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NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 15812-1 Primeira edigae 15.03.2010 Valida a partir de 15.04.2010 Alvenaria estrutural — Blocos ceramicos Parte 1: Projetos Structural masonry — Clay blocks Part 1: Project veonaie Nomad tae CRY) Se eee TECNICAS 41 paginas @ABNT 2010 ABNT NBR 15812+ 2010 @ ABNT 2010 Todos 0s direitos reservados. A manos que etpecificade de oulro mode, nenhuma parle desta publicagao pode ser reproduzida ‘ou ullizada por qualquer meio, sletrnico ou mecdnico, incluinde fotocopla e microfiime, sem permisséia por escrito da ABNT, ASNT ‘Au Traze de Maio, 13 - 28° andar '20031-901 - Rio de Janeiro - Ru Tol: + 55 21 3974.2300 Fax: + 55 21 3974-2346 abni@abntorg br ‘ww abi. org.br ii @ ABNT 2010 - Todos os dircitos reservados: ABNT NBR 15812-1:2010 Sumario Pagina Proficio 4 Escopo. 2 Referéncias normativas | 3 Termos.e definigdes 4 Simbolos e termas abreviadbs .... 4A Letras mindisculas wenrnmnsnrnnnnnnnmnn 4.2 Letras maliseutas 43° Letras gregas... 5 Requisites gseesenc ate somal 5.1 Qualidade da estrutura... maar aeieieail 52 Qualidade do projeto..cnnsnvaievansunenninisnnn . a 5.3 Decumentacao do projeto... 6 —_Propriedades da alvenaria e de 64 Componentes. 6.1.1 Blocos + | ll G:.2 Argamases scieeghemaroneustinntpnnthbemiemeere itty ere mcr ened 613 Graute.... a ae. 9 BA AGO wean 1 lh w 62 Alvenaria be “ 6.2.1 Propriedades elasticas.. 6.2.2 Expansao térmica 6.2.3. Expansao por um 624 Fluencia 63 Resisténcias.. 6.3.1 Valores de calculo 6.3.2 Coeficientes de ponderagaio das resisténcias . Compressao simple: 40 © ABNT 2010. Todos os diene reservados Compressio na flex: ‘Agées permanentes direta Acoes permanentes indiretas .. Acoes variavei Acoes excepcionais Valores das agées ... Valores representativos.. Valores reduzidos de agdes variaveis. ABNT NBR 15812-1:2010 Valores de calculo. Gombinagao de agoes.. Disposigées gerais 9.1.1 Objetivos da analise estrutural Premissas da anélise estrutura Hipéteses basicas Disposicées especificas para os elementos Interacao para acoes horizontais. Interagao entre a alvenaria e estruturas de apoio, Limites para dimens6es, destocamentos e fissuras .. Dimensées limites. Espossura ofetiva de paredos. Esbol to efetive de flanges em painéis de contraventamento Cortes o juntas. Espessura das juntas horizont Deslocamentos limites. Dimensionament Disposi¢os gorais. Dimensionamento da alvenaria 4 compressao simples. Resisténcia de célculo em paredes Resistineia de calcula em pilare: Forgas concontradas, Dimensionamento de 11.3.1 Alvenaria ndo armada . 41.32 Alvenaria armada... Pe sl nme 11.4 Dimensionamento de elementos de alvenaria submetidos ao cisalhamento... 114A Tensbes de cisalhament0 in. inervnnnrnnnnesnirnnnnian 11.42 Verificacao da resistencia . 11.4.3 Armaduras de cisathamento pees 11.44 Forcas concentradas préximas aos apoios. 41.5 Dimensionamento de elementos de alvenaria submetidos a flexo-compressao.. A1.BA Introdugiorsrormnsennnn 11.5.2 Alvenaria nao armada . 11.5.3 Alvenaria armada 12 _Disposigdes construtivas e detalhamento ernonenn AA COBFIMENLOS nr onenennn 12.2 Armaduras minimas.. 12.3 Armadura maxima... 12.4 — Diametro maximo das ‘armaduras 12.5 Espagos entre barras.... 12.6 — Estribos de pilares. 12.7 Ancoragem.. 12.8 Emendas. 12.9 Ganchos e dobras Anexo A (inforativo) Dano acidental ¢ colapso progresSiVO ...cnimiironennneininiinininennnnnne SB Ad Disposicdes gerais. A2 Danos acidentais: A2.1 Danos diversos. iv BABNT 2010 -Tados os cits reservados 2.2 Impactos de veiculos e equipamentos.. A23 Explosées.. 3 _ Verificacao do colapso progressivo. 3.1 Disposigdes garals jaisienseisisven A3.2 Cosficientes de seguranga para a alvenaria.... A3.3. Verificaedo de pavimentos em concrete armado..... ‘Anoxo B (informativo) Alvenaria protendida. B41 Dimensionamento de alvenaria protendida BA IPOdUCHO cnr nnn B.1.2 Dimensionamento. B22 Execugdo de alvenaria protendida vy. .ve-nenenreer ne ®ABNT 2010 - Todos 08 Giretos reservados ABNT NBR 15612-1:2010 Prefacio ‘A Associagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) é 0 Foro Nacional de Normalizagio. As Normas Brasileiras, ‘cujo contetido é de responsabilidade dos Comités Brasileiros (ABNTICB), dos Organismos de Normalizagao Setorial (ABNT/ONS) e das Comissdes de Estudo Especiais (ABNT/CEE), sao elaboradas por Comissées de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores ‘€ neutros (universidade. laboratério e autres) Os Documentos Técnicos ABNT sao elaborados conforme as regras das Diretivas ABNT, Parte 2 A Associagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atencao para a possibilidade de que alguns dos ‘elementos deste documenta podem ser abjete de direlto de patente, A ABNT nao deve ser considerada responsével pela identificagdo de quaisquer direitos de patentes. A ABNT NBR 15812-1 fol elaborada no Comité Brasilairo da Construgao Civil (ABNTICB-02), pela Comissao de Estudo de Alvenaria Estrutural — Blocos Cerdmicos (CE-02:129.03), O'seu 1? Projeto eirculou em Consulta Nacional -conforme Edital n* 01, de 08.01.2009 a 09.03.2009, com 0 numero de Projeto:02:123,03-001/1. O seu 2* Projeto circulou em Gonsulta Nacional conforme Edital n° 01, de 22. 12,2009 a 20.01.2010, com o ntimero de 2° Projeto 02:129.03-001/4 A ABNT NBR 15812, sob 0 titulo geral “Alvenaria estrutural — Blocos cerdmicos, tem previséo de conter as ‘seguintes partes; Parte 1: Projetos; — Parte 2: Execugao e controle de obras, ‘0 Escopo desta Norma Brasileira em inglés é o sequinte: Scope This Pact of ABNT NBR 15842 provides minimum requirements forthe structural design of clay bloek masonry. This Part of ABNT NBR 18612 is also applied to the structural performance analyses of clay block masonry elements included in another structural systern This Part of ABNT NBR 15812 does not provide requirements to the limit states analyses from seismic, impact, blast and fire loads. vi © ABNT 2010 Todos os drotos reservados. NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 15812-1:2010 Alvenaria estrutural — Blocos ceramicos Parte 1: Projetos 1 Escopo Esta Parte do ABNT NBR 15812 estabelece os requisitos minimos exigiveis para 0 projeto de estruturas de alvenaria de blocos ceramicas Esta Parte da ABNT NBR 15812 tambémse aplica a andlise do desempenho estrutural de elementos de alvenaria de blocos ceramicos inseridos em outros sistemas estruturals Esta Parte da ABNT NBR 15812 nao inclui requisites exigiveis para evitar estados limite gerados por agdes como sismos, impactos, explos6as e fogo. 2 Referéncias normativas Os documentos relacionados a seguir sao indispensaveis 2 aplicapdo deste documenta, Para referéncias datadas, aplicam-se somente as edigdes citadas, Para referéncias nao datadas, aplicam-se as edigGes mais recentes do referide documento (incluindo emendas), Para os efeitos deste documento, aplicam-se os seguintes termos © defiigdes. ABNT NBR $706, Coordenacao modular da construgao ABNT NBR 5718, Alvenaria modular ABNT NBR 5729, Principios fundamentais para a elaboragao de projetos coordenades modularmente ABNT NBR 5799, Ensaio & compresséio de corpos-de-prova cilindricos de concreta ABNT NBR 6118, Projeto de estruturas de conereto armadio ABNT NBR 6120, Cargas para célcula de estruturas de edificagdes ABNT NBR 6123, Forcas devidas ao vento em edificacdes ABNT NBR 7480, Barras e fios de ago destinados a amaduras para concreto armado ‘ABNT NBR 8681:2003, Acdes e seguranca nas estruturas ABNT NBR 8800, Projeto ¢ execucdo de estruturas de ago de edificios ABNT NBR 6949, Paredes de alvenaria estrutural ~ Ensaio 4 compressao simples ABNT NBR 9062, Projefo ¢ execucéo de estruturas de concreto pré-moldado ABNT NBR 13281, Argamassa para assentamenta e revestimento de paredes e tetos ~ Requisitos ABNT NBR 13279, Argamassa para assentamento de paredes e revestimento de paredes @ tetos ~ Determinacao da resisténcia a compressao BABNT 2010 - Todas os sircitos reservados 4 ABNT NBR 15812- ABNT NBR 14321, Paredes de alvenaria estrutural ~ Determinagao da resisténcia a0 cisathamento ABNT NBR 14922, Paredes de alvenaria estrutural — Verificagdo da resisténcia & flexSo simples ou a Mexo- compressao ABNT NBR 15270-2, Componentes cerdmicos — Parte 2: Blocos cerdmicos para alvenaria estrutural — Teeminalogia e requisitos ABNT NBR 15270-3, Componentes ceramicos ~ Parte 3: Blocos cerdmicos para alvenaria estnitural ¢ de vedac&o = Métodos de ensaio 3 Termos e dofinigdes Para os efeitos desta Parte da ABNT NBR 15812. aplicam-se os seguintes termos ¢ definicdes. a4 ‘componente menor parte constituinte dos elementos da estrutura. Os principals sae: bloco, junta de argamassa, graute @ armadura 32 bloco componente basico da alvens 38 junta de argamassa ‘componente utiizado na ligagao des biocos 34 graute componente ullizado para preenchimento de espagos vazios de blocos, com a finalidade de solidarlzar armaduras a alvenaria ou aumentar sua capacidade resistente 35 mento parte da estrutura suficientemente elaborada constituida da reuniao de dois ou mais componentes 3.6 mento de alvenaria nao armado elemento de alvenaria no qual a armadura ¢ desconsiderada para resistir aos esforpos solicitantes aT elemento de alvenaria armado elemento de alvanaria no