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Nests casinene voce : Dieser Prbsionciia # | SSS 2 opine itfrae ple OLIGOPOLIO 8 Sevoo@ entrar em uma lojaa procura de bolas de tenis, é bastante provavel que sia de Ta com uma de quatro marcas: Wilson, Penn, Dunlop ou Spalding, Fstas quatro empresas fabricam praticamente todas as bolas de ténis vendidas ‘tos Estados Unidos. Em conjunto, estas empresas determinam a quantidade ‘ebolas de ténis produzidas e, dada a curva de demanda do mercado, o preco Pelo qual as bolas serao vendidas. ‘Como descrever o mercado de bolas de tenis? Os dois capitulos anterio- "ssapresentaram dois tipos de estrutura de mercado, Em um mercado compe- ‘tivo, cada empresa é tao pequena em relagiio ao mercado que nao pode influir ‘obre o preco do produto e, portanto, aceita o preco como dado pelo mercado. §m um mercado monopolizado, uma tinica ‘empresa abastece todo o mercado ‘tum bem,e essa empresa pode escolher qualquer prego e quantidade da cur. ‘ade demanda do mercado. O mercado de bolas de ténis ndo se encaixa nem no modelo competitive "nem no modelo monopolistico. Concorréncia ¢ monopélio sao formas extre- {tes de estrutura de mercado. A concorréncia ocorre quando ha muitas empre- “%s oferecendo ao mercado produtos essencialmente idénticos; 0 monapélio ‘hando hé apenas uma empresa no mercado. f natural comegar 0 estudo da CtBanizacao industrial com estes casos extremos, pois eles sao de mais facil en- ‘eadimento. Contudo, muitas atividades,incluindoa fabricagao de bolas de t- "NS, se encontram em algum ponto intermedidrio. As empresas nesses ramos poe 950 PARTE V COMPORTAMENTO DA EMPRESA E ORGANIZAGAO DA INDUSTRIA oligopsl estrutura de mercado em que poucos vendedores oferecent pprodutos similares ou idénticos concorréncia monopolistica cestrutura de mercado em que muita empresas vender produtos similares nas nao identicos tém concorrentes mas, ao mesmo tempo, a concorréncia nao é tanta que asco loque como tomadoras de pregos. Os economistas chamam esta situagio dy | concorréncia imperfeita No presente capitulo sero examinados os tipos de concorréncia impr feila e, em especial, o chamado oligopslio. A esséncia de um mercado oligo. lista & que ha apenas poucos vendedores. Em conseqiiéncia, as agdes de qu. {quer dos vendedores pode ter um grande impacto sobre es lueros dos demi, vendedores. Isto 6, as empresas oligopolistas sao interdependentes de my forma que as empresas competitivas nao si0. O objetivo deste capitulo é obser var como esla interdependéncia transforma o desemperho da empresa equ, problemas traz para as politicas ptiblias. ENTRE 0 MONOPOE! ICORRENCIA PERFEITA Os dois capitulos anteriores analisaram mezcados com muitas empresas con potitivas e mercados com tuma tinica entpresa monopolistica. No Capitul vimos que o prego em um mercado perfeitamente competitive sempre ¢ ga a0 custo de produgao marginal. Vimos também que, no longo prazo, aentraty ea saida de empresas levam 0 lucta econdmico a zero, de modo que o press também se igtiala a0 custo total médio. No Capitulo 15 vimos como as empre sas.com poder de mercado podem usar esse poder para manter os preges ac ma do custo marginal, levando a um lucro econdmico positive ea um peso morto para a sociedade. (Os casos da concorréncia perfeita e do monopdlio ilustram alguns aspe: tos importantes do funcionamento dos mercados, Todavia a maiosia dos mer cados da economia incluem elementos de ambos os tipos de mercado e, por tanto, nao so completamente descritos por nenhum deles. A empresa tipia dda economia se defronta com a concorréncia, mas esta nao é tao forte a ponte de tornar aempresa uma tomadora de pregos do tipoanalisadono Capitulo; ‘A empresa tipica também tem algum grau de poder de mercado, mas seu der de mercado nao ¢ tao grande para