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Jornal Rumos N.º 2 pp.19-27
Jornal Rumos N.º 2 pp.19-27
ENCONTRO DE ORAÇÃO
Braga, 26-29 de Dezembro
podes formar a tua aprendemos a falar, animadores
M.ª João Vieira
- 12.º A - própria opinião.” a escrever, também e animandos
Com este espírito podemos aprender a portugueses, de
crescem os grupos rezar, a comunicar o idades diferentes
Um Campo de cristãos, do 7.º ano da que sentimos, o que e em níveis de
férias de Natal?
descoberta e da tão queremos mudar. encontro diferentes:
Um encontro de
importante amizade Com pequenos todas estas pessoas
grupos cristãos? UM
até às comunidades, passos, a oração fizeram com que
ENCONTRO DE
uma opção de vida deixou de ser uma os “workshops”
ORAÇÃO?
radical. palavra antiquada de fé e danças
A palavra “oração”
ecoa nas nossas O encontro de para passar a ser contemplativas,
mentes como Oração não surge uma espécie de
as orações, os
um desperdício de “pára-quedas”, letra nova que uma
momentos de
de tempo, um mas com um sentido criança descobre. O
convívio fossem
aborrecimento que determinado, num silêncio, o evangelho,
especiais e sentidos
temos de tolerar, certo ponto da a reflexão, tudo isto
de formas diferentes
ou porque a nossa caminhada em trespassa para o nível
grupo e, por isso, é da realidade, das por cada um de nós.
família é cristã ou
destinado aos grupos injustiças sociais, do Agradecimento ao
porque simplesmente
estamos no Colégio a partir do 12.º ano. que cada um de nós Colégio São Caetano
La Salle de Barcelos. No encontro vive hoje. e à grande Equipa
“Tens que descobrimos Animadores e Pastoral que temos
experimentar, depois que, assim como animandos espanhóis, no nosso Colégio!
rumos
20 09/10
EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE
A Educação Sexual no Colégio La Salle
sexuais de risco, tais i) O reconhecimento secundário, a educa-
Carlos Lopes
- Professor - como a gravidez não da importância de ção sexual integra-se
desejada e as infec- participação no pro- no âmbito da edu-
ções sexualmente cesso educativo de cação para a saúde,
Após um período de transmissíveis; encarregados de edu- nas áreas curriculares
alguma controvérsia e) A capacidade de cação, alunos, pro- não disciplinares, e,
social relativamente protecção face a fessores e técnicos de no caso do ensino
à forma como a edu- todas as formas de saúde; secundário, também
cação sexual deveria
exploração e abuso j) A compreensão nas áreas curriculares
ser abordada nas es-
colas, a Assembleia sexuais; científica do funcio- disciplinares.
da República decre-
tou a Lei nº 60/2009,
de 6 de Agosto, que
estabelece o regi-
me de aplicação da
educação sexual em
meio escolar. De
acordo com a mesma,
constituem finali-
dades da educação
sexual:
a) A valorização da
sexualidade e afec-
tividade entre as
pessoas no desenvol-
vimento individual,
respeitando o plura-
lismo das concepções
existentes na socieda-
de portuguesa;
b) O desenvolvi-
mento de competên- f) O respeito pela namento dos meca- Face ao exposto, no
cias nos jovens que diferença entre as nismos biológicos Colégio La Salle, esta
permitam escolhas pessoas e pelas di- reprodutivos; temática tem sido
informadas e seguras ferentes orientações l) A eliminação de abordada nas aulas
no campo da sexuali- sexuais; comportamentos de Área de Projecto e
dade;
g) A valorização de baseados na discri- Ciências da Natureza,
c) A melhoria dos
relacionamentos uma sexualidade minação sexual ou na no caso do segundo
afectivo-sexuais dos responsável e infor- violência em função ciclo, nas aulas de
jovens; mada; do sexo ou orientação Formação Cívica e
d) A redução de con- h) A promoção da sexual. Ciências Naturais, no
sequências negativas igualdade entre os Quer no ensino bá- terceiro ciclo, e nas
dos comportamentos sexos; sico, quer no ensino aulas de Formação
Jornal
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Cívica, Biologia e
Geologia e Biologia,
no dia 3 de Dezem-
bro. No dia 19 de
Alunos Novos
no ensino secundário, Fevereiro, está pre- Convivência, em re-
Carla Figueiredo
o que não prejudica vista uma sessão de dor de um tema unifi-
- Professora -
a transversalidade da esclarecimento sobre cador ao qual se dá o
educação sexual nas a temática da sexua- nome de objectivo do
restantes disciplinas lidade, para os alunos Como já vem sendo ano, que no presente
dos diversos anos. tradição, realizou-se, ano lectivo se concre-
do ensino secundário,
Salienta-se que os mais uma vez, um
orientada pelo Pro- tiza na expressão “La
conteúdos científicos encontro com os Pais
têm sido abordados fessor Doutor José Salle … um Olhar
Rui Alves, doutorado e Encarregados de
por docentes da área Solidário”.
