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BICOES \ i: ‘DIBLICAS ge 2° Trimestre de 2014 Dons Espiritudais e Ministeridis Servindo a Tar ee as (ore ey Lam atROL LAL) iB ICOE hd PGI wa ALUNO Ligéo 1 £ Deu Dons aos Homens 3 10 dos Dons Espirituais 8 ig¢ao Dons de Revelacao 13. Lido 4 Dons de Poder 17 Ligdo 5 seemnr Dons de Elocucao 22 Licao 6 O Ministério de Apéstolo 26 o¢ Ligao 7 O Ministério de Profeta 31 Licdo & ra 0 Ministério de Evangelista 36 Ligao 9 O Ministério de Pastor 41 Ligdo 10 = O Ministério de Mestre ou Doutor 45 Lido 11 O Presbitero, Bispo ou Anciao 50 Ligdo 12 0 Diaconato 55 Ligdo 13 a areal A Multiforme Sabedoria de Deus Ligdes Binuicas | da Casa Publicadora _ das Assembleias de Deus Presidente da Convencao Geral das Assembleias de Deus no Brasil José Wellington Bezerra da Costa Presidente do Conselho Administrative José Wellington Costa Junior Diretor Executive Ronaldo Rodrigues de Souza Gerente de Publicagées. ‘Alexandre Claudino Coelho Consultoria Doutrinaria e Teologica ‘Antonio Gilberto ¢ Claudionor de Andrade Gerente Financeiro Josafa Franklin Santos Bomfim Gerente da Rede de Lojas Joao Batista Guilherme da Silva Chefe de Arte & Design Wagner de Almeida Chefe do Setor de Educagao Crista César Moisés Carvalho Redatores Marcelo de Oliveira e Telma Bueno Designer Grafico Alexandre Soares e Fagner Machado Capa Flamir Ambrosio Av. Brasil, 34.401 - Bangu Rio de Janeiro - RJ - Cep 21852/002 Tel.: (21) 2406-7373 Fax: (21) 2406-7326 Laces Bisuicas LIVRARIAS CPAD AMAZONAS: Rew Bero¥0, 16 Conte 69010050 . Manaus Mat Telefax (92) 2126:6930 mal: manausecpaa.com br {ins Ac Antne Cvs Mupuhses, 4009 90.000 Fruba’ Sivador” 0A, Teetac (Pt) Sio4300 ase comes a iva tan Cala Nova | i alorarse Eat tatucouacon Grete Mc nha da Sg SrinrT0, Sano tos oS Su V0 1075 Pa de tga Gerzsiezans vi wba: E> TGA ‘exanare rere | ‘ikmaAor Ruta Pas. 428 Coo, Si do Muanhlo. MA 65020 ‘seve 13 ealaton fd te Frantic (Crt taokesocpad comb carry he tasqvertin de Agar Minas cenars fu SdoPuie, S01"tojt rao 10170131 eee Honaonte MCT: 3831-4000 Ema behorzonteacpud com | ben Ceterce wlams Roberts Ferre [PARANA Rua Serra air uta. 430 Centro Civico 80530.060 Ear pei (3170 ia cant son ‘rete Maa Malena Perel Pegnaneacar as ara Selo 020000 Rate Mnf i) 424 800/21 2BATS0" Tegan oa hs Santos dor Lcomby cere oComerdl 15 ‘Stems cee SAATACATARINA. ha Ste Sezer, | Cena. 8.910 Fonurapote: $c" Teint: (@H) 3285-49257 4225 1128. ima fanuscpad core br Creme Geel Vers Damasceno Skorik ‘te rune Cee. 219; telensio03038 020 Tae ah I) ato a¥08 Eat saonicecpdeomb Cee FLORIDA 3339 Norh Federal ighway Pompano Beach, 33064 SRRET Gh Sa Bb oe Whey Bae vente eras Mariano — ‘lstibulor CIARA Rea Senadoe Pompeu, £3410} 27 Certo 60025.000 Fort seace ea) 3 S004 mat sty. Ceres jose Maa Noguera Lt FARA EL COUEIA. Ac Cov rae Macher 579. Cent 65060290 te. 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NiSU yaad Os dons sao dadivas divinas para a este aia CMe Oe atta) DOR CuUE Ree cativo 0 LEITURA DIARIA Segunda - 1 Co 12.4 Ha diversidade de dons Terca - 1 Co 12.20 Os dons e a unidade da Igreja Quarta - 1 Co 12.11 A concessao dos dons Quinta - 1 Co 12.27 Membros do Corpo de Cristo Sexta - 1 Co 12.31 Procurai com zelo os melhores dons” Sabado - Ef 4.12 Os dons sao para aperfeicoar os santos LEITURA BIBLICA EM CLASSE Romanos 12.3-8; 1 Corintios 12.4-7 Romanos 12 3 - Porque, pela graca que me é dada, digo a cada um dentre vos que ndo saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperanca, conforme @ medida da fé que Deus repartiu a cada um. 4 - Porque assim como em um corpo temos muitos membros, e nem todos os membros tém a mesma operacdo, 5 + assim nos, que somos muitos, somos um s6 corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros. 6 - De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graca que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; 7- se é ministério, seja em ministrar; se éensinar, haja dedicacéo ao ensino; 8 - ow 0 que exorta, use esse dom em exortar; 0 que reparte, faca-o.com libe- ralidade; 0 que preside, com cuidado; 0 que exercita misericordia, com alegria. 1 Corintios 12 4 - Ora, hd diversidade de dons, mas 0 Espirito é 0 mesmo. 5 - E hé diversidade de ministérios, mas o Senhor 6 0 mesmo. 6 - E hd diversidade de operacées, mas 60 mesmo Deus que opera tudo em todos. 7 - Mas a manifestacao do Espirito é dada a cada um para o que for util INTRODUCAO A Biblia de Estudo Pentecostal define “dons” como “manifestacdes sobrenaturais concedidas da parte do Espirito Santo, e que operam através dos crentes, para o seu bem comum”. Neste trimestre analisare- mos os dons de Deus dispensados a Igreja para que, com graca e poder, ela proclame o Evangelho de Jesus a toda criatura. Além de auxiliar © Corpo de Cristo no exercicio da Grande Comissao, os dons divinos subsidiam os santos para que che- guem a unidade da fé (Ef 4.12,13) - OS DONS NA BIBLIA 1. No Antigo Testamento. 0 Dicionario Biblico Wycliffe mostra que ha varias palavras hebraicas que significam “dadiva’. A origem dessas palavras esta na raiz hebraica nathan, que significa “dar’, Por isso, podemos afirmar que no Antigo Testamento ha vislumbres dos dons divinos con- cedidos a pessoas peculiares como reis, sacerdotes, profetas e outros. Todavia, os dons divinos nao esta- vam acessiveis ao povo de Deus da Antiga Alianga como observamos no regime da Nova Alianca. 2. No Novo Testamento. O mesmo dicionario informa ainda que ao longo do Novo Testamento a palavra “dom” aparece com diferentes significados, que se relacionam ao verbo grego didomi. Este verbo repre- senta o sentido ativo da palavra “dar” em Filipenses 4.15. Na Nova Alianca, os dons de Deus estao disponiveis para que a Igreja, em nome de Jesus, promovaa libertacao dos cativos, mi- nistre a cura aos doentes e proclame a salvacdo do homem para a gloria de Deus. O Novo Testamento tambem deixa claro que todos os crentes tem acesso direto a Deus através de Cristo Jesus e, por isso, podem receber os dons do Espirito. 3. Uma dadiva para a Igreja. A fim de sermos mais didaticos e eficientes no estudo a respeito dos dons, dividiremos este assunto em trés Categorias principais: Dons de Servico, Dons Espirituais e Dons Mi- nisteriais. Esta divisio acompanha a classificacdo dos dons conforme se encontra nas epistolas paulinas aos Romanos, | Corintios e Efésios, respectivamente. Insistimos, porém, que esta classificagdo é apenas um recurso didatico, pois quando © apdstolo expde o assunto em suas cartas, ele nao parece querer exaurir os dons em uma lista, antes, preocupa-se em exortar os irmaos ‘a buscé-los e usa-los para encora- jar, confortar e edificar a Igreja de Cristo, bem como glorificar a Deus e evangelizar o mundo. Il - OS DONS DE SERVICO, ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS 1. Dons relacionados ao servico cristao. Em Romanos 12 © apéstolo Paulo admoesta a igreja, lembrando-a de que o membro do Corpo de Cristo nao pode se achar autossuficiente. Assim como um membro do corpo humano depende dos outros para exercer a sua fungao, na igreja necessitamos uns dos ou- tros para o fortalecimento da nossa vida espiritual e comunhao em Cristo. Por isso, a categoria de dons apre- sentada em Romanos 12 traz a ideia da manutencao dessa comunhao dos santos, pois ao falarmos de servicos, subentende-se que quem serve esta prestando um servico para alguém Observe os dons de servico listados REFLEXAO Cae ag age Soa eae | Corintios 12 por Paulo em Romanos: Ministério (oficio diaconal), exortacao (encora- jamento), repartir, presidir e exercer misericordia. Note que esses dons estdo relacionados com uma acao em prol do outro, do proximo. Portanto, se vocé tem um dom, deve usa-lo em beneficio da Igreja de Cristo na Terra. 2. Conhecendo os dons espi- rituais. “Acerca dos dons espirituais, Nao quero, irmaos, que sejais igno- rantes” (1 Co 12.1). Os dons listados em | Corintios 12 sao: Palavra da sabedoria; palavra da ciéncia; fé; curas; operacdo de maravilhas; pro- fecia; discernimento de espirito: variedades de linguas; interpretacao de linguas. ‘Apesar de as manifestacdes so- brenaturais pertencerem ao mundo espiritual, isto é, a uma categoria particular da experiéncia religiosa do crente, o apdstolo Paulo deseja- va que as igrejas, e em especial a de Corinto, conhecessem algumas consideracdes importantes sobre os. dons espirituais. Uma caracteristica predominante em Corinto, segundo 0 Comentario Biblico Beacon (CPAD), era a vida pregressa dos membros envolvidos com idolatria. Muitas manifestacdes espirituais na igreja lembravam a experiéncia mistica das religides de mistérios. Os co- rintios precisavam ser ensinados de forma correta sobre a existéncia dos dons e de sua utilizacao dentro. do culto e fora dele. Por isso, a luz da Palavra de Deus, devemos ensi- nar a respeito dos dons espirituais para que a igreja seja edificada. A Biblia traz os ensinos corretos sobre © uso dos dons, e se ha distorcées nessa esfera, estas acontecem por algumas igrejas nao ensinarem de forma correta o que a Biblia diz, e isso contribui para o surgimento do fanatismo religioso, da corrup¢ao doutrinaria dos movimentos estra- nhos e de muitas heresias. Portanto, o ensino correto das Escrituras nos orienta sobre a forma adequada da utilizacao dos dons e previne o surgimento de praticas condenaveis no culto. 3, Acerca dos dons ministe- riais. A Epistola de Paulo aos Efésios classifica os dons ministeriais assim: Apostolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores (4.11). Os pro- p6sitos de o Senhor concedé-los 4 Igreja, segundo a Biblia de Estudo Pentecostal, s40, em primeiro lugar, capacitar 0 povo de Deus para 0 ser- vico cristéo; em segundo, promover 0 crescimento da igreja local; terceiro, desenvolver a vida espiritual dos discipulos de Jesus (4.12-16). O Se- nhor deu a sua Igreja ministros para servi-la com zelo e amor (1 Pe 5.2,3). O ensino do Novo Testamento acerca do exercicio ministerial esta ligado a concepcao evangélica de servico (Mt 20.20-28; Jo 13.1-11), jamais a pers- pectiva centralizadora e sacerdotal do Antigo Testamento. ~ CORINTO: UMA IGREJA PROBLEMATICA NA ADMINISTRACAO DOS DONS ESPIRITUAIS (1 Co 12.1-11) 1. Os dons sao importantes. Um argumento utilizado pelos ces- sacionistas (pessoas que defendem a errdnea ideia de que os dons espi- rituais cessaram no primeiro século), 5) LiOes BiBLICAS € que os crentes pentecostais tendem ase achar superiores uns aos outros por terem algum dom. Lamentavel. mente, isto @ verdade em muitos lugares. Entretanto, o apéstolo Paulo faz questdo de tratar desse assunto com os crentes de Corinto que esta vam supervalorizando alguns dons em detrimento de outros. Precisamos resgatar a nocao de servico que Jesus Cristo ensinou nos Evangelhos, pois todos os dons vém diretamente de Deus para melhor servirmos a igreja de Cristo. 2. Diversidade dos dons. 0 que mais nos chama a atencdo na lista de dons apresentada por Paulo em | Corintios 12 nao so os nove dons, mas a diversidade deles. isto denota a unidade da igreja de Cristo, mas simultaneamente a sua multi- plicidade. O Comentario Biblico Pen- tecostal Novo Testamento tem razao quando fala que “talvez Paulo tenha selecionado estes noves dons por se- rem adequados a situacdo que havia em Corinto”, pois se compararmos a lista de 1 Corintios com Romanos e também Efésios, veremos que outros dons sao relacionados de acordo com as necessidades de cada igreja local. 3. Autossuficiéncia e hu- mildade. Os dons espirituais sao concedidos aos crentes pela graca de Deus, e nao por méritos pessoais (Rm 12.6; | Pe 4.10). Nao podemos orgulhar-nos e portar-nos de modo arrogante e autoritario no exercicio dos dons, mas com humildade e temor a Deus. Portanto, ndo use o dom que Deus the deu com orgulho, visando a exaltacao pessoal. Isto é pecado contra 0 Senhor e contra a Igreja! Use-o com um coracao sincero e transbordante de amor pelo proximo (1 Co 13). Nao foi por acaso que 0 capitulo 13 (Amor) de 1 Corintios foi colocado entre o 12 | na Biblia nenhum versiculo que diga (Dons) e 0 14 (Linguas e Profecia). | que os dons espirituais deixaram de CONCLUSAO existir com a morte do ultimo apés- tolo. Portanto, busquemos os dons O estudo dos dons de Deus aos _ do Espirito Santo, pois esto 4 nossa homens é amplo e nos apresenta | disposicao. Eles so um exemplo da recursos pelos quais podemos servir | multiforme graca de Deus em dispen ao Senhor e a sua Igreja. Esses dons | sar instrumentos espirituais para a sdo para os nossos dias, pois nao ha | Igreja na historia [iagha ete) ‘Os dons espirituais so concedidos aos crentes PN aN Ld ae aL LT ST cute) RESPONDA 1, De acordo com a li¢4o, no Antigo Testamento os dons divinos eram concedidos a quem? 2. No Novo Testamento os dons espirituais esto disponiveis a todos? 3. Cite, de acordo com a licdo, as trés principais categorias de dons. 4. Relacione os dons citados em | Corintios 12.8-10. 5. Os dons espirituais podem ser concedidos aos crentes hoje? Li¢ao 2 13 de Abril de 2014 O PROPOSITO DOS DONS ESPIRITUAIS Assim, também vos, como desejais dons espirituais, procural sobejar neles, p edificacao da igreja" (1 Co 14.12). NTSC a alla CR eiec renee ecies Pereeritine ec lieue ioc) Coat LEITURA DIARIA Segunda - 1 Co 12.12 A igreja — um s6 corpo Terca - 1 Co 12.4,11 Diversidade de dons no mesmo Espirito Quarta - 1 Co 14.26 Tudo deve ser feito para a edificacdo Quinta - 1 Co 12.12-27 A verdadeira unidade Sexta - 1 Co 13.1,2 Exercendo os dons amorosamente Sabado ~ 1 Co 12.7 A manifestacao do Espirito e sua utilidade LEITURA BIBLICA EM CLASSE 1 Corintios 12.8-11; 13.1,2 1 Corintios 12 8 - Porque a um, pelo Espirito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espirito, a palavra da ciéncia; 9 - € a outro, pelo mesmo Espirito, a fé; e a outro, pelo mesmo Espirito, os dons de curar; 10 - ea outro, a operacao de maravi thas; e a outro, a profecia; e a outro, adom de discernir os espiritos; ea ou tro, a variedade de linguas; e a outro, a interpretacdo das linguas 11 - Mas um s6 @ 0 mesmo Espirito opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer 1 Corintios 13 1 - Ainda que eu falasse as linguas dos homens e dos anjos e ndo tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine 2 - Eainda que tivesse 0 dom de pro fecia, e conhecesse todos os mistérios € toda a ciéncia, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que trans portasse os montes, e ndo tivesse amor, nada seria INTRODUCAO Nesta licao estudaremos c verdadeiro propdsito dos dons es Pirituais concedidos por Deus a sua Igreja. Os dons do Espirito Santo sao recursos imprescindiveis do Pai para 0s seus filhos. O seu proposito é edificar-nos e unir-nos, fortalecendo assim a Igreja de Cristo (1 Tm 3.15). 