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Oa ee Relea al ela SUMARIO 1 - INTRODUGAO. : 1.1 — Hist6rico dos Processos. 2- ABORDAGEM DA FMEA. 2.1 - Principals Objetivos da FMEA. 2 - Consideragdes. 2.3 - Responsdvel pela Implantacao da EMEA. 2.3.1 - Responsabilidade da Gerénci — Responsabilidade da Supervisio 2.3.3 — Responsabilidade do Coordenador do FMEA. 2.4 - Formagaio do Grupo de FMEA. 2.5 - Reunides .. 2.5.1 ~ Duragiio das Reunides - FMEA DE PROCESSO. 3.1 -Introdugao. 3.2 - Preparagdo da FMEA de Proceso 3.2.1 - Cabegalho do Formulétio.. 3.2.2 - Identificagdo da Etapa do Proceso e sua Fungio ... 3.2.3 - Modo Potencial de Falha.... - 3.2.4 - Efeito Potencial de Falha ~ Indice de Severidade ou Gravidade. 3.2.6 - Classificagao .. 3.2.7 - Causa Potencial de Falha.. 3.2.8 — Indice de Ocorréncia. 3.2.9 - Controles Atuais do Process: 3.2.10 - Indice de Detecgiio 3.2.11 — Ntimero Prioritario de Risco (NPR) 3.2.12 ~ Ages Preventivas Recomendada = 3.2.13 — Providéncias Tomadas. 3.2.14 - NPR apés Melhoramentos . 4—UTILIZACAO DA FMEA... 4.1 —LimitagGes da FMEA. ae 4.2 - Arquivo dos Registros.... 4.3 — Prazos para Execug et — Agoes de Acompanhamento, a 5 ~BIBLIOGRAFIA = 6-EXEMPLO DE FMEA DE PROCESO. oy 7 - SEQUENCIA DA FMEA DE PROCESSO. ~ oe ‘FMEA Poca RE | Pagina Ye 37) T53 Pee Me ee ee elle 1-INTRODUCAO \dentificar problemas de produgao parece ser uma tarefa elementar. Todos, em qualquer empresa, sabem que a “fabrica esta cheia de problemas”. E, na maioria das vezes, um problema traz consigo ‘outro problema, antecedente ou conseqiente. A grande maioria dos esforgos, até hoje, foi canalizada para a detecgao de falhas. Pouca importancia foi dada & prevengao de falhas. Um dos motivos desse tipo de atitude é que a pessoa ou grupo que previnem uma falha passam despercebidos, nao so tao valorizados quanto aqueles que encontram a causa de uma falha. Se pararmos para pensar um pouco, vamos chegar & conclusdo de que sé temos problemas hoje porque nao tomamos acdes preventivas no passado. As agdes preventivas tendem a diminuigao de acdes corretivas, interinas e adaptativas. Hoje, felizmente, ja se valorizam mais os grupos ou pessoas que atuam preventivamente, Para aprimorar continuamente a qualidade e reduzir 0 custo do produto, tomando-o cada vez mais competitivo, visando com isto, atender cada vez mais as exigéncias dos clientes, vem sendo aplicadas na industria, dia a dia, técnicas estatisticas para ptevencdo, detecao e controle de falhas. Os métodbs estatisticos mais comuns sao: * Pareto, Diagrama de Ishikawa (espinha de peixe) * Diagrama de Correlagao, Histograma (distribuigao) * Controle Estatistico do Processo ( CEP ) FMEA pode ser usada em processos nao industriais. Por exemplo, FMEA poderia ser usada na anélise de risco em processos administrativos ou avaliagdo de sistemas de seguranga. Em geral, FMEA é aplicada para falhas potenciais no desenvolvimento de produto e processos de manufatura, nos os beneficios sao claros € potencialmente significativos. Entretanto, a necessidade da prevengao de falhas (problemas) antes de se atingir a fase operacional, ou seja, ainda na fase de desenvolvimento do produto, tomnou-se imperiosa. Dentro dessa ética, criou-se uma metodologia de analise sistemdtica que orienta e evidencia em fase preventiva as falhas em potencial do produto, quer seja na sua fase de concepeao ou de fabricagao. Essa metodologia chama-se FMEA. Analise dos Modos de Falha e seus Efeitos (FMEA 4? Edicio) 1.1 - Histérico dos Processos CONTROLE DETECGAO: . HISTOGRAMA PRODUTO + PROCESSO | | PARETO | CLIENTE sISHIKAWA _ . CORRELACAO . AUDITORIA. -— PROCESSO PRODUTO ———— CONTROLE PREVENCAO PREVENCAO DETEGCAO- a «MEA visToorana : -DFA : oh Fy pee Leaner, | [cute . DOE Grae a ‘ CORRELAGAO ~ TAGUCHI ices ~ AUDITORIA = QFD . Lt SO PMBA Protesso Reve 0 Pagina de 3 Poe eee Re Re a le a(t ee allo) 1.2 - Principais Mudangas da nova versio * A formatagao foi feita para facilitar a leitura: * Foi inclufdo um indice. * [cones sao usados para indicar paragrafos chaves. + Exemplos adicionais sao colocados para melhorar a utilizagao do manual. * Foi reforgada a necessidade de suporte gerencial, interesse revisdo do processo FMEA e resultados. aesenriuaesro * Definir e reforgar 0 entendimento da ligagéo entre DFMEA e PEMEA bem como defini a ligagdo com outras ferramentas, * Melhorou os indices e tabelas de Severidade, Ocorréncia e Deteceao, onde eles ficaram mais significativos com palavras mais reais e usuais. * Métodos alternativos foram usados conforme industria: ‘* Apéndice adicional com exemplos de casos de aplicagao da FMEA. * Foco sobre 0 “formato padréo” foi substituido com varias opgdes que representam a aplicagao corrente da FMEA na industria. * Sugestdo de que o NPR nao pode ser usado como meio principal para avaliar 0 risco. A necessidade de melhoramento foi revisada incluindo e adicionando método, e 0 uso do limite de NPR foi mostrado como uma pratica nao recomendada. * Capitulo I: Descreve principios gerais da FMEA, a necessidade de suporte, de gerenciamento e definindo processos para desenvolvimento e manutengao de FMEAs, e a necessidade de melhoria continua. * Capitulo I: Descreve aplicagées gerais da metodologia FMEA, 0 que é comum entre os processos de DFMEA e PFMEA. Incluf planos, estratégicas, planos de aco, ¢ a necessidade de suporte e de gerenciamento e responsabilidade sobre FMEA. * Capitulo Ill: Foco sobre DFMEA, estabelecendo 0 escopo de analise, uso de diagramas de bloco, varios tipos de DFMEAs, formagao de equipes, procedimento basico de andlise, planos de ago, monitoramento, alternativas para NPR © conexao para PFMEAS e planos de validacao. * Capitulo IV: Foco sobre PFMEA, estabelecendo o escopo de andlise, uso de diagramas de bloco, formagao de equipes, procedimentos basicos de andlise, planos de agao, conexao com DFMEAs e 0 desenvolvimento de planos de controle. * apéndices possuem varios exemplos de DFMEA e PFMEA SPMEA Procésse Rev E PU oe a ne een tk A ease) aplicagées diferentes. v ABORDAGEM DA FMEA * A FMEA é uma técnica, isto é, uma metodologia de andlise sistematica criada para orientar e