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NORMA ABNT NBR - BRASILEIRA 15961-1 odlgtio 18.07.2011 Vilida a partir de 18.08.2011 Alvenaria estrutural — Blocos de concreto Parte 1: Projeto ‘Structural masonry — Concrete blocks Part 1: sign Ics 91.080.30 ISBN 976-85-07-02916-8 [Numero de rferéncla Cy ee faasiing ‘ABNT NBR 15961-12011 TECNICAS eee @ABNT 2011 ABNT NBR 15961-1:2011 © ABNT 2011 “Todos 0s direitos reservados. A menos que especiicado de outro modo, nenhuma parte desta publicago pode ser reprodusa ou ulizaca por qualquer mea, eerénico ou mecéno, undo fotocépa micrtime, sem permissao por ‘ABNT. ‘Av Treze de Malo, 13 - 26 andar '20031-901 - Ro de Janeiro - Rl ‘Tol: + 55 21 3974-2300 Fax + 85 21 3074-2346 abnt @abnt.org br wwwabntorg.br ii {© ABNT 2011 -Todos os dros rsorvados ABNT NBR 15961-1:2011 Pretécto. 1 2 Referéncias normativas. 3 Termos ¢ defini¢ées.. 4 ‘Simbolos e termos abreviados. 41 42 43 5 51 Qualidade da estrutura. 52 Qualidade do projeto 534 64 644 612 6.1.3 6.1.4 624 6.22 6.23 6.24 625 7 Seguranga e estados-limite.. 7A Critérlos de seguranga 72 73 74 a4 83 83.1 832 84 85 86 87 (© ABNT 2011 -Tocos o8 rato reservados ABNT NBR 15961-1:2011 88 8.8.1 9.3.1 9.3.3 94 9.4.1 9.42 9.5 9.6 97 97.1 97.2 98 9.8.1 9.82 99 10 10.1 10.1.1 10.1.2 10.1.3 10.2 10.2.1 10.2.2 10.2.3 10.2.4 10.3 1" WA Valores das acées. Valores representatives. Valores reduzidos de ages varisvels.. Valores de céiculo... Hipéteses bésicas. Espessura efetiva.. Segao resistente. Interagéo dos elementos de alvenaria Interag&o para cargas verticais.. Interag&o de paredes em cantos e bordas (L,T e X) Interagdo de paredes através de aberturas Interagéo para ages horizontais Interacao em flanges. Associacéo de paredes Intera¢o entre a alvenaria e estruturas de apoio... Limites para dimensGes, desiocamentos e fissuras.. Juntas de dilatacéo... Juntas de controle. Espessura das juntas horizontals. Deslocamentos-limite .. Dimensionamento. Disposicées gerais. RBERBBERBERERRBRERRRRS ‘© ABNT 2011 - Todos os dees reservasos ABNT NBR 15961-1:2011 11.2 Dimensionamento da alvenaria a compresso simples.. 11.21 Resisténcia de céiculo em paredes. 11.22 — Resisténcia de célculo em pilares. 11.23 Forgas concentradas. 11.3 Dimensionamento de elementos de alvenaria submetidos & flexdo simples 11.31 Alvonarla no armada, 11.32 Alvenaria armada 11.3.3 Segdes retangulares com armadura simples 11.3.4 — Seges com flanges (tlexéo no plano do elemento). 11.3.5 Segdes com armaduras Isoladas (flexéo em plano perpendicular ao do elemento). 11.3.6 Vigas-parede...... 114 —_ Dimensionamento de elementos de alvenaria submetidos ao cisalhamento. 11.4.1 Tensées de cisalhamento, 11.4.2 Verificagdo da resisténcia 11.4.3 Armaduras de cisalhamento .. 11.8 Dimensionamento de elementos de alvenaria submetidos a flexo-compressio. 11.5.1 Introdugdo. 11.5.2 Alvenaria nao armad 11.5.3 Alvenaria armada 12 Disposigdes construtivas e detalnamento 121 Cobrimentos. 122 Armaduras minimas.. 123 Armadura méxima.. 124 —_Diametro maximo das armaduras.. 125 Espagos entre barras. 126 Estribos de pilares 127 Ancoragem., 128 Emendas. 129 Ganchos e dobras.. ‘Anexo A Aaa A32 3.3 Verificagdo de pavimentos em concreto armado.. ‘Anexo B (informativo) Alvenaria protendida Ba (©ABNT 2011 - Todos 00 dros reservados v ABNT NBR 15961-1:2011 8.1.8.1 Deformagao eléstica da alvenaria, movimentagao higroscépica, efeitos térmicos e fluéncia B.1.8.2 Atrito, acomodagao das ancoragens e relaxa¢ao do ago B.1.8.3 _ Tenséo de contato. B.1.8.4 _Ancoragem nos apoi B2 Execugao de alvenaria protendid: Figuras Figura 1 - imperteigdes geométricas globai: Figura 2 — Disperséo de agées verticais. Figura 3 — Definig&o da regio que carrega a viga segundo a regra de dispersdo de cargas, verticals... Figura 4 — Parametros para célculo da espessura efetiva de paredes.. Figura 5 - Comprimento efetivo de flanges. Figura 6 - Cargas concentradas. Figura 7 - Diagrama de tensdes para a alvenaria nao armad: Figura 8 - Diagramas de deformagées e tenses para a alvenaria armada. Figura 9 - Segdes transversais de paredes com flanges. Figura 10—Largura de segdes com armaduras concentrada: Figura 11 — Flexo-compressao ~ Seco retangular.. Figura 12 Momento de 2* ordem. Tabelas Tabela 1 — Propriedades de deformacéo da alvenar Tabela 2— Valores de Ym. ‘Tabela 3 - Valores caracteristicos da resisténcia a trago na flexdo — fy. Tabela 4 — Valores caracteristicos da resisténcla ao cisalhamento em juntas horizontals de paredes (fy)... Tabela 5 ~ Resisténcla caracteristica de aderéncla em func do tipo de barra de ago. Tabela 6 — Coeficientes para redugdo de agdes varisveis. Tabela 7 — Coeficientes de ponderac&o para combinagdes normals de agdes ‘Tabela 8 — Valores do coeficiente é (interpolar para valores intermedidrios) Tabela 9 - Valores maximos do indice de esbeltez de paredes e pllares..... Tabela 10 — Valores méximos de espagamento entre juntas verticals de controle.. Tabela 11 —Valores do coeficiente, vi Prefacio ‘A Associago Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) & 0 Foro Nacional de Normalizagao. As Normas Brasileiras, cujo conteuido 6 de responsabilidade dos Comités Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalizagéo Setorial (ABNT/ONS) @ das ComissGes de Estudo Especiais (ABNT/CEE), s80 elaboradas por Comiss6es de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores @ neutros (universidades, laboratérios e outros). (Os Documentos Técnicos ABNT séo elaborados conforme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2. ‘A Associagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atenc&o para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT no deve ser considerada responsével pela identificagdo de quaisquer direitos de patentes. ‘A ABNT NBR 15961-1 foi elaborada no Comité Brasileiro da Construgdo Civil (ABNT/CB-02), pela Comiss8o de Estudo de Alvenaria Estrutural com Blocos de Concreto (CE-02:123.04). © Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Edital n® 11, de 25.11.2010 a 24.01.2011, com o numero de Projeto 02:123.04-015/1. ‘A ABNT NBR 15961, sob 0 titulo geral “Alvenaria estrutural — Blocos de concreto’, tem previsio de conter as seguintes partes: — Parte 1: Projeto; — Parte 2: Execugao e controle de obras. Esta Norma cancela e substitui as ABNT NBR 8215:1983, ABNT NBR 8798:1985 © ABNT NBR 10897:1989, ‘© Escopo desta Norma Brasileira em inglés 6 o seguinte, Scope This part of ABNT NBR 15961 estabilishes sets the minimum requirements to the design of masonry structures of concrete blocks. This part of ABNT NBR 15961 also applies to the analysis of structural elements of masonry concrete ‘blocks inserted into other structural systems. This part of ABNT NBR 15961 does not include mandatory requirements to avoid limit states ‘generated by actions such as earthquakes, impacts, explosions and fire. (© ABNT 2011 -Todos os rts reservados vi NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 15961-1:2011 Alvenaria estrutural — Blocos de concreto 1 Escopo Esta parte da ABNT NBR 15961 especifica os requisitos minimos exigiveis para 0 projeto de estrutu- ras de alvenaria de blocos de concreto. Esta parte da ABNT NBR 15961 também se aplica & anélise do desempenho estrutural de elementos de alvenaria de blocos de conereto inseridos em outros sistemas estruturais. Esta parte da ABNT NBR 15961 néo inclui requisitos exigiveis para evitar estados-limite gerados por ‘ages como sismos, impactos, explosdes ¢ fogo. 2 Referéncias normativas (Os documentos relacionados a seguir so indispenséveis a aplicagdo deste documento. Para refe- réncias datadas, aplicam-se somente as edigdes citadas. Para referéncias ndo datadas, aplicam-se 2s edig6es mals recentes do referido documento (incluindo emendas). ABNT NBR 6118, Projeto de estruturas de concreto armado - Procedimento ABNT NBR 6120, Cargas para 0 célculo de estruturas de edificagdes ABNT NBR 6123, Forgas devides ao vento em ediiicagées ‘ABNT NBR 6196, Blocos vazados de concreto simples