es fdrunlas wiisiatias bem seed, o compromise fame cor meas eeandricas e fscis que eta 0 reps deettes de umn dade paras deals ea aco con tendacas cea. ‘gas qe o excess ce competeo pnde mer. 'Seniae exagerca nos mecnismos coceratvo.porém swnmalrnsni condar 8 concepedo segundo qa eon é eon como um esto patio do federal Como bent Shier Del Weight, am cos mores apeilistas em rapes inneigovernamentas nos EUA. a presenga da cooperasio no significa a aséncin da competisio,e viee-vest, pois alo 330 Polos cpostes de um continuo (WRIGHT. 1997.624). ‘Ao invé de adr uma conraposigio entre os paradigms, ie ieteragio cir nfvels de governo dave-seevitar.o maximo possive. 0s jogos de soma-ret0 e of de soma-negativa, ¢ aio colocar a competicao ¢ a cooperagdo em: linhas opostas ¢ em us respeitam uma Hina hierinyuica quanto 4 sua cagecidode juréiea — aLsi Orginica, por exemplo, rio pode contrat fron- ‘almente a Corstiuicgo stadual —, alémd= trem, er aun msio- fis, oma independénia pofica. adinisiratirac financeirarela- tiva, como snalsaremos mais aclante. (0 forgo dos governas subracionais € fo e, ao mesmo tempe, beaticia-e do processo de dexentializes to, Desde final dda désada bavia urta pressio pars a descenralizagio politica © financewa, prielramente, para a purr da metade dos anos $0 ‘contr um sonjunto de demandas em prol do repasse de fungSes ‘dos govemos subnavionas, neste caso num movimerto mas tor tuovo que depende da dindmica de eaca dea ( grau de descentalizacto ibutéria fiscal estabelecido pla Constinigio de 1988 foi o came dese process. O Brasil fje. segundo Celina Soaza, 0 pals em desenvolvimsnts som rmaioe grau de dercenraitacio mbutéra,além de os estadoste- ak wo ea age 1, « Constigdo dice gut “a Replica deriva do Thou {nema pea vie Indaseliv don Eales eblanipose do Dist Fede (a ‘rem grande liberdade na definigZ0 dos seus gestcs (SOUZA, 1908:8) Fsse movimento descentalizadorredatdou numa mr danga Signficativa na ecsits total disponivel: entre 1980 2 1990, ‘enquanto a importincia relativa da Unio eait 17%, 90 caso dos “Tabada 2:2 Carga ribweriae drbuipdo das reclts one as ees gevernamenitt do Breil (080/005) a ERE ‘stados municipios houve wm aumento de 25% e 70%, respec- foes | S| Sacer ew | acetosrowe tivamieote (GIAMBIAGI, 1991:64). As tabelas abaixo demons- = twam claramcate as transformazdes ceoiridas recentemente 00 ] Pa Ui: [Gis | Mata | Unto [ian | wc federal eibutro tet: | ‘m,| aa | mas] a8 [zee] oe [amo] ee ‘Tabela 2.1 Recrtapripria, manfertneian «recite dsponivel: Uniden { tes os [ree] ae [Fees] oe [es] wr aos « mice, ws | 2 [tse] ae [dene] ow Lar a| 0 = ae ‘we | ea [im] =: [|e [ome] we ec Pea we [mw fama] a6 [a] ee [ceo] we ia cs we [aw] os | ae foe) or [amo] wr ee = wo | sm | eo | me | om | wy | ms | Mo [maces 2 wen | ee | 4] ar SA | B35) gms] 11 (ome Sa) z ; pe | ae [ter] as [ese] oo | Sau] us [Tackedca O1 ES me [eMa| 8 [aman] [we a 7a [uae] se ca Ee = ay fear] oe [eee | ws Tana a t i Fete Algo Ratu & Arlo (9%) er ae 0: dador acima revelam a grands descentaizesio inibats Tee Wte tia ecorida no piodo da redemcratzagi, nia jf no a. [unwo ET da déeada de 10 ¢consokidads pela Consiviglo de 1988 — (aos a] a] ma] 775 rors posta vera bela também, qe o Govero Federal (anes | a3] oa] wi est recuperaco su parcelaperdida na Consttine, por mode ee ‘os que analarros mais acute, Fane: bess, Raigasdo & Aa (1599, or ofa, cabe ressltar que 0s municipios tveram & maior clewaydo selativa ua participagde do bolo uibutétio, apesar de grande pate dels ainda depender muito dos recursos ceoadms ‘os e administrtivoe das demoisesferas de govemo, pencipl mente dos governos estaduais. © grande mito da descentalizacio esté em seu aspecta politico. Nao que © processo descenlizador gere automatica- ‘manta a damocratizago do Poder publico. Emtora ests mito jé tenhe sido coatesiado teoricamente no primeiro capitulo, vale 2 pera citar rapidamente poss(rcis efeitos perversosemmpiricame verifiefveis na experi8ncia recente do pal. Sio cles: malipica->) 620 desenireada dos muniepios, diminaindo a receits dos mais | pobres sera criar novas formas de financiamento; gastos publicos sustentados por wansforbncias intergovernamentais sem que a sociedade local controle tal processo — como na elevacto im- Dressicnante das despesas das Camaras municipal na décata de | 90; eringdo de consetbos de polticas piblica de fuchads, para corsegui-apoie-téenico’efinanceiro das instincias de govero nirese evar problerias com 0 Ministero Piblico;e, Hial- “tiente, 0 protessos de corrupyo cm larga escal em cidades dos ‘mais varias tamanhos — para ficer apenas ns Regio Metropo- liane de So Paulo, a irea mais rica do pats, temos os casas de ‘Sie Paulo, Guarulhos, Exbu e Carapiculba, Do mesmo modo que podemos enccnurar ests exernplos Derversos. hi outos casos bern suceidos de democratizagzo via a = noe | ee oy | asa |e oe el ee [ot a fat i Fa us aas| ew | 8 Kora ae | a a1 | crap wi 5370 | 5 e 6 6 [arama ae ee T 4 ‘Toearties isis |= a a a (ea fey ie fla ele 8 ome ed ee fe le bee Fo Gand do Nate o6 | as ip Fa « mle «/o 6 Pita o7 | a7 ag card mums §|s @ ro vile B rs aisle eis @ | Seno as |) ee Feraniuco ug a3] 2 | o m ms « . dl Alagoas: os | 246 | 41 2 a ow = = ay Sergine. 19 stz2 | 45 0 a {im a a 1 sania 13 367 | 6 a % ope | me a et ge su ar | oa 58 1 4 FioGande toSsl |2.49 7395 | 65 n es ido Gea 95. e|? 9 B | St tn Ge, 8 | | oes ve a a | sede (ive soo | ® =] ae a5 7 | Bsrioreiea faust cetaase de sews | = abies eo ones [a mle eee Nome | aaa ae nae Ses as an coe No tocante sos sas, umbém ¢ import verficar a.com posigdo a parcipacéo da receita estaual no PIB do pats, coro ‘mont a tsbela 2S, Natabelaseguinte, mostra-se que ken da gran e dsperiace de patsipagio no PIB, oura medida essen para tena cesigualdede federanva éa elicio err transferéacasrece- bids erocita prepria dos estados e municpios. Segundo ese ind cador, amaicria os entes fderativos tera dificuldade de sobrevi- ver sop fose atranserércia de recursos da Unio. “Tabela 25 Cerporipdo da eceta esaduale parepazao dos esados PUB braseia (1997)RS males. TONS TOUSTTNSE % 0] (@)_{G(6v0 4 a0) cy Tar a 020 « os 9 ma ‘Tabda 25 (Contmagio) ones: Banco Cal io Basil — Deyarumen da Divida Piles I: Smee dase, Revita Acntx «erp. Foahe nai: Bano Cou e FE. * Bsclat oDistto Federal ue tem uma tela resertaias — [CMS de ysas[F8.mas ede reco ds Unio yrs case a spas pes ‘us reas de apr plica «edn. * nei Funds Party dos Estado. 1OOra FPEX MF 1578, LE 156 de 130996 ++ Séduduids apucla Jo 25% que Gets so muicpice ‘Tubda 26 Rela entre wansferiniesvecebids «recta prépria (1908 — om %). rast 195% @ “Tabela 26 (Corsinuagio) err = Pcs a tear wa a eee GOAS eeceicd eatin Smo cao MPs SERS RODE Javea AO GRAWE COIL SINTA NAAN ome Lenerter (199%) A diparidade de condicdes econbmicas ¢ reforgeda pli exinténcis de um contingente enorme de menicipios pequcnos (2 9 (95 quais tm pouca eapecidade de sobrevitera com seu peSprieg recursos — por muitas vezes, ama as cransferéncias resolvem, este problema. A média por Resito ¢ de 75 5 dor munucipi com até 30 mil habitantes, a0 prsso que no universos total, ace. ‘mos 91% dos poderes locas com este contingcate populaciona o welt (RESENDE, 2000; ARRETCHE, 2000247). Além do mais. a gumenca Marta Amretcbe “0 porte populacional dos municipios tem we relacie dieta com sua copacidade de gosto: nos || Exaios do Nordeste a receita corrente propria per | capita dos municipios com populacéo inferior ¢ 50 7) nil habitanter¢ inferior a RS 10,00; not Estedor do 77 Sheva eet ieriora RS 3300 nos Exeter ado Sudese, inferior a RS 77,00." (ARRETCHE, 2000287) Este quack de desigualdade econdimce gana um contomo mais preocupantediarte a fravlidadeadminisrativa ands vigen tena mairio dos governs Incas. Muitos deles incisive, no cobram IPTU porque nio t@m maquina srecadadora capa de ‘super evia Tunglo, A preeariedade burocrivea espalhase para too o restate ds administayio pbsica ra rmaice parte dos cos, Somado ao obsiéculo Fnaacoiro e administrative, o bom sndamenta da deecentralizasio no Bist fi prjudicade exata mente pelo discurso que a cefendia:& argumearacie em pret da ‘municpalizaczo. obvio que tal dscurso teve aspectos posit vos, a0 Mostar que 0 repase de fungOes aos governs lecais pocecia demoscatiar mais a gestio piblica, responder melhor 3s proferénsias dos habitanas de cada regio, diminuiro cust de ansacto pesentes na logstca de uma adminiscra¢S>centraliza- (a e icorporarinovagoes advinéss da experimentacao local. No Jentanto, cada a desiguadade presente ma Federagao, » miioria ‘des muicipios lo pode por si sé realizar nulla das tarctas blias,O desebo srunicipalat das polticas eforgou ua visho lncougruente com a realidade do pat. J Forrou-se uma ideologia que o prefeito de Santo Arde, {Celso Daniel, chamou de municipalismo autarquico, No seu aso \penisno. emibora oor vezes ingénuo, acredita que os overn0s jp losis, po: exexea mais présimos dos ciados, podem ester iso lens de polices pis Hk cemio-eaa eae [imigudienieiieeacinicet hind wameires Ws ntcpice a ctconerem eroe a peo dsere pice dt ® outros niveis de governe, a compete pretoriamente por ine \vestimentos pnivatose. ainda, arepassaem eusioe a outros en (es, como € 0 caso de mains pretetaras que compram zmnbulin ay para que seus mocadoresuulizem os hosp de otras mani pies, sem que sea feita uma cotizacdo para pagar as despesas. hela 27 A mubiplicagio das municpis (1988-1997), (© quacto insdmcional favoreceu, ao Yoyo do perfodo, 0 rmuricipatiomo autaryuice,Primeiro,resekando a muliplicasio ‘de municipios, eaja porque ae rogras do orggdo cram bastnts| feowxas, seja porque qualquer localidae instituide recebe um ‘quantum do Fundo de Participacio dos Munscipios (FPM). “bels adiaie mosira como foi esse fendmero no seu aug. [ se8 | 1987 ee | 7 wf om ai Bee ol epi sam | 6 | 7 Peek Fore: Abc (19933): 0 Eds de Sdo Pao, 1704/1997. 