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Pontificia Universidade Catélica do Rio de Janeiro — PUC-Rio Departamento de Engenharia Civil NOTAS DE AULA DO CURSO CIV 2118 - METODO DOS ELEMENTOS FINITOS Luiz Fernando Martha Rio de Janeiro, Agosto de 1994 CIV 2118 - METODO DOS ELEMENTOS FINITOS. Prof.: Luiz Femando Martha Sala: 319-L e ICAD, no prédio do ITS (anexo ao RDC) Referéncias Basicas: 1. Cook, R.D., Malkus, D.S., and Plesha, M.E., Concepts and Appli tions of Finite Element Analysis, ‘Terceira Edicao, John Wiley & Sons, 1989. 2. Zienkiewicz, O.C. and Taylor, R.L., The Finite Element Method - Volume 1 Basic Formulation and Linear Problems, Quarta Edigao, McGraw-Hill, 1989. Referéncias Adicionais: 3, Hughes, TJ.R., The Finite Element Method - Linear Static and Dynamic Finite Element Analysis, Prentice-Hall, 1987. 4. Zienkiewicz, O.C. and Taylor, R.L., The Finite Element Method - Volume 2 Solid and Fluid Mechanics, Dynamics and Non-linearity, Quarta Edigao, McGraw-Hill, 1991. Szab6, B. and Babuska, I, Finite Element Analysis, John Wiley & Sons, 1991. Bathe, K.-J., Finite Element Procedures in Engineering Analysis, Prentice-Hall, 1982. Bumett, D.S., Finite Element Analysis - From Concepts to Applications, Addison-Wesley, 1987. Gallagher, R-H., Finite Element Analysis: Fundamentals, Prentice-Hall, 1975. 9. Strang,G. and Fix, G.J., An Analysis of the Finite Element Method, Prentice-Hall, 1973. 10. McGuire, W. and Gallagher, R.H, Matrix Structural Analysis, John Wiley & Sons, 1979. 11. Desai, C.S. and Abel, J.F., Introduction to the Finite Element Method, Van Nostrand-Reinhold, 1972. 12. Tauchert, T.R., Energy Principles in Structural Mechanics, McGraw-Hill, 1974. 13. Martha, L.F., O Método da Rigidez Direta sob um Enfoque Matricial, apostila fornecida. Editada pela primeira vez pela Coordenacio de Extensio e Treinamento Profissional ~ Escrit6rio Técnico da Escola de Engenharia, UERJ, 1984. CIV 2118 - METODO DOS ELEMENTOS FINITOS MODELOS DE ELEMENTOS FINITOS PARA ANALISE ESTRUTURAL Marcelo Gattass e Luiz F. Martha © Método dos Elementos Finitos (MEF) € bastante difundido na pritica de engenharia para analisar diversos tipos de problemas. Ele permite, por exemplo, o estudo dos deslocamentos € tenses em pecas mecdnicas, barragens, minas e estruturas das mais diversas formas, tais como: torres, edificios e coberturas. Tal método € também utilizado para determinar percolagao, adensamento, pressio neutra, fluxo de calor, € muitas outras andlises utilizadas em engenharia. Todas as andlises mencionadas tém em comum o fato que elas se baseiam na solugao de um problema onde so estabelecidas equacdes diferenciais parciais relacionando variaveis de campo fundamentais dentro de um determinado dominio, tendo que satisfazer condigbes de restrigGes para as varidveis fundamentais suas derivadas na fronteira do dominio. O MEF pode ser interpretado como uma generalizagao dos procedimentos adotados em uma anélise estrutural convencional de sistemas reticulados. De fato, a formulacao matricial pelo Método dos Deslocamentos de estruturas aporticadas é o proprio MEF na sua formulagao em deslocamentos. A diferenca basica entre a andlise de quadros e o MEF est no proprio modelo estrutural. Em ambos 0s casos o modelo estrutural é formado pela montagem de componentes ou elementos estruturais individuais. No primeiro caso, os elementos aparecem quase que naturalmente a partir da propria concepeao da estrutura (Fig. 1.0-a). No segundo, a estrutura é modelada (idealizada) por um niimero finito de elementos (regides) para representar um meio continuo, exemplificado pela seco transversal de uma barragem de gravidade mostrada na Fig. 1.0-b, Fig. 1.0 ~ IdealizagGes de estruturas por elementos finitos [CLOU6S], mostrando (a) elementos unidimensionais ¢ (b) elementos bidimensionais. 1.1. CONSIDERAGOES SOBRE A GEOMETRIA DO MODELO Tanto na anilise estrutural de sistemas reticulados como na de meios continuos, 0 objetivo € obter a soluco para distribuicGes de tensdes e deformagées e o campo de deslocamentos em todo o dominio (em todos os pontos) da estrutura. Os problemas analisados podem variar desde treligas ¢ quadros planos, distribuigdes de tensio em meios bidimensionais (chapas), sdlidos com simetria axial, placas (lajes), quadros espaciais, cascas, até s6lidos tridimensionais. No entanto, estes tipos de analiss se diferem quanto & natureza da geometrin do modelo estrtual (modelo matemético) adotado. Os dominios dos modelos mateméticos adotados sio definidos a partir da forma geométrica dos objetos e de hipdteses basicas sob o problema. A forma geoméirica dos objetos éum dado do problema © esta seco procura discutir algumas destas hipéteses bisicas que modificam © dominio do MEF. Em andlises de tenses de objetos do tipo mostrado na Fig. 1.1, por exemplo, © dominio € bem préximo da forma real do objeto. Para estes problemas a definicio do dominio das equages praticamente se confunde com a modelagem geométrica do sblido. Prétese mecfnica Para substitulr uma cabega de femur. Fig. 1.1 - Domfnio da equagdo diferencial ¢ forma do objeto Existem problemas, entretanto, em o domfnio das equagSes diferenciais que modelam © comportamento de objetos tidimensionais € plano. Esta simplificagio ocorre quando, por exemplo, a geometria do objeto pode ser descrita através do arrasto (sweeping) de uma seco transversal constante € a componente do campo que se pretende determinar possa ser suposto nfo variar na diregio do arrasto. A Fig. 1.2 mostra exemplos onde a geometria do objeto € descrita por um arrasto 80 longo de um segmento de reta ¢ de um circulo. Estado plano Fig. 1.2 - Modelos planos de objetos tridimensionais ‘As simplificagbes dos dominio nem sempre seguem hipSteses tho Sbvias quanto as