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JOPAT— Repertiole da Normaltzacho — Av. CDU 001.4:674.03,004.64 paren ANOMALIAS E DEFEITOS DA MADEIRA | NP-180 DEFINITIVA 1962 Anomalies et détaute des bole § iH i | usudrios na apresentaco das diversas questdes de uma forma mais esclarecida e acessivel, inclui- OBJECTIVO ‘A presente norma destina-se a fixar a terminologia das anomalias e defeitos das madeiras de obra e de construgio. Ainda que ela diga fundamentalmente respeito a defeitos, julgou-se indispensavel considerar ‘também as anomalias, as quais podem estar ou nao relacionadas com defeitos do ponto de vista da utilizagiio do material Ienhoso, De facto, existem defeltos que nem sempre correspondem @ ancma- jigs, e anomalias h4 que umas vezes prejudicam, outras valorizam as madeiras, e neste caso teriam que ser exclufdas de uma enumeracdo de simples defeitos. 2— GENERALIDADES Hé anomalias e defeitos que sio devidos a particularidades estruturais, isto é, manifestam-se por disposigdo particular dos tecidos lenhosos no podem ser evitadas por intervengoes téenicas anteriores ou posteriores ao abate da arvore, Na sua maior parte tais anomalias e defeitos mani- festam-se j& durante a actividede vegetativa da planta e sto devidos 2 fendmenos bioligicos de erescimento quando néo mesmo as varias influéncias de agentes externos, Alguns sio até comuns a todas as plantas de uma dada espécie e determinam-the qualidades tecnolégieas que tanto podem limitar aplicacio da sua madeira para determinados fins como valorizila para outros empregos. ‘Outras anomalias e defeitos ha que sio devidos a causas externas que no provocam alteraglo na disposig&o normal dos tecidos Ienhosos. Hstes manifestam-se sempre por diminuicdo do valor tecnolégico da madeira. Para enumeragdo das anomalias © defeites utiliza-se a seguinte articulacio: A—ANOMALIAS E DEFEITOS RELACIONADOS COM A ESTRUTURA DO LENHO OU COM PARTICULARIDADES DA MORFOLOGIA DA ARVORE. B—ANOMALIAS E DEFEITOS RESULTANTES DE PRATICAS CULTURAIS, DE ACI- DENTES METEOROLOGICOS OU DE OUTRAS INFLUSNCIAS EXTERNAS. C—ANOMALIAS E DEFEITOS DEVIDOS AO ATAQUE DE FUNGOS OU DE ANIMAIS ‘XILGFAGOS. D—ANOMALIAS E DEFEITOS DEVIDOS AO ABATE, A SECAGEM E A LABORAGAO. ‘De cada uma das anomalias ¢ defeitos serd utilizada a denominagio que se tem por mais ajus~ tada ou mais vulgar. Inseriram-se também, sempre que se julgou conveniente, OUTRAS DENOMINACOES», além do termo normalizado, para permitir uma identificacdo mais fécil do defeito ou anomalia tendo em atengSo os termos de uso corrente e certas designagses que 6 habito aplicar como tradugio da es. trangeira, Por se tratar duma primeira publicacdo desta norma e se ter reconhecido vantagem para 0s vram-se a titulo subsididrio as «CAUSAS» e «CONSEQUENCIAS, das diferentes anomalias e defeitos. estado actual de conhecimentos nem sempre permite, porém, referir concretamente as causas de alguus destes aspectos. 