para alvenaria — Requisitos ‘ABNT NBR 7480, Ago destinado a armaduras para estruturas de concreto armado — Especificapao ABNT NBR 8681, Apes e seguranca nas estruturas ~ Procedimento ‘ABNT NBR 8800, Projeto de estruturas de ago e de estruturas mistas de ago e concreto de edificios ‘ABNT NBR 8949, Parades de alvenaria estrutural — Ensaio & compressao simples ~ Método de ensaio ‘ABNT NBR 9062, Projeto e execupo de estruturas de concreto pré-moldado ABNT NBR 18281, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos ~ Requisitos ABNT NBR 13279, Argamassa para assentamento e revestimento de paredes e tetos — Determinago da resisténcia a taco na flaxdo @ & compresséo ABNT NBR 14321, Paredes de alvenaria estrutural - Determinagao da resisténcia ao cisalhamento ABNT NBR 14322, Paredes de alvenaria estrutural - Verificagdo da resisténcia & flexéo simples ou 4 flexo-compress&o ABNT NBR 15961-2:2011, Alvenaria estrutural - Blocos de concreto — Parte 2: Execupo e controle de obras ‘©ABNT 2011 - Todos ocr reservados 1 ABNT NBR 15961-1:2011 9.9 Interagdio entre a alvenaria e estruturas de apoio O carregamento resultante para estruturas de apoio deve ser sempre coerente com o esquema estru- tural adotado para o edificio, representando a trajetéria prevista para as tensdes. ‘S80 proibidas redugdes nos valores a serem adotados como carregamento para esiruturas de apolo, baseadas na consideraco do efeito arco, sem que sejam considerados todos os aspectos envolvidos esse fendmeng, inclusive @ concentrag&o de tens6es que se verifica na alvenaria. IMPORTANTE — Tendo em vista o risco de ruptura fragil, cuidados especiais devem ser tomados na verificagdo do cisalhamento nas estruturas de apoio. 10 Limites para dimensées, deslocamentos e fissuras 10.1 Dimensées-limi Devem ser observados os limites descritos em 10.1.1 a 10.1.3, para as dimens6es das pegas do alvenaria. 10.1.1 Espessura efetiva de paredes Para edificagdes de mais de dois pavimentos néo se admite parede estrutural com espessura efetiva inferior a 14 cm, 10.1.2 Esbeltez O Indice de esbettez é a razo entre a altura efetiva e a espessura efeliva da parede ou pilar: = he! te A Tabela 9 apresenta os valores maximos permitidos para a esbeltez. Tabela 9 — Valores maximos do indice de esbeltez de paredes e pilares [ Nao armados 24 Armados | 30 Os elementos estruturais armados devem respeitar as armaduras minimas prescritas em 12.2. 10.1.3 Comprimento efetivo de flanges em palnéls de contraventamento © comprimento efetivo de flange em painéis de contraventamento deve obedecer ao limite by < 6t, conorme Figura 5. 22 (© ABNT 2011 - Todos os cretos resarvedos ABNT NBR 15961-1:2011 3.13 enrijecedor elemento vinculado a uma parede estrutural, com a finalidade de produzir um enrijecimento na diregao perpendicular ao seu plano 314 viga elemento linear que resiste predominantemente a flexo e cujo vao seja maior ou igual a trés vezes a altura da sepdo transversal 3.15 verga viga alojada sobre abertura de porta ou janela e que tenha a fungao exclusiva de transmissao de car- gas verticals para as paredes adjacentes a abertura 3.16 contraverga elemento estrutural colocado sob 0 véo de abertura, com a fungao de redugao de fissuragao nos seus cantos 3.17 pllar elemento linear que resista predominantemente a cargas de compressio e cuja maior dimenséio da segdo transversal no exceda cinco vezes a menor dimensao 3.18 parede elemento laminar que resista predominantemente a cargas de compresséo e cuja maior dimenséo da segdo transversal exceda cinco vezes a menor dimens4o 3.19 excentricidade distancia entre o eixo de um elemento estrutural e a resultante de uma determinada ago que atue sobre ele 3.20 rea bruta 4rea de um componente ou elemento considerando-se as suas dimensoes externas, desprezando-se a existéncia dos vazados 321 rea liquida 4rea de um componente ou elemento, com desconto das areas dos vazados 3.22 érea efetiva parte da érea liquida de um componente ou elemento, sobre a qual efetivamente 6 disposta a argamassa prisma corpo de prova obtido pela superposi¢ao de blocos unidos por junta de argamassa, grauteados ou nao (© ABNT 2011 - Todos 08 roto reservados. 3 ABNT NBR 15961-1:2011 3.24 ‘amarragéo direta no plano da parede Padr&o de distribuig&o dos blocos no plano da parede, no qual as juntas verticais se defasam em ‘no minimo 1/3 do comprimento dos blocos 3.25 Junta no amarrada no plano da parede adr de distribuigéo de blocos no plano da parede que néo atenda ao descrito em 3.24. Toda parede ‘com junta néo amarrada no seu plano deve ser considerada nao estrutural, salvo se existir comprova- ¢40 experimental de sua eficiéncia ou se efetuada a amarragao indireta conforme 3.27 3.26 5 amarragéo direta de paredes padro de ligagao de paredes por intertravamento de blocos, obtido com a interpenetragao alternada de 50 % das fiadas de uma parede na outra ao longo das interfaces comuns 3.27 amarragéo Indireta de paredes padrdo de ligago de paredes com junta vertical a prumo em que o plano da interface comum ¢ atra- vessado por armaduras normalmente constituidas por grampos metélicos devidamente ancorados em furos verticals adjacentes grauteados ou por telas metdlicas ancoradas em juntas de assentamento 4 Simbolos e termos abreviados 4.1 Letras mindsculas 6 a distancia ou dimenséo bd @allargura b 6 o.comprimento efetivo de flange bm 6 alargura da mesa de uma seo T d — @aaltura citi € a excentricidade Corr 6 @ espessura de enrijecedor & 6 aexcentricidade resultante no plano de flexo f — Garesistancia € a tens&o normal na armadura longitudinal 6 a resisténcia & compressao de célculo da alvenaria 6 a resisténcia caracteristica & compresséo simples da alvenaria 6 tensdo nominal no cabo de protenso 6a resisténcia caracteristica de compressao simples do prisma -prpee (@ABNT 2011 - Todos os dretos reservados Pe 7 aa oF fone ABNT NBR 15961-1:2011 6 a resisténcia caracter'stica de compresséo simples da pequena parede 6 a resisténcia caracteristica de trago na flexio 6a resisténoia caracteristica ao cisalhamento 6 a resisténcia caracteristica ao cisalhamento majorada 6 a resisténcia de céiculo ao cisalhamento da alvenaria, 6 a resisténcia de célculo de escoamento da armadura 6 altura ou distancia 6 ocoeficiente 6 0 coeficiente de dilatagdo térmica da alvenaria 6 0 cosficiente de dilatag&o térmica do ago 6 0 vo ou comprimento ou espagamento 6 0 espacamento entre eixos de enrijecedores adjacentes 6a dimensao 6. dimensao 6 0 espagamento das barras da armadura 6 aespessura 6 a espessura efetiva 6 0 comprimento de enrijecedor 6 a altura da linha neutra 6 a profundidade da regio de compressa uniforme 6 0 brago de alavanca 4.2 Letras malisculas (© ABNT 2011 -Todos on rats reservados 6a drea bruta da secdo transversal 6 a drea da segdo transversal da armadura longitudinal de trago 6 a drea da segdo transversal da armadura longitudinal de compresséio 6a drea da segdo transversal da armadura de cisalhamento 6 a drea da segdo transversal da armadura comprimida na face de maior compresséo ABNT NBR 15961-1:2011 Darr ™OPe am z Tee aes BRREERS 2 es 6 a Grea da seo transversal da armadura na face oposta & de maior compressao 6 @ Grea da segio transversal dos cabos de protenséio 6 a fluéncia especifica € 0 médulo de elasticidade 6 0 médulo de elasticidade do ago do cabo de protens&io 6 aagio 6 resuliante das forgas de compress4o na alvenaria 6 0 valor de cdlculo de uma agao 6a resultante das forgas axiais na armadura tracionada 6 a resultante das forgas axiais na armadura comprimida 6 0 valor caracteristico das ages permanentes 6 o valor caracteristico de uma agéo 6 0 valor caracteristico da aco variével i éaaltura 6 0 indicador de tragdo direta 6 0 fator majorador da resisténcia de compressao na flexéo da alvenaria 6 0 vo ou comprimento 60 momento 0 momento fletor resistente de cdlculo 60 momento fletor em torno do eixo x 6.0 momento fletor em torno do eixo y 6 0 momento fletor efetivo em torno do eixo x 60 momento fletor efetivo em torno do eixo