qual 80 utlizadas armaduras passivas que S80 consideradas para resistir aos esforgos solicitantes 3 ‘elemento de alvenaria protendido elemento de alvenaria no qual dc utlizadas armaduras ativas 39 parede estrutural toda parade admitida come participante da esirutura 2 © ABNT 2010- Todas as dirsitos reseevados ABNT NBR 15812-1:2010 3.40 Parede nao estrutural toda parede nao admitida como participante da estrutura 341 cinta elemento esirutural apeiado continuamente na parede, ligado ou néo as lajes, vergas ou contravergas 3.Az coxim elemento estrutural ndo continuo, apolado na parade, para distribuir cargas concantradas 3.43 ‘enrijecodor elemento vinculado a uma parede estrutural, com a finalidade de produzir um enrijecimento na direca0 perpendicular aa seu plano 3.44 viga elemento linear que resiste predominantemente & flexdo ¢ cujo vo seja maior ou igual a trés vezes a altura da segao transversal 345 verga Viga alojade sobre abertura de porta ou janela e que tenha a funcao exclusiva de transmissao de cargas verticais para as paredes adjacentes & abertura 3.46 contraverga lamento estrutural colocado sob o vio de abertura com a fungao de redugo de fissuragao nos seus cantos 3.47 pilar elemento linear que resiste predominantemente a cargas de compresse e cuja maior dimensdo da secao transversal nao excede cinco vezes @ menor dimensao 3.48 parede slemento laminar que resiste predominantemente a cargas de compressée ¢ cuja maior dimensdo da segao transversal excede cinco vezes 2 menor dimensao 3.49 excentricidade distancia entre o :0 de um elemento estrutural @ a resullante de uma determinada ago que atue sobre ale 3.20 area bruta area de um componente ou elemento, considerando-se as suas dimensdes extemas e desprezando-se a existéncia dos vazios 321 area liquida 4rea de um componente cu elemento, com desconto das éreas das vazios 3.22 prisma Corpo-de-prova obtido pela superposigao de blocos unidos por junta de argamassa, grauleadas ou nao BABNT 2010 - Todos os cieitos reservados 3 ABNT NBR 15812-1:2010 3.23 amarracao direta no plano da parede padréo de distribuigao das blocos no plano da parede, no qual as juntas verticais se defasam em no minimo 1/3 do comprimento dos blocos 3.24 junta nde amarrada no plano da parede padrao de distribuicao de blocos no plano da parede que nao atenda ao descrito em 3.23. Toda parede com junta no amarrada no seu plano deve ser considerada nde estrutural salvo se existir comprovaco experimental de sua ‘eficiéncia ou efetuada a amarragéo indireta conforme 3.26 3.25 amarracdo direta de paredes padrao de ligagao de paredes por intertravamento de blocos, obtide com a interpenetragao alternada de 50 % das fiadas de uma parede na outra ao longo das interfaces comuns 3.26 amarragao indireta de paredes padrao de ligacao de paredes com junta vertical a prumo em que o plano da interface comum @ atravessado por armaduras normaimente constituldas par grampos meidlicos devidamente ancoradas em furos verticais adjacentas grautaadas ou por talas metalicas ancoradas em juntas da assentamento 4 Simbolos ¢ termos abreviados 44° Letras minusculas a ~ Distancia ou dimensae .2,~ Distincia da face do apolo de uma viga & carga concentrada principal b—Largura b)—Comprimento efetivo de flange by —Largura da mesa de uma seco T 4 Altura att 2 — Excentricidade ‘Cau Espessura de enrijecedor ‘6, Excentricidade resultante no piano de flexao Resisténcia 4, Tense Normal na armadura longitudinal ‘{o= Resisténcia compress de calculo da alvenaria 4, — Resisténcia caracteristica 4 compressao simples da alvenaria ‘ys— Tense nominal no cabo de protenséo a= Resisténcia caracteristica de compressao simples do prisma 4 '© ABNT 2010 Todos as direitos resorvados ABNT NBR 15812-1 {go ~ Resisténcia caracteristica de compresso simples da pequena parede fu — Resisténcia caracteristica de tracao na flexao fuc~ Resisténcia caracteristica ao cisalhamento {a —Resisténcia caracteristica ao cisalhamento majorada, fua=Resistbneia de cdlculo ao cisalhamento da alvenaria fya~ Resisténcia de cdleulo de escoamento da armadura h—Altura ou distancia J Cosficienta k, ~ Coeficiente de dilatag3o térmica da alvenaria k, = Coeficiente de dilatagao térmica do ago Nao ou comprimento ou espagamento ex Espacamento entre eixos de enrijecedores adjacentes p—Dimenséo g—Dimensae 5 Espacamento das barras da armadura t-Espessura 1. Espessura efetiva toy Comprimento de enrijecedar x — Altura da linha neutra ¥— Profundidade da regido de compressao uniferme 2—Brago de alavanca 42 Letras maiisculas A- Area bruta da secéo transversal ‘A, — Area da seco transversal da armadura longitudinal de tragaio A. Area da segao transversal da armadura longitudinal de compressdo Aue Area da secao transversal da armadura de cisalhamento Ay) — Area da soo transversal da armadura comprimida na face de maior compressa Avy ~ Area da segéo transversal da armadura na face oposta a de maior compressao. ‘A, — Area da segdo transversal dos cabos de protensio \BABNT 2019 - Todas os dios reservados 5 ABNT NBR 15812-1:2010 © —Fluéncia especifica E ~Médulo de elasticidade E,—Médulo de elasticidade do ago do cabo de protensao F—Agao F.= Resultante das forcas de compressao na alvenaria F.,~ Valor de calculo de uma agao F.— Resultante das forgas axiais na armadura tracionada F, — Resultante das foreas axiais na armadura comprimida Foy - Valor caracteristico das ages permanentes Fu— Valor caracteristico de uma acao Fj, Valor earacteristico da agao variavel i H—Altura ITD = indicadar de tracao direta K —Tator majorador da resisténcia de compressao na flexdo da alvenaria L-Wao ou comprimento M=Momento Mag Momento fletor resistente de caleuio M,- Momento fletor em torno do eixo x M,—Momanta fletor em tomo do eixo y M’,—Momento fletor efetivo em tome do exo x M’, ~ Momento fletor efetivo ern torno do eixo y Mza— Momento fletor de eélcula de 2* ordem N—Forga normal Ny = Forca normal resistente de calculo R—Coeficiente redutor devido esbeltez Ry— Esforgo resistente de calcula 8,— Esforgo solicitante de ealculo V—Forga cortante = Forca cortante absorvida pela alvenaria EABNT2010- Todos os datos roservads Vy — Forga cortante de calculo W ~Médulo de resisténcia de Nexto 4. Letras gregas uw, — Razéo entre os médulas de elasticidade do ago @ da alvenaria 3 — Coeficiente auxilar para calculo de espessura efetiva AT —Variago da temperatura a —Varlagaio média da tenséo de protensao €.— Deformacao na armadura tracionada &,- Deformagao maxima na alvenatia camprimida. ®—Diametro Ta ~ Coeficiente de ponderagaio das aces permanentes ‘Tq Goefigiente de ponderagaa das agdes varidveis ~ Coeficiente de ponderagao das resisténcias vo ~Coeficiente para redugae de ardes varlaveis p—Taxa geométrica de armadura longitudinal 9 ~ Tensae normal = ~Tensdo normal de tragao s. —Tensao normal de compressao + - Tensio de Ihamento tw Tensao de célculo convencional de cisaihamento 0 —Rotagao 0, — Angulo de desaprumo \BABNT 2019 - Todas os dios reservados ABNT NBR 15812-1 ABNT NBR 15612-1:2010 5 Requisitos §.1 Qualidade da estrutura Uma estrutura de alvenavia deve ser projetada de mado que a} esteja apta a receber todas as influéncias ambientais © agdes que sobre ela produzam efeitos significalivos tanto na sua construcgo quanto durante a sua vida iitil: b} resista @ ages excepcionais, como explosdes e impactos, sem apresentar danos desproporcionals as suas causas. 5.2. Qualidade do projeto 0 projeto de uma estrutura de alvenaria deve ser elaborado adotando-se: 3) sistema estrutural adequado 4 fungao desejada para a edificacso: b) agdes compativeis e representativas: 6) dimensionamento e verificagaa de todes os elementos estruturais presente 4) especificagao de materiais apropriades € de acordo com os dimensionamentos efetuados; -¢) procedimentos de controle para projet. 5.3 Documentagao do projeto © projeto de estrutura de alvenaria deve ser constituldo por desenhes técnicos © espacificagtes. Esses documentos devem conter todas as informagSes necessarias 8 execucae da estrutura de acorda com os critérios. adotadas, conforme deserito a seguir: 0 projeto deve apresentar desenhos técni¢os contende as plantas das fiadas diferenciadas, exceto na altura das aberturas, @ as elevacdes de todas as paredes. Em casos aspeciais de elementos longos repetitives (camo muros, por exempio), plantas @ elevagbes podem ser represeniadas parcialmente, Devem ser apresentados, sempre que presentes: detalhes de amarrago das paredes, localizago dos pontos grauleados © armaduras, ‘8 posicionamento das juntas de controle e de dllatarao. As especiticagdes de projeto devem conter as resisténcias caracterlsticas dos prismas ¢ dos graules, as faixas de ‘esisténcla média a compressao (ou as classes conforme a ABNT NBR 13281) das argamassas, assim como @ categoria, classe © bitola dos acos a serem adotados. Também padem ser apresentados os valores de rasisténcia sugeridos para as blocos, de forma que as resisténcias de prisma especificadas sejam atingidas, 6 Propriedades da alvenaria e de seus componentes NOTA Quando nao especiicamente mencionado, as resistencias se referers sempre & area bruta 6.1 Componentes 644 Blocos A especificagac dos blocos deve ser feita de acordo com a ABNT NBR 15270-2 8 @ABNT 2010 - Todos as diralios maservados 6.1.2. Argamassa ‘As argamassas destinadas ao assentamento devem atender aos requisites estabelecidos na ABNT NBR 13281 Com relacao @ resisténcia & compressao, deve ser atendido 0 valor minima de 1.5 MPa e maximo limitado 20,7 fy, referida & area liquida. A resisténcia da argamassa deve ser determinada de acordo com # ASNT NBR 13279. Altemativamente a moldagem dos corpos-de-prova pode ser feita empregando-se moldes metélicos de 4 cm x 4 cm x 4.cm, com adensamento manual, em duas camadas, com 30 golpes de soquete. 