3—ANOMALIAS E DEFEITOS RELACIONADOS COM A ESTRUTURA DA MADEIRA OU COM PARTICULARIDADES DA MORFOLOGIA DA ARVORE Sst — ANEL LARGO Outras denominagées: Veio largo; madeira brésea; fibra frouxa. (Continua) Eetadade pels Comido Téesiea isis do ehnomaline Port, 9 19382 de =| | Forgaguase de Normai- ‘Rational Toner aa 2 0 REPRODUCKO PROIBIDA Baieio Dez. 1962 CDU_001.4:674.03.004.64 ‘NP - 180 (1962) p. 2 Definigéo: Camadas de ereseimento de espessura superior 4 do desenvolvimento normal ca- racteristico da espécie. Causas: Desenvolvimento particularmente répido devido a condigées ecoligicas ou de trata- mento, Consequéncias Nas resinosas: Madeira geralmente menos densa, menos retréctil, menos resistente @ menos duravel, Nas folhosas: Melhores caracteristicas mas retracgfio maior, 22— ANEL ESTREITO Outras denominagées: Veio compacto; veio miudinko, Definigéo: Camadas de crescimento regulares e de espesstra inferior & do desenvolvimento normal caraeteristico da espécie. Causes: Desenvolvimento particularmente lento devido a condigdes eeoldgicas ou de tratamento. Consequéncias: ‘Nas resinosas: Madeira mais densa, retractil, resistente e duravel. Nas folhosas: Implica geralmente uma diminuiggo de qualidades. 33— EL DESIGUAL Outra denominacko: Veio desigual. Dofinigéo: Acentuada variacio, gradual ou repentina, na espessura das camadas de erescimento. Causas: Modo de tratamento e alternaneia irregular de condigées de vegetagio mais e menos favoraveis. Consequéncias: Maior tendéncia para empenos e fendimento da madeira na secagem, Predis- posicdo ao descolamento de camadas lenhosas. 84.— ANEL DESCONTINUO Outras denominacdes: Camada de creseimento em linula, Definieao: Secedo transversal duma camada de erescimento incompleta, Cousa: Irregularidade de crescimento, Consequéncia: Fuste com erescimento exeéntrico, 25 — FIO ONDULADO Outras denominacdes: Fio ondeado; veia ondeada. Definiedo: Disposicio ondulada das fibras na direcgio axial da arvore, Causes: Fisiolégicas ¢ caracteristicas hereditdrias, | Consequéncias: Aparicio de superficies com desenhos do tipo ondeado nas madeiras serredas. Nao diminui gezalmente o valor da madeira as vezes é procurada pelos marceneiros © fabrican. tes de instrumentos musicais. 38 — FIO TORCIDO Outras denominagSes: Fio torso; fio espiralado; veia torsa; veia torcida, veia espiralada; fibra torsa, Definigéo: Disposicao das fibras em hélices de maior ou menor passo, Sinais exteriores: Mar- cas helicoidais na casea ou fendilhamentos helicoidais nas drvores deseascadas, Cousoante o desen- rolar da hélice o fio torckio toma nomes particulares: Se a hélice sai de baixo para cimae da direita Para a esquerda chama-se «fio toreido em S»; se sai de baixo para cima e da esquerda para a direita — «fio toreido em Z». Finalmente se se revelam alternadamente torgdes em Se Z dé ori= gem 20 defeito 3.7. Cousas: Fisiolégicas, possivelmente hereditarias ou estimulos vérios do ambiente externo ainda mal conhecidas, Consequéncias: Madeira pesada, compacta e pouco elastiea, Dificil de trabalhar particular- mente & «fendas, Nem sempre tem grande inconveniente quando o troneo ¢ empregado inteiro ou quase intefro. Por vezes procurada para folheados, (Continua) Bicao Dez. 1962 TBaitcne) Taeho, baa Oo, TENE =O AT ERS FWY = ERE ERT IST IGPAT—Repartlcto Ge Nornaliasho— Av, do Bema, 1— LISBOA — Portoeal ODU_001.4:674,03.001.64 NP - 180 (1962) p. 3 7 FIO REVESSO Outras denominagdes: Contrafio; fio entrecruzado. Definigéo: Fio toreido alternadamente