evidenciar em FASE PREVENTIVA as falhas em POTENCIAL do produto, para que suas respectivas causas sejam analisadas e tomadas as agdes preventivas necessérias para evitar a ocorréncia dessas falhas. * Esta andlise 6 efetuada tanto para o projeto quanto para o processo produtivo. O que vai diferenciar a FMEA de Projeto da FMEA de Processo € 0 objetivo da andlise: > | Componentes ou Conjunto: j ——> Varias fases do processo FMEA Projeto FMEA Processo produtivo. ‘As duas andlises tém como objetivos comuns, eliminar as causas das falhas que poderao surgir no produto quando utilizado pelo cliente. Portanto, FMEA de Projeto e FMEA de Processo sao, entre si, complementares. Nos dois casos, a técnica é aplicada na elaboragao do projeto e deve ser empregada num processo de melhoria continua, visando a Qualidade Total. Esta técnica tem a propriedade de identificar e classificar, em ordem de prioridade, falhas em potencial que um produto possa apresentar em fungao de seu projeto/processo. FMEA é uma atividade importante dentro da empresa, porque o desenvolvimento da FMEA é uma atividade multidisciplinar afetando inteiramente 0 processo de realizagao do produto, necessitando ser bem planejado para ser efetiva. OOM PeceoRacR PU eee ee ea oa te lle [od) 2.1 - Principais Objetivos da FMI A * Concentrar um pensamento de Qualidade Total, visando sempre a Melhoria Continua através da diminuigao dos riscos de falha; * Reduzir o custo do produto, tornando-o mais competitivo; + Incrementar a filosofia de Prevengao x Deteccao; * Promover a integragéo e trabalho multifuncional visando a Engenharia Simultanea e dar subsidio ao QFD (Desdobramento da Fungo Qualidade); * Documentar e divilgar os riscos provenientes do desenvolvimento do produto. “Num segundo principio ¢ 0 de que ninguém pode adivinhar o prejuizo futuro de um negécio, gerado por um cliente insatisfeito. custo de substituigao de um item defeituoso na linha de produgao é relativamente facil de ser estimado, mas o custo de um item defeituoso que é entregue a um cliente desafia qualquer medida — W. E. Deming,” -PMEA Proceso Rev. rhein a 57 EOE Eee ere RSE eee cliente) 2.2 - Consideragdes AFMEA de Processo se aplica a: * Todos os novos processos; * Processos existentes, mas que estio passando por aperfeigoamentos; * Processos existentes, mas que estdo sendo realizados com nova tecnologia. A FMEA tem seu inicio téo logo a Engenharia tenha algumas definigdes do projeto do produto/processo. Deve-se levar em considerago os dados ja existentes em processos e ferramentas similares, assim como os resultados da manutengao (programada ou nao) dos meios de trabalho. Quando se tratar de produtos comprados, a FMEA deve ser efetuada pelo proprio fornecedor ¢ ter um aval da empresa através da Engenharia de Processo ou departamento equivalente. A FMEA é um documento vivo que deve tanto refletir o ultimo nivel do processo como as agées de melhoria implementadas, incluindo aquelas posteriores ao inicio da produgao, bem como 6 um instrumento que auxilia a tomada de decisao pela geréncia. As revises das FMEA’s podem ser acionadas pelos indicadores de qualidade: Indices de refugo, Reclamagées de clientes, Solicitagdes de desvios, Custo da qualidade de fornecedores, Solicitagao de clientes, KEK KKK Revisdo de agdes corretivas/preventivas executadas, etc. Diagrama de processo e a PFMEA: O diagrama de fluxo de processo descreve o fluxo do produto através do processo. Este deve incluir cada etapa do processo de fabricagéo ou montagem bem como sobre suas saidas (caracteristicas do produto, requisitos, prestagdes) e entradas (caracteristicas do proceso, fontes de variagao). ip 6 astypro IBA Procésso Rey E Analise dos Modos de Falha e seus Efeitos (FMEA 4 Edicdo) O detalhamento do fluxo de processo depende do estagio do desenvolvimento do processo. O inicio do diagrama geralmente & considerado um processo de alto nivel. Isto necessita de uma andlise detalhada do potencial de falha. O PFMEA deve ser consistente com as informagdes do diagrama de processo. O escopo do diagrama de processo deve incluir todas as operagdes de fabricagéo sendo processados de componentes individuais para montagem incluindo expedicao, rotulagao, etc.. Uma avaliagao preliminar de risco utilizando o diagrama de processo realizado para identificar qual destas operagdes ou passos individuais podem ter um impacto sobre a fabricagaio e montagem do produto e deve ser incluido na PFMEA. O desenvolvimento da PFMEA continua por identificar os requisitos para cada processo/fungao. Requisitos sao as saidas de cada operagao/etapa e referem-se aos requisitos do produto. Os requisitos provéem a descrigao do que deve ser alcangado em cada operacdo/etapa. A fim de assegurar conformidade, é altamente recomendado que o mesmo seja desenvolvido por uma equipe, o diagrama de processo, a PFMEA e 0 plano de controle. Diagrama de processo de alto nivel ongooc0 Diagrama de processo detalhado ON ee ee Cae ee eee Ge lfe-1)) 2.3 - Responsavel pela Implantaciio da FMEA Normaimente 0 responsavel pela FMEA ¢ 0 Engenheiro ou Técnico responsavel pelo Projeto do Produto ou Processo em questo. Entretanto, algumas empresas recorrem aos analistas da qualidade quando no existe a figura do Engenheiro ou Técnico responsdvel. 2.3.1 - Responsabilidade da Geréncia » Definir Projetos e Processos a serem analisados, apontando o coordenador do grupo FMEA. > Analisar os Riscos apontados pelo grupo e encaminhar as agdes cortetivas que requeiram decisées em nivel superior. > Prover meios para que 0 grupo desenvolva e trabalhe. > Acompanhar o desenvolvimento do grupo, .2 — Responsabilidade da Supervisao > Assessorar a geréncia. > Manter os registros de FMEA’s executados arquivados e sempre A mao para eventuais consultas de qualquer setor interessado, bem como as revisées atualizadas. > Facilitar as agées dos grupos FMEA em sua area de competéncia e prover recursos para a eficacia desses grupos. 