1- OS DONS NAO SAO PARA ELITIZAR O CRENTE 1. A igreja corintia. A lgreja em Corinto localizava-se numa ci dade comercial e proxima do mar sendo uma das mais importantes do Império Romano. uma cidade economicamente rica, Corinto era porém marcada pelo culto idolatrico. Durante a segunda naria de Paulo, a igreja recebeu a agem missio- visita do apdstolo (At 18.1-18). Por conhecer muito bem a comunidade cristé em Corinto foi que o apéstolo dos gentios tratou, em sua Primeira Epistola dirigida aquela igreja, sobre a abundan a da manifestacao dos dons do Espirito, chegando a afirmar a igreja que “n the faltava (1 Co 1.7). 2. Uma igreja de muitos dons, mas carnal. Os dons do Es daqu hum dom’ pirito concedidos por Deus a igreja Je Corinto tinham por finalidade prepara-la e santifica-la para 0 ser go do evangelho: a proclamacao da Palavra de Deus naquela cidade. Todavia, além de aquela igreja nao usar corretamente os dons que receber i tofaserh seule divisdes, inveja, imoralidade sexual. c, Como pode uma igreja eviden temente crista ser ao mesmo tempo carnal e imoral? Por isso Paulo a cha aan 0X0) A ea oe near CRM Meda mae a er ey aed Cea err ——" 7 ma de carnal e imatura (1 Co 3.1,3). Com este relato, aprendemos que as manifestacées espirituais na igreja local nao sao propriamente indica- doras de seriedade, espiritualidade e santidade. Uma igreja onde predomi- nam a inveja, contenda e dissensdes, nem de longe pode ser chamada de espiritual, e sim de carnal. 3. Dom nao é sinal de su- perioridade es ‘ual, Muitos creem erroneamente que os irmaos agraciados com dons da parte de Deus sao, por isso, mais espirituais que os outros. Todavia, os dons do Espirito sao concedidos pela graca de Deus. Por ser resultado da graca divina, néo recebemos tais dons por meéritos proprios, mas pela bondade e misericordia de Deus. Que a mensa- gem de Jesus possa ressoar em nossa consciéncia e convencer-nos de uma vez por todas de que os dons nao sao garantia de espiritualidade genuina: “Muitos me dirao naquele Dia: Senhor, Senhor, nao profetizamos nds em teu nome? E, em teu nome, nado expulsa- mos demdnios? E, em teu nome, nao fizemos muitas maravilhas? E, entao, thes direi abertamente: Nunca vos conheci; apartai-vos de mim, vos que praticais a iniquidade” (Mt 7.22,23) ll - EDIFICANDO A SI MESMO. E AOS OUTROS 1. Edificando a si mesmo. Paulo diz que quem “fala lingua novato 10 Lic Yes Binuica estranha edifica-se a si mesmo” (1 Co 14.4). O apéstolo estimulava os crentes da igreja de Corinto a cultivarem sua devocdo particular a Deus através do falar em linguas concedidas pelo Espirito, com o objetivo de edificarem a si mesmos. Isto nao significa que o apostolo dos gentios proibia o falar em linguas publicamente, mas ao fazé-lo de ma- neira devocional o crente batizado com 0 Espirito Santo edifica-se no seu relacionamento com Deus. Falar ou orar em linguas provenientes do Espirito é uma béncao espiritual maravilhosa. 2. Edificando os outros. Os crentes de Corinto falavam em linguas e exerciam varios dons es pirituais, mas parece que eles nao se preocupavam muito em ajudar as pessoas. Por isso, 0 apdstolo lembra que os dons s6 tém razao de existir quando 0 portador preocupa-se com a edificaco da vida do outro irmao em Cristo (1 Co 14.12). Em lugar de buscarmos prosperidade material, como se pudéssemos bar- ganhar com Deus usando dinheiro em troca de béncaos, busquemos os dons espirituais. Agindo assim edificaremos a nds mesmos e tam- bem aos outros. 3. Edificando até o nao cren- te. Embora 0 apéstolo dos gentios estimulasse todos os crentes a falarem em linguas, isto é, a edifi- carem a si mesmos, seu desejo era que também esses mesmos crentes profetizassem a fim de que a igreja toda fosse edificada. O comentario da Biblia de Estudo Aplicacdo Pes- soal diz sobre esse texto: “Embora © proprio Paulo falasse em linguas, enfatizava a profecia, porque esta edificava a Igreja inteira, enquanto falar em linguas beneficiava princi- palmente o falante”. Todos quantos vierem a frequentar nossas reunides devem ser edificados, sejam cren- tes ou nao. Por isso, nao podemos escandalizar aqueles que nao co- mungam a mesma fé que nos (1 Co 14.23). Como eles compreenderdo a mensagem do evangelho se em uma reuniao ndo entenderem o que esta sendo falado? (1 Co 14.9). Ill - EDIFICAR TODO O CORPO DE CRISTO 1, Os dons na igreja. Na Primeira Carta aos Corintios, Paulo dedica dois capitulos (12 e 14) para falar a respeito do uso dos dons na igreja. O apostolo mostra que quan- do os dons so utilizados com amor, todo o Corpo de Cristo é edificado. Conforme diz Thomas Hoover, pa- rafraseando Paulo em Efésios 4.16, “os membros do corpo, cada qual com sua prépria funcdo concedida pelo Espirito, cooperam para o bem de todas. O amor é essencial para os dons espirituais alcancarem seu propésito”. Se nao houver amor, certamente nao havera edificagao (1 Co 13). Sem o amor de Deus nos tornamos egoistas e acabamos por colocar nossos interesses em primei- ro lugar. O proposito dos dons, que é edificar o Corpo de Cristo, s6 pode ser cumprido se tivermos 0 amor de Deus em nossa vida. 2. Os sabios arquitetos do Corpo de Cristo. Deus levanta homens para edificarem espiritual, moral e doutrinariamente a igreja local. A lgreja é 0 “edificio de Deus” (1 Co 3.9). Os ministros, sabios ar- quitetos (1 Co 3.10). 0 fundamento ja esta posto pelos apdstolos: Jesus Cristo (1 Co 3.11). Mas os ministros tém de tomar 0 cuidado com as pe- dras assentadas sobre este alicerce, ar ea cite pois eles também tomam parte na edificacao espiritual da Igreja de Cristo segundo a mesma graca con- cedida aos apéstolos. Por isso, Paulo faz uma solene adverténcia para a lideranca hoje: “mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque nin- cuém pode pér outro fundamento, além do que ja esta posto, o qual é Jesus Cristo” (1 Co 3.10,11). 3. Despenseiros dos dons. O apostolo Pedro exortou a igreja acerca da administrac¢do dos dons de Deus (1 Pe 4.10,11). Ele usou a figura do despenseiro que, antigamente, era 0 homem que administrava a despensa e tinha total confianca do patréo. O despenseiro adquiria os mantimentos, zelava para que nao estragassem e os distribuiam para a alimentacao da familia, Desta forma, os despenseiros da obra do Senhor devem alimentar a “familia de Deus” (1 Co 4.1; EF 2.19). Eles precisam ter 0 cuidado no uso dos dons concedidos pelo Senhor para prover a alimenta- Ao espiritual, objetivando a edifica- ¢d0 do Corpo de Cristo: "Cada um administre aos outros o dom como ‘© recebeu, como bons despenseiros da multiforme graca de Deus. Se alguém falar, fale segundo as pala- vras de Deus; se alguém administrar, administre segundo o poder que Deus da, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a gloria e o poder para todo 0 sempre” (1 Pe 4.10,11). LicdesBisucas Il CONCLUSAO A Igreja de Jesus Cristo tem uma misséo a cumprir: proclamar 0 evangelho em um mundo hostil as verdades de Cristo e descrente de Deus. Diante desta tao sublime tarefa, a igreja necessita do poder divino. Os dons espirituais sio um arsenal” a disposicao do corpo de Cristo para o cumprimento eficaz de sua missao na terra. Como ja foi dito, 0 propésito dos dons é edificar toda a igreja, todo Corpo de Cristo para ser abencoado, exortado e consolado. Ror isso, nunca devemos usar os santos dons de Deus em beneficio particular, como se fosse algo exclusivo de certas pessoas Somos chamados a servir a Igreja do Senhor, e nao a utilizar os dons de Deus para nés mesmos. RESPONDA 1. Qual é 0 verdadeiro propésito dos dons divinos? 2. De acordo com a liao, Paulo priorizava na igreja 0 ato de profeti zar ou o de falar em linguas? Por qué? 3. Quantos capitulos Paulo dedicou para falar a respeito dos dons? Quais sao estes capitulos? 4. O que é essencial que o crente tenha para que a igreja seja edificada? 5. Segundo a lic¢do, o que fazia o despenseiro? 20 de Abril de 2014 DONS DE REVELAGAO TEXTO AUREO “Que fareis, pois, irmdos? Quando vos ajuntais, cada um de vés tem salmo, tem doutrina, tem revelacao, tem lingua, tem interpretacao. Faca-se tudo para edificacdo” (1 Co 14.26). NiO taal eN Ge ure Mae dade, pois vivemos em um tempt marcado pelo engano. LEITURA DIARIA Segunda ~ 1 Rs 4.29-31 Sabedoria concedida por Deus Terca - 2 Rs 6.8-12 Deus revela 0 oculto Quarta - 1 Co 12.8 Sabedoria e ciéncia Quinta - Mt 2.12 Protecao por divina revelacao Sexta - Ef 1.17 Espirito de sabedoria e revelacao LEITURA BIBLICA EM CLASSE 1 Corintios 12.8,10; Atos 6.8-10; Daniel 2.1922 1 Corintios 12 8 - Porque a um, pelo Espirito, é dada a palavra da sabedoria; e a outro, pelo mesmo Espirito, a palavra da ciéncia; 10- ea outro, a operacao de maravi- thas; € a outro, a profecia; e a outro, 0 dom de discernir os espiritos; e a outro, a variedade de linguas; e a outro, a interpretacao das linguas. Atos 6 8 - E Estévao, cheio de fé e de poder, fazia prodigios e grandes sinais entre 0 povo. 9 -E levantaram-se alguns que eram da sinagoga chamada dos Libertos, e dos cireneus, e dos alexandrinos, e dos que eram da Cilicia e da Asia, e disputavam com Estévao. 10 - Endo podiam resistir a sabedoria e ao Espirito com que falava. Daniel 2 19 - Entdo, foi revelado 0 segredo a Daniel numa visdo de noite; e Daniel louvou 0 Deus do céu. 20 - Falou Daniel e disse: Seja bendito 0 nome de Deus para todo o sempre, porque dele é a sabedoria e a forc 21 - ele muda os tempos e as horas ele remove os reis e estabelece os reis; ele da sabedoria aos sdbios e ciéncia aos inteligentes. 22 - Ele revela o profundo e 0 escon- dido e conhece o que estd em trevas; ecom ele mora a luz. 14 Ligdes Bisticas INTRODUCAO O tedlogo pentecostal Stanley Horton afirma que “a maioria dos estudiosos classifica os dons de | Corintios 12.8-10 em trés categorias: revelacdo, poder e expressdo, tendo] trés dons em cada categoria’. Na licao desta semana estudaremos a respeito dos dons da “primeira categoria’: os de revelacdo. Estes so concedidos aos servos de Deus parao aconselhamento e orientacao da Igreja do Senhor. 1 - PALAVRA DA SABEDORIA 1, Conceito. © termo palavra exprime uma manifestacao verbal ou escrita. Segundo o Diciondrio Ele- trénico Houaiss, sabedoria significa “discernimento inspirado nas coisas sobrenaturais e humanas”. A sabe- doria abordada pelo apéstolo Paulo em | Corintios 12.8a refere-se a uma capacita¢ao divina sobrenatural para tomada de decisdes sabias e em circunstancias extremas e dificeis. De acordo com Estévam Angelo de Souza, “a palavra da sabedoria é a sabedoria de Deus, ou, mais especifi- camente, um fragmento da sabedoria divina, que nos é dada por meios sobrenaturais” 2. A Biblia e a palavra de sa- bedoria. Embora na Antiga Alianca os dons espirituais no fossem plena e claramente evidenciados como na Nova, alguns episddios do Antigo Testamento vislumbram 0 quanto Deus conferia aos homens sabedoria doalto para executar tarefas ou tomar decisdes. Um exemplo disso é a reve lacdo e a interpretacao dos sonhos de Farad através de José, o filho de Jaco (Gn 41.14-41), Ele nao apenas interpre- tou os sonhos de Farad, mas trouxe orientacées sabias para que o Egito se preparasse para o periodo de fome que estava para vir. A habilidade do rei Sa- lomao em resolver causas complexas, igualmente, ¢ um admiravel exemplo de dom da sabedoria no Antigo Testa- mento (1 Rs 3.16-28; 4.29-34). Em o Novo Testamento pode- mos tomar como exemplo de pa- lavra da sabedoria a exposicao da Escritura realizada pelo diacono e primeiro martir cristéo, Estevao. O livro de Atos conta-nos que os sabios da sinagoga, chamada dos Libertos, “nao podiam resistir a sabedoria e ao Espirito com que falava” (At 6.9,10). 3. Uma lideranca sabia. A pa- lavra de sabedoria é de grande valor na tarefa do aconselhamento pessoal € em situagdes que demandam uma orientacao no exercicio do ministério pastoral. Entretanto, tenhamos cuida- do para nao confundir a manifesta- G40 desse dom com o nosso desejo pessoal. Lembremo-nos de que Deus manifesta os dons em nossas vidas segundo o conselho da sua sabedoria, nao da nossa. Tenhamos maturidade e cuidado no uso dos dons! Il - PALAVRA DA CIENCIA 1. O que 67 Este dom muito se relaciona ao ensino das verdades da Palavra de Deus, fruto do resultado da ilumina¢ao do Espirito acerca das revelacdes dos mistérios de Deus con- forme aborda Stanley Horton, em sua Teologia Sistematica (CPAD). Este dom também se relaciona a capacidade sobrenatural concedida pelo Espirito Santo ao crente para este conhecer fatos e circunstancias ocultas. 2. Sua func4o. 0 dom da palavra da ciéncia nao visa servir a propdsitos triviais, como o de descobrir o signifi- cado dos tecidos do Tabernaculo ou a identidade da mulher de Caim, etc. Isto | 6 mera curiosidade humana, e o dom de Deus nao foi dado para satisfazé- -la, A manifestaco sobrenatural deste dom tem a finalidade de preservar a vida da igreja, livrando-a de qualquer engano ou artimanha do maligno. 3. Exemplos biblicos da pala- vra da ciéncia. Ao profeta Eliseu fo- ram revelados os planos de guerra do rei da Siria, Quando o rei sirio pensou em atacar 0 exército de Israel, surpre- endendo-o em determinado lugar, 0 profeta alertou o rei de Israel sobre os planos inimigos (2 Rs 6.8-12). Outro exemplo foi a revelacao de Daniel acerca do sonho de Nabucodonosor, quando Deus descortinou a historia dos grandes impérios mundiais ao profeta (Dn 2.2,3; 17-19). Em 0 Novo Testamento, esse dom foi manifesto quando 0 apéstolo Pedro desmasca- rou a mentira de Ananias e Safira (At 5.1-11). 0 dom da palavra da ciéncia nao é adivinhacao, mas conhecimen- to, concedido sobrenaturalmente, da parte de Deus. lll - DISCERNIMENTO DOs ESPIRITOS 1, O dom de discernir os espiritos. £ uma capacidade sobre- natural dada por Deus ao crente para discernir a origem e a natureza das manifestacdes espirituais. De acordo como termo grego diakrisis, a palavra discernir significa “julgar através de’; “distinguir’. Ela denota o sentido de “se penetrar da superficie, desmascarando e descobrindo a verdadeira fonte dos motivos". Stanley Horton afirma que este dom “envolve uma percepcdo capaz de distinguir espiritos, cuja pre- ‘ocupagao é proteger-nos dos ataques de Satands e dos espiritos malignos” (cf. 1Jo 4.1). 2. As fontes das manifes- tages espirituais. Ao longo das Bipuicas 15 - Escrituras podemos destacar trés origens das manifestacées espirituais no mundo: Deus, o homem eo Diabo. Uma profecia, por exemplo, pode ser fruto da ordem divina ou da mente humana ou ainda de origem maligna. Como saber? Aqui, o dom de discernir os espiritos tem o papel essencial de preservar a satide espiritual da congregacao. Segundo nos ensina 0 pastor Estévam Angelo, o “discerni mento de espiritos nao € habilidade para descobrir as faltas alheias”. O dom nao é uma permissao para julgar a vida dos outros. 