You are on page 1of 32
JOSE SARAMAGO © EMBARGO 1973 nes was) Acordou com a sensacHo aguda de um sono degolado e viu diante de si a chapa cinzenta ¢ gelada da vidraca, o olho esquadrado da madruga- da que entrava, livido, cortado em cruz e escorrente de transpiracao condensada. Pensou que a mulher se esquecera de correr o cortinado ao deitar-se,e aborreceu-se: se n&io conseguisse voltar a adormecer jd, acabaria por ficar com o dia estragado. N&o teve Animo para levantar- -se, para tapar a janela: preferiu cobrir a cara com o lengol e virar- -se vara a mulher que dormia, refugiar-se no calor dela e no cheiro dos seus cabelos libertos. Este“ainda uns minutos & espera do sono, inquie- to, temendo a espertina matinal, Nas depois acudiu-lhe a ideia do casu- lo morno que era a cama e a presenca labirintica do corpo a que se en- costava, ¢, quase a deslizar num cfirculo lento de imagens sensuais, tor- nou a cair no sono. 0 olho @m cinzento da vidraca foi azulando aos pou- cos, fitando fixo as duas cabecas pousndas na cama, como restos esqueci- dos de uma mudanca para outra casa ou para outro mundo. Quando o desper- tador tocou, passadas duas horas, o quarto estava claro. Disse & mulher que n&io se levantasse, que aproveitasse um pouco mais da manhd, e escorregou para fora da cama, para o ar frio, para a humidade indefinivel das paredes, dos puxadores das portas, das toalhas da casa de banho. Pumou o primeiro cigarro enquanto se barbeava e 0 se~ gundo com o café que entretanto aquecera. Tossiu como todas as manhis. Depois vestiu-se As apalpadelas, sem acender a luz do quarto. N&o queria acordar a mulher, Um cheiro fresco de 4gua-de-colénia alastrou na penum- \B | eb eaeeth oty © cRbLopAR nome cv sh eftms SByuamse & woo vebtonh | Bee a) oatheeper adilo co .myshiv Wh abecey © xaaanin egeds © te | enlieneed sh stiwarodne = mets mp obeteoo .ohivEl .evetiae sup ab } pbuintittes 9 ce0x00 26 mresecrse 26 ieclie sup wosMsT .whesnshnos “PRGRERORS, 6 MOY meetunonoim ON we tee-WERSTIOSD >.59-TaI)6b | (S18) ORUNR SWAT ON .oneMRC7Se BED o BOD TeOL? T8q atTadese | p Meee! ® wos eies eeahades weastezq :el=na # ayes ered ,2e- ‘on © Binh Tofeo om SunuEycNy .eteroh aun nL & Pm s8~ ; shone a wnngne & wodunte naw aButM Tato .eodsedtt eatedne neem i + enepect ef ofnel ofusite sun zezttesh © eanus .& .avetaoO # eiaaloxa tet ayethiy eb ofnmenis #& cle O .onoe on thes © wan mosbe1 omeo .SmH2 on AsBeeuOg weyedeD mast es OXLT nbnettT .s03 | Bieta © oteeee .ofaet 0290 fey Oo éde> ettv Meg sole wer oh nob -OTEI9 OVERS OP IALIN O .ReTOM ROL OMBRAERT .vODoF TOhat SOT TA eed twee sup .seneoAWsT oe OF mE teMton ¢ omatt ‘Seeay joist tbo aman .2mno ab SST w1s KoReTInoND © Anne oh ote nates heh -eAPtng eat meschanng aah ,ashetme neh bavtntienns stettowc ‘D> PyendTA se oJhmgne OTIAR IO OTisOetD © woRT orm wh eRe at “LAEIN OF =H owt onnm KAEOT .eTeneURe Of cAIeATOS sup BTh> o Pon ohne jp OR od avE Oh Ae A tenance osm ,eatahegtege né saqvttene etogsl eo worteel@ sihitos-e5-eumk ©6 osestt ortein oll stedfoo 5 taba bra, © isso fez que a mulher suspirasse de contentamento {ntimo quando ele se debrucou na cama para lhe beijar os olhos fechados. E ele sussur- rou que n&o viria almocar a casa. Fechous a porta e desceu rapidanente a escada. 0 prédio parecia mais silencioso que de costume. Talvez do nevoeiro, pensou. Reparara que © nevoeiro era assim como uma camp&nula que abafasse os sons e os trans- formasse, fazendo deles o que fazia das imagens, dissolvendo-os. Estaria nevoeiro. No Wiltimo lango de escada j4 poderia ver a rua e saber se acercara. Afinal havia uma luz ainda cinzenta, mas dura ¢ rebrilhante, de quartzo. Na berma do passeio, um grande rato morto. B enquanto, pa- rado entre-portas, acendia o terceiro cigarro, passou um garoto enbuca- do, de gorro, aue cuspiu para cina do animal, como lhe tinham ensinado © sempre via fazer. 