mostradas na Fig. 1.2. A anflise estrutural, por exemplo, se bascia em tés simplificagbes de geometria presentes nos modelos de barras, placas e cascas. Barras so objetos caracterizados por uma seco transversal de dimensdes pequenas quando comparadas com 0 seu comprimento. A anflise de tensSes em barras fletidas se baseia na hipdtese de que sepdes transversais permanecem planas ¢ ortogonais a curva definida pelo seu eixo. Esta hipétese foi primeiramente proposta pelo matemético holindes, Jacob Bernoulli (1645-1705), com um ero ilustrado na Fig. 1.3 (a seco é suposta girar em tomo do base e nfo do centréide da segtio). Modelo de Bernoulli para uma viga em balango. Fig. 1.3 - Hip6tese de Bernoulli para barras fletidas A hip6tese correta (que pode _ser_ comprovada experimentalmemte), _ foi formulads, pelo professor, de, engentaria “francés, M. Navier (1785-1836). Esta hipétese © campo de deslocamentos de uma barra fletida da forma ilustrada ‘Seqdo fronevenal permanece piona e gic com 0 cuva do ero. Fig. 1.4 - Deslocamentos de uma barra fletida Com a hipstese de Bernoulli-Navier 0 campo de deslocamentos (u,v,w) de todos (0s pontos de uma barra fica definido pelo deslocamento da curva do centréide das segdes. Com isto a equacio diferencial que descreve © comportamento deste campo deixa de ser parcial ¢ toms-se ordinéria. A descrigho dos delocamentos de uma curva cibica a partir da extremidade e a continuidade do campo de deslocamentos entre elementos (curvas) requerem, entretanto, a utilizaglo de rotagbes como medidas de deslocamentos. Na mecfnica de pequenos deslocamentos estas rotagSes sio aproximadas por derivadas de deslocamentos ¢ tratadas como velores (comutativas). Toda estas simplificagSes permitem que estruturas da complexidade ilustradas na Fig. 1.5 sejam corriqueiramente analisadas nos projetos de engenharia, Fig. 1.5 - Exemplos de projetos baseados em modelos de barras Uma outra simplificagio de geometria importante € a que ocorre no estudo de placas ¢ cascas. Placas ¢ cascas sdo objetos com uma dimensio bem menor que as outras duas, como ilustra a Fig. 1.6. A exemplo do que ocorre com os deslocamentos das barras que so descritos a partir da curva do centréide, os deslocamentos das placas € cascas sfo descritos a partir dos deslocamentos de sua superficie média. O alemio G. Kirchhoff foi quem primeiro estabelecev, em 1850, a hipdtese de que a normal da superficie wédinpermaneee reise perpendicular 2 superficie ap6s 0 deslocamento. de place, conforme ilustra a Fig.l.7. A equaclo parcial de placas e cascas € funclo das duas varidveis que descrevem a superficie média ¢ sua discretizaglo requer 0 uso de rotagSes para reprensentar o campo de deslocamentos. As simplificages de geometria propostas nos modelos de placas cascas permitem a anilise de deslocamentos € tensdes em pisos e em juntas tubulares de plataformas marftimas. aT Placa Casca Fig. 1.6 - Geometria de placas ¢ cascas Fig. 1.7 - Hip6tese de Kirchhoff para placas Outros modelos de elementos finitos também apresentam —_domfnios imteressantes. So os casos, por exemplo, dos problemas com dominios: infinitos, com juntas (interfaces), com fronteira livre ou fratura. A Fig. 1.8 iluswa um modelo de escavagio com dominio infinito. A fronteira externa do modelo € arbitrada em pontos onde 0 campo de deslocamentos podem ser supostos conhecidos. Q aan Dominio arblitrado Fig 1.8 - Domfnio infinito com fronteira arbitrada Modelos com juntas procuram representar 0 comportamento mecinico das interfaces entre materiais presentes no modelo, Cada material € modelado por uma equago diferencial diferente e & interface € atribufdo um comportamento que relaciona as grandezas de ambos os dominios. A Fig. 1.9 ilusta um problema de escavagio com uma junta horizontal no meio do tinel. Fig. 1.9 - Modelo de escavagio de tiinel profundo com junta Modelos com domfnios com fronteira livre e modelos da mecfinica da fratura, possuem a paricularidede de redefinir o domfnio da anflise a medida que 2 anilise prognde. A Fig. 1.10 mostra a evolugio do dominio em uma anélise de mecinica da fratura. Fig. 1.10 - Domfnios na andlise de fratura [WAWR87] 1.2. DISCRETIZAGAO DO DOMINIO De uma maneira geral pode-se dizer que a idéia central do méiodo dos elementos finitos € subdividir os dominio da equaglo que descreve o fendmeno fisico, em poquenss regides (elementos) onde © comporumenio do_ctmpo poss ser aproximado por um polindmio de grau baixo. Este polinémio € escrito em fungio de valores do campo nos vértices (nés) destes elementos ¢ estes valores (incOgnitas do problema discreto) sfo determinados através da minimizagio de um funcional as- sociado mequacio diftrencial. A Fig. 1.11 ilustra alguns tipos de elementos ‘comumente encontrados na engenharia. 4 fe L\ (2 FP Fig. 1.11 - Elementos finitos ‘Ao longo das ditimas tés décadas, pesquisadores ttm desenvolvido elementos finitos que produzem boas aproximagSes para as equagbes diferenciais encontradas nas simul: de engenharia. Atualmente, na anélise estrutural, por exemplo, pode-se dizer que esta investigacfo jd est concluida para os problemas lineares. A pesquisa para desenvolver elementos e formulagdes meciinicas que reproduzam o comportamento nfo linear de material ¢ geometria, entretanto, continua. ‘As condipdes de convergéncia e a acurécia das solugdes do método dos elementos finitos dependem nfo s6 da formulacio dos elementos, mas também da malha gerada para analisar um determinado problema. Isto ¢, nfo basta se utilizar um programa bem desenvolvido com bons algoritmos numéricos e baseado em excelentes elementos. E preciso que a discretizacio feita para o dominio do problema em questo também seja adequada. Programas de elementos finitos trabalham com a malha fornecida pelo usuério € nfo com o dominio das equagdes ou geometria dos objetos. A tarefa de subdividir © dominio em elementos, quase sempre nio € nem mesmo verificada pelo programa. Esta responsabilidade recai toda sobre o usuério. Mais ainda, as condigdes de convergéncia de cada elemento finito raramente so especificadas pelo programa. Cabe “ao usufrio ter conhecimentos sobre os elementos fornecidos e suas formulagées. Explicitar as condigdes que garantam a convergéncia e acurécia de todas as solugdes. do método dos elementos finitos, esté além do estado atual do conhecimento na rea. Apesar disto, algumas consideragbes gerais podem ser enunciadas. Como o estudo de técnicas para geragio da malhas € um dos objetivos deste texto, estas considerages slo, na realidade, o objetivo central desta segao. Existem basicamente dois tipos de condigdes: umas relativas & geometria dos elementos € outras relativas ao arranjo entre diversos elementos. Os elementos finitos sio objetos de geometria quase sempre convexa e suas formulagdes tendem a Privilegiar as formas mais regulares. Ou seja, elementos finitos mangulares sio em geral melhores quanto mais se aproximam do tidngulo equilétero. Quadrados sio usualmente melhores que retingulos e estes melhores que paralelogramos, ¢ assim por diante. A exigéncia de convexidade slo oriundas da necessidade de inversio do Jacobiano da fun¢ao que mapeia um dominio elementar do tipo [-1,1}x[-1,1) no domfnio do elemento, conforme ilustra a Fig. 1.12(a). Na realidade, esta exigéncia de inversibilidade do Jacobiano € uma condi¢éo mais restrtiva que a convexidade, mas existem casos em que o Jacobian € inversfvel e 0 dominio do elemento nfo convexo. A Fig. 1.12(b) ilustra este caso. Quanto ‘as relagdes entre elementos, pode-se dizer em geral, que dois elementos ¢, €, s6 podem se interceptar em uma face, uma aresta ou’ um vértice (n6), ou seja: ¢ n6 (vértice) €OS*1 lado (aresta) aa face Fig. 1.12 - Regras para unicidade dos mapeamentos [ZIEN89] A Fig. 1.13. mostra malhas que atendem a esta condigao. Intersegdes que resultem em trechos de uma face ou aresta, como ilustra a Fig. 1.13 devem ser evitadas. Arranjo errado Arranjo certo Fig. 1.13 - Condiglo bésica para arranjos de elementos em malhas Uma outra forma de enunciar esta icdade seria a dizer que dois elementos de uma determinda dimensio sé podem se interceptar em uma entidade de dimenséo inferior. Quando 0 elemento for de dimensOes diferentes (um cubo ¢ um quadrado) a dimensio da intersegio pode ser igual ao elemento de dimensio inferior. As intersegio de elementos de uma malha vo, entretanto, mais longe. No MEF a liagio da integral sobre o dom{fnio, , € feita pela soma das integrais sob os domfnios internos de cada elemento, Qe, sem consideragbes de suas fronteiras, ou seja: (1.2) Por isto € preciso garantir que a integral nas fronteiras dos elementos € nula, Esta condig#o impoe duas outras. A primeira € de que as fronteiras comuns a dois elementos devem se infinitesimais no espago do dominio 2. A segunda € de que 0s valores do campo incégnita e de suas derivadas que aparecem na integral devem ter valores limitados na fronteira. Se, por exemplo, a derivada de ordem méxima que aparece na integral apresentar um comportamento do tipo Delta de Dirac na fronteira, sua integral poderia ter valor finito violando a equagSo (1.2). Esta condigio pode ser traduzida em termos de exigéncia de continuidade do campo nestas interfaces. A ordem de continuidade na interface € fungio da ordem de derivada do campo que aparece na integral. Se a integral contém derivadas de ordem m, as fungdes precisam ser continuas sté a derivada m-1 para que a derivada m seja limitada, Assim, por exemplo, elementos tipp placa com derivadas de segunda ordem nos seus funcionais requerem continuidade C' para garantir convergéncia. Uma maneira comumente utilizada para garantir continuidade 20 longo de interfaces de dois elementos consis: em garantir que nela o campo ineégnitt seja fungiio apenas dos valores dos n6s comuns aos dois elementos. Isto implica que, por exemplo, o campo incéginta no lado dos elementos finitos tidngulares mostrados na Fig. 1.14, seja funglo apenas dos valores v, ¢ v,. Caso o campo no lado 23 fosse fungio dos valores v, ou v,, nada poderia garantir a continuidade deste campo uma vez que estes valores sio independentes e podem variar livremente. Por isto, em formulagdes que nfo utilizam rotages a variagio do campo incégnita nos lados de elementos triangulares de trés nés € linear. Para se obter uma variagGo parabélica utiliza-se elementos widngulares com seis nés, um no meio de cada lado. Mudanga deste valor do pode afetar a disttipuig¢ao na aresta seer PN], — ve Fig. 1.14 - Dependéncia do campo incégnita nas interfaces Algumas vezes analistas de elementos finitos _utilizam —malhas _ com inconsisténcias dos tipo de um elemento quadrilétero de oito nés colocado a0 lado de outro de quatro, criando um Iado comum com campo descontinuo como ilustra a Fig. 1.15. Neste caso espera-se que o programa de anflise possa tratar estas inconsisténcias através de técnicas do tipo dos multiplicadores de Lagrange que procuram minimizar 0 ero cometido. Estas solug6es so, entretanto, pouco clegantes ¢ devem ser evitadas. Fig. 1.15 - Incompatibilidades no campo de deslocamentos 1.3. O PROCESSO DE GERACAO DE MALHAS Quando, na década de 60, 0 método dos elementos finitos foi introduzido nos rocessos de projeto de engenharia, coube ao engenheiro snalista a tarefa de descrever a malha diretamente para os programas entio disponiveis. De uma maneira geral esta descrigio € feita em quatro etapas. Na primeira etapa o analista fornece as coordenadas dos nés que sio geralmente identificados pela ordem com que so fornecidos. Na segunda etapa o analista