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‘SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Coordenadora de Processamento ne 92/08/2008 1: ‘an tue Mi ARGUICAO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL. N° 131 Argiiente: Relator: Egrégio Supremo Tribunal Federal, Conselho Brasileiro de Optica e Optometria - CBOO Exmo. Sr. Ministro Cezar Peluso Constitucional. — Normas anteriores. — Constituigdo de 1.988 que resiringem a prdtica de determinadasatividades aos médico Preliminar: conhecimento parcial da ADP Mérito: recepgdo imegral dos dispositivos questionados pela ordem constitucional vigente, oy teats sdo consentdneos a principiologia da Carta e necesstirios ao resguardo da satide da populagdo, Manifestagdo pelo conhecimento parcial da ADPF, devendo ser indeferida a medida cauelar —_postulada ¢ —_julgado improcedente 0 pedido inicial. O Advogado-Geral da Uniéo vem, nos termos da Lei n° 9.882, de 3 de dezembro de 1999, em ateng&o ao despacho de fl. 1.028, manifestar-se quanto & presente argiti¢do de descumprimento de preceito fundamental. f a / ON a BRN Trata-se de argiligo de descumprimento de preceito fundamental, com pedido de liminar, proposta pelo Conselho Brasileiro de Optica ¢ Optometria - CBOO, em face dos artigos 38, 39 ¢ 41 do Decreto Presidencial n° 20.931, de 11 de janeiro de 1932, e dos artigos 13 e 14 do Decreto Presidencial n° 24.492, de 28 de junho de 1934, cujos textos sfo transcritos a seguir: Ar. 38 E terminantemente proibido aos enfermeiros, massagistas, oplometristas ¢ orlopedistas a instalagdo de consultérios para atender cliemes, devendo o material ai encontrado ser apreendido & remetide para depésito piiblico, onde seré vendido judicialmente a requerimento da Procuradoria dos leitos da Saude Ptiblica ¢ a quem a autoridade competente oficiard nesse semido. O produto do leiléo judicial serd recothido ao Tesouro, pelo mesmo processo que as multas sunitdrias. Art, 39 E vedado as casas de btica confeccionar ¢ vender lentes de gran sem prescrigdo médica, bem como instalar consultérios médicos: nas depenilencias dos seus estahelecimentos ( Art, 41 As casas de étiva, ortopedia ¢ os estabelecimentos eletro, vidio © fisioterdpicos de qualquer naruresa devem possi um livro devidamente rubricado pela autoridade sanitéria competente, destinado ao registo das prescrigies médicas.” rt, 13 E expressamemte proibido ao proprietario. socio gerente, dtico pritico ¢ demais empregados do estabelecimento, eseother ou permitit escolher, indicar ow aconsethar o uso de lentes de grau, sob pena de processo por exercicio ilegal da Medicina, além das outras penalidades previslas em lei Art 14 O estabelecimemo de venda de lentes de grau sé poderd fornecer lentes de grau mediante apresentagao da formula dtica de médico, cujo diploma se ache devidamente registrada na repartigado competeme.” O autor sustenta (i) estarem os optometristas aptos para 0 exercicio ADPF n° 131. Rel. Mir. Cezar Peluso das atividades que Thes foram vededas por tais dispositivos, uma vez q Estado ja teria autorizado algumas universidades a forecerem 0 curso supetior de Optometria (fls. 24 a 29). Ademais, (ji) nao haveria superposi¢ao entre as atividades dos optometristas ¢ 0 exercicio da Medicina, pois, ao contrario dos médicos, eles no realizariam 0 diagndstico de doengas, mas de “alteragées visuais ndo patologicas” (fl. 33), apesar de os cursos de Optometria supostamente contemplarem disciplinas suficientes a permitir a identificagao de diversas patologias referentes ao sistema da visao (fl. 29). Afirma, também, (iii) inexistirem médicos suficientes para o atendimento de toda a populagao brasileira, problema que, a seu ver, poderia ser