O documento discute estratégias para o desenvolvimento sustentável do Brasil propondo uma análise dos dados sobre desarmamento civil e violência no país. Apesar de mais de 600 mil armas terem sido recolhidas, os índices de criminalidade continuaram altos na maioria dos estados brasileiros, indicando que o estatuto do desarmamento não reduziu a violência de forma efetiva.
O documento discute estratégias para o desenvolvimento sustentável do Brasil propondo uma análise dos dados sobre desarmamento civil e violência no país. Apesar de mais de 600 mil armas terem sido recolhidas, os índices de criminalidade continuaram altos na maioria dos estados brasileiros, indicando que o estatuto do desarmamento não reduziu a violência de forma efetiva.
O documento discute estratégias para o desenvolvimento sustentável do Brasil propondo uma análise dos dados sobre desarmamento civil e violência no país. Apesar de mais de 600 mil armas terem sido recolhidas, os índices de criminalidade continuaram altos na maioria dos estados brasileiros, indicando que o estatuto do desarmamento não reduziu a violência de forma efetiva.
ESTRATGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL DO BRASIL BELO HORIZONTE MG 2013 UCAM UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES LUCIANO FLIX UTSCH ESTRATGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL DO BRASIL Artigo Cientfico Apresentado Universidade Candido Mendes UCAM, como requisito parcial para a obteno do ttulo de Especialista em esto de !ecursos "umanos e Meio Ambiente BELO HORIZONTE MG 2013 1 ESTRATGIAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL DO BRASIL #uciano $%li& Utsc' ( RESUMO )o ano de *+(,, o Estatuto do desarmamento completou (+ anos de e&ist-ncia. Com a proposta de dispor sobre registro, posse e comerciali/ao de armas de fogo e munio, o estatuto serviu como base para a campan'a do desarmamento, que conseguiu retirar mil'ares de armas de circulao na sociedade brasileira. 0 autor buscou, contudo, analisar se o estatuto e a campan'a foram eficientes em redu/ir os ndices de viol-ncia no 1rasi durante essa d%cada de durao do Estatuto. 2ara isso, reali/ou3se uma coleta de dados de diversas fontes, por meio eletr4nico, de forma a tornar possvel estabelecer uma proporcionalidade entre a diminuio do n5mero de armas e a reduo da viol-ncia no 1rasil, observando tamb%m se essa proporcionalidade seria observada em pases cu6a populao apresentasse nveis de armamento elevados, sendo escol'idos os Estados Unidos e a 7ua como representantes dessas na8es. 2or%m, os dados obtidos demonstraram a impossibilidade de se estabelecer tal proporcionalidade, pois foi observado um aumento vertiginoso nos ndices de viol-ncia no 1rasil, durante a d%cada estudada, apesar da reduo do n5mero de armas de fogo. Al%m disso, os dados col'idos dos outros dois pases reforam essa impossibilidade, visto que embora sua populao este6a fortemente armada, os nveis de viol-ncia de tais na8es so menores do que os apresentados no 1rasil. Concluiu3se que no % possvel formar uma ligao clara entre o n5mero de armas presentes numa sociedade e seus ndices de viol-ncia e mortalidade. Pala!a"#$%a&' 9esarmamento. :iol-ncia. Armas de fogo. I()!*+,-.