fornece tabelas de material € outros atributos da _malha. Na terceira etapa ele fornece um descriggo dos elementos através de sua incidéncia modal (conectividade) e dos indices de material e outros atributos especificos do tipo de elemento. No wltimo passo so fomecidas as excitagdes do modelo (cargas). Estas excitagdes so geralmente atribufdas diretamente a nés ou elementos. A’ geomeiria, do. dominio neste proceso nfo € expecificada diretumente € fica implfcita na unifo dos elementos fornecidos. Toda esta informagio era passada para os programas de anélise através de arquivos texto. Um dos primeiros sistemas de uso geral que surgiu na engenharia, © ICES (integrated Civil Enginering System), foi desenvolvido no MIT (Massachusets Institute of Technology) com preocupagées de tomar estas etapas menos sujeitas a erros. A Fig. 1.16 mostra um trecho do arquivo texto que deseeve a estima wimbém mosads na figure para um sub-sisiema do ICES, 0 STRUDL. $ 3 0 Bec! 200e esses z i 2 3 4 Mi 1 2 3 Mi } 2 3 =. ‘2008 ae Sexe i ADS. FORCE Y-7.2 6. Arquivo STRUDL Fig. 1.16 - Estrutura € arquivo de dados para o ICES/STRUDL A descrigio do modelo para o sistema ICES/STRUDL, ilustrada nesta figura, € feita através de uma liguagem orientada pelo usuério. Este processo, apesar de ser obsoleto atualmente, era bastante adequado para a baixa interatividade dos computadores da época. ‘A preocupagio com o desenvolvimento de novos elementos e de técnicas nimericas mais eficientes dominou a década subseqiiente. A descrigfo de um problema para os sistemas que surgiram neste periodo passaram a utilizar arquivos numéricos formatados onde o significado de cada mimero era fungdo da ordem de sua linha no arquivo e de sua posi¢o na linha. A Fig. 1.18 mostra trechos de um arquivo que descreve a estrutura da Fig. 1.17 para o programa SAP V (Structural Analysis Program). Este programa, que teve sua origem em Berkeley em 1965, teve Seu fonte distibuido pelo mundo influenciou de modo marcante © desenvolvimento do Método dos Elementos Finitos. 10 20 30 40 50 60 1234567890 123 45678901234567890123456789012345678901234567890123456 TORRE ESPACIAL 4 1 1 o 0 0 0 1 0 o Oo 1 1 1 0. 8. 0. 2 1 P12 1 1 1 0. 0. 0. 3 1 1 1 1 1 1 8. 0. 6. 4 1 1 1 1 1 1 8. 0. 3. 1 3 1 1210000000. 1 2 1 1 2 7 i: 1 3 4 101 1 1 0. -10. 5. Fig. 1.17 - Entrada de dados do programa SAP Estos nesta_descrigo detalhada eram comuns até que, no final da década de 70, a Computagio Galton assou ater uilizada neste process. Atvés dela, 0 usuio pode ver ums imagem da malha que sinietiza nko #6 « geomeris do dominic © asranjo dos elementos. Técnicas da computacio gréfica interativa foram usadas na década de 80 para promover um ambiente onde 8 criaclo da malha fosse feito dentro de um proceso de Giélogo orientado por computador. Estes programas que criavam dados para a anflise, passaram a se chamar pré-processadores. Os primeiros pré-processadores que surgrum procuravam reprodurir 0 processo de criago do arquivo de texto. Eles basicamente permitiam que a cada comando do usuério, feito ainda no modo semelhante aos do ICES/STRUDL, o usuério pudesse Visualizar a malha.gerada. AS primeias versbes do programa ANSYS edo MTABS exemplificam este enfoque. A énfase nestes programas estava na gera¢do automética de nds © elementos a partir de comandos do tipo “repita um dado elemento n vezes gm incrementos d¢ unio" ou. “intepole és ene 0 x6 tal € 0 ng ta” Uma priméria destes comandos j4 exitia nos arquivos texto € eram causas Feqiengs de erros. O feedback visual possibilitado pelo uso da Computagéo Gréfica minimizou estes erros. Uma nova geragio de pré-processadores surgiu com a utilizagio de técnicas de geracfio automética de malhas a partir da fronteira de seu dominio. A Fig. 1.18 Exemplifica esta idéia.. Uma evolugio natural desta idéia vem ocorrendo com a intodugio de ferramentas de Modelagem Geométrica para nfo s6 criar a geometria inicial do Objeto ‘como ‘tumbém para avniliar no. processo de geragdo eutomuica da malha Fig. 1.18 - Geragio de malha a partir da fronteira do domfnio 1.4. CONVERGENCIA E ERRO DE DISCRETIZACAO- ‘Na modelagem por elementos finitos existem duas questdes que devem ser abordadas: “Qual 0 grau de aproximagio da solugo encontrada?” e “Como a solugio aproximada pode ser sistematica- mente melhorada para chegar & solugo exata?”, A primeira pergunta € dificil de ser respondida pois ela pressupde 0 conhecimento da solugio exata. Eo que é necessério para se responder a segunda pergunta é uma garantia de que o modelo vai convergir para a solugao exata a medida que o tamanho hidos elementos vo diminuindo. Para tanto, argumenta-se [ZIEN89] que, se a aproximacdo para o campo incdgnita for capaz de, no limite, distribuicao de d dentro do meio continuo ese a sol ai convergir para a so 4= 0. Estes fatos sio observados em modelos do MEF. Em alguns casos, a solugao exata é ‘encontrada mesmo com uma discretizacao finita (ou mesmo com um tinico elemento) se esta solugao for formada pelas mesmas funces que s4o usadas na aproximagao dentro de cada elemento. Assim, por exemplo, se a solugao exata for da forma de um polinémio quadratico e a aproximago utilizada incluir todos os polinémios desta ordem, a aproximagao resultara na solugo correta. A argumentacao acima auxilia na determinagao da ordem de convergéncia de um modelo de elementos finitos [ZIEN89]. Considere que a solucao exata u pode ser expandida em uma série de Taylor na vizinhanga de qualquer ponto (ou né) icomo um polinémio (ou, ou, aut xe Oui) yy) + --- Si oael Ge x) + Glo yi) (1.3) Para isso nao pode haver singularidade do campo na regido da expansio. Se dentro de um elemento de tamanho caracteristico huma aproximacio polinomial de grau p for empregada, entio a solugio aproximada ajusta localmente a expanso em Taylor da solugao exata até este grau. Como xe ysio da ordem de magnitude A, o erro emu vai ser da ordem O(h?