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at "2, 0 BSQUEMA DB RePRODUGEO 8, Supostos Gerais ‘A partir don esquenas de reprodugfo de Har, Kelecki eriow seu préprio esquema, o qual, como os de Narx, podem sel utilizedos para representar tito une cconomi« entacionérta (reprodustio sim plea, sen aoumlagio de capita) cono ta esonomie en expanotio (reprodugdo enpliada). As principals noaifiengdes introdustdas por'Kalecid sfo as séeuintes: (1) enquanto Marx dividia a produ glo enti dois setores e apenas ver. por ontm seyerave o consuno dos capitalistas ¢ 0 constno Gop tratalhaoren, Kaleckt edota ina tavisto entre trs setores) sendo que @ separego ao consumo en duns partes constitul un procedimento esseneial ea seu esquena; (2) enauanto ere trateva do volor globel da produgho (isto & a produgio tanto de bens Tinais cono de hen intermedi dries), Ke Teck leva en conte pense a produgio de vene finais (ene de con evo ¢ de Snveotinento), e, ao fazer isso, ele tome seu esquane ais adaptado 2 contatilidade socist adoteda nas econonias eap~ talistas. : i © esquena de Kaleskl & constrifdo com vare nas neguintes supe~ sigdes (mitas das quais se encontram tembém em Marx)s (2) apenae dus elasven cociais © duas cetegoriae de renda — os capltaliotas, que euferen luotos, € os trabelhaderes, que reccben salérios; | (2) economia fechada (isto 6, sem relagdes econdmicas com o ex- tofior), ou entdo a igialésde entre exportacdés © iuportagies © a Inexfetnoia de entrada okt cefée 1fgutde de renta; . (3) evononte sem etiviaedes afuintotrativas ap Jovere, x onto uncorgamento governanental equilivrato (roceitas igeis a despe~ sas do Goyerno)s (4) sus@neia de powpanga por parte dos 1 de mode que todo © mentante de ealdrios 6 ge: to em consunos (5) inexisténcia de aevmlago de estoouse, ow ento exes seum~ 48 hagiio § computain como produe#o de hens de investinento e, nesse segundo caso,-0 conceito de investimento pases @ signifienr tanto: a formagiio de capital fixo como o aumento de entoquess (6) a produsio, 0 lure e 0 investinento oo computedos em sous valores brutes, ou seja, antes de dedurida a depreciagfio do cepi-~ tal fixo, Quando ce torna necessério expandir e andlise para ebranger problenss relacionados com 0 conéroio exterior, 0 organente gover nanentel, © variagto do estoques, a poupanga gos trebelhedores, Halocki obvicnente absndona os reapectives supostos cima relecto~ nados ¢ introdus esses clenentos. Teeo acontece, por exenplo, en gua equagdo eral doo Iueres, do que tratirenos mais ediante, Bo seu esquena de reprodugio, todavia, esses supostes sitio mantidos, Ke contabtlidede social usvalmente adotata nas economias capi talistes, a conta de renda an ne conpée do diterentes categorias de. renda; se, como no suposto (1), dividimes a socie- @ade em apenas capitelictas e tretalhadores, entio « conte de tena passe & per consti tufda de somente lucros Wrutos © sulsrio: Tenoa também: despesa interna bruta = consumo + investinento bru- to + variagio de estoques + exvortagio —dmportagio; Amtroduninds os aupoatoe (2) © (5), enon conta ice reduaide a corouo + inves~ ‘timento brute, Hinelmente, para passar da renga interna bruta e da despena interns brute pare, respectivamente, vends necionat vruta e despesa necional trota, acrescenta-se, en a hos o8 ensosy 0 valor da renda Mquide recebida do exteriox (iste 6, renda rece wa do exterior menos. renda renetide para o exterior); como, pele suposto (2), ese fluxo de renda, coté exclusde, entio a ronda ine tera 6 dgnal’& renda nacione#l assim como « despesa a & jgual & deppesa nacional, Ko eaquena ae réproduglo Ge Melecks 2 economia & aividide nos soguintes setorest 0 departanento T produ tens de investimento, © departanento TI produz bens de concumo vera os capitalistas, ¢ 10 1s ‘o departanento IIT produz bene de consumo para os trabalhagores. Quem produz os bens internedidrios (isto 6, os diferentes tips de inounos, tats como natérias primas, energia elétrica, eombus~ tivels, material de embalagen, etc.) utilizados nesses trée depar- ‘tamentos? Bens Intermediérios Kelecki adota a suposicdo de que ceda departamento produz nfo spe nas os bens finais (de consume ou de investinento) mas tanbén os dens interiedidrios que entram na couposi¢io dos bene finais. Ho~ sa hipdtese 6 fundamental, porque pemiite eliminer do esquena o departanento produtor de bens intemediévioe assim como pernite dividir em apenas salérios © lucros o valor du produsio de enda departanento produtor de tens finals (icto 6, permite exeluir do valor da produgiio 0 velor dos insunos utilizados), Bn outras pen lavras, 0 valor da produeio ge cada deparinnento passe a ser Agua) a0 valor adicionado, o quel corresponie & some de selérios ¢ lu ores. © valor da produgGo (que denotarenos por ¥) au, qualquer setor ou rauo de atividade § igusl & soma do valor dos insumos (18) eco valor adicignado (X) nesse setort ¥ = MY, No-esquena Se Kele: © valor da produgio se toma igual ao préprio valor adicionedo porque se supde que os insumos so produzidos dentro do prévrio setor produtor de bens fineis, e o valor Ges insumos que entram nd valor dos bens finai's 6 igual 20 valor adicdonade na producdis foo Ayeones, ae modo que o valor Ge produgio de cada departanento se converte inteiranente en velor adieionede. Vanos junter os departanentos Ty Il © TIT mum tuico oetor quo produz todos os bens finals, eendo Yq © valor total de cua produ gio, H, 0 valor dos inaumoe af wttlizados, @ ¥, sev valor eticLo~ nade. Logo, = Ht “ie 150 Kum outro setor e&0 produzides todos on bens intermedi drics, sendo ¥, 0 valor total de oua produsio, ¥,, 0 valor séicionade, ¢ 1g, 0 Valor dos insunos ubilizatos nessa productos Hr th: cone 0 cetor B 6 0 nico produtor de insunos, inso stunifica que ele fornece insuros nfo spense para o eotor A nar tanbén pare si mesmo, Anim, 0 velor de prosugio do eter B pode einde cor dividido de outro modor wna parceta (i,) corresponde ao valor aos imsusos que ele produz pare o eetor Ay @ cutre percola (i) & igual co valor dos imewnos produsidos para si mesnos Yueh Conparendo-se as duas equecdes de Yy, tenor ity, = Hy ++ lh, e, portanto, nto 6, 0 valor adicionedo i\/ rodugio de bens in’ edidrios (%,) 6 deus). 20 velox dod insures wiilizados no setor produtor oy dos bens finals (H,). Aoi, se 0 setor produtor de bens finde produs também os insumos utiliZedos nesses bens (como no esqueia de Kalecki), e se 0 valor desses insumos corresponde so velor adicionade na groaugio totel de insunos (como acalenos ae vor), isso signifion que © valor total da produgtio de betis ‘ines (ou o valor da produgio de cade epartaniento produtor de bens finsis) & igtal ao valor adicionade totei (ou o velo? ediclonado ott eda departonento): Ya = Ya +Yps visto que 3, = Bn contabilidede social ayirendenos que 6 valor da produgfo de todor os bens finaié é igual do valor adicicnsio tc (ove, por wna vez, cormeeponde 20 total de lueror © os). B eprenéenos também que essa igualdade s6 é -vdlide pera 4 economia como wn to~ do, nag niio para cada setom ou reno particular de ativideds, to soquena de Kaleckt éoun ipveloade 6 vélida texbém pare seus trés setores porque che eurde que ccd setor produy bens Finaic como op incunos Unedes ne produgio don b “1 151 ‘ce © Bsquena Voltenoe agora sco trés departanentos, tan detensinade perfodo (Atgenoe, man no}, © velor total de produgiio do Dep. F corres ponde a I, iato 6, a0 valor de todos oo bens de investinento ertue dor nesee perfodo, ¢ & tanbén 4gual ao montante de ealtrios pegos © de Iueres B, gerados nesse aepartanento no mermo perfode. © valor da produglio do Dep. 31 6 igual e 5 — dato 6 0 valor de +2» que € a soma de sslérios © lueros nesee departemento, 0 ralor én todos os bens de consune doz eapitelistas ~ e tambén af! progugio do Dep. IIT 6 igual a GQ, que & o'velor dé todos os bens de consuno fos trabathadores ~ e & Wy +25, que € 6 sonu do soit vios e lucroe nesses depertenento. Bare esquena consta do quatro ebsixo, onde o total de saldrios (2 soma de salévios fos és de~ portanentaa) © 0 total de lucros (a some de Iueres dos tr8s dopa ‘tamentos) e&o roprosentedos por We By wespectivenentc, © a rende necional & donotada por Y, endo 0 quedro horizonielmente, temos: nero tote! selério tote We Babee Feada nanional Y= E+e +g, Lendo 0 quadre verticalncnte, texost produgo do Dep. t produgie de Dep, T produge do Dep. TIT ota 1 ‘ Pelas das equigdes da renda nacional, tenos P+W=L4+ C+ gy~ Se os trabalhadores ysom todo seu eslério na compra de bens de consumo, ov, em outras palavres, se a prodpgio do Dep. IIT & ad- quirida pelos trabelhiadores, entéo W=G,. Assin, na equacio ecima, podemoe conceler We, © encontranos