8, de popudogdo, 1997 — (Bran eregibes). ‘Mas a multiplicacio de municipios tomnou-te efetivamente ‘redatoria porque teneficiou mais ce municipios pequenos, ond ‘hd menor populagdo e também menos nesessidades de recorios publicos. Por tabela. foram prejudscados os municipios de méio pare grande pere. com maice populagioe ende a nscestidace de curs € mais premente. A seguir, aprecentamos o¢ de dads ‘que refleem esa realidade. “Taela 2.9 Recetacomrene pripria cor maniipos come percengen dasua recta corrence toa! pargripos demiovcpicn, 1936 em) (Bras eregise:) Tabla 210 Rect erent ttl per capa marvin por grapes 1 municipios seregadesserunde a popula, 195 (RUhcbiar) — (Brat resibes 8 501. 76 Teno as Tum 200 ree | Terie: Gomes & Hse Dowell 20, atest aceasta rc sa Ta - Scot +00 nua ee tg es eo 50 [4 [ae wommatmaore.| 241 | = [ae] + | 261 [oma Sai up | Sane fPaas aaa es [REE] a Vane Tour, | eae] | aw | wet | ew | a be [ieoneooen | 49 | 42 | a7 v7 | ma ex wis |s07| 26 | 299 wn | ea [awn PSR SR ee Fons Gone & Ma Doweh 00, ‘om wu0mn ed. | 196 | 160 | 184 woe | 283 Tarim a eal ey] sOumD Lamon | 281 ar] | aa pa no a] PASE | | 5g Tete [a [mal aa |ae| no | as | “ates 21 Frtcpogto percent do repos de munis ne “ann 2.12 Gator com eit manip percept, 196— (Bex palagdo tol do Bras. 1996 (em %)— (Bras ¢ Regioes) silica. “ oat FESS i ee Pee Pe SS) | Seales us | om | 2m i 3850001 Bs a near f |B oi is [Sana | vwamazoamna | 510 | 085 | om | 221 | am | ar 8 ‘ao cD ne gaww aso0cn ran i] 750," | es |iibe, [3 [Earp azar. ato 38000 at | 9 Sea OCH mo iz] 055 | 2m) | «@ ‘amo mnune | 72 oii Fooom ney] cua] Tan | aaa) i joueoasnane ss | SOT | 003 10 = fom | - [se som siamanne. | ta | Sry sae i Tie es Ta] « Tet zast 78 oat |14s7| es | 1000 Ponte: Gomes &'Miac Dowell 20, _/, Yer inhas gers, o que se pose conchair pelo exposto nas [dite samrton 60 pie ae, mms da tend doa anise em td cinco ral nites mal 96% tmnt lies 30 $5.0 teres Course un eno pum a tapnenaeo 60 pals ‘onriio d tenlncaineraconl Parada am exemgio. em {ior 15 ples a Unio Europa bove imino 8 e- te dooms ogo eens le gucnds th vets aga deve neneiin eto egos © tran z Os muinieipios criados tém a menor porcentagem de receita & /roqra dem carecelaioal estos qeten disparate. mot froin propia don do a Tracing alpaca Ge \ ‘municipios significou, de um lado, um estimulo a ieecpon: sablidade fiseal ¢ a dependéncie em relaedo As sransferncias Intetgovernaments c,de cute, esti retrande recursos dos maior ‘es panes menores, sem gue asses ilkimos estejam vivendo os hhabitates mais pobres do pais, que em terms absoluts estio cada vez mais nas Regiles Mewopolitanas. ‘A maloria dos muniefpos esados comiém ama fara’ par cela da populagto brasileira. Assim, an contro do que tem [propugnado alguns municpalistas, a febre de emancipasbes fa ‘vorece uma parcela minonvria da populasio brasileira, « qual, segundo os dados ameriorss, tom rogressivament se beneficiado di distibuigo de ecursos a0 loago da Federacio. Pr fim, «_asioria dos municipios ericos,além de rpre\ semtarer uma iim pacela da populseao braseia et 8s- {ando-a maior parte dos recursos apenas para pagar Sas conta ‘minumas. sendo 0s que mais gastam com of wos Poderer. Ko inves dd significar um repasss de gasios para «Grea social, resalvendo ‘melior os problemas de dreas que estariam sendo prejedicodas / ‘pelo muni pio-ney 0 desmemiraento esd concentriKe Te da nas mils da elie pottica local: ‘A aprovag2o da emenda Jobim. am 1986, reduzin ox incen. ‘vos A multipicagte dos municipios. Noensanto, parte do estra- 20 jf esava feito (Cuero aspeeto da ordem municipaliss brasileira § 0 cariter ani-metopolitano na distibuigi de ibutos federais aes govemnos locais. Neste sentido, o economista Feruando Rezznée argumenta “As designates [na dsiibulgdo dos recursos tribwiérios) sto poricuiarmenie weveras nas dreat ‘metropolitanas, ande @ maneina como 1 aiiridade ‘econdiice ea populacdo ve dsriduern no expago determina o resulted. Na Regio Metropolitanc do Rin de Jancit, por exerplo, of municipios dorm trios ~ aqueles que concentran c populasdo que trabalha no mieleo central — chegan a apresersar wa orgamenso rites veces menor do que & media regional, embora enfremem fortes pressoes para rmethorar 0 aterdinento das necestidades de seut restdentes.” (REZENDE, 2001:193) Como veremos no préximo capitulo, essa frgilidade finan: ceira dos municipios metropoitanos é um éos grandes empe 6 Ns a sii eel ec tien umtics Inrgvetanedls to ivan te Seach numa Feder deal eo erly ex as (es in core de oes pe Tiras aa Cp > cstimulo pare aumentar @ arrccadaric tributiria ou cntio para Suara set oe totonc qs ae ee eee en puESES ul compan de uma pos fave seesiva te Gal. opus acon ete ws [maui ew repose bene, mam pace QP rooms pte cates ecto, prune usomart a | cescentralizagio num jogo de mero repasse de fungées, intisulade \pem de “epee Veer" 0 pblems é ue du pees hisses oa eee ei Erenarepereenieoinnmpe remind ser necessariameatsfinancieda, pslo meaos em parte, pelo Go veo Federal. Dp final da Gecads de 80 até 1995, oconew uma inconscincia na tanseréncia de rearsos, causada sobrnudo pela in‘lagdo, aumentando o grav de cesconfiensa dos municipios a respeito do processo de descentralizecto. E bem verdads que os municipios assamiram sta wai fue ‘66s. té prque 2 Unianceixon de fazer nma série de gastos © 08 nto fal em terto de um projet0 de begemonia nicenal, mss sim em coaizoes pontuais ¢ defensivas para manter 0 simu quo. Assim, coda "bao" estadul se peocupava apenas coma mamiteng&> do poder que a estzurafederativa Ie propercinaa, © cartier predatno ¢o federalism trastcio restitov do padkdo de compeigdo nio-coopemativa que predominava nas rla- es des estados com a Uo e deles ear si. Desde final do tar elages imerzovernamentis venicals naam, ‘elacipasidace dos ead epesarom sou estos ¢ dividas ao Govero Federal snd poe cima, nia © responsa- ‘quando asinavam conteaes federstivos Cas csc das Toran os bance ead A pr tir de 1982, as msutagces finances estadaas foram ublizadas eles govemacores como instumento de atado politica, Foam oriadas verdadeias maguiras de prodsit moedss, com efeitos dcletrios para infagdoe parao endividameno global. O prin- pal efeto desta relapio predatéria era que, como eponta Ségio ‘erlang, “‘odos 9s bancosestaduas [inna] potencia de trarsfe- rncia do dict fiscal do Estado para a Uni, no de dito mas de fo, Dessa forma. a poltea maeroecond mica do Governo Fe eral pasava a depener dos Governos Estaduas."* fo por ecaso 25 divides vincutedas 203 Benvos essai quaruplicaram no pertedo que vi de 1983 +1998; pio: lem de ig controlar 9 us0 dos Bancos estaduais, 0 Govemo Federal regularmente cobri seus déficits,soscerendo 0s estados com Dithoes de dolares que nao seriam recuperados, Exemplos disso foram es aludas 265 Baacos estaduas as as eleibes de 1982, 1985 c 1950, Fm todas ests veres a Unito, por meio do Banco Certrl ntervinta em determinada institu francsira esta, “4 Agua BANCO CENTRAL DO BRASIL 1992: 0 «obria sus rombos,sancava sua contase depcis devolvia para 9 ‘overaador, sem nenhum prejuizo 20s cofies publics esiaduas —somente para 0s federase, consequentemente, sso er repas- sado indiseriminadamento a toda a naco Mais um aspecto presente no plano intergovernamental dv rante a redemocratizapt foi. a prevaléncia de um comportaznent io ecoperstivo dos estados ete sie ambée, em grande mesh, ‘nae os municipios. Na esfera estaual, isso recundon em padtBes predates de interagao, nos quai, az da ausencis de coopers (7, houve um aumento brutal da competico poc resusos pili ‘os eprivades. O maior exemolo disso & a guerra fiscal. al coe des programas descenuralizedos, ama vez que teu su>8520 depende daciagio de mezanismos de ccoperacio ecnonienssi0 | entre os exveis de governo Por isso, x existéacia de um federal mo predutério « ado cooporativo foi ur grande cbsticalo & rmethoria clas politicas piblicss em geral,especialmeate to cart e dos servigas soci. ‘Nerite deste modelo de relogbesintergovemamentis ocr ren 2 partir da chamada Fra do Real, que msce anes do Plano de extbllizacto, ccm 2 indicacto do ministwo Fermndo Henrique Cardoso pare o Ministro da Fazenda — na verdad, ele stor nara um *pemeiro-minisiro infernal”. Nela,constitin-se uma skugdo na qual 0 Goverao Federal se fonaleceu e os governos a cstodunis, enfraqueceram se. Resumidamont exe procesto fi po- ado pelos segues fuores > 4) pela methora no eendio eterno (Sobretudo com a renego- cago da cvida) ¢ em rience medida ras conta plicas Jnemas (pariculammence com 0 aumento ca arecadset0 & aaprovacso do Funda Social de Emergéncis) pelo alithament sélidodo esiablishrent, ern sua dimen So pot, social eecondmica, conta epossbilidade de vitéria de Lula; ©) pela alteragio do cenéro ideoldgico em prot da reforms do Estado © da disciplia fisal, com t2elado por uma sétie de pesquisas de opinito (cf. p.2x, LAMOUNIER & SOUZA, 1991 e LAMOUNIER & SOUZA. 