*!) porque somente os termos de ordem ppodem ser representados corretamente. Uma ordem de erro O( 41) corresponde a um grau de recisio n._O grau se refere ao grau do pol alta ordi Set representado exatamente. Assim, por exemplo, se o polinémio utilizado na formulagao do modelo de elementos finitos for linear (p= 1), a (velocidade de) convengéncia esperada é (2), isto €, o erro em deslocamentos é teduzido para 1/4 se o tamanho caracteristico dos elementos da malha for reduzido pela metade. Analogamente, as deformagées (ou tensdes), que so obtidas por derivadas de grau mdo campo de deslocamentos, devem convergir com um erro de ordem O(h?*!-). Para o caso de elasticidade plana (m= 1), no exemplo com aproximagio linear a convergéncia para tensdes € O(h). Tipos de refinamento de malha Existem duas maneiras classicas de reduzir o erro de aproximago de um modelo de elementos finitos. Estes procedimentos (Fig. 1.19), denominados de refinamento do tipo “he refinamento do tipo “p”, séo duas formas de aumentar o niimero de graus de liberdade de um modelo, de forma a reduzir 0 erro de discretizagao em uma andlise subseqiiente. Origa mesh refinement retrement Fig. 1.19 - Refinamentos do tipo “h” e “p” [COOK89]. 14 O refinamento do tipo “h’; Fig. 1.19-a, se refere a uma diminuigo do tamanho caracteristico (i) dos elementos, dividindo-se cada elemento em dois ou mais elementos, mas sem alterar o tipo de elemento usado. 0 refinamento do tipo “p”, Fig. 1.19-b, se refere a um aumento do grau (p) do polinémio completo de mais alto grau na formulagéo dos elementos, acrescentando-se nés aos elementos ou graus de liberdade (por ex., rotagdes) aos nés, ou ambos, mas sem alterat o niimero de elementos usados. Uma terceira alternativa para refinar uma malha consiste na modificagio da posigo dos nés, movendo-os na direcao das regides onde haja gradientes acentuados na solugao, mantendo-se 0 mesmo niimero de graus de liberdade do modelo e a ordem dos polinémios nos elementos. Este €0 chamado refinamento do tipo “r”[CASA88, CYRI89]. Este procedimento aumenta a densidade da ‘malha nas regides mais criticas ¢ torna o modelo menos refinado em outras dreas. Uma seqiiéncia sucessiva de refinamentos da malha produz uma convergéncia para o resultado correto. Este processo é conhecido como convergéncia-h, convergéncia-p ou converséncia-r, depen- dendo do procedimento de refinamento adotado. O programa de andlise por elementos finitos € chamado de ‘adaptativo’ se a adicio de graus de liberdade, ou modificagao da posicao dos nés, e re- andlise so executados com um minimo de intervensio do analista. O programa é chamado de ‘auto- adaptativo’ se ele pode decidir automaticamente onde dentro da malha graus de liberdade adicionais sio necessérios, modificar esta malha, refazer a andlise e continuar a executat este procedimento até que um critério de convergéncia pré-estipulado seja alcangado [COOK89}, As areas de estivativa de erros de discretizacao e andlise auto-adaptativa sfo relativamente Tecentes na pesquisa sobre o MEF. Uma introducdo a este assunto pode ser obtida no capitulo 14 da referéncia [ZTEN89]. A referéncia [SZAB91] aborda o assunto em maior profundidade. 15 REFERENCIAS [CASA88] [cooKs9] [CLOU6S] [cyRIs9] [STRA73] [SZAB91] Las Casas, E.B., “R-h Mesh Improvement Algorithms for the Finite Element Method”, Tese de doutoramento, Dept. Civil Engineering, Purdue University, 1988. Cook, R.D., Malkus, D.S. and Plesha, M.E., Concepts and Applications of Finite Element Analysis, Third Edition, John Wiley & Sons, 1989. Clough, R.W, “The Finite Element Method in Structural Mechanics”, Chapter 7 of ‘Stress Analysis (eds. O. C. Zienkiewicz and G. S. Holister), Wiley, 1965. Cyrino, J.C.R., “Convergéncia Acclerada pela Relocalizacio de Nés e Refinamento de Mathas de Elementos Finitos”, Tese de doutoramento, Programa de Eng. Civil, COOPE/UFRJ, 1989. Strang, G. and Fix, G., An Analysis of the Finite Element Method, Prentice-Hall, 1973. Szabé, B. and Babuska, I, Finite Element Analysis, John Wiley & Sons, 1991. [WAWR87] Wawrzynek, P. A. and Ingraffea, A. R., “Interactive Finite Element Analysis of [ZIEN89] Fracture Processes: An Integrated Approach”, Theor. Appl. Fract. Mech., Vol. 8, pp. 137-150, 1987. Zienkiewicz, O.C. and Taylor, R.L., The Finite Element Method ~ Volume 1 Basic Formulation and Linear Problems, Fourth Edition, McGraw-Hill, 1989, 16 Tntrodugts a Metodos Enevae'ticos 2 Prine’ptos Varia. ciona's « Dutreducgce —Qvadros_e treligas matrie de naider dos elementos Ck] pode ser determingda °* equiltbrio aAcretamerte — Elementor Finitos (E.R) bi ou tridimensionars _ Tk] noe pode ser determinada por equilibria diretamente. Sau’ per prine(pias energeticor, Prine! pus olar Detocamentos Virtvers (PTV) ou me‘todles. de energin — BBV. hada ma e de que uma ovtra forma de estabelecer a5 condigsts de equilibris — Meétede de Rayleiah- Rita mebods enersettiio onde a fenced de aproximace> abranse teode © domilwea. Grous de Uberdade had tem necesianamente significads Hsico fongsd de aproximagss e'definda em Jenos edages, Graus de liberdade corresponden, A valores das funget de aprovimagas nas not ° Problema imatewmaltice aser_recolvide — Equagce diferencral oprerra. 