Bel+g, vee GD isto 6, 0 Iucro total imsl ao investimento mais o consumo dos capitelintas, ou éinda, 0 lucro total eorresponde & produgfio aor departamen tos Te II. Isto também pode ser visto de outro modo, No Dep. TIT os capi~ talistes page aos tratalhadores 0 montante de: eslérioe Wy. Com cose salério os trabathadores dease departamento adquiren af sesno bens de consuno no valor de Wy. Isto posto, reste nesse departe- mento bens de consuno no Valor de B3, visto que o valor da produ cho af 6 iguel a By + Wy, € My €0 valor doo bens comprados pelos ‘trabalnadores desse mesmo depertanento, Os bens de consuno no vex lor de By aio vendidos. aos. trotethaderes dos outros cole, departe mentos, que comprar esses bens com seus salérion no montante de My + Yor loa, B= +k a ou seJa, 0 luero dos capitalietas do Dep, IIT § igual aor salérios dos trabelnudores dos departementos I e IT, 9 luore totel na economies € igual 2 By+Es+Ps. Assim, se adicionermes By +B, a amtos os fledon da igusldede acine, obtenve = By tih tz ty, RtRHe Hh ty th Sendo By+2p+25 * Bb tp yy tenoe de never BeL+s Goncluihdo, deverse observar que na situnclo decerita pelo es quema de reprodugZo a eapecidade produtive de economia 6 a aistei- wuigdo de renda entre caldrios © lueros Bo dalan. grein, tenoe the u ; / 53 jfque, dadas a capacidade produtiva 0 a dictriimigio de renda en eda departamento, o lucro total dos capitelistas 6 igual 20 in~ vestimento mais 0 consumo dos capitalistas, 3. DETERMINANTES DOS LUCROS (BQUAQKO SIMPLIFICADA) a. Bouacdo Simplificada dos Iucros Wo eequema de reprodugio adotamos a suposigio de quet (1) a eco- noma € fechada; (2) néo hé atividade governamental, e (3) 0 mone tante de saldrios & gasto na Gompra de beng de concumo dos trabs- Unadores, isto 6, os trabalhadores ndo poupam. Com cssas tre hi- péteses, encontranos Bel+e que 6 2 equacio cimplificads doe Ineros, Hais adiante abandonere nos essas trés hipSteses © obterenos a equagto complete dos Ineros; no momento, porén, & necessério treter mais mimictosanente da eque~ go simpliticada, isto €, da relago entre os lueros, de un Lado, © 0 investimento © 0 consumo dos capitelistas, de outro, A eguagde (1) nos diz apenas.que o Iucro totel 6 igual ao tn~ vestimento mais o conse dos cepitelistas. # preciso, eontudc, Anterpretar 0 significade dessa equasio, pois nfo ve “trata apenas de una tgueldade contftsl. De acorto como senso comun, @ equagio (2) poderia sor inter. proteda coo significangs que o Iucre ge divide em invectimento © consumo. dos cepitalistas, Nesse caso, o lucro seria a varidvel Anependente, enqusnte 0 investimento © 0 consimo dos capiitalie~ tas serian as varidveie dependantes, Tots eataria de acorde com o senso comun porque & ususlmente asim que observanos © conportae mento eotidiano das pessoas: elas atiferen un ronda e desta ronda usan uma parecia pay'a consumo ¢ outra pareele pars poupange; do mesmo modo, os lucros serien Gividides em duas partes: eoneumo dos capitalistas © poupanga, ou constino Gos cupitaliatas o invert: “B+ asa mento, poreue este Witine teria de cer necensarionente seul & poupanga. Base interpretacio, porém, quando aplicada & economia cone un Yodo, correnponde a una inversio don atos. 0 Investimento e © consune dos capitalistas no edo obtides pela diviofio do 1uero, mas, a0 contrério, o lucro se obtém pela soma dessas dues outra: grendezas, NSo se trate aqui de una figura de retérica; a diforen- oa entre as duas concepgdes 6 miito grande, 0 mesno tipo de prow vlera eperece, por exenplo, na teoria da renda, Repvesentenos por Wo cabérioy P 0 Ineo, Ra renda de torsa, © Ya renda totsl, Se igundo ‘a Zeonomia marginelicta, e rerite-correspondente a cede’ Mn tor de produgio" (trabatho, capital ¢ terra) 6 dade pele proauti~ vidaée marginel de cada "fator", e a.renda global de sociedede & obtida pela soma das rendas dos diferentes “fateres", Para = Boo nonia marxista, toda a renda é criada exclusivamente pelo tratelhe o, a0 cer oriada, ols se Aivide entre oo trabalhedoren, 02 capitan Listas e os propristértoe de terra, Tanto ne Zeononia marginalicte como na marxista, a equagao da rende global $ formalmente 2 mesma: Y=WV+B4+R, Was endvora formalmente.a equagiio seja o-merme, né uma grande @iferenga entre as duas concepgdes de . Fortento, no 6 2 mesma coisa dizer que une deterninada veriével’ ge givide em outras @ Gizer que aquele primeira variével se obbén pela gone dae outras, epesar de, matenaticenente, ambos oc easos seven om pressos pela meena efuagio. Ka equagio (1) ac varifveis infependentes s%o 0 investinento © consumo dod capitslistas; a soma Seaces duas graniczas deterni— nag'o montante dos hicros num dado perfodo ae tempo. Como podenos explicer esse deterninegio? . Como 0 Investinento ¢ o Consuro dos Capi telistos Determinen bs Ineros, Como sabemos, os lucros provém dag vendae efetuadas pelos cepite- atte 155 ‘Listas, deduzindo-se os custos necessdrios A produgho, No esquema os Iucros corresponden ao valor da produgio dos trée departanen= tos menos os salérios af pages, Portanto, os lucros dependem do volune de vendas, ov, en outros termes, deponden do velor total aa produgio, Pelo ménos até agui o problema 6 alaro: quanto maior © volune de vendas, melor 0 valor da produgio, ¢ maior ser& 0 vor June dos lueros. Agora cabe enonstrar gue 0 lucro depende nfo de tode o valor da produce, mas do valor da protuclo dos depertanentos I e TI, s0- mente — isto 6, do volume de vendas de bens de investimento e beng de consumo dos capitalistas. Fara isto, supenbanoe que o valor de, produgio da economia como um todo esté crescendo em decorréncia apenas do aumento do valor da produg&o do ep. III, isto 6, cath eumentendo apenas @ produciio de bene de consumo dos trabalhadores. Wease cdeo op lucros doe capitalivtas do Dep. TIT tanbén coterdo aumentando. Was eon lucros totais, os Iucres da classe capi talis« ta como um todo? Os lueros totais n&o estarto crescendo. Se os Iueros dos capitalistas do. Dep. ITI se estic anpliando, isto sige nififes que eles estéo vendendo nels para os tratalhadores emprega- Qos nos outros dois departanentoss se essee trabelhulores extiio comprando mais, iste quer dizer quo seus eoldrion ofe nolerens sendo malores os saldrics @ se & produpdo denses outros dois ae~ partamentos no aunenta, entdo os Iueros dos eupitalistes dessea @ois departamentos esto dimimuindo, Em suna, © aimento de luero no Dep. III & exetamente igual eo deeréscino' de lucro nos outros dois departamentos. Para que howvesge um cimento dos lueres ‘totals a produgo dos departcnontos 1 © Ii aeveria estar cresconio, isto 886 6, deveria sunenter 0 investimente e/eu o consume doo capitals Portento, ¢ a produgo desses dois departenentos — on, em ovtras polavres, 6 0 volwie Ge investinento © ce constmo des capitetion ‘tas — que doterrina o volnme a Iueres n& coonoide coro ur tode, © argunento apresentedo por Kelecki part demonstvar que cio 0 “Ae 156 HInvestinento @ 0 consuno doe oapttalistas que determinan o 1uere | —e n&o 0 contrério - & bastante simples e claro, taseado nas te | cisdes dos capitalistas. Um capiteliste pode estar decidido a au- mentar seu lucro, mas ele sé conseguiré isso se puder vender mais, © epenae poderé vender mais se, obviamente, houver maior compra | de seus produtos. Agora, enbora um capitalist individual pocea ampliar seu luero vendendo um maior volune de bens de consuno para os trabalhadores, isso n&o aumentard o lucro total, isto 6, 0 lu ero da classe capitalista como um todo, como vimos h4 pouco. 