0 automével estava cinco prédios abaixo. Grande sorte ter podido lho arrumé-lo ali, Ganhara a superstigo de que o perigo de Si Youbarem seria tanto maior quanto mais longe o deixasse & noite. Sem nunca o ter dito em voz alta, estava convencido de que nfo voltaria a ver o carro se © deixasse em qualauer exfremo da cidade. Ali t&o perto, tinba confian- ga. O automével apareceu-lhe coberto de goticulas, os vidros tapados de humidade. Se no fosse o frio tanto, poderia dizer-se que transpirava como um corpo vivo. Olhou os pneus segundo o seu hdbito, verificou de passagem oue a antena n&o fora partida e abriu a porta. O interior do carro estava gelado. Com os vidros embaciados era uma caverna transli- cida fmm afundada sob um dilavio de dgua, Pensou que teria sido melhor deixar 0 carro em sitio onde pudesse fazé-lo descair para pegar mais facilmente. Ligou a ignig&o, ¢ no mesmo instante o motor rencou solto, N3 If timbin® asnweetnadona ah enpetigewe xedfio « nop BT OMsl & 21d efe % .sebatse? monic eo wi ted eaf arec aoes af eowrideb as sis -a00 8 Tepuehe abby ohn sap wer leeeag ofhdag 0 usheses © sineeshicat usened © osto¢ @ Bvonset eee smoeaes .otieaven ct aevlet .ecttens +> wp cwobenelts ofan ‘eh @ ean Re etentece sce eiuifeens aco ono sites OTs OTIsOver O yeomohasviowcih «pncgami ash a1gAt mUp 0 Behe obtere't .seneqto? 2 em 2 187 Kitsbog Mf eheone ob comet omitih of .ortsaven et > eth hee vetuinento wate ant wom strat Decihh .p1ec190e nae W .atine Azer shetrey mu .clenney ob sexed a owetraure sh my aa} UoeRay ,CrmaRta oYtsnyes © attonoe .Bervax-wsine abet MMI e900 ,fentam 60 pets sxny atapun sop SPREE AE ob: AM seeexis5 © oqno! stew otosup toler otasi wine 271 2 stiatloy of sup 2b oblansyana wpetoe -eile noy 2+ ot ht SUmED .eFIeY of AIA .22¥TLO Mh OWRTENS WeypLAUD we HanaEted o ) | Sh BARBHEN SONbiY so .wetvOdE 9h OFTOdOD Ar-LeTeINge Carbaotws > .27 H | wrextunas in sterenee aeration so2nat oT. 0 sent ofa af . shabbat (RE Gpakttesr nficies ene ¢ ohammen sung 9m wont .avtv ngyeo a SaRe | BR reeseee! TD cohven & sivda 5 whtese e20t ofr anntne © 200 commented zobetvade= eo15ty so sod sobelh) evetes oTTe> “TOMee Ste nied sup waned .aumd sh clvmlth at Gem eBein Le eat onto tom ,ARzbmt e Unt .etonaltoat 45/5 3 con um arfar profundo e impaciente. Sorriu, satisfeito com a surpresa. 0 dia comecava bem. Rua acima, o automével arrancou, raspando o asfalto como um ani- mal de cascos e triturando o lixo espalhado. 0 conta-quilémetros deu um salto repentino yma para 90, velocidade de suicfdio na rua estreita e ladeada de carros parados, Que seria isto? Retirou o pé do acelerador, inguieto. Por pouco diria que lhe tinham trocado o motor por outro muito mais potente. Pisou A cautela o aceleradoMe dominou o carro. Nada de importancia. As vezes nfo se controla bem o balanco do pé. Basta que o tacfo do sapato nao assente no lugar habitual para que se altere o movi- mento. # simples. Distrafdo com o incidente, ainda nfo olhara o marcador da gaso- lina. Ter-lha-iam roubado durante a noite? Nao. O ponteiro indicava pre- cisamente @ meio depésito. Parou num sinal vermelho, sentindo o carro vibrante e tenso nas suas mios. Curioso, Nunda dera por esta espécie de frémito animal que percorria em ondas as chapas da carrocaria e lhe fa- via me tremer o ventre. ao sinal verde, o automével pareceu serpentear, alongar-se como um fluido, para ultrapassar os que lhe estavam a frente. Curioso, Nas na verdade sempre se considerara muito melhor condutor do que o comum. Quest&o de boa disposic&o, esta agilidade de reflexos hoje, talvez excepcional. Meio depésito. Se encontrasse um posto de abasteci- mento a funcionar, aproveitaria. Pelo seguro, com todas as voltas que tinha de dar nesse dia antes de ir para o escrit6rio, antes de mais que de menos. Este estipido embargo. 0 pAnico, as horas de espera em filas de dezenas e dezenas de carros. Diz-s+ que a ind\istria ird sofrer as consequéncias. Meio depésito. Outros andam a esta hora com muito menos, ’ joa i @ Heo ONLEeIZen ,pyMOt .esnstoqut » mhmitore vette eu aps ; 2nd wregseos ath 0 tens offsbee o ofewaset ,vunwewie Ievieotwe o onetoe aot jus soatentiliun-ainos O .ohaliaqee oxtt o oboewettz © nooseo sb tan ; Btls ae Br an ordtatun 9b abadiowley OF erag ame onitargos od Lan oP MUP UnsEtex Yotet aiyee sup .obirng SoTtey wb abesbel i 7 anton o hava wedets adi sue prtth omg 109 -otetuont 6 woReeit onerelace 9 aletien @ unets .