0 co ortaimente ne devninio Cex. e vest da Paes — Condigcts de tohtorne nas feaeterms — civrematicas (essen cious) PR present — estefticais (natura), Be, fenas de seperti preseritas “oot =z a MsB1¥ 4.70.9 a femene = = = Formulageés do problema — Formolagse forte (“strong form") _formulagd& atraves dase: ot _lferevetis diretamente, Coudigots dé equilbrio (¢ compa- Eibilidade) tem pene sabicfetas em todas _ entos. — Formuldcas fraca (“weak form") Formulagad dtraver de integrais que envolvem as eqvagees Aikerenciais welpio da Mima Energia. Potercial Total —Sestema, estrotura ¢ as forgas que wtuam fstema conservative Seo sistema for deslocado de qwalquee coufi- estGas original @o pendetemente geease @ vttornade “a trabalhe total realizade € hule, dnde ca trajettria reabitada. — o “Sitemey for deslocade de uma conbiguragiis era outa ¢ 0 trabalho vealitade pelas fSrgas tndepende da. trajetsria. — Energia de deformacad e ehergia, potencial depen- dem apenas da configuragds etval ¢ nis de come © sistema, ehegon K ela Cerise energia. petencial) - Conbiquraget odatsslel _-. Misotisfat Compotibtlidade oe deslocamentes Unternamente & com os vincules externos = Enerava de_deformagce tnterna, T Ey Ech ve Gydey Av Use [Tedeg Lv __(notagete tndseial) Erergin de cleformagS U. ——~* por vnidade de Volume = Sistema de d dof ‘ec U HeD feof P te 4 Boticoy 2 D — Meros contfnves ¢ U 2D Vb = (Ve feh= (&, - _ dN €y ve és G ¥, |. Cg ny, _ | fae _ | Xe oe ha ap fe} ft) Leb e fe) oe a 4% Coy fq ~ ATES te] ter Ke + {to} lei de Hock deformacces tensces residvais reatduass AU, = 15} ue} AVs = Va din + Uy dey + Vey dag Treremente de eae de deformays devide ag cucremento cle __de! CMnagor_ 20 Pe Or ne Oe 2x 6; 2 Bry Tnteqvande dls com vespette ‘a. deformagds 2 vest fey Ler fet - Ce} celfes} + Leh"Cvo} db variagede de U_em relagad o, deslocamentos Su i Seige t (Suess + Sojye) ! SU. = Vy heey i su= SejaV Ht Sey 4 voriages de 0, $V, cormspovcle ao trabalhe virtual cnterno para uma estrubva submetida Aum campo de dedocamentes viréuais Su —Trabalho virtual das forgas extemas SWe = [#:Sucas + J FiSacav (notagés cndicial) d = forgas de superficie Fi > forgas de volume 24 — Polencial das forgas externas _ E’ definida uma funged potencial alas forgas externas Ve, tal que_a sua primeira’ variaqgas SVE, Saja. egal a -SWe Gopal a menor o trabalho virtual das foryac externas) Sv = - SWe Assim, - Oe _ [ona ~ [Far av + const : - . Vv depende do a : referencia escolluide Na expresses acima wad aparece o ferme A, Tito porue oO pobencial das forgar externas representa, um potencial adqutrido pele carregamento, com ua thfentiolade total, __._de_deslocer dentro ~de tocdes as suas posibdlidades., z hada tende a ver com as caractentticas elattiia da éstrotura, Estas estes represento.des em VU. — Sistema de d dof. ee - bed gow] P Vg = — PD + comet kK ee — Metos continues ¢ Ve SB mtfel i ore wy v 5 by had R Pe deslocamentos forgas de volume — forgas de spective zp. tu} {4} fF = 1} i Ab} = a v. fy oy Forgas 2¢ momentos concentrades; {P} = i a \e- [tal tar fetta ~ [pi EP} $ — Energia. Potencial Total TT, =U + Ve ara. ( de Pode ser encarada come a enerara a ser fornecida ao sistema b eva-le de oma “configuva,c> qualquer deslocamentos ¢ forgas aplicadas (diferente on RB) va da confiquragc> de 2qu’bro) pee & configu- ragde do sistema tndeformads. Se a configured tndeformada for o referencia ale eneraia,, entde coust sO. 23 — Sistema de t dof _e Te Fp ea —_ Meios couttau i - fo av - i val eden Vv Ex.: Vigan Com Caran transversal _ ~ Peo ; a 4 €zr be 4f+—_______} ~ L - doe Te Ate Co considerande deformagss por Flexo) Ave = EE, AED ex — eeeseeeeateaanien {e. —~ w=E€ z 24 v onde, Exe Ge = yd = offs Cede Jaa ax “f x OF ju= [ EL t dx Energia de deformages tnferna 2 ‘ | = eof Ar) Ce) dx} Botenesal das Srgas exbernas o tc OO me [ee du ~ [pss Enero. Ptencial Total Ee.: Barra com Caran axial Er a eA 7 +— ++ d0.= Vi den = ERA. 46 €,s awe ax 25 u = f (£¢) dAdn ie ‘o < " i & 1 Energra de deformaged cnterna, Potencial das. forcas externas Energia Potencial Total — PF vaxvages da energie gotencial total Se para um sistema (ertrtura e Forgas) em equilbrio for ‘dado vm campo de deslacamentos Ea STheg, = 80eq + SMeog Observe que pela express& Ao Prenexipro dos Deslocamtutes Virtuars tem-se: 5 Veg = 8M, E come SWe=-SVe , tem-te: [ST =O 26 — Principio da Minima Brergia, Potencial Total STp.=O wmostra. que pequenas variagss de deslocamentes em torneo da coufisvrages de equilbrio nad alteram o valor de Teg - Tsto ce”, a energra potencial total e” estacioucinia (passa por um minime ou matkime) Guande a estrtura estal na configuragss de equi'lbrie. Oo per ostra, a imposigas de STp sO ¢ uma condigdd de (e9uillbrio pore & estrutura , do mesme modo que oa aplicages do priveipro dos deslocamenbs virtars "Dentre todas as configuragets admissiveis de om sistema Couservativo, aquelas pe sotisfarem as coudigoes de eaquilbrio farem com que a. eneroia. potencial total Seip estacionsdrca. com respetto a equenas.yaciageEs de, deslocomentos, Seo pales de estroonardade @” de vatnimo, entad o sap libro e’estetvel ° pronespee ef vllide mesmo ho caso em aque 0 material hos tem om com portamento Uneor Co sistema tm que Ser Conservative). Os caregamentos sab mantidos coustantes derante & variaga de deslocamento. 2F ene j G iz k T= ©) “T= 0% 0 £20 = Pro aD oD aD Deg = P/k 2M = KD-Ps0 > Equages de equilibrio — Sistema de virot def e STp=0 pent acene here Dy oh RoR Ps 7 Te = We (D,, Pa, Da) STp = We SD, + 2M Di+ ... Bip SDm aD, aDL oD, 2 Equag de equi bev na direqes do dof cy Ex.: molas em Serie Wy = Ly Dis the r-DYe Ly Oy-BIE RD, - AD -AD, Ine -k.@.-D) —P =0 et som Di Ra (e-D)) — Rs (D.