que possamos defini-la como a emptes monopolista do Capitulo 15. Em outras palavras, a empresa tipica de noss economia ¢ imiperfeitamente compeiitiva Ha dois tipos de mercado imperfeitamente competitivos. Um oligopiiie 6 um mercado em que hé poucos vendedores, cada um dos quais oferecenée produtos similares ou idénticos aos demais. Um exemplo éo mereado de b> de tenis, O outro & 0 mercado mundial de petrdleo cru: alguns poucos pak do Oriente Médio controlam boa parte das reservas mundiais. Concorténd monopolistica é iima expresso que descreve uma estrutura cle mercado.o? que hd muitas empresas vendendo produtos que sao similares mas nao ide cos. Como exemplos podemes citar os mercados de livros de ficgao, filme CDs e jogos para computador. Em um mercado competitivamente monops tico cada empresa tem um monopélio sobre o produto que produz, masrmeit® ‘outras empresas fabricam produtos similares que concorrem pelos mes consumidores. A Figura 16-1 resume os quatro tipos de estrutura de mercado. A prim ra pergunta a fazer sobre qualquer mercado é quantas empresas existen.” houver apenas ima, o mercado ¢ un monopdlio. Se houver algumes po" ‘empresas, o mercado é um oligopdlio. Se as empresas forem muitas, émece™ i rio fazer outra pergunta: as empresas vendem produtos idénticos ou difer*} ciados? Se as muitas empresas vendem produtos diferenciados, o mercait®} de concorréncia monopolistica. Se as muitas empresas vendem produtos i) ticos, trata-se de concarréncia perfeita pode pore dose atualt oligo debat os pm ieites merc preen ligioe f estrutt teatare mos de TEs fiqu Uma ve vended teresse nreag ao cust Prioluc CAPITULO 16 OLIGOPOLIO 351 Arealidade, todavia, ndo ¢ tao simples quanto a teoria. Em alguns casos, pode ser dfcil decidir a estrutura que melhor descreve o mercado, Nao ha, 5 exemplo, nenhum nimero magico que separe “poucas” de “muitas” quan. doseconta ondmero de empresas. (As cerca de uma dizia de montadoras que atualmente vendem automdveis nos Estados Unidos significam que ele é um oligopétio ou ser um mercado mais competitive? A resposta esté aberta a0 debate.) Da mesma forma, nao hé uma maneira segura de determinar quando «os produtes sao diferenciados e quando sio idénticos. (Diferentes marcas de [ete serdo todas iguais? Mais uma ve7, ha lugar pata debate.) Ao analisar os rmercados do mundo real, os economistas devem recordar das ligdes que se de: prcendem do estucto de todos os tipos de estrutura de mercado e aplicar cada jada maneira mais adequada ‘Agora que entencdemos como os economistas definem os varios tipos de estrutura de mercado, podemos contintiar a analisé-los, No préximo capitulo trataremos da concorréncia monopolistica. No presente capitulo nos ocupare- mos do oligopélio. [ise PO Defina oigopatio e concorréncia monopolistica, Exemypli- fique. Uma vez. que o mercado oligopolistico tem apenas um reduzido muimero de vendedores, um aspecto-chave do oligopélio éa tensao entre cooperacao e teresse préprio. Para os integrantes do oligopétioem conjunto€ melhor coope- ‘are agir como um monopélio— produzir pouco e cobrar um prego superior so custo marginal. Contudo, como cada empresa esta interessada no seu pré- priolucro, hé fortes incentivos para que o grupo se afaste de uma situacdo que permitisse manter os resultados do monopélio, Ura ote / =| stom za 7 Concoréncia Concorréncia cpio Ginpto || orpalin peta (Caplio 15) (Caso) | | (capo (Capt 14) 5 heen anced latte | Teco ‘patdoocn || Fine - USPIPUSP-Sc . RIRL INTER : riggs ; 05 QUATRO TIPOS DE FSTRUTURA DE MERCADO. Economistas que estudam a organizagio industrial dividem o ‘mercado em quatro categorias — monopslio, oligopélio, concorréncia monopolistica e concorréncia perfeita 352 PARTE V COMPORTAMENTO DA EMPRESA E ORGANIZAGAO DA INDUSTRIA vo ESQUEMA DE DEMANDA