solucionado com a difusio da Optometria no pais (fl. 24), atividade que configuraria alternativa “menos onerosa ao combate a baixa qualidade visual de um povo” (fl. 32). O argitente procura respaldar sua tese, ainda, (iv) na Classificagio Brasileira de Ocupagées (Portaria do Ministétio do Trabalho e Emprego n° 397, de 09/10/02), a qual incluiria no Ambito de atuac%o dos optometristas as atividades vedadas pelas normas hostilizadas (fl. 41 e seguintes). Por isso, 0 autor conclui que os artigos atacados violam principio da liberdade do exercicio de qualquer trabalho, oficio ou profissio, da livre iniciativa, da isonomia, da dignidade da pessoa humana, da seguranga juridica e da proporcionalidade (previstos, respectivamente, nos artigos 5°, XIII; 1°, IV; 5°, caput; 1°, IM, ¢ 5°, LIV, todos da Carta da Republica), razdo pela qual referidos ADP n° 131, Rel. Min. Cezar Peluso dispositivos nao teriam sido recepcionados pela Constituigao de 1.988. Os autos foram distribuidos ao relator, Ministro Cezar Peluso, que, nos termos do artigo 5°, § 2°, da Lei n° 9.82/99, solicitou informagdes a Presidéncia de Republica (fl. 1028), a qual se manifestou pela improcedéncia do pedido formulado na inicial (fls. 1033/1135). Registre-se, por oportuno, que o Conselho Federal de Medicina postutou seu ingresso na lide na qualidade de amicus curiae (fls. 876/1026). Vieram os autos, na seqiiéncia, ao Advogado-Geral da Uniao. 2, PRELIMINAR. DA AUSENCIA PARCIAL DE PERTINENCIA TEMATICA Conforme exposto, a presente ago foi ajuizada pelo Conselho Brasileiro de Optica ¢ Optometria - CBOO, alegando ser entidade de classe de Ambito nacional. Tratando-se de argiligfo de descumprimento de preceito fundamental, 4 qual se atribui o mesmo tratamento conferido as agdes diretas de inconstitucionalidade no que diz respeito aos requisitos de legitimidade ativa', compete ao argiiente satisfazer requisitos especificos, dentre os quais se destaca a necessidade da demonstragéo de “pertinéncia tematica”, conforme exige a jurisprudéncia desse Supremo Tribunal Federal. Confira-se: * Com efeito, 0 artigo 2°. inciso I. da Lei n* 9.882/99 determina que podem propor aryiigdo de descumprimento de preceito fundamental os legitimados para a ago direta de inconstitucionalidade. No mesmo sentido, confira-se © eniendimento de Gilmar Ferreira Mendes em: MENDES. Gilmar Ferreira, COELHO. Inocéncio Martires. BRANCO, Paulo Gustavo Gonet, Curse de Direito Consritucional, Sao Paulo: Saraiva, 2007. p. 1096. {DPE n* 131, Rel Min, Cezar Peluso ONSTITUCIONAL ACAO DIRETA INCONSTITUCIONALIDADE, LEGITIMIDADE ATIVA PERTINENCIA TEMATICA. 1. - A legitimidade ativa da confederagido sindical, envidade de classe de dmbito nacional, Mesus das Assembléias Legislativa e Governadores, para a acd direty de inconstitucionalidade. vineula-se ao objeto da agiio. pelo que deve haver pertinéncia da norma impugnuda com os objetives do autor da agdo, Il. - Precedentes do STF: ADIn 303-RN (RTI 133/428); ADIn LAST-MG CDI de 19.05.95): ADIn L.096-RS. CLEN-JSTF'. 21034) IIL, - Agdo direta de inconstitucionalidade néo conhecide (ADI-MC 1519 / AL - ALAGOAS. MEDIDA CAUTELAR NA ACAO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. Relator(a): Min CARLOS VELLOSO, Julgamento: 06/11/1996. Orgao Julgador: Tribunal Pleno, Publicagdo DJ 13-12-1996) Isso significa que “(...) Ad que se exigir que 0 objeto da acdo de inconstitucionalidade guarde relagéo de pertinéncia com a atividade de vepresentagdo da confederagdo ou da entidade de classe de dmbito nacional”, como leciona Gilmar Ferreira Mend Percebe-se, pois, que a legitimidade do autor para a propositura da presente argiiiggo ndo ¢ completa, uma vez que postula, por meio