=tnetoo etes cand ainten se afl aeame Bh .etooBszoew! vee me fa stoesew oBe odpm oh yaad, odlnetay Tadd sue unwed -ndinbyst nim ©. stanmmake, aFupertss ab anyaio we sown we aisatonss con Legh oflebs? orn Onpetey lewdanios o .stte¥ facte on settee 0 aeeeTe a lr P GS rmmA ree etl sue 60 ecm MEE wed .OHLUE MY OmDe Be—TRAMO LO “SB wmteriema) wiley cf tte euetAhtanae ae stqmee Petpet ts: nb chuhilinw etee joBgtocqste sot wh oBAsme® .cirena o eur Kh FE Shee ee weNATtCRENS 28 Od FRANRE ThAM .Lanniogenee revint pat Cor Be Rabod apo wiware Ole9 .chuatisevige .tenpianm? © ofacy Gee FD ertew jotihs trees 6 eee Tt 2b wetng SEP onmsh Teh #6 ents 4 SeEEL e emaee Sf narod as jonin’y 0 .oqrater abtoien sigh -monse sb eh teylee dal abivabbos 4 mvp se-ct neces sb gunsest © caneoeh ab now BOs) sottebye’ nisi .sebssFivpsesns Aaftey ae Ame .centetr) AUR HO ela Ofte — 2 Nos [= 4 mas se for possivel atestar. 0 carro fez uma curva balancada, ¢, no mes- mo movimento, langou-se numa subide ingreme sem esforgo. Ali perto havia uma bomba pouco conhecida, talvez tivesse sorte. Como um perdigueiro que acode ao cheiro, o carro insinuou-se por entre o transito, voltou duas esauinas e foi ocupar lugar na fila que esperava. Boa lembranga. Olhou o reldégio. Deviam estar & sua frente uns vinte carros. Nada d= exagerado. Mas pensou que o melhor seria ir primeiro ao escritério e deixar as voltas para a tarde, jd com o depésito cheio, sem preocupacée! Baixou o vidro para chamar um vendedor de jornais que passava. 0 tempo arrefecera mito. Mas ali, dentro do automével, com o jornal aberto so- bre o volante, fumando enquanto esperava, havia um calor agradével, como 0 da cama. Fez mover os misculos das costas, com uma tor¢fio de gato vo- luptuoso, a0 lembrar-se da mulher ainda enroscada na cama Aquela hora, © recostou-se melhdr no assento. 0 jornal nfo prometia nada de bom. 0 em argo mantinha-se. Um Natal escuro e frio, dizia um dos t{tulos. Mas ele ainda dispunha de meio devésito e nfo tardaria a té-lo cheio. 0 avtomével da frente avangou um pouco. Bom. Hora ¢ meia mais tarde estava a mandar atestar, ¢ trés minutos de- pois arrancava. Um pouco preocupado porque o empregado Ihe dissera, sem qualquer expresstio particular na voz, que nfo haveria ali gasolina antes de ouinze dias. No banco, ao lado, o jornal anunciava restricdes rigoro- sas. Enfim, do mal o menos, o depésito estava cheio. Que faria? Iria di- rectanente ao escritério, ou passaria primeiro por casa de um cliente, a ver se apanhava a encomenda? Escolheu o cliente. Era preferivel justifi- car o atraso com a visita, a ter de dizer que passara hora e meia na fi- la da gasolina quando ainda Ihe restava meio depésito. 0 carro estava NB

nadtivo= ! movies #onty sao sfhext woe & cates weve .otshia? o cot) VERS wmb eur ately cel © erwnes Lede all evden (ano 5 BES » siratoa! oan > nrinbosh cies ob mwugatt-aints ofp mG Jomkog An WOQ0BTe nel ab Covdeotun | sce conus Aq? © cer G82e OLED © evers= ser Sten ater 6 ROH Re Gren Ai odie TYR > muro ObegtDOTIG Cot|g MT .svenneTIA REO sobionem Fos ehssvad cfs mur ysev ac tefuatizan cBasszuss tevcteur SaAZErbnes mvabonime Carrel © abel o@ yronmd aM .nabt enadin ob i BtsT PORRET SAP .ofpio ayese> OF!edjeb vo .eonte o fie Ob .atInR .oae © PANNE mH ob Gees oq OXLPEtY] eiteReAG YO ,OrTdtiNED OM Brie Ente, Aprirgterg s28 .stunils © usdinynt Unhensnone » Avetnege Se roe eo char 5 exc eranveg sup tesi6 nb vet & oeddmix @ Gos onetie o sae i putes O .ofladgel ofen svetse: $41 atota Sbnim eoifone eb ef ug Fi éptimo. Nunca se sentira t&o bem a conduzi-lo. Ligou a rddio e apanhou um noticidrio. Noticias cada vez piores. Este estipido embargo. De repente, o carro deu uma guinada e descaiu para a rua & direi- ta, indo parar numa fila de automéveis mais pequena do que a primeira. Que fora aquilo? Tinha o depésito cheio, sim, praticamente, cheio, por- au diabo de lembranga. Nanejou a alavanca das velocidades para meter a marche-atrés, mas a caixa néo obedeceu. Tentou forcar, mas as engrena- gens pareciam bloqueadas. Que disparate. Agora avaria. 0 automével da frente avangou. Receosamente, a contar como pior, meteu a primeira, Tu- do perfeito. Suspirou de alfvio. Nas como estaria a marcha-atrds quando precisasse dela? Cerca de meia depois metia meio litro de gasolina no depésito, sentindo-se ridfwslo sob o olhar desdenhoso do empregado da bomba. Deu uma gorjeta absurdamente alta e arrancou com grande alarido de pmeus ¢ de aceleragtes. Que diabo de ideia. Agora ao cliente, ou serd uma manh& perdida. 