para um e outro lado, em camadas de crescimento su- cessivas. D4 lugar, nas superficies serradas, a deseahos listados. Muito frequente sobretudo em madeiras tropicais. Causas: Ainda desconhecidas, mas possivelmente devidas a caracteres hereditérios e estimulos do ambient: Consequéncias: Difieulta o trabalho da madeira, mas pode valorizé-la pelos seus efeitos deco- rativos, 24 — FIO IRREGULAR Outra denominacgo: Veia emaranhada. Dofinigio: Orientacio irregular e disposigao desordenada das fibras. Causas: Hereditérias e fisiolégicas, Consequéncins: Dificuldades na preparagio das pecas e aparecimento de alguns desenhos (olho- -de-peniiz, mosqueado, etc.) apreciados para certos fins. 39 MADEIRA REVESSA Definigtio: Madeira que apresenta qualquer dos defeitos 8.5, 8.6, 3.7 ¢ 8.8, Segundo a disposi- gio das fibras assim se podem ter madeiras; , «listadasy, «lanosass, etc. Cousas: As citadas para os defeitos 3.6, 3.7 © 3.8. Consequéncia: Dificuldade na laboragio. As madeiras tornam-se impréprias para certos trabalhos, mas, em contrapartida, so por vezes procuradas para a marcenaria, fabrieo de instrumentos musicais ¢ folheados. 310—MaDEMRA BoRNUDA "* Outra denominacéo: Madeira alburnosa. Definigéo: Madeira com elevada pereentagem de camadas de erescimento ainda nao duramini- zades. Causas: Corte demasiadamente precoce e estimulos exteriores (abundancia de 4gua, fertilidade do solo, ete.) Consequéncias: Desvalorizagéo da madeira, sobretudo por apresentar menor durabilidade, Tem todavia a vantagem de ser mais facilmente impregnavel por produtos preservadores. 3.11 — FALSO BORNE, Outra denominacio: Duplo borne. Definigao; Presenga no interior do cerne de alguns anéis de creseimento completes ou incom. pletos, com o aspecto de borne, Néo se anuncia por qualquer sinal na Arvore, mas, em secg6es freseas, o falso borne distinguese pela sua cor clara ou carregada por alteracio. Causes: Provavelmente meteorolégicas: Grendes frios que perturbam localmente 0 processo norma} de duraminizagio do borne, Consequénciag: Defeito raro, mas grave em virtude da facilidade de alteracio do borne. Dé lugar & rejeigéo das pegas para carpintaria e para todo 0 emprego cuidado, 312 —FALSO CERNE Definigéo: Lenho de aspecto cerneiro que ocorre na poreo média da seeeio transversal do ‘tronco nas espécies que normalmente ndo possuem cerne diferenciado, Assemelha-se a este pela sua posigao ¢ cor, mas difere noutras propriedades. Causas: Ainda nao bem conhecidas. Parece ser, sobretudo, de origem patogénica (ataque de fungas) ou fisiolégica. Consequéncins: Desvalorizacdo varlavel conforme as esséncias, as eausas ¢ os empregos. Pre- judiea sobretudo por poder diminair a durabilidade natural e a permeabilidade aos liquidos pre- servadores, (Continua) Eikoral Empivo, Cla 1060 @= aigio Dez. 1962 eee CVU _WU1.A:674.03.008.64 NP - 180 (1962) p. 4 18 — INCLUSOES MINERAIS. Definigéo: Depésitos minerais inclusos nas cétulas. Causas: Hereditdrias ou mesolégicss, nomeadamente edaficas. Consequéncias; Diticuldades de Iehoracdo, Em certos casos nio constitui defeito, sendo até apreciada a sua presenga por aumentar a resisténeia das madeiras aos agentes destruidores (es- tacaria de obras portudrias, etc.). 