0 luero total sé serd ampliado se os capitalistas venderem maior ‘quentidade de bens de investimento é/ou de bens de consumo dos capitelistds, ou seja, se 09 préprios capitelistae dectdiren in vestir mais e/ou consumir mais. Portento, o maior ou menor monten~ te de lucro totel nfo depende de que os capitalistas decidam cbter esse montente de lucro. Eles n&o podem decidir que lucro dever ga~ nhar, porque néo podem decidir quanto devem vender para obter esse lucro, Em compensac&o, eles podem decidir e ofetivamente deciden a respoito de quanto vio consumir e investir. “S 6 exatanente o maior ou menor montunte de gasto em_bens de investimento"e on Vens’de' consumo. por parte dos capitalistag’que os Leva a otter | maior ou menor -luero. : dL moneira de Tugan-Barenovsik, podenos imaginar aqui una peque- na histéria de fiegGo-cient{fica, Suponhanos un sirtema econdmico intelremente desprovide de travelisdores, en que-toce 0 tratalno seja realizado por méquinae que funcionan com um simples apertar de totiio vor’ parte ae cour proprictérios. Apenas pare simplificar, vanes ‘chamar de capitelistes & esses proprietérios (emtor verdade, des niio. sejam, porque’ ed poderian ser definides como capitelictes num sistema eapitelieta de produgdo, o qual implica ® existéncia do tratelho essaleriado). Que aconteceria entSo? cone esee mundo capitalieta ideal nfo ten trebaluad ces, 0 Dep. ITT 6 dicpensdvel, isto 6, nilo hé necensidede de producir bens de -18- ast ‘consumo para os trabslhadores, Mas a renda dos capitalistas, seu luero, continuaria s orescer en montante igual ao aumento do in- vestimento e do consumo dos capitalictas. Suponhanos agora que nenhuma m&quing produza bens @iretamente para scus proprictérios, Ae modo que cada capitalists ten de edquirir dos denais capitalis- tas tudo 0 que cle necessite para consunix ou invectir, Nesse caso, © lucro de cada capitalista serd tanto maior quanto maior for investimento © 0 consumo dos outros capttalistas. Vamos supor tombén une situsedo diferente, qual seja, a de que cada capitalise ta disponhe de m&guinas que produzam tudo o que ele necesita, de. modo que nenhum capitalista precisa comprar de outro. Hesse caso, © luere de cada capitalista ~ isto , aua'renda, seu ganko em ter- mos reais — vai depender exclusivemente de seu proprio investinen- to e sea préprio consuno, Quanto mais investir e mais consumir e, portanto, quanto mais produziy para ci mesmo, mais rico seré cada capitelicte individusl nesse sistema, ou, em outras pslevras, maior seré seu Tucro, Zm conelustos numa economia cepitalista de verdade, a classe capitalista como tm todo esté numa situagdo id@ntice ao do capitalists isoledo no ofctema fietfeio acima dec— erito — quento melor foro. investinente © 0 consuiio dos capitalise tas, maior ser seu lucro. , Enbora nun dado perfodo de tempo o montante de lucros aa classe capitelicta seje deterninedo pelo volune de iavestiménto © de con sumo dos préprios capitalistas, existe também uma certa dependéne cis destes aves Uitinas grandezas em relegdo do wontente de lucros auferides en perfodo snterior de tempo. Ou 'seje, os iweros no pe~ rfoto % exercen, cértmmente, una influéncia sobre o invertimento 5 © 0 consuno doe capitalietas no perfedo 41, Mas, & importonte frisar, tego no quer dizer que © investinuato’s 0 consuro dos co pitalistas mum perfodo eejem iyanis aos lueros do perfodo anterior. Se assim fonve, os lucros eeriem sempre os nesmos no decorrer Jo tenyo, Eataveleganos que o lucre no monento seja igual ao inve: ~19- 138 ‘timento mais 0 consumo dos cnpitalictas no meso momento 41 Beey = Lee) + Soceys Toso 6 0 que efetivamente:ocorre. Suponhanon agora que on capitalistas, no momento t+1, gactom en inventinen to © consuno una importincia exatanente igual ao lucro auiferido no momento 4; acsim'fazendo, seu Iucro no momento +1 seré igual ao ero mo nomento 3 Beg) * Lesa) + So¢44n) = Eqye OH se- Ja, nessa situagdo en que os copi'telistes gastam em investimento © consumo un montente exatenente igual a0 que eles arrecaderan como lucro,.o volume de. lucro seré sempre o mesmo ao longo do tem po, Logo, ndo faz sentido dizer que os capitalictas sé gastem en Anvestinento © Sonsuno aguilo qué eles’ obtén cono lucro, Assim, quando aizenos que 0 investimento © 0 consuro dos cepl= tolistas deponden en verte do Iucro de perfodos antersozes, no " estenos afirmando que existe una relagiio de igualdsde entre esse Iuero e aquelas duag outres grandezas, como na equagiio utilizada soimat Ty 441) + Soc442) * 2(qy+ Estamos apenas aftmando que tento 86 deoiedes de investimento con as deeisSes de conmun tonetas pelos capttalistas nun dado momento de tenpe dependen, entre ou tras coisas, do volume ¢ da tendéucia:de seus luervs eit sioneator enteriores, numa relagfo funciona. 0 lucro total num determinado tomento de tenpo’é igual ao que os capitalistas investirem e consumiran nesse mesma nonento. 0.4n~ vestinento © 0 consumo dor eapitelisted nease monento ofio influen- ciados pelo lnero passedo, mae néo apenas pelo Iuere, Ea some ao Anvestinento-e do consumo Jos cepitalistes, mun dado monento, pode ser igual 90° Lieve do-nionento anterior, mas no 6 neceneéria que ascin’ sega. 96 send igual no coro de wna economia cstecionéria, onde 0 volume de luero persanece conctante no decorrer do tenno. Tuna economia en depressiio, serd tienor do que © Iuero do nomento anterior, Ifime economia en expansdo, sorf meior o que o Iucra passado, Mas aqui surge una perguntes cono poten os cxpiitalintes, num dado perfodo, gactar una importéneta maior de que o Isero or 159 ‘obtiveram no perfodo imediatamente anterior? A respeito disto voltarenos a falar mais adiente (segiio 5 ao presente capftulo). ce, Equacio de Realizacio doo Lucros Um dos princfpios uduslmente empregedos para justificer moralmen- te os lueres, e que & apresentedo como un prinefpio "posi tivo", “oient{fico", @ nfo puramente ético, 60 da assim chanada "esco~ 1a austrface" (B8hn-Bawerk, principalmente), segundo a qual o lu ore (e, mac exatemente, 0 juro, que & 0 terno asséptico usado por essa escold para deci gner 0 luero, @ mais-valis) conatiimi o "pre- go dd espera” suferide pelo capitalists, pelo proprietério do oa pital, 0 lucro seria, assim, @ compensac%o, o prémio, pela absti- 0 fato de as pessoas (no caso, os capi- néncia dos capitelista telistas) néo consumirem totalmente suas rendas, isto é, o fato de as pessoas pouparem, daria como prémio o lucro, Pela equacao aos lucros, de Kelecki, temos um resultado exatanente oposto: como © Were & tanto maior quanto malores forem os gastos dos capita lfetas (seja em investimento ou em consumo), poéerfamos @iner que o lucro é o prémio pela nfo abstinéneia dos capitalistas, 6 o pré- io gue recebem pelo fato de gastaren. . Nas emtora a gaucho de Kaleck! posse ser ucada pare negara yalidede da “teoria" des lueres da escola austrface, ela nfo ten a protensio de constituir, ele mesma, une, "teoria dos lucros", entendendo-se esta cono wn conjunto de prinefplos bésicos expli~ cativos dos. tucros, como o oo, .por exenplo, tanto a teoria ae Marx como a ‘téoria néo-cldseica de “produtividade marginal dos: fatores". A equegio de Kalecki mostra apenas © seguinter dadas es condigdes da produglo e, meis especiticamente, s capacidede produ tiva de economia como um todo, o volume total de lucro auferido pelos eapitalistas é determinsdo pelos gantos doe préprion capi~ talistas. Ou sede, @ equagio de Kelecki mostra os determinunten do luere unicamente pele 1cdo aa demands; neste « ntido, ela cons titut a equacio de reatizagio do luero: n2- 260 +4, DETERMINANTES DOS LUCROS (BQUACAO COMPLETA) a, Bquacio Completa dos Iucros We seco anterior examinanos a equagiio do lucro nes hipsteses dex (1) une economia fecheda, (2) inexisténcia de atividades governa~ nentais, ¢ (3) austneie de poupenge por parte dos trabalhadores, Betas hipteses foram adotades para simplifioar @ oxpocigio ¢ tox nor meio evidente a relagio entre o Iucro, de um lado, @ 0 inves~ timento e o consumo dos capitalistas, de outro, Vamos agora aban— fonar cesas nipSteses, Levendo en conaideragdo une economis real, ne qual existem coméroio exterior e atividades governamentate © onde pode haver poupanga por parte dos tratelhadores. Pelo lado da renda continuamos a ter lucros e saldrios, mas agore tenos tombém a renda do Governo, Vamos supor que a renda do Governo seje constitufde intelramenté por tributos, tanto diretos como indiretos, deixando de lsdo outras possfveis fontes de rende (por exemplo, de prestagao de servicos, de vendas patrimoniais, ete), que sio desprezfvels no volume total da arrecadagéo do Go~ verno. Gono os impostos airetos incidem divetemente sobre os In eros e salérios, Yeduzindo seus montantes, temos de conputer os iweros © os salérios depois de deduzidos os impostor diretos, pelo lado de despese, contimuanos a ter o consuno dos trebatne- gorse, 0 consumo doo capitelietas @ 0 investinento, Hes como in- vestimento consideraremos apenas a formagiio privada de capital, deixando o investimento governamentel para ser inclufdo coro um itepon denmyencovarnmantal. ssim conto, « dgopéoe govesnanti~ tal: compreende tante o investimento "paiico como a despesa corren~ te G0 Governo em bens 2 servigos, Além disso, temo de adicionar as vendas de bens & rvigos pera o exterior (exportagées) e dimi- nuir ee compras de bens e servigos do exterior (inportagdes), Gon-. tudo, estes duas novas rubricas podem ser reeunides nuna Yinica, que chaneremos de saldo de expor: @ corresponte a expor' menos inportagdes. Obvienente este rubrica ser vositiva se ox re 161 ‘expdf arden excederem as importegSes, e negative se as exporta- odes foren tienored do que as Amportacdes. In resuno, tenoct Saldrios (deduzides os impoa- Consumo dog trabalhadores tes airetos) Coneuno fos