* )o dia ** de de/embro de *+(,, a lei (+.;*<, amplamente con'ecida como Estatuto do 9esarmamento, estar= completando seu d%cimo terceiro anivers=rio, por%m, ser= que nesse meio tempo, ela realmente foi uma ferramenta efica/ para a reduo dos crimes cometidos com arma de fogo no 1rasil> E&iste uma grande discusso na sociedade sobre o tema, o que gerou inclusive um referendo no ano de *++?, no qual estava em votao o art.,? do Estatuto do desarmamento que proibia a comerciali/ao de armas de fogo e munio em todo territ@rio nacional, e&ceto para algumas entidades previstas em lei. 0 A)oB acabou vencendo, com <,,CDE dos votos v=lidos. Mesmo com esse resultado, a campan'a do desarmamento foi implantada e conseguiu retirar mil'ares de armas de circulao, como veremos mais a frente. Esperava3se, com tal sucesso da campan'a do desarmamento, que os nveis de criminalidade diminussem progressivamente no 1rasil. Entretanto, a 1 2 criminalidade est= aumentando cada ve/ mais, como observaremos nos dados que sero analisados mais a frente. Fsso nos leva a ponderar as ra/8es que levaram ao fracasso do Estatuto do 9esarmamento em conter a onda de viol-ncia que tomou conta da sociedade brasileira. Gais ra/8es sero ponderadas ap@s a an=lise dos dados obtidos em pesquisa no meio eletr4nico. H necess=rio tamb%m fa/er um comparativo com os ndices de viol-ncia de pases que possuam uma cultura de armamento da populao civil bastante presente, de forma a constatar se o nvel de viol-ncia realmente no est= relacionado proporcionalmente ao n5mero de armas presentes numa sociedade. 2ara tal foram escol'idos os Estados Unidos e a 7uia. D&"&(*l/0&()* 1# O ",$&""* +a Ca01a(%a +& D&"a!0a0&()*2 Mesmo com o referendo popular de *++? consagrando o A)oB como resposta da populao brasileira a questo da proibio do com%rcio de armas, a Campan'a do Armamento obteve sucesso em recol'er armas durante seus (+ anos de durao. 2odemos observar os n5meros na tabela a seguirI PERODO ARMAS RECEBIDAS 2004 a 2010 550.000 2011 (antes do Sistema Desarma) 2.860 2011 (06/05/2011 a 31/12/2011) 34.770 2012 27.329 2013 (at 13/01/2013) 1.487 Total 616.446 $onteI http://.entre!"es"aarma.!o#.$r/desarmamento/noti%ias/a"mento&de& entre!as&%om&o&ano&no#o/ 3 Com mais de meio mil'o de armas apreendidas, o programa superou sua meta de *++ mil at% de/embro de *++D facilmente. $onteI 'ttpIJJpt.KiLipedia.orgJKiLiJCampan'aMdoM9esarmamento 2# A(3l/"& +& +a+*" +a &*l,-.* +a /*l4($/a (* B!a"/l (* 1&!5*+* +& /64($/a +* E")a),)* +* +&"a!0a0&()*2 'ti(i)ando %omo $ase da dados a se!"inte ta$e(a e(a$orada pe(a %on*edera+,o $rasi(eira de -"ni%.pios:
/onte: http://porta(.%nm.or!.$r/sites/9000/9070/0st"dos/Se!"ran%a1"$(i%a/0st"do2rmas de/o!o&34-.pd* 4 5 poss.#e( a*erir6 %om $ase nesta ta$e(a6 a n,o e7ist8n%ia de "m padr,o nas a(tera+9es das ta7as de %rimes %ometidos %om armas de *o!o nos estados6 m"ito pe(o %ontr:rio6 en;"anto a(!"ns de(es6 %omo por e7emp(o S,o 1a"(o6 <io de =aneiro e <oraima apresentam dimin"i+,o si!ni>%ati#a nesses n?meros6 o"tros6 %omo 2(a!oas6 @ahia e 1ar:6 apresentam "m a"mento s"$stan%ia(. Grabal'ando com !egi8es, dos nove estados que comp8e o )ordeste, apenas 2ernambuco obteve mel'ora nas ta&as deste perodo, dei&ando o posto de estado com maior n5mero de 'omicdios para Alagoas, que teve uma ligeira queda ap@s o estatuto, mas que no ano seguinte teve um aumento e&cessivo. )o )orte, o 2ar= apresentou um crescimento estrondoso, que no foi interrompido pelo estatuto do desarmamento, !oraima, apesar de apresentar uma queda nas suas ta&as, o vem demonstrando desde (CCC, no podendo ser creditado esta reduo citada lei. )o Centro 0este, o estado de oi=s, mesmo ap@s *++,, continuou com seus ndices subindo, ao passo que em Mato rosso, Mato rosso do 7ul e 9istrito $ederal, 'ouve uma queda ap@s o estatuto, entretanto, alcanando em *++; ndices semel'antes aos tidos antes dele. )a regio 7udeste, nem um estado pareceu sofrer interfer-ncia da lei (+.;*<, 7o 2aulo e !io de Naneiro 6= demonstravam forte reduo nestes n5meros anteriormente a ela, Minas erais obteve um aumento em *++D seguido de uma ligeira queda. )o 7ul, todos os tr-s estados tiveram aumentos nos seus ndices de 'omicdios por armas de fogo no perodo. 