3. Discernindo as manifesta- des espirituais. A Palavra de Deus nos ensina que os espiritos devem ser provados (1 Jo 4.1). Toda palavra que ouvimos em nome de Deus deve passar pelo crivo das Sagradas Escrituras, pois 9 Senhor Jesus nos advertiu sobre os ‘Ors BiBucAS RESPONDA 1. De acordo com a licao, defina sabedoria. falsos profetas. Ele ensinou-nos que os falsos profetas sao conhecidos pelos frutos que produzem’, isto é, pelo carater (Mt 7.15-20). Jesus conhece o segredo do coragéo humano, mas nds Nao, e por isso precisamos do Espirito Santo para revelar-nos a verdadeira motivacao daqueles que falam em nome do Senhor. O apéstolo Jodo nos advertiu acerca do “espirito do antricris- to” que ja opera neste mundo (1 Jo 4.3). CONCLUSAO A Igreja de Jesus necessita dos dons de revelacao para discernir entre o certo eo errado, entre o legitimoe o falso. Os falaciosos ensinos e as mani festacdes malignas podem ser desmas- carados pelo dom do discernimento dos espiritos. Que Deus conceda a sua igreja dons de revelacao para nao cair- mos nas astutas ciladas do Maligno. 2. Cite dois exemplos de sabedoria vinda de Deus no Antigo Testamento. 3, O que é o dom da palavra da ciéncia? 4, Qual é a funcdéo do dom da palavra da ciéncia? 5. Segundo a licdo, defina o dom de discernimento dos espiritos. TEXTO AUREO “A minha palavra e a minha pregacao nao consistiram em palavras persuasivas de sabedoria humana, mas em demonstracao do Espirito e de poder, para que a vossa fé no se apoiasse em sabedoria dos homens, mas no poder de Deus” (1 Co 2.4,5). NAO) acne Cee ee Merger mete Caleta) Rote fe rer esl oke We Ue Lu PMCs ORS ICUr CMT Lice lc) ERC eat a _ LEITURA DIARIA Segunda ~ Rm 1.16 O evangelho de poder Terca- Rm 1 Sinais e prodit Quarta - 2 Co 4.7 A exceléncia do poder de Deus Quinta - 2 Co 13.4 O poder de Deus em nés Sexta- 1 Co 14.12 Edificando a igreja mediante os dons Sabado - 1 Co 2.4 Demonstracao de poder divino LEITURA BIBLICA EM CLASSE 1 Cor itios 12.4,9-11 4 - Ora, hd diversidade de dons, mas 0 Espirito é 0 mesmo. 9 - ea outro, pelo mesmo Espirito, a fé; € a outro, pelo mesmo Espirito, os dons de curar; 10- ea outro, a operacdo de maravi thas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espiritos: e a outro, a variedade de linguas; e a outro, a interpretacao das linguas. 11 = Mas um sé e 0 mesmo Espirito opera todas essas coisas, repartindo particularmemte a cada um como quer. INTRODUCAO, O ministério terreno de Jesus foi marcado por inumeros milagres, principalmente curas. A historia eclesiastica comprova que a Igreja do primeiro século também operou maravilhas no poder do Espirito San. to. Entre os primeiros cristaos sobe- javam os dons de poder. Se Jesus nao mudou e os dons espirituais sdo para a Igreja de hoje, por que atualmente nao vemos as manifestacdes dos dons de poder em nosso ambiente com mais frequéncia? Sera falta de conhecimento a respeito do assunto? Ou sera por causa do mau uso que alguns fazem das dadivas divinas? Nesta licdo estudaremos a respei to dos dons de poder. Veremos como eles sao necessarios a vida da igreja Se vocé deseja recebé-los e usa-los para a gloria do nome do Senhor, proporcionandoa edificacao da igreja, busque-os com fé em oracdo 1- © DOM DA FE (1 Co 12.9) 1. O que significa fé? Na epis tola aos Hebreus lemos que "a fe é 0 firme fundamento das coisas que se esperam ea prova das coisas que se nao veem" (11.1). Essa é a definicao biblica sobre a fé, pois mostra a total confianca e dependéncia em Deus. Aprendemos com 0 texto do capitulo 11 de Hebreus, conhecido como a galeria dos herdis da fé", que Deus é poderoso para fazer todas as coisas, sendo a nossa fé em Deus, funda mental para as operacdes divinas entre os homens 2. A fé como dom. £ distinta daquela que recebemos por ocasiao da nossa conversao: a fé salvifica (Rm 10.17; Ef 2.8). Igualmente, se distingue da fé evidenciada como fruto do Espirito (GI 5.22). O dom da fé €a capacidade que o Espirito Santo concede ao crente para este realizar coisas que transcendem a esfera na tural da vida, objetivando sempre a edificacdo da igreja. De acordo com o tedlogo Stanley Horton, esse dom “é uma fé milagrosa para uma situacdo ou oportunidade especial”: 3. Exemplo biblico do dom da fé. Quando guiou 0 povo de Isra- el na saida do Egito e se aproximou do Mar Vermelho, ja na iminéncia de ser destruido por Farad, Moisés disse: “Nao temais; estai quietos e vede o livramento do Senhor, que hoje vos fara; porque aos egipcios, que hoje vistes, nunca mais vereis para sempre. O Senhor pelejara por vos, e vos calareis” (Ex 14.13,14). Moisés “viu" pela fé 0 livramento do Senhor antes de 0 fato acontecer. Esta é uma boa amostra biblica do ‘exercicio do dom da fé. Il - DONS DE CURAR (1 Co 12.9) 1.0 que sao 0s dons de curar? Sao recursos de carater sobrenatural para atuarem na cura de qualquer tipo de enfermidade. Por isso a expressao esta no plural. Deus é quem cura! Ele concede os “dons” segundo o conselho: da sua vontade, sabedoria e no mo: mento certo. No Antigo Testamento, 0 Todo-Poderoso se manifestou ao povo de Israel como “Jeova Rafa” — O Senhor que sara (Ex 15.26; 5! 103.3). A concessao desses dons a igreja deve- -se a necessidade de o Evangelho ser anunciado como uma mensagem po- derosa ao nao crente, que outrora ndo tinha fé, mas que agora passou a crer no Evangelho, arrependendo-se dos seus pecados (Mc 16.17,18; At 3.11-26; 4,23-31). 2. A reden¢ao e as curas. Apesar de o crente ser redimido pelo Senhor através da obra expiatoria efetuada por Jesus na cruz do Cal- vario, ele (0 crente) ainda aguarda a reden¢ao do seu proprio corpo. Quando 0 apostolo Paulo tratou dos males que afligem a criacdéo como resultado do pecado da humanidade, escreveu que “nao sé ela, mas nos mesmos, que temos as primicias do Espirito, também gememos em nds mesmos, esperando a adocao, a saber, a redenc¢do do nosso corpo" (Rm 8.23). Enquanto nao recebermos ‘© novo corpo imortal e incorruptivel estaremos sujeitos a toda sorte de doencas. 3. A necessidade desses dons. Os dons de curar sao ne cessarios a igreja da atualidade. Num mundo incrédulo em que a medicina se desenvolve rapidamen te, o ser humano pensa que pode superar a Deus. A humanidade pre cisa compreender a sua limitacao e convencer-se da sublime realidade de um Deus Todo-Poderoso que, em sua misericOrdia e amor, concede sabedoria a homens e mulheres para multiplicar 0 conhecimento da medicina visando 0 bem-estar de todos. Quanto aos dons de curas, $40 manifestacoes de poder sobre. natural que o Espirito Santo colocou a disposicao da Igreja de Cristo para que a humanidade reconheca que Deus tem o poder de sanar todas as doencas. - 0 DOM DE OPERACAO DE MARAVILHAS (1 Co 12.10) 1, O dom de operacao de maravilhas. Este dom realiza obras extraordinarias além do poder hu- mano. O dom de operacdo de ma- ravilhas altera a ordem natural das coisas consideradas impossiveis e impensaveis. 2. Exemplos biblicos. 0 mi- nistério terreno de Jesus foi marca- do por operacées de maravilhas. O Bom Mestre repreendeu 0 vento e 0 mar, € estes logo se aquietaram (Mt 8.23-27). O nosso Senhor atestou por muitas vezes o seu poder sobre a natureza criada para sua gloria (Jo 1.3). Podemos destacar outros exemplos de operacdo de maravi- Ihas no ministério de Jesus: a ressur- reigdo do filho da viva de Naim (Le 7.11-17); a ressurreicao da filha de Jairo (Mc 5.21-43); a ressurreicao de Lazaro, morto havia quatro dias (Jo 11.1-45). Nosso Senhor tem todo o } poder sobre a morte, pois para Ele | ‘nada é impossivel” (Lc 1.37). Nosso Deus ndo mudou. O Pai Celestial deu dons a sua igreja a fim de que ela atue no mundo moderno com poder e graca. 3. Distorgées no uso dos dons de curar e de operacao de maravilhas. O cristo nao tem au torizagao divina para “determinar”, “decretar” ou “exigir” a cura dos enfermos. A nossa relagao com Deus nao se da em forma de barganha. Quem somos nés para exigir de Deus alguma coisa? Somos seres humanos limitados! Se nao fosse a graca e a misericordia de Deus, 0 que seria de nds? Como discipulos de Cristo, devemos rogar ao Pai, buscando-o de todo 0 nosso coracao para curar os doentes, pois a Palavra de Deus recomenda que oremos pelos en fermos (Tg 5.14). A oragao do justo pode muito em seus efeitos (Tg 5.16), ¢ independe de se ter 0 dom ou nao. Jesus nos ensinou que em seu nome deveriamos impor as maos sobre 0s enfermos para que eles sejam curados (Mc 16,18). Nossa responsa- bilidade é orar pedindo a cura. Quem sara o enfermo, de acordo com a sua soberana vontade, é Deus O crente que impde as maos sobre o enfermo nao pode ser tratado como um idolo na igreja, principalmente se o enfermo for curado. Nem podemos imaginar que porque aconteceu o milagre aquela vez, sempre haverd outros milagres. Que o Altissimo tenha misericérdia e proteja-nos dessa pretensdo! Quem opera os sinais e as maravilhas 6 0 Senhor, nado 0 homem. Toda acéo decorrente dos dons vem do Espi rito Santo e, por isso, nao podemos agendar dias nem marcar horarios para sua operacao. Facamos a obra de Deus com honestidade e decéncia! CONCLUSAO Deus pode conceder a seus servos o dom da fé, dons de curar e 0 de operacdo de milagres, mas sempre de acordo coma sua vontade e graca. Lembre-se de que os dons de poder contribuem para legitimar a pregacdo do Evangelho. Infeliz- mente, ha pessoas que querem utilizar essas dadivas para obterem lucros financeiros e enriquecimento pessoal. Isto envergonha o nome de Jesus e mancha a idoneidade da Igreja na sociedade. Quem procede desta forma esta suscetivel ao juizo de Deus, que vira no tempo préprio. Que nés, a Igreja, 0 povo do Senhor, facamos uso dos dons de poder para propagar o Evangelho de nosso Se- nhor e glorificar 0 nome do Pai no poder do Espirito Santo! 2 RESPONDA . Defina a palavra fé segundo Hebreus 11.1. . O que € o dom da fé? . O que sao dons de curar? . O que faz o dom de maravilhas? . Cite trés exemplos de operacao de maravilhas no ministério de Jesus. 4 de Maio de 2014 DONS DE ELOcu¢AO TEXTO AUREO “Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus; se alguém administrar, adminis- tre segundo o poder que Deus dé, para que em tudo Deus seja glorificado por Jesus Cristo, a quem pertence a gléria e 0 poder para todo o sempre. Amém!"(1 Pe 4.11). LEITURA DIARIA Segunda ~ Jo 17.17 A Palavra de Deus ¢ a verdade Terca - 1 Tm 4.14 Nao despreze o dom de Deus Quarta - 1 Co 14.3 Os objetivos do dom de profecia Quinta - 1 Co 14.32 Equilibrio e bom-senso quanto aos dons Sexta-1Co 14 Sinais para os fiéis e para os infiéis Sdbado - 1 Co 12.31 Buscar os dons com zelo r LEITURA BIBLICA EM CLASSE 1 Corintios 12.7,10-12; 14.26-32 1 Corintios 12 7 - Mas a manifestacdo do Espirito é dada a cada um para o que for util. 10 -e a outro, a operacdo de maravi- thas; e a outro, a profecia; e a outro, o dom de discernir os espiritos; ea ou- tro, a variedade de linguas; ea outro, @ interpretacdo das linguas. 11 - Mas um sé e o mesmo Espirito ‘opera todas essas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer. 12 - Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, s4oum so corpo, assim é Cristo também. 1 Corintios 14 26 - Que fareis, pois, irmaos? Quan: do vos ajuntais, cada um de vés tem salmo, tem doutrina, tem revelacdo, tem lingua, tem interpretacdo. Faca- ~se tudo para edificacdo. 27-E, sealguém falar lingua estranha, faca-se isso por dois ou, quando muito, trés, e por sua vez, e haja intérprete. 28 - Mas, se nao houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus. 29 - E falem dois ou trés profetas, e 05 outros julguem. 30 - Mas, se @ outro, que estiver as- sentado, for revelada alguma coisa, cale-se 0 primeira. 31 - Porque todos podereis profetizar, uns depois dos outros, para que todos aprendam e todos sejam consolados. 32 - Eos espiritos dos profetas estao sujeitos aos profetas. INTRODUCAO 0 estudo da li¢do desta sema- na concentrar-se-d nos trés dons clasificados como os de elocucao: profecia, variedade de linguas e interpretacao das linguas. Os prop6- sitos destes dons especiais sao os de edificar, exortar e consolar a Igreja de Cristo (1 Co 14.3). Isso porque os dons de elocucao sao manifestacdes sobrenaturais vindas de Deus, endo podem ser utilizadas na igreja de forma incorreta. Assim, devemos estudar estes dons com diligéncia, reveréncia e temor de Deus, para nao ser enganados pelas falsas ma- nifestacdes. 1- DOM DE PROFECIA (1 Co 12.10) 1. O que é 0 dom de profe- 17 De acordo com Stanley Horton, o dom de profecia relatado por Paulo em | Corintios 14 refere-se a mensagens espontaneas, inspiradas pelo Espirito, em uma lingua conhe- cida para quem fala e também para quem ouve, objetivando edificar, exortar ou consolar a pessoa des- tinataria da mensagem. Profetizar nao 6 desejar uma béncdo a uma pessoa, pois essa nao é a finalidade da profecia. Infelizmente, por falta de ensino da Palavra de Deus nas igrejas, aparecem varias aberracoes concernentes ao uso incorreto deste dom, Nao poucos crentes e igrejas locais sofrem com as consequén- cias das falsas profecias. Apesar de exortar-nos a nao desprezar ou sufocar as profecias na igreja local (1 Ts 5.20), as Escrituras orientam- “nos a que examinemos “tudo", jul- gando e discernindo, pelo Espirito, ‘0 que est por tras das mensagens. Toda profecia espontanea deve ser julgada (1 Co 14.29-33). 2. A relevancia do dom de profecia. 0 dom de profecia é tao importante para a Igreja de Cristo que 0 apostolo Paulo exortou a sua busca (1 Co 14.1). Nao obstante, ele igualmente recomendou que © exerc desse dom fosse ob servado pela ordem e cuidado nos cultos (1 Co 14.40). Os crentes de Corinto deveriam julgar as profe- cias quanto ao seu conteddo e a | origem de onde elas procedem (1 Co 14.29), pois elas possuem trés fontes distintas: Deus, o homem ou ¥ 0 Diabo. Devemos nos cuidar, pois a Biblia, tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, mostra a¢des dos falsos profetas. O Senhor Jesus nos alertou: “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vém até vos vestidos como ovelhas, mas inte- riormente sao lobos devoradores* (Mt 7.15). Vigiemos! 3. Propésitos da profecia. A profecia contribui para a edificacao do crente. Porém, ainda existe mui- ta confusdo a respeito do uso dos dons de elocucao, e em especial ao de profecia e sua funcao. Ha lide- res permitindo que as igrejas que lideram sejam guiadas por supostos profetas. A igreja de Jesus Cristo deve ser conduzida segundo as Escrituras, pois esta é a inerrante Palavra de Deus. A Biblia Sagrada, a Profecia por exceléncia, deve ser o manual do lider cristao. Outros lideres, também erroneamente, nao tomam decisdo alguma sem antes consultar um “profeta” ou uma “profetisa”. Estes profetizam aquilo que as pessoas querem ouvir endo o que o Senhor realmente quer falar. Todavia, a Palavra de Deus ra alerta-nos a que nao oucamos a tais falsarios (Jr 23.9-22). Il - VARIEDADE DE LINGUAS (1 Co 12.10) 1. O que é o dom de varieda- des de linguas? De acordo com o tedlogo pentecostal Thomas Hoover, o dom de linguas é “a habilidade de falar uma lingua que o proprio falante nao entende, para fins de lou- Vor, oracéo ou transmissao de uma mensagem divina’, Segundo Stanley Horton, “alguns ensinam que, por es tarem alistados em tltimo lugar, estes dons sao os de menor importancia’. Ele acrescenta que tal “conclusao é insustentavel”, pois as “cinco listas de dons encontradas no Novo Testa: mento colocam os dons em ordens diferentes”. O dom de variedades de linguas 6 tao importante para a igreja quanto os demais apresentados em 1 Corintios 12. 