DE AGUA UM EXEMPLO DE DUOPOLIO Para entender 0 comportamento dos oligopélios, imaginemos um oligopoly ‘em que haja apenas dias empresas, ochamado duopédlia, Este 6 0 tipo mais sim. ples de oligopélio. Os oligopolios com trés ou mais empresas enfrentam prati- ‘camente os mesmos problemas dos duopélios, de modo que a andlise nio seri prejudicada. Imagine uma cidade em que apenas dois moradores — Pedro e Ana ~ possuam pogos de agua potavel. Todos os sibados, Pedro e Ana decidem uantos litros de agua serao bombeados, levam a Agua para a cidade ea ven dem pelo prego que o mercado pagar. Para simplificar, imagine que eles pos- sam bombear toda a égua que desejarem sem custos. Isto é,ocusto marginal da gua ¢ igual a zero. A Tabela 16-1 mostra o esquema da demanda por Agua. A primeira col nna mostra a quantidade demandada total, ¢ a segunda, o prego. Se os dois do nos de pocos venderem um total de 100 litros, o prego sera de US$ 110 por ltr. Se venderem um total de 20 litras, 0 prego cairé para US$ 100, o litro. E assim por diante. Se vocé representar graficamente estas duas colunas de niimeros, voce obter’ uma curva de demanda padsao, inclinada para baixo, A tiltima coluna da Tabela 16-1 mostra a receita total da venda de agua. E igual quantidade vendida vezes o prego. Como nao ha custo de bombeamen to,a receita total dos dois produtores é igual a seu lucto total. Vejamos, entio como a organizagio do ramo de distribuigio de agua da cidade afeta 0 prego e a quantidade da agua vendida. CONCORRENCIA, MONOPOLIOS E CARTEIS Antes de considerar o preco e a quantidade de agua que resultaria do duopélio de Pedro e Ana, tratemos brevemente de duas estruturas de mercado que jéco- nhecemos: concorréncia e monopolio. QuanstoaDe Pasco Recerra Torat (EM LITROS) (emusyy (euucROTOTAL) (eM US8) 0 120 0 10 1.100 20 2.000 30 40 2.700 3.200 50 3.500 60 3.600 7 3.500 80 3.200 90 7 2.700 2.000 1.100 0 br my te, © Br ta ag do 0 Pr ae nue de (30 oli mo ma ° CAPITULO 16 OLIGOPOLIO 353 Vejamos, primeiramente, o que aconteceria se 0 mercado de agua fosse perfeitamente competitive. Em um mercado competitivo, as decisées de pro- ducio de cada empresa levam o prego a igualdade com o custo marginal. No mercado de agua, 0 custo marginal é zero. Portanto, em um regime competi +o, 0 preco de equilibrio da égua seria de zeroe a quantidade vendidaseria de 12) littos. O prego da égua refletitia 0 seu custo de produgio, ea quantidade eficiente de égua seria produzida e consumida Agora, observemos o que ocorreria em um monopélio, A Tabela 16-1 mostra que 0lucro total é maximizado a uma quantidade de 6 litros eum pre- o de US$ 60. Portanto, um monopolista maximizador de luctos procuzitia essa quantidade e cobraria esse preco. Como é padrio nas situagdes de mono- polio, o prego seria superior ao custo marginal. Este resultado seria ineliciente, poisa quantidade de agua produzida e consumida seria inferior ao nivel soci. almente eficiente de 120 litros. Que resultado poderiamos esperar de nossos duopolistas? Uma possibi- lidade é que Pedro Ana entrem em acordo quanto a quantidade de Jgua aser produzica eo pregoa ser cobrado. Um tal acordo entre empresas em relagio a procugdo e precos é chamaco de conluio, e o grupo de empresas que age de dicional encontro. Sentam em volta de uma longa! ‘Tudo muito rotineiro, exceto por um detalhe: ! nao trabalham para a mesma empresa. Cada um { COMPORTAMENTO DA EMPRESA E ORGANIZACAO DA INDUSTRIA com a legislagio antitruste dos EUA, a maioria das pessoas envolvidas nesse tipo de atividade acabaria na prisio. Mas 0 transporte maritimo nao é uma ativi- dade como as outras, Muitas das maiores empre- sas de navegagio do mundo, da Sea-Land Servi ce Ine, americana, & A. P. Moller /Maersk Line, dinamarquesa, participam de umn pouco conke- ido cartel