1993), ) Pela primeira vez desde 0 inicio da redemoeratizacio, as eleigoes presidenciats de 1994 ccorreram ccncomitante- ‘mente 20 plato estadual e 4 cispute para o Congresso "Nacional. Essa “eleigto.cassda’ vinculou os congressis- {as eo presidente, e mesmo of govemadores, ao mesmo ‘manto de legitimidace, 20 contriio do que ocorrera an- tes, quando 0 presidente ere escolhide num pleito “sol- teiro” ¢ 05 parlamentares elegiamse tendo como carro- ‘ehefe a cleigio de governadr de estado — oque contava a favor da atwapto dos chefes dos Executivos estauais junto as bancadas de seus estas. Decoren, da, um dos faupres do fortalecimento da Presidéncia da Repaiea vis 4 vis 0 govemos estaduais. Além disso, ainda no plano leiteral. no foi apenas 0 caréterconcomitante da ele ‘slo que favoreceu a Unio no s23 relacionamento com ‘or estados. A slaigo do 1994 foi marcada por ume outra ppeculiridade: em unidades estaduais estraiégias da Fe ‘dzrago foram eleitos governadores fis ao presideme © ‘cui vitérias desivaram do apoio ao Plano Real. Entre estes destacam-se Marcello Alencar (Rio de Janeiro), 5. Fats spumened snes ates nue do ferlecimerto de Gevems eer cesenvolidn er Abuse de Ct 199) «depots apemoradh en Cote & Abaco 99), daneesnegienirtinss duardo Azeredo (Minas Gerais), Antoio Brito (Rio Grande do Sul) ¢ mesmo Mitio Covas (Sto Paulo), erubora est ha maior ieependacla pani ecaltre politico somacosa certs desavenasintergovermentis 40 longo do mancat.apesa de tnda existe impor. luntes solos eo presidente tr tdo sempre ce nego. accom os gpvernadores, o mandato dese fi bastante fnado com o Paldio do Planalto, concordéncia fedora tiva que ado era oui desde 0 governo Gesel; ©) 0 fortaleimemo do Governo Federal compare © se ‘ssruura no esipenco éxito do Plano Real. Su etimi- dade garamtin a eleigéo e a reelegao co presidente Ferardo Herrigue, dem como um grande apoio de im- [porantcs sctores da sociedad, dos governadores © da omuridade itericional. Além ca legtimidde, a a itera do Pago Real derrabou oespectoinercil da aflagG0e, 0 que € mais interessante 00s n0s0s props os, rraticamene liquidou os mecansios que os es.ados 4, \ etiam entesiormence para prot annoma e pre- © \ taxoriamente recursos fnancezo, Restle ue 1 v- \Gria contra inflago torou mais eves ranstrén- [cis intergovemamensis, favoresendo W condupZ6"do | rocesso de descentralizaclo. Com isso, a Uaifo obIeve *insiumenio que le flava para poder brea a pes- sagem de encargos efungoes de uma forme maisracionsl « programada para os governor subnacionais. Foi esta titulo que permit aformlagSo de polticas pblicas coordenadas, como o unde 1) Abencatota dos govennoscxtadus, por fin, fi dere- tad elo fim da inflag © pela derocada dos bances estaduas. A pai dat, governadores dependevian mais do ansia do Goveryo Federal para liviar seus prob tas fioanciros e, em Woes, tenam de ser mak cols: boraivos — eo foram. ‘Com sata tranaformasio do conétio intergovernamental, Unite conseguiv eliminar uma série de clemertos predaticios, s ‘como os bancos estadaais ¢ 0 endividamente descegrado dos ‘govemos subnacionais. erabora tas mudancastivesseracustado alo acs cofies pibliccs. Alem disso, 0 Governo Federal, pela brimeira vez desde a eclemocratizacio,adotou medidas tibut Flas ceatrlizadoras.O resultado final desta alteragées no plano tribuizio nao fi. como repetco pela imprenss, uma redugio des receitassubnacionais,j& que a carga trbutira aumentow 0 suf ierte para repr possiveis perdes: nio obstante, o que howve ‘mesmo fot um crescimentosignficativo des recursos 2 disposi= ‘so do Executvo Federal. Todo este conjurto de transformasSes,entretanto, lo con sequin ermadicar uma série de padrbes cormpettivos de relacione mento intergovernamental © mus evidente tem sido © ectre. mento da guerra fiscal entre estados eno imbite dos municipios, ‘este aspectn se soma 0 pequeno nimero de inceativos a coope aso, Mesmo assim. algamat formas de eoneseciotém 36 mul- tiplicaco, 24 Os Contre ntrmnkials sucess obsticdos 0 consis ntermarspnis so intranet logis 4 disposi des mics par ecole de snide tress soram, A Conta de 1837 (er 2 jpaninsois L-e.agupaneno de nicpne pena nina sone Dies (MINISTERIO Oa SAUDE, 1907. It wean So Fru 0 ais sign contri fi cide mu dea de 6, ns regio de Hi. nerd powoqlo rs Consice tonto Soci e Governed Wo Che O68) Ne ers de 0 Surg pei conn de Seovcvinent oe Cop ~Contrciode Deevolinents Ineo doled aoe Mamiqneen Lio None, nda cer dzone de 10 Mas € somente a tea do $Dcom oa do peo de descenalrgo, uno contoriamano se micipon poss / = canctiar como pes somam da einateas bles tm Sto Pl, + poles de damental fo iia plo fovero esac en 1H, ema ear as hoven eer de i i igs ‘Governo (ERGS), depois Esertios Regionais de Planejanca | ~~ (ERP) GUNQUEIRA, 198) ‘Conséosizifca, do pono de vst jure smokin, 1/7 unio ou essciesio de dois ou mais de dos eae da mesa rareza A relat de igualdade ent os menicipios a base do consérco, preservando, asim. a deesdo a autonomia dos 20- eos Tea, editndosubordinsjto Berd eum dos pucstes ou 3 entidae alininistadora. Conferme afvma Hely Lopes Meieles, 05 “cons6:cios sdminisativos sto aordos fie snes eat atdades estas, anrguces ou pra-satis,e- pre da mes espécic, para realizach de objerives ce inexesse omam de parcspes ‘Seus recurs podem vir dereeitas pépriss qu venbam a ser caidas com sos aividedes ona part ds covtbuiges dos ‘municipios integrentes,zonforme dispesto nos extattos do con Src. Todos os municipios podem dar a mesma contibuigio finance, ot ects pede variar om fungio da weet mericial 4a populagdo, do use dos servigbe e boas do oxssecio oa por ‘outa este julgado convenionts ‘Aorigem do consSecio nace, erimeizament, de problems ‘scargo do govemo mamicipal que exigem soles parm alm do Alcance da eapucidads de affo da prefeiura em tenes ce inves. timentcs, resus hurenos finances para castene alae fica. Além dso, grande parte desasslugdes exigemagbst EojFlts pic titen rope pblenos qua siren smal nearer, a mais de um maniciso, ‘Em outros esos, mesmo sendo porsve a mune anuar lsoladamenta, pode sr mito mais ecoadmico tear parceia com outos muvifpos,posibiliardo slugs que saisfagem todas as partes comm desembolze menor ecomlaens rl tacos finns (VAZ_ 2000) ‘Os consoriosintemmosiciais, esableceno perceriaene 48 vis prfetrae,aumentam a capacdade de un grupo de municipio solucionar problemas comiuns sem es tecirar a> 1 gp {romia. Tease. porsmo. de un reesso sdminisative ©, 40 {mesmo temp, polio \@ _governe, ea respeetiva estruuraeto dos Escitéios Regions de "Embora um tanto long, valea pena ctr a forma como Maia do Carma Cruz desenvove 0 conceit e 0s tins Gos consoreios: “Os consdrcios, na forma de associa ou de ‘Pacios, nsirumentaizar 2 uniao entre municipios {temo intuito de resolver problemas etmplementar ‘ages de ineresse comm. por meio da artculagia te ravionalizapa dos recursos de cada esfora de pos der So um instrumento que tem inviabilizadoo pa rnejemanto iocal e regional. ausiliondo na organiza (0 de pianos, avaliagdes e couvoler; a superagie de problemas locais, pssibiltando ganbs de escela de produciio: a racionalizagdo no uso dos recursos Franceiros, humanos @ teenolégicos; « modemita: ($40 adiminisiraiva, por meio da padronisagdo de “Suprimentos ¢ procedinentos adminitativos: 0 uw mento da capacidade de cooperesto téenice: ¢ a inplemeruagde de polticaspiblicas repionalzadas.” (CRUZ, 2001:17) Hamplas possbilidades de atungo conjunta de aunicspios mediante conséreios, enue 48 quais poderiamos cits, sexundo ‘Vu (2000), prestagdo conjuniade servicas publics, sae, obras piblica,atividades-meio, ransportes, impeza urbana, meio am biene, desenvolvimento econ6rnico regional e recursos hfdicos eave cs mais presents, O mas comun é qu ais fomes de consor- ciamento ocoam ge forma monocenstica {A area em gue hi um maior desenvolvimento dos consorcies E ade sade.” Traw-se de uma associaedo entre municipios para 1 realizacdo de atividades conjunts refeentes& promoxéo. pro tegio ¢ recuperacio da sae ce suas populacoes. No plano do discurso, os consorcios intermunicipas de sate s20 visto pelo Ministéio da Sate como imporante instrumento de geitio © “Sate os concise de tbc ver Bens Cami (930, 1. Bow pre de dicisto sobre oy ensrs de sae fo devenrlsisaem ‘Abaca (2090, 608 ‘um meio de potencializar a atengfo & satide das populagoes. & ie Sis erro cama, que Minisene de Sai eco arsGo cus a regiaalinto 0 obo, 0 como un dos trie pute “oedema o Miniséro a Sade ¢ conti a crsso eee ei} tm 0 war nrg ati do SUS, ta soe} pone eens “tiene prs algns, om o princpo da rmucipalizagio. PO vit cen emits do cocumento pubes pep Mineo “ daSaide: “fo consércio intermunicipal) no pode configurar uma. tove psi pmo do tad 20 ip (MINISTERIO DA SADE, 1997. alos de penta recere, ean em 200, revel avant dlcldadesna cringe do concise ‘snice, Princuamewe census ua expnso deste mecan- tioa acgunda metnde da dévada 0, pols bavi [2 Eons th 19 dabei cm vase 60 mans com 1998 une data nuded, credo Leese, eo Sendo 1740 municipios de 11 exads. y Conthuande fom tse nisin ieee 1003 existtncia de (47 consdreios intermunicipais de sadde, distribai- been 13 can, rcipalmene ds Regis Sol Set oni com a pareipeio de 1.60 nips « um uve ta populasamal 623 mites de psa, Com perches sete tns pequenaquria cose haémeno morse om ge sto exagndo, Ao eles seg ert «svat dos Consus de nid no Br ‘Tebela 2.13 Disrucco dor munisipior consrcindas segundo esta dos e populegio cobera — Bras, 2000. ma | seem | to ma | ames | 22 ex | sume | 9 wo} a au | assem | ses, ss |sme| «7 | sco | aasaa | ag | nem] os ror, rae | as Fame: [BOE Cenagen ppussiaral 195 Posi relzaa ju as Secraanss Exide Sse Rens ~ 2000 cooking estagual i i pasa “Tabela 2.14 Clases de popup de corde com nero de manip ot contorciados Brasil, 2000 Pipes fa Te ‘$000 ans De Ee TOC Taine “|e De FODiDe 200 Hore = Be ‘700203 5000 HER Ey Ta Sonn Fira onan anaes i ar ai de OOO Funes Cy Ww TOTAL [8 100 Fontes GE Conmagen pplcinal~ 1996, ‘Una Ieitua ateata dos dadag revela qus os consSecios de PD sat c so lmsicanese formas por ranitipios pequenes, ak gums méaos eneahum ats capitis, Cerca de 60% das masic- palididssconircidas nfo postuem populace: de 10m babar. tose somente 5.59% 8m mats de 50 mil hbitantes. ‘Adsspito do arande peso dos peace munietpns, tcipagio desis and 6 no quo ve reiere &totldade, insficien- ‘es principulenis levarmes em conta que eles 8068 Que mis rneceesitam de tal nemumento. Des muticipoe que det de a 10 mil hnbitones, 7.6% cansorciem-e: da faiza que vet do 10 220 mil fabtaics.esmtégicn pes se nmero toa © por sua relevincia om esruira fedora brasileira, 255% estbelece- ‘am pacos inermunicipais:e ro esrao que cempreende 0: ‘unicip-as de 20 50 mil pessoas, apenas 1245 participam de ios ———__ 'Na verdade, a implentacio 2, de cera maneia, 0 suceso dos consrcios de sade dependem de arcuagan com outes (/atveis de governo, em especial com o esadual, Comobarard essa Vso, o experieme tenico do Ministero da Sadue, Maio 0 Grassi, um dos auores da pesquisa que quuntifcos a situsgio os conscccis, amow em entrevista: “Sao daa es uestbes ery rmemencs ge