6.1.3 Graute Quando especilicado © graute, sua influéncla na fesist8ncia da alvenaria deve ser devidamente verificada em laboratorio, nas condigdes de sua utilizagao, ‘A avaliagao da influéncia do graute na compressao deve ser feita mediante o ansaio de compressao de prismas. Esse elemento deve ser grauteado ¢ argamassado com os masmos materials e da masma forma a ser empregada ra edificagao. 644 Ago ‘Aespecificacao do aco deve ser feita de acordo com 2 ABNT NBR 7460. Na falta de ensaios ou valores femecidos pelo fabricante, 0 médulo de elasticidade do aco pode ser admitido igual a210 GPa 62 Alvenaria 6.2.4 Propriedades eldsticas Os valores das propriedades elésticas da alvenaria padem ser adotados de acordo com a Tabela 1 ‘Tabela 1 —Propriedades de deformagao da alvenaria Propriedade |__ Vater Valor maximo Medulo do deformagao longitudinal 600 fon 12GPa Coeficiente de Paisson O15 = Para verificagses de ELS recamenda-se reduzir os médules de defermagao em 40 %, para considerar de forma aproximada 6 ofeite da fissuragao da alvenaria 6.22 Expansio térmica Na auséncia de dados experimentais para alvenaria, pode-se adotar o coeficiente de dilatagao térmica linear igual a60x10" C" 6.2.3 Expansao por umidade Na auséncia de dados exparimentais, © cosficiente de expanséo por umidade ds slvenaris pods ser admitide igual 300 x 10° mmimm. \BABNT 2010 - Todos os iets reservados 9 ABNT NBR 15812+ 2010 6.2.4 Fluéncia Para efeitos de avaliagao aproximada de ELS, a deformagao final, com a inclusdo da fluéncia, deve ser considerada no minimo igual 20 dobro da deformacao elastica 6.3 Resisténcias 6.3.1 Valores de calcul A resisténcia de calculo 6 obtida pela resisténcia caracteristica dividida pelo coeficiente de ponderagao das rrasisténcias, 6.3.2 Cooficientes de ponderacdo das resisténcias Os valores para verificagéo no ELU esto indicadas na Tabela 2 e sao adequados para obras executadas de acordo com a ABNT NBR 15812-2. Tabela 2— Valores de Ym, ‘Combinacoes Alvenar Graute Aco Normals 20 445 Especiais ou de construgso 18 115 Excepcionais teen o 18 4.0 No caso da aderéncia entre 0 aco © 0 graute, ou @ argamassa que 0 envolve, deve ser utlizado 0 valor y= 1,5. 0s limites estabelecidos para og ELS nao necessitam de minoracao. 6.3.3 Compressao simples A resisténcia caracteristica 4 compressfio simples da alvenaria {, deve ser detarminada com base na ensaio de paredes (ABNT NBR 8949) ou ser estimada como 70 % da resisténcia caracteristica de compressao simples de pprisma fy, ou BS % da de pequena parede fam. AS resistencias caracteristicas de pequenas paredes ou prismas dovem ser determinadas de acordo com a ABNT NBR 15812-2. Se as juntas horizontals tiverem argamassamento parcial, a resisténcia caracteristica 4 compressao simples da alvenaria deve ser corrigida multiplicando-a pela razao entre a area de argamassamento parcial e a area de argamassamento total. Opcionalmante, se o argamassamento parcial for feito apenas nas faces longitudinais do blaco, esse fator de corrego pode ser obtido par 1,15 vez a citada razao, empregando-sa, neste caso, as dreas de efetiva contalo entre argamassa e material do bloc, 6.3.4 Comprossdo na flexdo As condiges de obten¢ao da resistencia f, devem ser as mesmas da regiao comprimida da pega no que diz ‘respeito a0 porcentagem de preenchimenio com graute e 4 direcdo da resultante de compressao relativa & junta de assentamento, ‘Quando a compressa ocorrer em dirego paralela as juntas de assentamento (como no caso usual de vigas), a resisténcia caracteristica na flexao pode ser adotada: a} igual a 70.% do prisma, se a regido comprimida do elemento de alvenaria estiver totalmente grauteada; b) igual a 40 % da resisténcia caracteristica do prisma oco, em caso contratio. 10 @ ABNT 2010 - Todos os dircitos reservados: ABNT NBR 15812-1:2010 6.3.5 Tracao na flexto Na caso de ages tempordrias camo, por exempla, a do vento, permite-se a cansideragao da resisténcia a tragao da alvenaria sob flexdo, segundo os valores caracteristicos definides na Tabela 3. Tabela 3 — Valores caracteristicos da resisténcia a tragiio na flexdo — fy (MPa) Rosistoncia média de comprossae da argamassa Diregao da tragao (MPa) 150348 35.8 7,08 acima de 7,0° Normal é fiada 0.10 020 0.25 Paralela a flada 0.20 040 0,60 ’As falas de resistencia indicadas correspondem as seguintas classes da ABNT NER 13281 8 Classes P2 e P3: © Glasses Pa e PS: © Glasse Pe, Opcionalmente, a resisténcia & trade pode ser determinada de acordo com ABNT NBR 14322, 6.3.6 Cisalhamento na alvenaria As resisténcias caracteristicas ao cisalhamento ndo devem ser maiores que os valores apresentados na Tabela 4. Tabela 4 — Valores caracteristicos da resisténcia ao cisalhamento ~fu (MPa) Rosisténcia média de compressao da argamassa Local (mPa) 18a "3570 acima de 7.0 duntas horizontals O10+O5es40 | 016+ O5astd | 095 +05 e547 Inerfaces de paredes com amaranio a8 ie a NOTA o¢ a tensBo pormal de pré-compressdo na junta coneiderande-se apense os ajées permanenies ponderadas Por coeficiente de seguranga igual a 0.9 (agae Tavoravel). NOTA2 Quando exisitem armaduras de flexio perendiculares ao plano do cisalhamento & envoltas por graute, ‘a resisténcia caracteristica ao cisalhamento sera obtida por: fw 2085+ 17.5 ps 07 MPa onda: taxa geomeétrica de armadura; oa ‘A. 6a roa da armadura principal de flaxdo: ura ti, respectivamente bed sdo.as dimensses da seca transversal, lerour Opcionaimente a resisténcia a0 cisalhamento pode ser determinada de acorda com NBR 14321 BABNT 2010 - Todos os cieitos reservados an ABNT NBR 15812-1:2010 6.3.7 Aderén ‘0s valores da resisténcia caracteristica de aderéncia podem ser adotados de acarde com a Tabela 5 Tabela § — Resisténcias caracteristicas de aderéncia (MPa) Tipo de aderéncia__| Barras corrugadas Barras lisas Enieacow enema | 0,10 0,00 Enire ago egraute | 2,20 1.50 7 Seguranga e estados- 7A Critérios de seguranga Os critérios de seguranca desta Norma baseiam-se na ABNT NBR 8681 7.2. Estados-limites Devem ser considerados 08 estados-limites tillimas © os estados-limites de servico 7.3 Estados-limites Uitimos (ELU) A sequranga deve ser vetificada em relagae aos seguintes ELL a} ELU da perda do equillbrio da estrutura, admitida como corpo rigido; b} ELU de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no toda ou em parte: ¢) ELU de esgotamento da capacidade resistente da estrutura, no todo ou em parte, considerando os efeitos de segunda ordem: 4) ELU provocada por solicitagdes dinamicaé 8} ELU de colapso progressivo; ) outros ELU que possam ocorrer em casos especiais. 7.4 Estados-limites de servico (ELS) Estados-limites de servigo esto relacionados & durabilidade, aparéncia, conforto do usuario @ funcionalidade da ‘estrutura, Devem ser verificados os ELS relativos a: a} danos que comprometam apenas 0 aspecto estético da construgae ou a durabilidade da estrutura b) deformagdes excessivas que afetem a utlizacéo normal da construgao ou seu aspecio estético; 6) vibragao excessiva ou descontortavel. 12 ‘© ABNT 2010 - Tador o¢ direitos rosarvados ABNT NBR 15812-1:2010 8 Agées 8.1 Disposigées gerais Aplicam-se as definigdes © prescnpdes da ABNT NBR 8681 2 Acoes a considerar Na andlise estrutural deve ser considerada a influ’ncia de todas as ages que possam produzir efeitos significativos para a seguranca da astrutura, levando-se em conta os possivels estados-limites uitimos © os de servigo, ‘As agées a sorem consideradas classificam-se em a) agdes permanentes; b) agdes variéveis; €) ages excepcionats. 8.3. Acées permanentes ‘Sao agdes que apresentam valores com pequena variagéo em torna de sua média durante praticamente toda a vida da estrutura 8.3.1 Acoes permanentes dirotas 8.3.1.1 Peso especifico Na falta de uma avaliaco precisa para o caso considerado pode-se utlizar 0 valor de 12 kNim® como peso especifico para a alvenaria de blacos cerémicos vazados, devendo-se acrescentar 0 peso do graute, quando existente, 8.2.1.2 Elementos construtivos fixos ¢ instalacoes permanentes ‘As massas especificas dos materiais de construgao usuals padem ser obtidas na ABNT NBR 6120, ‘As agdes davidas as instalapdes permanentes devem ser consideradas com os valores nominais fornecidos pelo fabricante, 8.3.4.3 Empuxos permanentes Consideram-se permanentes os empuxos que provém de materiais granulosos ou liquidos nao remaviveis Os valores para a massa especifica dos materials granulosos mals comuns podem ser obtidos na ABNT NBR 6120, 8.3.2 Agdes permanentes indiretas ‘S40 agdes impostas plas imperfeicdes geométricas, que podem ser consideradas locais ou globais. 