gue por muitas décadas tem fixado os precos para o transporte de dezenas de bilhides de délares em carga. ‘A maioria dos produtos americanos expor- tados ou importados por via maritima é afetada tas de navegagao — pode dizer aos importadores © exportadores quando os contratos de embar- que comegam e terminam, Podem favorecer um tar o desejado comércio de uma cidade inteira. E como a atividade de transporte maritimo foi isentada pelo congresso da legislacao antitrust, tudo isso 6 legal “ste é um dos.iltimos acordos legais def- xagao de preces em existéncia”, diz. Robert Litan, um ex-funcionario da secao antitruste do Depar tamento de Justiga. Empresas aéreas e bancos io poderiam fazer isso, diz, "mas se voc’ for ‘uma empresa de navegagio no hé nada que im- peca finar proses.” Poderfamos chamé-la a OPEP da navega- Gio, embora nao seja to poderosa porque nao pode impedir seus membros de construir navios Naturalmente, Ana poderia raciocinar da mesma forma. Se isso viesse’ bri ‘ocorter, cada um levaria 40 litros de agua a cidade. As vendas totaisseriam lee £80 itros ¢ o prego se reduziria para US$ 40. Portanto, se os duopolistas perse’ Mai guirem seus interesses individuais ao decidir quanto produzie, eles produ! rao uma quantidade maior do quea do monopélio, cobrardo um preco menor do que 0 monopélio e set lucro sera inferior a0 lucto monopolista, Fale Emboraa logica do interesse proprio aumentea produgio acima do nite! do monopélio, ela nao leva o duopélio a alcancar a alocagio competitiva. Vel ‘que acontece quando cada um des duopolistas esté produzindo 40 lites. preco é de US$40 e cada um dos duopolistas lucra US$ 1.600. Neste caso log ‘ca do interesse proprio leva Pedroa uma conclusio diferente: “Agora, meu lucro é de US$ 1.600. Se eu aumentar a minha produg? } Cor para 50 litros, um total de 90 litros poderé ser vendido a um prego de US$30." Titro, Mew lucro serd de apenas USS 1.500. Em vez de aumentar a produgie® i derruiar 0 preco, é melhor para mim manter a producio em 40 litros.” Pali O resultado em que Pedro e Ana produzem 40 itros cada um tomas? fr uma espécie de equilibrio, De fat, este resultado é chamado de eu! { de Nash (em homenagem ao tedrico da economia John Nash). Um equil! y CAPITULO 16 OLIGOPOLIO 355 demais, Para obter mais negécios, alguns dos cat= téis permitem a seus membros cobrar retes inferio- is com grandes clientes. Bles também se deparam com 0 aparecimento de novos concorrentes, que mantém baixos os fretes em alguns mercados. ‘Apesar de tudo, atividade tem agora um pa- pel mais: destacado na economia dos EUA, na me- dida em que as empresas americanas se voltam mais para ocomércio mundial. As exportagies ma ritimas aumentaram 26% nos dois tiltimos anos ¢ Si desde o inicio da década. i dificil medir o impacto para os consumido- res. Os custos de transporte representam de 5 a 10% do prego da maioria dos produtos ¢ os aumen: tos nos fretes so em geral repassados aos consu- midores. Uma pesquisa em ambito limitado, feita ‘em 1993 pelo Departamento de Agricultura, erela- EUA, coneluiu que os cartéis respondiam por um aumento de até 18% nos fretes maritimos. Outro relat6rio, da Comissao Federal de Comercio, data- ram sem levar em conta 0s pregos fixados pelos 19%. “Os cartéis atuam contra os interesses dos consumiciores”, diz John Taylor, um professor de transportes da Wayne State University, Detroit, “Bles se destinam a manter altos os pregos.’ Hid algumas iniciativas para mudaro panora- ma. OSenado dos EUA esta discutindo um projeto de lei que, pela primeira vez em uma década, en- res20s fixados pelo cartel ou fazer acordos especia- ! tiva a USS 5 bilhdes de exportagées agricolas dos! ¥ plo, receiam que contratos secretos permitam as dode 1995, verificon que quandoas empresas ope- | } balhadores no sindicalizados sem que os sindi- catléis, os contratos tinham seu custo reduzidoem ! F gio, pensa que os eleitores nao estio interessa- nao percebem os impactos dos cartéis.” E FONTE: The Wall Street Journal, 7 de outubro de 1997, fraqueceria os cartéis ao diminuir seu poder de fiscalizar seus membros. © projeto, patrocinado pelo senacior Kay Bailey Hutchison, do Texas, tem apoio de importantes republicanos, como o lider da maioria Trent Lott. (..) Durante vito décadas os cartéis da navega- G0 foram protegidos pelo Congresso soba Lei de Navegacao de 1916, aprovada sob influéncia dos clientes das empresas americanas de navegacio que pensavam que os cartéis assegurariam um, servigo confidvel. A lei s6 sofreu duas revis6es aprecidveis, em 1961 eem 1984, masem ambas a imunidade antitruste permaneceu inalterada. Recentemente, uma Comissio do conge so fez, em 1991, nova revisio da legislagao. Ou- viu mais de 100 testemunhas, fez um relatério de 250 paginas —sem qualquer conclusao ou reco- mendagao. (.) A verdadeira razao dos anos de inatividade ‘no Congresso pode ser apatia ¢ agio de vérios lobbies. Os trabalhadores de estiva, por exem- empresas de navegacio desviar cargas para tra- catos saibam disso. David Butz, economista da Universidade de Michigan, queestudou navega- dos, os cartéis nao sto um t6pico quente. “Esta abaixo da tela do radar”, diz. “Os consumidores PAL 3 brio de Nash ¢ uma situagdo em que os atores econdmicos interaginde en- 2 tresiescolhem, cada um deles, a melhor estratégia para si com base nas es- - __ tatégias escolhidas pelos demais. Neste caso, como Ana esta produzindo +. 4Dllitros, a melhor estratégia para Pedro é produzir 40 titros. Uma vez al 1, Cangado este equilibrio de Nash, nem Pedro.nem Ana tém incentivo para alterar sua decisao. ai Este exemplo ilustra a tensdo entre cooperacao e interesse proprio. Os oli equilibrio de Nosh situagio em que ators econmicos intragindo entre si 2 | S0polistasestariam melhor cooperando ealcancando um resultado de monopd- «olen sua melhor estratégin, ‘io. Contudo, como eles procuramt seu proprio interesse, nao conseguematingi “tsa strains escolidas i ©83ultado de monopolio ¢ maximizar seus luctos conjuntos. Cada oligopolista POS demais atores €tentado a aumentar a producio e capturar uma parcela maior do mercado. 0 | Como cada um deles tenia fazer isso, a producao total aumenta e o prego cai ° | Ao mesmo tempo, o intetesse proprio dos empresérios nao leva o merca- @ | doapercorrer todoo caminho para um resultado competitive. Como osmono- | Polistas, os oligopolistas estdo conscientes de que aumentos na quantidade ef Produzida reduzirao os precos. Portanto, eles nao avangam até o ponto de se- @ {Suita regra da empresa competitiva de produzir até o panto em que 0 prego S¢ja igual ao custo marginal. 356 PARTEY COMPORTAMENTO DA EMPRESA E ORGANIZACAO DA INDUSTRIA Em resumo, quando as empresas de um oligapélio escolhem individvabyynte» quantidade produzida que maxiriza 0 lucr, eles pradirzer wma quantidadt maar, queo nivel do monopatioe menor doqueoque serinatingid pela concorrencia, © pre, do ligopdlio é menor do que o do ntonepélio rans maior do que 0 pregordo mercado cay petitivo (em que 0 preco € igual ao custo marginal) COMO O TAMANHO DO OLIGOPOLIO AFETA OS RESULTADOS DE MERCADO Podemos utilizar 0 aprendizado desta anélise do duopélio para entender eon, 6 tamanho de um oligapslio pode afetar o resultado de um mercado. Imaging por exemplo, que Joao e foana de repente descuibram agua em suas Propriedy des e que se juntem a Pedro e Ana no oligopélio da dgua. Oesquema de demay da da Tabela 16-1 permanece o mesmo, mas agora ha mais produtores disnong, veis para atender a demanda, Como um aumento de dois para quatro no nine. ro de vendedores afetaria o prego e a quantidade de agua da