314 — CONCRECOES MINERAIS Definigéo: Depésitos minerais inclusos em cavidades acidentais da madeira (fendas, galerias de insectos, cavidades trauméticas, ete.), Causas: Hereditarias, fisiolégicas ou externas (traumatismos). Consequéncias: Desperdicios © difieuldades de laboracio. 3.15 — SOLDADURA Definigéo: Unido de dois fustes ou de um fuste e um ramoque que, ao desenvolverem-se, se in- terligam intimamente, formando um todo tinico. Pode ser (4.7), podendo apresentar-se em faces opostas duma peca de madeira (bolsa de resina repessada). Causas: Traumatismos, Consequéncias: As indieadas em 4.5. —Fenda de resina Outras denominagées: Tragos de resina. Definigdo: Acumulagées localizadas nos tecidos lenhosos de resina que exsuda nas superficies longitudinais das peeas com 0 aspecto de tragos ou riseos. Causas: Ainda mal conhecidas. SupGe-se que sejam devidas a feridas, resinagem e ataques parasitarios, Consequéncias: As indicadas em 45. (Continua) () ‘Velamse casos particulares em subdivisies deste capitulo Rivera Taira Lan 9060 a= Biicdo Dez. 1962 ODU_001,4:674.03.004.64 NP - 180 (1962) p. 10 454— Mancha de resina Definigéo; Acumulac3o localizada de resina nos tecidos lenkosos, com a forma de nédoa irre- gular mais ou menos extensa. Caugas: As indicadas om 4.5.3. Consequéncias: As indicadas em 4.5. 46 —INCLUSOES DE GOMA (*) Outra denominacdo: Derramamentos gomosos Definigéo: Acumulagies anormais de gomas ou létex nos teeidos lenhosos das folhosas. Cousas: Supdese que seam devidas a feridas, ataques parasitdrios e ainda a solicitacses, mecanicas como o vento e o peso da neve. Consequéncias: Depreciago da madeira para trabalhos de marcenaria, folheados ¢ contrapla- cados. 461—Bolsa de goma Definigio: Cavidade do lenho das folhosas preenchida por gomas, Causos: Como em 4.6. Consequéncias: Como em 4.6. 462 Fenda de goma Definigio: Fenda radial do Jenho das folhosas preenchida por goma, Causas: Como em 4.6, Consequincias; Como em 4.6. 463—Riscas de goma Definigéo: Teagos devidos a intersecedo longitudinal de canais, normais ou trauméticos, chefos de goma no lenho das folhosas. Cousas: Como em 4.6. Convequéncias: Semelhantes As indieadas em 4.6, mas menos graves. —INCLUSAO DE CASCA Outra denominagSo: Casea inclusa, Definigao: Poredo de casca completamente envolvida pelo tecido lenhoso, Andlogo em certos aspectos a0 citado no niimero 3.15, quando se apresenta «sem a eliminagdo da casca intermédias. Causas: Crescimento irregular do fuste por morte de zonas limitadas ao cambio devida a va- vias circunstancias (traumatismos, soldaduras, cordas, tumores, etc.). Consequéncias: Enfraquecimento dos toros. Reducdo das pecas serradas. Perdas consideréveis na serragem, Favorece 0 apodrecimento. TENTS VORTIN BE Wy = ORION OF OMT VST 48 —INCLUSAO DE CORPOS BSTRANHOS Outra denominagio: Corpo estranho incluso, Definieéo: Presenca de corpos estranhos nos tecidos lenhosos e por eles reeobertos. Causas: Pregos, parafusos, projéeteis, peilras, ete. Conaequéncias: Dificuliades na serragem, danos nas servas e desperdicio de madeira. 