siraplion,o wvngo dv cots (de wel A Dimers Co desenomuiipdise do SUS. Olotty & fvor dele ita osprefein cam ox teneos da dea os mesa que por ees defedem osc rcs mas tememo rodents die para cx Cie, por. utenonta muniipl. Port, fs franda quesido a mats espiiesa, un verdadero Poblanafeertva gus reaimde nef nce pr CescEdpapel dos governor eds qu expla ou aun o nine? Ue COBOTCOE de les perm C nacem ou ndo, assim por diarue, Sabe por que isto ‘contee? Porque os erados podem forncero Q@ rieivocomptemeraae a asin once efacen o meio de canpo poco com 0 pref rea tres eso nu resin forlecineeodascow Srcias.E por ido qu eu digo: os comsrvian po demand Ser pensadbs nctoalmente, max kanes detain frtrencdecida sade.” (ABRUCIO. Sooo ‘Nesta mesa lina de racivefio, o uabalto de Luisa Gui ‘mares (2001:74) mosira que nos casos nbs quals o Executiro «stadual essumin& eoordenagio do sistema na presenga de con- s6rcios,existentes ou estimulados, forem adquirindo insteacio~ nalidade. ‘A dependéncia dos coasécios de sade em reac a0 ‘eis superiotes de govemo ressalla precariedad inst ddesse mecanisino. © mesmo varia para odas as drcas em que ‘rescem 2s formas de consorciamento, couguanto ay ans tea cfeivamente ocosido. Por esarazio,ytios autores i disco se devernos ou no founaizar mas s instumentos de coope=acio Jinermunicipal. Um dos mais auantes, José Miso Braslicase, ec recenterente ma comparae3o ente 0s conscios beasle0s ¢ os ‘Krelse lores, os qua’sconsttuem ura iastinciaimecraedisia 0 formalmente consulta, que fica enue o poder Ioeal ¢ 0 govemo ‘estadual (Zander. Para ele, essa estutra rovemameatal é eset cal aa articulagdo cooperativa no piano submacional da Aleman ‘cembora nfo proponla a rerodugéo desse modelo, acreitaque 0 Brasil poderia aprender instncionalmeme com tal expeiéacia (BRASILIENSE, 2001:71-73). ‘Outros auures, enuctan, defeadem am modelo mais le- xivel de associagd0 horizontal ete os governs lois, de wed ‘aser mais dgile compat'vel com ahieterogeneidade da Federago_ ‘brasileira. De qualcuer modo,essa propesia amibém aecessta de incenivosinsttucianais cooperaclo, ue decest podem ser mals malesveis,ccriudo, seestverem completamente aseates, 19 difell que parcerias sejan esabelecidas. Obviamente ro se ‘menospreza o pape da cultura pottca ou da histéia regional, es ‘quis, por exerpo, tn facili.ado oassceauvisno munieial no Parand e em Santa Catarina, $6 que a inceneza vincalada & vor- lade poli diame da forga dos vewres cenualizadores € do ‘municipulismo autérquco, cia um ambiente Yost insttucic- nalizagao do cooperaivisrno horizontal, ‘A cefinico de regras que incentivem Acooperagio to poe Ser vista apenas psio éngulo horizontal, Isto poraue, em primeizo [lugar o dilema do shared decision mating impoe uma a¢a0 con junta ent cs diverses nfveis de governo pare que as polices { publices obtenham éxiw,/Ainds, dadas as dferengas soc:occo- '}némicas ¢ de qualidade adminisirativa enure os entes ¢ regides. € Limprescindtvel a acao coordenadora dos governos superiores, ‘Aig disso, ura formas de tevionalizacdo, que wlrapessemn © problema inermunicipal, so essenciais & Federacio brasileira, em particular nos espacos das macroregides, que tém hoje int ‘uigbes complewunemefalidas nas cujos problemas motvadcres persistem, e das reas metiopolicanss, panto esuatésico que ser anallsado ro proximo capfulo; Desse modo, 0 consociameno tem de ser visto como um des Instrumentos dentro de uma rede de relagdes inergovernamentals. ‘A pari desse panoraura geral das relacoes Inergoverna- mentasse ds clemas daf sdvindos para cooperacao = coorde- suglo fedzruvas,remos estudaro cas do Grace ABC pauls o onde nio +6 um modelo de consorcianento intermunicipal foi ‘montaco como outras instiuigbes e priticas em rede as fazer preseatcs. Trawse de uma experiencia de conscreio muliplo€ ‘io monotemitice, procurandoconstiticrexpostesmulietoriais ¢ voliadas a urm nocio inegral de desenvolvimento, Antes de ‘conhect-ia¢ preciso analisar a nicacasestruturs da rides ‘metropolitanas xo Brasil, com desaque para a de Sio Paul. A evolugio das Regides Metropolitanas brasileiras ¢ os seus impasses atuais A imporcncia da implaniag2o de des Federative no Brasil tem corte um dos exemplos paradigmiticas 0 das Regides Me- tropotitanas (RMS) partir da conformacdo ictal adguirida por las. suaevolugio até os dias ais, fics cada ver mais evidente ‘inecessidade de ccoperssio intemunicipal ede ages coordens- das enre 0 poder local eos outos aveis de govemo iparicular- mente o esudusl) para resolver a problenica urbany-regiou. Em outtas palavins, os eilomas das poitens pblieas dos muni «fis merropoitars s6 podem se resolvdos com a cro de tm modelo eftca de ariculazao intergovernamenta Regina Pacheco resume de forma lpidar © pape esratés- co das Regides Mettopelicanas no Beal stal: “As mewrdpoles brasieiras consituem hoje wn doe grandes desafios & governebilidade do pas. Cancentrardo populacia, riquere, demandas s0- flats, infuindo na formagao da opinide publica nacional, conectando-secom cidade: global, at me- trépoies «do tambsin un imenso patriménio coles- v0 a demardar polticas de revitalicagdo reveloricegdo, cujo suceste depende de novas for smas de governo e gesdo." (PACHECO, 1995:91) A disuse deste tema ¢ subvivide equi em cinco sesses. A primeira fz um breve retrospecto do processo de wbaaizacio no Brasl, a fim ce enterier as raizes da metropolizagdo em n03- 1 pois, Ne scgunda sesso, analis-e a iasliucionalizaydo das ° Regives Metropoltanas no perfodo militar, A cise deste modelo « wepaformasio que gana tal questo a partir da redemocratiza- ‘lo constitiem o objeto da terceira sessio, que busca mostar também qual é a cinag&o atual das Regie: Metropolitanse. A quarta sessio destaca este fendmeno no contexte paulista, com €énfase nas mudangas occrrias a partir da Constimigdo de 1988. Por fim, realizase um balango da experiéacia meropolitana no Brasil ero Estado de Sio Paulo, estabelecendo uma ponte com 2 experincia de gesido regional no Grande ABC, tema cenéral de nossa andlise empiriea, 3.10 processo de urbanizagio no Brasil (0 Brasil iniciou o século XX com 90 de sua populagona zonu rural ¢terminou este mesmo perfodo com mais de 80% dos babitanes vivende ras cidodes,tomando-se um pafs amplamente Urbanizaco.O entendimento da urbanizacto brasileira deve ter com ponto de parti as transtormacées profundas ocomidas na sociedade brasileira a patir da décoda de 30, com destague para «© processo do indastrilicagio, ‘A retropolizasto brasileira entendidaprimeiramente 80 comp estritura insttucionalizada, mas com a consolidagao de compexcs urtanos densariente povoados em espagos marcados ‘or procestos sociozconbmicos afns¢, em grande parc, conse~ «iléncia do processo de indurtralzegio, que estinelow um fu imipmaigrio expressive para aleumes dveas geogriicas do pa nas dimens0es intra inter-regional Obscrvando a tabelsabaixo, fica claro o exescimento ex- pressvo da popalaséo urbana a panic de 1920 eo quano as 05- ‘ilag6es verfiedas neste prosesion estio associndas aos influ- 1305 ¢refluos do nosso desenvolvimento econdmico. © processo de indastrializato brasileiro é marcado por quatro momentes que tim impactosdiretos sobre a urbanizagio: 1) Nas deadas de 30 ¢ 40, houve uma ruptara profunds com a sociedad amtrior mediante a insti tuigdo de ura modelo industializante veltado paraa wage substiuicdo dis exporeagoes, em um contexto de ‘ise externa no entre Gueras. Noise o primsico Fico de adensamentourtaa0 neste period 2) No final dos anos 50, no govern Isceling Ki bisce. por mo do chamado Plan de Meus. es- teeceu se um novo modelo de indstlizario cade rmordament er empress rratinasionas, com des fae par o etc atom. 2) Enite 1968 a 1973, no pertodo do “Milage Econdmice”,ecomre ua industilizasto mais di ‘ersifends, alicergada ro tripé empresas esa insiria nacionalerpresss mulnacorais. ecuja resultado foi crescimento esondmico extradinai, com tm aumento do PIB acima de 10%. 708 2/0) 4) As dfeades do 80 e 90, mrcando o fal do regime militar ea redemocrtizao dopa, con tuem 0 apice do processo de urbanizact como smostaalabela3.2 mais abaino, 6 que agora hé um senor eessimenta econdmica «cs grandes cers, ém especial esto “cobrandoafatara” peo desen- ‘volvimerao desordenao “Tabela 21 Bieuco ca popu urbe ro Bras em % (1500-2000 Fonte Cemos Demogrifzes f0 IBGE. Sea nteelos de 2) eno, vem cesicor par esc de compare ‘nea por cerada. 0 av comsponde respectvanen a 5 1027, %s Para analsar 0 caso brasileiro sob um ponto de vista mais mpl, deve-se ressaliar que ocresimento populacional das cid desea formasto de metsopces Resides Metropolitnas em fun «80 de ansformactes socioecondmicas coastituem Cerdmenos maito importantes no plano intemacicnal. Nos FUA. porexerplo, este procesto remonis& débada de 30 foi um des elementos que -modificou 0 federaismo dual, de rgida soparasio ene os nivel 4e zoverno, que vigorou da canveagio de 1787 até sua crise tem nal, a0 perfodo rooselvekiano. Surpimerto des grandes seas ‘meiropoiitana:levou o Govero Federal intrvir mais decisiva “mente no plano subaaional, sobzesudo porque 08 govemos esta ‘évais ao tnbam capacidede adminisirativa © Tnanceia para lidar ‘om esie novo problems (ELIOT de ALI, 1988) Formas de regionalizario metopelitana oeorreram em OUtoS fees, com desta, no mbto dos paises federaivos, para os c= 10s da Alemanhac, sobreude, do Canad, onde a experiznca de “Toronio worow-se um marco ce refereia inkemicionl. Em ces pafses uitrios também fram criadasinsttuigbes de cunho mee: politano. Um exemplo & 0 de Boloaha, Iii, onde uma eestio de ‘cunhomezoplitane esabeleveuse portueiodo Acco pera Ck “Mearopoluana,assinado em 15 de Fevereiro de 1994, envavencio8 ‘munérpios (ou prefsiurss) No Reino Unido, o gover tabla econstiuu a dea mexopolizana em Londres. Na ranga poltisas de consScco ¢ cooperngdo intemusicipal vem send incenivacas. ean como instiuicdo de consels agglomérason,com importin- ‘ia fundamental em luzates haste