8.3.2.1 Imperfeicdes geométricas locals Sao consideradas quando do dimensionamento des diversos elementos estruturas. {BABNT 2010 - Todas 08 dirnitas reservados 13 ABNT NBR 15812-1:2010 8.3.2.2 Imperfeigdes geométricas globais Para ediffcios de andares mutiplos deve ser considerado um desaprumo global, através do angula de desaprumo J,.em radianos, conforme se apresenta na Figura 1 Onde: H6 altura total da edificacao, em metros jura 1—Imperfeicdes geometricas globai 8.4 Agées varidveis Sao aquelas que apresentam variagao significativa em tomo de sua média durante toda a vida da estrutura. 8.4.1 Cargas acidentais As cargas acidentais so aquelas que atuam sobre a estrutura de edificagdes:em funeo do seu uso (pessoas, méveis, materiais diversos, vaiculas etc.). Seus valores podem ser obtidos na ABNT NBR 6120, 8.4.2 Agao do vento As forgas devidas ao vento devem ser consideradas de acordo com a ABNT NBR 6123. 8.5 Agdes excepcionais Consideram-se excepeionais as agdes decorrentes de explasées, impactos, incéndios ete. No caso de acdes como explasées ¢ impactos, aplica-se 0 prescrito em A.2. 8.6 Valores das agé 8.8.1. Valores representatives ‘As agbes so quantificadas pelos seus valores representatives, que podem ser: 8) valores earacteristicos F,, conforme defini¢do da ABNT NBR 8681; b) valores convencionais excepcionais, que séo 08 valores arbitrados para ages excepcionals; }._ valores reduzidos de acées varidveis, em fun¢o de combinarao de acdes, apresentados em 8.6.2. 14 ‘8 ABNT 2010 - Toos os direitos reservados 8.6.2 Valores reduzidos de ag6es varidveis Considerando-se que € muito baixa a probabilidade de que duas ou mais agées variaveis de naturezas diferentes ‘ocortam com seus valores caracteristicos de maneira simultinea, podem ser definides valores reduzidos para essas acdes, Para o caso de verificages de estadosdlimites iltimos, estes valores serdo yi, (conforme 8.7.2). Os valores de yo constam na Tabela 6 da ABNT NBR 6681:2004 ou no resumo apresentado na Tabela 6 para alguns casos mals comuns, Tabela 6 — Coeficientes para redugdo de agées variéveis Agaes ve Cargas acidentais. | Edificios residenciai 05 em edificios | ask Edifcios comerciais o7 Biblioteca, arquivos, oficinas © garagens 08 Vente Pressao do vento para edificagdes em goral 06 86.3 Valores de caleulo Os valores de caiculo Fy 880 obtidos através dos valores representativos apresentados em 8.6.1, multiplicados por coeficientes de ponderagdo que constam nas Tabelas 1 2 § da ABNT NBR 8681:2004 ou do resumo apresentado nna Tabela 7 para alguns casos mals comuns, Tabela 7 —Coeficientes de ponderacao para combinagdes Normais de acdes Categoria Efetto daagéo Tipo de estrutura Destavoravel Favordvel Permanentes | EdiiicagDes Tipo 1 * ¢ pontes em geral 1.35 os Eudificagées Tipo 2° 140 og ‘Variavels, Edificacdes Tipo 1 * e pontes em geral 1.50 : Edificagées Tipo 2° 140 3 Edificages Tipo 1 so aquelas om que as cargas acidentais superam 5 kNim? | Ediicagdies Tipo 2 so aquelas em que as corgas acidentsis no superam 5 kNIn* \BABNT 2010 - Tacos os direitos reservados 15 ABNT NBR 15812-1:2010 8.7 Combinagao de aces 8.74 Critérios gerais Para cada tipo de camegamento devem ser consideradas todas as combinacOes de acbes que passam acarretar 08 efeitos mais desfavoraveis para o dimensionamento das partes de uma estrutura. As aces permanentes devem ser sempre consideradas, As ages varidveis devem ser consideradas apenas quando produzirem efeitos desfavordveis para a seguranga As ages varidveis méveis devem ser consideradas em suas posiges mais desfavoraveis para a seguranga As agdes excepcionals, com excecio das ages provenientes de impactos © explosées, nao precisam ser sonsideradas, {As agbes inciuidas em cada combinagao davem ser cansideradas cam seus valores representativos muitipicados pelos respectivas coeficiantes de ponderagao. As combinagoes de agdes so apresentadas na ABNT NBR 8681(2003), na Subsego 5.1.3 para as combinagdes ‘ltimas das agdes © em 5.1.5 para eventuais cambinacdes de utiizagao ou serviga 2 Combinagdes uitimas As combinagdes tiltimas para carregamentos permanentes e varidveis devem ser ot Fa=vaFox* YlForn* 2 WoF cua) Onde: Fs @0valor de céleulo para a combinagao ultima: yo ponderador das agdes permanentes (Tabela 7): Fo, 0 valor caracteristico das ages permanentes; yy @ O ponderador das agdes varidveis (Tabsia 7); For, @-valor caracteristico da agao variavel considerada come principal, woFax representa os valores caracteristicos redurides das demais apdes variéveis (conforme 8.6.2, Tabela 6) Devem ser consideradas todas as cambinagdes necessérias para que se obtenha o maior valor de Fa, alternando-se as ages variéveis que so consideradas como principal ¢ secundaria, 9 Analise estrutural 9.1. Disposicdes gerais 9.4.1 Objetivos da andlise estrutural A andlise de uma estrutura de alvenaria deve ser realizada considerando-se sempre o equilibrio de cada um dos seus elementos € na estrutura como um todo, bem como 0 caminho descrito pelas agdes, sejam verticais ou horizontais, desde 0 seu ponto de aplicagdo até a fundagdo ou onde se suponha o limite da estrutura de alvenaria.. 16 ‘8 ABNT 2010 - Toos os direitos reservados ABNT NBR 15812-1 9.4.2 Promissas da anilise estrutur: Aanalise de uma estrutura de alvenaria deve ser realizada sempre se considerando a equilibrio tanto em cada um dos seus elementos quanto na estrutura como um todo, caminho descrito pelas agdes, sejam elas verticals ou horizontais, deve estar claramente definido desde o seu ponto de aplicagdo até a fundag3o ou onde se supenha o final da estrutura de alvenaria. 9.4.3 Hipéteses bisicas ‘A anélise das estruturas de: alvenaria pode: ser realizada considerando-se um comportamento eléstico-linear para ‘05 materiais, mesmo para Verificarao de estados-limites dilimos, desde que as tensdes de compressao atuanles nao ultrapassem metade da valor da resisténcia caracteristica & compressa f, A disperso de qualquer ago vertical concentrada ou distribuida sobre um trecho de um elemento se dard segundo uma inclinaeaio de 45 °, em relacao ao plano horizontal, podando-se ullizar essa prescri¢aa tanto para a definigdo da parte de um elemento que efetivamente trabalha para resistir a uma agao quanto para a parte de um earregamento que eventualmente alue sobre um elemento, conforme Figura 2, >i 3h ate = = 1 Figura 2 — Dispersao de acées verticais Disposigdes especificas para os elementos Elementos em alvenaria devem ser verificados conforme disposigdes a seguir. Eventuais elementos em concreto ‘armada, ago ou concrete pré-moldade devem ser verificads conforme ABNT NBR 6118, ABNT NBR 8200 & ABNT NBR 9062, respectivamente 921 Vigas 92.1.1 Vio efetivo O v0 efetive deve ser tomado como sendo 0 menor valor entre: a) adistancia entre as faces dos apc '$ mais a altura da sagao transversal da viga; b) adistancia entre o8 eixos dos apoios. 92.1.2 Segao transversal Para o céleulo das caracteristicas geométricas, a seco transversal deve ser considerada com suas dimensées. brutas, desconsiderando-se revestimentos, (BABNT 2010 - Todos os dros reservados ir ABNT NBR 15812-1:2010 9.2.1.3 Garregamento para vigas © carregamento pode ser considerado de acordo com a principio geral de dispersdo das agées no material alvenaria que se dé segundo um angulo de 45 °, conforme 9.1.3, respeitando-se as consideracdes de 9.4, conforma Figura 3 laje x | Ds LL atd-b stepped i altura da viga ; 1 etxodaviaa | igs bye Figura 3 — Definigae da regido que carrega a viga segundo a regra de dispersao de cargas verticais 9.22 Pilares 9.2.21 Altura efetiva (altura efetiva de um pilar, em cada uma das diregdes principais da sua sego transversal, deve ser considerada igual a) Aallura do pitar, se houver travamentos que restrinjam os deslocamentos horizontals ou as rolagdes das suas extremidadas na ditecao considerada: b) a0 dobro da altura, se uma extremidade for livre e se houver travamenta que restrinja 0 deslocamento horizontal ¢ a rotacdo na oultra extremidade na dire¢do considerada, 9.2.22 Secdo transversal Para o cdlculo das caracteristicas geométricas, a segao transversal deve ser considerada com suas dimensdes brutas, desconsideranda-se revestimentos. 18 BABNT 2010 Tados 0s direitos reservaros ABNT NBR 15812-1:2010 9.2.2.3 Carregamento par 0 pilares Excentricidades nos carregamentos sobre pilares devem ser consideradas, sendo necessario nesse caso dimensiond-los como submetidos @ uma flexo composta. 9.23 Paredes 9.23.1 Altura efetiva Aaltura efetiva de uma parede dave ser considerada igual: @) @ altura da parede, se houver travamentos que restrinjam os deslocamentos horizontais das suas extremidades; b) a0 dabro da altura, se uma extremidade for live @ se hauver travamento que restrinja conjuntamente o deslocamente horizontal ¢ a rotago na outra extremidade, 923.2 Espessura efetiva ‘A espessura ofetiva (t.) de uma parede sem enrijecedores serd a sua aspessura (I), nao se considerando revestimentos. ‘Aespessura efetiva de uma parede com enrijecedores.regularmente espagados deve ser calculada de acorda com a expresséo; & Onde: le ¢ @espessura efetiva da parede: 6 um cosfieiente caleulado de acordo com a Tabela 8 e paramatros dados pela Figura 4; | ¢ a espessura da parede na regiao entre enrijecedores. Tabela 8 — Valores do coeficiente & {interpolar p/ valores intermediérios) 1 Geen fan t= 4 fear t= 2 teas ht 3 6 40 14 20 8 10 13 1? 