eapitalistas Iucros wutos (dedusidos os —_Tnvestinento brute impostos airetos) Salado de exportacio Tributes (diretos e indizetoe) Despesa governanental, Renda Interna Bruta Despesa Interna Brute Vamos agora fazer algunas relagies entre an duas colunas (cujos totals, como sebenos, edo iguaic: renda interna brute = despess interna bruta), Supondo, como antes, que os saldrios sejem iguais ao consumo dos tratelhadores, poderfamos eliminar estes dois itens de ambas as colunas. Se, porém, os saldrios excedem o consumo dor trabalhadores, ou soja, ve os, trebalhadores poupan une parte de seus salérios, esta poupanca entre com sinel positive na cola Ga esguerde ou com sinal negative ne coluna da Gireita, eliminen- Go-se os itens "salérios" e "consumo dos trabalhadores" de suas respectivas colamas, visto’ que @ poupenga dos trabalhadores * se Lérios — consvmo dos trabelhadores. ~ Se o montante de tributes fosse igual & despesa governanental, estes dois itens poderian ser caneelados de suas respectivas colu nas. Se os tributes arrecadados pelo Governo fossen maiores do que sus despesa, haveria wn sold orgamentério do Governo; sendo meno- res do que a despesa, hé um Géficit orgamentério, o qual é region trade na cdluna de direite (com siinal positivo),. eliminando~se os Hens "trimtos" © "despesa governanental" de mas respectives coluas. Peitas essas operagoe: fioanoe apenas com os Tucros na coluns Ga eequerda e obtenos seguinte resultado: 162 Gonsuno dos coptitaliotes Le + Investimento bruto Ineros brutos (dedusiaos + Seldo de exportaglo on smposton aireto) |) | péssoie oncanentdrio do Sovamo = Poupance dos tratal) ores, ‘Mnhemos antes, no esquena simplificado, que os lueros eran iguais 00 investimento mais © consumo dos capitaliotas. Agora a equacHo dos lueros se ampliou, passendo a ineluir nfo apenas es= tas duas Witimas grendezas mas tanbéa 0 saldo de exportagio, 0 A6ficit organentério do Governo e, con sinal negative, @ poupan- ga dos trabalhadores. Este nova equagdo dos Licros (computados depose de deduzidos os impostos diretos) moctra que os lucros sio tanto nalores: quanto wetores foren nfo apenis o investimento © 0 consuno dos capitalictas, nas tanbén 0 ealdo de'exportagio, 0 aé- ficit orgament&rio, e monor for a poupanga dos trebalhadores, Va~ mos explicer cada un Gesses novos elenentos da eguago dos 1ucros, ‘>, Poupanca dog Trabalnadores Comecenos pela poupangé do’ trabalhadores. Temos gue quanto maior esta poupangs, menor serf o luero dos eapitalistas. Sabenos que poupange dos trabalhedores = salérios — consumo don trahalhadores. Sendo deterninatos os salérios (isto 6, ceo montante de saldrios 6 constante), a poupanca dos trabalhadores serf maior quento menor for o consumo dos trabalhadores, Fesse caso, menor serd o volume. Ge vendas Go Dep. ITT (0 @epartenento prodwior de tens de conouno doa tratalhadores) e, portanto,| menores sero Iucro dos capita listas deste departemento e também o lucro dos capitalistas como wun todo. Anteriomente, adetando a hipStese de que os saldrios eran In teiremente gastos em bens de consumo dos tratalhadores, havfamos encontrado que © Isr do Dep. THT era Agel a By = Ih tly. Na realidade, 0 Iuore do Dep. TIT & igual ao consumo Gos trabalhedo- ree dos outros dois deyartementos, ou sede, By = Gia + Quo - Loge, ake 163 ‘quanto menor for Uy +0,oy menor seré By; © como o lucro total & B= B)+B,+By, ‘ahionto monor for Py, menor ser o lucro totel B Temos assim que o luero total varia em relagao inverea & poupanca dos trabalhadores, conforme estabelecido na equacHo completa dos lueros. 7 Cave wn eselarecimento adicional, para evitar confuse, Ante- riomento havfanos cuposto que By = Oyj Wy = Qyps Wy = Sys e 20 todo, H=G,, isto &, os ealérios sfo Aguaiis ao conoume dos trate- Inedores (nfo hf poupanga dos trebalhadores). Nesse caso, wn ai mento do consumo dos trabelladores supunha necessariamente un au mento de salérios. Isto acontecendo, © ee a produgio ou os presos dos Dep. I © Dep, II no crescesse proporcionalmente ae aumento for satérioe, haveria una reugio don Iueros totais. Ou cega, oo Iueres erescerian no montante de AP, = AN, +ANlp, mas os saldrios aunentarian de AN = Ally +My + Alls, e, portanto, uma parcela de Iuero no montente de A, paséarie para os saldrice ~ tato 6, 0 lucre total se redusiria de AY. In sume, © aumento do eonowse dos ‘tratelnederes, que correepondia a un aunento de salérios, geraria um decréscimo dos lucros. ~ Agore nfo mais estamos igualende os saldrios ao consumo’ dos ‘trabolhedores, Assim, un eunento deste consumo nio implica neces sarismente um aeréscimo de saldérios, Se os saldérios nfo se eleven, mas eresce © consumo dos trabalhadores, iste 6, diminul sua pou panga, entio cresce também o volune de vendar © de Iueres do Dep. III e, consequentemente, maior jseré 0 luero total dos capitalistes. Kas tere voltarenos 20 problema és rolag#o entre saldrios-e aueros, Aqui, por, tacts que fique clare a relagio entre Incros © consuno dos trebelhndores: dedo o nfvel de seldrios, quanto ne- nor a poupgnca dos trabalhadores (ou seja, maior 0 consuno dos trabelhalores), maior eerd o volune total de lueros, © isco ovorre porque © maior consumo dos trabalhedores eleva o montante de Iu eros do Dep, IIT. te 164 ‘eo. Saldo de Bxportagdo . Podends imaginar & economia cono sendo dividida en dois grandes setorest 0 setor intemo © 0 setor extemno, Oy Tucros de que es~ tanos tratendo sfo os do setor interme, Suponhanos que este so tor vende una parte de sua producdo eo setor externo, nada com prando de volta, 0 valor deste produgio exporteds pode ser decom posto em lucros e salérios, Acontece, todevie, que os saldrios suferidos pelos trebélhadores que produxen os bens exportados sio wllizedos pare a equisigio de bene de consumo e, portanto, converten-ée en lueres do Dop. IIT; deste modo todo o valor da exportagiio corresponde a lucro. ‘Suponhanos que nosso setor intemo contasse: con quatro depary tonentoat os tr@s departanentos de antes, mais un quarto departa- nento que produz apenas pera exportagio, Representenos por X 0 valor dé ‘produgdo deste departamento © por B, © Wy os luctos oc saldrios of auferidos; terfanos X = P,+M,. 0 lucro do Dep. TIT agora seria By'= Hy+¥o4M, no cao de todo 0 montante de seldries ser ucado ma compra de bens de consuno dos trabalhedo- a exportagdo corresponderia a Iucros lucro do Dep, TY, isto & reg, 0 luero totel“seria P= B)+P,+2, +24. Como - ef, toad Byy © wa parte 46 lucro Go Dep. TIT, parte este equivalents a Wy, © aue corresponde eo nontante de salériow yagor nd depertanen- to produtor de bens de exportacdo, Agore, se uma parte dos sels vios dos trabalhadores do Dep. 1¥ € poupaia, estd verte nflo vas coitesponder @ luere 8 Dep. TIT ey cofisegttentenente, mio vai eo tex inclufda no luoro total, Beta parte costar’, juntanente con a poupanga doo'-tratelhadores dou outros opartenenton, del rut ‘poupanga dos trabelhadores", a qual entra con sinal negativo na cquegdo completa des Iueros. Has 0 aetor interno tembén conpra (importa) bens @ servigos do actor extorno. Toda esta imporiagio deve ser ¢iminufda doe do setor interno. As pessoas (sojam capitalictas ou trabalne bbe 165 ‘que compram bens inportados (quat@quer que sejan os tipos desses bens) est&o deixando de comprar os bens produzidos pelo setor in- tomo ¢ portento, eotéo diminuindo os Iveres deste setor. Assin, por exeaplo, 0 trabathader que adguixe un proguto inportado eaté deixendo de dar aos ‘capitalistas do Dep. III um lucro igual ao valor do produto adquiride do exterior; © meso acontece nos Dep. I 0 TT quando on cepitslistas adquiren do exterior vens de Snver~ timento e dens de consunes A compre de bens importados ten, sobre oe Tucros ao sefor Intemo, o mesno efeito de poupenga. Su gumay todo © valor Ga exportagSo coxreaponde a luoro ¢ todo, © valor da importagio equivate @ we Giminuigle do luero. Consi~ derando ao metno tenpo a exportagio © a importacio, tenos, cone aseinelado na equegdo completa dos Iuoros, que © cetor intemo imorenentaré seu lucro totel na medida on que aumentar 0 saldo de exportagiio sobre a importagZo, a. Défictt do Governo | 0 aSticit orgamentério do Governo & semelhonte ao, saldo de expor tagao. A diferenga esté em que o setor “externo" passa a ser cons titusde polav atividades administrativas'de Governo, Todos os aie postos diretos indiretos ineiden sdtre os Iueros © os saléros © poten, portanto, para efeite de faciliter © entendimento do pro~ Dlona, ser equiparedos A importagio: serian une espéoie de pee mento do setor “intomo" ao setor "externo" pelos servigos prebte~ dog por este Wltimo, Em contrapartida, 0 Govemo compra bens e soxvigos do setor