urbanizas, Pederiamos cir, ‘por fm, mages que comacam » persar em fomas de mezopoirs ‘9, como o debate dinamarqus, em que se diveute a comes de stan de conslomerado meuopoliaie pars Cpentazue (LARSSON, NOMDEN & FETITEVILLE, 1996:415-216) ‘As experiéncias bem sucedices de gestio metropoitana respondem. basicamente, « duas akemativasinsttucionis “Tima a criagdo de una esurutura governamental auton com poderes independentes em Telacdo aos emai MVE potitico 3. enquaneo Sones consid por arTeUAGoes infornais entre as esferas, modelo ite que W prospera quando Di ees varilveis congregadas: Una clare ecomifiva dstibuicdo iaceiros « otrauga0 de cormperBcias Bur Ree as nagueles que executam as poliiase, sobrerudo, a dfinigio cde quer deve azbitaro¢ conilitos interjrisciosenals:—— ‘Tomarsio como base esta reflexio comparaiva és apes tos chamam a atened0 no caso brasileiro. O primeiv € 9 cater tanio«altamente concentrador da industializacso.e do processo de acagto populacional daf resultant, redundando num &xodo rT ocorrido em curtisimo perfedo de tempo era concenzagto és populugio em algumas poucas cidades do pes. Em 1980, se- guido dacos do TAGE, 32% da populactebrasiera concenta- ‘vase em apenas 14 cicades (GOMES, 199). ( legaco desse proceseo de inducralzacSo concentrador & ‘uma enorme desigualdade econémica © popalacional entre as smucroegibes brasileiras,coneenurando desenvolvimento xes- ~Sivamente, nas ciaes da Regiso Sudeste. A concentracao de ren- ae riqueza em alguntas poucas ireas geoarificas © em eas parcelas da sciedade, decorrenes do processo brasileiro do indus Uealzagdo © urbanizasgo,resuliou em outra roblemca suds ‘ns grandes centros as deséconomias exerras(SOUZA. (985-40). isto €,4 enmnalidade a degradnea0 ambient, oinsutii@ns @ defiitncia de infrcesiruura urbane (ansportes, vias pablicas, hospitais, sancameato, moreda). O que tivemos, portato fi a consiuiggo de grandes czuuos iadustiaise ubanos maxcades por uma qualidade de vida muaito aqusm dos resultados econ ios ios essas prdpnas condigées estrumrais aravancaram mais ad ante 0 deseavalvimento econimico e sociel desas reas LA tabela a seguir mosira a evolugSo da populagSo artama or regio do pats. ‘Tabela 32 Perensogem da popula urbana as resides brasilires 1940-2000) ne = 0 mo ow S131 8 ao 8 0 a7 ee 5 43 a 09 ao 87 (Outro aspecto central na experiénsia brasileira bem capt {60 por Luiz César de Queiroz Ribeiro. Segundo ele, “No rast ‘ontrariemente ao que ocorreu nos pattes eurapeus now Ext: dos Unidor, 0s prOblemas urbars foram incorporados 6 que ‘ip social somenwe nas anos reventes,” (RIBEIRO, 2001:134) ‘st € Wo ou mais Verdadeizo no contexto dae dreas que passarama por processos de metropolizaclp, ondeo desenvolvimento fo en- teadido, no mais das vezes, como crescimento econdmico «todo politics de proves ‘smenaiaos megaoro- sgranas do regime muita, como os da Szeahabitaiona, eles foram insuicientes diante das Gemandas, estes dois tépicos, consata-se que a urbanizago brasileim preseniasemethaagas com cusos pases em desenvolvimpemso que ‘iyeram um ereseimento desordcnado,Jacara ¢ Cidade de Méico io dois bons exemplos disso. Hoje, as chamadas mezecidades, salvorarasexeegdes cescem mais, era tama populacionl ena, dimeasdo de seus problemas, cxatamente nesas nace, teeing aspecio que Singulariza a experiacia de retpoli- 23 brasileira serefere ao seu process de insivcmalizat0, Com veremos a seguir, 0 Seu momento de criagko foi marcato pot um eracigma autonrio e cenralizadr, ao passe que o postin de- senvolvimenco, exatamente quanco as Repiges Metopoitans t:- soram-se aint mais irmpertnies como problems de aca coieciva, coracterzon-se pela fragmentagio haseada na “descertralizagt demecctien” Em ambos 0s peciodos, ainstitucioralizagio das Re- Ses Metropolis nio levow & enisio de uma ess auehine- :made governo nem a ume ariculacao intergovernamertal informal alicesaa er sdidas bases fnanecras, administatvas e politica, ‘0 og. resus foram bem diferentes das exparénois terns consis ber sucedidas de goveraenga metropolitans. 32 A Insticucionalizagio das Regiges Motropolitanas ( crescimento des grandes centios urbanos ¢ das fenbmenes {cle vineulados, prineipalmente a partir do final na década de 60, colocaram na order do dia a quesiBo da governanga metopolita~ ra. Tratava-se de constituir uma gesto supramanicpal que deste ‘conta dos problemas destas regices densamente povoudas e que Fassavam por um ritmo imprestionane de irneformazées. Nam frmeiro momento, grupos académices,téenios do géver0¢ li Gerangas politics estaduais comezaram areiletir sobre o tema, no que foram seguidos pela burocracia fede. ‘4 politica urbana nacional do regime militar comnegon ser efinida em 1964, com a eriagdo do Baneo Nacional de Habita- (gio (BNE), 6rgio que perpassa todo 0 regime militar € que se ‘contain na reerdncis politica e finznceirs de tovko investimen- to urbano no pas. Delineou-se com © BNH um modelo cenirali- 2a, auoctino e tesaocraico, que procarou stuardiretamente nclasive para | neste contento que 0 Gaverno Federal mau pars sg espnsabiidace pela odes Regives METOp: ‘tanssantecipancn-se 20s govemos estan ou Teal. Fmpor- ‘ant iisar que alzons estos, notadamente Sip Paulo, RioGran- 4e do Sul, Rio ce Fanico, Minas Gerais e Bahia. rinhameteruado ‘estudose constituido equipes para realizar est tarts aesar das ‘aghes ainda serem, naqucte momento, muito embroainas. Con forme adescrigio de Sergo Azevedo ¢ Virginia Guia 2000552), to Rio Grande dp Sol taneionasa @ GERM (Grupo Execanvo a Regito Metopolicana) em S20 Fauio, 0 GEGRAM (Grupo Exeouvo da Grande SP, no Ko de Janevo havia o GERM (Grupos de Estados ca Area Metropolitana), em Salvador esava em zeio 2 CONDER (Compania de Desenvolvimento ¢o Recéncevo Baia) e, por fim. o governo mineiro elaborara © Plano Preliminar da Regio Metropolitana de Belo Horizont. ‘A eaisncis des apdesestaduisreforea tse de aue, mais ‘oq seanteipa« Unigo proeurouproiir os ents sebaconas, de auarem nesta te, Env wermes federatvos, a consiuicio das Resides Mopars segs a epia do modelo uniaisia~ ax ‘oro desciio no capfulo amcor. E nesta nhs que Sérgio ‘Azevedo e Virginia Guia constroem o seauime racosini: “Imposia sobre esalos ¢ municipios pelo Go- verno Federal « insiauiomalizacdo das Reyioes Me. ‘ropolivanas foi vista pelos segmentes mais progres sistas camo um imetramentoadicienal de domina 0 da Unido, que pecera exerceria controle mois veto sobre a disirtoutcéo de recursos para essai ‘repides, na tenetiva de amortecer as tensOes $0 ‘is crescentes nos principals centres urbenos do ‘pat.” (AZEVEDO & GUIA, 2000533) A implamiaga0 co modelo unionst-autoriiio ns questio 4s Regibes Metropolitanas acoatcceu preliminameente na Cons itigdo Federal de 1967, mas fo: someate aEmenda Consticucio- ‘al de 1960 queestabeleceuefetivamente a competéncia da Unite ara a crizgto de Regi¢es Metrnpelitanas: “A Unido, mediante Let Complementer poderd, para a realizado de rervigos comens, estabelecer ‘regides metropolitans, conttudas por manicipos (que, independenterente de sa vinculagao adminis ‘rativa, fram parte de uma mere comunidade s@sioecondmica.” (EC n° 1, aigo 164) A Lei Complementar a 14, de junho de 1973, ctiou a pi meiras RegiSes Metropolitana: no Brasil a paris de unigo com. puls6ria de alguns municipios linitrofes As Regices Mew opal ‘as insta foram as segeiates: 4) Belém: 2 menicipios ») Belo Hosizont: Id munifpios. ©) Curitiba: 14 municipios Fortaleza: 5 munsepics ©) Ponto Alewe: 14 municipio. 1 Recife: 8 municipios. 4) Salvader: § municipios 1) So Paulo: 37 municipios [Em 1974, comaleiCormpiementardle n° 20,crov-seaResizo Metropottana do Rio ce Janeiro, compost por 14 mniciios. ‘No campo das competéncias. as sexuintes auibuioes fram efinidas para as Regioes Mecopoltanas 1, Planejamento imegrado do desenvolvimento econdmico e social e 3. Ute aolo metropolitano 44. Tranapore e sstema vidrcy 'S Prog dstriigio de gfe combactivel enalizad: 6. Aproveitametto dos recursos hiticose contol da po- luigdo arabieetal; 7. Outros servigas definidos por lei federal Além do carer centalizadore aorsrio no estbeleirsen ‘edae Ries Matepolitanas, a definigho hemogéne da srepe ‘cits comune revela que a8 expocificidades de cada regio foram desconsideradas. Daf ser exemplar a exclusio da questio !nbitacional Go Ambito geral. bem como a inclusdo da abu do gis canalizao, que s6 exisdia nest pecs em Sto Paulo. [Logo adiame, fi criado um quadro institucional pars ope- recionalizaro funcionamento das Repiges Metropolitanas, Des tacam-se, aqui, a Comiss2o Nacional de Politica Urbana (CNPU), {que mas tarde se tornarin a Comissio Nacional de Desenvolvi- mento Urbano (CNDU},e 0 Fundo Nacional de Deservolvimen- to Uibano (FNDU). Tas insiouicdes ean, aca de uso, age cis imermediodoray de recursos federals para os maricipis ¢ Grelos estadunisvinculados As Regides Meropoitanas,gerani do assim o controle ds Unio sobre ox principals dreaswrbenas ¢ econbmicas do pase mirando, prizeipalmete, a autonraia a nicipal (AZEVEDO e GULA. 2000:$34). Na verdae, estava-s de garantia dupa sia federativa present na centralzacao do ‘modelo unioistz-autoriiio: realizar 9 deseavolvimeno ¢ con twola as bases polices, ampliando o cagago de interveneto Fede tale limitmado o aio de agto dos goveraos subsacionst. Um dos efsitoe deste modelo de Regis Metropolitana foi ‘ue legslcio racional, oc programas wares ox Srgos institu dos € 0s rears destimdes 2s politices pies no conver vam os inerescesJoeais ecareciam de aceounttiliy, mstando- se, para alm de ant-derocricos,insuiciemese pouco eficien: tes na gestio das cemandas metopoitizas (SOUZA, 1985 22) (Cate uma observegic: mesmo considerando o ineramseto is Regis Metropolitana um veielo parsapolitice centalzadara 0 o regime milter, éimponanterestaltar que se formaram agéncis Durceriticas © um corpo de policy-makers da melhor qualidade, em especial nos estados de Minas Gerais ede Sio Paulo. A poste rior decadéncia dos instramentos metropolianos significar, neste ‘onto, desperdicio de quadros adminisaxvos de alto valor Uma retomida ce polities metropoitanas efevas poder ser facitiada pela recuperacio desse histriainstiucional, pois haved neces- sidade de se constuir — ou reconstruir — orgaaizagQes € uma Dburccracia voltadas 2 esta cuesta0. ‘Acrise exond 4200, socaram as fos de eeursce pra an grndes iets rb nas da gas. Naqele contro, os goverants da cépulaiac ficaram mais pedcupados em enirentr, na mei do pose, « passivofinanceiroe, mas do que iss. em repassae eCus0s as {ras mais pobres¢rormalmeats feasts polcas chert, procurando assim manter base poltiss para tar contra a per dade legimidace. As enidades mewopolians ram marcadss em tl cen, por una eqagio gue Scultna ote aia ver ‘an fede, in 6, socontravam se grelmente em hgares Som tase compotigd pola ex mais alas do pat), precizavarn de urna soma maior de dinkeiro para da conta dos ses comple xox problemas. Como eram exremamente dependeres dbo finan- ‘ciamento federal, as Regices Metropoliianas perderam sua sus- tentago esuuura. 