Em virtude do Estado Democrtico de Direito implicar no monoplio estatal da
violncia, no se admite delegao da atividade de punir ao ente privado, uma vez que tal status do Estado no admite que o exerccio da violncia seja transferido a terceiros, que no os agentes pblicos. Neste sentido, alm do acordo que consta na bibliografia do trabalho, o STJ consolidou jurisprudncia no mesmo sentido, Resp 817.534/MG Min. Mauro Campbell, em tal acordo, o brilhante ministro constri sua argumentao atravs das quatro atividades concernentes ao poder de polcia: legislao, consentimento, fiscalizao e sano. Segundo o entendimento do relator, legislao e sano, constituem atividades tpicas da Administrao Publica e, portanto, indelegveis; j o consentimento e a fiscalizao, por no terem carter de coero podem ser delegados.
Grande parte da doutrina carrega o mesmo entendimento, tanto Maral Justen Filho(Curso de Direito Administrativo 10 ed., p.597-598), quanto Juarez Freitas(Poder de Policia Administrativa e o primado dos direitos fundamentais. In- Estudos em homenagem ao professor Adilson Abreu Dallari, p. 412) vedam a delegao da sano.