2.3.3 - Responsabilidade do Coordenador do FMEA » Elaborar agenda, » Convocar os integrantes, > Coordenar as reuniées, » Avaliar as necessidades de participacdo das diversas Areas. » Elaborar ¢ emitir relatérios dos trabalhos, » Apresentagdes ou divulgagao que forem solicitados ao grupo. » Fazer “follow-up” das agdes corretivas propostas. > Identificar e providenciar o necessario aos elementos do grupo que precisam de treinamento da técnica. A PWR ip © qalipro Pagina 9 de 37 Br eee Be eee eg ee ood) ¥ Levantamento Informagies + SISTEMA DE INFORMACOES Informar Grupo Gerencial Coordenador | Acompanha { Grupo Gerencial Prioriza informacdes Grapo Gerencial ‘Compse Grupo EME. t GRUPO DE TRABALHO Grupo FMEA €Comunicado Assessoria do | Grupo Realiza ‘oordenador | FMEA * ACOES Grupo Compae Aggies Preventivas Nao | Justifica Aprovadas? { Coordenador + ar { Controla fs} aeacoes | organizaos | esp Grupo Gerne, ‘ala Reads Grupo FMEA Disponivel Problema Evitado?, GO sears Pain de Analise dos Modos de Falha e seus Efeitos (FMEA 4 Edicao) 2.4 - Formagao do Grupo de FMEA A FMEA deve estimular a troca de idgias entre as areas envolvidas @ promover a formacéo de um grupo de trabalho. Deste grupo, devem participar representantes das areas de Proceso, Projeto, Qualidade, Servigos, Produgdo e Logistica. Especialistas podem, eventualmente, integrar-se ao grupo, inclusive os clientes fornecedores. 2.5 - Reunides As reunides devem se abastecidas de informagées do tipo: Dados das falhas sobre os refugos, retrabalhos, anomalias apresentadas na linha de produgéo ou montagem. Informacdes sobre a capabilidade e estabilidade do proceso, tipos de falhas, plano de fabricagéo e montagem, desenhos, especificagdes do projeto, desenho do ferramental envolvido, ciclo de montagem transporte. O lay-out do processo e amostras de pegas, também constituem informagdes muito uteis. CO inicio da FMEA de Processo se da com uma relagao detalhada que deve abranger todas as operacdes elementares do processo em analise. Caso 0 produto ou processo seja complexo (quantidade) é recomendavel que 0 mesmo seja analisado em partes, a critério do grupo. 2.5.1 — Duragao das Reunides Uma FMEA de Processo é composta por tantas reunides quantas forem necessdtias, sempre adotando um grupo basico de pessoas para acompanhar todo o processo. Especialistas ou convidados, tais como, operadores de areas especificas, fomecedores ou mesmo o cliente, podem integrar-se ao grupo quando for necessatio, As reuniées duram em média de uma a& duas horas, sendo agendadas de preferéncia no mesmo horario e local. Reunides extensas desanimam o grupo, reduzindo a objetividade e ‘0 senso critico. fo PMIBA Prodesto Rew! Pen irae Anéalise dos Modos de Falha e seus Efeitos (FMEA 42 Edicao) 3- FMEA DE PROCESSO 3.1 - Introdugio AFMEA de processo é usada por Engenheiros ¢ Técnicos durante o desenvolvimento de um processo, para assegurar que todas as falhas em potencial e suas respectivas causas sejam analisadas e tomadas as agdes preventivas necessérias. Objetivo: Identificar ao longo do fluxo produtivo os riscos de falhas que um produto possa apresentar devido ao seu processo. Nesta etapa tratamos de desenvolver uma lista de tipos de falhas ordenada de acordo com o indice de risco que os setores produtivos e de manufatura geram ao confeccionar o produto, tais como: * Falta de tolerdncia por operacao; © Contaminagao * Nao conformidades intermedidrias prejudicando o desempenho de operagées finais; ‘* _Indisponibilidade de ferramental; * _ Meios de controle inadequados; + Baixa produtividade; * ete, De outra forma, a FMEA de Processo resume 0 pensamento do Engenheiro e do Técnico em processo durante o desenvolvimento de um processo de manufatura. A FMEA de processo assume que o produto, como projetade, atingiré os requisitos do projeto. OU eee ee ee ic eda se ee lal AFMEA de processo nao se apdia em modificacdes de projeto para eliminar deficiéncias de processo, mas cuida das caracteristicas significativas do produto para assegurar que este seja construido conforme desenho, a fim de que o produto resultante esteja de acordo com as necessidades e expectativas do cliente. Nessa etapa, também sera de grande auxilio o desenvolvimento de méquinas e equipamentos novos. O método para execugao 6 0 mesmo que o da FMEA de projeto, porém a maquina ou equipamento em projeto sera considerado como sendo 0 produto. Quando forem identificados tipos de falhas em potencial, a agao preventiva sera implementada para reduzir sua probabilidade de ocorréncia, A equipe de FMEA deveré assumir 0 produto como sendo projetado para as intengdes do desenvolvimento. Durante o desenvolvimento da FMEA, a equipe pode identificar oportunidades de desenvolvimento, podendo eliminar ou reduzir a ocorréncia do processo de modo de falha. ‘A FMEA de processo é iniciada pelo estudo do Diagrama de Processos (fiuxo do process). Este deve indicar, para cada operacdo, quais sao as caracteristicas do produto produzidas. A FMEA deve ser consistente com a informagao do fluxo de processo. Inclui todas as operagdes de manufatura tais como expedicao, recebimento, transporte de material, armazenamento, etc.. 3.2 - Preparacao da FMEA de Processo Para facilitar a documentagaio da andlise dos modos potenciais de falha e seus respectivos efeitos, foi desenvolvido 0 formulario FMEA de processo. Anexo a esta apostila apresentamos um exemplo de formulério para FMEA. Pe Re ee eG ee el 3.2.1 - Cabecalho do Formulario TEM a COMO PREENCHER FMEA ——_| FMEA de Projeto ou Processo N° da FMEA Colocar o nimero da FMEA ~ Data Elaboragao | Data da 1* elaboragdo do FMEA Responsavel [Quem é o responsavel pelo FMEA Cliente Nome do Cliente ‘Aplicagao Velculo onde o produto € utilizado 'Descrigao Nome do Produto |Desenho | Cédigo do desenho do produto |Data da Revisao | Data das revisées do FMEA 3.2.2 — Identificagao da Etapa do Processo e sua Fungio e Requisitos. + Etapa do Proceso: Descrever o nome da etapa do processo que ser analisada, + Descrigao da Fungao: > Expressdo da necessidade que deve ser satisfeita. > “Atividade ou uso para o qual um objeto se destina.” Para a definigéo clara da fungo, devemos fazer a seguinte pergunta: Para que serve? Responder da seguinte forma: Verbo no infinitivo + substantivos + dados técnicos SRR Pee! ee eee ree cat yan set} EXEMPLOS