49 — cICATRIZ Outras denominagées: Calo, calosidade, Definiedo: Formacio que se desenvolve para proteger uma parte do Ienho descoberto deixando ‘em geral pereeber o acidente que the deu origem. (Continua) () Vejamse casos particulares em subdivisées deste ca Saigo Dez. 1862 Baltoral Tepero, Lan 2000 ee sco — Av, de Rema, 1 — LISHOA.A— Portueat 1GPAL—nepmrtete do_ Noon CDU_001.4:674.03,004.64 NP - 180 (1962) p. 11 Causas: Feridas ¢ lesdes, geralmente traumaticas e de consideravel extensio, Consequéncias; Desperdicios e depreciacio da madeira. 4.10 — ESCALDADURA. Outra denominagio: Escaldao. Definigao: Conjunto de tecidos mortos por calor ou frio excessivos mas sempre sem percepti- vel carbonizagéo da madeira, Pode tomar nomes particulares eonforme a causa: assim se é moti- vada pelo sol chama-se cescaldadura de solo; se 6 devida A geada cesealdadura de geadas Causas: Fogo, sol ou geada, Consequéncias: Perda de qualidades ¢ desvaloriaaco da madeira, Desperdicios. 411 — QUEIMADURA Outra denominagdo: Madeira queimada, Definigéo: Carbonizagao dos tecidos Ienhosos em extensio e profundidades variaveis. Causa: Fogo. Consequéncias: Perda total da madeira nas extensées queimadas, Desperdicios na serragem e dificuldades de laboragao. 412 — FENDAS (*) Definigdo: Solugdes de continuidade no lenho segundo superficies longitudinais. Cousas: Tensdes internas na arvore devidas a dessecactio, choques esforcos mecanicos, Estes factores podem actuar isoladamente ou associados. Consequéncias: Desperdicios, depreciagio geral da madeira e aumento de susceptibilidade aos agentes destruidores, 4121 — Fenda, radial Definigéo: Fenda segundo um plano radial do lenho, Causas: 0 mesmo que em 4.12, Consequncias: As que se indiearam no easo geral 4.12. AUD. — Fenda perifériea Outra denominago: Fenda externa. Definigdo: Fenda radial, mais ou menos profunda, que parte da periferia sem atingir o cen- tro do troneo, Nota-se muitas vezes no exterior pela fenda, ou pela proeminéneia formada pelos tecidos de recobrimento que chezam ou nio a soldar e exsudam liquide. Pode tomar ainda nomes particulares consoante a causa que lhe deu origem: «Fenda de gelos e «Fenda de ealors. Causas: As mesmas que em 4.12, Consequéncias: AS mesmas que em 4.12, 4121.2 — Fenda central Definigao: Fenda radial que parte do centro sem atingir a periferia do tronco. Consoante 0 seu desenvolvimento, estado importancia tomam os nomes particulares que a seguir se indicam (412.121 ¢ 4.12.22), Causas: As mesmas que em 4.12 e a seguir decrepitude mais ou menos avancada conforme 05 4505. Consequéncias: As mesmas que em 4.12. 4121.21—-Fendas em pé-de-galinha Definigdo: Conjunto de fendas centrais, Causas: As mesmas de 4.12. (Continua) (©) Vojam-se casos particulares em subdiviedes deste capitulo. Para as fondas originadas na made secagem, veja-se a seesio 66 © suas subdivisies, 2 por ‘torial Tapio, bee. 1000 ox Dee. 1962 CDU_001,4:674.03.004.64 NP - 180 (1962) p. 12 Consequéncias: Depreciagio da 4rvore consoante as dimensdes das fendas. Grandes desperdi- cios de serragem, 4121.22 —Fendas em quadrante Definigo: Conjunto de numeroses ferdas centrais acompanhadas doutras fendas menos ex- tensas 2 cujas paredes se apresentam ressequidas ¢ estaladas. Muitas vezes a este defeito esta asso- ciado ura comego de decomposigio e Zendilhamento dos tecidos lenhosos