em Bioquímica, pela Educação de todos
da Biologia. A adesão dos Pais
De acordo com as Universidade do Mi- os alunos que, pela
primeira vez no ano e Encarregados de
orientações da Direc- nho.
lectivo 2009/2010, Educaçao foi eleva-
ção-Geral de Inova- Importa salientar que
ção e de Desenvol- a abordagem da edu- ingressaram no Colé- da, demonstrando
vimento Curricular, gio La Salle. o seu interesse por
cação sexual de for-
foram calendarizados ma objectiva, clara e Esta reunião, que de- estes assuntos, que
os conteúdos e te- natural, não obstante correu no dia nove de influenciam de forma
mas a abordar, assim as orientações do Mi- Outubro, teve como significativa a edu-
como as iniciativas, nistério da Educação, objectivo principal, cação dos seu filhos
visitas e actividades terá sempre em con- dar a conhecer o e educandos. Esta
a realizar ao longo do “Carácter Próprio reunião contou ainda
sideração o carácter
ano lectivo. dos Centros La Sal- com a participação da
Destacam-se, até ao próprio do Colégio
La Salle, que visa le” a todos quantos Equipa Directiva, dos
momento, as sessões
uma educação em va- nela participaram. O Directores de Turma
de esclarecimento e
os debates promo- lores, nomeadamente, documento anterior- e da Associação de
vidos nas aulas de uma educação para mente referido define Pais e Encarregados
Formação Cívica, a responsabilidade, os pontos fundamen- de Educação.
a partir de artigos a criatividade, a jus- tais nos quais se ba-
No final deste en-
científicos e/ou tes- tiça, a convivência, seia o trabalho desen-
contro teve lugar um
temunhos escritos e a interioridade e a volvido nos Centros
a visita, no dia 30 de pequeno convívio,
transcendência. de Pedagogia Lassa-
Novembro, de alunos Trata-se, portanto, de lista, nomeadamente organizado pela As-
do 9º ano, à Casa da dar continuidade ao no que a sua propos- sociação de Pais, no
Juventude de Barce- trabalho desenvol- ta de educação em qual se promoveu
los, para participar vido nos Centros La valores diz respeito. o conhecimento, a
numa sessão de es- A este propósito convivência e a re-
Salle que “instruem e
clarecimento relativa- lação entre os vários
educam com o objec- refira-se que diaria-
mente à SIDA, tendo
contribuído também, tivo de que cada alu- mente no interior das elementos da Co-
com a elaboração de no saia da “escola” escolas lassalistas se munidade Educativa
uma série de cartazes dotado de tudo o que procuram trabalhar presentes.
de sensibilização, necessita para viver valores como: Justi-
alusivos ao tema, que como pessoa.” ça, Responsabilidade,
foram expostos no Exigência, Solidarie-
Largo da Porta Nova, dade, Trancendência,
rumos
22 09/10
MOMENTO DE LEITURA
“O Sétimo Selo” A história começa
quando um cientista
opinião sobre o
facto de poluirmos
em que o preço deste é assassinado o ambiente porque
Raquel Oliveira
- 8.º C - atinge os cem dólares na Antártida e a traz consequências
e está em risco de Interpol contacta dramáticas para a
esgotar. Este livro Tomás Noronha humanidade.