0 carro estava melhor do que nunca. Respondia aos seus movimen- tos como se fosse o prolongamento mec&nico do seu préprio corpo. Mas © caso da marcha-atrés dava que pensar. EB de repente teve de pensar mes- mo, Uma camioneta avariada tapava praticamente todo o leito da rua. N&o podia contornd-la, n&o tivera tempo, estava colado a ela. Outra vez a medo, manejou a alavanca,e a marcha-atrdés sageepeu engrenou com um rufdo de succo. N&o se lembrava de a caixa de velocidades ter reagido desta maneira antes. # Rodou o volante para a esquerda, acelerou, e num sé arranco o automével subiu o passeio, rente & camioneta e saiu do outro lado, solto, com um impulso de animal. 0 diabo do carro tinha sete fé- legos. Talvez que por causa de toda esta confus&o do embargo, com este mobtis © void -cf-iowbnan @ ese cB2 ezitowe sw aonvt .omtich ‘pining Dhigltee adhe .aetotg sev boo nakelzeK .ohvhtatrse aw A eh © ding chevest > abantos amy veh oTr> 0D .pineaes at BVIRELTL © Ur OP KesipRG Ete aasedebtum Sb ALLY eon Tete chet -9d Diane \neeiceTy ake Ones Of tedgeh o aanET YOLiope rol sup ‘BASise wing psheblnotor mh monevale @ cotene! .wsneideel =b odets un HOMIE Re OA Ay cmswAT .oeoeBedn Of arias © sme , phe g-aiteien hie D cwissve ere9h .odsteqel6 suf .eehorunsls epise tar comm by) D nD ciminoe s .edOseMROROW® .voNn|TD sto8TT b f shaby mcs weonirrie + tle nanmenbiorda eprtray aes! 0 Maem vo: vetnatia Os FIONA .Ubeb? 2D Cdath ech -aeSporelere oh ‘fuse eck Sikawyssd -oMh Ay Ob JoHIne MANES UTD OD .PbLtaes Se .Bonoy ciwine use af oftehony AtamemENOLoT) G SeEOT =4 coon Dot Spee ciins sh rvs alert <6 4 suemose suc muh ahatheasotee us ones 0 ORF ot ad oft]! © Cfnd stnmauniteny avetad abeteee wason tems wm on 6 29% HHIDD sls. 9 nbaLlon evetee cowed exevid ale .el-tevotzan othoo GENT CL NE LONATINT MaEAR BELTO-RIOIEe © 4. eoneeSES & dnLesor chee | aAAAW obinens sad SeMebboo ley 2b exten © af owaanel Se ORF cofyoue 98 D6 ou © .vovetand pehysunaw 0 eta; stenfow 6 UDbne & eevee eTLanen GzbD of wie + wtanoiaas & eta>2 ,okemnes G widis Levseatun © ocaerte BY = wtb wrten ob odeth 0 .fentne sb onfayet mu eos ,otfoa chal ee CPW OB OAAWINOS AIS AbOF Sh eaKWT TOY sup eHLeT . soot = OAS) Wat .dtvhLe P Moniga® wonestiey ob nus | 5 p&nico, os servicos desorganizados tivessem feito meter nas bombas ga- solina de muito maior poténcia. Teria a sua graca. Olhou o relégio. Valeria a pena ir ao cliente? Por sorte apanha— ria o estabelecimento ainda aberto. Se o transito ajudasse, sim, teria tempo. Mas o trfnsito n&o ajudou. Com isto do Natal, mesmo com falta de gasolina, toda a gente vem para a rua, a empatar quem trabalha. Apanhan~ do uma transversal descongestionada, desistiu de ir ao cliente. Melhor seria explicar qualquer coisa no escritério e deixar para a tarde. Com tantas hesitagdes desviara-se muito do centro. Gasolina queimada sem proveito. Enfim, o depésito cheio. Num largo ao fundo da rua por onde descia viu outra fila de automéveis, a espera de vez. Sorriu de gozo e acelerou, com a ideia de passar roncando contra os entanguidos automobi- Listas que esperavam, Mas o carro, a vinte metros, obliquou para a es- querda, por si mesmo, ¢ foi parar, suavemente, como se suspirasse, no fim da fila. Que coisa fora aquela, se n&o decidira meter mais gasolina? Que coisa era, se tinha o depésito cheio? ricou a olhar os diversos mos- tradores, a apalpar o volante, como se nfo reconhecesse 0 carro, e nesta sucess&ede gestos puxou o retrovisor e olhou-se no espelho. viu que es- tava perplexo e considerou que tinha razo. Outra vez pelo retrovisor @istinguiu um automével que descia a rua, com todo o ar de vir colocar- ma fla. ~se Eaton Preocupado com a hipétese de ficar ali imobilizado, quando tinha o depésito cheio, manejou rapidamente a alavanca para a marcha- ~atrés. 