interno", ¢ eta venda 0 eetor “extemo" pode ser considerada como a exportagZo do setor "interno", A vena de vens @ xervigos 20 Governo, isto 6, a decpesa ao Governo, repre~ sents luexe pera o eetor interno; o pagamento “We Ampostos (tonto og que ineiden sotre os capitalistas como o¢ que ineiden sore cs trabalhedores), isto & © receita do Governo, cunetitel una wedue gio de Iuero do'setor interno, Conaideradas juntas a receita ea -abe 166 ‘despesa do Governo, que compSem seu orgamento, haverdé um lucro para 0 setor-intemo quando a despesa do Govemo exceder sua re- celta, isto ¥, quendo houver im aéficit organentério, quo equive- le @ um saldo de exportagio do stor interne ao Governo. For que toda yenda ao Governo corresponde a Iuere © todo impos to pago a0 Governo equivale 2 una redugZo do Iuero? Como no eaco aa exportagfio, 0 valor de toda venta ao Governo se decompde em Iueros © salérice, © on valdrios provenientes def véio corresponder a lucros do Dep. IIT, de modo que o valor de vena equivale a lu eres auferidos diretamente da venda ao Governo mais os lueros au, feridos pelo Dep, IIT e iguais ads saldrios ineorporados no valor da vende, Os impostos ineidentes @ireta © indiretanente sobre os trabe~ Unadores eorresponden 2 uma redugo dos salérios e, def, uma minuigHo dos Ineres do Dep. TIT, Os impostos incidentes sobre os capitalintas podem afetar o investiiento e © consumo dos capite~ Listas, mas isto ndo significa que o montante desses Ampostos se= ja Sgual a uma reduofio de gestos Gos capitalistas com bens de dn vestimento © bens ae coneuno, Nada aieto, 0 fato de haver inpos tos incidentes sobre os Iucton nko cimition que os denitelictae Qienden de menos reourcos para seus castes). 0% sofa; ‘nfo quer ai ner que eles @ininuem-seus gastos num montente igual! ao montanté de impoctos sobre os Iveros, Se aceim peRncarios, esterenoe edo- tml & concepsée tradicionsl de que so os Iuerde que deterninen © ihvestinento € 0 eonsuno Jon caniielisias, 6 feto de haver ane poston’ solve os Ineros oigiition que os cayitalictas deixaran de gaciae wa nontante igual eo don inpostos, mas no simifioa ove, se née houverse esses tritutos, os capitalictas efetuerion un gasto séietonal de montante igual ao déy inpostde cobre on Jueves. Esta questdo se tomeré mais clara ee a ilustrarios com un xen plo. nas, 167 Suponhanos wna cconomia qualquer num certo eno e, pare factli~ ‘tar, snponhamos “também quer (a) nfo existe conéreio exterior, (v) 08 trebalhadores nie poupam, (e) © oxgamento do Governo é equilitrado, Adotemos agora duas hipéteses. Na primeira n&o exis- ‘ten impostos sobre os lucros; logo, como sabemon, 0 luero total’ serd Pia) = Z(,) +2q(z)1 onde o subscrito 1 desima apenas a pri- meire hipétese, Na segunda, existem impostos sobre os lucros, ¢ teremos Pay — B= Le) + Sq(pyy onde @ representa os inpoctos sobre os lueres 2 © cubserito 2 designa a sequnda hipStese. De acordo coma coricepgio tradicional, 0 lucro na primeira hipstese seria maior do que o lucro na segunda hipStese nun montante exe~ tanonto igual a 2, ou eeja, terfanos Py) — Bray = 2 e, portanto, © Anvestimento e 0 consumo dos capitalictas na segunda hipStese seria menor do que na primeizar (1(1) + 95(3)) ~ (Zia) +24¢2y) = = 2, Ne realidede, porém, podenos ter tréa resultados diferentes: (12) se o fato de pagar impostos eobre os lucrog em neda afeta as decisdes de investir e de consumir dos capitalistas, entZo o luero auferido pelos capitalistes serd igual nas duas hipéteses, isto é, Pe Lay + Sony = Lay + So¢ays emtho Boa = Bray — My © Foto sige nifica que, na segunda LipStese, os capitalictes obtergo o mesmo montante de lucro apesar ae pagarem impostos; oe (22) se o pagamento de impostos estimula a atividade econérica, os capitalistas poten mesmo ver Tovadon a investi e conounir mais, de mode ane E15 +84(3) £12) + Gaia) & Portanto, © ucro total sord nator na sogunde hipétese,) Bay < Pio) — Bs (38) se © peganento de impostos deprime o investinente © 0 consimo Gos capi talisteas’E(q) + Sox) > Za) + Sea) © Bry > Bay ~ Fr mae meono nesce ceca diferenga entre B1) © E(py nfo ¢ necessa~ wlanente igual a, victo que @ éiferenga vai depender da maior ou nenor intensidade com que os inpestos Geprimixan an’ deoicdes de in vostir e consumr dos oapitalict =29- 168 Como enté claro nesta ilustragiio, o montante de lucro continue 8 depender do volume de investimento e de eonoumo dos cepitaliota: Reso gue existe inpostos sobre os Iucros, Svidentenente ox impose tos poderio afetar o montante de lucros anferidos pelos eapitalis~ tas, mas isso ocorreré somente se afetarem as decisdes de inverti- mento @ de consumo, Ou seja, @ possivel influéncie dos innostos sobre o montante de luero nfo se d& diretanente, mas sin através do inveotinento e do consumo dos capi taltotae, De acordo con a coneepgiio tradicional — isto é, a aplicecio aa “lei Ge Say" & teoria da tritwtap%o -, 0 inpostos sobre o sere ‘correspondiam s uma transferéncid dé despesas dos enpitalistss pa~ Fao Botads, num montante exatenente 4gual co volume arracedado G00 inpostos. Desse mode, as Uespesas governanenteis serian exa- tonente iguais aos gestos que os capitalictar-deixeran de Zener porque pageram impoatos. ts sua, 0 poder total de compra nfo se alterava, havendo apenas uma. trensferfnoia de uma parte desse pox dex'de compra para-as méos do Betado, Na verdade, porém, como ten tenos deixer claro, os tmpostos sotre os 2uords néo conti tien no= cesseriamente uma simples trensferéncia; gles podem représentar una ertagio de novo poder de compre, Se, oon wi uunento ae anos tos, 0 Governo gata mats © os capitalisins nfo Gintnuen ene con pecas ~ ov, pelo menos, nfo as dininuen tanto quento cunentou 0 gesto governamental —, como podeuos dizer que o porter totel de conpre néo ce elevou? 0 mesmo pode ovorrer com 0s Anpontos que in clde sobre of saldrios, no ces de oe-tratalhadores pouporen. 5¢ eenes Imposts corton = poupsnge dos trabelhadores, @eivando cew consume inslierade, eni&o nilo ce pote dizer que esses inpostos constituem to somente una transferfneis de poder de compre dos trabalhadores para 0 Zetado, Bn remind, o fato de o Governo efetuer cuss despecue wid lice @o-se dos Inpostos arreccdaioe dos eepiteltetas nfo sito: Costarianente a preservacio de um mecno poller de compra, cori 30+ 8s copitelictar deizacsen de gastar une inportineia exatonente igual Aquela que #les transferen para o Governo e que & por este Aespendida, 0 nfvel do poder de compra (isto & se permanece inel- terado, se aunenta ou se dininai) vat depender de cono os impostos influencian os gustes dos copitelistas, A igualdade entre, de un lado, os Ampostoe pagos por capitalictas e, de outro, a dimimutyzo de Iucros € ex port: so gestaren, os cepitalietas determinan 0 vo- Jume de seus Iueres, do qual unz pareela é transferida pera o Go- vero, Toto é muito diferentalie dizer que os capttalistes tén ume dixinuigde Ge lucros porque tiveran de reduzir seus gastos mum montante exatanente igual 20 imposto pago 20 Govern. For outro lado, quarido o orcamente governanental 6 deficitério, o déficit causa diretamente ui aunento de lucro de igual nontente, como se ¥8 na equagio completa dos determinantes Go lucro, 0. Incros_e¢ "Heneatos Bxternos" i ‘A oquagio completa dos luéres, formate por Kaleckl, solucione 0 problena da reslinagdo da ma¥e-valia originaluente levantado por Wart (ver Cap. 2) e posteriornente modificado por Rosa Iuxenturgs (ver Cap. ). Se, como Marx, suponos wna egonomia fechada,' sem ati videdes aimimiotratives do Governo © sem poupanca dos trabalhede~ res, entdo 0 lucre efetivamente euferido pelos capitelictas (e nfo © lero potencial que se pode obter com wna data eapactaade produ ‘iva) & determinado pelo volume de investinento e consumo dos ca- pitelistas. Se, cone Rosa Iuxenturgo, introdusines.e questo dos “mercados externos", entao o lucro passa tembém a ser determinedo pelo salde de exportagdes: para esses mercados (@ nfo, cono preton- aia ‘aquela cutora, pelo total de exportagBes). Gono vinos, Rore utenburgo tonava por tse © stetena capl ta Lista cone un todo (e este era o "mercado interno") 'e definia os 4 por todos os netores © regides “neresdon externcs" come constitute que se oncontraven fore do sistena espitaltsta de produgdo, e isto i -ey 170 'ncluia tanto as FelSee atrasadas de todo o mundo cono a economic camponesa e 0 sétér governamental situados dentro dos préprios pafees onde dominava o sistema capitalista, Kalecki toma o pro- blena mati simples, Ble toma por base a egononia de onda pats ea~ pitalista em particular (este é seu "nerendo interno"), ineluindo af trinbén a sgricultura componose — cao oxista — desae pata, Sous ‘mereados externos" passan, ent&o, a compreender duas categories claramente delimitadas: o setor governamental dentro desse pats, © 8 economia de todos os outros paises. 