DE FUNCOES + Resistir a esforgos mecdnicos; + Garantir produto estéril; « Permitir fixagao; «© Atender taxa de compressao; * Permitir visualizacao; + Fomecer protegao * Atender nivel de emissao; + Resistir & temperatura; + Permitir espagamento * Permitir posicionamento; © Permitir encaixe; © Prover reforgo, etc. + Requisitos: Lista os requisitos para cada fungo de processo ou operacéio que est sendo analisada. Requisitos sao a entrada para 0 processo especificado, -FMBA Processo Rev. Analise dos Modos de Falha e seus Efeitos (FMEA 4? Edicao) 3.2.3 - Modo Potencial de Falha © modo de potencial de falha, também conhecide como tipo de falha, resulta diretamente do néo cumprimento da fungao. © modo de falha pode impactar a seguranga ou nao cumprimento de regulamentagées. Deverd ser feita uma lista de todos os tipos de falhas possiveis na operagao em questéio. Deverdo ser consideradas todas as falhas que possam ocorrer, e nao somente as que com certeza ocorrerao. Portanto, mesmo que improvavel, considere todo tipo de falha possivel. O Engenheiro ou Técnico em processo devera ser capaz de fazer e responder &s questées: * Como o produto podera deixar de atender as especificagdes/tungao? + Em produtos/processos similares, jé foi verificado algum tipo de falha? Na FMEA de Processo deve ser assumido que as pecas e materiais comprados serao recebidos de acordo com as especificacées. Exemplos de Tipos de Falha + Porosidade; Folga excessiva: * Impurezas no Material; * Deformagao apés_ tratamento © Trincas; oe * Riscos; + Pintura inadequada; * Marca de ferramenta; + Falta furo. * Montagem errada; + Dimensao maior, * Quebrado; * Ondulado; * Com rebarbas; * Solda defeituosa; * Danos de transporte; SORA Peco: Piping 16 de 37° SS EULER eu Renal (gL Weel ocL} Etapa/Fungao do Requisitos | Modo de falha potencial Processo | Operagao: 20 ‘Quatro parafusos. [Menos do que quatro Fixar almofada | Parafusos. (estofamento) do | Parafusos especificados. | Uso de parafuso errado assento a estrutura guia, (diametro maior). usando ume pit &° TSegiénca de HanagaTt | Parla _eocadd am primeiro parafuso no furo | qualquer outro furo. frontal & direita Parafusos ‘totalmente | Parafuso torqueado com assentados. | torque elevado. | Parafuso torqueado com | torque inferior. |Parafusos __apertados | Parafuso desapertado. conforme especificado de torque dinamico. 3.2.4 - Efeito Potencial de Falha E a descrigéo do que o Cliente “sofre”, supondo que a falha aconteceu. Descreva estes efeitos de forma seqiiencial em termos do que 0 cliente pode observar desde a ocorréncia da falha até 0 efeito final (mais grave). O cliente neste contexto poderd ser a préxima operagao, operagées subseqtientes, ou o préprio vefculo. No caso de clientes usuarios finais, 0 efeito deve ser descrito em termos de desempenho de um sistema, tais como: © tuido; © descontrole; + Aspero; + esforgo excessive; © operagio intermitente * odor desagradavel; + inoperante; © operagao prejudicada; + instavel; © mé aparéncia. + ejeigao do produto; * falecimento No caso de os processos subseqilentes serem considerados como clientes, os efeitos devem ser descritos em termos de desempenho de processo ou operacao. Exemplos: > FMEA Process Rev. a oo aan” ppg Pee sF * nao permite: fixar, furar, fazer rosea, montar, facear, conectar, ajustar, etc.; * danifica equipamento; + fere operador, © superaquecimento. Ur ee eee ee elena tw Ga lef) parada do motor, provoca rejeigdes; perda de material; deformagao do componente; devolugo do cliente; ~~ Requisitos Modo de Falha Efeito Quatro parafusos Menos parafusos do que quatro| Usuario Final almofada do assento solta e ruido. Montagem: parada expedigéo e retrabalho. | parafuso no furo frontal a | direita. | | Parafusos especificados |Usado 0 parafuso errado (diametro maior) Seqiéncia de | Parafuso em | Fabricagdoe —_ Montagem: montagem: primeiro | qualquer outro furo. Fabricagao e Montagem: Incapaz de instalar 0 parafuso, na} | estagao. dificuldade para instalar_ os parafusos restantes, na estagao. de torque dinamico. | [Parafuso totalmente [Parafuso nao totalmente assentado, assentado. Parafusos apertados | Parafuso apertado com| Usuario Final: almofada do | conforme especificagao | torque muito alto. [Parafuso apertado com | torque muito baixo, Usuario Final: almofada do assento solta e rufdo, Fabricagao e Montagem: selegdo © ‘etrabalho, devido a pega | afetada assento solta, devido a fratura subseqiiente, e ruido, Fabricagao e Montagem: selegao e ‘etrabalho, devido a peca afetada. inal: almofada do assento sola, devido a} afrouxamento gradual do | parafuso, e ruido. Ss x} Fabricagao e Montagem: selegao | @ retrabalho, devido a parte | afetada. Analise dos Modos de Falha e seus Efeitos (FMEA 4 Edicao) 3.2.5 — Indice de Severidade ou Gravidade E a estimativa da gravidade do efeito da falha sobre o cliente. A severidade aplica-se somente ao efeito da falhi Se 0 cliente afetado pelo tipo de falha for uma outra fabrica ou o usuario final, a estimativa da severidade poderd estar fora do conhecimento do técnico que esta preparando a FMEA. Neste caso, ele devera consultar o projetista ou 0 especialista em processos da fabrica usudria Normaimente a estimativa da severidade é feita em uma escala de 1 a 10. Esta classificacéo € 0 resultado de quando um modo de falha potencial resulta em um defeito no cliente final e/ou na planta de manufatura/montagem. © cliente final deveria ser sempre considerado primeiro. Se ambos ocorrerem, usar a maior das duas severidades. © manual FMEA 4°.edigao da AIAG recomenda que os modos de falha com indice de severidade igual a “1” nao deveriam ser analisados. A tabela abaixo representa uma sugestao para facilitar a atribuigao de valores aos indices de severidade: FMEA Procesto ReViE Gy © qutupro © Piiging 19 de. 37° 2 10s (FMEA 4? Edicao) Critérios de Avaliagao (sugeridos pelo manual FMEA 4° Ed.): Efeito | Gritério: Severidade do | Glaseificagdio | Efelto Gritério: Severidade do | efeito no produto | efeito no proceso | (feito no cliente). | | (efeito na | fabricagao/montagem). TWedo Ge Taina potent | 1 | aleta @ operacdo segura do } weleulo efou ‘envolve no. Pode azar pergo so Seas meee operador (de maquina ou fepnereates montagem), sem _prévio ‘al i Falha em atender | aviso. Falha om atender a | govemamental, sem prévio a | requisitos 6 teeeeeee eeeeeeeeeeees | segurangasfou | _______) seguranca —@/ou | Modo de fala _potencial | regulators, | Pade azer perigo a0 regulatérios. aleta a operagao segura do | operador (da maquina ou velculo efou envole nao- montagem), com. prévio Cconformidade com 8 | aviso regulamentaao | govemamental com prévio | | aviso, | Porda da Tungao primar 700%: dos proautos podem (weiculo inoperdvel, no _ ser refugados. Parada da ao | veicule. | parada de embarque See g asso coe Degradagao da Tango | Uma perda do ole do vimaria (velculo operével, | yodugéo pods ser | fas comm nel ro Interupoto | efugesa, —esvio ‘to de desempenho). 