dela, o reconhecimento da nao-recepcao de dispositivos normativos que disciplinam atividades desempenhadas nao apenas pelos seus associados, como também por pessoas diversas, as quais nao sdo representadas pelo argiiente. Com efeito, os artigos questionados nao se restringem a regulamentar a atuacao dos dpticos e optometristas (cuja representagao constitui a finalidade social do argiiente — artigo 2° do seu Estatuto, a fl. 76), mas delimitam, também, as atividades a serem desempenhadas por enfermeiros, ADPF W131, Ret. Min. Cezar Petnso 5 massagistas e¢ ortopedistas, bem como por proprietarios, sdcios-geret empregados de casas de 6tica (que nem sempre sao optometristas), de ortopedia’ e de estabelecimentos eletro, radio ¢ fisioterdpicos. Sendo assim, 0 objeto da presente causa nao pode se estender A integralidade de cada um dos disposi 0s hostilizados, mas deve restar circunscrito aos aspectos normativos que digam respeito a delimitago da atividade desempenhada pelos dpticos e optometristas, restando clara a ilegitimidade do argiiente em relagdo aos restantes. 3. Do MERITO. Conforme relatado, o argilente se insurge contra dispositivos normativos que segulam o exercicio profissional da Medicina, vedando aos Spticos ¢ optometristas a realizagdo de consultas a clientes, bem como lhes proibindo a indicagao, a escolha ou o aconselhamento do uso de lentes de grau sem que haja prescrigao médica para tanto. Nao obstante, os diversos argumentos apresentados pelo autor nao prosperam, uma vez que os dispositivos questionados, por estarem materialmente adequados 4 ordem constitucional vigente, foram por ela recepcionados. Com efeito, esse Supremo Tribunal Federal ja manifestou entendimento no sentido ora esposado, ao declarar inconstitucional 0 Decreto Presidencial n° 99.678/90 no ponto em que revogou os Decretos n° 20.931/32 e 24.492/34 (atacados pelo autor), por considera-los recepcionados com forga de lei pela Carta de 1988. ® MARTINS. Ives Gandra da Silva e MENDES, Gilmar Ferreira, Controle Concentrade de Constitucionalidacde ~ Comentirios i Lein. 9.868. de (0-11-1999. 2 edigdo. S20 Paulo: Saraiva. 2005. py. 160-161 ADPE 1” 131, Rel Min, Cezar Peluso 6 43 Confira-se: N's ONAL. — ATOS— NORMATIV'OS.— PRIMARIOS. JMPOSSIBILIDADE DE SUA REVOGAGAO POR ATOS NORMATIVOS SECUNDARIOS. I. Decreto com forga de lei, assim alo normativo primario. Impossibilidade de sua revogagao mediante decreto comm. ao normativo secundirio. I. Ocorréncia dos pressupostos da cautelar, Deferimento.” (ADI-MC 533 / DF - DISTRITO FEDERAL, MEDIDA CAUTELAR NA ACAO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. Relator(a): Min. CARLOS VELLOSO, Julgamento: 07/08/1991, Ordo Julgador: TRIBUNAL PLENO, Publicacdo DJ 27-09-1991). De fato, se decisdo proferida em momento posterior 4 promulgacao da Constituicao considerou que os decretos em exame possuem forga de lei, conelui-se pela recepeao dos atos normativos referidos, em consonancia com a jurisprudéncia dessa Corte. Sao tais decretos, portanto, os atos normativos que, atualmente, disciplinam 0 exercicio da Medicina ¢ de outras atividades relacionadas a satide, detimitando, com forga de lei, 0 fmbito de cada qual, Sua recepgao atende as previsdes constitucionais constantes dos artigos 5°, XIII, e 22, XVI, da Lei Maior’, os quais demandam a expedicao de lei que estabelega as qualificagdes necessirias ao desempenho de protissdes. Destarte, nfo ha que se falar que as restrigdes estabelecidas pelos artigos hostilizados seriam contririas ao principio da liberdade profissional, ja Sart 3) NUL ~¢ livre lei estahelecer: ee Art, 22. Compete privativamente a Unido legislar sobre: ©) XVL- organizagde do sistema nacional de emprego e