2. Qual é@ a finalidade do dom de variedade de linguas? 0 primeiro proposito é a edificacdo da vida espiritual do crente (1 Co 14.4). As linguas, ao contrario da profecia, no edificam ou exortam a igreja. Elas sdo para a devocdo espiritual do crente que recebe este dom. A medida que o servo de Deus fala em linguas estranhas vai sendo também edificado, pois 0 Espirito Santo 0 toca e renova diretamente (1 Co 14.2). 3. Atualidade do dom. £ pre ciso deixar claro que a variedade de linguas nao é um fendmeno exclusi- vo do periado apostélico. O Senhor continua abencoando os crentes com este dom e cremos que assim o fara até a sua vinda. No Dia de Pen- tecostes, todos os crentes reunidos no cenaculo foram batizados como Espirito Santo e falaram noutras lin- guas pelo Espirito (At 1.4,5; 2.1-4). E um dom tao util a vida pessoal do crente em nossos dias quanto o foi nos dias da igreja primitiva. Ill - INTERPRETACAO DE LINGUAS (1 Co 12.10) 1. Definicao do dom. Thomas Hoover ensina que a interpretacao das linguas é “a habilidade de inter- pretar, no proprio vernaculo, aquilo que foi pronunciado em linguas”. Na igreja de Corinto havia certa desor- dem no culto com relacdo aos dons espirituais, por isso, Paulo os advertiu dizendo: “E, se alguém falar lingua estranha, faca-se isso por dois ou, quando muito, és, e por sua vez, e haja intérprete. Mas, se nao houver intérprete, esteja calado na igreja e fale consigo mesmo e com Deus” (1 Co 14.27,28). 2. Ha diferenca entre dom de interpretacdo eo de profecia? Embora haja semelhanca sao dons distintos. O dom de interpretacao de linguas necessita de outra pessoa, também capacitada pelo Espirito Santo, para que interprete a men- RESPONDA 1. Quais sao os propésitos da profecia? 2. Quais sao as trés fontes de onde podem proceder as profecias? 3, Segundo o tedlogo Thomas Hoover, o que é o dom de linguas? 4, Qual é a finalidade principal do dom de variedade de linguas? sagem e a igreja seja edificada. Do contrdrio, os crentes ficarao sem entender nada. Ja no caso da profe- cia nao existe a necessidade de um intérprete. Estévam Angelo de Souza definiu bem essa questéo quando disse que "nao havera interpretacao se nao houver quem fale em linguas estranhas, ao passo que a profecia nao depende de outro dom”. ‘CONCLUSAO Ainda que haja muitas pessoas em diversas igrejas que nao aceitem a atualidade do batismo com o Espiri- to Santo e dos dons espirituais — os chamados “cessacionistas* — Deus continua abencoado os crentes com suas dadivas. Portanto, ndo pode- mos desprezar 0 dom de profecia, 0 de falar em linguas estranhas e o de interpreta-las. Porém, facamos tudo conforme a Biblia: com sabedoria, decéncia e ordem (1 Co 14,39,40). Agindo dessa forma, Deus usara os seus filhos para que sejam porta- dores das manifestacdes gloriosas dos céus. 5. Defina, de acordo com a licao, o dom de interpretacao de linguas. ee LigOes Bisuica 11 de Maio de 2014 O MINISTERIO DE APOSTOLO TEXTO AUREO “E ele mesmo deu uns para apostolos, e outros para profetas, e outros para evan: gelistas, e outros para pastores e doutores” (Ef 4.11). M7207, aa cule CeO Cm mecl Pee IER elsert olts| expandir o Evangelho de Cristo Fa LEITURA DIARIA Segunda - Hb 3.1 Jesus, 0 apéstolo por exceléncia Terca - 2 Co 12.12 Sinais do apostolado Quarta - At 2.42 A doutrina dos apéstolos a wa Quinta-1Tm 1.1 Paulo, apéstolo de Jesus Cristo Sexta~1Co4.9 Apostolo, uma missao sacrifical Sabado - Le 6.12-16 Os doze apéstolos de Cristo LEITURA BIBLICA EM CLASSE Efésios 4.7-16 7+ Mas a graca foi dada a cada um de nés segundo a medida do dom de Cristo. 8 - Pelo que diz: Subindo ao alto, le- vou cativo o cativeiro e deu dons aos homens. 9 - Ora, isto — ele subiu — que é, sendo que também, antes, tinha des- cido ds partes mais baixas da terra? 10 - Aquele que desceu é também o mesmo que subiu acima de todos os céus, para cumprir todas as coisas. 11 - E ele mesmo deu uns para apostolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores, 12- querendo o aperfeicoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificacdo do corpo de Cristo, 13 - até que todos cheguemos 4 unidade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a vardo perfeito, a me- dida da estatura completa de Cristo, 14 - para que ndo sejamos mais ‘meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina, pelo engano dos homens que, com asticia, enganam fraudulosamente. 15 - Antes, seguindo a verdade em amor, crescamos em tudo naquele que é a cabeca, Cristo. 16 - do qual todo 0 corpo, bem ajus- tado e ligado pelo auxilio de todas as juntas, segundo a justa operacdo de cada parte, faz 0 aumento do corpo, para sua edificacdo em amor. INTRODUCAO A partir da licdo desta semana estudaremos os Dons Ministeriais distribuidos por Deus a sua Igr ‘objetivando desenvolver o carater cristao da comunidade dos santos, tornando-o semelhante ao de Cristo (Ef 4,13), De acordo com as epistolas aos Efésios e aos Corintios, sa0 cinco os dons ministeriais concedidos por Deus 4 Igreja: apdstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores (1 Co 12.27-29). Veremos 0 quanto esses ministérios sao necessarios a vida da igreja local para cumprir a missdo ordenada pelo Senhor ante o mundo e, simultaneamente, crescer “na graca e conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo” (2 Pe 3,18), Mostrando a sequéncia de Efésios 4.11, iniciaremos 0 estudo pelo dom ministerial de apdstolo. 1- 0 COLEGIO APOSTOLICO 1. O termo “apéstolo”. 0 Di- ciondrio Biblico Wycliffe informa que © termo grego apostolos origina-se do verbo aposteliein, que significa “enviar’, “remeter”. A palavra apés- tolo, portanto, significa “aquele que é enviado", *mensageiro”, “oficial- mente comissionado por Cristo’. Ao longo do Novo Testamento, 0 verda- deiro apéstolo € enviado por Cristo igualmente como 0 Filho foi enviado pelo Pai com a missao de salvar 0 pecador com autoridade, poder, gra- cae amor. O verdadeiro apostolado baseia-se na pessoa e obra de Jesus, © Apéstolo por exceléncia (Hb 3.1). 2. O colégio apostélico. En- tende-se por colegio apostolico o gru- po dos doze primeiros discipulos de Jesus convidados por Elea auxiliarem REFLEXAO baseia-se na pessoa e obra de eee aie TREC eu ‘© seu ministério terreno. O Salvador ‘0s separou € nomeou. Os primeiros escolhidos nao eram homens perfei- tos, mas foram vocacionados a levar a mensagem do Evangelho a todo 0 mundo (Mt 28.19,20; Mc 16.15-20). De acordo com Stanley Horton, eles foram habilitados a exercer “o mi nistério quando do estabelecimento da Igreja (At 1.20,25,26)". Em outras palavras, os doze apéstolos constitu- iram a base ministerial para o desen- volvimento e a expansao da Igreja no mundo. Mas antes, como nos mostra a Palavra de Deus, receberam o ba- tismo com 0 Espirito Santo (Lc 24.49; At 1.8; 2.1-46). 3. A singularidade dos doze. Aqui é importante ressaltar que 0 apostolado dos doze tem uma co- notacado bem singular em relacdo aos demais encontrados em Atos € também nas epistolas paulinas. a) Eles foram convocados pes- soalmente pelo Senhor. Multiddes seguiam Jesus por onde Ele passava (Mt 4.25), e€ muitos se tornavam seguidores do Mestre, Mas para iniciar 0 trabalho da Grande Co- missdo, apenas doze foram con- vocados pessoalmente por Ele (Mt 10.1; Le 6.13). b) Andaram com Jesus durante todo o seu ministério. Desde o batis- mo do Senhor até a crucificacao, os doze andaram com o Mestre, apren- deram e conviveram com Ele (Mc 6.7; jo 6.66-71; At 1.21-23). ©) Receberam qutoridade do Senhor (Jo 20.21-23). Os doze rece- beram de Jesus um mandato especial para prosseguirem com a obra de evangelizacao. Eles foram revestidos de autoridade de Deus para expulsar 0s demOnios, curar os enfermos e pregar o Evangelho a humanidade (Mc 16.17.18; cf. At 2.4). ll - © APOSTOLO PAULO 1, Saulo e sua conversao. Saulo foi um judeu de cidadania romana, educado “aos pés de Gama- liel", e também um importante mes- tre do judaismo (At 22.3,25). Ele era intelectual, fariseu e foi persequidor dos cristaos. Entretanto, a caminho de Damasco, em busca dos cristaos que haviam fugido devido a perse- guicao em Jerusalém, e com carta de autorizacdo para prendé-los, Saulo teve uma experiéncia com o Cristo ressurreto (At 9.1-22). A sua vida foi inteiramente transformada a partir desse encontro pessoal com Jesus. De perseguidor, passou a persegui- do; de Saulo, o fariseu, a Paulo, o apéstolo dos gentios. 2. Um homem preparado para servir. Dos vinte sete livros do Novo Testamento, treze foram escritos pelo apostolo Paulo. Quao grande tratado teolégico encontra- mos em sua Epistola aos Romanos! O seu legado teolégico foi grandio- 's0 para © cristianismo. Mas para além da intelectualidade teolégica, © apéstolo dos gentios levou uma vida de sofrimento por causa da pregacao do Cristo ressurreto. Eis a declaracao apostolica que denota tal verdade: “Combati o bom com- bate, acabei a carreira, quardei a fe” (2 Tm 4.7). 3. “O menor dos apostolos”. O apéstolo Paulo no pertencia ao colégio dos doze. Ele nao andou com Jesus em seu ministério terreno nem testemunhou a ressurreic¢ao do Senhor — requisitos indispensaveis para o grupo dos doze (At 1.21-23). Humildemente, 0 apdstolo reco- nheceu que nao merecia ser assim chamado, pois considerava-se um “abortivo’”, como que nascido fora de tempo, o menor de todos (1 Co 15.8,9). Entretanto, o Senhor se revelou a ele ressurreto (At 9.4,5) e ensinou-lhe todas as coisas. O apos: tolo recebeu 0 Evangelho diretamen- te do Senhor (Gl 1.6-24; | Co 11.23). Embora 0 colégio apostélico tenha reconhecido 0 apostolado paulino Gl 2.6-10; 2 Pe 3.14-16), as igrejas plantadas por ele eramo selo do seu ministério apostdlico (1 Co 9.2). Ml - APOSTOLICIDADE ATUAL (Ef 4.11) 1. Ainda ha apostolos? No sentido estrito do termo, e de acor- do coma sua singularidade, aposto- los como os doze nao mais existem. ‘A Palavra de Deus diz que durante © milénio, os doze se assentarao sobre tronos para julgar as doze tribos de Israel (Mt 19.28). Os seus nomes também estarao registrados nos doze fundamentos da cidade santa (Ap 21.12-14). Logo, o colé- gio apostdlico foi formado por um grupo limitado de discipulos, nao havendo, portanto, uma sucessio apostélica. 2. Apostolos fora dos doze. A carta aos Efésios apresenta a vigéncia do dom ministerial de apdstolo. O tedlogo Stanley Horton informa-nos que “o Novo Testamento indica que havia outros apostolos que também haviam sido dados como dons 4 Igreja. Entre estes se acham Paulo e Barnabé (At 14.4,14, bem como iain e) Pee aS rare Oe eR Flinaldo Renovato os parentes de Paulo, Andrénico e Jania (Rm 16.7)". Ao longo do Novo ‘Testamento, e no primeiro século da Igreja, 0 termo apéstolo recebeu um significado mais amplo, de um dom ministerial distribuido a igreja local (Diciondrio Vine). 3. O ministério apostolico atual. Nao ha sucessdo apostoli- ca. Esta 6 uma doutrina formada pela igreja romana e, infelizmente, copiada por algumas evangélicas para justificar a existéncia do poder papal. O ministério dos doze nao se repete mais. O que ha é 0 ministério de cardter apostdlico. Atualmente, missionarios enviados para evan- gelizar povos nao alcancados pelo Evangelho sao dignos de serem reconhecidos como verdadeiros apéstolos de Cristo. Homens como John Wesley, William Carey (cogno- minado “pai das miss6es moder- nas”), Hudson Taylor, D. L. Moody, Gunnar Vingren, Daniel Berg, “irmao André” e tantos outros, em tempos recentes, foram verdadeiros des- bravadores apostélicos. Cidades e até paises foram impactados pela instrumentalidade desses servos de Deus. CONCLUSAO Nos moldes do colégio dos doze, 0 ministério apostdlico nao existe atualmente. Entretanto, o Lices Bisucas 29 dom ministerial de apéstolo citado | nosso pais ou em paises inimigos por Paulo em Efésios 4.11 esta em | do Evangelho, sdo pessoas porta plena vigéncia. Pastores experimen- | doras desse dom ministerial. Sao tados, evangelistas e missionarios | os verdadeiros apéstolos da lgreja que desbravaram os rincdes do | de Cristo hoje. RESPONDA 1. Segundo as epistolas aos Efésios e aos Corintios, quantos e quais so os dons ministeriais? 2. De acordo com o Diciondrio Biblico Wycliffe, defina o termo grego apéstolo. 3. Qual era a cidadania do apéstolo Paulo? TEXTO AUREO “Ea.uns pos Deus na igreja, primeiramen- te, apdstolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois, dons de curar, socorros, governos, variedades de linguas” (1 Co 12.28). N72 17g UL eet Poe Maries LEITURA DIARIA Segunda - At 3.22 Jesus - 0 profeta prometido Terga - At 11.27 Profetas na igreja primitiva Quarta -Lce 11.49 Profetas enviados por Deus O ministério do profeta Sexta-1 Ts 5.20 Nao despreze as profecias Sabado - Ap 3.22 0 Espirito fala as igrejas LEITURA BIBLICA —M CLASSE 1 Corintios 12.27-29; Efésios 11-13. 1 Corintios 12 27 - Ora, vos sois 0 corpo de Cristo e ‘seus membros em particular. 28 - Ea uns pos Deus na igreja, pri- meiramente, apostolos, em segundo lugar, profetas, em terceiro, doutores, depois, milagres, depois. dons de curar, Socorros, governos, variedades de linguas. 29 - Porventura, sdo todos apdsto- los? Sao todos profetas? Sao todos doutores? Sao todos operadores de milagres? Efésios 4 11 - Eele mesmo deu uns para apés- tolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pas- tores e doutores, 12 - querendo 0 aperfeicoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificacao do corpo de Cristo, 1 13 - até que todos cheguemos 4 uni- | dade da fé e ao conhecimento do Filho de Deus, a vardo perfeito, a medida da estatura completa de Cristo. INTRODUCAO A lic¢do desta semana versa sobre o dom ministerial de profeta. Estudaremos alguns aspectos deste dom 4 luz da Biblia, mas também considerando o contexto historico e cultural do Antigo e do Novo Tes- tamento. O ministério de profeta € altamente importante para os nossos dias, pois de acordo com 0 ensino dos apéstolos, tal ministério tem um valor excelso para a igreja de qualquer tempo e lugar. 1- O PROFETA DO ANTIGO TESTAMENTO 1, Conceito. 0 profeta do Anti- go Testamento era a pessoa incum- bida para falar em nome de Deus. O Altissimo fazia dele 0 seu porta-voz, um embaixador que representava os interesses do reino divino na Terra. Quando Deus levantava um profeta, designava-o a falar para toda a nacao israelita, e até mesmo a povos ou nacdes estranhas (Jr 1.5). Ao longo de toda a historia veterotestamen- taria o Senhor levantou homens e mulheres para profetizarem em seu nome: Samuel, o ultimo dos juizes e 0 primeiro dos profetas para a nacao de Israel (1 Sm 3.19,20), Elias e Eliseu (1 Rs 18.18-46; 2 Rs 2.1-25), a profe- tisa Hulda (2 Rs 22.14-20) e muitos outros, como os profetas literarios Isaias, Jeremias e Daniel. 