10 1.0 12 14 16 40 14 12 20 ou mais 10 10 1.0 (BABNT 2010 - Todos os dros reservados 19 ABNT NBR 15612-1:2010 Legenda: espagamento entre eos de enrijecedores adjacentos ay = espessura dos enrijecedares ter = comprimente dos enrljecedores t =espessura da parede Figura 4 —P: smetros para calcul da espessura efotiva de paredes A espessura efetiva ¢ utllizada apenas. para o calcula da esbeltez da parede, conforme 10.1.2, € ndo pode ser ‘utlizada para 0 cdiculo da area da seco resistente quandc a parede apresentar enrijecedores. 92.3.3 Secdoresistente A sega resistente de uma parede serd sempre calculada, desconsiderando-se os revestimentos. 9.3 Interagio dos elementos de alvenaria 9.3.1 Proscrigdes gerais A interacao de elementos adjacentes deve ser considerada quando houver garantia de que as forcas de interacao possam se desenvolver entre esses elementos e que haja resisténcia suficiente na interface para transmit-las. 0 modelo de caiculo adatado deve ser compativel com 0 proceso construtivo, Caso seja considerada a interagdo de paredes, dave ser verificada @ garantida a resist&ncia de cisalhamento das. interfaces. Aberturas cuja maior dimensao soja menor que 1/6 do menor valor entre a altura ¢ 0 comprimento da parede na qual se inserem podem ser desconsideradas para efeitas de interagao, Aberturas adjacenies, cuja menor sdistaneia ontre as suas faces paralolas seja inferior 20 citado valor-imite, s0 consideradas como abertura unica 9.3.2 Intoragao para cargas vorticais, 9.3.2.1 Interacao de paredes om cantos © bordas (L, Te X) Deve-se considerar que existird a interagao quando se tratar de borda ov canto com amarragao direta, Em oulras situagdes de ligagao, que no a de amarragao direta, a interagéa somente pode ser considerada ‘se existir comprovagao experimental de sua eficiéncia, 20 SABNT 2010 - Todas os dirsitos reservados: ABNT NBR 15812-1:2010 9.3.2.2 Interagao de paredes através de aberturas ‘As interacdes de paredes através de aberturas devem ser desconsideradas, a menos que haja comprovacao experimental de sua eficiéncia. 9.3.3 Interagdo para agées horizontals 9.3.3.4 Interagao em flanges Con: jera-se que axiste a intarac3e quando sa tratar de flange com amarragao direta, Em outras situagdes de ligacao, a Interagao deve ser considerada somente se existir comprovapao experimental de sua eficiéncia, © comprimento de cada flange nao deve exceder o limite apresentado em 10.1.3. Em nenhuma hipétese poderé. haver superposigao de flanges. ‘As abas (flanges) devem ser uttizadas tanto para célculo da rigidez do painel de contraventamento quanto para 9 cdlculo das tensdes normals devidas & flexdo, provenientes das agdes horizontals, nao sende permitida 2 sua contribuigdo na absorgao dos esforcos cortantes. durante o dimensionamento. 9.3.3.2 Associagao de paredes Na associagao de painéis de contraventamento, é obrigatéria a verificagdo dos esforgos intemos ou das tensées resultantes nos elementos de ligagde, tals como os trechos sob e sobre as aberturas, 9.4 Interagdo entre a alvenaria e estruturas de apoio O carragamento resultante para estruturas de apoio deve ser sempre coerente com 0 esquema estrutural adotado para 0 edificio, representando a trajetsria pravista para as tensGes. Sao proibidas redugdes nos valores @ seem adotados como carregamento para estruturas de apoio, baseadas na cansideragao do efelte arco, sem que sejam considerados todos os aspectes envolvides nesse fendmeno, inclusive a concentragao de lensées que Se verifica na alvenaria, Tendo em vista o risco de ruptura fragil, cuidados especiais devem ser tomados na verificagao do cisaihamento nas estruturas de apoio. 10 Limites para dimensdes, deslocamentos e fissuras 10,1 Dimensées limites Dever ser observados os seguintes limites para as dimensées das pecas de alvenaria, 10.1.1 Espessura ofetiva de paredes Para edificagdes de mais de dois pavimentos ndo se admite parede estrutural com espessura efetiva inferior a 14 em. 10.1.2 Esbeltez O indice de esbeltez € a razao entre a altura efetiva e @ espessura efetive da parede ou pilar: aehally @ABNT 2010 - Todos as dircitos rescrvadas 21 ABNT NBR 15812-1:2010 A Tabela 9 apresenta os valores. maximos permitides para 2 esbeltez. 9 —Valores maximos do indice de esbeltez de parodes « pilaros Nao armados 24 Armados 30 5 elementos estruturais armados devem respeitar as armaduras minimas prescritas na Subsecao 12.2 10.1.3 Comprimento efetivo de flanges em painéis de contraventamento. © comprimento efetivo de flange em painéis de contraventamento deve obedecer ao limite b, < 6 t, conforme Figura 5. wo a HV wer bf t bf bf Figura Comprimento afetivo de flanges 10.1.4 Cortes ¢ juntas 10.14.41 Paredes Nao & permitido corte individual horizontal de comprimento superior a 40 em em paredes estruturais. Nao sao permitidos cortes horizontais em uma mesma parede cujos comprimentos somados ullrapassem 1/6 do comprimente tatal da parede em planta, Gortes verticais, de comprimento superior a 60 cm, realizados em paredes definem elementos distintos. Nao sao permitidos condutores de fluides embutidos em paredes estruturais, exceto quando @ instalagao © a manutengao nao exigirem cortes, 10.1.4.2 Juntas de dilatagao Devem ser previstas juntas de dilataco no maximo a cada 24 m da edificacdo em planta. Esse limite pode ser alterado, desde que se faca uma avaliacao mais precisa dos efetios da variacao de temperatura e expanso sabre @ estrutura, incluindo @ eventual presenga de armaduras adequadamente- alojadas em luntas de assentamento horizontais, 10.1.4.3 Juntas de controle Dove ser analisada a necessidade da colocagéio de juntas verticals de controle de fesuragéio em elementos de alvenaria, com a finalidade de pravenir 0 aparecimento de fissuras prevocadas por: variagao de temperatura, expansdo, variagao brusca de carregamento ¢ variagao da altura au da espessura da parede. 22 © ABNT 2010 - Todos os dircitos reservados ABNT NBR 15612-1:2010 Para painéis de alvenaria contides em Um nico plano € na auséncia de uma avaliagdo precisa das condigdes especificas do painel, devem ser dispostas juntas verticais de controle com espacamento maximo que no ultrapasse os limites da Tabela 10. Tabela 10 — Valores maximos de espacamento entre juntas verticais de control Limite Localizagao do m 12 140m 11.5.em Externa 10 a Interna 2 10 NOTA1 A espessura minima da junta de controle & determinada como 0,13 % do espacamento das juntas NOTA 2 Os limites acima sero reduzides em’15 % caso a pareds tenha abertura NOTA3 Os limites estabeiecidos na Tabela 10 podem ser alerados mediante inclusdo de armaduras horizontals adequadamente dispostas em juntas de assentamenio horizontals, desde que tecnicamente justificade, 10.1.5 Espessura das juntas horizontal ‘A menos que explicitamente especificado no. projeto, a espessura das juntas de assentamento deve ser sonsiderada 10 mm, 10.2 Deslocamentos limites Os dosiocamentos finals (incluindo os efeitos de fissuragda, temperatura, expansdo © fluéncia) de quaisquer elementos fletidos ndo devem ser maiores que L/150 ou 20 mm para pecas em balanco @ 1/300 ou 10 mm nos demals casos, Os deslacamentos podem ser parcialmante compensados por contraflechas, desde que elas nao sejam maiores que L400. Os elementos estruturais que senvem de apoio para a alvenaria (lajes, vigas etc.) néo devem apresentar deslocamentos maiares que L/S00, 10 mm ou @= 0,0017 rad Sempre que 05 destocamentos forem relevantes para o elemento considerado, seus efeitos devem ser incorporados, estabelecendo-se o equillbrio na conFigurag&o deformada, 11 Dimensionamento 11.4 Disposigées gerais Para um elemento de alvenaria em estado-limite ultimo, 0 esforco solicitante de calculo, S,, deve ser menor ‘0u no maximo igual ao esfargo resistente de calcula Ra, © dimensionamento dave ser realizade considerando-se a sepao homegénea @ com sua area bruta, exceto quando especificamente indicado. No projeto de elementos de alvenaria nao armada submetides a tensdes normais, admitem-se as seguintes hipotases: a) as segdes transversais se mantém planas apés deformagao; @-ABNT 2010 - Todas os direiios reservados: 23 ABNT NBR 15812-1:2010 b) as maximas tensdes de tra¢ao devem ser menores ou iguais @ resisténcia @ tragdo da alvenaria conforme 6.35; ©) 5 maximas tensdes de compresséo deverdo ser menores ou iguais @ resisténcia @ compressée da alvenaria indicada em 6.3.3 para a compressao simples © a esse valor muliplicado por 1,5 para a compressio na flexao: d) as segdes transversais submelidas a flexdo © flexo-compressao sero consideradas no Estadio | (alvenaria nao fissurada 6 comportamento eldstico linear dos materiais) No prajeto de elementos de alvenaria armada submetidos a tensdes normals, admitem-se as seguintes hipéleses: @) a6 sees transversais se mantém planas apés deformagaio: f) as armaduras aderentes tém a mesma deformagao que a alvenaria em seu entemo; 9) @ resistencia a tragdo da alvenaria 6 nulap h) as maximas tensGes de compressdo devem ser menores ou iguais 4 resisténcia 4 compressao da alvenaria indicada em 6.3.3; i) a distribuigo de tensdes de compressdo nos elementos de alvenaria submetidos a flexdo pode ser representada por um diagrama retangular, conforms 11.3; |) para flexéo ou flexo-compressao o maximo encurtamento da alven a se limita a 0,35 %; K)@ maximo alongamente do aco se limita em 1 %. 