7 significante, | proceso primério,incluindo Welocidade reduzida da lina “de producdoe acréscimo de mao de obra. | ~ | Perda da fung&o secundaria 1 | (wot operével mas as 100% do late de producto | confortolconveniéncia estéo Bo 4 | Coes eet tetebatnado) fore Perda ou degradacao | Conforte/con 6 Intorrupga0 | Galinha e aceito. da fungao secundaria, | '°P _ i Degradagso da Tango Uma pareela do Tote de secundaria (ueieulo i. | produgso pode ser | operével, mas as fungoes de relrabalhada fora da linha © contortconveniéncia aceite apresentam um nivel reduzido de desempenho} ‘parent ou wuld auavel | 700% do Tote de produgao weiculo operavel, item nao ‘ pode ser retrabalhado na conforme e percebido pela estagéo, antes de ser | maioria dos clientes (278%). Interupgio | processado, [Aparéncia ou raids aude [| oderada. | Tima pareela do Tote de | veiculo operdvel, item nao | produgao pode ser Incbmode Conforme e percebico por : Fetrabalhada na estagdo, muitos clientes (>55%) antes de ser processado. “Rparoncia ou ruids aude, Tigelra inconveni@nela para | veiculo operdvel, item nao | Interrupgéo menor. | ©. PFOS88S0, operagdo ou | conforme @ percebide por operador. | | lentes” observadores 2 | | (<25%). | | Nenhurm efeito Nenhum efait percepivel 7 Tieshum efaio | Nenhum efaie pereepiivel Pe DOTS OU tees ee ee Re eae et lle) 3.2.6 - Classificacio Esta coluna pode ser usada para classificar quaisquer caracteristicas especiais de produto ou processo (ex: critica, chave, maior, significativa) para um componente, subsistema ou sistema que possa requerer controles adicionais do proceso. Requisitos especificos de clientes podem identificar produtos especiais ou simbologia das caracteristicas do processo e seu uso. Se uma classificagao ¢ identificada na FMEA de Processo, com severidade de 9 ou 10 0 engenheiro responsavel pelo projeto deve ser notificado, pois esta poderd afetar os documentos de engenharia em relagao a identificagao do item de controle. 3.2.7 - Causa Potencial de Falha * Descrever como a falha poder acontecer em termos de algo que possa ser corrigido ou controlado. Listar todas as causas dos tipos de falhas analisados. * Se um tipo de falha tiver uma causa exclusiva, isto é, se a correcao desta causa resolver 0 problema, este item da FMEA estar completo. * Entretanto, muitas causas nao sdo exclusivas e, portanto, torna~ se necesséria a pesquisa da causa remota através de métodos especiais, tais como 0 Delineamento de Experimentos, para identiticagao das variéveis mais significativas a fim de controld- las. (nestes casos, ¢ aconselhavel que a causa seja apontada como tipo de falha, permitindo assim 0 fechamento do ciclo). * As causas devem ser descritas de forma a permitir a implementagao de agdes preventivas. Exemplo: + Embalagem inadequada; + Esterilizagao executada 5 \ 5 incorretamente; «Ma execugao de tratamento térmico; ‘* Manuseio incorreto do produto; * Quebra de ferramenta; a + Instrumentacéo contaminada; + Velocidade inadequada; nee * Pouca luminosidade na estagao de * Vibragao no sistema; trabalho; + Preparagao inadequada da méquina * Identificagéo incorreta; Uso de solugao nao especifica Se ae | Paigina 21 de % PORMIBA Prodetso Rev. OU eee ee aE eee rg Weal) Observagao: 1) Um mesmo tipo de falha podera ter causas distintas. 2) Somente erros especificos e definidos devem ser listados. (ex.: 0 operador danifica o Idébio do retentor ao montar).. 3) Causas indefinidas nao devem ser listadas. (ex.: erro do operador, mau funcionamento da maquina) 3.2.8 — Indice de Ocorréncia E a estimativa da Probabilidade da causa em questdo ocorrer ocasionar 0 tipo de faiha considerado. A estimativa de porcentagem de falhas possiveis ¢ feita com base no numero estimado de falhas que ocorrerao durante a produgao. Se 0 processo em questao estiver sobre controle estatistico ou for semelhante a outro que esta, os dados estatisticos existentes serao usados para estimativa do Indice de ocorréncia. Nos outros casos, serd feita uma estimativa subjetiva de acordo com as ultimas colunas da tabela abaixo. Devem ser atribuidos indices de 1 a 10 para cada causa de um mesmo tipo de falha, de acordo com o seguinte critério: 7 MBA Procétio ReviE ‘Pagina 22de 57! Analise dos Modos de Falha e seus Efeitos (FMEA 4? Edicao) | Probabilidade de | Critério: ocorrénciadacausa-PFMEA| _Classificagao Falha | (incidentes por itens/veiculos) Muito alta >= 100 por 1000 pecas | 10 | | >=1em 10 30 por 1000 pegas 9 | tem20 | Alta [“20port000pepass—(<‘(éUt”*”*é<‘<‘ !!”!”!”