0 carro resistiu e a alavanca fugiu-lhe das m&os. No segundo imediato achou-se apertado entre os seus dois vizinhos. Diabo. Que teria © carro? Precisava de levd-lo @ oficina. Uma marcha-atrds que funciona ora sim ora no, mm ¢ um perigo. nos | 5 panico, os servicos desorganizados tivessem feito meter nas bombas ga- solina de muito maior poténcia. Teria a sua graca. Olhou o relégio. Valeria a pena ir ao cliente? Por sorte apanha- ria o estabelecimento ainda aberto, Se o transito ajudasse, sim, teria tempo. Nas 0 transito nfo ajudou. Com isto do Natal, mesmo com falta de gasolina, toda a gente vem para a rua, a empatar quem trabalha. Apanhan- do uma transversal descongestionada, desistiu de ir ao cliente. Melhor ria explicar qualquer coisa no escritério e deixar para a tarde. Com tantas hesitacSes desviara-se muito do centro. Gasolina queimada sem proveito. Enfim, o depésito cheio. Num largo ao fundo da rua por onde descia viu outra fila de automéveis, A espera de vez. Sorriu de gozo e acelerou, com a ideia de passar roncando contra os entanguidos automobi- listas que esperavam. Mas o carro, a vinte metros, obliquou para a es- querda, por si mesmo, © foi parar, suavemente, como se suspirasse, no fim da fila. Que coisa fora aquela, se no decidira meter mais gasolina? Que coisa era, se tinha o depésito cheio? #icou a olhar os diversos mos- tradores, a avalpar o volante, como se no reconhecesse o carro, ¢ nesta suceasfiode Restos puxou o retrovisor ¢ olhou-se no espelho. viu que es- tava perplexo e considerou que tinha razfo. Outra vez pelo retrovisor distinguiu um automével que descia a rua, com todo o ar de vir colocar- Man oeciast eeeocusaah) canfebninavece cel terete Tipimeettecionpacents tinha o depésito cheio, manejou rapidamente a alavanca para a marcha- ~atrds. O carro resistiu e a alavanca fugiu-lhe das mos, No segundo imediato achou-se apertado entre os seus dois vizinhos. Diabo. Que teria © carro? Precisava de levé-lo & oficina. Una marcha-atrés que funciona ora sim ora néo, m# & um perigo. 2 Tinhelpassado mais de vinte minutos quando fez avancar o automével até & bomba. viu chegar-se o empregado e a voz apertou-se~lhe ao pedir que atestasse o depésito. No mesmo instante, el fez uma tentativa para fugir A vergonha, meteu uma r4pida primeira e arrancou. 0 carro n&o se mexeu. O homem da bomba olhou-o com descofifianga, abriu o depésito, e passados poucos segundos veio pedir o dinheiro de um litro, ue guardou resmungando. No instante logo, a primeira entrava sem qualquer dificul- dade e o carro avancava, eldstico, respirando pausadamente. Alguma coisa nfo estava bem no automével, nas mudangas, no motor, em qualquer sitio, diabo levasse. Ou estaria ele a perder as suas qualidades de condutor? Ou estaria doente? Dormira ainda assim bem, n&o tinha mais preocupacdes da vida ave todos os outros dias dela. u melhor seria desistir agora de clientes, ndo pensar mais neles durante o resto do dia e ficar no escri- tério. Sentia-se inquieto. Bm redor de si as estruturas do carro vibra- vam profundanente, nfo A superficie, mas no interior dos acgos, e o motor trabalhavag com aquele rumor inaud{vel de pulmdes enchendo e esvaziando, enchendo e esvaziando. Ao principio sem saber porqué, deu por que estava a tracar mentalmente um itinerdrio que o afastasse doutras bombas de pax gasolina, e quando percebeu o que fazia assustou-se, temeu-se de n&o es- tar bom da cabeca. Foi dando voltas, alongando e cortando caminho, até que chegou em frente do escritério. Péde arrumar o carro e suspirou de alivio. Desligou o motor, tirou a chave e abriu a porta, Ndo foi capaz de sair. Julgou que a aba da gabardina se prendera, que a perna ficara en- talada na coluna do volante, e fez outro movimento. Ainda olhou o cinto NB | Devhanguy 0 reyouye set champ cozunts ataty 9b olan oheeang adn? | BERNE 08 sHi-pr-uodisge Sov mo © Cfumetgee @ at-unasdo wiv .adeod J Ate PAR RULDRTONT Weer oe ANI ,e2ORsORT omeey oh .etiwdqnd c mBenseeds aUC er GRn cine U .aconetse 9 attemiza ebigkt emu ustem ,mdoowiey 4 Tint © Gta) .Abmettcaneb poo o-noKLo eteod ab memoir © .caxer SUE LONE mse eb orlscnt o xtbeg otev solmenss mnmweT eobenead Teng lane eam overtee Sutaniry » .opol standart of .oboemmemaey -piiemahaniing vhnertvans .cottsbty .evegnave erie c 3 shab thunlanp e= .antoe on steyaniinn eee .Levbetitoe on wad avadan ofa Rb wahwbliguy seve Me TeBo|D A a0r etiatee Ww) .emmavel oewth eer slew