11.2 Dimensionamento da alvenaria & comprossao simples 11.2.1 Resisténcia de célculo om paredes Em paredes de alvenaria esirutural o esforgo resistente de cdlculo deve ser obtido através da equacao: Nu= AR onde: Nu @.a forca normal resistente de caiculo; f € atesisténcia & compressao de célculo da alvenaria; A é area da segao resistente: R (3) k © cooficionte redutor devo & esbotez da parade \40, A contribuicdo de eventuais armaduras existentes deve ser sempre desconsiderada, 24 BABNT 2010 Tados 0s direitos reservaros ABNT NBR 15812-1:2010 11.2.2 Resisténcia de célculo em pilares Em pilares de alvenaria estrutural a resisténcia de calcula ¢ obtida através da equagao’ Nea = 0,9 fo A R onde: Ng & a forga normal resistente de célculo; fu @arresisténcia a compressa de calculo da alveneria; A. @ area da segao resistente; Re [ (#) } 6 coeficientd Fedutor david a esbelléz do pilar \40) Acontribuico de eventuais armaduras existentes deve ser sempre descansiderada, 11.2.3 Forcas concentradas Forgas de compress que se concentram em tegiées de reduzidas dimensdes devem atender 4s seguintes condigoes: a) a regiéo de contato deve ser tal que a dimens4o segundo a espessura t seja no minimo igual ao maior dos valores: 50 mm ou U3, conforme Figura 6; b) atensde de contaia deve ser menor ou no maximo igual a 1,5 Fy. ty a Fa a= 50mm e a2 V3; Fy/lab)s 1,5 f Figura 6 — Gargas concentradas \BABNT 2010 - Todos os cicites reservados 25 ABNT NBR 15812-1:2010 11.3 Dimensionamento de elementos de alvenaria submetidos a flexdo simples 11.3.1 Alvenaria nao armada Para a alvenaria no armada, 0 célculo do momento fletor resistente da segdo transversal pode ser feito com ‘© diagrama simplificado indicado na Figura 7. Figura 7 —Diagramas de tensdes para a alvenaria nao-armada A maxima tenséo de compressao de calcule na flexdo nao deve ultrapassar em 50 % a resisténcla a compressao de cdloulo da alvenaria (1.5 fa). ‘A maxima tensa de tragdo de calculo néo dave ser superior 4 resisténcia 4 tragS0 de célculo da alvenaria ty. Y 2 Alvenaria armada Para @ alvenaria armada, 0 célculo da momento fletor resistente da se¢ao transversal pode ser efetuado com ‘© diagrama simplificado indicado na Figura &. SABNT 2010 - Todos os draitos aservados. ABNT NBR 15812-1:2010 Legenda: W324 4 a altura ot da segao; % @ altura da linha nautra; ‘As 60 drea do armadura tracionada; As 6a drea da armadura comprimida; ts 6. deformago na amadura tracionada, fc 6 a defonmacao maxima ne alvenaria comprimica: {4 &améxima lensiio de compressio; fs &a tensdo detreggo na armadur; Fe &a resultante de compressio na alvenaria: Fs @ result Fs’ 6 a rosultante de tarcas na armadura comprimida, te de forgas na armadura tracionada; Figura 6 — Diagramas de deformagaes ¢ tens6es para a alvenaria armada Segées retangulares com armadura simples No case de uma seco retangularfletida com armadura simples, o momento fletor resistente de eaiculo é igual a! Mus = AZ na qual o braco de alavanca z é dado por 0.5 Flt Ou Seja, metade da resisténcia ao escoamento de calculo da armadura O valor de Ma, néo pode ser maior que O,4f, bd? BABNT 2010 - Todos os irlias resorvados a ABNT NBR 15812-1:2010 11.3.2 Segdes com flanges (flexao no plano do ‘O momento resistente de eéloulo é igual a: Ms ® ALE onde 0 brago de alavanca z & dado por © valor de Mr, obtido para as sepdes de paredes com flanges nao pode ser maior que f, Dal (d -0,5t) A largura do flange, by, deve respeitar os limites da Subsepao 10.1.3 @ a largura da mesa b, nao pode ser maior que 1/3 da altura da parede, conforme Figura 8. Aespessura do flange, , nao deve ser maior que 0,6 d. ty 1 | 4 As. | + Figura 9— Secées transversais de paredes com flanges 28 © ABNT 2010- Toclos ns disites reservados ABNT NBR 15812-1:2010 11.3.2.3 Segdes com armaduras isoladas (flexo em plano perpendicular ao do elemento) Em segdes com armaduras concentradas locaimente, a largura paralela a0 eixo de flexio ndo deve ser considerada superior ao triplo da sua espessura, conforme Figura 10. Neste caso considera-se a area liquida, FS Figura 10 — Largura de sees com armaduras concentradas 113.24 Vigas-parede Quando a razéo vao/altura de uma viga for inferior a tés ela deve ser tratada como uma viga parede, Neste caso, a resultante de tragao deve ser absorvida por atmadura longitudinal, calculada com brago de alavanca igual 42 2/3 da altura, nao se tomando valor maior que 70% do vao. 11.4 Dimensionamento de elementos de alvenaria submetidos ao cisalhamento 11.4.1 Tensées de ci amento A tenséo convencional de cisalnamento de calcula, em pegas de alvenaria armada, ¢ dada por: nant be Para pecas de alvenaria ndo-armada, a tensdo de calcula de cisalhamento ¢ obtida tomando-se a area da seco transversal em que a forga cortante atua. Em seodes com flanges, deve-se tomar apenas a area da alma da segéo para o calcula da tenséo de cisalhamento. 11.4.2 Verificacao da resistencia A tenso de cdlculo no pode superar a resisténcla de célculo obtida @ partir dos valores caracteristicos da resistencia ao cisaihamento, f,., especificados em 6.3.6 ena Tabela 4, No caso de paredes de alvenaria, pode-se dispensar 0 uso de armaduras de cisalhamento quando nao se ultrapassam as resistencias de cdlculo correspondentes aos valores caracteristicos indicados na Tabela 4. Na caso de elementos estruturais submetidos a flexao simples 6 obrigatério 0 usa de armaduras de cisalhamento nas regides em que a tensdo ty Supera a resisténcia de célculo obtida a partir de 6.9.6, ou seja, quando tva 2 (0,38 + 17,5 0 / ‘Ao se ullizarem armaduras transversais, a tensdo canvencional de cisalhamento deve ser inferior ou no maximo igual a 0,7 MPa tw 0,7 MPa ® ABNT-2010-- Todos os Glos rascrvades 2 ABNT NBR 15612-1:2010 11.4.3 Armaduras de cisalhamento Para a determinacao das armaduras de cisathamento, pode-se descontar a parcela da orca cortanta absorvida pela alvenaria, V,, dada por VeEfabd ‘Quando necesséria, a armadura de cisalhamento paralela & diregéo de atuacdo da forga cortante ¢ determinada por: (Ve =Va) 8 15h ‘Onds s é 0 sspagamento da armadura de cisahamento Em nenhum caso admite-se espagamente 5 maior que 60 % da altura titi, No caso de vigas de alvenaria esse limite no deve superar 30 cm, No caso de paredes armadas ao cisalhaménto o espagamento nao deve superar ‘60cm 11.4.4 Forcas concentradas proximas aos apoios No caso de vigas em que a razio entre a distncla da face do apolo & carga concentrada principal a, € menor que. © dobro da altura Util d, permite-se considerar a resisténcia caracterfstica ao cisalhamento majorada pela raz3o 2d/a,.Nao se admite valor majorado superior @ 0,7 MPa, ty 24 <07MPa Uma carga cancentrada é considerada principal quando contribui com pelo menos 70:% da forga cortante junto a0. apoio. 14.5 Dimen: namento de elementos de alvenaria submetidos a flexo-compressao 11.5.1 Introdugao ‘Todo elemento de alvenaria submelido A flexe-compressio deve rasistir A forga de compressdo de calculo atuante, de acordo com as presericoes de 11.2 11.5.2 Alvenaria n3o armada As tensées normais na segao transversal devem ser obtidas mediante a superposigae das tensées normais ineares devidas a0 momenta fletor com as tenses normals uniformes davidas a forca de compressao. As tensdes normais de compressao devem satisfazer & seguinte inequagaa: My Mi gf, WK fi conde: Ng € a forga normal de calculo: M, 80 momento fletor de calcula; f. a resisténcia A compressao de calculo da alvenaria) 30 SABNT 2010 - Todas os dirsitos reservados: ABNT NBR 15812-1:2010 A 6 brea da sécao resistente; W_ @ominimo modulo de resistencia de flexao da secao resistente; RS ocoeficiente redutor devide a esbeltez do elemento: Ke .5 60 falor que ajusta a resisténcia 8 compressao na flexdo, Caso oxista tensdo de tragdo, seu valor maximo deve ser menor ou igual a resistencia de tragao da alvenaria f, 14.5.3 Alvenaria armada 11.5.3.1 Elementos curtos ‘Admite-se como curto o elemento que possui esbeltez menor ou no maximo igual a 12. Nesses casos, permite-se o dimensionamento de acordo com as aproximagaes a seguir, apropriadas para a flexdo reta de elementos de secdo retangular. Para secGes transversais nao retangulares devem ser feitas as adaptacoes necessdrias, obedecidas as hipdteses previamente estabelecidas em 11.1 a) quando a forca normal de calculo N,q nao excede a resisténcia de edleulo apresentada na expresso a seguir, apenas é necessaria a armadura minima indicada em 13. Nex =fyb(h-2e,) onde: b éalargura da seco, e: é a excentricidade resultant no plane de flexdo; fs @ aresisténcia de calculo a compressa; fh é altura da segdo no plano de flexto, Esta aproximacao nao pode ser aplicada se a excentricidade e, excede 0,5 h. b) quando a forca normal da célculo excede o limite do item anterior, @ resisténcia da segao pode ser estimada pelas seguintes expressées, conforme Figura 11 New = OY Ay fame May = 0,51, by (I y)#I,A, (O,5h=d,)+ FA (0.5R-d,) onde: ‘Ay, &a rea de armadura comprimida na face de maior compressao: Ag 6 6rea de armadura na outa face; bb Ba largura da seo; , a distancia do centroide da armadura Ay: @ borda mais comprimida; 4, G6 adistancia do centréide da armadura A.. a outra berda; y- 6 a profundidade da regiao de