y 6 0 momento fletor de céiculo de 2* ordem 6 forga normal 6a forga normal resistente de célculo 6 0 coeficiente redutor devido a esbeltez © ABNT 2011 ~ Todos os direitos reservados ABNT NBR 15961-1:2011 Fg 6 cesforgo resistente de célculo 83 6 Cesforgo solictante de célculo Vv 6 forga cortante Va 6a forga cortante absorvida pela alvenaria Va 68 forga cortante de céiculo W 60 médulo de resisténcia de flexdio 4.3 Letras gtegas Oe 6a razAo entre os médulos de elasticidade do ago e da alvenaria 8 6 ocoeficiente auxiliar para cdlculo de espessura efetiva aT 6 a variagdio da temperatura Ac 6 avariagéio média da tensdo de protensio & 6 a deformagao na armadura tracionada %_ —__deformag&o maxima na alvenaria comprimida - €0diametro Yq 6 0. coeficiente de ponderago das agdes permanentes q 6 0Coeficiente de ponderagao das agdes varidveis ‘m 6 0 coeficiente de ponderagao das resisténcias 2 60 indice de esbeltez Vo 6 0coeficiente para redugdo de ages variaveis p 6 a taxa geométrica de armadura longitudinal o 6 a tensdo normal 6 6 atenso normal de tragio %¢ —_ @ a tenso normal de compressao + Gatenséo de cisalhamento ‘va @ a tenso de céilculo convencional de cisalhamento ° 6a rotagdo Oe 6 0 Angulo de desaprumo (@ABNT 2011 - Todos 08 roto reservados ABNT NBR 15961-1:2011 5 Requisitos 5.1 Qualidade da estrutura Uma estrutura de alvenaria deve ser projetada de modo que: — esteja apta a receber todas as influencias ambientais e ages que sobre ela produzam efeitos significativos tanto na sua construgo quanto durante a sua vida ttl de projeto; — resista a agdes excepcionais, como explosées e impactos, sem apresentar danos desproporcio- nais as suas causas, 5.2 Qualidade do projeto © projeto de uma estrutura de alvenaria deve ser elaborado, adotando-se: — sistema estrutural adequado a fung&o desejada para a edificagao; — ages compativeis @ representativas; — dimensionamento e verificago de todos os elementos estruturais presentes; — especificagsio de materiais apropriados @ de acordo com os dimensionamentos efetuados; — procedimentos de controle para projeto. 5.3 Documentagao do projeto O projeto de estrutura de alvenaria deve ser constituldo por desenhos técnicos © especificagées. Esses documentos devem conter todas as informagbes necessérias & execugao da estrutura de acordo com 0s critérios adotados, conforme descrito em 5.3.1 6 5.3.2 5.3.1 Desenhos técnicos O projeto deve apresentar desenhos técnicos contendo as plantas das fiadas diferenciadas, exceto na altura das aberturas, e as elevagdes de todas as paredes. Em casos especiais de elementos longos repetitivos (como muros, por exemplo), plantas e elevagdes podem ser representadas parcialmento, Devem ser apresentados, sempre que presentes: 0 posicionamento dos blocos especiais, detalhes de amarrago das paredes, localizagao dos pontos grauteados e armaduras, @ posicionamento das juntas de controle @ de ilatagdo. 5.32 Especificagses ‘As especificagtes de projeto devem conter as resisténcias caracteristicas a compresséo dos prismas © dos grautes, as faixas de resisincia média & compressio (ou as classes conforme @ ABNT NBR 13261) das argamassas, assim como a categoria, classe @ bitola dos agos a serem adotados. Também podem ser apresentados os valores de resisténcia sugeridos para os blocos, de forma que as resisténcias de prisma especificadas sejam atingidas, 8 [© ABNT 2011 -Todos os diehos reservados ABNT NBR 15961: e de seus componentes ‘A especificagéo dos blocos deve ser felta de acordo com a ABNT NBR 6136. 6.1.2 Argamassa As argamassas destinadas ao assentamento devem atender aos requisitos estabelecidos na ABNT NBR 13281. Com relagdo a resistencia A compresséo, deve ser atendido o valor méximo limitado a 0,7 da resist6n- cia caracteristica especificada para bloco, referida a area liquida. A resisténcia da argamassa deve ser determinada de acordo com a ABNT NBR 13279. Alternativa- mente pode-se utilizar as especificagdes do Anexo B da ABNT NBR 15961-2:2011. 61.3 Graute Quando especificado o graute, sua infiuéncia na resisténcia da alvenaria deve ser verificada em labo- ratério, nas condigdes de sua utilizagao. A avaliagdo da influéncia do graute na compresséo deve ser feta mediante o ensaio de compresséo de prismas, pequenas paredes ou paredes. Para elementos de alvenaria armada, a resisténcia a compressdo caracteristica deve ser especificada com valor minimo de 15 MPa. 6.1.4 Ago ‘A especificagéo do ago deve ser feita de acordo com a ABNT NBR 7480. Na falta de ensaios ou valores fornecidos pelo fabricante, o médulo de elasticidade do ago pode ser admitido igual a 210 GPa, 6.2 Alvenaria 6.2.1 Propriedades elésticas (Os valores das propriedades elésticas da alvenaria podem ser adotados de acordo com a Tabela 1. Tabela 1 — Propriedades de deformacfo da alvensria Propriedade Valor Valor maximo Médulo de deformagaio longitudinal 800 fox 16 GPa Coeficiente de Poisson 0,20 - Para verificagdes de estados-limite de servigo (ELS), recomenda-se reduzir os médulos de deforma- ‘go em 40 %, para considerar de forma aproximada o efeito da fissurago da alvenaria. (© ABNT 2011 -Todoa 08 dteloe reservados 9 ABNT NBR 15961-1:2011 6.22 Expansio térmica ‘Na auséncia de dados experimentais, para alvenaria pode-se adotar o coeficiente de dilatago térmica linear igual a 9,0 x 10-8 *C~ 6.2.3 Retragio Na auséncia de dados experimentais, o coeficiente de retragéo da alvenaria pode ser admitido igual a 500 x 10-6 mm/mm. Esse valor deve ser aumentado para 600 x 10-8 mmy/mm quando os blocos fo- ‘fem produzides sem cura a vapor ¢ na verificagéo de perdas quando a protensdo é aplicada antes de 14 dias apés a execuco da parede. 6.24 Fluéncia Para efeitos de avaliagéo aproximada de ELS, a deformag&o final, com a incluso da fluéncia, deve ser considerada no minimo igual ao dobro da deformagdo eléstica. 6.25 Resisténcias 6.2.5.1 Valores de cdlculo A resisténcia de cdlculo é obtida pela resisténcia caracteristica dividida pelo coeficiente de pondera- ‘edo das resisténcias, 6.2.5.2 Coeficientes de ponderacdo das resisténcias Os valores para verificagao no estado-limite ultimo (ELU) esto indicados na Tabela 2 e so adequa- dos para obras executadas de acordo com as especificagdes da ABNT NBR 15961-2. Tabela 2 - Valores de yin Combinagées Alvenaria Graute Normais 20 specials ou de construgéo 15 Excepcionais a No caso da aderéncia entre 0 ago e graute, ou a argamassa que 0 envolve, deve ser utiizado 0 valor m= 1,5. Para verificagSes do ELS deve ser utilizado 0 valor yn = 1,0. 6.2.5.3 Compressio simples A resisténcia caracteristica & compresséo simples da alvenaria ‘ deve ser determinada com base 1no ensalo de paredes (ABNT NBR 8949) ou ser estimada como 70 % da resisténcia caracteristica de compressio simples de prisma fx ou 85 % da de pequena parede focx. AS resisténcias caracteristicas de paredes ou prismas devem ser determinadas de acordo com as especificagdes da ABNT NBR 15961-2, 10 (© ABNT 2011 - Todos 08 drotas reservados ABNT NBR 15961-1:2011 Se as juntas horizontals tiverem argamassamento parcial (apenas sobre as paredes longitudinals dos blocos) @ se a resisténcia for determinada com base no ensalo de prisma ou pequena parede, moidados com a argamassa aplicada em toda a rea liquida dos biocos, a resisténcia caracteristica A compresso simples da alvenaria deve ser cortigida pelo fator 0,80. As correlagées indicadas neste item podem ser alteradas, desde que justiicadas por resultados de ensaios. 6.2.5.4 Compressio na flexio ‘As condiges de obtengdo da resisténcia fk devem ser as mesmas da regiéio comprimida da pega no que diz respeito @ porcentagem de preenchimento com graute e a diregdo da resultante de compres- ‘so relativa a junta de assentamento. ‘Quando a compresséo ocorrer em dirego paralela as juntas de assentamento (como no caso usual de vigas), a resisténcia caracteristica na flexéo pode ser adotada: — igual & resisténcia a compressao na dire perpendicular as juntas de assentamento, se a regiéo ‘comprimida do elemento de alvenaria estiver totalmente grauteada; — igual a 50 % da resisténcia a compressao na direg&o perpendicular as juntas de assentamento, em caso contrario. 