~;~;~*™ em 50 “TO por 1000 pegas | 1.em 100 + ~ ~ { 2 por 1000 pegas. | 6 | 1 em 500 Moderada 05 por 1000 pegas 5 | 1m 2000 } 0,1 por 1000 pegas 4 1 em 10.000 | 0,01 por 1000 pecas ~ | 4m 100.000 | Baixa 001 por 1000 pegas | 1 em 1.000.000 |" Muito baixa” | Afalha é eliminada através de controle 7 preventivo. Mesmo com a tabela sugerida acima, nao ha impeditivos para adaptacdes que por vezes sao necessrias. Isso deve ser feito por meio de consenso e quando necessario aprovado pelo cliente. Pagina WE ee epee eee Pete sk GW eel )) 3.2.9 - Controles Atuais do Processo So descrigdes dos controles existentes ou previstos para serem implementados em um processo, com a finalidade de prevenir a ocorréncia de uma falha especifica ou detectar que ela aconteceu Prevencdo: eliminar (preventivamente) a causa da falha ou modo de falha de ocorrer, ou reduzir o grau de ocorréncia. Detecedo: identifica (detecta) a causa da falha ou modo de falha, levando ao desenvolvimento de acdes corretivas associadas ou contra medidas. Exemplos de formas de controle para detectar um modo de falha: ‘+ Dispositivo de seguranga; * Sistemas a prova de falha (POKA-YOKE); + Dispositivos de inspecdio: passa/ndo passa, calibres, etc. ‘+ Controle Estatistico do Processo - CEP; + Sem controle; ‘* Inspegdio visual (100% ou amostral); * Controle dimensional (paquimetro, micrémetro, etc.); * Controle laboratorial (testes ou ensaios). + Ete. A abordagem preferencial 6 primeiro usar os controles de prevengao, se possivel. Os indices de ocorréncia seréo afetados pelos controles de prevengao desde que eles sejam incorporados como parte do objetivo do projeto. Os indices de detecgao iniciais serao baseados nos controles de processo que detectem o mecanismo/causa da falha ou o modo de falha. © formulatio da FMEA de Processo apresenta duas colunas para os controles atuais de processo (Prevengao e Detecgao). Caso opte pelo uso de apenas uma coluna, 6 necessrio colocar a letra “P” antes de cada controle de prevencao e a letra “D” antes de cada controle de deteceao listado. CUIDADO: Néo deve ser assumido automaticamente que o indice de deteccéo é baixo devido a baixa ocorréncia, mas avaliar a capacidade dos controles em detectar baixa freqliéncia de modos de falha ou preveni-los de ocorrerem no processo. emma) Anillise dos Modos de Falha e seus Efeitos (FMEA 4 Edicio) IMPORTANTE: Uma vez que os controles de processo foram identificados, analisar criticamente todos controles de prevengao para determinar se algum indice de ocorréncia precisa ser revisado. 3.2.10 - Indice de Deteccao E a estimativa da probabilidade de se detectar o tipo de falha, no ponto previsto e com a precisio e a exatidao necessarias, baseando-se nas formas de controle previstas ou existentes, antes da peca deixar a area de produgao. A preciséo e a exatidéo na deteceao de falhas estio baseadas principalmente nos seguintes pontos: Confiabilidade dos meios de controle utilizados; Exatiddo do padrao de aceitacao; Eficacia da inspegao efetuada (amostragem); Existéncia de procedimentos escritos. [PMBA Processo Rev. OU eae ee een core (gt Weslo) CRITERIO DE AVALIAGAO SUGERIDO: [Oportunidade — | Critério: Probabilidade de detec para a detecctio | controle do processo Nenhuma Nenhum controle de processo. Nao se pode | | Praticamente | oportunidade de | detectar, ou ndo esta analisado. | impossivel detecgao | | Improvavel de | Modo de Taha evou arva (causa) nao & Taciimente Mato remota. detectar _om | detectavel (por exemplo, auditorias aleatorias). a | quaiquer estégio | Datecodo do | Detecgao do modo de falha pds-processamento, | | problema pos | pelo operador, através de = meios processamento | visuais/tétcis/audiveis. Deteceao ‘do | Detecgo do modo de falha , na estagao, pelo | problema na | operador, através de melos yer otigem visuaisiteisiaudiveis, ou pés-provessamento, 7 ee || através do uso de medigao por attibuto | | (pasando passa, veriicago de torque | manusimente/por chave de estalo ete.) |Detecoao do | Deteogio do modo de falha, pos-processamento, problema —_pés- | pelo operador, através do uso de medig&o por rocessamento | varidvel, ou na estago, pelo operador, através, ] do uso de medigéo por aributo (pasando 6 | Baixa passa, verificagao de torque manualmente/por | chave de estalo etc). Detecgao ‘do | Deteco’io do modo de falha ou erro (causa) na | problema na | estago, pelo operador, através do uso de | | origem medicéo por variével, ou por _controles } automaticos na estacao. que detectarao pecas | 5 Moderada | discrepantes © notificaréo 0 operador (luz, | campainha etc). Medigéo realizada no setup ¢ verificagao da primeira pega (somente para | causas de setup). | Detecgio do | Detecgo do modo de Taha pés-processamento, 1 | probiema _pés- | por controles autométicos, que detectarao pecas : Processamento | discrepantes @ travaréo a peca, para impedir a) { Ure _ | processamento subsequent | | Detecgdo do | Deteogao do modo de fain na estagao, por y = problema na controles autométicos, que detectargo pecas e Ata origem | dscrepantes © automaticamente travardo a pega | na estago, para impedir processamento | | subseqiente, | | | Datecgio do erro | Detecqao de ero (causa), na estaglio, por | | efou prevengao do | controles autométicos, que detectarao 0 erro e | problema impediréo. que 2 peca discrepante seja 2 Muito alte | produzida ["Detecglo nd | Pravenge de ero (causa) como resullade do] aplicével; projeto do dispositive de fixacéo, projeto da provengdo do | maquina, ou projeto da pega. Pogas dscropantes | 7 erro no podem ser produzidas porque o item foi | | | tomado & prova de erro, pelo projeto do | | processo/produto. | EMEA Dinceol RGB RAE Eee erg oe ae UCR ae at LD} NOTA: A amostragem feita em uma base estatistica é valida como um controle de detecgao. 3.2.11 - Numero Prioritario de Risco (NPR) E 0 produto dos indices de Severidade, Ocorréncia e Detecodo. E um valor usado para estabelecimento de prioridades e, isoladamente, no tem significado. Indice de risco pode assumir valores entre 1 e 1000, cabendo aces imediatas para reduzi-lo sempre que requerido pelo cliente. A utilizagao do limite de NPR nao é uma pratica recomendada para determinar a necessidade de aces. Aplicando os limites assume-se que o NPR é uma medida de risco relativa. Por exemplo, se o cliente aplicar um limite arbitrario de 100, 0 fornecedor seria requerido para tomar medidas sobre a caracteristica B com NPR de 112. “Ttem Severidade | Ocorréncia | Detecgao NPR A 9 2. | 5 90 “B 7 | 4 4 2 Neste exemplo, o NPR é maior na caracteristica B do que na A. No entanto, a prioridade deveria ser a de trabalnar em A, com a gravidade 9, embora seja NPR 90, que ¢ inferior ¢ abaixo do limite. Nao existe valor especificado de NPR que requer uma obrigatoriedade de tomada de agdes. A informagao que estabelece estes limites podem promover o comportamento errado fazendo a equipe de deteccao