5. FINANCIAMBNTO DOS GASTOS a, Gastos dos Capi talistes Ha segio 3 do presente capftwlo vinos que sfio 0 investinonto e 0 consumo dos cepitalistas que determinam os lucros totais, ¢ née ao contrério, Yinon tenbém que 0 nontante de investinento mats conev- mo dos capitaliatas num dade perfode de tenpo pode ser uator do gue 0 wero total. do perfode anterior, © & cxge Late que fax com que © wore de hoJé neja maior do que 0 de onten, Hente onto de ozjamente foi oventado 0 sectinte prouena’ come pode # soie de investimento e consumo dos capitalictes num dado perfode rer maior ao que © Iu0r0 do perfodo anterior? Ou seit, cone poten on ceri te Motes geoter hoje mais do que obtiveren de Iuero onten? Ou ainda: con que recuirnos 08 eapitelictes Sinencian seus gantos (cejan be investihento ou,ce consuio) nui @eterninede porfodo de tenpo? Bete § 0 provlena de que treterencs gore. Pera c' ger 6 precieo, desde log’, atcndonar iaéia ~ herdad: do Boonomia cléasics, @e que 6 lucro constitu a reoursos de gue 08 capitalistas cispden pars finanelar neu inves~ fmento ¢ seu conewso, Isto ee Liga & feles consepgie de eve ¢ 0 Iwero que determina a magnitude do inveutimento @ ¢o conrun capitelistas. Bvidentements exta concepgao Bo exelui @ hipstere 32 un de que wi grupo de capitalistas posse financiar seu gasto através ge eréaitos, mas esses oréditos provirian dos Ivers dos donais capitelistas, de modo que, no conjunto, as decpenne dos capite~ Listas serien determinadas pelos Iucros totais. Ht claro ~ voltanes @ inaistix neste ponto ~ que os Iucros mum dado perfodo de tempo exercem influéncia sobre os gastos Jos ca~ pitelistac no perfodo seguinte, Devenos observer, porén, ques (a) mun perfodo de tempo qualquer, nao 6 0 lucro que determina o investimento e o “consumo dos capitalistes, mas a0 contrdériio; (>) se 0 lucro num dado perfodo € maior do que o lero ao perfodo an- terior, isto significa nfo ter side comente o lucre do perfodo an- terior que serviu pare investimento e consuno dos cepitelintas no momento seguinte, De onde provén ese gasto adicionet dos capita. Listas, em relag&o a0 gasto do perfodo anterior, que fez com que © Iuero aunente? Representemos por P, o luero total mm dade perfodo, Iucro ecte que 6 determinado polo investimento ¢ concumo doo capitalistes nee~ | se mesmo perfodo, Seja Py, 0 lucro zo perfode neguintes sc este | Iuero’& maior do que o do perfodo anterior, dete signifies que, no perfode $+ 1, os capitelictas gastarem om investimento ¢ consumo un montante maior do que seu lucro no perfodo 4; oto 6, Bis = By + Es onde B representa o gasto adicionel que far con gue 0 Incro no perfodo £ +1 seja maior Go que o go porfoto %. De onde provém esse gasto adicional? ©. lucro do perfodo anterior serve apenas eomo recurso finencei~ ro nocescdrid para ptr ém movinento a atividade doo eapitalietes no moriento soguinte. tins © ove efetivasiente enia novea vecurnos fingneeiroe para empliar os gastos dos capitalistas silo oc préprites gactos. Como escreveu Kalecki eu 1935: “Os luctos, para user de un paredoxo, allo investidos antes mesno de exietiren" ("0 Mecantemo da Recuperacto Seontuiet, on Grencivents ¢ Giclos eth, v.24), ou, generelingndo, oc Tueros sfo gastos antes mormo de oxistiven 335 vie © que, na verdade, signifiea que os lueron 9 ee realism no momento en aus’ o¥ Gapitelistas gootan, B ef nfo Amporta @ ori gen dos recursos finunesiros wtilizatos pelos capitalistas para efe~ tuarem seus gastos. Nan essa resposte nfo parece satiefatéria; ela nie satinfon nosca vontade'de conheser © process por neko do qual os capi'ta- Listas, nun detemsinade perfedo, poden gactar mais do que euferi~ ram Ge luere no pexfodo anterior, 04 seja, voltendo A equagiio Buy = BytE, © se suponos que todo 0 tuere B, 6 gusto no pertoso seguinte, quercmos saber de onde provém oe recursos financeiros « para 0 gasto adicional 3. Kelecki meneions duas fontes denses recursopt as reservar i> nameeiras dos capltalistas © os eréditos haneérios, (Yer neory des, -cit., cap. .3, p. 50.) As empresas costunem constituir reseryas para diferentes fins (depreeiacio, emorgincia, etc.), © tanbém on capitalictas, enguanto indivfduos, mantém xe cursos finonceiros éx reservas, Kum determinate perfoto, eles po~ dom langar nfo. tanto Be eas reservan pessoais cono das reserves dac empresas, olém Gos Iucros auferidos no perfode entprior, a fim Ge wiplier ob4 coreuio © oo tnvestinento. Com tet, apsue mesomwe go convorton on Incvor aGieionsin don onttos eanktelitae aie vere deren cog prineiron oo tens Ge omeuio © G9 invertinotic, Os capitelistas poden tanbém recorrer a eréditor para geetaren maiz do que o montente de lucro de que éi'spSem do perfodo anterior. Asein, esses eréditos se transformam em lucres aticioneis des ou ros capitalistas que venderam ace primeiros. Posteriormente, se cates onpl tali pina que toncron enyréetinor tanhém euferen ratoxes Iueros, eles poderfo pager mas afvides, ¢ 0 erdditos. que deren infeio co proceeso de aunento Com Lucx den proviz tanto dos, préysics cupitalictan vendedorer de nereado- rics ace cepitalirtas toredores ee emp: ine, come podem provi oe baneos _ of queis, negse cand, atuem cono intereaidrios fix 34 173 ‘nenceires entre on dois conjuntos de capitalistas. Yas, enbora o mecnnisio de oréaito seja de fundenentaY impor #ancie para finsnciar os gastos adicionais (principalmente em in« ventimento) dos copitelistas, e embora a utilizagSo dee rerervas tenha tambéu alguna’ importincia nesse processo, 6 perfeitanente porsivel auplior 0 montonte de Iucros nun dade perfodo empregando epenas os recursos financei'ros correcpondentes a0 volume de lures @o perfodo anterior: basta que, no perfode seguinte, esses recurs sos circulen nails repidenonte entre os cepitalistas. - Yonos examiner estas diversas alternativas por meio de exenplos nunéricos bem eimples, Suporhanos que a economia seje consti tufda Ge apenas trés cepitelistes, sendo que o capitalicta A compra do cepitslista B, e ecte compra de Z, 0 qual compra de A, fechendo o cireuito, A nlo incluso de tratalhedores neste exemplo em nada altera o resultado final, mas apenes sinplifies o problema. 0 que cata capitalists compra do outro corresponte a0 Iuere dente W1tino (o lucro 6 aqui igual ao valor éa vonda poroue estemos excluindo os trabalhadores e, portanto, a perticipagZo do sulério no valor 4a yends). Suporhanos ainda qué, mm dado intervale de tempo, ager moe mun ano, ocorrem doiis cireustoe completes de compra e-venda. Toto posto, considerencs as socuintes hipbteceat — | (12) economia estacionéric. Hesse caso, cada capitalista gesta exo tanente 0 que auferiu de Iucro. 0 capiteliote 4 compra de B merce @oxias no velor de $5 ¢ este € 0 Incro de B; conelusde o cireuito, os iueros. obtidoes por Q © por A.ado'tenvén de $5 .e, portento, on cade cizeuito, © lucro total é de $15 (5 ae B, 5 de C, 5 ae A) Gone durante o and Ocorrem dois eirewltes,.o luere totel no ano & @e $30, No ano seguinte tudo conega de novo € 9 lucro total nm: alteray (22) poomoni a gu Gobitnia. vas, Vanes supor que 0 cupitalie- te B sempre poupa (into & J} $2 @o Inere cue eufere, one ar todo nea 1 quente os outros dota cepitelistas continue e a 35 114 tero. Ko primeiro eirculte, A compra de B mereadorias no valor de $5, que 60 lucro de By ecte poupa Gl e compra de ¢ nercadoriae no valor de $4, que & também o valor das merendorias compraies por @ de A. 0 lucro total nesso cizeuite 6 xual a §13 (5 de B, 4 de G, 4 de A). Ko“oiroulte seguinte, A conpra de B produt no velor de $4; B youpa $1 € compra de ¢ proguton no volor de $3, sque 6 tanbén a reeeita de A, Nesse segundo cireulto, o lucro tom tal € ae $10 (4° de B, 3 de G, 3 de A). O lucro total durante o ano & de $23 ($13 do prineiro cireuiite © $10 do segundo) e, cono vinosy 6 decrescentes (38) eon Hesse mie 2 exsiansdo con empeeko de recursos externoe caso, vanos supor que 0 capitalista B rempre serescente $l ac ges~ tar sew lucro, enquanto og otron dois capttslistas continuan gastar apense seu lucro. No primeiro eirouito, A para $5 a By te aorescenta $1 © page $6 aC, que também page $6 a Ay logo, 0 lucro total nesse cireusto 6 iguel a §17 (5 de B, 6 ae 0, Gee A). No cireuito seguinte, B conegn recebendo 86 de Ay mee pece $7 2G, que € também a receita de-Ay 0 lucro totel nesse cirewito de 820 (6 ae B,.7 de G, 7 de A); Durente o ano,/0 Tuer totel & de $37 (17 mais 20) © se encontra ex. expansiio, De onde o cori tar linta B retire $1 para tomar cou ginto maior do que sew