6.25.5 Tragdona flexio No caso de agdes varidveis como, por exemplo, a do vento, permite-se a considerago da resisténcia & tragdo da alvenaria sob flexdio, segundo os valores caracteristicos definidos na Tabela 3, valida para ‘argamassas de cimento, cal e areia sem aditivos adigées e juntas verticais preenchidas, Para outros ‘casos, a resisténcia de tragdo na flexo deve ser determinada conforme procedimento descrito no ‘Anexo C da ABNT NBR 15961-2:201 1, ou de acordo com a ABNT NBR 14322. ‘Tabela 3 — Valores caracteristicos da resistén ‘a trago na flexBo - fx ~ Resisténcia média & compressio da argamassa Diregdo da tragéo __MPa 150362 | 38a7,0> Acimade7,0° | Normal a fiada 0,10 am 0,20 0,25 | Paralela a fiada 0,20 040 0,50 | NOTA. Valores relatives a area bruta | 2 Classes P2 e PS, conforme ABNT NBR 13281 | > Glasses P4 © P5, conforme ABNT NBR 13281 © Classe P6, conforme ABNT NBR 13281. 6.25.6 Cisalhamento na alvenaria ‘As resisténcias caracteristicas ao cisalhamento em juntas horizontals de paredes so os valores apre- sentados na Tabela 4 em fungo da faixa de resisténcia da argamassa. Os valores so validos para argamassas de cimento, cal e areia, sem aditivos e adigbes e juntas verticais preenchidas. Para outros casos, a resisténcia ao cisalhamento deve ser determinada conforme ABNT NBR 14321. (© ABNT 2011 - Todos 08 crtos reservados "4 ABNT NBR 15961. Tabela 4 - Valores caracteristicos da resisténcia ao cisalhamento em juntas horizontals de paredes (44) " Resisténcla média de compressao da argamassa MPa 15034 35470 ‘Acima de 7,0 0,10 +0,50<1,0 0,15+0,5051,4 0,35 + 0,505 1,7 ‘Sendo c a tensfo normal de pré-compressao na junta, considerando-se apenas as ages permanen- tes ponderadas por coeficiente de seguranga igual a 0,9 (ago favorével). A resisténcia caracteristica ao cisalhamento na interface vertical de paredes com juntas amarradas pode ser adotada igual a 0,35 MPa. Para pegas de alvenaria estrutural submetidas a flexéo e quando existirem armaduras perpendiculares 20 plano do cisalhamento e envoltas por graute, a resisténcia caracteristica ao cisalhamento pode ser obtida por: fx = 0,35 + 17.5 p 0,7 MPa onde Pei & 6.8 taxa geométrica de armadura; Ay 6a drea da armadura principal de flexéo; > 6.8 largura da segdo transversal; da aura dtl da sepéo transversal Para vigas de alvenaria estrutural biapoiadas ou em balango, a resisténcia caracteristica ao cisalha- mento pode ser multiplicada pelo fator: [2,5 - 0,25 Mina ! (Vinex-)] Considerando que: — deve ser sempre maior que 1, desde que a resisténcia caracteristica majorada néo ultrapasse 1,75 MPa; — Mméx 6 0 maior valor do momento de calculo na viga; — Vmax 6 0 maior valor do esforgo cortante de céloulo na viga; — dé aaltura tit da sego transversal da viga. 6.25.7 Aderéncia Os valores da resisténcia caracteristica de aderéncia podem ser adotados de acordo com a Tabela 5. 12 © ABNT 2011 - Todos os dies reservados. ABNT NBR 15961-1:2011 ‘Tabela 5 - Resisténcia caracteristica de aderéncia em fungao do tipo de barra de a¢o Resisténcia caracteristica de aderéncia Tipo de aderéncia MPa Barras corugedas | Barras lisas Entre ago e argamassa 0,10 | 0,00 Entre ago e graute 220 1,50 7 Seguranga e estados-limite 7.1 Critérios de seguranga Os critérios de seguranga desta parte baseiam-se na ABNT NBR 8681. 7.2 Estados-limite Devem ser considerados todos os estados-limite vitimo e estados-limite de servico. 7.3 Estados-limite ultimo (ELU) ‘A seguranca deve ser verificada em relagdo aos seguintes ELU: a) ELU da perda do equilibrio da estrutura, admitida como corpo rigido; b) ELU de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no todo ou em parte; ©) ELU de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no todo ou em parte, considerando 08 efeitos de segunda ordem:; 4d) ELU provocado por solicitagdes dinmicas; @) ELU de colapso progressivo; f) outros ELU que possam ocorrer em casos especiais, 7.4. Estados-limite de servigo (ELS) Estados-limite de servigo esto relacionados & durabilidade, aparéncia, conforto do usuério e funcio- nalidade da estrutura. Devem ser verificados os ELS relativos a: a) danos que comprometam apenas 0 aspecto estético da construgao ou a durabilidade da estrutura; b) deformagées excessivas que aletem a utilizagao normal da construg&o ou seu aspecto estético; ) _vibragao excessiva ou desconfortavel. ‘©ABNT 2011 - Todos os crs rsarvedos 13 ABNT NBR 15961-1:2011 8 Agées 8.1 Disposigées gerais Aplicam-se as definigdes e prescrigSes da ABNT NBR 8681. 82 Ages a considerar ‘Na enélise estrutural deve ser considerada a influéncia de todas as agdes que possam produzir efeitos significativos para a seguranga da estrutura, levando-se em conta os possiveis estados-limite titimo €.08 de servigo. ‘As agGes a serem consideradas classificam-se em: a) agdes permanentes; b) agdes varidveis; c) agdes excepcionais. 8.3 Agbes permanentes ‘S40 ages que apresentam valores com pequena variagdo em torno de sua média durante pratica- mente toda a vida da estrutura, 8.3.1 Agdes permanentes diretas 8.3.1.1 Peso especifico Na falta de uma avaliagdo precisa para 0 caso considerado, pode-se utilizar 0 valor de 14 kN/m? como eso especifico para a alvenaria de blocos de concretos vazados, devendo-se acrescentar © peso do graute, quando existente. 8.3.1.2 Elementos.construtivos fixos e instalagSes permanentes ‘As massas especificas dos materiais de construgao usuais podem ser obtidas na ABNT NBR 6120. ‘As agbes devidas as instalagdes permanentes devem ser consideradas com os valores nominais for- necidos pelo fabricante. 8.3.1.3 Empuxos permanentes Consideram-se permanentes os empuxos que provém de materiais granulosos ou Iiquidos néo removiveis. Os valores para a massa especifica dos materiais granulosos mais comuns podem ser obtidos na ABNT NBR 6120. 8.3.2 Agées permanentes indiretas ‘So ages impostas pelas imperfeipbes geométricas, que podem ser consideradas locais ou globais. 8.3.2.1 impertei¢des geométricas locais ‘So consideradas quando do dimensionamento dos diversos elementos estruturais. 14 (© ABNT 2011 -Todes 08 dros resorvados ABNT NBR 15961-1:2011 8.3.22 imperteigbes geométricas globals Para edificios de andares miltiplos, deve ser considerado um desaprumo global, através do Angulo de desaprumo @a ,em radianos, conforme apresentado na Figura 1. onde (a= — —<_ “To0vH ~ 40H ‘ H=altura total da edificagao em metros Figura 1 - Imperfeigdes geométricas globais 8.4 Agées varidveis So aquelas que apresentam variagéo significativa em torno de sua média durante toda a vida da estrutura.. 8.5 Cargas acidentais ‘As cargas acidentais sao aquelas que atuam sobre a estrutura de edificagSes em fungaio do seu uso (pessoas, méveis, materiais diversos, vefculos etc.). Seus valores podem ser obtidos na ABNT NBR 6120. 8.6 Agdo do vento ‘As forgas devidas ao vento devem ser consideradas de acordo com a ABNT NBR 6123. 8.7 Ages excepcionais Consideram-se excepcionais as agdes decorrentes de explosdes, impactos, incéndios etc. No caso de apes como axplosdes e impactos, aplica-se 0 prescrito em A2. 