reduzir o NPR. E importante reconhecer que é importante analisar a severidade, a ocorréncia e a detecgéo ao invés da aplicagéo do NPR. A utilizagao do indice NPR nas discussées da equipe pode ser uti. As limitagdes do uso do NPR precisam ser entendidas. Entretanto, o uso de NPR para determinar a ago prioritaria nao é recomendado, Po ae ee eae aCe ae la) Segue abaixo alguns exemplos de critérios para determinacao de niveis de risco. Os exemplos 1 ¢ 2 ilustram como poderiam ser definidos os critérios para tomada de decisdo quando as pontuagées vao de 1 a 10: Exemplo 1: (Tomar agdes quando risco for maior ou igual) > Falhas com Severidade 9/10 com RISCO 240 > Falhas com Severidade 7/8 com RISCO 2100 > Falhas com Severidade 4/5/6 com RISCO 2120 > Falhas com Severidade 1/2/3 com RISCO 2150 Exemplo 2: (Tomar aces quando 0 risco for maior que 70) RISCO| PONTUACAO | ——— Baixo 1-70 7 Médio | 77-300 Alto [301 — 7000 Os critérios para tomada de acdes preventivas devem ser estabelecidos pela empresa com base na criticidade e na natureza de seus produtos. Nao existe uma receita para ajudar na definigao dos critérios, entretanto deveriam ser estabelecidos observando os seguintes aspectos: Risco baixo: Tomar agées a longo prazo. Risco Médio: Tomar agées a médio prazo. ‘omar agées a curto prazo. Baia ae a7 Oe ee ee Cee ea) ee 3.2.12 - Acoes Preventivas Recomendadas Quando as prioridades forem estabelecidas, 0 grupo deverd recomendar agdes capazes de reduzir 0 indice de risco a niveis aceitaveis, estabelecendo agdes preventivas. Normalmente, agdes preventivas s&o preferidas ao invés das corretivas. A intengdo é de recomendar agdes segundo a severidade, ocorréncia e deteccao. Exemplos para reduzir essas abordagens so explicados a seguir: Redugdo do indice de severidade (S): Somente uma andlise critica do projeto ou processo pode produzir uma redugao na classificagao de severidade. Uma alteragao de projeto de produto/processo, em si e por si mesma, nao implica em que a severidade sera reduzida. Qualquer alteragdo de projeto de produto/processo deveria ser analisada ctiticamente pela equipe, par determinar o efeito sobre a funcionalidade do produto e sobre o processo. Para eficdcia e eficiéncia maximas desta abordagem, as alteragdes no projeto do produto e do processo deveriam ser _—_implementadas antecipadamente, no processo de desenvolvimento. Por exemplo, se a severidade deveSria ser reduzida, a tecnologia do processo precisa ser considerada muito cedo, no desenvolvimento do proceso. Reducao do indice de ocorréncia (0): Para reduzir a ocorréncia, podem ser requeridas revisdes de proceso e de projet. Uma redugao na classificagao da ocorréncia pode ser realizada pela remogao ou controle de uma ou mais causas do modo de falha, através de uma andlise critica do projeto do produto ou do processo. Podem ser implementados estudos para compreender as origens de vatiagao do proceso, usando métodos estatisticos. Estes estudos podem resultar em agdes que reduzem a ocorréncia. Além disto, 0 conhecimento adquirido pode auxiliar na identificacao de controles adequados, incluindo a realimentagéo continua de informagao para as operagdes apropriadas, para melhoria continua @ prevengao de problemas. Redugao do indice de deteceao (D): O método preferido ¢ 0 uso de verificagao & prova de erros. Um re- pojeto da metodologia de deteceao pode resultar em uma redugao na classificagao de detecgao. Em alguns casos, pode ser requerida uma alteragéo de projeto, para uma etapa de processo, para aumentar a probabilidade de detecoao (isto ¢, os controles de deteogo requer 0 conhecimento e a compreensao das causas ‘OS EMBA Prickao Reve DAS Gualipre © Andlise dos Modos de Falha e seus Efeitos (FMEA 4 Edicao) dominantes da variagéo do processo e de quaisquer causas especiais, Aumentar a freqliéncia de inspegao nao é usualmente uma ado efetiva e somente deveria ser usado como uma medida temporaria, para coletar informagao adicional sobre 0 processo, de forma que possam ser implementadas agdes preventivas/corretivas permanentes. Se a avaliagao conduzir 4 auséncia de agdes recomendadas, para uma combinagao especifica de modo de falha/causalcontrole, deveria-se indicar isto, entrando “Nenhuma” nesta coluna. Pode ser Util também incluir uma explanagao, se for registrado “Nenhuma’, especialmente em caso de alta severidade. Para agées de processo, a avaliagao pode incluir, mas nao se limita a, uma revisdo de: * Resultados do DOE de processo, ou outros ensaios, quando aplicaveis. * Fluxograma do processo, plano de chao de fabrica (floor plan), instrugdes de trabalho, ou plano de manutengdo preventiva, modificados. * Revisao de equipamentos, dispositivos de fixagéo ou especificagdes de maquinario. * Dispositivo sensor/detector novo ou modificado. Be ae Me ee edge le Existem alguns critétios que direcionam a adocao dessas acées: * Alta Probabilidade de Ocorréncia: A redugéo de tal indice sé podera ser obtida evitando-se ou controlando-se a causa da falha através de uma reviséo do proceso. Portanto, deve-se evitar que a causa ocorra, levando ao modo de falha em questo. * Alto indice de Severidade: Nao € possivel a redug&o deste indice. Independentemente das agées tomadas, a gravidade permanecerd inalterada. Alguns autores defendem a redugao da gravidade através de revisdo do projeto ou processo * Alto indice de Deteccdo: Demonstra que nao ha meios seguros de se detectar a ocorréncia da falna. E necessario implementar ou melhorar os controles existentes, Todas as agées preventivas pertinentes a cada causa de cada tipo de falha devem ser apontadas. Estas agdes devem ser cuidadosamente estudadas e discutidas com 0 propésito de se verificar sua eficdcia na eliminagéo destas causas. Apontar os setores e as pessoas responsaveis e 0 prazo previsto para implantago. Responsdveis: Deverd ser anotado o nome da drea e pessoa responsdvel, bem como a data prevista de efetivacao da agao recomendada. 