vizinhos, Considera-se em xeral, como um estado avangado do defeito anterior: Fendas em péde-galinha (4.12.1.2.1) Causas: As mesmas que em 412, agravadas por decomposicao dos tecidos lenhoso: Consequéncias: Em geral madeira inutilizavel, salvo como lenha. Fenda anelar Outra denominagéo: Fenda em meia lua. Definigdo: Solucso de continuidade entre duas camadas de crescimento sucessivas, e que pode ser total (cireular) ou parcial (em arco de cfrewlo). A medeira que apresenta este tipo de fendas da-se algumas vezes os nomes de . Consequéncias: As mesmas que em 52.1.8 — Podridio fibrosa Definigio: Podridao em que o lenho toma um aspecto fibroso. Cousas: Alguns fungos da com o . Causas: Como indieado em 6.7. Consequéncias: Como indieado em 6.7. 6-14 —Empeno em hélico OPAL Repartiso de Mormalligglo— Av, de Berna, 1— LISBOA-1 = Portuent Oubra denominagdo: Empeno em saca-rolhas. Definigéo: Eneurvamento helicoidal da peca. Causas: Como indicado em 6.7. Consequéncias: Como indicado em 6.7. 68-—ASSADO DE ESTUFA Definigdo: Escurecimento anormal da superficie da madeira durante a secagem artificial. Causas: Secagem artificial a temperatura excessiva. Consequéncias: Por veres diminuigio de valor pela alteragio do aspecto, 69 — QUEIMADO DE ESTUPA Definigéo: Carbonizagio incipiente da madeira durante a secagem artificial. Causas; Temperatura excessiva durante a secagem artificial, Consequéncias: Perda de qualidades e depreciagao variavel com o grau de carbonizacio. (Continua) (*) Vejam-se subdivisies deste capitulo, Baieko Dez. 1562 | CDU _001.4:674.03,004.64 NP - 180 (1962) p. 18 6.10 — COLAPSO Definigio: Deformacio anormal das pecas de madeira, ocorrida durante a secagem, acompa- mhada de enrugamento da superficie e fendas internas e com alteragao de forma dos elementos le- mhosos. Causes: Especiticss Consequéncias: Dificuldade de corte e grande perda de qualidades. Depreciagio grave, que pode chegar a ser total, 611 —FALHA Definigao: Defeito de leboracio caracterizado pela falta de madeira nas arestas, faces ou extremidades das peeas. Causas: Impericia ou desatencio dos operarios, durante a serragem, prdticas imperfeitas, efeitos ou folgas nas maquinas e ferramentas. Consequéncias: Perda de madeira, diminuicgo das dimensées comerciais das pegas, ou origem de madeira de escolha inferior. 612 — DESCATO Outra denominagéo: Madeire falheira, Definigéo: Parte remanescente da superficie do toro numa pega de madeira serrada, Causas: Corte defeituoso para maior aproveitamento dos tores. Consequéncias: As indicadas em 6.11. 6.13 ~DESVIO DE DIMENSOES Definigdio: Defeito de laboragio que consiste na obtengio de pegas sem as dimensées con- tratual Causas: Impericia ou desatencdo dos operdrios, praticas imperfeitas, defeitos ou folgas nas méquinas e ferramentas ¢ ainda a preparacio das pecas em condigdes de humidade no adequadas 20 fim em vista (perda de dimensdes por retracgio). Consequéncias: Rejeiclo da madeira perante os contratos e sua consequente desvalorizacéo por se ter de aproveitar para outros fins, Implica sempre desperdfcios. 