Desde o princípio para decifrar um Não vou revelar
torna-se de leitura
que este livro obrigatória. enigma com mais mais pormenores,
me chamou à Outro dos temas de mil anos, um apenas vos aconselho
atenção pelo seu sociais abordados segredo bíblico que vivamente esta
título misterioso e neste livro é o o criminoso rabiscou leitura. Na minha
enigmático. Quando envelhecimento numa folha e deixou opinião, o melhor
o li achei-o muito das população e as ao lado do cadáver: livro de José
interessante, pois suas consequências 666. Rodrigues dos
Acho que quem ler Santos.
este livro vai mudar Prepara-te para o
por completo a sua choque!
Jornal
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SÉTIMA ARTE
“Gattaca”
Toda esta temática le- do nascimento. Isto a tese na qual todos
Sandra Gomes
- 11.º A - vanta questões na so- é, concordo com a os organismos são
ciedade: até que pon- experiência genética portadores de capaci-
to se pode utilizar a quando são diagnos- dades suficientes para
«Gattaca» é uma nar- manipulação genéti- ticadas doenças, mas ditar o seu próprio
rativa cinematográfi- ca? Deve haver limi- já com um ser vivo destino.
ca que retrata a temá- tes para este tipo de formado. Em suma, devem ser
tica da manipulação concepção? Devem Outro aspecto que impostos limites à
genética, referencian- existir cláusulas? quero realçar é a ati- manipulação genéti-
do-a como uma impo- Na minha opinião, tude do “filho imper- ca. O ser humano tem
sição que a sociedade feito”, do “não-váli- o dever de superar
a concepção de um
faz sobre os “futuros do”, do “ser mental e os limites impostos
filho deve ser feita
pais”, na qual estes fisicamente inferior”. ao seu destino, pois
de um modo natu-
têm duas opções: Os sonhos são para só assim alcançará o
ral, sendo produto
por um lado, podem ser concretizados, êxito e a realização
do amor dos pais,
conceber um filho mesmo que contrarie- pessoal.
garantindo assim
biologicamente, isto dades surjam. Apoio
uma diversidade bio-
é, sem manipulação
lógica activa, e não,
genética, arriscando-
ser resultado de uma
se a essa concepção
estar nas mãos da na- pré-selecção de ca-
tureza e, num futuro racterísticas estipula-
profissional, não ob- da pelos pais. Julgo
ter mais do que uma desumana a imposi-
baixa posição social, ção da sociedade em
sendo-lhe imposta a relação às caracterís-
designação “não-vá- ticas do ser humano.
lido”; por outro lado, Não acho coerente a
têm a oportunidade entrega de um esta-
de conceber um filho tuto social ao código
geneticamente mani- genético.
pulado, cujo objecti- Por outro lado, defen-
vo é a introdução de do que possa haver
novas características, manipulação genéti-
aumentando assim a ca para a síntese de
sua utilidade, e ga- alguns produtos, mas
rantindo um aliciante apenas com o objec-
futuro profissional, tivo do tratamento
sendo-lhe já atribuída de enfermidades, não
a designação “váli- havendo qualquer
do”. manipulação antes
rumos
24 09/10
UM OLHAR SOLIDÁRIO... não conseguiam tra-
balhar nos engenhos
Escravatura Depois das boas
experiências que
de açúcar, pelo que
Portugal teve que se
XVIII, no reinado de tiveram com a cana- fornecer com os es-
Rui Fernandes
D. João V, decidiu de-açúcar na Madeira cravos de África.
- 6.º B -
fazer frente a estes e em S. Tomé e Prín- Os escravos eram
problemas. cipe, a nobreza do obrigados a fazer tra-
No século XVII O comércio com a país decidiu apostar balhos forçados sem
Portugal sofreu uma Índia já não desper- neste produto. Mas a receberem salário,
crise política com a tava muito o nosso crise havia-se agra- eram chicoteados
morte de D. Sebas- interesse por duas vado tanto naqueles sem dó nem piedade
tião e mais tarde com razões: primeiro, sessenta anos que só e eram obrigados a
a do seu tio, o Carde- porque países como a a cana não chegava, fazer viagens longas
al-Rei D. Henrique, Holanda, a França e por isso Portugal teve sem poderem sair do
colocando-nos nas a Inglaterra concen- que se concentrar porão ou de cabines
mãos dos espanhóis. traram-se tanto lá que também no ouro, nos dos navios, acabando
Durante sessenta as especiarias deixa- diamantes e no taba- por morrer asfixiados
anos, Portugal foi ram de ser um luxo, co. ou com doenças.