5 Corcomtartmente& manstengo do quadrode cise Fina ceira nacional, aco o proceso de abctura polfica c tunasiglo perso regime democrtica. Como dio no captlo anterior, eta Traeformacio politica afetou em chelo o modelo de relagtes inergovernarentais co periedo autor. consttindo um novo federalismo, mercado pela asensiode lierangasestaduase pelo dlscrso ca descentaizacte. Fo oh ese depo conteto qe 0 radelo de gestto meiopoitara deseaolveuse na ceca de 80 ulminardo ra fora cnstiueons aii ex 1988 © Quadro 3.1 rerum alegislgdo feral sobe as Ress Metropolitan, do inicio até hoje em da. ‘Quatro 2. Resino da lest bascafedercl bre Regios Mer ‘plana (1987 — 2000) seq uaniee Te ANS aS oo Cini Poel S57 beara 3 esto rte Foe. at Yetde 19a aconptaa oe Unio acta mos reropltns Lowe eounsi3 it ses metootans de SP PAF, AS, cheer Lov aoae 74 Ce Page Mariela de Re de in Lom 2rdecat¥s tre dap ani son Cored Daloato ‘oon Conuve es eps Meoplenes Contig aot 18 Debra as Fsas x canon dn Ce) as ges malts 3.3 A Constituigio de 1988 ¢ # ausincia de um modelo ‘metropolitan: 0 federalismo compartimentallzado” ‘Ao esvariamento do modelo autorittioccentaists de zes- {uo urbeno-meuopoliana do regime militar se seguin uma pers pectivaentreamente centfuga.que zanhou seus contornes mais ritidos ne Constitugto de 1988, Neste novo contesto. a cescen-) ‘ealizagio das polieas urbanas pars o nivel municipal fi defen ida em nome ofederalismo e da democracia er40 houve preo- | ‘eupagio com o planejamento integradoe a coordenagio das ages | {govemamentais. No lugar da concepgio de redes,vigerou U ‘isto estanque ¢ autonomista do jogo intergovemamertal. "A desczntralizasio fi apresenada por lideres politicos ¢ so- ais, pela imprensa ¢ em boa parte éo meio académico, coro & panacééa eapaz de superar todos 0s problemas deserados no mo elo cenralizado eneror, uma vez que propocionati um provi mento mais democritico © eficiente de bens © servigos Seda a taior proximidace do governo em relagio tos cidados. No se tte agui de negar essa ascertva no plano geal. mesmo porque clan é artaginicaboe conndenagao interzovernarieta Repetimos o argamento do capitulo I: 2 antonomria es desceaca- 10 lizagdo sto prircpios fundamennis do fedenalismo éemocrtico, 6 que nfo pedem colocar-te contra s interdependénci, ao prego de difcukarem a boa resolugdo imtezovermamental da “wagsdia dos coms”, favorecendo comportamsntcs cermpetitivos ov até predaiGrios dos niveis de govern, Esta conclusio é muito impor- tants para entendetmos o problera wrbaro-meewopolano, Aascensio dest= muricipalism aurdqico teve efeitos di- ‘tes na gesdo metropoltana comose perce: 10 cormporamerto de suas liderangas locas. Neste sentido, Sérgio Azevedoe Virginia (Guia aponam para "a InexistBncia de ume coasciincia metopatita- ‘nae bea pare dos meariipios que fazem parte des- sat regiées. Provalece, ainda, entre mutor prfeiios € vereadores une visao tracictonct de curho essen- ialment ical, que, muizas exes, difcula ou se opde 4 w3do reional.” (AZEVEDO & GUA. 2000:530) 0 Govero Federal. por sua va2, a sementeebandonou & premogitiva de ciapao das Revices Metropolitinas,transferndo tal atbuigio aos Esados, como te eximin de quelquer papel ‘coordenador nas poiticas urbanss. E exemplar que a Corstii- {lo Federal de 1988 nfo conzemple a questo da regionalizagio 4e conglorerados urbanos muinicipais. A temticn é menciocada ‘em um nico pergrafo, jstanente o que delega para os Estados | competincia de criagio e gestio das Regides Metropolzaass, “0: Exades poderdo, mediarte lei complementan, instr regibes metnopolitanas, aglomerasdes urba- ‘as € microrregies,constutéas por agrupareraos demuricipiosimitrofer, para intepraraorganiza;to, planejemento¢ @ execu de farcoes piblicas de interesse coum." (Titulo Wz Da Organizagle do Esado, an. 258.39) ‘Ancavar juntos, neste momento de confecgio da Constic luigto,o enfraquecimento do Govervo Federal em terms pliti= 08 € fseas. 0 foralesimenco dot esis como suportes dos ‘acigues resionais, por meto de um:nodeto predatoro e de busca e vendas, ocrescimento do ciscurso eda pritica desceaalin dora que redundou numa ética neolocalsia, ns termos de Mareos ‘Melo (1996), ou, como definimos aqui, na conformacdo de um ‘municiplisro auxinic A divislo de competéncias e poderes na Federaclo é um reat Fel desta stuay de relayées intergovernarientais mac- «das pela comparrimenializagtio — um modelo jastniional de ‘alve-se quem paler, que gera dinutas de cabo de gucria ou simplesments a omiss20.consequentemente.a descoordenagi0. CConirmande esta lin de racoeinio, asso Celina Sovza rau sin a divisio de podees federatvos realianda pels Constiigio: “A Constinigdo de 1998 ne encarow a diel ‘fe ce promover a chamada divisdo institucional do trabalho encre as exeras de governo, sinazando de ‘ques traiaiva} de um Estado nacional que se stb Orion {BL de em governas subnacionais (.) a fine anger e800, ® Nae na conpetncia concert qe ere “reuse io senstils de poles publics — ‘nei ambine, aba; saneamer, pobrese¢ marginatidedte social. por example — pode fear ao ‘Sabor dar eras disputes ent goveres ered unGadiamento ou wma grave omissdo quarto ao ¢ frentamente dessa ques1585," [SOUZA, 1990'58)! a uaasfrdaca da abo para instars Reaites Meto- itsas aos estas ft resultado, a veréade. de um ol nnguem eri com cont mecasTsnor eg k _ conrdenadares das relagtes Tatergovernamentais, Antes at gata poses Ue poder acormpria fans 08 seruir sma diniica ncaa pela parcera. Este comport Lenogo bem explica px Seaio Acevedo c Vizinis tie, sepindo oF as |. Wile esata que lgans grupos defender on Cosine ante ‘om gues iad de rere ax Rota Mavopoltanen, pri fon ‘Srrtnds plo lsnby mute was podem os ump «pee ds ‘ene popoiadh go etn «2 Unit canterram unt fo ‘im mate preseason prt ae ppm: rer pers ros “(x 08 governosestaduais @0s municipios me- ‘rapoltanas, emibora weeonkecan jormaimente aim portincia da questéo institucional metropolwana, 5. fendenva ver esta questo como um jogo de soma (Q. 2270, tm que a mator goxernanca impicaria dini- ‘muica de poder para esiados e municipios (. ‘axores polieos com mai cacife poldico — Iolmente agencias extaduete de vocapto urbona @ ‘municipios maiores — tender a ser conservndores ¢ crredior de propostas de muda do Sats Quo.” (AZEVEDO & GUIA, 2000. $30 — giifos meus) {Um bom exemplo do resin desse jogo encontsse ra politic urbana das meropoes, trazenco uma redefinicdo profun- rgional Forum inciis, também noves instruments qu ees ram avangosclrot mimo derocrtcioda povemi Met lana, Pineiro, a revisio de que em cada uni reionlfsse ino un ee orie emos dae om ‘Ssipagio para do conjto dos mnicpisem lag 20 gover ‘no esadua. Sep Constiigo panlista assegura a paricipe- ‘Ho poouler no processo decision fscalasto das enicaes Togs apeser de alo espesiicar or mecoramns para relizar the toi A eftivagi deste cana democratnadortscomplet- se, nt era ca ei, com anecessidde de as cides metropolis oadutaenses orutentoscomasregtase pares defies fl Comelboregonl,Constzui e-i,dese mode, ua verde free fedora 19 ‘Mas a distincia entre & lei e a prica tem sido enorme, ine feltzmente. Ae meados dos anos 99, estas mudangas constitucio- nes no tinkam sido acompanhadas por oes nos terrenos intro consttucional e poiico-adminisrativo. A Constimigdo de 1989 dleixou para alegislacSo complementar aefiniczo da organizacio regional do Estado de Sao Paulo, que s6 comnegou a Ser feito a partir de 1994. ‘A atuagio do governador Mério Covas ¢ oerescimento da consciéncia regional dos depuiados essaduals de virios partidos. ald das pressoes da bancada oposicionisa (principalmente 9 PIT) pare descentralizaro podec em Sia Paulo, s50 08 ftores que colocaram em evidBncie a questio regional, cesultando numa rmuanga substancial e positiva na legisiago, em especial com a criagle e estruturacto de novas Regises Metropolitanas. Neste bojo, vale destacar sinda © estabelocimento da Camara Regional ity Grande ABC. em 1997, por iniciativa do governo estadual, ‘tp que teve uma intivénota enorme aa polities daquslaresao, ~ Alder ds Repito Metropolitana de Sao Paulo, hi mais duns, ue sto: 4) 4 Regigo Metropolitana cla Baixada Santista, compost pelos municipios de Bextiogs, Guarujé, ltanhaém, Mongagué, Perube, Praia Grande, Santos e Sio Vicente ») A Rezige Mevopolitaaa de Campinas, consiutde pelos ‘municipios de Amercana, Arthur Nogueira, Campinas, ‘Cozmépols, Engeaheito Coelho, Holambra, Horolancia, ndaiatuba, aca, Jaguarna, Monte-Mor, Nova Odessa, Paulinia, Pedreia Santa Bésbaro D'Oeste, Santo AnG- rio de Passe, Sumaré, Vainhos @ Vinhedo As tis Regises Metropoitanes paulistis so formadas, om ese, por ues Gigs prncipais: 1 Corssiho de Deseavoivimento da Regito Metropolitana e ceriter nomativor® deliberative, le € compasto por representantes de cada municipio do governo estadu. |. 