6.14 — FIO DIAGONAL. ‘Outra denominagio: Veia cortada. Definigéo: Corte mal alinhado em relacdo ao eixo da arvore ¢ ainda a serragem de madeiras com os defeitos apontados em 3.6, 8.7, 2.8, 8.9, 8.25, e 3.26 que originam também um corte obliquo dos elementos fibrosos. Causas: Desenvolvimento defeituoso da veia ou outro motive que ndo permite a serragem a fic. Consequéncias: Diminui a resistencia das pecas e ocasiona desperdicios de serragem ¢ difi- culdades de acabamento, Pode conduzir a descolamentos localizados nas camadas de ereseimento. FRR S VOI Be WV OP MMN PNT WAT 6.13 — DESVIO DE CORTE Definigao: Defeito de serragem que se manifesta por um pereurso irregular da linha que a serra seguiu, dando lugar a variacdes de dimensies. Causas: Deficiente preparacao das ferramentas; impericia ou desatengio dos operdrios. Consequéncias: Grande desvalorizagio das pecas que tém de sofrer nova serragem ou pro. fundo desbaste, encarecendo-as ¢ originando avultado desperdicio de madeira, 6.15 MADEIRA ARREPELADA Definigiio: Detei pegas. Causas: Impericia ou desatencio dos operarios e mas condigées das maquinas ¢ ferramentas, Consequéncias: Depreciagio, Desperdicios e agravamento do custo no acabamento das pegas. de laboragdo que se traduz pelo levantamento das fibras nas faces das (Continua) ia Der, 1982 Batorial Tesisio ban F000 JOPAS-— Repurtggo de Normallisglo — Av, do Boma, 1—[LASHOA-1 — Portugal CDU_001.4:674.08,004.64 NP - 180 (1962) p. 19 6.17 —RESSALTOS Definigdo: Defeito de serragem caracterizado pela oxisténcia de degraus na superficie de corte, Causas: Como indicado em 6.16. Consequéncias; Como indicado em 6.16. 618—RISCOS DE SERRA Definigdo: Sulcos deixados nas faces das pecas pelos dentes da serra. Causas: Preparacio defeituosa das ferramentas (trava desigual da serra). Consequéncias: Ma apresentagio da madeira serrada; em certos casos desperdicios e dificul- dades de acabamento. 6.19 — RISCOS DE PLAINA Definigao; Defeito de aplainamento que se traduz pela existéncia de riseos na superficie aplainada, Causas: O mesmo que se disse em 6.16. Consequéncias; Depreciagio das pecas. 620 — RUGOSIDADES Definigao: Defeito de aplainamento que se manifesta pela existéncia de rugas mais ou menos irregulares na superficie das pecas. ‘Causas: 0 mesmo que se disse em 6.16. Consequéncias: Depreciacio das pecas. 621 — FALHAS DE PLAINA Defiriggo: Manchas ésperas na superficie aplainada por os ferros néo terem actuado nessas onas. Cousas: O mesmo que se disse em 6.16, ¢ dimensées irregulares das pegas. Consequéncias: Depreciacéo das pecas. 7— INDICE ALFABETICO ‘A indicagdo numérica que se segue a qualquer anomalia ou defeito constante deste indice, corresponde a numeracdo progressiva das secedes desta norma, onde ele vem citado. Os nomes destacados correspondem as designagdes normalizadas das anomalias e defeitos. Os nomes escritos em minisculas sdo, ou outras designacies atribuidas as anomalias e defei- tos citados no pardgrafo anterior ou casos particulares deles. A © ANEL DESCONTINUO —34 Cato 49 ANEL DESIGUAL —33 Galosidade vr Ane eee aoe Camada de crescimento em linula—3. ANEL LARGO —31 CANCRO asa ‘ARDIDO —525 — GaRDIDO Assado —525 — Careta ASSADO DE ESTUFA —68 Casea inclusa AZULADO eae CAVIDADE DE ABATE, B CAVIDADE DE N6 —819 CICATRIZ —49 BAIONETA 42 COLAPSO —6.10 BOLSA DE GOMA —461 CONCREGOES MINERAIS —314 BOLSA DE