2. O officio. Através da inspi- ra¢ao divina o profeta recebia uma revelacdo que desvendava 0 oculto, anunciava juizos, emitia conselhos e adverténcias divinas. Expressées como “veio a mim a palavra do Se: nhor" e “assim diz 0 Senhor” eram formulas usuais para o profeta co- mecar a mensagem divina Ur | |s 45.1). Simbolos e visées também eram formas de Deus falar através dos profetas ao seu povo (Jr 31.28; Dn 7.1). Num primeiro momento, 0 profeta exercia um importante papel de conselheiro no palacio real (Nata, cf, 2.Sm 12.1; 1 Rs 1.8,10,11). Contu- do, apos a divisao do reino de Israel, 0 profeta passou a ser perseguido, pois sua profecia confrontava dire- tamente a prepoténcia da nobreza, a dissimulacao dos sacerdotes e a injusti¢a social (ir 1.18,19; 5.30,31; Is 58.1-12). 3. O profetismo. De acordo com 0 Diciondrio Teolégico (CPAD), 0 profetismo im movimento que surgiu no periodo aproximado do século Vill a.C. tanto em Israel quanto em Juda. O objetivo desse movimento era “restaurar o monoteismo hebreu”, “combater a idolatria”, “denunciar as injusticas sociais", “proclamar o Dia do Senhor” e “reavivar a esperanca messianica’. Foi nesse tempo que os verdadeiros profetas em Israel foram cruelmente surrados, presos e mortos. Il- O PROFETA EMO NOVO TESTAMENTO 1. A importancia do termo “profeta” em o Novo Testamen- to. Como ja vimos, em Efésios 4.11 sdo mencionados cinco ministérios que exerciam papéis fundamentais na lideranca da Igreja Antiga: apés- tolo, profeta, evangelista, pastor e doutor. Nao por acaso, o termo “profeta” aparece na segunda po- sicdo da lista apresentada em | Corintios 12.28; Efésios 4.11. O profeta é identificado trés vezes na epistola aos Efésios como alguém que acompanhava os apéstolos (2.20; 3.5; 4.11). A Biblia afirma REFLEXAO ene ee Tati mundanismo e frieza espiritual entre o povo de Dew CER Casa Ma eee que os “concidadaos dos Santos e da familia de Deus estado edificados sobre 0 fundamento dos apéstolos e dos profetas [...]” (Ef 2.19,20). Aqui, a Biblia denota a importancia do ministério de profeta na lideranca da Igreja do primeiro século. 2. O oficio do profeta ne- otestamentario. Seu ministério no Novo Testamento nao consistia em predizer o futuro, adivinhar o presente ou ficar fora de si, Nao! De acordo com o Comentario Bibli- co Pentecostal Novo Testamento, © profeta neotestamentario era dotado por Deus para receber e mediar diretamente a Palavra do Altissimo. Apesar de ele algumas vezes predizer o futuro, confor- me instrui-nos a Biblia de Estudo Pentecostal, seu oficio consiste em proclamar e interpretar a Palavra de Deus, por vocacao divina, com vistas 4 admoestacao, exortacdo, Animo, consolacao e edificagao da igreja (At 3.12-26; | Co 14.3). “Era dever do profeta do NT, assim como para o do AT, desmascarar 0 pecado, proclamar a justica, adver- tir do juizo vindouro e combater © mundanismo e frieza espiritual entre o povo de Deus (Lc 1.14-17)". Por causa da mensagem de justica que o profeta apresenta em tempos de apostasia e confusao espiritual, Ligdes Bisuicas 33 REFLEXAO inclusive na igreja, nao ha outro jeito: ele fatalmente sera rejeitado @ perseguido por muitos. 3. O objetivo do dom mi- nisterial de profeta. A funcao do profeta do Novo Testamento é apre- sentada por Paulo no mesmo bloco de versiculos em que ele menciona Os cinco ministérios em Efésios (4.11- 16). Ou seja, o profeta ¢ chamado por Deus a levar a igreja de Cristo a.uma plena maturidade crista, pois como um organismo vivo, a Igreja, 0 Corpo de Cristo, deve desenvolver- -se para a edificacao em amor (v.16). Para que tal seja uma realidade, os profetas do Senhor devem desem- penhar suas funcées, capacitados e dirigidos pelo Espirito Santo. DISCERNINDO O VERDA- DEIRO PROFETA DO FALSO 1. Simplicidade x arrogan- cia. Duas caracteristicas do ver- dadeiro profeta sdo a simplicidade € 0 amor. Ainda que a Palavra seja de juizo, o coracdo do profeta transborda de amor e a sua conduta simples demonstra a quem ele esta servindo: 0 Deus de amor. Lem- bremo-nos de Jeremias (38.14-27), Oseias (8.12) e do préprio Senhor Jesus (Mt 23.37). Ja o falso profeta SO pensa em si, em seu status e beneficios. Profetiza objetivando a autopromocao. Ele mente, ilude e engana. Lembremo-nos de Ha- nanias, o profeta mentiroso que enfrentou Jeremias (Jr 28.10-12). 34 LicOes Bipuicas 2. Pelos frutos os conhe- cereis. Uma adverténcia séria de Jesus para os seus discipulos foi acerca da precaucdo com os falsos profetas. Como reconhecé-los? Je- sus disse que os reconheceriamos “pelos seus frutos” (Mt 7.15,20), pois o resultado, ou “fruto", do que 0 profeta “diz” e “faz”, revela o seu carater. Logo vocé conhecera de onde procede a “arvore” (0 profeta). Lembre-se de que nao devemos diferencar 0 verdadeiro profeta do falso pela “performance” ou pelo “espetaculo”, mas pelos frutos que eles produzem. 3. Ainda sobre o falso pro- feta. Apesar de o falso profeta ser arrogante e iniquo, ele fala com grande eloquéncia, e isso basta para que ele seja tido como verdadeiro. Na obra Assim Diz o Senhor? (CPAD), John Bevere diz que falsos profetas “sdo aqueles que ministram em nome de Jesus nas nossas igrejas e conferéncias, os que partem o coraco dos justos, fe que] embora © ministério seja apresentado em nome de Jesus, nao é desempenhado. pelo seu Espirito”. Nao tenha medo! Na autoridade do Espirito de Deus, “acautele-se” dos falsos profetas. Seja prudente! O Espirito Santo me- diante o Evangelho te fara discernir a procedéncia desses enganadores. Nao se deixe conduzir por eles! CONCLUSAO Acabamos de estudar 0 exer- cicio do ministério de profeta no Antigo e no Novo Testamento. Vimos que tal ministério, juntamente com 0 dos apéstolos, era um dos pilares na lideranca da Igreja do primeiro século (Ef 2.20). Apesar de ao longo da historia da igreja o ministério de profeta ter perdido preeminéncia, sabemos o quanto ele é importante | desmascarar as injusticas, 0 falso para a vida espiritual da Igreja de | profetismo e primar pela edificacao Cristo. O profeta do Senhor, com | da Igreja do Senhor Jesus. Que Deus autoridade e sabedoria divina deve | levante os legitimos profetas! RESPONDA 1. De acordo com a li¢ao, defina o conceito de profeta no Antigo Testamento. 2. 0 que foi o profetismo? 3. Quais sdo os cinco ministérios mencionados em Efésios 4.11? 4. Em que consistia 0 oficio de profeta no Novo Testamento? 5. Cite duas caracteristicas do verdadeiro profeta. VOCABULARIO Performance: Atuacao, de- sempenho, representacao. 25 de Maio de 2014 O MINISTERIO DE EVANGELISTA TEXTO AUREO “Mas tu sé sébrio em tudo, sofre as aflicées, faze a obra de um evangelista, cumpre o teu ministério” (2 Tm 4.5). VERDADE PRATICA ONE ICM else Mel ule) eee Meme lume Crt LEITURA DIARIA Segunda - Le 4.18 Jesus — 0 maior evangelista Terga-2Tm 4.5 A obra de um evangelista j Quarta —At 21.8 Ph, Filipe, o evangelista j Quinta - 1 Co 1.17 Enviado para evangelizar me Sexta~1Co9.18 | O prémio do evangelista I Sabado - Lc 4.18,19 a O evangelista apregoa a libertacao do mal TS 3€ OES BIBLICAS LEITURA BIBLICA EM CLASSE Atos 8.26-35; Efésios 4.11 Atos 8 26 - Eo anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda do Sul, ao caminho que desce de Jeru- salém para Gaza, que esta deserto. 27 - Elevantou-see foi. E eis que um homem etiope, eunuco, mordomo- -mor de Candace, rainha dos etio- pes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e tinha ido a Jerusalém para adora¢ao, 28 - regressava e, assentado no seu carro, lia o profeta Isaias. 29 - E disse o Espirito a Filipe: Chega-te e ajunta-te a esse carro. 30 - E, correndo Filipe, ouviu que lia o profeta Isaias e disse: Entendes tu o que lés? 31 - E ele disse: Como poderei en- tender, se alguém me nao ensinar? E rogou a Filipe que subisse e com ele se assentasse. 32 - Eo lugar da Escritura que lia era este: Foi levado como a ovelha para o matadouro; e, como esta mudo 0 cordeiro diante do que o tosquia, assim ndo abriu a sua boca. 33 - Na sua humilhacdo, foi tirado 0 seu julgamento; e quem contara @ sua geracdo? Porque a sua vida é tirada da terra, 34 - E, respondendo 0 eunuco a Filipe, disse: Rogo-te, de quem diz isto 0 pro- ' feta? De si mesmo ou de algum outro? 35 - Entdo, Filipe, abrindo a boca comecando nesta Escritura, lhe anunciou a Jesus. Efésios 4 11 - E ele mesmo deu uns para apostolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores. A INTRODUCAO O ministério de evangelista é dado por Deus a Igreja como um dom valioso. Por isso, o estudare- mos procurando vislumbrar como © Senhor Jesus o considerou, e como esse dom ministerial por Deus concedido é tratado em 0 Novo Tes- tamento, bem como sua destacada operacdo nas igrejas de Corinto e Efeso. Temos de Jesus a ordem para pregar o Evangelho, e em sua multiforme sabedoria Deus dispde para a igreja o poder necessario para proclamar o Evangelho com ousadia 1 — JESUS ENVIA OS SETENTA (Le 10.1-20) 1, Sao poucos os que anun- ciam. Quando Jesus enviou os setenta para anunciarem as boas novas do Reino de Deus na regido da Galiléia, Ele asseverou: “Gran- de é, em verdade, a seara, mas 0s obreiros sdo poucos” (v.2). Séo poucos porque, primeiramente, os discipulos nao podem proclamar a ‘si mesmos ou uma mensagem pro- pria. Em segundo lugar, porque os discipulos do Senhor sao enviados a falar Gnica e exclusivamente de Jesus e do Reino de Deus, jamais de si mesmos. Lamentavelmente, | ao longo dos séculos, muitos foram aqueles que na Seara do Senhor falaram em seu proprio nome e pregaram a sua propria mensagem. Os discipulos segundo 0 coracao do Nazareno ainda so poucos, mas o Senhor continua a convocar obreiros para a sua seara (v.2b). 2. Enviados para o meio de lobos. Proclamar o Evangelho num mundo contrario 4 mensagem do. 5 Bisuicas 37 Reino de Deus certamente levaria 0s arautos de Cristo a serem perse- guidos. Os setenta que Jesus enviou seriam rejeitados, perseguidos e até ameacados de morte. A historia da igreja nos mostra que pessoas pagaram com a vida por professar a fé em Cristo. Nas ultimas décadas, mais cristaos foram mortos no mun- do que em qualquer outra época da historia da Igreja. Os verdadeiros evangelistas enfrentardo ainda muitas perseguicées, sobretudo em paises dominados por religides anticristas e fundamentalistas. Eles sao comparados a cordeiros que se dirigem para o meio dos lobos (v.3). 3. Os sinais e as mara\ Ihas confirmam a Palavra. Os setenta discipulos receberam poder em nome de Jesus para pregar a mensagem do Reino de Deus com graca (wv.9,10; Mt 10.1,8). Quando voltaram da missao, os evangelis- tas, maravilhados e surpreendidos, diziam: “Senhor, pelo teu nome, até os deménios se nos sujeitam’ (v.17). Mas naquele momento Jesus falou- -Ihes de uma realidade que eles nao compreendiam: aquele poder era para confirmar a Palavra do Reino, nao a palavra do homem. O verda- deiro significado de desfrutar da ale- gria no Espirito nao € primeiramente ver milagres, mas saber que através da exposicao do Evangelho de poder temos Os nossos nomes escritos nos céus (v.20). ll - A GRANDE COMISSAO (Mt 28.19,20; Mc 16.15-20) 1. O alcance da Grande Co- missao. A ordem dada por Jesus aos seus discipulos, apds a sua res- surrei¢ao, foi: “ide, ensinai todas as nag¢ées, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espirito Santo; 38 Licdes Bisuicas ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho manda- do” (Mt 28.19,20). Esta ordem é chamada comumente de A Grande Comissao. £ 0 apelo de Jesus para 5 discipulos anunciarem o Evange- tho até as Ultimas consequéncias. Foi nesse “espirito” que o apéstolo Paulo encarou a tarefa da evange- liza¢ao (1 Co 9.16). 2. O mundo esta dividido em dois grupos. “Quem crer e for batizado sera salvo; mas quem no crer sera condenado” (Mc 16.16). Aqui, o Evangelho de Marcos destaca que ha dois grupos de pessoas diante da mensagem de Jesus: Os que creem e os que ndo creem. Acerca da salvacao, os Evangelhos nao se preocupam com nacionalidade, ra¢a, sexo ou condi- ¢ao sdcio-econémica do homem (GI 3.28). Nao ha judeu, nao ha gentio (Rm 3.9,10,23). Toda a humanidade é carente da graca de Deus e precisa decidir 0 seu futuro eterno crendo ‘ou nao no Evangelho. 3. A Grande Comissao hoje. A tarefa da evangelizacao do mun- do esta inacabada. Apenas 33% da populacdo mundial é composta por cristdos das varias confissoes de fé. Ha regides em que namero de cristaos esta diminuindo, como na Europa. Recentemente, na Alema- nha, cerca de 340 igrejas fecharam as portas; em Portugal, quase 300. A Holanda e a Inglaterra sdo paises considerados “pés-cristaos”. Ainda na Europa, cerca de 1500 templos cristéos foram transformados em mesquitas, restaurantes, bibliotecas casas de shows. Se a Igreja ndo experimentar um real e poderoso avivamento espiritual, em poucas décadas a Europa se tornara mulcu- mana ou 0 cristianismo nao mais a influenciara. Precisamos reevangeli- zar 0 continente europeu. - O DOM MINISTERIAL DE EVANGELISTA. 1. Oconceito de evangelista. O termo “evangelista’ deriva do ver- bo grego euangelizo, isto é, transmi- tir boas novas (do evangelho), Como: dom, refere-se aquele que é cha- mado para pregar 0 Evangelho. Foi concedido pelo Pai através de uma capacitacdo ministerial objetivando propagar o Evangelho de Cristo para toda a humanidade. O evangelista tem paixao pela salvacao dos perdi- dos. Esmera-se por buscar da parte de Deus mensagens inspiradas para tocar os coracGes e quebrantar a alma dos pecadores. 2. O papel do evangelista. O evangelista €, por exceléncia, 0 pregador das boas-novas de sal- | vacao. Através da sua mensagem, vidas sao alcancadas e conduzidas a Deus. Muitas vezes, o evangelista torna-se um plantador de igrejas, como tem ocorrido em diversos lu- gares do Brasil e pelo mundo afora. Um evangelista cheio da graca de Deus poderd tocar coragées com a mensagem do Evangelho de modo t4o convincente que leva 0 povo a crer € acatar as boas-novas da sal- va¢ao e ao Salvador Jesus. 