2 Fano de Deseavolvineato ds Reso Mewopoltana:cons- tiaido coraverbas do Estado e dos municipios, er como bjetive dar suporteinanceizo sacs de ineresse com, [Ext vinculado a ume entidade autrquica, 3. Agtncia de Desenvolvimento Mewopolitang: entidade autdeguica, dowads de autonomia adinistaiva. fnan- ceira¢pasimooial,¢vinevlads & Seeretiia de Transpo ‘es Motropolitanes. Sua fralidade ¢ integra a organizs- G20, 0 planejamento © a execogio das fungSes publicas de interesse comm, ‘As fungdes publica de intoresse cornu que deve ser cu pias pelos municipios metuopolitans paulistas iv as suites: 1. Planejamentoe uso do solo: 2, Transport e sister vidrio regional 3. Habitagio; |, Saneameato basieo: |5. Meio ambience 6, Desenvolvimeato econémico: 7, Atendimento social DDefinids 2s Regise: Metropolitmas paulstas no cue tinge 4 cous fungdes ¢ arenjo instivcional, desereveros na tabels abaixo o petfl socioeconémico delas. ‘Tabela 27 Peg das Resider Metropoltanas do esa de So Peale Naso Monies Rec? Foes PO options “ron 7 pete bea? (erin) ents "tar et) a am ue me $2, is mm 360s 2000 we 6 ee BO tae ino G6) aetezI3 Weems MAD 508 Fonte Emplas, 2060 IBGE, 200 pds deserever, em lnhas gerais, a situseo cas seas me- ‘wopolitanas no territvio paulista, analiseremos mais detidamen- {e ume dele, a Regio Mevopolitana de Sto Paulo. Tomando ceamo hase dados quantiaivos e qualitaves, podemos destacar ‘quuro aspectos que a caracteriza. mt © primero refere-ce ua ctuasio comparstiva, em terme sctoeconimicos. Quando a Regio Mezopolitaas de Sto Paulo foi crinda, na Gada de 70, zcesentava uma taxa anual de eresci- ‘mento populacioral de 4.5% e detiaa cerca de 4% da produgdo Incasrial do pas, Estes indices cafram na década de 90 para 145% © 25%, respectivamente, No Estado de So Paulo, considerando © mesmo pesfodo, su peso caiude 75 para SO do valor da ansfer: ‘magi industial ede 70% par 55% do emprego (DINIZ, 2000:34) -Existem quatro fatces cue explicam uma ceta dessoncenir- {0 econdmica, dininuindo a participa relacva da Regido Me- "Topolitana de Sto Paulo, eem boa media do Estado de Sto Paulo, fm relapdo As aovas dress de dinamismo econdaxico: 1. deseconomias de agiomeragio (menos disponibilidade e ‘maior euito dos terreno, saldsos mais clevados, taco inenso, inseguranga ete); 2. “guerra fisal” ere estados e municipios para arr in vesimentos 3. unificagée do mereade como desenvolvimento dos rans. porces @ meio de comunicapdes; 4, aabertura de mercado c resstrutiragSo predativatveram maior impacto sobre os lugares que inaaguraram & “in Ausutializacio fordista” — no caso, a Grande Sao Paulo (DINIZ, 2000:38, Esta desconcentracto fo, a um s6 tempo, nacional, porque beneficiow outrot estados brasileiros, estadual, pois favorezeu ‘outas cidadese resides dentro do tersitéio pauls,» ainda foi interna. uma yez que 0s municipios pélos da Resiio Metopoli: tana Ge Sao Paulo, como $io Paulo, Samo Andrée $0 Bernando ‘do Campo, cederam maior espago a Osssc0, Diadema, Suzaro, Guarulhos, entre 0s prncips. io cbstante este conjunto de transformagées, a Regio Metropolitana de Sto Paulo, continua seado 9 msior centro pro dator ¢ eonsumidor do pfs , mais do que isso, pesmanece con: ‘endo uma séric de elementos que tornam sua estruture bastante indica. Est4 aumertando a mulipolaridade econémica, mas fete proceszo¢ ainda hem menoe do que deveria Ser, pois &per- sistdncia de praves desigualdades regionais ao Brasil #0 enorme _nimero de enteralidades nogativas produzides pole Grande Sto Paulo teriam de impulsionar uma modificagio mais broscs no centio federativo, 0 que por enquanco nfo estéacontecend. {AS externalidades negativas produzides. mais do que a desconcentracio, constitiem o ponto mats relevante sto porene ‘ manwtengio de um qundco sociale urban repleto de prodlen:as em politicas pblicas fandamentais, como a seguranga, a sae, ‘ edueago, 0 tdasito, entre outzos, tenders a afastar os invest ‘meatos€, a0 mesmo tempo, aumentar os gastos pabicos. Asai fe cecursos e 0 menor erescimento podem até favorecer owas “reas do pai, entretanto,o temor éqbe, sem um planejamento de longo prsao ¢ uma proposia de desenvolvimento sustertivel para as demais metrépolese egides hoje mais aatvas, hi uma gran- de posible dese capa sui da Regio Metopoiana de So Paulo e aio feat no Brasil, —_ Por is0, a8 putas Regioes Metropolitanase cidades em as- ~ censo devem aprender com 0 que es ococrendo na Regia Me- tropolitna de Sic Paulo, lembrando-se da fase eotida ms sticas| {de Horécio oo bem wtlzada por Marx paraos que cereditan que 0s problemas dos outros nada cém a thes ensinar: De te fabela ‘narraqur: Tadazindo livemente pars este contexte: € dt, 040 se regioes€ municipios que mais crescem hoe, que esta faba da ‘evolupéo e desvenniras da Garde a0 Palo fala ‘Um segundo aspeeto que sala & vista na Regio Metropol nade So Paulo 60 eu tamanho eas eoornes iferencas existectes cate seus municipios. Sua dimensiojé €, em i, uma dificuldade para a governbildace, O planejamento dos wansports piblicos ‘na Regio Metropolitara de Sto Paulo, por exempio, € ura trea ‘exiemamente complicada por melhores que seam 0s governos € tu poltcasproposts. tlm disso, a dsparsdaes ene as 30 cia- des que «compem tomar, também, bastante compheada a imple ‘mentagdo de programas uniforms Por este ingulo, surge a perguata: enti por que estes ru cipios permanecem juntcs numa Regigo Mexopolitana? Exata- ‘mente porque viver ums siniagio de “ragédia dos eomuns”, na ‘qual hi una grande interdependéncia entre 0s problemas © 25 tagSes de cada una des unidedes. Eetanecessidade da cooperazio intermunicipal é o terveiro aspecto que carscterize a Regio ‘Meopolitana de Sto Paulo, alg relevant em outas teas ite. teopolitanas, nas com ums intensidade maior neste caso pela 5, Sraadiosidad, pare o bem « para o mia, dessa regio. ~f-— Questées comoa des mananciais des Mux08 de transpire, Bo mais pobres No entant, as cifereagas interns no impedirem a conso- "idagGo de uma identidede regional que se constitu emcazéo de siverss fore, entre os guns destaca-se: 1. Fator Histrico: até meades do sule XX todo oteitio ‘ue abrige hoje 0 Grande ABC em apenas um municipio 2. Fator Geogrifico: nese caso, destaca-se como (ae ‘agregndor a situapio da res de mamatciis, que abrange {todos 0$ maricipios e ccupa mais de S0% do tetera regional 2. Fator Eeondmice:aindustislicagso nas décudas de Oe “Didefininum peri econdmi pura « Regio, assim como 2 crise a panir éa cécaia de 80 também tem sido am leriento que impacta, de forma cireta ou indieca, todos ‘0s municipies do ABC. 4, Fetor Social e Police: 06 movimenios sociais, © avo sindicaismo eo nascimento Go FT nas éécadas de 70 ¢ 80 enfaizaram uma cultura assoclatvisa¢ poiizada, 5. Fetor Calfural: 0 Yongo dos uiimos anos ver se refor- Gand 6 sentimento do stores seins de perercetem a lum reso, de compartinarers uma kdereidede rzional ‘A regito mbém etd no centro dis transformagées que @ irda décaca de 70 vim ocorrendo ra economia mundial resa- ;rglo indus, revolugio feenol6gce, cimimuicao dos postos de wabalo, cresimento do mercado ioral, ecesiza590 ds 0- ‘omia,entoutres. OABC corssitt- com expo sosieeo ‘nimico altamenteindustslizado ¢ ascentado no model fora de produgo,e por iso sofreu profundamente 0 impuco éests| rmudangas cde outras deconenies da con entura besa: din ‘loexpressive noritmode cresimentoecendmice, desconcentas50 Indstialesimalada pels extemalidaces econémicas das grandes mealies ¢ pela “guera fiscal” alm da concoxtucia decomente da aberturaecondmica ‘A identdade egioral. os desafios ds transformagSesesond- ‘micas wos anos 80eS0e a conjurmua sociale potfica do aspects furdamentas para se entender o surgimento © a tajtérin das insdacias intermunicipas que se corstcuiram nesta Regito na «cada de 90. Para tanto estes aspectos sao apresertados em qUAO esses: a prima consis em umn bree hisiéico da Regio do Grande ABC:asegunéa ez uma cafacerizacio do sua populagio egeografiaa sesso seninteapresenta alguns espectoseconémi- 0s ¢ socials da Regito na arvalidade; e, por fm, desact-se © conto plc do gulemerstameipainciande coopegfo fal eno in ends AA Hlstérico ‘A Regio do Grande ABC comecou 4 se corsitir no século ‘XVI. quando surgia& Vila de Santo Anceé da Bocda do Campo (1532), que durante 0: séculos XVM e XVII cove cow prac ~ ot pasatividudes economics producto de cerimics,tltasetjo- lo. lém de uma produc azrcolepredaminantenent de subs tac, cup excedeate,onico em pequens quan, era comes- cializado em Santos. [Em 1812 esta Vila toracu-s a Freguesa de So Bernardo, para mas tarde em 1889, coma Proclamacio da Replica. tor nrc mamicpio. Seu tttro ompreeada grand pe do que hoe €0 Grande ABC. Neste muniniio fi sido em 1911, no baer da Esto de Santo Ande, 9 Disteto de Santo André, qual se aston ‘mai adiante na maine fora econdimica ds Reaifo,segvido de Sto Cactano cd Vila de Sto Bema, sede do munitpi. Em 1938, um daceto do governo esadual miu © nome do miniipio de Sto Bernardo para minicipio de Santo André © trarsfer a Sede do mmicipio da Vila de Sio Bernardo pars 0 Distt de Santo Anéré Des modo, ao eis enos ques seas ram toda 2 Rezo pessou ase chamar Manicipio de Santo Andee, A qual foi subvida om disse ils Em 1944, o dst de So Berarco, qu inclu Diadema ‘kteve emancipasin politics, deamembrando-se do Minicipin de Suto André Uns pouo depos, em 1948, So Cactun do Sul tamivémse trou munisiio Maui eRibeio Pes conguistram at sutoromins pltico-dennisrativas em 1953, A cidade de Diadema se emancipow em 1658e, pr fim, Rio Grande d Sea sintou o status de municipio em 1963. Quadro 4.1 Proceso Msi de fomagso de regia do Grande ABC Fos Sel ae ao nt Ena, 9 0 As mudangas potio-adminisatias explican-se pelaemer- éncia de eles polticas locas « esto dretamene associndas a fatoteseconémices. Em 1867, a eriagiods etnda de fero Sartos- Juncia, metigando a capital paulista 20 Porto de Santos, mou sono 0 dimmismo local, surginds os nicleos pepalzcionas de $30 Caeno do Sul, Santo Ancie e Ribeirio Piss. [0 proporcio ‘neu oeresciento ezonfenico ro bair da Fstario de Santo