compressao uniforme (y = 0.8%); @ABNT 2010 - Todos as dircitos rescrvadas un ABNT NBR 15612-1:2010 f, a fesisténcia a compressao de célculo da alvenaria; fe 6a tensdo na armadura na face mais comprimida = 5 ya fq 6 a tensao na armadura na oulra face, podenda ser + 0,5 f,, se estiver tracionada ou comprimida, respectivamente, ‘4 Sa altura da seco no plano de flexdo 0 valor de y deve ser tal que os esforcos resistentes de caiculo superam os atuantes, ¢} quando @ necesséria considerar © elemento curto submetide a uma flexéo composta obliqua, pode-se dimensionar uma seca com armaduras simétricas, mediante a transformagae em uma flaxdo reta composta, aumentando-se um das momentos fletores, de acordo com o seguinte: M, #0 momento fletor em torne do eixo x; M, € 0 momento fletor em torno do eixo y; M', € 0 momento fletor efetivo em torno do eixo x; M', 6 0 momento fletor efetivo em torno do eixa y; p 6.adimensao da segao transversal na diregdo perpendicular ao eixo x: q&a dimensao da secao transversal na diregao perpendicular ao eixo y; j 60 cosficiente fornecide na Tabela 11. | f oy AB {a s = ve | $) As r_|d | ate b | TT Figura 11 —Flexo-compressao - Segdo retangular 32 SABNT 2010 - Todas os dirsitos reservados: ABNT NBR 15812-1:2010 Tabela 11 — Valores do coeficiente j Valor de Nut fy) i 0 1,00 Of 0.88 0, 077 08 0,65 oa 0.53 0s 0.42 20.6 0,30 11.5.3.2 Elementos esbeltos No caso de elementos comprimidos com indice de esbeltez superior a 12, 0 dimensionamento deve ser feito de acorde com 0 expost no subitem anterior, Sendo que aas efeitos de primeira ordem 6 nécessario adicionar 08 efeitos de segunda ordem. Na auséncia de determina¢ao mais precisa, a momento de segunda ordem pode ser aproximado por; Ny M,, =e "20001 Onde: Ny a forga normal de calcula: he @ altura efetiva do elemento comprimido: t @adimensao da segao transversal da pega no plano de flexdo. Cassy | Figura 12 Momento de 2 ordem 12 Disposi¢ées construtivas e detalhamento 124 Cobrimentos As barras de armadura horizontals dispostas nas juntas de assentamento devem estar totalmente envolvidas pela argamassa com um cobrimento minime de 15 mm na horizontal No caso de armaduras envolvidas por graute, 0 cobrimante minima é de 1S mm, daseonsiderada a espessura do blaco. @ ABNT 2010 - Todos os direitos reservados = ABNT NBR 15812-1:2010 42,2 Armaduras minimas Em vigas e paredes de alvenaria armada, a area da armadura longitudinal principal nao sera menar que 0,10 % da érea da seco transversal, Em paredes de alvenaria armada deve-se dispor uma armadura secundaria, perpendicular 3 principal, com area ‘minima de 0.05 % da se¢ao transversal corraspondante, No caso de paredes de contraventamento, cuja verificagao da compressa seja feita como alvenaria nao armada, conform 11.5.1 ¢ 11.5.2, 3 armadura longitudinal de combate 4 tragao, se necessara, nao deve ser menor que 0,10 % da érea da secaa transversal. Dispensa-se, neste caso, a exigéncia de armadura secundaria minima ‘A armedura colocada em juntas de assentamento pera reduzir efeitos nocivos de variagdes volumétricas, endilhamento ou para garantir dutilidade deve ter taxa geométrica no minimo igual a 0,03 % Em pilares de alvenaria armada, a area da armadura longitudinal nao deve ser menor que 0,30 % da area da segao transversal Em vigas com necessidade de armadura transversal, esta deve ter taxa minima igual 2 0.05 % da area da secao ‘transversal, tomada igual ao produto da largura peta altura it 12.3 Armadura maxima ‘Armaduras alojadas em um mesina espage grauteado (furo vertical ou canateta horizontal) nao podem tet area da secao transversal superior a 8 % da correspandente area da segao do graute envolvente, considerando-se eventuais regides de traspasse. 124 metro maximo das armaduras. As barras de armadura nao devem ler diametro superior a 6,3 mm quando lacalizadas em juntas de assentamento © 25 mm em qualquer outro caso, 12.5 Espacos entre barras As barras de armaduras devem estar sufi © compaciagao do graule que as envolve. emente separadas de modo @ permitir 0 correto langamento A distincia livre entre barras adjacentes nao deve ser menor que: 2} odidmetro maximo do agregado mais $§ mm; by 1,5 vez0 diametro da armadura; s) 20mm, 12.6 Estribos de pilares Nos pilares armados, devem-se dispor estribos de diametro minima § mm, com espagamento que nao excada: a) a menor dimensio do pilar b} SO vezes o didmetro do estribo; c} 20 vezes o diémetro das barras longitudinais: 4 {GABNT 2010 - Todos as dirsitos reservados ABNT NBR 15812-1:2010 12.7 Anceragem Nas elementos fletidos, excetuando-se as regides dos apoios das extremidades, toda barra longitudinal deve se estender além do ponto em que nao é mais necesséria, pelo menos por uma disténcia igual ee maior valor entre a altura efetiva d ou 12 vezes 0 didmetro da barra ‘As barras de armadura no devem ser interrompidas em zonas tracionadas, a menos que uma das sequintes condiedes seja atendida a) as barras se estendam pelo menos 0 seu comprimanta de ancoragem além do ponto em que néio so mais necessarias; b) a resisténcia de calculo ao cisalhamente na seco ande se interrompe a barra & maior que o dobro da forga cortante de calcula atuante; ©) a8 barras continuas na segao de interrupgao provém o dobro da area necessdria para resistir ao momento fletor atuante na segao, Em uma extremidade simplesmente apoiada, cada barra tracionada deve ser ancorada de um dos seguintes modos: a) um comprimento afetive de ancoragem equivalenta a 12 © além do centro do apoio, garantindo-se que ‘nenhuma curva se inicia antes desse panto; b) um comprimento efetivo de ancoragem equivalente a 12 © mais metade da altura ull d, desde que o trecho curva no se inicie a uma distancia inferior a di2 da face do apoio; 12.8 Emendas Na maximo duas barras podem ser emendadas em uma mesma seco, quando alojadas em um mesmo espaco ‘grauteado (uro vertical ou canaleta horizontal). Uma segunda emenda deve estar no minimo a uma distancia de 40 6 da primeira emenda, medida na diregao do eixe das barras, sendo © 0 didmetro da barra emendada © comprimento minima de uma emenda por traspasse 6 de 40 @, ndo se adotando valor menor que 15 cm no caso de barras corrugadas © 30.cm no caso de barras lisas. Em henhurh caso @ emenda pode ser inferior a6 comprimento de ancoragem, 12.9 Ganchose dobras, Ganchos @ dobras devem ter dimensdes @ formatos tals que ndo provoquem concentragao de tensGes no graule ou na argamassa que as envolve. O comprimento efetive de um gancho ou de uma dobra deve ser medido do inicio da dobra até um ponto situado uma distancia de quatro vezes 0 diametro da barra além do fim da dobra, e deve ser tomado como 0 maior entre © comprimento real @ o seguinte: a) para um gancho, 8 vezes 0 raio interno, até o limite de 24 ©; b) para. uma dobra @ 90 , 4 vezes 0 raio interno da dobra, alé o limite de 12 Quando uma barra com gancho é utilizada em um apoio, o inicia do trecho curvo deve estar a uma distancia minima de 4@ sobre o apoio medida a partir de sua face. BABNT 2010 - Todos as sircitos resorvadas 3 ABNT NBR 15612-1:2010 Anexo A (infomativa) Dano acidental e colapso progressive AA Disposicdes gerais ‘As praserigBes aqui aprasentadas tém como abjetivas principals: a) evitar ou reduzir a probabilidade da ocorréncia de danos acidentais em elementos da estrutura; lb) evitar colapsos progressives de uma parte significativa da estrutura no caso da ocorrénela de danos. acidentais. Para tanto davem ser vorifcados pelo menos os casos contidos nos itens subseqientes © as providéncias ‘stabelocidas para cada um deles, A2 Danos acidentais A2.1 Danos jersos. Elementos estruturals que possam estar sujeltos a quaisquer agdes fora do conjunto que normalmente é considerado para as estruturas de alvenaria devem ser tratadas de forma cuidadosa e espe Esses elementos devem receber basicamente trés tipos de cuidados, que muitas vezes podem ser superpostos 8) protege contra a aluiagao das agdes excepcionais através de estruturas auxiares: 1b) reforco com armaduras construtivas que possam aumentar a ductiidade; +e) consideragae da possibiidade de ruptura dé tim elemento, computando-se 0 efeite dessa ocorréncia nos elementos estruturais da vizinhanea. A.2.2 Impactos de veiculos e equipamentos Precaugies especiais devem ser tomiadas em relagdo as paredes e pilares para os quais nao seja desprezivel a possibilidade de chaques provocadas por veiculos ou equipamentos que estejam se deslocando junto a estrutura Nos casos de elementos que possam ser submetides a impactos significativas, recomenda-se a adogdo de ‘estruluras auxiliares que possam impadir a possibilidade de acorrBncia desses impactos, ‘Quando estruturas auxiliares que previnam os danos acidentais nao puderem ser utilizadas de forma confiavel, as seguintes providéncias deverdo ser tomadas simultaneamente: a} 08 elementos sob risco devem ser reforgados ultilzando-se armaduras com uma taxa minima de 0,2 % da rea da serao transversal; b) as lajas dos pavimentos ¢ os elementos estruturais da vizinhanga devem ser dimensionados e detalhades de forma que os elementos passiveis de seram danificados possam sar retirades da estrutura, um de cada vez com coeficientes de seguranga reduzidos, ser que outros elementos do sistema estrutural atinjam