3.2.13 - Providéncias Tomadas + INTERINAS Agdes propostas geralmente requerem prazos nem sempre compativeis para sua efetivagdo. Deve-se, nesses casos, tomar agées paliativas que reduzam os indices de risco para niveis menos criticos. pe aaipe = Sasa Analise dos Modos de Falha e seus Efeitos (FMEA 4 Edicao) Identificar as pessoas/setores responsaveis pela implementacao. Se a falha apontada for complexa e o nivel de investimento necessario para minimizar 0 isco for alto, eventualmente serd possivel optar-se por assumir 0 risco de conviver com a falha adotando-se medidas provisdrias tais como: retrabalhos, inspecao, ete. Obs.: A grande desvantagem da adogo de agées interinas 6 a de se tornarem, ao longo do tempo, definitivas. © DEFINITIVAS Depois da identificagéo das agdes recomendadas e a medida que forem sendo implantadas, as mesmas devem ser apontadas na coluna PROVIDENCIAS TOMADAS e deve-se estimar quais seréo 0s novos indices de gravidade, ocorréncia e detecgao considerando- se a situacdo apés implantagao, a fim de se avaliar a eficacia da ago na redugéo do indice de risco. Caso o indice de risco se mantenha acima dos valores aceitaveis, novas ages deverdo ser propostas até se chegar a niveis aceitaveis. 3.2.14 - NPR apés Melhoramentos Apés a agao preventiva ter sido identificada, estime e registre os indices resultantes de severidade, ocorréncia e deteceao. Calcule registre o numero prioritario de risco. Posteriormente, apés a agdo preventiva ter sido implementada, avalie ¢ registre novamente os indices resultantes de risco. ‘PMBA Bracéaso Rev.E Pgh 3 de°37 Analise dos Modos de Falha e seus Efeitos (FMEA 4? Edicao) 4-UTILIZACAO DA FMEA 4.1 - Limitagdes da FMEA Aaplicagéo da FMEA, como até agora descrevemos, num processo complexe, leva-nos a imaginar como ela seria onerosa. Para evitar custos elevados com resultados nao muito significativos, 6 prudente e oportuno limité-la as partes do processo ou produtos REALMENTE CRITICOS, devendo canalizar as intervengdes para 08 problemas mais graves. A experiéncia dos Engenheiros e Técnicos, aliada ao conhecimento dos dados histéricos em processos produtivos e produtos similares © que se considera necessdrio para a escolha das partes consideradas criticas. Relembrando, a FMEA é um documento “VIVO” que deve sempre refletir 0 Ultimo nivel do processo das agées efetuadas e, portanto, devera sempre estar ATUALIZADO. 4.2 - Arquivo dos Registros As FMEA’s so documentos de grande importancia na analise de eventuais problemas de projeto, processo ou qualidade, portanto, devem permanecer disponiveis para consultas a qualquer momento. Nao é um documento confidencial internamente, é um documento da empresa e deve ser divulgado e estar disponivel para consulta de qualquer setor interessado. O registro das FMEA’s deve ser parte integrante da documentagao referente ao processo/projeto, devendo sempre estar atualizado conforme titima revisao. 4.3 - Prazos para Execugio E fundamental que a FMEA seja executada simultaneamente ao desenvolvimento do Projeto/Processo. A FMEA tem que ser encarada como parte INTEGRANTE desse desenvolvimento, conforme APQP (Planejamento Avangado da Qualidade do Produto). Aemissao da FMEA processo deveria acontecer antes da liberagéo oficial dos desenhos pela Engenharia. 5 UPMBA Proceso RAE et eet ae Reeth aw os et) A revisio da FMEA de Processo deveria ser direcionada entre a liberagéo dos desenhos pela Engenharia e o primeiro lote de amostra. Uma vez emitidas as FMEA's de projeto/processo deverao passar por revis6es conforme os prazos estipulados para as execugdes das agées preventivasicorretivas. Independente destes prazos, o coordenador do grupo deve agendar revisées segundo freqiéncia previamente estabelecida (pode ser: trimestral, semestral, etc.) 4.4 - Acées de Acompanhamento © Engenheiro responsavel pelo processo deve assegurar que todas as agdes recomendadas foram implementadas ou adequadamente abordadas. O Engenheiro responsavel pelo processo tem diversas maneiras de assegurar que as deficiéncias sao identificadas e que as agdes recomendadas séo implementadas. Elas incluem, mas nao se limitam a: ‘+ Assegurando que os requisitos do proceso sao alcangados; * Analisando criticamente os desenhos de engenharia, especificagées do proceso e fluxograma do proceso; * Confirmando a incorporago das = mudangas_ na documentagao da montagem/manufatura e; * Analisando criticamente os Planos de Controle e instrugdes de operacao. FMBA Processb Rev. x > Oanlipns ” ‘Analise dos Modos de Falha e seus Efeitos (FMEA 4 Edicao) 5- BIBLIOGRAFIA Manual FMEA 4a. Edic&o ~ (Potential Failure Mode and Effect Analysis — Reference Manual - AIAG) Norma de Projeto 00271 (FMEA DE PROCESSO) FIAT S.A. ~ rev. 02/89 HELMAN, H. “Andlise de Falhas” (aplicagao de FMEA — FTA), Fundagao Cristiano Otoni, UFMG, Belo Horizonte, Brasil, 1995 FMEA Process Rev.E po gai 6-EXEMPLO DE FMEA DE PROCESSO: Modos de Falha e Analise dos Efeitos (FMEA 44 Edic FM E, A. (Aallise dos Modos de Falla ¢ dos Bfcltos) _[pesewo mae [elie temas a PLNERGRO PTT p> auatypro| PROCESO Cl PRoseTo eevee sorRcouto 7 rR So [Praduto ow RIGRO DO PRODUTOPROCESSO: Preparagso dns porns Go yemula 205, DATA, EnsSmete DATA REVERS FOUR Process Wis WODOS DE TEE ]ORRSLES RESULTADOS FALHA & § “ATUAIS Fungo | (rosy FAUNAS SI 3 races] 8 = Sparaeas To t = Jarscagao maruat iit [esse ea cra na ora | wots | . ai | wrase | 8 nape | “mn eamods mirixa de i | [pronto 5 [emer do 5 |75| gerres levioos] 7 | 2 | 5 | 70 [oeoas | jac ora asa sae \ | [oe eros | i | {| | i | | | . | | | frre 7 leico de jtoamerto| oe aon | ] | [eesease tna) 2 Res sons | | | bpeeador [rmensa} | Modos de Fallha e Andlise dos Efeitos (FMEA 49 Edicao) 7 - SEQUENCIA DA FMEA DE PROCESSO F. M. &. A. | Andlise dos Modos de Falha © dos Efeitos) [pesenno: [evienre: ~~ lapcioxcRor > crelupro) (J PRocesso Cl) PROJETO fedbiG0 bo PROBTTO: REEPOEAVET Fras Sa 7 SRTRS TS PROSTTOPASTEST DATE ELABORRGRS | ORTH REVERS | FOUR ON WODOSBE TFET e TR le conrnore RDS PvE ESOL nox FALHA DAS B|8 AS 8 ATUAIS. SIE coe | om le Te Funcao | eos) raunas {@ (3 | rauas [8 [omweney memes]? |= row |B 8 {a dae e al __[esuans ocorem?| ee aoe se / Fal { [rae was pase V. yales de Ocorienmia TOET “Trdtes de" = “Tndien de Dateogse TUETT © Piha 37 de 35

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