8.8 Valores das agdes 8.8.1 Valores representativos ‘As ages so quantificadas pelos seus valores representativos, que podem ser: a) valores caracteristicos F, conforme definigéo da ABNT NBR 8681; ) valores convencionais excepcionais, que s4o os valores arbitrados para ages excepcionais; ©) valores reduzidos de agdes variaveis, em fungéio de combinago de agbes, conforme 8.8.2. (© ABNT 2011 Todos 08 srooe reorvadoe 15 ABNT NBR 15961-1:2011 8.82 Valores reduzidos de aces variéveis Considerando-se que 6 muito baixa a probabilidade de que duas ou mais ages varidveis de nature- as diferentes ocorram com seus valores caracteristicos de maneira simulténea, podem ser definidos valores reduzidos para essas apSes. Para 0 caso de verificag5es de estados-limite Ultimo, esses valores sero yoF; (conforme 8.9.2). Os valores de yo constam na Tabela 6 da ABNT NBR 8681 ou no resumo apresentado na Tabela 6 para alguns casos mais comuns. ‘Tabela 6 - Coeficientes para reduco de acées variéveis Agdes yo Edifcios residenciais 05 Cargas acidentals | Eaiicios comercials o7 Biblioteca, arquivo, ofcinas e garagens 08 | Vento Presso do vento para edificagdes em geral 06 8.8.3 Valores de calculo Os valores de célculo Fy sao obtidos através dos valores representatives apresentados em 8.8.1 ‘uttiplicados por coeficientes de ponderago que constam nas Tabelas 1 a 5 da ABNT NBR 86812003 ‘ou no resumo apresentado na Tabela 7 para alguns casos mais comuns. ‘Tabela 7 ~ Coeficientes de ponderagao para combinagées normais de agdes Categoria Etetto Tipo de estrutura Sasi: |: ‘i Desfavorével__Favordvel Editicagdes Tipo 1 # e pontes em geral 1,35 o9 Permanentes | Edificagées Tipo 2° 1,40 og | Edilicagées Tipo 1 # e pontes em geral 1,50 - Varidveis Edificagdes Tipo 2° 1,40 a © Edificagdes Tipo 1 so aquelas em que as cargas acidentais superam 5 kN/m?, > Edificagdes Tipo 2 so aquelas em que as cargas acidentals ndo superam 5 kN/m2. 8.9 Combinagdo de agées Para cada tipo de carregamento devem ser consideradas todas as combinagdes de agdes que pos- ‘sam acarretar 0s efeitos mais destavoréveis para o dimensionamento das partes de uma estrutura. ‘As ages permanentes devem ser sempre consideradas. ‘As ages variéveis devem ser consideradas apenas quando produzirem efeitos desfavoréveis para a seguranga 16 (© ABNT 2011 -Toxos 0s crs reservados ABNT NBR 15961-1:2011 AS agées varidveis moveis devem ser consideradas em suas posigdes mais destavordveis para a seguranga. ‘As ages excepcionals, com excegto das agées provenientes de impactos e explosbes, no precisam ser consideradas. ‘As ages incluidas em cada combinagao devem ser consideradas com seus valores representatives, ‘muttiplicados pelos respectivos coeficientes de ponderago. ‘As combinagbes de ages so apresentadas na ABNT NBR 8681:2003, 5.1.3, para as combinagbes ultimas das ages, e 5.1.5, para eventuais combinagSes de utilizagdo ou servigo. ‘As combinages vltimas para carregamentos permanentes e varidveis devem ser obtidas por: Fa=19 Fk + Yq (Fark + 5, Y0) Fai) onde Fa 6 0 valor de caiculo para a combinagao ultima; % 6 0 ponderador das apes permanentes (Tabela 7); Fox 6 0 valor caracteristico des agdes permanentes; % € 0 ponderador das agdes variaveis (Tabela 7); Faik € 0 valor caracteristico da agdo varidvel considerada como principal; woFai representa os valores caracteristicos reduzidos das demais agdes variéveis (conforme 8.8.2, Tabela 6). Devem ser consideradas todas as combinagdes necessérias para que se obtenha o maior valor de Fa, alternando-se as agdes variéveis que so consideradas como principal e secundaria. 9 Andlise estrutural 9.1 Disposigées gerais 9.1.1 Objetivos da anélise estrutural A anélise de uma estrutura de alvenaria deve ser realizada considerando-se sempre o equilibrio de cada um dos seus elementos e na estrutura como um todo, bern como 0 caminho descrito pelas ‘ages, sejam elas verticals ou horizontals, desde 0 seu ponto de aplicagao até a fundaggo ou onde se suponha que seja o limite da estrutura de alvenaria, 9.1.2 Premissas da anélise estrutural Aanélise de uma estrutura de alvenaria deve ser realizada sempre se considerando o equilfbrio tanto ‘em cada um dos seus elementos quanto na estrutura como um todo, (© caminho descrito pelas agées, sejam elas verticals ou horizontals, deve estar claramente definido desde 0 seu ponto de aplicagéo até a fundagéo ou onde se suponha que seja o final da estrutura de alvenaria. (© ABNT 2011 - Todos 00 dro reservados 7 ABNT NBR 15961-1:2011 9.1.3 Hip6teses bésicas ‘Aanélise das estruturas de alvenaria pode ser realizada considerando-se um comportamento eldstico- linear para os materiais, mesmo para verificado de estados-limite tiltimos, desde que as tensdes de ‘compressdo atuantes no ultrapassem metade do valor da resisténcla caracteristica & compressa fk. A disperso de qualquer apo vertical concentrada ou distribuida sobre um trecho de um elemento se dard segundo uma inclinagdo de 45°, em relag&o ao plano horizontal, podendo-se utlizar essa pres- crigo tanto para a definig&o da parte de um elemento que efetivamente trabalha para resistir a uma ago quanto para a parte de um carragamento que eventualmente atue sobre um elemento, conforme Figura 2. Figura 2 - Dispersio de ages verticeis 9.1.4 Disposicdes especificas para os elementos Elementos em alvenaria devem ser verificados conforme disposigSes a seguir. Eventuais elementos ‘em conereto armad, ago ou conereto pré-moldado devem ser verificados conforme ABNT NBR 6118, ABNT NBR 8800 e ABNT NBR 9062, respectivamente. 92 Vigas 9.2.1 Vio efetivo vaio efetivo deve ser tomado como a distancia livre entre as faces dos apoios, acrescida de cada lado do vao do menor valor entre: — metade da altura da viga; — distncia do eixo do apoio & face do apoio. 9.2.2 Carregamento para vigas carregamento pode ser considerado de acordo com o princ'pio geral de disperséo das apdes no material alvenaria que se dé segundo um &ngulo de 45°, conforme 9.1.3, respeitando-se as conside- rag6es de 9.9, conforme Figura 3. 18 (© ABNT 2011 - Todos os dries reservados ABNT NBR 15961-1:2011 /n- altura da vige Figura 3 — Definigéo da regio que carrega a viga segundo a regra de disperséo . de cargas verticals 93 Pilares 9.3.1 Altura efetiva ‘altura efetiva (Ne) de um pllar, em cada uma das diregSes principais da sua segao transversal, deve ser considerada igual: — Aaltura do pilar, se houver travamentos que restrinjam os deslocamentos horizontais ou as rota- gdes das suas extremidades na dire¢do considerada; — a0 dobro da altura, se uma extremidade for livre @ se houver travamento que restrinja 0 desloca- mento horizontal e a rotagdo na outra extremidade na diregao considerada. 9.3.2 Segdo transversal Para 0 célculo das caracteristicas geométricas, a secao transversal deve ser considerada com suas dimens6es brutas, desconsiderando-se revestimentos. 9.3.3 Carregamento para os pilares Excentricidades nos carregamentos sobre pilares devem ser consideradas, sendo necessério nesse caso dimensioné-los como submetidos a uma flexo composta. 94 Paredes 9.4.1 Altura efetiva Aaltura ofetiva (he) de uma parede deve ser considerada igual: — Aaltura da parede, se houver travamentos que restrinjam os desiocamentos horizontals das suas extremidades; — a0 dobro da altura, se uma extremidade for livre @ se houver travamento que restrinja conjunta- mente o deslocamento horizontal e a rotagéo na outra extremidade. (© ABNT 2011 - Todos 0 draos reservados 19 ABNT NBR 15961-1:2011 9.4.2 Espessura efetiva ‘A espessura efetiva (Ie) de uma parede sem enrijecedores seré a sua espessura (1), no sendo con- siderados os revestimentos. A espessura efetiva de uma parede com enrijecedores regularmente espagados deve ser calculada de acordo com a expressdo: =5t onde lg _ 6 aespessura efetiva da parede; 6 um coeficiente calculado de acordo com a Tabela 8 e parametros dados pela Figura 4; t éaespessura da parede na regido entre enrijecedores. ‘Tabela 8 — Valores do coeficiente 6 (interpolar para valores intermedidrios) fone! ent fone! t=1 font / t= 2 fenr /t=3. 6 10 14 2,0 | 8 1,0 13 17 40 1,0 12 14 15 1,0 11 12 20 ou mais 1,0 10 1,0 onde ler 0.@spacamento entre elxos de enrijecedores adjacentes; ene» 6 @ espessure dos enrijecedores; ey 6 0.comprimento dos enrijecedores; 1 Saespessura da parede. ooolr lane O 4 Figura 4 — Parametros para célculo da espessura efetiva de paredes Y-] A espessura efetiva 6 utiizada apenas para o cdlculo da esbeltez da parede, conforme 10.1.2, € no pode ser utilizada para o cdlculo da érea da segdo resistente quando a parede apresentar enrijecedores. 20 @ABNT 2011 - Todos os lis reservados ABNT NBR 15961-1:2011 9.5 Segdo resistente A segdo resistente de uma parede ser sempre calculada, desconsiderando-se os revestimentos. 