3. A finalidade do ministério Da mesma forma do apéstolo e do profeta, o do evangelista tem por finalidade preparar os santos do —— Senhor para uma vida de servico cristao, bem como a edificagao do Corpo de Cristo (Ef 2.20-22). Por isso, espera-se desse obreiro que 0 fundamento do seu ministério seja Jesus Cristo, 0 nosso Senhor. Nao pode haver outro fundamento, senao Cristo! i O evangelista deve também, em tudo, ser sensivel a voz do Es- pirito Santo. A exemplo de Filipe, 0 obreiro deve ser obediente ao Senhor, seja para pregar a multi- dées, seja para falar a uma Gnica pessoa (At 8.6,26-40). Outro aspec- to importante desse ministério é a habilidade que o evangelista deve ter na transmissdo das boas-novas. O arauto de Deus precisa ser capaz de responder a seguinte pergunta dirigida ao pecador: “Entendes 0 | que lés?” (At 8.30). CONCLUSAO Odom ministerial de evangelis- ta é concedido por Deus a algumas pessoas conforme o propésito do Espirito Santo para o fortalecimento ea edificacao das igrejas locais. Isto, porém, nao significa desobrigar os. crentes individualmente do labor da evangelizacdo. Todo seguidor de Cristo, isto é, todo aquele que se acha discipulo de Jesus, tem em sua caminhada crista o firme compro- misso de propagar a mensagem do Evangelho. E deste compromisso nao pode se apartar um nico milimetro. | Que Deus levante mais evangelistas para a sua grande searal Ligdes Bisuicas 39 RESPONDA 1. Segundo a licao, qual é a consequéncia para quem proclama o Evan- gelho num mundo contrario ao Reino de Deus? 2. De acordo com a li¢ao, qual é o verdadeiro significado de desfrutar da “alegria no Espirito”? 3. O que é a Grande Comissao? 4. Qual é o papel dos evangelistas? 5. Qual é a finalidade do ministério de evangelista? 40 Ligdes Biaticas 1° de Junho de 2014 O MINISTERIO DE PASTOR Bit ge ae) “Eu sou o bom Pastor; 0 bom Pastor dé a sua vida pelas ovelhas" (Jo 10.11). i Ce om: MIE melee eed MeN CM CORT oui) eole eT m erin \ ul Segunda ~ Ec 12.11 Ha um so Pastor ITURA DIARIA Terca - 1s 40.11 O pastor apascenta as ovelhas Quarta - Ez 34.12 | O pastor em busca das ovelhas } Quinta - Am 3.12 O pastor protege as ovelhas Sexta-Zc 11.17 O pastor negligente com o rebanho Sabado - Hb 13.20 Cristo, o Pastor das ovelhas LEITURA BIBLICA EM CLASSE Joao 10 Tl - Eu sou o bom Pastor; 0 bom Pastor dé a sua vida pelas ovelhas. 14 - Eu sou o bom Pastor, e conheco as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido. Tito 1 7 - Porque convém que o bispo seja irrepreensivel como despenseiro da casa de Deus, ndo soberbo, nem | iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobicoso de torpe ganancia; 8 - mas dado a hospitalidade, amigo do bem, moderado, justo, santo, temperante, 9 - retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoes- tar com a sa doutrina como para convencer os contradizentes. 10 - Porque ha muitos desordena- dos, faladores, vaos e enganadores, principalmente os da circuncisao, 11 - aos quais convém tapar a boca; homens que transtornam casas in- teiras, ensinando o que ndo convém, por torpe ganancia. 1 Pedro S 2 - apascentai o rebanho de Deus que estd entre vos, tendo cuidado dele, nao por forca, mas volunta- riamente; nem por torpe ganancia, mas de dnimo pronto; 3 - nem como tendo dominio sobre a heranca de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. 4 - E, quando aparecer 0 Sumo Pastor, alcancareis a incorruptivel coroa de gléria. INTRODUCAO Ser pastor sempre foi uma tarefa ardua. Muitas sdo as demandas inter- nas e externas da igreja local, entre elas 0 cuidado para com as pessoas do rebanho, visita a enfermos, ques- tdes relacionadas a administracao eclesiastica e o constante desafio de se dedicar a oracdo, a pregacao e ao ensino da Palavra de Deus. O dia a dia pastoral é desafiador a quem é vocacionado por Deus para apas- centar. Somente pela graca e o amor do Pai é possivel encarar tao grande responsabilidade. Por outro lado, uma lideranca madura e servidora é imprescindivel ao desenvolvimento da igreja local. Assim, a licdo de hoje abordara esse importante ministério. 1 - JESUS, O SUMO PASTOR 1. Jesus é 0 pastor supremo. A expressao “grande Pastor das ove- thas’, que aparece em Hebreus 13.20, refere-se diretamente a sublimidade do Senhor jesus como pastor no Novo Testamento. Marcado pela humildade e despojamento da sua gléria, Ele foi chamado “grande” em seu nascimento (Lc 1.32). 0 adjetivo “grande” enfatiza © quanto o Nazareno é incomparavel e mediador da nova alianca de Deus com os homens. Jesus Cristo € 0 supremo pastor em todos os aspectos. Ele ven- ceu a morte e libertou o homem da prisdo do pecado. Ele 6 Deus! 2. O pastor conhece as suas . Em Jodo 10.14, 0 adjetivo lentifica Jesus como o pastor que por amor protege e cuida das ovelhas que Ihe pertence. Por isso, Ele € 0 “bom Pastor”. Tal expressao designa ainda a intimidade entre o Sumo Pastore as suas ovelhas. Estas nado ouvem a voz de outro pastor. © bondoso Salvador conhece a sua Igreja por inteiro, e se relaciona com cada membro (Jo 10.5,15). 3. O pastor da a vida pelas ovelhas. Uma das principais fontes da economia israelita era 0 trabalho pasto- ril. Os pastores cuidavam das ovelhas para delas obterem o lucro diario. Este 0 contexto de que se valeu o Senhor Jesus para referir-se ao ensinamento contido na expressdo “o bom Pastor da a sua vida pelas ovelhas” (lo 10.11). Aqui, diferente dos pastores que garan- tiam 0 seu sustento no campo através do uso das ovelhas, 0 Mestre Jesus mostra a disposicao em dar a propria vida pelo seu rebanho Jo 10.15). Os verdadeiros pastores da igreja devem imitar o Sumo Pastor, Jesus. NEle nao ha jamais explora¢ao alguma do rebanho, @ isso deve servir de exemplo a todos aqueles que desejam ministrar a igreja do Senhor, tal como ensina a Palavra em | Pedro 5.2-4. Il - AS CARACTERISTICAS DO VERDADEIRO PASTOR 1. Um carater integro. Entre outras coisas, 0 exercicio pastoral en- volve aptidao para ensinar, aconselhar e comunicar-se de forma clara com a igreja local. Porém, essas caracteristi- cas ndo sao validadas se o carater do pastor nao for integro. Uma das piores queixas que se pode ouvir acerca de um ministro é que sua palavra pastoral nao se coaduna com a sua vida. Como pode o lider falar sobre honestidade ser desonesto? De simplicidade e mostrar-se esbanjador? De humildade e comportar-se soberbo? A melhor pala- vra pastoral ¢ a vida do pastor em sin- tonia com a mensagem do Evangelho que ele proclama (Mt 7.24-27; 23.2-36). 2. Exemplo para os fiéis e os infiéis. O texto biblico de 1 Timéteo 3.2,3, afirma que o bispo nao deve ser dado ao vinho, espancador, cobicoso de torpe ganancia, contencioso ou ava- rento; a recomendarao é que o obreiro seja moderado. A Igreja, o Corpo de Cristo, precisa contemplar em seu lider sinais claros do fruto do Espirito, tais como autocontrole, mansidao, bondade e amor. Estas caracteristicas denotam idoneidade moral e maturida- de espiritual. A mesma postura moral que © pastor atesta aos fiéis deve ser demonstrada, igualmente, aos infiéis (1 Tm 3.7). 3. Exemplo para a familia. Nao podemos esquecer que antes de ser exemplo para igreja local, e com os de fora, 0 ministro do Evangelho, em primeiro lugar, deve ser 0 exemplo para a sua propria familia — sua pri- meira comunidade e igre): a propria casa com modéstia e equili brio, criando seus filhos com respeito (1 Tm 3.4), € 0 testemunho que toda a familia crist deseja experimentar na convivéncia sadia com o pastor que é esposo, pai e av. Portanto, todo obrei- ro deve cuidar bem do seu lar, pois sem 0 devido respaldo deste, o seu ministério jamais tera credibilidade. Ill - O MINISTERIO PASTORAL 1. A misséo do pastor. 0 termo pastor (do gr. poimen) no Novo Testamento tem o significado de “apascentador de ovelhas”. De acordo com esta definicao podemos afirmar que a principal missao de um ministro é cuidar das pessoas que receberam Cristo como Salva- dor, dando-lhes alimento espiritual através do ensino da Palavra de Deus, como encontramos no livro do profeta Isaias (Is 40.11). O verdadeiro pastor cuida das ovelhas com zeloso. amor e compaixao, entregando-se totalmente as suas demandas. Ligdes Bisuicas 43 Pols 0 ministério envolve o ensinamen- administrador eclesiastico dos bens @ recursos humanos disponiveis para toda boa obra da igreja local. Esta sob rebanho e nao 0 poupavam (34.3); 13.20, esta diretamente ligada a qué? 2. Uma missao polivalente. A | Tito quando da sua instrucao pastoral missdo pastoral também é multipla, | ao jovem obreiro, que este retivesse “firme a fiel palavra, que é conforme a to, oaconselhamento, a evangelizacao | doutrina, para que seja poderoso, tan- e misses, bem como a pregacao | to para admoestar com a sa doutrina expositiva da Palavra de Deus, queéo | como para convencer os contradizen- seu mais importante empreendimento. | tes. Porque ha muitos desordenados, Para além dessas responsabilidades,o | faladores, vaos e enganadores [...] aos pastor age como o bom conciliador e | quais convém tapar a boca” (Tt 1.9-11). CONCLUSAO © dom ministerial de pastor os seus cuidados a gestdo eficiente e | é concedido aqueles a quem Deus honesta dos bens materiais, patrimo- | chama para servir ao seu precioso niais e das finangas da igreja local. rebanho, a Igreja de Jesus. Esta acha- 3. O cuidado contra os falsos | -se espalhada nas igrejas locais que Pastores. Quando Deus levantou | reuinem crentes oriundos de todos Ezequiel como profeta de Israel, Ele | os lugares do mundo. Eles estao sob ordenou-lhe que repreendesse os _ os cuidados de lideres para serem pastores infiéis da nado. 0 Altissimo | alimentados com a Palavra de Deus. considerava como falsos pastores os | O objetivo do ministério pastoral é que apascentavam a si mesmo e no | fazer com que o rebanho do Senhor as ovelhas (Ez 34.20); exploravam o cresca na graca e no conhecimento io | do Evangelho de nosso Salvador (2 demonstravam amor pelas ovelhas, | Pe 3.18). Portanto, o pastor precisa fazendocom queelas sedispersassem | da graca divina para nao fracassar (34.4-6). O proprio Deus é contra os | em seu ministério. Oremos pelos pas- falsos pastores (Ez 34.8-10)! Ele inspi- | tores, compreendamos as suas lutas rou 0 apéstolo Paulo a escrever para | e os apoiemos com amor e carinho. RESPONDA 1. A expresso “grande Pastor das ovelhas”, que aparece em Hebreus pode ser. 2. De acordo com a li¢ao, relacione as caracteristicas do verdadeiro pastor. 3. Segundo o texto biblico de | Timoteo 3.2,3, cite o que o pastor néo 4. Qual é 0 significado do termo “pastor” no Novo Testamento? 5. Qual é a principal missao de um tinea A4 LicOts BiBLicas Ligao 10 8 de Junho de 2014 © MINISTERIO DE MESTRE ou DOUTOR Rr ‘De modo que, tendo diferentes dons, segun do a graca que nos é dada: [...] se é ensinar, haja dedicacdo ao ensino” (Rm 12.6,7). LEN gunda ~ At 13 Doutores na igreja erca ~ 1 Co 12.29 Nem todos sao doutores Quarta - 1 Tm 1.6,7 Doutores sem entendimento 2 Falsos doutores A responsabilidade do mestre Jesus, o mestre por exceléncia LEITURA BIBLICA EM CLASSE Mateus 7.28,29; Atos 13.1; Romanos 12.6,7; Tiago 3.1 Mateus 7 28 - E aconteceu que, concluindo Jesus este discurso, a multiddo se admirou da sua doutrina, 29 - porquanto os ensinava com auto- ridade e nao como os escribas. Atos 13 1 - Na igreja que estava em Antioquia havia alguns profetas e doutores, a sa ber: Barnabé, e Simedo, chamado Niger, e Lucio, cireneu, e Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo. Romanos 12 6 - De modo que, tendo diferentes dons, segundo a graca que nos é dada: se é profecia, seja ela segundo a medida da fé; 7 - se é ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedica¢ao ao ensino; Tiago 3 1 - Meus irmdos, muitos de vos ndo sejam mestres, sabendo que recebe- remos mais duro juizo. 16 | BiB INTRODUCAO O ministério do ensino da Pala- vra é primordial para a igreja exercer © discernimento no que tange ao tempo em que vive (culturas, teolo- gia, filosofias etc.). Tao importante € a funcdo do mestre na igreja que as Escrituras declaram o quanto ele deve esforcar-se intelectualmente para exercer tao nobre tarefa (Rm 12.7; 1 Tm 4.13). € uma tarefa im- portante e indispensdvel que exige muito de quem a desempenha. 1 - JESUS, O MESTRE POR EXCELENCIA 1. O mestre da Galileia. Dou- tor incomparavel, “percorria Jesus toda a Galiléia, ensinando nas suas sinagogas, e pregando o evangelho do Reino [...]" (Mt 4.23). No ministé- rio terreno, seus sermdes, ensinos e discursos eram inflamados pelo amor as pessoas. Diferente dos escribas, Ele ensinava como quem tinha autoridade (Mt 7.28,29). A ver- dade emanava da pessoa de Jesus! Os que o ouviam so tinham duas opcdes: ama-lo ou odia-lo. Era im: possivel ouvi-lo e ficar indiferente. Jesus transtornava a consciéncia do acomodado e aquietava 0 corac¢ao do perturbado. 2. O mestre divino. Em visita a Jesus, um mestre da Lei chamado Nicodemos, educado nas melho- res escolas religiosas de Israel e grande conhecedor das Escrituras hebraicas, reconheceu em Jesus um personagem incomum de seu tempo Uo 3.1,2). Esse mesmo fariseu, que era principe dos judeus, afirmou que o Nazareno nao poderia fazer © que fazia se Deus nao fosse com Ele. Jesus ¢ chamado Mestre cerca de quarenta e cinco vezes ao longo do Novo Testamento. 3. O mestre da humildade. A fim de ensinar os discipulos acerca da humildade, Jesus “levantou-se da ceia, tirou as vestes e, tomando uma toalha, cingiu-se. Depois, pos Agua numa bacia e comecou a lavar os pés aos discipulos e a enxugar- -Ihos com a toalha com que estava cingido” (Jo 13.4,5). Que cena cho- cante para os judeus! A pergunta de Pedro descreve essa perplexidade (v.6). Era inimaginavel um mestre encurvar-se para lavar os pés de pessoas leigas. Jesus era um mestre e deu o exemplo aos discipulos. O Emanuel, “Deus conosco”, encur- vou-se diante dos homens! Isso se deu porque o ensino de Jesus nao era mero discurso, mas “espirito e vida" Yo 6.63). Ele nos convida a fazer 0 mesmo: “Vés me chamais Mestre e Senhor e dizeis bem, por- que eu o sou. Ora, se eu, Senhor e Mestre, vos lavei os pés, vos deveis também lavar os pés uns aos ou- tros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, facais vés também” (Jo 13.13-15). Il - O ENSINO DAS ESCRITU- RAS NA IGREJA DO PRIMEIRO SECULO 1. Uma ordem de Jesus. An- tes de ascender aos céus, de modo solene Jesus determinou aos seus discipulos que ensinassem “todas as nacées [...] a guardar todas as coisas” que Ele tinha ordenado (cf. Mt 28.19,20). O livro de Atos re- gistra a obediéncia dos primeiros apéstolos no cuidado de cumprir a determinacao de Jesus. Apés a descida do Espirito Santo (At 2.1-6), 0 discurso de Pedro foi um verda- REFLEXAO 2 ada ed en rs Tet deiro ensino proferido no poder do Espirito Santo (At 2.14-40). Tendo em vistaa plena edificacao da Igreja na Palavra, 0 Senhor Jesus, através do Espirito Santo, dotou alguns de seus servos com o dom ministerial de mestre ou doutor (Ef 4.11). Esse dom é uma capacitacdo sobrenatu- ral do Espirito. Isso nao significa, porém, que devemos descuidar de nossa formacao intelectual, pois o preparo para o ensino passa pela capacidade de aprender para pos- teriormente ensinar. 2. Adoutrina dos apéstolos. O texto de Atos 2.42 informa-nos que os primeiros convertidos “perse- veravam na doutrina dos apéstolos, na comunhao, e no partir do pao, e nas orag6es”. Além disso, acrescenta que em “cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apdstolos” (v.43). A “doutrina dos apéstolos” aqui referida trata-se do conjunto de ensinos de Cristo ministrados por eles de forma cons- tante e eficaz para o crescimento integral dos novos crentes. 