dominado por estes pois vários países as O ouro era retirado A Nigéria e o Gana
a ponto de sofrermos podiam comprar e a das minas em gran- tinham as suas eco-
uma outra crise: a seda deixou de ser des quantidades e, nomias assentes no
crise económica… um material secreto um quinto do que tráfico de escravos.
originada pela perda e já era vendida a saía, ia para o Rei É preciso uma gran-
de algumas coló- altos preços na Euro- que, com tanto ouro, de desumanidade
nias que havíamos pa; segundo, porque pensa-se que se teria para ganhar dinheiro
conquistado séculos era arriscadíssimo tornado o homem graças à desgraça
antes, na época dos fazer esta viagem mais rico do Mundo. dos outros e, o mais
Descobrimentos. que durava um ano e A cana-de-açúcar estranho ainda é que,
Os ingleses, os fran- meio, sabendo que os prometia muito mas antigos escravos,
ceses e os holan- navios portugueses os escravos Índios depois de libertados
deses, sabendo que eram os melhores que
Portugal era domi- havia na época e que
nado pela Espanha e estavam cheios de
que os guardas que riquezas. Era difícil
deveriam estar nas não despertar a aten-
colónias estavam ção dos piratas e de
ocupados a combater outros navegantes.
por Espanha, apro- Portugal teve então
veitaram e conquista- que se concentrar no
ram facilmente esses Brasil e explorá-lo.
territórios. Cultivaram cana-de-
Porém, Portugal açúcar, tabaco, cacau
recuperou a indepen- e café e extrairam
dência e, já no século ouro e diamantes.
Jornal
25
dedicavam-se ao
tráfico destes mes-
AMBIENTE
mos para ganharem
o dinheiro que não
Ponto Electrão
tinham recebido Carlos Lopes
enquanto exerciam -Professor -
esta função. Mesmo
sabendo o quanto Em Portugal, são
tinham sofrido quan- geradas anualmente
do eram escravos, milhares de tonela- siste na visita do de base à atribuição
ainda assim não se das de Resíduos de Ponto Electrão Metá- final de 11 prémios
inibiam de colocar Equipamentos Eléc- lico às Escolas Ade-
outras pessoas nesse no âmbito de cada
tricos e Electrónicos rentes, permitindo o
sofrimento. grupo de escolas.
(REEE), sendo de contacto da comu-
Esta actividade cruel, vital importância a (prémios que poderão
nidade escolar com
deixaria de ser tráfico sua deposição nos passar por quadros
este contentor criado
mas sim comércio de locais apropriados, interactivos, compu-
pela Amb3E e espe-
escravos por bênção
como o Ponto Elec- cialmente concebido tadores, impressoras,
papal.
trão, para que possam para receber REEE câmaras fotográficas
Antigamente, havia
ser correctamente de pequena e média e de filmar, televiso-
quatro maneiras de
encaminhados para dimensão. res LCD...).
se tornar escravo: ser
tratamento, valoriza- O Dia Electrão no
prisioneiro de guer- Para o sucesso da ini-
ção e reciclagem. Colégio La Salle foi
ra, tornar-se escravo ciativa, foi necessário
Neste sentido, o Co- o dia 21 de Janeiro,
para não ser preso que alunos, profes-
légio La Salle, aderiu de forma a coincidir
por cometer um cri-
ao projecto “Escola com o período de sores e funcionários
me, havia pessoas
que eram retidas e Electrão” que conta recolha estipulado contribuíssem com
exerciam as funções com 603 escolas de (13 de Janeiro a 2 de Resíduos de Equipa-
de escravo até uma todo o país, totalizan- Fevereiro de 2010). mentos Eléctricos e
determinada dívida do cerca de 405 000 O peso dos REEE,
Electrónicos (REEE),
ser paga ou por troca alunos. recolhidos nas esco-
que estivessem arru-
de comida, cedia-se O Dia Electrão con- las aderentes, servirá
mados lá por casa.
um membro familiar.