-*) - Pr =O Ks (Dg-Di) - P20 | (Re R= ° , a Ri Cee ks) -R ff Pe Y=) R eo -Rs Rs] Ds Ps CKUCD} = {R}| sistema de equilibric do metodo da vigides diveta Coucluscet : A. dU? Teoremo. de Cas tegliane Pom ne ce, 2D. Ody 2uU = Ke 2. Sestema conservative Ki ky + Gereralitages do Enfoqye Integral (Energetic) __ — Caso Unidinensional - ke Foucional —> Te [ Flmoclde * Az Atln) —? fougets qe waihiimta ov maximita TT ets etree ee ee oe Mor) + &xeCn) ST = 0] — condigas de mihime eu medximo de T_ “Variagds" no sentido de calleulo variacional Nanagde" em torho da soluges Gee mininalda, ov a mosimiza o fneionel IS oe ence eee ST C0 MF condega de malcimo ST 20 > deve-se pesauisar variagSes de maior ordem 30 — Revises de colleloe variacional ou AtCn) =a Cr) + Hl) AT Ad K=0 Mn) = 0) + Ear) => Tet) [eg] = tnkesravin per pares 1 iy x dt \ [= = fe ee [zene] : ad 6 Wn An Duyn, 2a, - 1 £T=0 = OF | — Equagia de Euler Lom Ax Om | Exvaged diferenciat -- - Qsiociada a vin. problema de mintmtiagad (oo maximirays) de um funcional Gondigser de coutocno: noturais —— on £SSEN AIS he BF yl so => DEl sol see [ku] 20 Ot, Oey nea, = Nee = ey QF} 20] om Sute)} =O han pm hehe (Guando Laln) a ule (quando ule) 0 sla) Sob descoubecites) 55 couhecidos | a Formvlaceés do problema: Formulagas Forte (“strong form") >| ER de Eater + | de Euler + oe nd cle Coutorne. Pormulages Fram. (weak form") —» ST=o — Ex Barra com oorae. axial a) - Pa ff L L " | et aerate - Baa, Te U4 Fa FA wn = gil) z cl ST 2 S[ Flr aay )de — Sah S120 > Eg. ae Evie: QFE ADF LO Qe lx dan, 2Fa-gs) j d BFL A (EAu,) = FA dee ae Ae Min ale FAdu 4 ah)=0 equogds diferencial que governa ax OCKCL| 0 Comportament> axial de uma barra (eq. de sequilibrio erm termor de a) Condiqs: de coutome : Oetn nel x20 Badu, ute} ° wel (ea du -R) Lute) = ax — Caso bidimentional [= sao] ~ duet), PL =o OF _ Eady Dan, oa (oe) =O} ° > oo =O wll) 2” desconherdo _ Esforgo normal | EAda) = % lo nel ae lyek Taff Flor megs, Yay Spy ore Yigg aay Hipstese : derivada de maior ordem e’ do Segundo grou Voxiniveis Forcdomentars : ae (my) ve +(x,4) S120 > condigad de makkime ou minimo do funciousl Nasiagae" (ho sentido de caf (eulo vorincional) em torne das Solugces ue wv qe Mittin iain On macinfiaun 77 Equagés de Euler : JE-D2E De HD yD 2 2e Lo Qe OA Min 24 any Ox) yy, ONDY Otay Dy Dery 24 SD QF ae <0 Oy Wy 8a Wm DY Ong oy orm Exictem tontos equagees de Euler ue $03 wn BE vacates findamentais. + Me‘boco de Rroy(eigh — Rite = Formulacd tstegral p a Ao one de atecar o aie ene forte (“stromg") — | 20; cet,2,-4m aa: Nsrstema de mem equagies =. Exemple vuidimenstonal weer pa SSS SS $< or a + {____} L ff Go) > fongees Polnomiais => we ak sae +t atrase4e ie tare és eso pols MaAe £ thadmissivel 3s EaLat —~ cla, z 3 Ay co = accel slacclt x aes 3EA SEA We Ede. cl dn 3A met — MG) AR + Or Qh.o ; reo 2a, Oar Pace spe ak F L 4h ai) 42 (3b. ats el {3} splads) eb (7L2 -3x?) a 12€A L-3 AEA Ve = ch (7L - 6x) 412A med — > Une arnt arean x 2 7 7 = ; = S| Sho sarge 1 ance) ase fe a O)| Soluged exate : sabcee Fada n=O € faves a GQ): Ede a To) = m4 5, -- eon eee ae et lO Be Ves Eatin, to (ater ioe! q2termet erate (3 teemot) J lerme “ a i Comentelrios ¢ As fungoser de roximagad ttm que ser admissiveis (Satisfarer condige®s de 'coutorns essencias ¢ compateblidacts) e faces de User Cpounsmies @ Senos € cosenes) © As sequiuites persentas thm que ser retpoudidas : Qoaisos termes e quautes termes Considerar? Ral 2 gray de apronimacas adequade ? * Coudiqes de tonvergducia: A lease das fongees de apronimagas tem que ser completa, Umea bate £ completa quando: — Os desoczamerts e svas derivades aparece em Tp podem see aproximades quando vm suficiente nimero de ‘berms & ubilitade, Ex.: Polindmios com todes os termos ; serie de Fourier — Elements da base de ordem mais baixa 2 ave so admissévers devem estar contides Bx.. Converagucia ned seria alcangada no exemplo anterior Se o Ferme O,k had tivesse Side Consideracte, 37 * A soluged apreximada pelo metede de Rag leigh- Ribs ou 2 exata ‘ou e” mais rigide do ye 8 exaka. Os deslocamentos fw geral . Sm menores. A solugets Aproximada, correspoude a restreqots cmpostas ‘a vesposta exata. O medele estrutvral é'mars riqide do e@ a estrutura real. Lsto nad ey Aceer que bodes’ 08 graus de liberdade sci subestimases, Grete & certamente verdadeivo se sf acittiv Um d.o.f.), * Qvande forgas sob preseritas, & energia de deforma- Ge vuterna Ue wbestinaia pelo me'tods de Raylergh— Rite, Leto eraue UsW) fendo W 0 trabalho das orga externas, ¢ W 2” substtimade po oF desle camenites Sob Menoves, Qvauds deslecamerites Sod preseritos, U & soperestimado (Ce necessaino mais forga para deformar), Quande os dois sad Presersbas, U pode ser sub ou cuper— estimado, Derivadas das fongses foudamentars (defovmagad om tensed, por orem lo) tam om avau menor de precisad. Tense ie) em oeral sobestimada, mas hails em todos os fee Se a base de fuugses de aproximagad contém a Soluqad wxata do problema, ents o Solugdd exata 2 entontrada Neste cato, © equilibrco verdadeiro da ertrutera for encoutrade, 2 0 valor de Tip cowesperde ao minimo absolute, Uma solugte roximada, do metodo de Rayleigh. Rite fornece Sempre Vim valor pare Tp ve & mater deo 2 valor correto. Desta forma vm valor de Tip tncoutvada & sempre um Limite soperior Pore a Verdadeira. enecga. potenccal total. 38 + Formulags> em Elementos Finttos do Método de Ray lergh-Riee O metodo dos elementos fin bos pode ser definide Como o metodo de Ra lecgn- Rite no aval a base de fongots de A.pronimagd efrmada por fungces de tnlerpolagse dehui- das em pequencs intervales @ que cater polam valores nodais . Ems ovtras palavras, feds o dominio Ccobrem apenas Uma, peqena vega) e AS Coordenadas gereralizadas confuudem-se com os valoves hodais, as fongses de aproximacai> had cobrem — Caso vuidimensoual e frngses de interpolaged lineares £60) ¢ ol = 7 32 GML e@ Gang me x $x) Observe que ox Pongser ff so admcssivels ale a th L Re) : N oO sk 2 ce 4.6) : Nt fue 12 2@ 32 La fs % oak Ze 3e 4g 34 As fongses fi som “quase"_ortegowais eee Lt [fide = 40 — 4 jo. © — A= restonte — Caso _bidimensionatl £0) 4 \ | a x rte) | L 7 ee) $ — 4 4 ap ee * 7 No exem: fo, qualquer compe de deslecamentos formade por Uma dnterpolagss “near de valores nodais pode ser escrito em fungos da bose excolnida : “Cale x elace Observe que o catlerlo de Tp pode ser escrity como: 3 Tee FZ. ) onde ce we ik : 2 Tee = ] BA (mata ta dn - [ent + ashe gta) dic Gone che No elemento © : : - eee a fied file) lé “il. {ah Ly it x Te je ’ z i | +————: | Nyse ace) = [IN] {4} -g Jae) «INI tak ees INTe [NM Ne] (natris dos fongotr de forma) Mudanga de varitvel: x —+¢ Bee -ENL ; ee 44 fe £ A (ees NI) + ae Nie) ds ~ [a NG)+ ae: aCe) g)ds b Th, onde oo de, - = - Arce NiCs) + ae Nas) = CS) = Es = En bed atv] fh = Bia Fis eae ass a at a ea) NO NNTGS POL 2a fap" Ce ak Nin Na as é — b Onde, Trl.