condighes para exercicio de profissdes,” rreicio de qualquer trabalho, oficio ow profissao, atendidas as qualificasdes profissionais que & ADPF w" 131, Rel. fin. Cezar Peluso 7 L4G que 0 préprio dispositive constitucional que o consagra (artigo 5°, XIN, da Carta) também prevé a edigiio de lei restritiva, & qual cabe caracterizar o objeto de certa profissio e estabelecer as condigdes adequadas ao seu exercicio. Portanto, vé-se que © autor intenta demonstrar que os decretos atacados contém normatizagéo abusiva, desproporcional, argumentando que a delimitagao legal do ambito da Optometria teria sido feita de modo equivocado, pois dele exclui atividades que 0 autor reputa concernentes ao oficio referido. Pretende, em suma, substituir a definig&o legal por conceito extrajuridico, extraido da opiniao do autor ¢ de dicionario especializado que cita (f1. 30). Assim, antes de se demonstrar a correcaio do conceito legal, merece ser mencionada a adverténcia feita por Gilmar Ferreira Mendes, 0 qual, em consonancia com a jurisprudéncia do Tribunal Constitucional da Alemanha, afirma que a declaragao da inconstitucionalidade de medida legal por violagaio ao principio da proporcionalidade deve restar circunscrita a hipdteses raras ¢ excepcionais. Veja-se: +O Tribunal reconhece que o estabelecimento de objetivos eu definigdo dos meios adequadas pressupoem uma decisio de indole politica. econdmica, social, ou politico-juridica. Esse juizo inerente & utividade politica parece ter determinado uma postura cautelosa do Tribunal no exame relative a adequagdo das medidas legislativas. A inconstitucionalidade de uma providéncia keeal por objetiva desconformidade ou inadequagdo aos fins somente pode ser constatada em casas raros e especiais.” Passa-se, entio, & andlise de cada uma das alegagdes do argiiente, na + MENDES, Gilmar Ferreira, COELHO, Inocéncio Marires, BRANCO. Paulo Gustave Gonet, Curso de Dirvito Constitucional. Sag Paulo: Saraiva. 2007. p. 321 ADPF n° 131, Rel. Min. Cezar Peluso 8 js seqiiéncia em que foram relatadas acima. Afirma-se, inicialmente, esta optometristas aptos para o exercicio das atividades que [hes foram vedadas pél decretos atacados, uma vez que as grades curriculares dos respectivos cursos de graduagdo contemplariam as disciplinas necessarias para tanto e que tais cursos teriam sido aprovados pelo Ministério da Educagao. O argumento do autor, no entanto, ndo convence. Com efeito, em relagdo a suposta aprovagao estatal dos cursos superiores de Optometria, ¢ 0 proprio Ministério da Educagao que informa que os “(...) inimeros conflitos de ordem legal que comprometem e impedem o exercicio da profissdo (...)” afetaram sobremaneira uma defini¢ao sobre seu reconhecimento (fl. 1131). A vista disso, o MEC, apesar de nao mais vedar 0 ingresso de novos alunos em cursos de Optometria, deixa claro que 0 reconhecimento destes se faz em carater experimental, por considerar recurso extremo 0 nao reconhecimento de certo curso superior (11. 1134). Assim, 0 fato de constar da grade curricular do curso de Optometria disciptinas eminentemente médicas nao implica autorizagao para o exercicio de atividades médicas pelos optometristas, que ndo possuem formagao completa em Medicina, nem se submetem a fiscalizaco do ente regulador da profissio (0 Conselho Federal de Medicina). O que o autor pretende, de fato, é permitir que seus associados exergam, simultaneamente com os médicos, parcela das atividades que constituem a Medicina, apesar de ndo possuirem a formagdo necessaria para tanto, Com efeito, o fato de os optometristas terem maior conhecimento sobre ADPF w 131, Rel. Min. Cesar Peluso 9 ANY Optometria ¢ Contatologia que os médicos, como alega o