9.6 Interagdo dos elementos de alvenaria ‘A interagéo de elementos adjacentes deve ser considerada quando howver garantia de que as forgas de interagao podem se desenvolver entre esses elementos e de que hé resisténcia suficiente na inter- face para transmit-iés. ‘O modelo de célculo adotado deve ser compativel com 0 proceso construtivo, Caso seja considerada a interagdo de paredes, deve ser verificada e garantida a resisténcia de cisa- thamento das interfaces. ‘Aberturas cuja maior dimenséo seja menor que 1/6 do menor valor entre a altura e o comprimento da parede na qual se inserem podem ser desconsideradas para efeitos de interagdo. Aberturas adjacen- tes, cuja menor distancia entre as suas faces paralelas seja inferior ao citado valor-limite, serdo consi- deradas como abertura Unica. 9.7 Interagéo para cargas verticais 9.7.1. Interagao de paredes em cantos e bordas (L,T e X) Deve-se considerar que existiré a interagao quando se tratar de borda ou canto com amarragao direta, Em outras situagées de ligago, que nao a de amarrago direta, a interagao somente pode ser consi- derada se existir comprovacao experimental de sua eficiéncia. 9.7.2 Interagio de paredes através de aberturas As interagdes de paredes através de aberturas devem ser desconsideradas, a menos que haja com- provagéo experimental de sua eficiéncia, 9.8 Interagao para agées horizontais 9.8.1 Interagdo em flanges Considera-se que existe a interagdo quando se tratar de flange com amarragdo direta. Em outras situagdes de ligagSo, a interacdo deve ser considerada somente se existir comprovagao experimental de sua eficiéncia. © comprimento de cada flange néo pode exceder o limite apresentado em 10. Em nenhuma hip6tese pode haver superposicao de flanges. ‘As abas (flanges) devem ser utlizadas tanto para célculo da rigidez do painel de contraventamento quanto para o cdloulo das tensdes normais devidas a flex8o, provenientes das ages horizontals, no sendo permitida a sua contribuigdo na absoreao dos estorgos cortantes durante dimensionamento. 9.8.2 Associag&o de paredes Na associagio de painéis de contraventamento, é obrigatéria a verificagdo dos esforgos internos ‘ou das tensGes resultantes nos elementos de ligagao, como os trechos sob e sobre as aberturas, (© ABNT 2011 -Toos 08 droog reservados 24 ABNT NBR 15961-1:2011 9.9. Interagdo entre a alvenaria e estruturas de apoio O carregamento resultante para estruturas de apoio deve ser sempre coerente com 0 esquema estru- tural adotado para o edificio, representando a trajet6ria prevista para as tenses. ‘So proibidas redugdes nos valores a serem adotados como carregamento para estruturas de apoio, baseadas na considerago do efeito arco, sem que sejam considerados todos os aspectos envolvidos esse fendmeno, inclusive a conoentragéo de tensdes que se verifica na alvenaria. IMPORTANTE — Tendo em vista 0 risco de ruptura frégil, cuidados especiais devem ser tomados na verificagdo do cisalhamento nas estruturas de apoio. 10 Limites para dimensées, deslocamentos e fissuras 10.1 Dimensées-limite Devem ser observados 0s limites descritos em 10.1.1 a 10.1.3, para as dimensbes das pegas de alvenaria. 10.1.1 Espessura efetiva de paredes — Para edificagSes de mais de dois pavimentos néo se admite parede estrutural com espessura efetiva inferior a 14 cm. 10.1.2 Esbeltez indice de esbeltez é a razio entre a altura efetiva e a espessura efetiva da parede ou pilar: = Mg te A Tabela 9 apresenta os valores maximos permitidos para a esbeltez. ‘Tabela 9 - Valores maximos do indice de esbeltez de paredes e pilares Nao arms 24 Armados | 30 Os elementos estruturais armados devem respeitar as armaduras minimas prescritas em 12.2. 10.1.3 Comprimento efetivo de flanges em palnéls de contraventamento © comprimento efetivo de flange em painéis de contraventamento deve obedecer ao limite by < 6t, conforme Figura 5. 22 (© ABNT 2011 ~ Todos os crtos reservados ABNT NBR 15961-1:2011 Figura 5 - Comprimento efetivo de flanges 10.2 Cortes e juntas 10.2.1 Cortes em paredes Nao 6 permitido corte individual horizontal de comprimento superior a 40 cm em paredes estruturais. Nao s&0 permitidos cortes horizontais em uma mesma parede, cujos comprimentos somados ultra- passer 1/6 do comprimento total da parede em planta. Cortes verticais, de comprimento superior a 60 cm, realizados em paredes, definem elementos distintos. [Nao so permitidos condutores de fluidos embutidos em paredes estruturais, exceto quando a instala- ‘¢40 e a manutengo ndo exigirem cortes. 10.2.2 Juntas de dlilatagio Dever ser previstas juntas de dilatago no méximo a cada 24 m da edificagao em planta. Esse limite pode ser alterado, desde que se faga uma avaliagdo mals precisa dos efeitos da variagdo de tem- Peratura @ retrago sobre a estrutura, incluindo a eventual presenga de armaduras adequadamente alojadas em juntas de assentamento horizontais. 10.2.3 Juntas de controle Deve ser analisada a necessidade da colocagao de juntas verticals de controle de fissuragéo em ele- ‘mentos de alvenaria, com a finalidade de prevenir o aparecimento de fissuras provocadas por variag&o de temperatura, retrago, variagdo brusca de carregamento e variagéo da altura ou da espessura da parade. Para painéis de alvenaria contidos em um tinico plano @ na auséncia de uma avaliagdo precisa das condigSes especificas do painel, devem ser dispostas juntas verticais de controle com espagamento maximo que néo ultrapasse os limites da Tabela 10. (©ABNT 2011 -Todos os dltos reservados 23 ‘Tabela 10 — Valores méximos de espagamento entre juntas verticais de controle Limites m Localizagéo do elemento Alvenarla com taxa de armadura ‘Alvenaria sem armadura horizontal | horizontal maior ou igual a 0,04 % da altura vezes a espessura Externa 7 9 | Interna 12 15 NOTA1 Os limites acima devem ser reduzidos em 15 %, caso a parede tenha abertura. NOTA 2 _ No caso de paredes executadas com biocos no curados a vapor, os limites devem ser reduzidos em 20 %, caso a parede no tenha abertura. NOTA 3 _ No caso de paredes executadas com biocos no curados a vapor, os limites devem ser reduzidos | em 30 %, caso a parede tenha abertura. 10.2.4 Espessura das juntas horizontais ‘A menos que explicitamente especificado no projeto, a espessura das juntas de assentamento deve ‘ser considerada 10 mm. 10.3 Deslocamentos-limite (Os deslocamentos finais (incluindo os eleitos de fissuracao, temperatura, retragao e fluencia) de quais- uet elementos fletidos néo podem ser maiores que L/150 ou 20 mm para pegas em balango e L/300 ou 10 mm nos demais casos. IMPORTANTE — Os desiocamentos podem ser parcialmente compensados por contraflechas, desde que elas néo sejam maiores que L/400. Os elementos estruturais que servem de apoio para a alvenaria (lajes, vigas etc.) néio podem apresentar deslocamentos maiores que L/500, 10 mm ou 6=0,0017 rad. Sempre que os desiocamentos forem relevantes para o elemento considerado, seus efeitos devem ser incorporados, estabelecendo-se o equilorio na configuragéo deformada. 11 Dimensionamento 11.1 Disposigdes gerais Para um elemento de alvenaria em estado-limite titimo, o estorgo solicitante de cAlculo, Sg, deve ser menor ou no maximo igual ao estorgo resistente de célculo Ry. 0 dimensionamento deve ser realizado considerando-se a sego homogénea e com sua érea bruta, ‘exceto quando especificamente indicado. No projeto de elementos de alvenaria ndo armada submetidos a tensdes normais, admitem-se as se- uintes hipéteses: — as segGes transversais se mantém planas apés deformaco; 24 ‘© ABNT 2011 -Todos os dretos reservadce ABNT NBR 15961-1:2011 — as maximas tensbes de tragdo devem ser menores ou iguais a resisténcia a tragdo da alvenaria, conforme 6.2.5.5; — 88 méximas tenses de compresstio devem ser menores ou iguais @ resisténcia & compresséo da alvenaria indicada em 6.2.5.6 para a compressao simples ¢ a esse valor multiplicado por 1,5 para a compresso na flexo. ‘As seges transversais submetidas a flexo e flexo-compressao serdo consideradas no Estadio |. No projeto de elementos de alvenaria armada submetidos a tenses normais admitem-se as seguintes hipéteses: — as segdes transversais se mantém planas apés deformagéo; — as armaduras aderentes tem a mesma deformacdio que a alvenaria em seu entorno; — aresisténcia & trago da alvenaria é nula; — as maximas tensdes de compresso devem ser menores ou iguais a resisténcia & compressaio da alvenaria indicada em 6.2.5.3; — a distrbuigdo de tensdes de compressio nos elementos de alvenaria submetidos a flexzo pode ‘ser representada por um diagrama retangular, conforme 1.2.4.2; — para flexo ou flexo-compressao 0 maximo encurtamento da alvenaria se limita a 0,35 %; — 0 méximo alongamento do ago se limita em 1%. 