um ELU. 36 SABNT 2010 - Todas os dirsitos reservados: ABNT NBR 15812-1:2010 A.2.3 Explosdes Paredes ¢ pilares ao lado de ambientes onde seja possivel a ocorréncia de explosées, por exemplo, cozinhas, laboratéries etc., devem ser considerados passiveis de serem danificados por esses efeitos, Para esses casos, todos os elementos que estejam ne entoyno desses ambiantes devem sar desconsiderados no sistema estrutural, um de cada vez @ com coeficiontes de seguranca raduzidos, sem qua outros elementos do sistema estrutural atinjam um ELU. A.3 Vetificagao do colapso progressive A3.1 Disposigées gerais No aso de dano acidental a um elemento estrutural deve:se garantir que sua ruptura ndo possa levar a ruptura de parte significativa da estrutura como um todo. AS .2 Coeficientes de seguranca para a alvenaria © dimensionamento des elementos de alvenaria estrutural, quanto ao carregamento produzido pela suposi¢go de retirada de um elemento danificado, deve ser realizado cansiderando-se 03 coeficientes jm igual a 1,0 para aalvenara € parao ago ey, igual a 1,0. A3.3 Verificagdo de pavimentos em concreto armado Recomenda-se para todos os casos ¢ exige-se para as regides onde hala elementos que possam softer danos acidentais, que os pavimentos possam suportar a auséncia de elementos de alvenaria que hes serve de suporte sendo dimensionados e armados. adequadamente para essa finalidade. Os elementos de suporte devem ser retirados. um de cada vez, € 0 caregamento pode ser considerado com yrigual a 1, BABNT 2010 - Todos as sircitos resorvadas 7 ABNT NBR 15612-1:2010 Anexo B {informativo) Alvenaria protendida B.1 Dimensionamente de alvenaria protendida B.1.1 Introducao A alvenaria protendida é recomendada para casos onde: inicialmente a tragdo 4 0 esforce predominante, situagSo ‘comum em paredes sujeitas a ages lalerais elevadas em relago ao carregamento vertical. So exemplos dessa situagéo muros de conteng3o como amimos @ silos, reservatérios de agua, paredes de galp6es sujeitos 4 ago do vento, entre outros. ‘0 dimensionamento é feito de forma que a forga de protensdo elimine a tragéo em servico no elemento de alvenaria B.4.2 Dimensionamento B..21 Floxdo © compressao Sao adotadas as seguintes condicdes: a) as hipsteses da 11.4 para alvenaria nde armada; b) em servico, nao sao permitidas tensGes de tragdo na alvenaria: 6) a tragda em catto nao aderide nao deve exceder 70 % da sua resisténcia ultima no instante da aplicagao da protensao; 4) a altura Util, d, da secao @ determinada levando am conta toda a liberdade de movimento dos cabos; Ba. 2 Forga de protensao 0 dimensionamento da forga de protensdo deve ser feito através da verificagéo de tragao nula em servigo. considerando as coeficientes de ponderacao em servico das acdes, com coeficiente de majoracao de esforcos. igual a 0,9 para efeito favoravel da forga de protensao e permanente. 8.1.2.3 Resisténcia da alvenaria ‘0 dimensionamento da alvenaria & feito como se esta fosse ndo armada, Deve-se verificar a resisténcia da alvenaria antes e depois da ocorréncia de perdas por protensdo, sendo permitide reduzir o valor do coeficiente de ponderagao da resisténcia da alvenaria em 20 % para verificapao da resisténcia antes das perdas, Deve-se levar em conta a forga de protansao na consideracao de esbeltez © possibilidade de ruptura por flambagem quando do dimensionamento da alvenaria, excelo se os cabos tiverem seu deslocamento lateral rastrito, Podem ser cansiderados restritos cabos que sejam totalmente envolvidos com graute, ou que sejam presos 8 parede, ou por grauteamento localizado ou pela utilizagdo de algum dispositive, em pelos menos ‘rés pontos intermedirias ao longo da altura da parede. 38 SABNT 2010 - Todas os dirsitos reservados: ABNT NBR 15612-1:2010 8.1.24 Verificagdo da ruptura © momento maximo aplicado (Ml) deve ser menor que © mamento ditimo (M,). Para o caso de secdes com largura uniforms tem-se X= Agtgg! fed) My = Apfurld-x!2) Onde for @ a fensdo nominal no cabo de protenséa, considerando as perdas de protenso; A, 4a drea dos cabos de protensto; dé altura itl da sega; fy @aresistincia 4 compressao da alvenaria; > éallargura da parede, Xa posigéo da linha neutra Em sees de largura nao uniforme deve-se adaptar a expressao convenientemente, 8.1.25 Gisalhamento Para verificagao do cisathamento & permitido computar a forga de protensdo (apés perdas) para o célculo do aumento da tensao devido 4 pré-compressae. B.1.2.6 Perdas de protensio As perdas de protensao devidas @ relaxagae do aro, deformagae eldstica da alvenaria, movimentagao higroscépica da alvenaria, fluéncia da alvenaria, acomadagio das ancoragens, atrito e por efeitos térmicos podem ser calculadas de acordo com os itens a sequir: a) deformacdo eléstica da alvenaria, movimentagde higroscépica, efeitos térmicos ¢ fluéncia; b) _atrito, acomodagao das ancoragens e relaxaco do aco; c) tensdo de contato; 4) ancoragem nos apoios; BA 4 Deformagao elastica da alvenaria, movimentacao higroscépica, efeitos térmicos o fluéncia ‘A perda de protensdo devida a deformacao elastica da alvenaria, movimentacao higrascépica, efeitos térmicos, fluéncia © retragdo, pode ser estimada pela expressao! Ao +B, Mhgkork,) AT + Cry) Onde Ac @a variagao média da tensdo de protensao; @, 6 a razao entre os médulos de elasticidade do ago e da alvenaria (quando a pratensao for aplicada com apenas um cabo adotar esse valor igual a zero, pois nao ha perda por deformacao elastica da alvenaria nesse caso}; ® ABNT 2010 - Todos os sircilas reservados 30 ABNT NBR 15612-1:2010 Gm é 8 tens de protensio inicial no centrbide dos cabos de prolensio; € a médulo de elasticidade do ago do cabo de protensSo; AT @ a variagdo da temperatura; ka @ 0 Coeficiente de dilatagdo térmica da alvenaria, em 6.2.2; kz Gocceficiente de dilataglo térmica do ago, podendo-se adotar o valor de 14,9. 10° mmimm! C; © Ga lluéncia especifica, C= 0.4 mmimMPa, BAD Atrito, acomodagao das ancoragens e relaxagao do ago As perdas por atrito, acomodacao das ancoragens e relaxagao do aco podem ser previstas de acordo com as recomendagées do concrete pratendide, Para o caso de alvenaria protendida com cabos retas e ndo aderidos, ndo existe perda por atrito, assim coma no ha perdas por acomodacao das ancoragens nos casos de protenssio, ‘com barras. B.1.27 Tensao de contato Sob a placa de ancoragem dos cabos deve ser execulada pelo menos uma fiada de alvenaria grauleada ou coxim ‘de concreto, devendo as tensdes de contato ser corretamente verificadas. B.1.2.8 Ancoragem nos apoios A ancoragem do cabo de protensao pode ser feita através de conjunte de placa e porca ou diretamente em base de concreto, B.2 Execugao de alvenaria protendida ‘Quando slvenaria & construids sobre as esperas dos cabos séo recomendadas emendas 3 cads 2,0 m Sempre que possivel, cabos posicionados denira de alvenarias nao grauteadas devem ser presos @ alvenaria, através do grauteamento localizado de alguns pontos ou através de outros dispositivas, em trés pontos ao longo da altura, ‘0s cabos emendas devem ser protegidos contra corrosao. A aplicagao da protensdo pode ser feita de maneira tradicional utlizando-se macacos hidrdulicos ou através de ‘Yorquimetros quando 0 nivel de protensao nao é elevado. Quando é utiizade torquimetro sao fellas as seguintes consideragdes: a) recomendada a ulilizagdo de indicadores de trarao direta (ITD) para medir a forga de protensdo; quando nao previstos deve-se considerar um erro de 30 % (para limite inferior & superior) no dimensionamento da forga de protensao; b)_ em todos os casos deve ser prevista uma aruela de grande dureza (HRG = 50) entre a porca ¢ a placa de ancoragem ou enire a parca e o ITD; ©) quando uilizados torquimetros manuais, um multiplicador de torque pode ser acoplado ao torquimetro para faciltara operagao, 4} para escotha do torquimetro @ multipicador de torque pode-se prever uma faixa de torque entre 0,15 8 0,35 x didmetro da barra « forga de protensao; ¢} as barras utilizadas para protensao davern estar limpas, livres de corrosao ou irregularidades e a extremidade a ser protendida deve ser engraxada, 40 SABNT 2010 - Todas os dirsitos reservados: ABNT NBR 15812-1:2010 ‘Antes da protensao deve ser verificada a resisténcia 4 compressao da alvenaria. Para minimizar os efeitos de fluéncia sda recomendadas idades minimas para protensao iguais a sete dias. E interessante realizar uma pré-protensao aos és dias, com parte da forga prevista, par exempla, 20 ‘, para acelerar as deformagSes iniclais por fluéncia ¢ também para garantir uma certa estabilidade em paredes com pequenas idades, Para evitar perdas de protensao devidas a variagaa de temperatura, deve ser evitada a realizagao da operarao do protensao em dias muitos quentes ou pelo menos deve-se fazer essa operagao om hardrios de menor calor nesses dias. No devem ser realizadas protensGes em paredes umidas E admitide um erro maximo no posicionamento dos cabos de protensao igual a 0,5 cm para segdes com dimensdo inferior a 20 cm, no plano de flexao; ¢ 1,0 cm para dimensdes superiores. Em caso de ocorréncia de erras maiores deve-se informar 0 projetista da estrutura € ser feita revisao dos caiculos. [BABNT 2010 - Todos os ris reservados 4

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