7omente 7anta Catarina demonstrou pequena queda ap@s o estatuto, mantendo3se est=vel at% *++O e crescimento em *++;. !esta ento a concluso de que o estatuto do desarmamento no foi, bem como no %, um sucesso no tocante reduo dos crimes cometido com armas de fogo no 1rasil, apesar de terem sido entregues mais de seiscentas mil armas PnotciaQ, o n5mero de crimes praticados continua elevado, e s@ obteve reduo significativa em tr-s estados brasileiros, o que leva a crer que a causa dessa reduo est= mais ligada politicas p5blicas de segurana locais. 5 0s principais benefcios das organi/a8es que se adequarem a essa nova realidade, sero o aumento da produtividade e competitividade no mercado, por conseguinte maior respeito e credibilidade do seu p5blico alvo, al%m da maior aceitao de seus produtos e servios. 0utra vantagem % ser uma boa estrat%gia de MarLeting para mel'orar as rela8es p5blicas. At% poucos anos atr=s, as empresas consideravam estas quest8es como uma imposio dos sistemas de proteo ambiental, que implicavam aumento de custos. Mas 'o6e, os aspectos ambientais comeam a ser considerados como fatores competitivos, que podem conceder empresa uma vantagem no mercado PU)F:E!70AM1FE)GA#, *+(+Q. A responsabilidade social e ambiental pode ser resumida no conceito de A efetividade B, como o alcance de ob6etivos do desenvolvimento econ4mico3social. 2ortanto uma organi/ao % efetiva quando mant%m uma postura socialmente respons=vel. A efetividade est= relacionada satisfao da sociedade, ao atendimento de seus requisitos sociais, econ4micos e culturais. PGAC"FRASA, *++?, p. O,Q. A gesto ambiental est= sendo vista como uma oportunidade de neg@cio, uma ve/ que conquista um novo mercado consumidor, ambientalmente respons=velT redu/ custos de produo ao utili/ar t%cnicas mais eficientes, redu/indo desperdcios e adotando uma A produo limpa A, al%m da reciclagem de materiais e 6 reaproveitamento de resduosT tudo isso, atraindo profissionais mais qualificados com princpios de %tica e responsabilidade ambiental. P90)AF!E, (CC?, p. (+*Q
0 1rasil pode redu/ir, sim, seus problemas ambientais, mas o que falta mesmo % vontade poltica em investir nas pessoas. Espera3se que o tema Educao Ambiental possa ser levado adiante pelas autoridades, com seriedade, de forma a tornar sustent=vel a vida das comunidades. 0 1rasil vem se esforando bastante, nos 5ltimos anos, na reali/ao de uma s%rie de obras de urbani/ao e investimentos em infraestrutura urbana, tais como construo de viadutos, trinc'eiras, t5neis, duplicao e alargamento de vias, em funo do crescimento acentuado da frota veculos e principalmente para a Copa das Confedera8es de *+(, e para a Copa do Mundo de *+(D, dado a previso de aumento na demanda da mobilidade urbana sustent=vel. A frota das (* principais capitais do 1rasil praticamente dobrou em de/ anos. 0 crescimento m%dio no n5mero de veculos foi de OOE, sem que a infraestrutura vi=ria e os @rgos de controle do trUnsito acompan'assem o ritmo P:ENA, *+(*Q. Como consequ-ncia dos congestionamentos, a polui,o do ar pro#o%a pro$(emas A sa?de das pessoas. 3idades proBetadas para o transporte indi#id"a( pa!am %aro n,o apenas na ;"est,o da mo$i(idade. CrDnsito pesado sinEnimo de pro$(emas de sa?de6 pro#o%ados tanto pe(a po("i+,o do ar ;"anto pe(a #ida sedent:ria so$re 4 rodas (S'10<F4C0<0SS24C06 2011). Em 1elo "ori/onte, o programa drenurbs, lanado pela 2refeitura de 1elo "ori/onte, respons=vel, entre outras coisas, pela despoluio dos cursos dV=gua da capital, providenciar= o desassoreamento e recuperao da qualidade da =gua da #agoa da 2ampul'a, cu6a concluso dos trabal'os est= prevista para maio de *+(D. H uma medida complementar s interven8es que a Compan'ia de 7aneamento 1=sico de Minas erais PCopasaQ vem fa/endo para eliminar a c'egada de esgoto lagoa. A Copasa pretende redu/ir em mais de C?E do esgoto lanado na #agoa da 2ampul'a at% o final de *+(, P10M 9FA