sfol4 of vad @toae wimie GaLexT Patneok etaetne oO “tons tThyeiees abies roning U .pieh seth ao7TyUO bo BORO str able ob Db ewiwiirvas ee te wh aohei © wodebunnt se-ndde=3 cobihs = tops ecb tobretot vs mee .ahoPbesque & ofp .ehtamehewiomn «ev ‘3 obsedone eeSeliy so isvtsuect wnawt aleuse ons yevediatats Reade sep ame wat Auntoq xhden wee obitontTy ohnatrere: 2 ohmsdoos (Ret oh tired nertonn seneteote oun oitbrecis? mw ezasefeanen amen? @ (82 ORD Sh eecesned . mhimtient oywet of Namie PeMRTAY NM e Sar ah T swteev eQtteget Oo su ,An> sen onmten saleumerngey gh aofeden so + elon © eitoumynD Yelm 2 ‘one sat tmnal wives atin © weboenscmsn 9 odfecss omeiifn 9 unt inv sheesh wey eden .eloadnon o our stony .oetmita wo nesesen atvel tle W teieet s .al-Rtoet wag ottey & oRe a obaettat ,etomesbiqn: .xernes HATSboer oyitocide me ,OPLT Sif ead? .atioy sup pensive nies oat \ ip osiprros 9 eee st wowish es eup atoed 9 .avestituonaté © at cop ok | a ¥ ayo wuss aos uma poucos lhe abrandara a cara. Sé reparou na bomba de gasolina quando lhe ia jmemwa quase a passar em frente. Tinha um letreiro que di- zia "esgotado”, ¢ o carro seguiu, sem o minimo desvio, sem diminuir de velocidade. N&o quis pensar no caso. Sorriu mais. Estava a sair da cida- de, eran jd os subirbios, estava perto o sitio que procurava. Meteu por uma rua *m constru¢&o, virou A esquerda ¢ a direita, até uma azinhaga deserta. entre valados. Comecava a chover quando parou o automével. A sua ideia era simples. Consistia em sair de dentro da gabardi- na, torcendo os bragos e o corpo, deshizando para fora dela, tal como faz a cobra quando abandona a pele. No meio de @gente nfo se atreveria, mas ali, sozinho, com um deserto em redor, sé longe a cidade que se se- condia por trés da chuvag,nada mais fécil. Enganara-se, porém. A gabar- dina aderia ao encosto do banco, do mesmo modo que ao casaco, A camisola de 18, & camisa, A camisola interior, & pele, aos misculos, aos ossos. Foi isto que pensou nfo pensando quando daf a dez minutos se torcia den- tro do carro acs gritos, a chorar. Desesperado. Estava preso no carro. Por mais que se torcesses para fora, para a abertura da porta por onde @ chuva entraVa empurrada por rajadas sibitas e rdpidas, por mais que fincasse os pés na saliéncia alta da caixa de velocidades, nfo conseguia arrancar-se do assento. Com as duas m&os segurou-se ao tejadilho e ten- tou igar-! Era como se quisesse levantar o mundo. Atirou-se para cima do volante, a gemer, apavorado. Diante dos seus olhos, os limpa-vidros, que pusera em movimento no meio da agitag&o, oscilavam com um rufdo seco, de metrénomo. De longe veio o apito de uma fdbrica. B logo a seguir, na curva do caminho, apareceu um homem de béiveimbate bicicleta, coberto com NB 0 eteed ee voxege’ Of vanes 6 Sistostde wal vonued Radke von Oe EeAR! cy med sednevT ee rooney 9 meBUp wuming at HAE ohne ae .oiyaab ontnia 0 ao .utisen Canes fo .“nbafonne” att [-BBEo 28 Tle § cFeP0H colae erTick .oses vn YeEG|G obiy OFM .shebtooler ia eT cw OLtle 0 ofseu mestes enidtinios eo Bt wes 12h it ear HAS at betth & e abtaupes 6 Wotty ,oBpurttennh =e sot ea Bp Mery obme cewaity # evepsead -schaley etins .atseant Oriteh sp tim ce atistene! .nedenta ate ateBt oun A vintes a wttqNeh my soa jonsEsag 1th ame Fhalby (alae hab yzrentio\'ah alkeh tox abhi ian, Reb © Leb Seo HbmeRERC ORM ches sup OFRt TeX OneTY monte® .ofeteinewo? .aegodd © yRotim, 06 otek ob ott “Say arr: Ae enodTeGe © erm QeTeE Btng EsRENOTS? Fo san Ate TAY wher Je7 .athivd > nevthde ewfinjes tay wietruger Martine evita © BO oii .nebabivoley ab exten qROT sto § AEUALSER Oe On 9 ONWEF pe sU-ULEHY LONE liner eerinee comet eB AAasoey Btethe ear otaavpon .unanotosy 36 Avo panttany see afl —vosuas f B ship anay9 ObGuETT © Pevhnterernt ohnattedt! .etbaugee 2a sentow ‘Sind Shue aha .oTaeD Ob ORéy o UzAy RenTR ae sA/he eteioThs = Wy Ste srstos civad @ -ransclevigeeke .ctntxtot wily e opens e¥ot7H Of eIVOG © eiT—TeTHeL of wr penny eh cAMmty wos ah canon mw ef wotmans oFnemtvar so ano .ctimmenlh UO damnet fe aan .zsenee os aia; apzo? ornezst .epecmtes olsy vopneve ciee ae a! .ndueetinetas of enmetimtt eff so ignatte 2 sur tatieb [S)Se eltebey anu eee .eemetate pop ehogle Sewoedg aoe ,satioees #f eadeod star wi vésbia an weerd=ney cup abtima K .