3. Ensinamento persistente. Os pi ros mestres das Escrituras foram os integrantes do Colégio Apostdlico (At 5.42, cf. vv.40,41). A Igreja comecou nas casas, onde © ensino era ministrado a peque nos grupos nos lares. Falando aos anciaos de Efeso, 0 apdstolo Paulo mostrou-se como um verdadeiro mestre que ensinava “publicamente e pelas casas, testificando, tanto, Ligdrs Bisucas 47 aos judeus como aos gregos, a conversdo a Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo” (At 20.20,21). Deus havia preparado homens para ensinar e levantado “doutores” na igreja em Antioquia (At 13.1). O Pai Celestial igualmente deseja levantar mestres em sua igreja. Vivemos dias em que este ministério nunca foi tao necessario. Il - A IMPORTANCIA DO DOM MINISTERIAL DE MESTRE 1, Uma necessidade urgen- te da igreja. Para o ministério de ensino ser eficaz na igreja local é preciso haver pessoas vocaciona- das. Nao sao todas que reinem informagoes exegéticas, historicas e literarias da Biblia, aplicando-as como é necessario. Deus concedeu @ sua igreja mestres, e preciso que ela invista neles também. Muitas vezes, por absoluta falta de preparo dos obreiros, predominaa superficialidade biblica, a infanti- lidade “espiritual” e o aumento do engano promovido pelas astucias dos falsos mestres (2 Pe 2.1). Esse dom do Senhor é para a igreja ama- durecer em todas as dimensGes da vida cristé, ao mesmo tempo em que desmascara os falsos ensinos (Ef 4.14; Os 4.6). 2. A responsabilidade de um discipulado continuo. Es- tamos acostumados a pensar que © discipulado termina quando o novo convertido € batizado. Nao ha nada mais equivocado! O Senhor Jesus chamou-nos para ser os seus discipulos por toda a vida. Por isso, quem ensina instrui os crentes paraa maturidade da fé. E um aprendizado diario, permanente e continuo, tanto para quem é discipulado quanto para quem esta discipuland: 18 Licdes Bipuicas 3. Requisitos necessarios ao mestre. Apresentaremos alguns requisitos importantes para a igreja reconhecer pessoas com o dom mi- nisterial de mestre em nossa época: a) Um salvo em Cristo, Nao pode haver duvidas quanto a propria experiéncia salvifica por parte do vocacionado para o ministério do ensino (2 Tm 2.10-13). Infelizmente ha pessoas que nao creem naquilo que ensinam. Assim, ndo ha verdade nem firmeza nelas. b) O habito de ler. Em nosso pais, a leitura é um problema cul- tural. Se as pessoas leem pouco, a igreja pouco lera. Entretanto, como ensinaremos se nao lermos? O ha- bito da leitura era levado a sério no ministério do apostolo Paulo (1 Tm 4.13; 2 Tm 4.13). ©) Preparo intelectual. A Biblia € o instrumento de trabalho do ensinador cristaéo. Considerando este livro milenar, veremos que a cultura e © mundo da Biblia sao diferentes do nosso. Por isso, o mestre deve compreender o mundo da Biblia (suas quest6es culturais, linguisticas, exegéticas etc.) para nao fazer apelacdes fantasiosas, apresentando-as como exposicao da Palavra de Deus. d) Um coracao em chamas. Mar- tin Loyd-Jones dizia que a verdadeira pregacao era teologia em fogo. € vontade de Deus que 0 vocacio- nado ao ensino utilize os avancos das ciéncias biblicas para pregar a Palavra de Deus na forca do Espirito Santo. Precisamos alcancar as men- tes e os coracées dos nossos dias, e isto apenas sera possivel quando tivermos obreiros com uma mente bem preparada e conectada a um “coracdo em chamas" e apaixonado por Jesus (At 3.12-26). CONCLUSAO € preciso desfazer a ideia propagada ao longo de décadas acerca do preparo intelectual do crente. Nao é verdade que neces sariamente ele esfriara na fé se estudar. Se fosse assim Paulo seria o mais frio dos apéstolos do Novo Testamento, pois nao havia obrei RESPONDA 1. Quais eram as duas opcGes de quem ouvia o Mestre dos mestres? ro mais bem preparado que ele (At 17.15-34; Tt 1.12). Este, no entanto, soube conjugar preparo intelectual e poder do alto. £ disso que as nossas igrejas precisam: homens cheios do Espirito, mas do mesmo modo, com a mente iluminada para responder, com mansidao e temor, a razdo da nossa esperanca (1 Pe 3.15). 5. O que € necessario para que 0 ministério de ensino na Igreja seja eficaz? Ng Licdes Bisucas 49 Ligao 11 15 de Junho de 2014 O PRESBITERO, BISPO ou ANCIAO TEXTO AUREO “Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbiteros |...J" (Tt 1.5). WS Ca UL eaN Peo raes Ty CEO Cu Eon eed eae a yreja local. LEITURA DIARIA Segunda -Tt 1.5 O estabelecimento dos Presbiteros Terca - Tg 5.14 Homens espirituais Quarta - 1 Tm 4.14 A acao do presbitério Quinta - 1 Pe 5.1,2 Presbiteros apascentadores Sexta Pe 5.3 Como exemplo do rebanho Sabado - Tt 1.5,7 Bispo - Outro nome para presbitero LEITURA BIBLICA EM CLASSE Tito 1.5- Tito 1 5 - Por esta causa te deixei em Creta, para que pusesses em boa ordem as coisas que ainda restam e, de cidade em cidade, estabelecesses presbite- ros, como ja te mandei: 6 - aquele que for irrepreensivel, ma- rido de uma mulher, que tenha filhos fiéis, que nado possam ser acusados de dissolucdo nem sdo desobedientes. Pedro 5.1-4. 7 - Porque convém que o bispo seja ir- repreensivel como despenseiro da casa de Deus, nao soberbo, nem iracundo, nem dado ao vinho, nem espancador, nem cobicoso de torpe gandncia; 1 Pedro 5 1 - Aos presbiteros que estdo entre vos, admoesto eu, que sou também presbitero com eles, e testemunha das aflicées de Cristo, e participante da gloria que se ha de revelar: 2 - apascentai o rebanho de Deus que estd entre vos, tendo cuidado dele, nao por forca, mas voluntariamen- te; nem por torpe gandncia, mas de Gnimo pronto; 3.- nem como tendo dominio sobre a heranca de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. 4-E, quando aparecer o Sumo Pastor, alcancareis a incorruptivel coroa de | gloria. INTRODUCAO No Inicio da Igreja do primeiro século havia lideres que orientavam 0s crentes quanto ao Evangelho, bem como a organizacao e desenvol- vimento da igreja local. O Evangelho frutificou na vida das pessoas, e por isso, surgiam cada vez mais novos | crentes, Foi necessario, a fim de ga- rantir 0 discipulado integral da nova pessoa em Cristo, separar crentes id6neos e maduros na fé para cuida- rem desse precioso rebanho. Assim, 0s apéstolos de Cristo passaram a estabelecer presbiteros para zelar pelaadministracdo ea vida spiritual da igreja local. 1- A ESCOLHA DOS PRESBITEROS 1. Significado da funcao. De acordo com a Biblia de Estudo Palavras-Chave, 0 termo “presbite- ro” (do gr. presbyteros) € uma for- ma comparativa da palavra grega presbys, “pessoa mais velha". Como substantivo, e no emprego dos ju- deus e cristaos, “presbitero” é um titulo de dignidade dos individuos experientes e de idade madura que formavam o governo da igreja local. E um sinénimo de bispo (gr. episko- pos, supervisor); de professor (gr. didaskolos); e de pastor (gr. poimén). 2. A lideranca local. O aposto- lo Paulo cuidou de organizar a admi- nistracao das igrejas locais por onde as plantava, separando um grupo de obreiros para tal trabalho. Quando escreve ao seu discipulo, o jovem Tito, Paulo o instrui a estabelecer presbiteros em diversos lugares, de cidade em cidade (Tt 1.4,5,7). Esta claro, assim, 0 aspecto pastoral da —~ Ors Bisuicas 5h REFLEXAO funcao exercida pelos presbiteros nas comunidades cristas antigas. 3. As qualificacées. Em o Novo Testamento, as referéncias aos presbiteros encontram-se no plural: “presbiteros’, “bispos” ou “anciaos” {At 11.30; 15.. ; 20.17; Tg 5.14; 1 Pe 5.1). Como a lideranca local era formada por um grupo de irmaos experientes na fé para cuidarem da igreja, a funcao dos presbiteros era pastoral. Portanto, o presbitero é um pastor, um apascentador de ovelhas! A Palavra de Deus expressa qualificacées bem objetivas para © exercicio fiel dessa funcao. Tais qualificacdes estao descritas em Tito 1.6-9 para presbitero, assim como em | Timéteo 3.1-7 para “bispo", denotando o aspecto sinonimico dos dois termos. Uma leitura atenta das duas listas indica a importancia da funcao e como as igrejas nado podem descuidar-se quando da ordenacao de pessoas para servi-la. O bom conselho do apéstolo Paulo ainda éa maneira mais segura para se separar obreiros. A IMPORTANCIA DO PRESBITERIO 1. Significado do termo. “Nio desprezes 0 dom que ha em ti, o qual te foi dado por profecia, coma imposi¢do das maos do presbitério” (1 Tm 4.14). Foi dessa forma que o apéstolo Paulo lembrou Timéteo, 32 Licdes Bisucas aconselhando-o acerca do reconheci- mento do ministério do jovem pastor pelo conselho de obreiros. 0 Novo Testamento classifica esse corpo de obreiro de “presbitério” (do gr. pres- byterion, substantivo de presbitero, um conselho formado por anciaos da igreja crista). 2. A atuacdo do presbitério. No Concilio de Jerusalém, em relacao As sérias questées étnicas e eclesi- Asticas que podiam comprometer a expansao da igreja, os apdstolos e OS ancidos (presbiteros) foram cha- mados para debater e legislar sobre © assunto (At 15.2,6,9-11). Em segui- da, os presbiteros foram enviados @ Antioquia para orientar os irmaos sobre a resolucdo dos problemas que perturbavam os novos convertidos: “E, quando iam passando pelas ci- dades, Ihes entregavam, para serem observados, os decretos que haviam sido estabelecidos pelos apdstolos e ancidos em Jerusalém” (At 16.4). 3. A valorizacdo do presbi- tério. O presbitério deve ser valori- zado, pois desde os primdrdios da Igreja crista, a sua existéncia tem fundamento na Palavra de Deus. O rebanho do Senhor sera ainda mais bem atendido se o presbitério das nossas igrejas for preparado para uma atuacao mais efetiva no governo da igreja e no ministério de ensino, tal como instruiu o apéstolo Paulo: “Os presbiteros que governam bem sejam estimados por dignos de du- plicada honra, principalmente os que trabalham na palavrae na doutrina’ (1 ‘Tm 5.17). O Novo Testamento mostra que, apesar de haver um pastor titu- lar, © governo de uma igreja nao era exercido por um unico lider, mas pelo conselho de obreiros (At 20.17-37; Ef 4.11, | Pe 5.1). O presbitério é de vital importancia ao desenvolvimento das igrejas locais e ao bom ordenamento do Corpo de Cristo. OS DEVERES DO PRESBITERIO 1, Apascentar a igreja. Os presbiteros tém o dever de alimentar © rebanho de Deus com a exposicao da Santa Palavra. O apostolo Pedro bem exortou aos presbiteros da sua época acerca desta tarefa: (1 Pe 5.2a). O apascentar as ovelhas do Senhor se da com cuidado pastoral, nao pela forca ou violéncia, como se os obreiros tivessem dominio sobre o Corpo de Cristo. Esse ato ocorre voluntariamente, sem interesse financeiro, servindo de exemplo ao rebanho em tudo (1 Pe 5.2,3). Os presbiteros formam o conselho da igreja local cujo objetivo maior é atuar na formacao espiritual, social, moral e familiar do povo de Deus. 2. Liderar a igreja local. A lideranca da igreja local tem duas esferas principais de atuacdo: o governo e 0 ensino. O presbitero, quando designado para essas ta- refas, tem o dever de exercé-las na "Igreja de Deus’ (1 Tm 3.5). Para isso, ele precisa saber “governar a sua prépria casa” e ser “apto a ensinar” (1 Tm 3.2,4). Liderar o rebanho de Deus, segundo o Novo Testamento, é estar disponivel “para servir" e “nado para ser servido” (Mt 20.25-28; Mc 10.42-45). Com 0 objetivo de exer- cer competentemente esta funcao, © presbitero deve ser uma pessoa experiente, idénea e pronta a ser exemplo na igreja local. Ensinar e governar com equidade e seriedade é 0 maior compromisso de todo homem de Deus chamado para tao nobre tarefa, 3. Ungir os enfermos. “Esta alguém entre vés doente? Chame os presbiteros da igreja, e orem sobre ele, ungindo-o com azeite em | nome do Senhor” (Tg 5.14). O ato da uncado dos enfermos nao pode ser banalizado na igreja local. Ele reve. la a proximidade que o presbitero deve ter com as pessoas. 0 membro da igreja local tem de se sentir a vontade para procurar qualquer um dos presbiteros e receber oracdo ou uma palavra pastoral. Tal obreiro foi separado pelo Pai e pela igreja para atender a essas demandas. CONCLUSAO Vimos que os termos presbite- ro, bispo e pastor sao sindnimos. Os presbiteros, ou bispos, sempre formaram um corpo de obreiros com a finalidade de contribuir para a edificacdo da igreja local. Eles exercem uma funcdo pastoral. Nas Assembleias de Deus no Brasil, os presbiteros exercem este servico, pastoreando as congregacoes Fles ainda cuidam da execucao das principais tarefas da Igreja: a evan- gelizacaéo e o ensino da Palavra. Portanto, esses obreiros precisam ser bem selecionados e valorizados pela igreja local. LigGes Bisuicas 53 RESPONDA 1. Segundo a liao, o que é um presbitero? 2. Qual € 0 significado do termo “presbitério"? 3. Relacione os deveres dos presbiteros. 4, Quais sao as duas esferas principais de atuacao da lideranca da igreja local? 5. Qual € o maior compromisso de todo homem de Deus chamado para ser presbitero? VOCABULARIO Sinonimia: Qualidade das palavras sinénimas; de re- lagao de sentido entre dois vocabularios que tem signi- ficacdo muito préxima. Etnica: Relativo a etnia; pertence ou proprio de um povo. ee Ligao 12 “Porque os que servirem bem como diéconos adquirirdo para si uma boa posi¢ao e muita confianca na fé que hd em Cristo Jesus” (1 Tm 3.13). LEITURA DIARIA Segunda - Fp 1.1 Auxiliares dos lideres da igreja local roa - At6.1-5 Homens exemplares Quarta - At 6.6 Separados com imposicao de maos Quint 1 Tm 3.12 Bons lideres no lar s a Tm 3.13 Chamados para servir bado - Mt 20.26-28 Jesus veio para servir s weer = Pegruna BIBLICA EM CLASSE 1 Timoteo 3.8-13 1 Timéteo 3 8 - Da mesma sorte os didconos sejam honestos, ndo de lingua dobre, nao dados a muito vinho, nao cobicosos 1 de torpe gandncia, 9 - guardando o mistério da fé em uma pura consciéncia. 10 - E também estes sejam primeiro provados, depois sirvam, se forem irrepreensiveis. 11 - Da mesma sorte as mulheres se- Jam honestas, ndo maldizentes, sébrias @ fidis em tudo. 12 - Os didconos sejam maridos de uma mulher e governem bem seus filhos e suas proprias casas. 13 - Porque os que servirem bem como didconos adquirirdo para si uma bog posicao e muita onfanen hd em Cristo Jesus. na fé que 6 Ligdes Bisuicas INTRODUCAO No primeiro século da era crista, a Igreja cresceu sob 0 avi- vamento do Espirito e expandiu-se pelo mundo. Na mesma medida em que cresceu, surgiram também problemas na esfera social, deman- dando urgentes providéncias. Por uma sabia e unanime decisdo, em assembleia, a igreja de Jerusalém escolheu sete homens de moral ilibada e cheios do Espirito Santo, para administrarem esse “impor- tante negdcio” (At 6.3). Nesta licéo estudaremos esse importante mi- nistério de servico que, por causa de uma crise étnica na igreja, levou 0s apéstolos a propor medidas que serviram de base para instituir a funcdo diaconal. Esta, até hoje, faz parte do ministério ordenado pelas igrejas cristas. 