11.2 Dimensionamento da alvenaria a compressdo simples 11.2.1 Resisténcia de célculo em paredes Em paredes de alvenaria estrutural, o esforgo resistente de calculo é obtido através da ‘seguinte equago: Ned =f AR ‘onde Neg 6 a forca normal resistente de céloulo; fa 6 @ resisténcia & compresso de célculo da alvenaria; 6.2 drea da sega resistente; 3 a-[-(3) ] 60 coeficiente redutor devido a esbeltez da parede. A contribuigdo de eventuais armaduras existentes 6 sempre desconsiderada. (© ABNT 2011 -Todos 08 ietos reservados 25 ABNT NBR 15961~ 11.22 Resistencia de célculo em pilares Em pilares de alvenaria estrutural, a resisténcia de célculo 6 obtida através da seguinte equacéo: Ned = 0,9 fg-A-R onde Ne 6 a forga normal resistente de céloulo; fy 6 a resisténcia & compressao de célculo da alvenaria; A 6 drea da sepdo resistente; 3 ali -(4) ] 6 0 coeficiente redutor devido & esbeliez do pila. ‘A.contribuigao de eventuais armaduras existentes 6 sempre desconsiderada. 11.2.3 Forgas concentradas Forgas de compressio que se concentram em regides de dimensbes reduzidas devem atender as seguintes condigdes: — a regido de contato deve ser tal que a dimenso segundo a espessura t seja no minimo igual ao maior dos valores: 50 mm ou #3, conforme Figura 6; — a tensdo de contato deve ser menor ou no maximo igual a 1,5 fy. —s L cai @ azsommeary3 ; Fal(ab)215 fs Figura 6 - Cargas concentrades 11.3 Dimensionamento de elementos de alvenaria submetidos & flexéo simples 11.3.1 Alvenaria néo armada Para a alvenaria no armada, 0 célculo do momento fletor resistente da segdo transversal pode ser {eto com o diagrama simplificado indicado na Figura 7. 26 ‘@ABNT 2011 - Todos ce rts resonados ABNT NBR 15961-1 Figura 7 - Diagrama de tensGes para a alvenaria nao armada ‘A méxima tens&o de compresséo de célculo na flexo no pode ultrapassar em 50 % a resisténcia & compress4o de calculo da alvenaria (fs), ou seja, 1,5 fa. ‘A maxima tenséo de tragéo de caiculo no pode ser superior a resisténcia a tragdo de célculo da al- venaria fg. 11.3.2 Alvenaria armada Paraa alvenaria armada, 0 c4iculo do momento fletor resistente da sepdo transversal pode ser efetuado ‘com o diagrama simplificado indicado na Figura 8. onde altura Gti da segso x altura da linha neutra ‘Ag rea da armadura tracionada A's rea da armadura tracionada 5 deformagao na armadura tracionada & _ deformago maxima na alvenaria comprimida f — méxima tengo de compressio fy tensBo de tragéo na armadura Fe resultante de compressio na alvenaria Fy _resultante de forgas na armadura tracionada Fe’ _resuitante de forgas na armadura tracionada Figura 8 - Diagramas de deformagées e tensées para a alvenaria armada (© ABNT 2011 -Toxos 0s cots resorvaos 27 ABNT NBR 15961-1:2011 11.3.3 Segdes retangulares com armadura simples No caso de uma segdo retangular fletida com armadura simples, o momento fletor resistente de calculo 6 igual a: Mrg= As na qual o brago de alavanca zé dado por: Att) soos f= 0,5.fys=0.5 fyxhm, OU Seja, metade da resisténcia ao escoamento de célculo da armadura. (O valor de Mpg nao pode ser maior que: 04 bk 11.3.4 Segdes com flanges (flexo no plano do ‘O momento resistente de céloulo é igual a: Mng= Aaloz onde o brago de alavanca zé dado por: Aste =d | 1-0,5-——=— |< 0,950 e ( Im ofa © valor de Mpg obtido para as segdes de paredes com flanges no pode ser maior que fs bm t (d-0,58). Alargura do flange, by, deve respeitar os limites de 10.1.3 e a largura da mesa bm ndo pode ser maior Que 1/3 da altura da parede, conforme Figura 9. Aeespessura do flange, , no pode ser maior que 0,5.d. Figura 9 - Segbes transversais de paredes com flanges 28 (© ABNT 2011 -Todos os dros resonados ABNT NBR 15961-1:2011 11.3.5 Segdes com armaduras isoladas (flexo em plano perpendicular ao do elemento) Em segSes com armaduras concentradas localmente, a largura paralela ao elxo de flexo néo pode ‘ser considerada superior ao triplo da sua espessura, conforme Figura 10. Neste caso considera-se Sac | oe Figura 10 - Largura de segdes com armaduras concentradas 11.3.6 Vigas-parede Quando a razo vao/altura de uma viga for inferior a trés, ela deve ser tratada como uma viga-parede. Neste caso, a resultante de tragdo deve ser absorvida por armadura longitudinal, calculada com brago de alavanca igual a 2/3 da altura, néo se tomando valor maior que 70 % do vao. 11.4 Dimensionamento de elementos de alvenaria submetidos ao cisalhamento 11.4.1 Tensées de cisalhamento Atensdo de cisalhamento de célculo deve ser tomada como: n= 2 para pegas de alvenaria néo armada vg ‘wd = 5g * Para pegas de alvenaria armada Em segdes com flanges, deve-se tomar apenas a area da alma da se¢ao para 0 calculo da tensio de cisalhamento. 11.4.2 Verificagao da resisténcia ‘A tens de cisalhamento de célculo, ~ya, ndo pode superar a resisténcia de célculo obtida a partir dos valores caracteristicos da resisténcia ao cisalhamento, fx, especificados em 6.2.5.6, ou seja, Td S faim: 11.4.3 Armaduras de cisalhamento Para a determinagao das armaduras de cisalhamento pode-se descontar a parcela da forga cortante ‘absorvida pela alvenaria, Va, dada por: Var hd b-d (© ABNT 2011 - Todos oa iratosresoracos 29 Quando necesséria, a armadura de cisalhamento paralela & diregao de atuagao da forga cortante 6 determinada por: Jos (Va-Va)s O5had onde 6 0 espagamento da armadura de cisalhamento. Emnenhum caso admite-se espagamento s maior que 50 % da altura itl. No caso de vigas de alvenaria ‘esse limite no pode superar 30 om. No caso de paredes armadas ao cisalhamento o espagamento ‘no pode superar 60 om. 11.5 Dimensionamento de elementos de alvenaria submetidos a flexo-compressao 11.8.1 Introdugio Todo elemento de alvenaria submetide & flexo-compressio deve resistir & forga de compressao de célculo atuante, de acordo com as prescrigées de 11.2. 11.52 Alvenaria ndo armada As tenses normals na sepo transversal devem ser obtidas mediante a superposicao das tens6es ormais lineares devidas ao momento fletor com as tens6es normais uniformes devidas a forga de compresséo. As tensdes normais de compressao devem satistazer a seguinte equagao: Ma KS 6 forga normal de caiculo; 60 momento fietor de célculo; Na Mg fs 6 a resisténcia & compresséo de célculo da alvenari A 6a drea da sepdo resistente; w 6 0 minimo médulo de resisténcia de flexéo da se¢o resistente; R 6 0 Coeficiente redutor devido & esbeltez do elemento; K=1,5 60 fator que ajusta a resisténcia compressa na fiexéo. Caso exista tensdo de traglo, seu valor maximo deve ser menor ou igual & resisténcia de tragélo da alvenaria fig 30 (© ABNT 2011 - Todos 08 dirotos reservados ABNT NBR 15961-1:2011 11.8.3 Alvenaria armada 11.5.3.1 Elementos curtos ‘Admite-se como curto o elemento que possui esbeltez menor ou no maximo igual a 12. Nesses casos, Permite-se 0 dimensionamento de acordo com as aproximagées a seguir, apropriadas para a flexio reta de elementos de seco retangular. Para segdes transversais ndo retangulares devem ser feitas as adaptagdes necessérias, obedecidas as hipSteses previamente estabelecidas em 11.1. Quando a forga normal de célculo Nag n&o excede a resisténcia de célculo apresentada na equagdo @ seguir, apenas 6 necesséria a armadura minima indicada em 12,2: Nd = fa b(h—2ex) onde b allargura da seco; & 6 @ excentricidade resultante no plano de flexéo; fs 6a resistencia