cidade? Ses vendedores de dgua puctessem formar um cartel, eles tentariann no vamente maximizar 0 kicro total produzindo a quantidade de monopsin cy. brando o precode monopslio. De mesma forma que ocorria quando hava aye. nas dois vendedores, os integrantes do cartel tém que colocar-se de acordg quanto aos niveis de producao de cada integrante e encontrar alguma forma de viabilizar 0 acordo. Contudo, a medida que o cartel se tora maior, isso ¢ menos provavel. Alcangar e por em pratica um acordo se torna mais gif quando o lamanko do grupo aumenta. Se os oligopolistas nao formam um cartel — talvez porque seja proibics pela legislagao antitruste — eles dever decidir individualmente quanto pro duzir, Para ver como este aumento no niimero de vendedores afeta o result do, vejamos a decisio de cada vendedor. A qualquer tempo, cada dong de pogo tem a opgéo de aumentar a producao em 1 litro. Ao tomar a dec dono do pogo pesa dois efeitos: Bjeito quantidade: como 0 preco ésuperior ao custo marginal, a Venda de 1 litro adicional ao prego corrente aumenta o lucto. 10,0 & Ffeilohucro:0 aumento da produgio aumentars o total das vendas,o gy duziré 0 prego da agua e o lucro de todos os outros litros vendides, Seo efeito quantidade for maiordo que o eeito prego, 0 dono do poco ax mentaré a produgao. Se 0 efeito prego for maior do qué o efeito quantidade,o proprietiio do poco nio aumentard a produgao. (Neste caso, de fato, seria mais lucrativo reduzira produgao.) Cada oligopolista continuaré a aumentara produgio até que estes dois efeitos marginais se anulem totalmente, conde rando a produgie das demais empresas como dada Yejamos agora como o niimero de empresas do setor afeta a anslise margi ral de cada oligopolista. Quanto maior omuimero de vendedores, menos cada un deles estar preocupado quanto ao seu proprio impacto sobre o preco de merc do, Istoé, a medida que o oligopélio aumenta em tamanho, a magnitude do efete pteco se reduz, Quando 0 oligopdlio cresce, 0 efeito prego desaparece, deixande apenas 0 efeito quantidade, Neste caso extremo, cada empresa de um oligo lit aumenta sua produgio enquanto o ptego for superior ao custo marginal Podemos ver agora que um grande oligopélio é essencialmente tm g po de empresas competitivas. Uma empresa competitiva considera apenas feito quantidade quando decide quanto produzir: como empresa compet va étomadora de precos, 0 efeito preco esté ausente. Assim, @ medida que git | mero de vendedores de un oligopélio aumenta, 0 mercado oligopolista se assent mais e mais a ui mercado competitive. O prego se aproxima do custo marginal ¢2 quantidade produzida se aproxinu do nivel socialmente eficiente. co tac ef cor eg pet {oti ink ue pre out 3P. es) Ahi por lida situ lio. Pedi ume magi uel Emit trola quer dena op Pedr sant jenta Osm dlepoi prego, de UL Usp3 iran race recac ano,n sesda mera hair doper em 19 leo foi serdes ito do lio CAPITULO 16 OLIGOPOLIO Esta andlise do oligoplio oferece uma nova perspectiva dos impactos do para conseguir negécios mutuamente vantajosos. Ao fazé-lo, elas confiam a + Granda sistema judicidrio a garantia dos contratos. Contudo, durante muitos sécul | : 03 juizes da Inglaterra e dos Estados Unidos da América consideraram qe? j 0 "™™ acordos entre concorrentes com a finalidade de reduzir quantidades e aur» tovdal tar pregos sio contrérios ao bem publico, Portanto, se recusam a garanti'®* |p, acordos. inca! A Lei Sherman de 1890 codificou e reforgou esta politica * aeDepa Toantatawxcooratormadettecvoutaoncrpindo.pt | yd a restri¢ao do intercimbio ou comércio entre os varios Estados, ou com pai | tes i ses estrangeitos, 6 declaradbilegal...Toda pessoa que monopolizar ou te SOD, tar monopolizar qualquer parte dointercdmbio ou comércio entre os varios is fF 7 Concorné Estados ou com paises