*obetoyes” ologehhi! > Goo .siMeIONS OOdylood me Bie -eFiaqe +b altos sew) le cues <0 Loate .adtd ab SAISY WUE WOH seLFonaS aD OPTOT ss2umwe eau .oroye OrLHOFO fom ioelol .sedray-e1ne svemne eaeRe @ yevuio-enyewy wy DesetT Ag vmbpaemy oF Geren an Grtom Cait RO oxAg FOND BD THEE mee LORETO hed TeaeM’ eaeKtT # sop ohtTes © extans abesiyst piuey ae ;eendy nis € 12 ben quando ele poderia muito%ter subido a dizer o que queria. Nas o marido acenava de dentro do carro e ela assustou-se e correu. Deitou a mo ao puxador, precipitando-se para fugir A chuva, ¢ quando enfim abriu a por- ta viu diante do seu rosto a m&o do marido aberta empurrando-a sem lhe tocar. Tedmou e quis entrar, mas ele gritou-lhe que nfo, que era perigo- s0, € contou-lhe o que acontecia, enquanto ela curvada recebia nas cos- tas toda a chuva que cafa e os cabelos se lhe desmanchavam, e o horror lhe torcia a cara toda. B viu o marido, naquele casulo embaciado que o isolava do mundo, torcer- todo no assento para sair do same carro e n&o conseguir. Atreveu-se a agarré-lo por um brago e puxou, incrédula, nfo péde também mové-lo dali. B como aquilo era horrivel de mais para ser acregliffadg, ficaram calados a olhar-se, até que ela pensou que o mari- do estava doido ¢ fingia nfo poder sair. Tanha de ir chamar alguém para o tratar, para o levar aonde as loucuras se tratam. Cautelosamente, dis- se ao marido que esperasse um bocadinho, que ela nfo tardaria, ia procu- var ajuda para ele sair, e assim até podiam almocar juntos e ele telefo- ria para o escritério a dizer que estava constipado e nfo iria trabalhar da parte da tarde. Que sossegasse, 0 caso nfo tinha import&ncia, a ver que n&io demora nada. Mas quando ela se sumiu na escada, ele tornou a imaginar-se rodea- do de gente, o retrato nos jornaisg,a vergonha de se ter urinado daquela maneira, ¢ esperou ainda uns minutos. Mas quando em ciza a mulher fazia telefonemas para toda a parte, para a policia, para o hospital, lutando para que acreditassem nela e nfo na sua voz, dando o seu nome e o do ma- rido, ¢ 0 mimero do carrog ¢ a marca, ¢ a matricula, ele nfo péde map aguentar a espera ¢ ajmaginaciio, e ligou o motor. Quando a mulher tornou NB | 3 ee Be eivabog ale chanup ustpuges afs 5 oTina Oh ovtush st evearae OR A wodiee wares + = fe VETES pine Shuman + \wvule & aac? pie ex-cbaatighsess .soberay MED mae Hoobomvtoyme niteda Ohtime Ob ods & oFeCr wee Ob STHerbh viv et 2 ally ols say THi-wos tay e1> cam .tettHe wliip » unmEST .amnat Bideser Gheytlo eh olosuene .afordonan sup o sdf-uodnes poo (PRPVRATIRAESD. 4A 36 poletag fo > mbes ay aude mo aneh eat oleses pisuqun ,ctinee o wiv & .etor ero @ alows off GPL Oo 9 ohagtteran avager ap aeete # obihtitoe> © ptee att © YRKDATO SAYRE aXut? Oy oNEO PO -seEEGeEaDE SUD .sPrBt ub Sizer ab aAhec eroesh Abe sue ssepbos spwsuntean? = vairint als .ubuose ao unue 2 urs obec wn 4 [tenes oheuts aad ae md adwegTeY 6 gatemot won ofwstes © .stnes 5b ob | Mee Tariive wren om vtnanE seh .vadunte tho whnda HOTAIS > . ordered BEnetoL .kptiqen o eva ,einllog & omy) .<27R9 8 SPOT e189 HemAMOTe Les |FRROB KD = paar one % atmah .s0w nue ta Gils + Bint mnnaedtnwon cue enag | a GGp sls .ofusliden en .potan 8 © gore ob oxenim ct ODEs aetive « Ginew® .totor p pat! ¢ .cligenineie + eveyes 6 etree wus] 3 a descer, o automével j4 desaparecera © 0 rato escorregara da berma do passeio, enfim, e rolava na rua inclinada, arrastado pela dgua que cor- ria dos algerozes. A mulher gritou, mas as pessoas tardaram a aparecer ¢ foi muito diffcil de explicar. Até ao anoitecer o homem circulou pela cidade, passando por bom- bas esgotadas, entuando em filas de espera sem o ter decidido, ansioso porgue o dinheiro se lhe acabava e ele nfo sabia o que poderia aconte- cer quando nfo houvesse mais dinheiro e o automével parasse ao pé duma bomba para receber mais gasolina. E isso sé nfio aconteceu porque todas as bomas conecaram a fechar e as filas de espera que ainda se viam ape- nas aguardavam o dia seguinte, ¢ também porque ele achou que um automé- vel da volicia o seguia, ¢ ent#o o melhor era fugir de encontrar bombas ainda abertas para nfo