RESINA —451 — Contrafio <3 Buraco de 26 3.19 Corpo estranho incluso —48 (Continua) ‘aleral Tapio, Tan 0 = Baicdo Der. 1962 DU _001.4:674,03.004.64 D DESCAIO Derramamentos gomosos DESVIO DE CORTE DESVIO DE DIMENSOES Duplo borne E EMPENOS EMPENO EM ADUELA EMPENO EM ARCO Empeno em cimbre EMPENO EM HELICE EMPENO EM MEIA-CANA Empeno em saca-rolhas ESCALDADURA Bsealdo ESTRANGULAMENTO EXCRESCENCIA F Facada de resina FALHA FALHA DE ABATE FALHAS DE PLAINA FALSO BORNE, FALSO CERNE FENDA ANELAR FENDA CENTRAL FENDA DE ABATE FENDA DE GOMA FENDA DE RESINA FENDAS DE SECAGEM Fenda em meia-lua Fenda externa FENDA PERIFSRICA FENDA RADIAL FENDA SUPERFICIAL FENDAS FENDAS EM PS-DE-GALINHA FENDAS EM QUADRANTE FERIDAS FERIDA DE RESINAGEM Fibra frouxa Fibra torsa FIO DIAGONAL Fio entrecruzado Fio espiralado FIO IRREGULAR Fio ondeado FIO ONDULADO FIO REVESSO FIO TORCIDO Fio torso FISSURA DE ABATE Bicio Dez. 1962 612 —46 6.15, 6.18 8.11 67 613 612 612 674 641 614 4.10 4.10 44 48 NP - 180 (2962) p. 20 FISSURA DE COMPRESSA0 — 4.18 FORQUILHA 3.26 FUSTE ACHATADO 322 FUSTE CANELADO 821 Fuste com coracao a0 lado 325 Fuste com cordas — 321 FUSTE COM MEDULA EXC8N- TRICA 3.25 FUSTE ESCASSO 324 Fuste estriado —321 FUSTE TORTO 3.23 H Humado 51d 1 INCLUSAO DE CASCA 4 INCLUSAO DE CORPOS ESTRA- NHOS INCLUSOES DE GOMA INCLUSGES DE RESINA INCLUSOES MINERAIS L LENHO DE COMPRESSAO 3.16 LENHO DE TRACGAO 3.17 Lenho prateado 3.17 Lenho vermelho 3.16 Lendoso 5.26 Lesées 414 M Madeira alburnosa 8.10 MADEIRA ARREPELADA 6.18 MADEIRA BORNUDA 3.10 Madeira brdsea 81 MADEIRA CARUNCHOSA 56.1 MADEIRA DE ARVORE MORTA—4.1 Madeira falheira 612 MADEIRA INFESTADA 56 ‘Madeira queimada 401 MADEIRA REVESSA 39 MADEIRA VERDE 65 Mécula medular 55 MANCHAS 51 MANCHA DE RESINA 454 N NINHO DE NOS NO aderente NO CIRCULAR N6 comprido (Continua) SOE TVS ST RE OV = OEOTNON OP OTIS BVADT Baitorial Impeno, Lda 2000 CDU_001.4:674,08.004.64 ‘NB - 180 (1962) p. 21 NO DE ARESTA 3184.1 PODRIDAO COMPLETA 52238 N6 DE CANTO 318.43 PODRIDAO CUBICA 5231 N6 de cara 31842 PODRIDAO FIBROSA 52.83 No DE FACE Podridio gomosa 5242 N6 de junta PODRIDAO HUMIDA 5242 NO DEITADO PODRIDAO INCIPIENTE 5221 N6 ELAPTICO PODRIDAO LAMELAR. 5234 NO FENDIDO PODRIDAO SECA 5241 Né6 fixe PROTUBERANCIA 43 N6 FIRME N6 INCLUSO @ N6 ISOLADO N6 LASCADO QUEIMADO DE ESTUFA —69 6 morto QUEIMADURA 411 N6 oval NO PODRE BR @ NO rachado =| No redondo RACHA 6.6.1 #| No REPASSADO RESSALTOS —6.17 a] NO SKO RISCAS DE GOMA 463 3| No SOLTADIGO RISCAS DE RESINA 453 & solto RISCOS DE PLAINA 619 i| No vivo RISCOS DE SERRA 618 =| NODULO MEDULAR RUGOSIDADES, 620 i) Nos ®| NOS AGRUPADOS s S| Nos em bigode 2] Nog EM ORELHAS DE LEBRE—3.1855 SOLDADURA 315 | t a q ° T 2) OLHAL DE NO 3.20 ‘Tragos de resina 4 TUMOR a Pe 3 v | Pau agucado 8) Pau oval Veia emaranhada —38 *l Pau torto Veia espiralada —36 Paus ligados Veia ondeade —35 | PERFURACAO DO VISCO Veia torsa —36 PICADA DE AVE Veia torcide —36 Pique Veia vermelha —3.16 PODRIDOES Velo compacto —32 PODRIDAO ALVEOLAR Veio desigual —33 : PODRIDAO AVANCADA Veio largo 81 ; PODRIDAO BRANCA Veio miudinho —32 PODRIDAO CASTANHA VERTICILO DE NoS 3.18.54 Ealiral apne, Lan ow oe Smaras enn isen,

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