lucre? Guporhanos gue ele o tome enprestedo dos tmncos. Como, em cada cireuito, 0 luero de B aumenta tanbén de $1, dete significa que este capiteliota pode, a qualquer moiento, pager mua afvide cen prepiesr, pare isco, reduzir suse conpras a un nfvel inferior ao. e cleranente nese6 de antes de ele tomar cupréstinos, 2, cono v. excriplo, € con a utilicagdo de orfaitos (recurros sxtoros) para © aumento dos gestos que 0 Incro total ce amplias (48) economia en expan serene Se tamon. Aqui, pare siuplifiear, vemos supor, como no prinire hipdtere, que cx Go cepitelicta geota exatemonte o luero yor cle avfuride, tecin, conegande com una @eepecs de $5 por parte de A, 0 lucro totel en 36 us ‘cada cirowito 6 dgusl a $15 (5 de B, 5 de C, 5 Ge A). Como, pore tonto, pode Grescer o luere totel durante o ano? Futto eimpleonen- to, 0 luere total pode crescer se eunentar © mincro de cineuiton durante 0 ano. Havendo dois cireuitos, o lucro totel € de 930; sey durante o ano, 0 mibiero de circultos aumentar pare trés, o Lucero total serd de $45, Bu sume, mesmo sem recorrer.a recursos finan~ coiroa extemnos (into & empréstimos e/ou recorvas doo onpi'talie- tan), 0 Iuore total pode anpliar-se pura ¢ simplesnente pelé nator velocidede dos gastos dos capitelintes, Mma econonis doprimtaa, on capitelistas se tornen maie cewtelesos e tenden s novimontar na‘ lentanenté ~ seje pera investiiento ou mecno para une parte ae sea concuro — seus recursos finencciros disyontvein, o isso apreve ainda naio a oituagio. Runa economia en expansiio, eles mo~ Vinentan mais repidamente seus recursos, principaluente para apro~ voiitar aa novas oportuntdades de investinento que vio surgindo, © isso ajuda a acelerer o crescimento econémico. ‘gm guna: Andependentenente de onde possam vir os Tecurvos mo- netérios uendos pelos cepitalistea pare cfotiar cuss decponas de consumo @ de investinento nun dado perfodo, sito que geram seus Iucros nesse meso porfode — e 6 neste cei ge explica 0 paradoxd’ keleckieno de que of luergs sho gastor an- tee meano de existiren. Neste ponto ¢ preciso deixar claro o seguinte: @ ques qué eotemos tratandé se refere sos recursos pol onpregados pelos capitslictas para custear cous gesto ‘as, ¢ 08 Tecurros tide fea reeursos monctérios, de onde proven eles? Ou sei née 08 coy tal: ae 2dquirem Dens de con uno € de invertinento, 6 nececsfado que enees bens existany ms, de onde vin cles? Eles véa Ga cepacidede produtiva existente, a qual, nes economies capitelietes meduras, nie 6 plen nade, Assin, quando of cepitelictas amplien sous enues gastos correspondem a ve cumento’ real de investimento ¢ con 3 176 ‘sumo. Se o aparato produtivo nao di'spusesse de wha capactiiade ociosa, a0 aumento: de demende por bens de investimonte 0 de con smo corresponderia nfo un eerésoimo de progugiio deases bens, mas 80 somente uma elevagdo de seus pregos. Nerse ease, os geetos adicionais dos capifalietes darian como rem1tado nfo um aumento real de seus lucros, mas un simples aumento noninel, Portento, o mecenismo de detezminagdo dos lucros, pelo Angulo da demande (isto é, pelas despesas dos capitelictas), implica, como j4 assinelamos anteriomente, una Geponibilidade de capecidade produtiva, ov, — para usar outro termo ~ wa elastictdade da oferta. bs Gestos dos *Nerendos Bxiemos" Ka nego 4 vinos que tanbén ov "nercados extornos” (ineluinto of tanto o setor governamental do pafs como a economia dos outros pafces) participan da deterninaglo dos Iueros dos cupitalistas Ge um dado pate; ou soja, wma parte Gos lueros é igual ao caldo de oxportegdes para agueles nercados (quando existe egee eatdo)s B aqui sé coloca tombém a questdo de com que recursos! os *moreados externos" financian seu défictt Ce exportacdes, i Considerenos, en primeiro lugar, a relagHo entre wsdedo pate © 0 resto do mundo, 08 quaits trocan’ entre ei! mereadorias © servi- gos, Se, nessa troca, o pafs obtém un saldo 3, de. exportagées, ease mesmo nontante §, corresponde & wm eoréscime de Iueros 80 pets, Gon que recursos os resto do mundo paga esse montante $,? © resto do mundo pode pagS1o com ouro ou com hoeda de deci taco internacional. Mae pode tanbSu pagt-lo"com enpréctinos ovtides do préprio pats. que teve o saldo do exnortagio, Neste Stim © IWore S, ouferide pelos cepitelietes, correspondente ao salad de exportagSes, 8 finaneiade con recursos do prépild pets, recurros eetes que poden aor formecidee ai ctomente relos ceptiectetes er portadores, ou pelos bengusiros, cu pele Governo, 117 + Bete ponto 6 iniportante para entender © papel dos expréstinos internacional nd iprocesso de realizegiio da mats-velia, ti 0 800~ nonia capitalicta madura, onde existe wia incuficiéneia de dann de efetiva (isto é, onde wna parte aa maic-valia yotencie? no pode rex renlizada por insufivigneda de mercado intemo), une for ma de elevar essa denenda & por meio da conceseio de enpréetinos 8 outros pafses, para que estes possem adquirir produtos dequele economia. © mesmo acontece na relegio entre os capitalistas ¢ o Governo. Na medida em que-on capiteliétas obtenie un seldo.&, de "expor ‘tagSes" para o setor governamental (saldo-este que 6 igual ao aéficdt ovgamentério Go Governo), seus lucros aumentam no mesno nontante 8;. Gono 0 Governo finaneia seu aétiost? Os gastos do Governo eo cobertoa pelos tribytos (diretes e indiretos) inesden- tes sobre cepitalictas © trabalnadores. Se h4 un aéfie¥t, isto significe quo'a arrecadecio de tributes foi incufictente » a bri on gastos do Govern, De onde, portanto, provém o9 recursos pore custenr o déficit? Sages recurcoa poden cer exisdos pura @ simplemente pela eriesto de dinheizo, la podem proviz iaxbén ae empréstimos tomsdos pelo Governe (por exemplo, pele venda de tit | loa do Tecouro), . 4 orlgen Gos onpréstinos tomados pelo Governo ten influeneia sobre os lucros dob capiialistes. Suponhomos bue todo o aéficit oxgamentério, no. nontante de $., seja finaneiads por capréntinos © considerenos algunas bipéteses altemativan, Primeiva: so on o préatimes sfo concedidos pelos trabaihadnres, Yote sigitice que eles extarfo po: do (1et6 6, deizendo de wniar)-un my ante §, ao total de seus saldrios. Cons observenos na equagiio complete dos Iueros, poupenga dou tmulaluedores corresponde a wa reiusie toe luazos; portante, se todo 0 déticit covereuentel 6 Tinaaetace s tretalhedores, tenos o seguinte resvltado: o laero aéficit do Governo obti2e pelos capitalictas om re ~39 118 "edo pela redugio de Iucr0 corvesyondento & poupanga Sy doo tre- balhndores, Segunda hipétese: se o aéficit S$, do Governo é inteiranente finanoiado por empréctinos estrengeiros, os capiteliotne obterdo um igual aunonto de’ Iuero desde que todos esses eupréstinos sejen gastos dentro do pafs. Terceira: ae os enpréstimon ofo eoncedidos unicemente pelos préprios capitalistas, eles voltario inteiramen- te con capitalistas nob a forma de eros (novanente supondo, é claro, que os eripréstimos sojan gecton dentro do pots). Nese ca 90) 08 eapktalistas que auferen os Iueros nie aio necescarianente 0s mesmos que coneederan os enpréctimos ao Governo para fineneia- mento 60 aéfieit, 40 conceder enpréstinos a0 Governo 00 capittalietas néo estardo Tedusindo seus préprios gastos em consumo ¢ investinento? Se acete fosse, o aumento de luero correspondente ao aéficit orgementézio seria parcial ou totalmente amiledo pola redugio dos gastos dos capitelistac, Was, na verdade, ison ndo acontece. Ao expandir euas Gespesas (sendo dado 0 volume de suas recettes), 0 Governo entaré adquirindo diretanente e indiretamente (isto 6, através do eonswio por parte dos funcionérics piblicos) meior quantidnde de bens ¢ servigos €, aovin, eotimlando a produgZo e, consegtientements, o investimento e 0 consumo dos enpitaltstas. Agora, se a forma de finenciamento do déficit de Govern exerce diferente influgneie ‘sobre 0 luero total auferido polos enpitalic. ‘tas, © nesno nfo acontece com o modo pelo qual esse Sinanctauonto ompyegado, “dente ave sofa gesto dentro do prépric pate. Se o oe Tlest onptmentévie resulta de denpoeas com merendorian © servigor, ele. se converte em lere doz eepitelictas Go setor que vende sere © Govero ¢ Gon canitalistas que venden produtoa pera on trabalhe= tt decerre de desne Gores dease eetor. Se o aéfic ancien a8 con ndrice do Governo, ele se converts talintua que are cares funcionéios (descontada, € elero, a venden produtoe 40~ 179 dventuel poupanga desses functonérios, & qual se inelui no item poupanen dos tratathsderes na equagto completa dos lucros). ©. Investimento_¢ Poupance Nesta segdo temos faledo dos gastos dos capitelistas, af engloben- do tanto 0 investimento cono 0 concuro, Se coneiders2moa 0 conruno hum