Actualmente, a escra- Na eventualidade de
vatura continua a ser ganharmos algum
muito vista em Áfri- dos prémios referi-
ca, especialmente em dos, estes serão utili-
crianças. Felizmente, zados nas actividades
há associações que se do Colégio, logo,
encarregam de recu-
ganha o Colégio,
perar essas crianças
e de as devolver aos ganham os alunos e,
pais utilizando méto- principalmente, ga-
dos fantásticos. nha o ambiente.
rumos
26 09/10
Podemos ter muito ísta de egoísmo e guerra
Mafalda Cardoso dinheiro Esqueço-me dos que Cada vez queremos
- 8.º C - E por vezes ate saúde vivem mais
Mas se não partilhar- Ao frio, ao relento, e ao Esquecendo tantas
mos com os mais po- abandono crianças
SOLIDARIEDADE bres Que sofrem pelos de-
De nada vale a nossa À medida que vou mais
Não custa nada dar um riqueza crescendo
sorriso Vou tomando consciên- No Natal fiquei triste
Ele vale mais que mil Quanto mais dou cia da vida Não recebi o que mais
palavras Mais tenho Por isso, quando for queria
Por vezes alegra o co- Quanto mais dou maior, Esqueci-me de tantas
ração Mais recebo Vou ser uma voluntaria crianças
Dos mais desfavore- activa Que morrem à fome
cidos No conforto do meu lar todos os dias.
Sem querer sou ego- Vivemos num mundo
Jornal
27
“PETER PAN” riência significante
de cada espectador,
correm da relação de
proximidade entre
5.º e 6.º anos afastando o paradig-
ma do fruidor passivo
professores e alunos.
Num outro registo,
tribuição para a for- tão próprio do ethos num outro contexto
Luísa Duarte
mação de novos pú- português. de trabalho, o clima
- Professora -
blicos, sensibilizando Acredita-se, de igual interpessoal melhora.
o gosto pelo teatro, forma, que aquele E, muitas vezes, mais
Organizada pelo De- estimulando a criação momento cultural importante que os
partamento de Lín- de uma comunida- incorporou outras conhecimentos que
gua Portuguesa, esta de de espectadores, potencialidades peda- se adquirem, são as
visita de estudo teve curiosos e abertos à gógicas e formativas; descobertas mútuas
como principal ob- inovação, autónomos de entre as quais se que se proporcionam.
jectivo proporcionar nos seus gostos e op- destacam as que de-
àquelas crianças uma ções, a compreensão
experiência diferente dos métodos utiliza- TEATRO - 9.º ANO
no âmbito das Artes dos na construção de Já dentro do teatro
de Palco, assistindo a um espectáculo de Tiago Araújo
- 9.º C -
choviam sim, ima-
gens e sons por toda
a parte. Eram muitas
Numa quarta-feira as faces desconhe-
bastante chuvosa cidas. Os bancos da
de Janeiro, as três sala aguardavam por
turmas do nono ano nós e começámos
fizeram-se ao camin- a acomodar-nos na
ho para assistirem a sala. Ouvimos uma
uma peça de teatro. voz radiofónica,
A caminho de Per- vimos por entre as
uma arte de represen- Teatro, assim como afita, o ambiente era cortinas do palco um
tar com milénios de os instrumentos de incontestavelmente homem dirigindo-se
anos de existência e leitura deste tipo de alegre, animado pelo para a boca de cena...
onde a magia emana espectáculo, o fo- nosso “motorista-dj” Era o director da
a todo o momento. mento de hábitos de que ao longo de toda companhia de teatro
Outros objectivos, reflexão e discussão a viagem colocou "O Sonho", que nos
porém, estavam-lhe sobre os espectácu- músicas para nos veio falar sobre as
implícitos, dos quais los frequentados, o animar. Começava normas de conduta
se destacam, pela sublinhar do papel a ser visível o nome na sala e acerca da
pertinência que assu- das diversas áreas de Perafita nas placas da peça que iria ser
mem, quer no âmbito expressão artística e estrada. À chegada representada. "Auto
curricular, pela con- técnico-artística no tivemos todos uma da Barca do Inferno",
solidação de apren- trabalho de criação e, sensação de mer- assim se denominava
dizagens, quer no em última instância, gulho, isto devido a peça que estávamos
âmbito da educação a contribuição para o à enorme precipi- prestes a assistir. A
para a cultura, a con- incremento da expe- tação do momento. sala fica em silêncio,
rumos