MF)A7, *+(,Q. As perspectivas de aquecimento global % outro problema mundial que merece ateno do poder p5blico brasileiro, cu6as causas esto relacionadas com o e&cesso de C0* na atmosfera Pefeito estufaQ e destruio da camada de o/4nio. Uma alternativa para esse cen=rio % o plantio de =rvores principalmente nos grandes 7 centros urbanos, a fim de equilibrar a qualidade do ar P0)9A :E!9E 1!A7F#, *++OQ. )o 1rasil, e&istem muitas 0)s que desenvolvem pro6etos de arbori/ao e consultoria, promovendo a preservao ambiental. Uma atividade que deveria ser mais bem e&plorada pelos Estados na reconstruo de florestas destrudas pela ao do 'omem, e pelas empresas, no desenvolvimento de pro6etos de desenvolvimento sustent=vel. 7o essas as estrat%gias para a reduo dos problemas ambientais no 1rasil, propiciando um mundo mel'or de se viver, a partir da educao ambiental e sustentabilidade, por%m % necess=rio que 'a6a vontade poltica em promover as mudanas necess=rias para o bem estar da sociedade atual e das futuras gera8es. 0 1rasil tem se destacado em sustentabilidade. "ouve crescimento do n5mero de empresas brasileiras que praticam o desenvolvimento sustent=vel. Wuatro empresas brasileiras lideram o ranLing de sustentabilidade das ?+ maiores empresas da Am%rica #atina, conforme trabal'o divulgado pela consultoria multinacional Management X E&cellence PM X EQ e publicado na revista #atin $inance, especiali/ada no setor financeiro da regio. Essa % a terceira ve/ que as empresas brasileiras participam da classificao. As quatro que se destacaram so a C2$#, a 2etrobras, a Embraer e a GAM PEC0:FAEM, *++CQ. C*($l,".* 9iante do e&posto, concluiu3se que a criao de estrat%gias para reduo dos problemas ambientais no 1rasil, a partir de uma viso mais ampla da nova realidade, propiciar= uma mudana de atitude das pessoas para com o meio ambiente e consequente mel'oria na qualidade de vida. 0 1rasil deve adotar uma postura preventiva, acompan'ando mais de perto a evoluo dos problemas ambientais e oferecendo mel'orias compatveis, de forma a preparar, desde 6=, as futuras gera8es para uma nova filosofia sobre o meio ambiente. E isso ser= bom para o pas em todos os sentidos. REFER7NCIAS A7AFMMEA. Os benefcios da biotecnologia. 9isponvel emI 'ttpIJJasaimmea.orgJresourcesJbiotec'J;++OMU71M1ioGec'1roM2ortugueseM#oK.pdf Acessado emI *? de abril de *+(,. 8 10M 9FA MF)A7. Projetos realizados pela prefeitura e Copasa devem despoluir Lagoa da Pampulha em 201. 9isponvel emI 'ttpIJJglobotv.globo.comJrede3 globoJbom3dia3minasJvJpro6etos3reali/ados3pela3prefeitura3e3copasa3devem3 despoluir3lagoa3da3pampul'a3em3*+(DJ*DO;??,J. Acessado em *O de abril de *+(,. 1!A7F#, #ei $ederal nY C.OC? de *O de abril de (CCC. !isp"e sobre educa#$o ambiental. 9isponvel emI 'ttpsIJJKKK.planalto.gov.brJccivil +,JleisJFCOC?.'tm. Acessado emI (C de maro de *+(,. 90)AF!E, 9enis. %est$o ambiental na empresa2 7o 2auloI Atlas, (CC?. EC0:FAEM. &mpresas brasileiras 'ue lideram ran(ing de sustentabilidade na )m*rica Latina. 9isponvel emI 'ttpIJJecoviagem.uol.com.brJnoticiasJambienteJdesenvolvimento3 sustentavelJempresas3brasileiras3lideram3ranLing3de3sustentabilidade3na3america3 latina3CO;D.asp. Acessado emI *D de maro de *+(,. 0)9A :E!9E 1!A7F#. Plante essa id*ia. 9isponvel emI 'ttpIJJKKK.ondaverdebrasil.org.brJamigo.'tm. Acessado emI (D de abril de *+(,. #E$$, "enrique. &duca#$o ambiental e desenvolvimento sustent+vel. FnI !EF0GA, Marcos Porg.Q. :erde cotidianoI O meio ambiente em discuss$o. !io de NaneiroI 92XA, (CCC. )0GZCFA )A "0!A. )gricultura * beneficiada com desonera#$o de impostos. 9isponvel emI 'ttpIJJnoticiana'ora.com.brJroJnoticiaJagricultura3e3beneficiada3com3 desoneracao3de3impostosJ(*D(*(. Acessado emI *? de abril de *+(,.
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