ter de parar. Numa avenida mito longa e larga, quase sem outro transito, o carro da policia acelerou e ultragassou-o, © quando o ultrapassava um guarda fec-lhe sinal pare que parasse. Mas ele teve outra vez medo e n&o parou. Ouviu atrds de si a sereia da po- licia e viu, também, vindo nfo sabia donde, um motociclista fardado qua- se a alcancé-1o. Mas o carro, o seu carro, deu um ronco, um arranco po- deroso saiu, de-um salto, logo adiante, para o acesso de uma auto- estrada. A policia seguia-o de longe, cada vez mais longe, e quando a noite se fechou nfo havia sinais deles, © o automével rolava por outra estrada. Sentia fome. Urinara outra vez, humilhado de mais para se enve: gonhar. F delirava um pouco: humilhado, humolhado. Ia declinando suces- sivamente, mudando as consoantes e as vogais, num exerc{cio inconsciente que o defendia da realidade. Nao parava porque nfo sabia para que iria N3 @ peretret mncewed Ae AoE .NORETS TeiLur A .sesowNNLe rob 2ix sseokKyne wb LLSMEDS oven For = Fy GMA .ebDTO eeu UNiveTt) menDd Oo TsORti=e oo zh ° SBOEbAoeO tet co Gye Sroges =5 palit ex obemmtie -asbotonas set ur @ olde ole sles evudena aif ee ctiedteth oo spre feherdon os qobedntt see eeteyuot ofo obesup T3 ‘obnaip = te ph atte ctw wore oie 9 chee Sey aztuo evst ote d@ gtetiotesto: av .ghooh atone ofly ohoby wahwens suty > atoht MEM .Onoo a) wah Joten wen jovtAS @ Ra oeiaAgnETTs 4 ne SOdep me oh onanoe wo wies satnethe opel soften mrsh wuins + oworeh * .egenk eipe s50 Dine) .epnal SB a-atimer atotive A .nbetten= aay eraiod Fevimdde © eo woke’ alante etwas cfm outst sw stton setentes same =o oreo cher e6 Ofetiteud .sev ettvo erential cet atzsse = wradd (oe al sobedtemwl .obaiitent sons we evertiat # .sadcoy ws 14 parar. Mas de madrugada, vor duas vezes, encostou o carro A berma ame expishmor tentou sair devagarinho, como se entretanto ele e o carro ti- vessem chegado a un acordo de pazes e fosse a altura de tirar a prova da boa-fé de cada um. Por duas vezes falou baixinho quando o assento o Segurou, por duas vezes tentou convencer o automével e deixd-lo sair As boas, por duas vezes, no descampado nocturno e gelado, onde a chuva nao parava, explodiu em gritos, em uivos, em ldgrimas, em desespero cego. As feridas da cabeca e da mo voltaram a sangrar. E ele solucgando, sufo- cado, gemendo como um animal aterrorizado, continuou a conduzir o carro. A deixar-se conduzir. Toda a noite viajou, sem saber por onde. Atravessou povoactes de w oue nfo viu o nome, percorreu longas rectas, subiu e desceu montes, fez ¢ desfez lacos e deslacos de curvas, e quando a manh& comegou a nascer estava em qualquer parte, numa estrada arruinada, onde a dgua da chuva se juntava em peumaa charcos arrepiados & superficie. 0 motor roncava potentemente, arrancando as rodas 4 lama, e toda a estrutura do carro vibrava, com um som inquietante. A manh& abriu por completo sem que o sol chegasse a mostrar-se, mas a chuva parou de repente. A estrada trans F yon, formava-s* num simples caminho que,adiante, a cada mozento, ‘pumasa ir perder-se entre pedras. unde estava o mundo? Diante dos olhos eram ser- vas ¢ um céu espantosamente baixo. Hle deu um grito e bateu com os pu- nhos verrados no volante. Foi nesse momento que viu que o ponteiro do indicador da gasolina estava em cima do zero. 0 motor pareceu arrancar- -se a si préprio e arrastou o #mm carro por mais vinte metros. sra outra vez estrada para 14 daquele lugar, mas a gasolina acabara. A testa cobriu-se-lhe de suor frio, Uma néusea agarrou nele e sa~ NB 8 ap rad B crete 6 uotHODN JoAeeT pm/D TOC .RESOUTRON AD RON -TeZRY =12 eres o © wile otnadstin= 22 ofc .odnttras thee Dotnet seems pend @ nents sb eqs = eeeod > ppmmy sh nbtoDe my Ww obenAiO mee © paneaae > obeau0 onpitetnc wolet mesey tevb 101 -msr ben 96 3t-aod ab ob wigs ol=uieh © Ievigrsus o taunsvnco uatnet sesev omub 0G ,uOTURE ERS, WIN & Pho. -obei=5 = nOTWIONG Ohageasest on yDadzy HUE tOq «sma eta Gimaesnsh es .wewkihl me -sovtc ee -dollry B+ YINOLGXs ,everng |Ohnapetne wie H ccaianae © cretion of ob > apedas ob aehizet A ‘tiaubond a aoendings ,chestastt-to Semine qu owes oknemmm .oben stiserbnos se-sexteb A i. b weigacray Wionstre7tA -

You might also like