1- A DIACONIA DE JESUS CRISTO 1, Significado do termo. O termo grego diaconia significa “mi- nistério” ou “servigo". A vida inteira de Jesus aqui na Terra demonstrou o verdadeiro sentido da diaconiaem todos os seus aspectos. Na realida- de, seu ministério terreno eviden- ciou 0 quanto Ele foi “apéstolo da nossa confissao” (Hb 3.1), profeta (Le 24,19), evangelista (Le 4.18,19), pas- tor Jo 10.11), mas principalmente, didcono por exceléncia (Mt 20.28). O apéstolo Paulo disse que Jesus, “sendo em forma de Deus, nao teve por usurpacao ser igual a Deus. Mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se se- melhante aos homens" (Fp 2.6-7). Segundo a Biblia de Estudo Palavras- -Chave, a expressao “tomando a forma de servo" denota o sentido de uma condicao humilde. 2. Servico de escravo. Na vés- pera da sua crucifica¢do, o Senhor Jesus reuniu os seus doze discipulos para comer a ultima cela. Tomando uma toalha e uma bacia com agua, ele comecou a lavar os pés dos dis- cipulos, um aum (Uo 13.4,5). Nao ha atitude mais comovente do nosso Senhor como o relato do lava-pés, demonstrando servico, exemplo e humildade. A “diaconia da toalha e da bacia” é a convocagao cristo- céntrica para uma vida de servico humilde Uo 13.12-17). 3. O discipulo é um servical. Certa vez, Tiago e Joao pediram ao Senhor lugares de destaques, “a direita” e “a esquerda’” de Jesus, quando da implantacao do seu Reino (Mc 10.35-37). Os discipulos ainda nao haviam compreendido a mensagem de Jesus. A proposta do Nazareno nunca foi ade estabelecer uma hierarquia de poder temporal para a sua igreja, mas a de servico conforme demonstra sua resposta a eles: “entre vds nao sera assim; antes, qualquer que, entre vos, qui- ser ser grande sera vosso servical [diakonos}. € qualquer que, dentre vés, quiser ser o primeiro sera servo de todos. Porque o Filho do Homem também nao veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10.43-45). I-A INSTITUICAO DOs DIACONOS 1. © conceito da funcdo. A palavra diacono (gr. diakonos), se- gundo 0 Diciondrio Vine, refere-se aquele que presta trabalhos volun- tarios aludindo aos exemplos dos criados domésticos dos tempos do Novo Testamento. O termo destaca, em especial, a funcao de um mestre ou de um pastor cristao, entrela- ¢ando o sentido técnico do diacono ou diaconisa. Outra palavra grega relacionada a “diacono” é doulos. Esta refere-se a “um servo” ou “um. escravo" (Mt 13.27,28; Jo 4.51). Por- tanto, a ideia preponderante que a funcao do diacono remonta é a do servico voluntario prestado, pelo “ministro’, 0 “servo” ou o ‘assisten- te’, para a alguém. 2. Origem do diaconato. “A béncao", “problema” e “reivindi- cacao” so palavras-chave para 0 advento do ministério formal dos diaconos em o Novo Testamento. A bén¢do foi o extraordinario cresci- § mento da igreja local em Jerusalém. A questdo étnica causada pela situ: aco social de muitos que aceitavam a fé, especialmente envolvendo vit- vas judias de fala hebraica e as de fala grega (At 6.1), era 0 problema. A reivindicacao pode ser vista na manifestacao verbal destas viuvas que, sentindo-se injusticadas pelo que elas interpretaram ser uma for- ma de discriminacao dos lideres da igreja de Jerusalém, cobraram sua assisténcia (At 6.1). 3. A escotha dos diaconos. Para resolver o impasse, orando e impondo-lhes as maos, os apdsto- los separaram sete irmaos de boa reputaco, cheios do Espirito Santo ede sabedoria para administrar uma questao étnica e social (At 6.2-7). Foi uma decisao de cardter pacificador e de muito bom-senso para a igre: ja nao se perder em permanentes desentendimentos. O objetivo era estimulé-la a resolver a questo re- conhecendo 0 caminho equivocado antes aderido pelos lideres até aque- le momento. Assim, eles puderam, LigdtsBiauicas 57 Cormac ae executar as mudancas necessarias e resolveram uma questao que po- deria trazer sérios problemas paraa igreja de Jerusalém. Il - O PERFIL E FUNCAO DO DIACONO j 1. Qualificagées do diacono. As qualificacdes dos diaconos des- critas no livro de Atos e na primeira carta a Timéteo revelam que em nada elas diferem da atribuicao ética exigida aos bispos (1 Timéteo e Tito). a) Cardter moral (1 Tm 3.8). Os didconos devem ser pessoas honra- das, dignas, corretas e integras. Nao pode haver “lingua dobre” neles, isto @, a sua palavra deve ser sim, sim e nao, nao. A ganancia por dinheiro tem de passar longe da sua vida, pois sua funcdo é exatamente a de executar trabalhos administrativos da igreja local, como auxiliar nas tarefas do culto e acompanhar as vi- tavas e os pobres da Igreja do Senhor. b) Cardter espiritual (1 Tm 3.9,10). Ter a plena conviccado do que é crer no Evangelho. O didcono guarda a revelacdo de Deus que esta em Cristo Jesus, 0 nosso Senhor (cf. Rm 16.25). Por isso, a lideranca e a igreja local devem avaliar 0 candidato ao diaco- nato levando em conta o seu carater moral e espiritual. ©) Cardter familiar. 0 candidato deve ser marido de uma mulher, fiel @ sua esposa e bom pai. A exemplo dos bispos, os diaconos devem ser zelosos com o seu lar, amar as suas esposas com amor sacrifical. De- vem respeitar os seus filhos, para obterem deles o mesmo respeito. O 58 Licdes Bisuicas “servico" do diacono a sua familia re- velara como ele servird a igreja local. 2. A funcaéo dos diaconos em Atos 6. Quando foram institui- dos didconos, setes homens de fala grega foram separados para assistir socialmente as vitivas: tanto as de fala hebraica como as de fala grega. Os diaconos nao podiam permitir que houvesse injusticas de carater social na igreja do primeiro século. A funcao do diaconato era fundamen- talmente de carater social. 3. A funcao dos diaconos hoje. Atualmente, a funcado primor- dial do diacono é auxiliar a igreja local através das orientacgdes do seu pastor em atividades ligadas a visitar os enfermos, os necessitados eos desviados, bem como cuidar das tarefas espirituais ligadas ao culto, como a distribuir os elementos da Ceia do Senhor, recolher as contri- buicdes paraa manutencao da igreja local (dizimos e ofertas) e auxiliarna ordem e na seguranca da liturgia do culto, bem como de outras tarefas ja mencionadas. CONCLUSAO O diaconato foi instituido pelos apéstolos de Cristo quando a comu- nidade crista cresceu e precisou ter pessoas que pudessem resolver ques- t6es relacionadas a problemas sociais que demandavam atencao e cuidado. Hoje, os didconos servem a igreja e a Deus em trabalhos diferentes, ea lideranca das igrejas locais deve va- lorizar 0 seu trabalho e reconhecé-los como excelentes servidores do Reino de Deus, pois, no sentido lato, todos somos didconos da Igreja de Deus. 8 Cr | a RESPONDA 1. Qual é 0 significado do termo grego “diaconia"? 2. Qual € o significado da “diaconia da toalha e da bacia"? 3. Quais sao as qualificacdes para o diaconato? 4. Qual é a funcao dos diaconos em Atos 6? 5. Qual é a funcdo dos diaconos hoje? VOCABULARIO Lato: De grande amplitude; nao restrito, largo, extenso. Ligdes Bisucas 59 Li¢do 13 29 de Junho de 2014 . A MULTIFORME SABEDORIA DE DEUS TEXTO AUREO _ Para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos prin cipados e potestades nos céus” (Ef 3.10). Deus da sabedoria ¢ 9.10 O principio da sabedoria Quarta-Rm 11 A insondavel sabedoria divina Quinta -Rm 11 6 Quem compreendeu o intento divino Sexta-1 Col Cristo, a Sabedoria de Deus O espirito de sabedoria e revelacao LEITURA BIBLICA EM CLASSE Efésios 3.8-1 Pedro 4.7-10 Efésios 3 8 - A mim, o minimo de todos os santos, me foi dada esta graca de anunciar entre os gentios, por meio do evangelho, as riquezas incompre- ensiveis de Cristo 9 - e demonstrar a todos qual seja a dispensacao do mistério, que, desde os séculos, esteve oculto em Deus, que tudo criou; 10 - para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potesta- des nos céus, 1 Pedro 4 7 - E ja esta proximo o fim de todas as coisas; portanto, sede sdbrios e vigiai em oracao. 8 - Mas, sobretudo, tende ardente amor uns para com os outros, porque o.amor cobriré a multiddo de pecados, 9 - sendo hospitaleiros uns para os outros, sem murmuracées. 10 - Cada um administre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graca de Deus. INTRODUCAO OAlltissimo revelou para a Igreja um mistério oculto desde a fundacao do mundo. Pelo Espirito Santo, o Senhor trouxe luz para 0 seu povo usando os “seus santos apdstolos e profetas” para mostrar que esse mistério é Cristo em nds, a esperanca da gloria. Era a multiforme sabedoria do Pai manifestando-se para pessoas simples como eu e voce. 1- OS DONS ESPIRITUAIS E MINISTERIAIS 1. Sao diversos. Na passagem biblica de 1 Corintios 12.8-10 sao mencionados nove dons do Espirito Santo. Ha outros dons espirituais noutras passagens da Biblia jé men- cionados em li¢des anteriores deste trimestre, como Romanos 12.6-8; | Corintios 12.28-30; | Pedro 4.10,11 e Hebreus 2.4. Sao dons na esfera congregacional. Em Efésios 4.7-I1 e2 Timoteo 1.6 vemos dons espirituais na esfera ministerial da Igreja. 2. Sado amplos. A sabedoria de Deus é multiforme e plural. E manifes: taem seus dons espirituais e ministe- riais nas mais variadas comunidades cristas espalhadas pelo mundo. 3. Dadivas do Pai. Outras excelentes dadivas de Deus dispen sadas a sua Igreja para comunicar 0 Evangelho a todos, sao: a) A dédiva do amor. A grande manifestacao de amor do Altissimo para com a humanidade foi enviar 0 seu Filho Amado para salvar 0 mun- do Uo 3.16). Este amor dispensado por Deus desafia-nos a que amemos 405 nossos inimigos € ao proximo, isto é, qualquer ser humano carente da graca do Pai Jo 1.14). Ligdes Bisuic ¢ REFLEXAO fae ee cutee tc) b) A dédiva da filiacéo divina. Deus torna um filho das trevas em filho de Deus (Jo 1.12; | Pe 2.9). Ea graca do Pai indo ao encontro da pes- soa, tornando-a membro da familia de Deus (Ef 2.19). ©) O ministério da reconciliacao. O apostolo Paulo explica o milagre da salvacao como resultado do “ministério da reconciliagao” (2 Co 5.19). Todo ser humano pode ter a esperanca de salvacao eterna, mas de salvacéo agora também. Quem esta em Cristo € uma nova ura @ 0 resultado disto é que Deus faz tudo novo em sua vida (2 Co 5.17). ll - BONS DESPENSEIROS DOS MISTERIOS DIVINOS 1. Com sobriedade e vigilan- cia. O despenseiro deve administrar a igreja local, retirando da “despensa divina” o melhor alimento para o rebanho. Paulo destaca a sobriedade ea vigilancia do candidato ao episco- pado como habilidades indispensa- veis ao exercicio do ministério (1 Tm 3.2), Por isso, 0 apdstolo recomenda ao obreiro nao ser dado ao vinho, pois a bebida traz confusio, con- tenda e dissolucdo (1 Tm 3.2 cf. Ef 5.18). O fiel despenseiro 6 0 oposto disso. Nunca perde a sobriedade e a vigilancia em relacdo ao exercicio do ministério dado por Deus. 2. Amor e hospitalidade. Os despenseiros de Cristo tém um “ar- dente amor uns para com 0s outros, porque 0 amor cobriré a multidao de 32 Laces Biruicas pecados" (1 Pe 4.8). Mediante a graca de Deus, 0 obreiro pode demonstrar sabedoria e amor no trato com as pes- soas. Amar sem esperar receber coisa alguma é parte do chamado de Deus para os relacionamentos (1 Jo 3.16). Esta atitude é a verdadeira identidade daqueles que se denominam disci- pulos do Senhor Jesus Jo 13.34,35). Aqui, também entra o carater hos: pitaleiro do obreiro, recomendado pelo apdstolo Pedro (1 Pe 4.9). Isso se torna possivel para quem ama incon- dicionalmente, pois a hospitalidade é acolhimento, bom trato com todas as pessoas — crentes ou nao, pobres ou ricas, cultas ou nao etc. Este € 0. apelo que oescritor aos Hebreus faz a todos os crentes (Hb 13.2,3). 3. O despenseiro deve ad- ministrar com fidelidade. A graca derramada sobre os despenseiros de Cristo tem de ser administrada por eles com zelo e fidelidade. A Palavra de Deus nos adverte: “Cada um ad- ministre aos outros o dom como o recebeu, como bons despenseiros da multiforme graca de Deus” (1 Pe 4.10). Pregando, ensinando ou administran do 0 corpo de Cristo, tudo deve ser feito para a gloria do Senhor, aquem realmente pertence a majestade e o poder (1 Pe 4.11). Paulo ensina-nos ainda que devemos ser vistos pelos homens como “ministros de Cristo e despenseiros dos mistérios de Deus” (1 Co 4.1; Cl 1.26,27), Por isso, os des- penseiros de Deus devem ser fiéis em tudo; “para que, agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potes- tades nos céus” (Ef 3.10). - OS DONS ESPIRITUAIS E O FRUTO DO ESPIRITO 1, A necessidade dos dons espirituais. Os dons espirituais sao indispensaveis a Igreja. Uma onda de frieza e mornidao tem atingido muitas igrejas na atualidade, as quais nao estao vivendo a real presenca e © poder de Deus para salvar, batizar com Espirito Santo e curar enfermi- dades (Ap 3.15-20). Em tal estado, ‘os dons do Espirito sao ainda mais necessarios. £ no tempo de sequidao que precisamos buscar mais e mais a face do Senhor, rogando-Ihe a mani- festacdo dos dons espirituais para 0 despertamento espiritual dos crentes em Jesus (Hb 3.2). 2. Os dons espirituais e © amor cristao. Paulo termina 0 capitulo sobre os dons espirituais, dizendo: “Portanto, procurai com zelo os melhores dons; e eu vos mostrarei um caminho ainda mais excelente” (1 Co 12.31). Em seguida abre o capitulo mais belo da Biblia Sagrada sobre o amor — | Corintios 13. Como ja dissemos, nao é por acaso que 0 tema do amor (capitulo 13) esta entre os assuntos espirituais (capitulos 12 e 14). Ali, 0 apéstolo dos gentios refere-se a varios dons, ensinando que sem o amor nada adianta té-los. 3. Anecessidade do fruto do Espirito. Uma vida crista pautada pela perspectiva do fruto do Espiri- to (Gl 5.22) — 0 amor — é 0 que o nosso Pai Celestial quer a sua Igreja. Uma igreja cheia de poder, que tam: bem ama o pecador. Cheia de dons Lita J6 > 7X0) hes ete oN ga) ar) espirituais, mas que também acolhe 0 doente. Zelosa da boa doutrina, mas em chamas pelo amor fraterno que, como diz Paulo, “é sofredor, 6 benigno; 0 amor nao é invejoso; o amor nao trata com leviandade, nao. se ensoberbece, nao se porta com indecéncia, nao busca os seus inte- resses, nao se irrita, ndo suspeita mal” (1 Co 13.4,5). O caminho do amor é@ mais excelente que 0 dos dons espirituais (1 Co 12.31). CONCLUSAO Amultiforme sabedoria de Deus manifesta-se na igreja através da intervencdo sobrenatural do Espirito Santo e a partir dos dons de Deus necessarios ao crescimento espiritual dos crentes. Sejam quais forem os dons, aqueles que os possuem devern usa-los com humildade e fidelidade, nao buscando os interesses proprios, mas sobretudo o amor, pois sem amor de nada adianta possuir dons. Estes sdo paraa edificacdo dos salvos em Cristo Jesus. Ligdes Bisuicas 63 RESPONDA 1, Segundo a ligao, quais sao as dadivas de Deus dispensadas a sua Igreja para comunicar o Evangelho a todos? 2, Segundo 0 apdstolo Paulo quais habilidades sdo indispensaveis ao exercicio do ministério (1 Tm 3.2)? 5. Sejam quais forem os dons, como aqueles que os possuem devem usa-los?,

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