estrangeitos sera considerada culpada de contra tengy ven e condenada, ser panidacom alta nao superior acingdenta mil J 4, 2¥8 dilares, ou a prisio por prazo ndo superior a um ano, ou a ambas as puni ae as pass 6s, a critério do tribunal x oy x0 8 se te tis CAPITULO 16 OLIGOPOLIO A Lei Sherman elevou as acordos entre oligopolistas de um contrato sem validade para a categoria de uma conspiracao criminosa, A Lei Clayton de 1914 reforgou maisainda a legislacao antitruste. Segun- doesta lei se alguém pudesse provar ter sido prejuicado por um acordo ile- galderestrigio 20 comércio, essa pessoa poderia recorrer 3 justiga ¢recuperar trés vezes 0 valor do prejuizo sofrido. O propésito de uma regra tao incomum de uma tripla indenizacao era o de incentivar acbes judiciais particulates con- ira oligopolistas em conluico. ‘Atualmente, tanto o Departamento de Justiga dos Estados Unidos quanto partculares podem iniciar agdes judiciais pata forgar o cumprimento da legis- lagaoantitruste. Como visto no Capftulo 14, estas leis sao usadas para impedir fusdes de empresas que possam aumentar excessivamente o poder cle merca- dode uma tinica empresa. Além disso, estas leis sdo utilizadas para impedir os ‘ligopolistas de agir em conjunto com a finalidade de tornar seus mercados menos competitivos. ESTUDO DE CASO: UM TELEFONEMA ILEGAL Empresas atuando em mercados oligopolistas tem um forte incentivo a entrar em conhio para reduzir a proclugao, aumentar os pregos e elevar os lueros. O grande economista do século XVIII, Adam Smith, estava bem consciente desta falha de mercado potencial. Em A Riqueza das Nagdes esereveu:“ Pessoas envol- vidasrra mesma atividade raramente se retinem sem quea conversa termine em uma conspiracio contra 0 publico, ou em alguma manobra para auumentar 0s pregos.”” Para observar um exemplo moderno da afirmacao de Smith, considere a seguinte transcrigio de uma conversa telefnica que teve lugar no inicioda d cada de 1980 entre dois executivos de empresas aéreas. A ligagdo foi noticiada 10 New York Times em 24 de fevereiro de 1983. Robert Crandall era presidente dda American Airlines e Howard Putnam, presidente da Braniff Airways. Crandall; Penso que 6a maior besteira sentar aqui e continuar com a porcaria desta discussao e nenhum de nés ganhar um centavo. Putnam: Alguma sugestio? Crandall: Sim, tenho uma sugestao. Aumente a droga das suas tarifas uns 20%, Eu aumento as minhas na manha seguinte. Putnam: Robert, nés. Crandall: Vocé vai ganhar dinheiro e eu também. Putnam; Nao poctemos falar de precos! Crandall: Ora, Howard! Podemos falar de qualquer m... que a gente quiser Putnam tinka razao:a Lei Sherman proibe executivos concorrentes até de falar de fixacao de precos. Quando Putnam entregou a fita com esta conversa a0 Departamento de Justiga, este processou Crandall Dois anos depois, Crandall e o Departamento de Justica fizeram um. acordo pelo qual Crandall concordava com varias restrigdes a suas ativida- des comerciais, incluindo contatos com executivos de outras empresas aére- 8. O Departamento de Justica disse que os termos do acordo “protegeriam a concorténcia no ramo de aviacao, impedindo a American Airlines ¢ Crandall de novas tentativas de monopolizar 0 servigo de passagens aéreas em qual- Quer rota mediante entendimentos com concorrentes a respeito dos precos «tas passages’. 