dado perfodo como sendo dependente do Iucro do perfodo ante- rior (o a oste ansunto voltaronos mois tarde), onto o invoatinen 40 passa a ner a varivel independente fundanentel nn eqiugio etm plisicade dos deterninentes. do lucro, Ou seje, se suponos que o Gonsund dog capitalintes no perfodo # & efetwado inteiromente’ Gon os rectirsos do Iucre a0 perfodo.t-1, entéo o problena do financis~ nento dos gastos dos capitelistas se converte ne problena do fin eienento do investimento. Yoltenos & equagie dos determinentes do lucro, We férnula cin plificata tenos: Iucro = investinento + consumo doe cnyitalictas. Se uma parte do lucro 6 gasta en consumo e a-outra parte 6 poupe nda: que nito € 4 (entendendo-se per youpanga simplesnente a, x« om consumo), ests equagio se modifica parat 4 doneate daa anuitaticece| " {+ conan den ox Gancelando o gonsune gos gapitalistes Gd arto os leds costs, Tqualdede, encontrenoer Poupangn doe enpi'tali, que é.2 equacho' rinplificaéa ¢a pouranga. Rita equegio tenbén cra ceoits pola Neqnonia tradheional (oldc- sien ¢ néo~elianica), mae, pera esce Heonomia, a! powyiniga detorns= nave o lnvertinento, ov cia, eran on recursos pounades cue serviaw pare fineneisr o investinerto. For exenplo, © Zeonenis oF afimeve 0 seguintes tendo obtide un determinedo 1y Uistoe utilizaven uma parte dele pera sex préprio eonema ¢ houps ae 180 ‘ran a parte restante; osta segunda parte serie, ent%o, investidn se ao mes pelog meenos capitalictas que a pouperan ou, recorrent canieno de empréstine, yor outros cenitalintas que dosejaven in vestir mac nfo dispanhen de poupanga prépria, Be acordo com esta concepciio, era & poupange existente que determinava o invectimen- to, sendo que a poupanga (e, portanto, © investinento) era, por seu tumo, juntemente com o consuno dos cepitalictas, detemdnada pelo Ivero, B 2 taxa de Juro entrava nesce mecanisno para remlar © volume de recursos oferecidos para empréstinos (a poupanga) eo volume de réeursos denandados pura inveotinento, I Bota concepcio € falea, Como j4 visos, elo 0 anvestimento e o consuto dos capitalictas que deterninan 9 wore, © nfo ao eohtré- Tio. Isto posto, se dividinos o Iuero em duas partes ~ consumo e poupsnca dos capitalistes —, tence de acettar tame que a poupans ge dos capitalistas & detemsinoda pelo investimento, ¢ nilo ao con trério, Bn outras palavres, se aa equegiio Iuoro = investinento + conoumo dos eavi'talictas conedréamos com que o° lado esquerdo 6 determinago pelo 1ado adrei~ to, temos de concordar também con isto no caro. dn equesiio Foupanes dos copitalletes = dnventimento »/ 8 quel deriva da equagdo anterior, Ba renune, para haver invertinento néo.6 necensesd hever wea poupanga prévia, Gono cin Keleoicl, o investinento ee eutoefinénetey & exatamonte rio procesuo 86 Anvestix que os conitslistes goren 2 poupangs correspondente a esse inves Amento, Co mestio mode como a6 gactar, seJa en investimento ou cn consumo, es capitetivtas feuli- vam seus Wieros. B, como observa Keleckd: “Ine importante conse qUéhois disso € a de que a toxa de juro niio pode ser detersine pela genanda © oferta de nove capi tei, poraxe o invertinento inex cla a si mesmot." ( Ba equagio sins a yolenoe pesoar per equegio completa, Pela {Grmula complete do Iuero, “nhunost nae, 11 Consune Jon gapstalinten mora beutos (aedusidog | P SteetReRtS Dato mores pruton (dedusidos |. = 0s Impostos, diretos) ¢ + Saldo de exportache + Défictt orcamenténje do Governo = Tounanca gon trabalhadorer Passando para 0 lado’ esquerdo a poupanga dos trabelhadores © ais Rinuindo ae ambos o Iedos de equagdo o conouno dos capt taliatas, encontrarenos: Poupanca bruta dos capi. Investimento brute talistas at ney enue ere = (+ Saldo de exportacti + Poupanga dos trabalns~ sande Se Sxbarteces dores + Déficit oreamentérie do a, Um Hequena Simplitioade de Investimento ¢ Poupenga A igualdade entre pounenga ¢ investimento da férmuia simplificada tentém pode ser denonstrada por meio de un esquena de roprodugio, como © far Kelecki en eon tratalho "0 Froblena do Pinonedanento @o Desenvolvimento BeoGmico" (inelufde no Livro Greseiments 9 oi~ gle dag Economia Gapltalistas, eit.). # prooico, porém, nodificar os conponentes Go esquena. Venos dividir @ econoinia en. ayenaa dois departanentos: 0 Dep. I, ‘como antes, produz teas de investimento, e 0 Dep. IT proguz bens de constino em-geral = isto é, ueados tanto pelos capi talic- tes como pelos tratelhadores, Da renda total (que 6 igual ao ver lor da produgio) de cada departenento, ‘uma parte @ é concumida (isto &, useda para e compra de bens de coxsuno) © = outre perte, igual aS, € poupada, Representando por I o valor da produgio do Dep. 1 6 por G.o-valor da produgiic do Dep. 11, © eendo G, ¢ go consumo € § € Sp a poupange nos dois departenentos, tenon: itos € Zgual’ 20 valor du “a 182 ‘asoin sendo, a sora da poupanga now doie departenenton 6 Siqual ao valor da prodiigao do Dep. Is . L= 3 +3 E como & soma da poupanga nos dois departamentos 6 igual & poupan- ga total 8, tenos: ies. Analisenos wn pouco mais este exquema, Do valor da produgao do Dep. IT une parte, igual s Gy, consumida dentro desse mesmo de~ partemento; sobsa una parte que néo & concumida, no valor de Sy. 0 consumo rio Dep. I, no valor de Lys provém da parte nao consumi~. da no Dep. II; ov seja, a parte da produgio ao Dep. II que nfo & consunida nesse mesmo departanento, no valor de Sp, 6 vendide 0 Dep. I. Logo, & = & a Bata 4a emacdo de toca entve os doin departaneatos. 0 Dep. Ii Zomece bene de consun no Yelor de G, so Deps Ty como’ acabe= mos de ver, Como, porém, o Dep. I paga ao Dep. II por estes bens Ge consumo? 0 Dep. I.paga a0 Dep, IX fornecendo-1he bens de inve: timento do igual valor, isto 6, no valor de 01, ave 6 também 0 va~ Jor de Sy. Assim sendo, a poupanga no Dep. TI 6 igual & aquisto%o, por este departamento, de bens dé investimento produsides no Dep. I, Ropresentande por 1, 0 inveotimento no Dep. IT, temos Sp = I, © Dep. I produz bens de investinento para si mesmo, no valor de Ty, € para o Dep. JI, no velor de Ip. Se o Dep. T troca Ip por Gy, isto significa que @ poupanga no Dep. I 6 Au 20 duvestimento. af veulizade, Cu soja, se I'= C) +S, © tamblnZ = Ly 4p, ¢ 20 ento necessarienents 5; = Iye Gonstatamos que er cada departamento a poupenca é igual ao in. vootimonto, Eeta mesma igualdede ceorre na economia como wi todo. Se edicionarmos S).2 ambos os ledos de eq 1 = Say tererce G48, = Spt Sos Sadenos que C48, € 0 valor dap: I, Asto 6, 0 valor do investinento total 1, onqumto S48, cons ‘titwi a poupanga total portanto, I= 3. | i nti 183 "6, WOROS, SATRTOS B KENDA NACIONAL | i } a, Determinantes dos Nfveis de Saldriog ¢ Renda Nacdonal Ho esquena simplizieado (isto 6, sem coméroio exterior, ativiéaden | do Governo © pouponcn dos trabalhadores), ado o°investinento eo | consuno dos capitalistes que deterninan o montante de lucros. Se supomos dada’a distritmicfo de renda entre salfrios e lueros, o total de salérios (ou o consumo total dos trabalhadores) e a ren- | da nacional s&o também determinados pelo investimento e o consumo dos capstaliotes. F Bodenos representér de do¥e motos a Aictaituigde de ronda entre salérios e lucross (12) como uma relagao entre o montante de ealé- rics (Mf) © o-montante de lucros (P), ow seja, W/E; (22) cono una, relagio entre o montante de saldrios (Wf) ea renin total (X, one, por sua ver, 6 igual-& sons de saldrios © Iucros), isto 6, W/¥, e, neste caso, & distribuictio se express cono e participagao relati- va dos salfrion na rerida total. Vamos optar por esta segmda forms, Assim, a distrituigio de vende em cada’ um dos ‘trés departanentos integrentes do esquela de.reproducZo se expressa gono + Wo/, eW,/,, onde I, Ge Gy repreventan tanto 0 valor de} produglo co~ mo n Fenda tote. dos dopartamentos 1) II" TIT, reapdetivanente: Vanoe supor conistante aistrituigée de rede cai todos os deper- tamcatos, Toto posto, o montante de salérion nos deprtementos Te 11° determinado polog rfvéie.de produgtio -deoses departenentos, que, por seu turno, dependen doz nfvels de investimento e consuno dog capi taliatan, respec tivanente. Bx outzag pelavias, of valores de Hy © Hy sto ectadelecisos poles nngnitudes de Le O,. Ke Daye TIE o nontante'de saldrios, #3, € tanbéa doterminao pole nivel ae ‘produgio decze depurtanento, G,. Nae esse nfvel de produgio de pende Go total de saldriog-nos outros doin degertanentos, © oul 6 estabelecido.pelas magnitudes de 1 © G,. Ma verdade, 0 valor 42 y+ Mgt Hy) men produgio Go Dep. III 6 igarl a 1s (que 6 0 mortar te de galérios pagos neese depsrtanento) varia en finglo 60 cuente

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