= [ [BI"EALB]ds | —> matrie de rigider do _| Jo - |. elemento oe Nie 4. in gp = Cede] F 2 (8) = £ Se & ate : £ k Vez = ~ [ons mane —_ i[ Jo Jura Ni Ah te, f, \, fall tel, ; {e [Jae Yer). Ne onde, ey ——~ forges equivalentes nodais So chamades de cousifentes orque sc caleladas boseadas nas metmas finger de rma que soe vtilerdas no callesle da maths de rdgtdet do elements, Ratalhs produride por {re} para deslocamentos Ca} € tgeal as trabalho pedurde Per ohn) para vin campo dt detlocamentos asiociade com as fougoss + de forma do elemento Finalmente, Trade hes [le = pa Oa - fafa No txemple eitidads, gOde ce ~> fehest{t 5 tebe {Ya Deh t] {Dl = Ju > ms Me ay 43 Fi -FMe o 8 oo jo OG Oo oO oo Te 4 Poy FM Fe 0 Of y JO Me we O] 4 Jo 0 0 oO! IID ut oo 0° 0 hn ee 0] lo 0 PHe -Fre| |” o 9° 28 2a lo 6 0 o OO -PAle FALE 4 ° ° R Toi fet{ Jets ]spejeh |e fe 6 ° 5 ? ° ° ° 8 ° onde, CK] —_ matrr de regeder global A A 0 | Jae { R Ea Ja 2 + of dale ck debs fo — & OD Ae tl fay e /at ° o Oo 4 Al lay ° Resta introdurir as condigsts de contorne, 9 ue e foto dar mesma forma do que e” Feit no metodo da najides direboa, 44 De_uma forma geral, 7eleva Tee Le = £ fal Ws fa}, “ATA Lad, - YT Pi E” importante observar que 2 Somatirio na expreticie acima pressupat ques fongees de rma ut liiadas sob bos qe forgam unan compatibitidade de deslocamento entre os diversos elementos E Finalmente, => Ck {p}= {rR} ww mele Oude , Ck] = 2 Cie fe Sted + TPL ~ melem " O somobstio Asiume vina extends das entidader locas et para 8 tamanho das entidades da estrutera global. 45 — Comentarios Gerais _ A matrit de rardet do elemento finit poder for eelo obtida Cousiderardo-se “o gauilibeo do elemento (solociamente. O rine(pio des Aesloeamentas virtuous pode fer aplicade para encontrar as forgas Gee aparecm nas Coordlenadat generalito— das de dement gquancle ste erbel Submetide a configucagrts crnemolticar tonhecdas (derlocaments de vim orav ale Liberdade com valor unitarie ¢ os demas wwles), Ak mesmo o princ’pco —-da_mmiaima energia. potas (total _podenia ser opliade , a vivel de um elemento a determiner a sua matrit de ryder. A mentagem da matria de rider abobal segucria, enti, o _procedimente de me'tde darigide® diceta. A iddia de somac contribuigses cle elementos disecetos acbitednos Arn a Cowespordentes forgas nodass alobars (metodo da vigedes -direta) frm vm apele cntuitive. muito grande, especialmente para engenbeires estruboras, Esta maneira de cuterpretar o mefode doi_elementes fw nee, no entanto, vigerosa do poute de visto. modemeatice, Em ovtvas pelewas, < precise opus os expressots aneleon, My =D The A f dave Zc )aVeen — Sejam vellidat. E auanded que wh € vidlide? No exemple Unidimensoual, 9 funcional Tp envolve deivada o. primeira ha Fongdo de detlocamenbi,que sa deformagses. Isto sven diter que, ebora 2s deormagss possain fer descoufinuas de om slemenit. para outto, a. thtegral das deformasas (ao quadcade) dente de cada elemeib 2 na Frouteira, des elementys deve rev ltar em um volor Fincto Dito de. ovtra maneira, pove que se passa garantir a convergérea da Sluyes, e vecessclrio Qo fncional Tp vise Cena tontribvigoes da cute gragcts através das fronttira: des elementas 4 Kinda no cats atnidimensional com efert axial, a Opronimage da fuge de deslocamentr no encontie de dors elementos (Dugcer Ae forma nears) pode see mestada absire IF 3 [Ss iy a * - - ho |e an Vé-te, portante, yur oO vateqral do funcional com integrands envolve termes Somente em uw edu nob recebe contn- burger Ae integragee atraver das ” froufetras det elementos Se 0 funcional coutivesse termos em din AM Antler TV A txpreyss 2% Mee mas seve valde, pois a integral atroves da Frorteica. dos elementos bambeim tontribviria para ofvicional Tp. Neste cass, had somente a Aproximagae para os deslocamenter deve Ser tontihvar, mas tambein a NOnima gS Para fa primeira, dervada. deve ser continvar, 42 Este ¢ foitamente 2 caso de Vidat tom caraou. traniversair, O foneional da energia potencial total cotem termor tm dhe Rortauto, ac robagser tem ser Compativess nor encouror A dos elements. _Desfa forma existe apenat uma ditcontinuidade na aprocimagss Ae don, mar neo exile vin pies" infinits, ac E_per usso tin um modelo de viga Com carga trancvertal grave de Uberdade por neti 0 désloeamento branswerval eo a vobageS. eriitem dor Sempre as condigoés de compatibslidade de dedlocamentox for ‘satifeta na frouteva ctor elementos a Brmulagie do ndbde des clenentos Finitr 2” valida, Na verdade eta <7 Vina impoaigs do métods de Rayleigh Rite Jur snige _Arngeit de apreximagd. adinissvers iste , sotis fate as compatiblidade em Coder o# ports do domiwo Tito fom condigad para. A conyergdnua cle metodo. Condiqres di Entrebauto, sxistim casos emaue,metina ws saticfarerde At colrdiiedés de compatibildade nas Fronteives dor elemeutes, a1 wntegras do funcional através dest: froutiirar @m nade contribvem, Neste caso, a Aprorimagds de metodo dos elementos firiitos __& vellida pecs nos hel peda de energia quando se colewla A eneraia, potensial total atraws Ja soma las eneroias vindas de cada element cudividvalmente. 4g

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