de célculo a compressa; +h 6@altura da segdo no plano de flexao. A presente aproximagao nao pode ser aplicada se a excentticidade e excede 0,5 h. Quando a forga normal de célculo excede o limite do item anterior, a resisténcia da segao pode ser estimada pelas seguintes equagées, conforme Figura 11: NRd = fg by + f51 Ast ~ f2As2 Mrd = 0,5fa b y(h— y)+ fetAst (0,5 - dt) + fe2Asa (0,5h - da) onde Asi 6a dea de armadura comprimida na face de maior compressaio; Ace 6a Grea de armadura na outra face; Db — Galargura da segao; % 6 a distancia do centroide da armadura As; & borda mais comprimida; % 6 adistncia do centroide da armadura Ago & outra bord: y fs 6 @ profundidade da regio de compressao uniforme (y= 0,8x); 6 a resisténcia & compresséo de célculo da alvenaria; fe 6 @ tenstio na armadura na face mais comprimida = 0,5 fa; fg 6 @ tensdo na armadura na outra face, podendo ser + 0,5.fys, se estiver tracionada ou comprimida, respectivamente; fh 6 altura da segao no plano de flexéo. (© ABNT 2071 - Todos 08 ctaios recarvedos 31 ABNT NBR 15961-1:2011 ( valor de y deve ser tal que os esforgos resistentes de célculo superem os atuantes. Figura 11 - Flexo-compressao ~ Segao retangular Quando 6 necessério considerar o elemento curto submetido a uma flexdo composta obliqua, pode-se dimensionar uma se¢&o com armaduras simétricas, mediante a transformagao em uma flexdo reta composta, aumentando-se um dos momentos fletores, de acordo com o seguinte: Mya! M, onde 2 Mx, My. Mx +j—My para —~>—' ou; ed p 4 a My My My + j=M, a —<—— fy or {x par D q 6 0 momento fietor em torno do eixo x; 6.0 momento fietor em torno do eixo y; 6 0 momento fietor efetivo em torno do eiKo x; 6 0 momento fietor efetivo em torno do eixo y; 6 a dimenséo da segéo transversal na dirego perpendicular ao eixo x; 6 adimensfo da se¢do transversal na dirego perpendicular ao eixo y; 6 o coeticiente fornecido na Tabela 11. ‘©ABNT 2011 -Todos oe drekos reservados ABNT NBR 15961-1:2011 ‘Tabela 11 - Valores do coeficiente / Valor de Ne/(A fi) i | 0 1,00 on 0,88 02 0.7 03 0,65 4 0,53 05 0,42 206 0,30 11.5.3.2 Elementos esbeltos No caso de elementos comprimidos com indice de esbeltez superior a 12, 0 dimensionamento deve ‘ser feito de acordo com 0 exposto em 11.5.3.1, sendo que aos e'eitos de primeira ordem 6 necessd- rio adicionar os efeitos de segunda ordem. Na auséncia de determinagao mais precisa, o momento de segunda ordem pode ser aproximado por: Noa (he, 2000t Mod onde Nj 6a forga normal de calculo; he @ a altura efetiva do elemento comprimi t 6adimenséio da seco transversal da pega no plano de flexéo, ii Mas | oe / / Figura 12 - Momento de 2* ordem 12 Disposi¢ées construtivas e detalhamento 12.1 Cobrimentos ‘As barras de armadura horizontals dispostas nas juntas de assentamento devem estar totalmente envolvidas pela argamassa, com um cobrimento minimo de 15 mm na horizontal, No caso de armadura ‘com algum tipo de protegéo contra corroséo, este limite pode ser alterado, desde que comprovada a oficiéncia desta protegao. No caso de armaduras envolvidas por graute, 0 cobrimento minimo 6 de 15 mm, desconsiderada a espessura do bloco, (© ABNT 2011 - Todos oe dros reservados 33 ABNT NBR 15961-" 12.2 Armaduras minimas Em vigas e paredes de alvenaria armada, a 4rea da armadura longitudinal principal ndo é menor que 0,10 % da drea da segdo transversal. Em paredes de alvenaria armada deve-se dispor uma armadura secundéria, perpendicular & principal, com drea minima de 0,05 % da segao transversal correspondente. No caso de paredes de contraventamento, cuja verificagéo da compress seja feita como alvenaria do armada, conforme 11.5.1 @ 11.5.2, a armadura longitudinal de combate & tragéo, se necesséria, no é menor que 0,10 % da rea da segdo transversal. Dispensa-se, neste caso, a exigéncia de arma- dura secundéria minima. ‘Aarmadura colocada em juntas de assentamento para reduzir efeitos nocivos de variagbes volumétri- cas ou fendilhamento ou para garantir dutiidade deve ter taxa geométrica no minimo igual a 0,03 %. Em pllares de alvenaria armada, a érea da armadura longitudinal ndo é menor que 0,30 % da area da segdo transversal. Em vigas com necessidade de armadura transversal, esta deve ter area minima igual a 0,05 % bs. onde b 6a largura da viga; S 60 espagamento dos estribos. 12.3 Armadura maxima ‘Armadiuras alojadas em um mesmo espago grauteado (furo vertical ou canaleta horizontal) ndo podem. ter rea da segdo transversal superior a 8 % da area correspondente da sego do graute envolvente, considerando-se eventuais regides de traspasse. 12.4 Didmetro maximo das armaduras ‘As barras de armadura néo podem ter diémetro superior a 6,3 mm, quando localizadas em juntas de assentamento e 25 mm em qualquer outro caso. 12.5 Espagos entre barras ‘As barras de armaduras devem estar suficientemente separadas, de modo a permitir o correto langa- mento e compactagéo do graute que as envoive. A distancia livre entre barras adjacentes nao pode ser menor que: 2) odidmetro méximo do agregado mais § mm; b) 1,5 vez o didmetro da armadura; ) 20mm, 34 (© ABNT 2011 -Todos 0s drotos rsorvados 12.6 Estribos de pilares Nos pilares armados, devem-se dispor estribos de diametro minimo 5 mm, com espagamento que no exceda: @) amenor dimens&o do pilar; b) 50 vezes 0 didmetro do estribo; ¢) 20 vezes 0 diémetro das barras longitudinais. 12.7 Ancoragem Nos elementos fletidos, excetuando-se as regides dos apoios das extremidades, toda barra longitu- dinal deve se estender além do ponto em que n&o é mais necesséria, pelo menos por uma distancia ‘igual ao maior valor entre a altura efetiva dou 12 vezes o diametro da barra. ‘As barras de armadura no podem ser interrompidas em zonas tracionadas, a menos que uma das ‘seguintes condigdes seja atendida: —_as barras se estendam pelo menos pelo seu comprimento de ancoragem além do ponto em que no sao mais necessérias; — a resisténcia de célculo ao cisalhamento na seco onde se interrompe a barra seja malor que © dobro da forga cortante de célculo atuante; — as barras continuas na segao de interrupgao provejam o dobro da drea necesséria para resistir 20 momento fietor atuante na segao. Em uma extremidade simplesmente apoiada, cada barra tracionada deve ser ancorada de um dos ‘seguintes modos: — um comprimento efetivo de ancoragem equivalente a 12. além do centro do apoio, garantindo-se que nenhuma curva se inicie antes desse ponto; — um comprimento efetivo de ancoragem equivalente a 12 © mais metade da altura util d, desde que © trecho curvo néo se inicie a uma distancia inferior a 2 da face do apoio. 12.8 Emendas No méximo duas barras podem ser emendadas em uma mesma segéo, quando alojadas em um mesmo espago grauteado (furo vertical ou canaleta horizontal). Uma segunda emenda deve estar no minimo a uma distancia de 40 © da primeira emenda, medida na direg&o do eixo das barras, sendo ® 0 dimetro da barra emendada. © comprimento minimo de uma emenda por traspasse 6 de 40 ®, no sendo adotado valor menor que 15 om no caso de barras corrugadas e 30 cm no caso de barras lisas. Em nenhum caso a emenda pode ser inferior ao comprimento de ancoragem. 12.9 Ganchos e dobras Ganchos ¢ dobras devem ter dimensdes formatos tais que no provoquem concentragéo de tensbes no graute ou na argamassa que 0s envolve. (© ABNT 2011 - Todos 08 deel reservados 35 ABNT NBR 15961-12011 O comprimento efetivo de um gancho ou de uma dobra deve ser medido do inicio da dobra até um Ponto situado a uma distancia de quatro vezes o diametro da barra além do fim da dobra, e deve ser tomado como 0 maior entre comprimento real e 0 seguinte: — para um gancho, 8 vezes 0 raio interno, até 0 limite de 24 @; — para uma dobra a 90°, 4 vezes 0 raio interno da dobra, até o limite de 12 ®. Quando uma barra com gancho é utliizada em um apoio, 0 inicio do trecho curvo deve estar a uma distancia minima de 4 © sobre o apoio, medida a partir de sua face. 36 ‘©ABNT 2011 -Todos 0s drei reservados

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