argiiente (fl. 35% néo 0s toma aptos, por exemplo, a realizagdo de consultas para diagnosticar 0 problema relatado pelo paciente ou prescrever-lhe meio para soluciona-lo (tal como 0 uso de éculos ¢ lentes de contato, que sao considerados érteses*), E que, como destaca 0 Conselho Federal de Medicina, tais atos somente devem ser praticados por profissional que tenha formacao sobre 0 corpo humano em sua integralidade, sendo inadequado o exame de algum de seus Srgios de modo estanque (fl. 887). Nao se considera adequada, por exemplo, a divisio dos problemas oculares em ametropias e doencas oculares, como pretende 0 autor, pois hd estreita vinculagdo entre elas, sendo que “as ametropias podem atuar como fator de risco para a instalagdo de doencas oculares” (fl. 889). Ademais, as ametropias (alteracdes visuais das quais os optometristas pretendem cuidar) nada mais sao do que verdadeiras doengas, estando devidamente catalogadas no Cédigo Internacional de Doengas*. > Confirs-se. por oportuno. a definigdo de “drtese” acolhida pela Auéncia Nacional de Vigilancia Sanitaria (disponivel em hitp:!’e-ylossario.bvs.br’glossary’public'scripts‘php page_search php”) “E uma ajuda vxterna, destinada a suplemeniar ou corrigir wma fungdo deficienre ou mesmo complemertar 0 rendimento fisiolégico dle wm dreds ou membro que tenkam sua fungae diminaidd, O tern, que contém o riadical grego orthos (rete, correns) vem da nomenclatura médica de francés, ly érteves podem ser classificadas em: Onieses pré-fubricudas ou confeecionadas sob medida Exeniplos: colur cervical, talas de material phistico para punto on para o brace.” "-CID-10 - Classificagiio Estatisticy Imernacional de Doengas ¢ Problemas Relacionudos éySatiele - Déviona Revise i) Transrornos da refrac e ds acomodtact 152.0 Hipermetrapia 1521 Miopia Exclu: miopia deenerativa (H442) 2 Asvigmatismo, 1152.3 Anisomeiropia e aniseioonia 1324 Preshiopia 1152.3 Tramiorm da acomosagao Espasmos da acomodagio Paresia Oftamoplegia interna reompleta) total) 152.6 Outros transtorrun da refractio ADPE W131, Rel. Min. Cesar Peluso 10 Nao por outro motivo esse Supremo Tribunal Federal ja decidity serem atividades do médico o diagnéstico da natureza das deficiéncias organicas dos pacientes e a indicagdo do tratamento correlato, Com efeito, em causa na qual se procurava delimitar os campos profissionais dos fisioterapeutas e terapeutas, o relator da Representagdo n° 1,056/DF proferiu voto cujo teor, ao menos na parte transcrita a seguir, ¢ aplicdvel aos opticos e optometristas. Veja- se: “Nao thes cabe. porém diagnosticar ay causa ow a matures deficiéncias orgdnicas ow psiquicas dos pacientes, nem indicar os ratamentos. Sua fungdo & apenas a de executar os métodos © téenicas prescritos pelo médico. Ga) A esses especialistas médicos corresponderd u tarefa, mais exigente & mais complexa, do diagndstico. da prescrigiio des tratamentos &, bem assim, da avaliagdo dos resultados (..) Assim mostra-se insubsistente a alegagdo de que os optometristas teriam aptidao para identificar diversas patologias referentes ao sistema da visio, haja vista a fragmentariedade do conhecimento que possuem acerca do corpo humano. Conforme declara a Consultoria Juridica do Ministério do Trabalho e Emprego (1. 1116): “De fato. 0 exame oftalmoligico realizado por um médico & a oportunidade timica de diagndstico e tratamento precoce de doengas graves. Com efeito, caso a pratica de Optomenia como atividade independent, aberta a profissionais niio-médicos. ligados ao comércio dtico, se concretize, a saitde da populagdo correrd grandes 132.7 Transtorna nao expecificae da refrayis Disponivel emt:

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