367 368 PARTE V COMPORTAMENTO DA EMPRESA E ORGANIZACAO DA INDUSTRIA DOS JORNAIS tem em andamento 30 grandes itis espalhados J | pelo pais tratando de casos de fixagio de pregos,e | espera-se que novos casos sejam abertos. (..) ! Um pequeno passo: de executivo Andreas, que ndo depés em defesa pri- : miliondrio a malfeitor condenado — : pria,sentou impassivel enquanto ojuiz distrital i Blanch M. Manning lia o veredicto numa sala sn apinhada. Antes do escindalo, Andreas, de 49 . Supde-se que seja obrigacéo dos executives maxi- | 2n0s, ganhava US$ 1,3 milhdoanuaiscomoexe- | | 1, mizar os lucros da empresa, mas como o artigo a | cutivonimero2 da ADM cestava sendo prepa- 7 seguir deixa claro, eles precisam jogar dentro das. Fado para suceder seu pai, de 80 anos, Dwayne dee regras estabelecidas pela legislacao antitruste. Andreas. (..) Ojovem Andréas, o mais proeminente exe- de cutivo americano ja condenado por fixagio de a JURI CONDENA EX-ExecuTIVe pregos internacional, deveré ouvir a sentenga no i Do CASO ADM dia 7 de janeiro. Os promotores afirmam que pe- ai dirdo a condenagdo maxima de trés anos de pri- te Scott KILMAN sto por vielagao da Lei Sherman. O juri conside- bh rou que Andreas organizou um cartel com qua- ‘h, CHICAGO = Um jtiti federal considerou Michael D, : #0 empresas asisticas para controlar o mercado ae Andreas e dois outros ex-executivos da Archer-Da- } mundial de lisina, que movimenta US$ 650 mi- sue niels-Midland Co. culpados num importante pro- : !hdes,e¢importante aditivo para ragdes bovinas cast cess0 rlativo a fixagao de precos. destinado a acelerar o crescimento de aves esi tros A deciséo unanime tomada pelos seis ho- _ B08: [Nola do Autor: Ancieas foi condenado a ret mens e seis mulheres do jtri, apés uma semana de : dois anos de prisio.] deliberagdes e dois meses de julgamento, é um gol- : tont pe para a familia Andreas, cujo longo controle da. FONT! The Wall Street oun, 18 de setembro de 1988, sia gigante do processamento de graos sediada em : PA? tras, Decatur, Illinois, a tornou uma das familias mais ri- : leg as e politicamente influentes do Meio-Oeste. See eee seas dew O weet roporcionoy a Depar- | (Sonileumgvon emacs gene ds: | hy tamento de Justica as maiores condenacées em sta. fundamentaparalevaroacusado pelo mesma julgamento. uta contra os cartéis globais ilegais.O Departamento: qv.) 1 ull cone pa CONTROVERSIAS SOBRE A POLITICA ANTITRUSTE de alt tenh Ao longo do tempo boa parte das controvérsias girow em torno da questio dot tipos de comportamento que a legislacao antitruste deveria impedir. Muitos—Fpr comentaristas concordan qué acordas de fixagao de precos entre emprés®” dog concorrentes deveriam ser ilegais. Contudo, a legislacio antiteuste tem sid0 anti usada para condenar algumas praticas comerciais cujos efeitos nao so dbvies. vite Veremos aqui dois exemplos. Coio Povte Fixacao dos precos de revenda Um exemplo de pritica contt” vertida é 0 da fixagio dos precos de revenda, também chamada de comércio jist) 4s a Imagine que a empresa Eletrdnica de Primeira venda videocassetes &s los | rec varejistas por US$ 300, Se a empresa exigir que os varejistas cobrem US$ 390 | uma ‘aos consumidores, diz-se que esta fixando os precos de revenda. Qualquet ; prec revendedor que cobrar menos de US$ 350 tera rompido seu contrato com? | Cont Eletrdnica de Primeira. thor A primeira vista esta fixagéo de pregos pode parecer uma pratica ant | duc atity competitiva e, por conseguinte, prejudicial a sociedade. Como no caso de ut L vs ‘as do 2 bo. jes 60 wet va ati am CAPITULO 16 scordoentse0s patticipantes de um cartel, impede que os vareistas concortam per pregps Por este motivo, cs tribunais tem consilerado a frag dospregos MP revenda uma viola¢ao da legislacao antitrust, Contudo, alguns economistas defendem a pratica por duas razies. Pri ineiramente, eles contestam qui a fixagao dos pregos de revenda tenha como Uhjetivoreduzr aconcoreéncia, Na medidiaem que a BletrOnica de Primeicate- phaalgum poder de mercado, ela pode exercer este poder mediante os precos ho atacado de preferéncia a0 recurso a fixagao dos pregos de revenda, Mais vinda, a empresa no tem incentivo para desestimular a concorréncia entre os

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