Arde, ‘oqus levaraa eragio do Distrito com este mesmonome.Apops- Jagao do municipio de Sao Bersarco, quando ain incorperava toilo 0 ABC, aumertou oo veres no periodo de 1870 2 1620, A gants da décale de £0, 0 Plano de Metas do goverzo Jus- celino Kubitschek propiciou um conjunio de investments econd- ices ae longo da via Anchieta, com cestaque para o stor a> mobilistic eseus setores deivacos: metalupia, metal-mecinicoe de méquinas e equipamentos. Montaoras como Volkwagem. Mercedes, Kurmant-Chia ¢ Simca se irstaluem ne Regio, assion ‘como diverses empresas do seiorfarmactuico (KLINK, 2000). “A primeira grande vin de acesto, + Anchits, no techo ene Sto Paulo e Rio Grande da Serra, fol maugurada em 1947 e, junto coma chegada das incistrias automobilsticas.teve impac- tos profundos na usenizapdo dares, principalments no mun cipio de Suo Bernardo, onde & populacdo salou de 2.889 babi- tantes na década de 40 para 70.920 er 1966 (KLINK, 2400). ‘46a Imgrantes fo! implontada na década de 70 e interligou ‘Slo Paulo ao Porto de Santos, assando por Diaderna e Séo Ber- ‘nardo do Campo. Esta estrutrs vidria formada pela Anchieta e [migranies muito contribaiu para 0 desenvolvimento econdmico {do ABC. pois foier tomo delasque se acumalaram os peiteipsis cempreetdimentos industriais © adcleos populacionsis. Na década de 70, no auze do "Nulagre Eccndmico”, are ido receberia onteo setor industrial importante: o'setor Peuroguimico, que formeu o polo de Capuava,localizado ene ‘Mand e Sarin André. ‘0s prncipsis stores industria do Crando ABC ‘uibui—ao podem ser constimides do seguinte modo: 2) Indistiz Auromobilsca: concenrorse azena ‘este do Geande ABC, ras cdades de So Bernardo ¢ Diadem. is a D) Fornecedores da Indisiia Ausomobilfitica insalou-se nas proximidades das vias (migrartes © ‘Anchieta, ene Sto Bemario e Diadema ©) Sefor Merl-nectnicn ece Miguinase Eouipa- rmentos: eoncetzon-se em volta vis Imiranis, em Disdema, eem mencr grau na via Anchieta, no mi cipio de Sdo Bernardo. Hé ainda @ presenca descos ‘stores nos municipios de Sao Cantan «Santo Ande 4) Setor Petroguimico: predominow a Zona Leste do Grande ABC, nas cidades de Mase Sarto André. Também nessa regio localizam-se alguns ‘catos ramos indusrais tas como cerimica, clmen- 1, papel, derivados de celuse, granite viceo {© SctorPlisico:com aconstrisi da via lmgzn- tes os esabalesimertos do setce plistico que se ean ‘centravam nes municipios de Maud e Sano Andes se instalaram ao longo dessa via, na cidads do Diadems. Aconcertrasio industrial na Regio do Grande ABC a pur~ tir da décaca de 50 deve ser caplicada em funczo de pelo menos quar faxes 1) isponibilidade de grandes eplanos trrencs, 2) proximidade do Porto de Santos ed capital de Sao Paulo: 5) estumra vie 9) as reas mais pesitricas soe grandes centos urbaros. Foi * dada priovidade por gues extabelecimenios econérios, ‘como o peiroqufmico, devido ds extealidades nezatvas ‘que sus atividades provocavam, como, por exeaplo a polaigi. 42 Populacdo € geugratia ‘A éindmica industrial estimulow um expressivo fluxo mi- igratorio de curras resides do pais pare 0 ABC, fazendo crescer lexpresivamente sua populagto nas décadss de 60 & 70. ‘pani de 1080, houve madanga sigificativa a taxa de crescimento populacional desses municfois, com a deinigio de m ‘um novo padro de ocupagto regional entre 1980 ¢ 1991 obser ‘ames urn creecimento da populasio mai lento no munispio de ‘Go Bernardo do Campo negativonos municipios de Sento André « Slo Cactaxe do Sul em contrapartid, os muniepios de Diade- sma, Maud, Ro Gravde da Sersae Ribeirio Pires apeesentam res- ‘imeato expressiva. Tas fatos podem ser atibufdos Bs wansfor- magCes esn0micase2 queda nos aveisdeexprego. assim como 20 esgotamento do espaco urbano des primeiros municipios. Entre 1991 2 199, 0 quacro se ateroa um pouce So Cse- tano contnvou apresentando uma taxz de crescimen'o negative, Sento André tave um pequeno aumento e, em comparacio «es tes, Sdo Bemardo obteve uma elevagdo un pouco maice de sua populagio, Os demais municfpios comtinuaram a apresertar eres cimeato demogrifice substarcial em termos relativos, mas de~ tm ainda um contingente popalacional mato mais bsixo. ‘Tabela 41 Bvolu da popelagéo do Grande ABC (1960 — 1999) Tre SoS & Dates Usd Ao Abide ul uo | Ane femato Cra Sa Pres 6 taon 0 | MOD 81s 1020 OMT BOS HOT Oe |e] AS 19K L312 ESA ISN GaN OR BITS 5B 20) (2557 1268 Bred ASE Noe BIN L530 ‘on)| SILT SenSia 19510 SANT DMON mNCO) O27 VT ‘me eannoy M3772 lasses MaaN) STAM AT Ths D107 Foote Casis do 1868 ¢ Erpasa— DIFC. 1998, *"Em Io ang Se Rin Grande de Sera sna cx, As diferencas no tamenho peplacional doe municipios © fem suas teas de crescimento devem ser entendidas como resul- laos ndo somente de fasores econdmicos, como também geogré- ficos,refee-se neste aspecto A dimenso territorial © 205 manan- ‘ais, como fcard luo no seaigaca [No aspecto geosrfico. destaca-seo fato de 56% dos 841 kn’ do tertério desta Regio esarlocalizado em dreas de ma- anciais, alums Gels soba ei Ge protecdo ambien, em vigor 1m ‘esde 1976, como o Parque Estaual da Sera do Mar (que aban ge 05 municipios de Sao André, So Bemaréo do Campo. Rio Grande da Serra) e a Reserva Bioligicn de Paranapiaeaba. cite Sarto Aneé © Ribeirio Pires. Sto C1ciano do Sul € 0 tnico rmunicipro que nao possi rea sob protesdo ambiental rite 41 Dieibuips ds popuasso municipal (1992) | sr64a) - ] (04963, | wom | | He 620700 1S Bemareo | | 371055 ia mscadano | | vf DDiedema | | mang ce | 135885715290 Rbakao Pres ERGs. ‘Mapa 42 0 Grande ABC ¢ oF masanciis ee Font: RENATO NAUES, Coie urmantpu de Grade ABC, 20 ‘Analisando a distnibuigo das aeas de mananciais ene 0s sete mniciios, observa-senatabelaabaixo que Santo André © So Bereardo tim mais do 50% do seus teritinos loclizaos nests reas, 20 passo que muslespios mals recentes com> Rite +o Pirese Rio Grande da Serr esti totalmente localizados em {ais espacos, sto representa um aspecto limtadoc para # ocupa ‘fo econbmica « populacionale tem sido arma das problemiticas Tals antgss parnadas pelo Conjunto dos municpis. ‘Tabela 42 Area de manancais nos musilpios do Grande ABC vaio Tr ‘oa Was ener mkt ek waomae wi * mi Socata @ a a & Ds Abece res w ) sete aS 0 a an Me As presengas des mananciais¢ da lgisligio estadal de eo: ‘eedo ambiental foram elementos imporants pare entender a for rma de ocupasiodo espage no Grande ABC, oripido adencamesto Populacional ee legislayf, alamente proibtva qanto a0 woe 4 ‘ocupagio do Solo, provocsram escasez na oferta de terreno ¢ 0 ‘meta dos prego dos ltes psa Fins nds habitscinais. Em fins de década de 70, a Sea fore de controle aint sas Ws principals idades ja extava,pratcamene, totaocupad , cexttemamente valorzads.o ue Tevoua um proceso de peneriza: slodsocupista. As laldedes mais staves, mune concenadas fim dreas de munanciais, por conta do baie custo dos ve005, ‘em de raatagens tibutirasoferecidas, passa aka empreen simertosindustiais ea populaso de mas baxarenda, com corse- (jets cresciment ds loteamertosclasdertins aas res de aca das hablugdesprecrias, como cortigose aves ‘Segundo dados ds Compania de Desenvolvimento Hablia- sional ¢ Urbano do Estado de Sd0 Paulo (CDHU) referemtes « 1600, esiiam 10.330 pessoas mos micleos habitacionsis © nas favelas ogo urbanizadas da Regiao, 0 que repesentava 17.54% 4a populago total ‘asim rs Agendas howve um oreesimento populacional expressivo na Represa Billings. Aestimativa¢ ce que 660.00 babi- ‘ante etejam rsidinde, aselmens, nesta represe, que se eetnde at 0 municipio de Sto Paulo. Desta popuiagSo, a grande maicra viveemfivelse sem servigosbisicos, com 0 esos olixo sendo apositaos, dretamente, narepresa. As ocupagéesisregulares, odes ej natra de esgoto industrial e domestic t8m cause a de- sradacao daRepres Billings, que &responsivel peo abastecimento de Ggua de mais de 12 milhdes de pesroas ea Grande So Paulo, Quadro 4.2 Fralucdo de popatario na Baca Bling iw — ao [sass Tre as@0 61 — wean i = too faa) (= Some, 1, (—_Acqueto sabia, deacamece, aspect hidrcn, senor rtlenm Sompuade uma reac et ‘Bio algo gic neni com o ose de inautiazactb¢ Ciba Mavis 2D deve cna ELIS ODN ‘Sporn peered soca iermarcgalne ect 60, catmatemgriods Carson conto AeA de Age IPA) Ex nmi andes ee tease easergress cs ties pore psmmm at cies cem «escee de gun mlo conamimdnecsota prs alga proenn indi: Esa, geno sibel fun doe Primes ini eben a rar meen zea oqve Cipla DANE des emacs agen ¢ Recto Cara er tate ae come oe 16 43 Aspestos Econdmicos ¢ Socials: erise € mudaaga na déeada de 80 © 90 |A Reeigo do Gratde ABC apresentaindieadores econdni cot © secinis privilegiados er relaglo ao resiante do Brasil e mesmo so Essa de Sio Paulo. Tem uma paricipacio expresit- ‘vana produgéo industrial ¢ na geragdo do PIB aacional, am de sua ronda per eapita cet muito superior 1 da Reo Metrapolitn nade Sto Paulo (RMSP) a do Estado de So Paalo, prascamenc, (quauo yezes superior 2 mnéia nacional. ‘Tabla 423 incicadores do Gronde ABC om perspectva comparade ! Paco Pew endt P iedaval (erm) Parca (mide fe area aay? UST ia ia a ots ans BS ey) sr a a M Sane AB Ts 13 "3068 a Feats |. Dini, S0N, pam 9 ABC o dha € ce 156: 2. Banana IBGE. 5, Cum to Grane ABC. 2000: {Empl 199: prt 0 ABC 9 dato &de IDEA ese refer 1956 No aspecto socal, o conjuno do Grande ABC ocapa um boa posicao em retagao ao frie Municipal de Desenvolvimento Hamano (IDH-M), do Programa das Nagdes Unidas (PNUD) da (ONL, que mede a qualidade de vida de popolacio segundo ina- cedotes de rena fer capita, expeciaiva de vida, ta de alfabe- tizaglo, eecoloridade, taxa de mortaidade infartil¢ outros. Po- rem, fiea evidere, pla tabela absixo, 2 forte desigualcade de ‘desenvolvimento hunuge que hd cite esses murietpis. Tm tabcla ton cer obevo sta inontiacia do Grande ABC no omens nial do Ena de St Plo ee MSP. Der na ib ‘asi o fox pauinel ores da sompigi de cveras ones cq st Fs qr etn sincera aimee nea dee resend

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