You are on page 1of 28

75 ANOS

Momento de Leitura
«A Freira do Subterrâneo»
Martinha Vale a freira outrora, pois este tecimento e a forma como
10.º A não consentia o seu casa- é pormenorizadamente
mento com Vladimir, um patenteada apelando à
jovem de origem modes- sensatez e rasgando hori-
ta. zontes da real consciência
De autor desconheci- que espelham o fanatismo sobre o autodomínio e o
Passadas duas déca-
do, “A Freira do Subter- adjacente à desvalorização nível de omnisciência de
das, o capelão, gravemen-
râneo” foi traduzida para dos direitos humanos, que cada um sobre o próprio
te doente e temeroso pelo
português por Camilo Cas- pode ser o percurso mais ser.
juízo final, remete uma
telo Branco, de quem são viável para o aproveita- Título: A Freira do Sub-
mento mal intencionado carta a Zolpki revelando
notórias fortes influências terrâneo.
literárias. Remonta de um deste exaltamento desme- o paradeiro da carmelita,
que este julgava morta. Autor: Desconhecido
acontecimento real vivido dido da fé. (Tradução de Camilo Cas-
em Cracóvia, uma cidade A narrativa colore as Na sua condição de juiz,
dirigiu-se imediatamente telos Branco).
polaca. diversas penitências desde Editora: Moderna Edi-
Bárbara Ubrik, uma a autoflagelação até à pró- ao convento, libertando-a
e internando-a no hospital torial.
carmelita que fora enclau- pria crucificação levando a
surada num convento por um estado de inconsciên- onde posteriormente aca-
ordem do seu pai devido cia cruelmente perpetrado baria os seus dias. Assim,
a contratempos amorosos, pelo capelão do convento consciencializou-se de que
é descoberta numa cela que tornava as noviças ví- se posicionara no lugar do
subterrânea volvidos vinte timas de violação. E nem pai da noviça, com uma
anos de reclusão e martí- mesmo Bárbara, apesar austeridade cega incapaz
rios. Durante esse tempo de se recusar às torturas de permitir que erros se-
a queda dos princípios lhe conseguiu escapar, o quenciais sejam corrigidos
religiosos e sobretudo mo- que a conduziu à loucura. e exterminados, assentin-
rais é reflectida na falta de Entretanto, Zolpki, o do a escolha da filha.
individualidade, na obedi- homem por quem sacri- Esta é uma vertiginosa
ência absoluta, no sado- ficara a sua vida, havia queda ao fosso da atroci-
masoquismo, no encarce- casado e tido uma filha dade da espécie humana,
ramento da liberdade, um que agora se encontrava grandemente intensificada
aglomerado de imagens na mesma situação que pela veracidade do acon-

«A Rapariga do Gueto» Cláudia Gomes


7.º C
O livro “A Rapariga do Gueto” é um dos muitos diários sobre a fuga ao Gueto de Varsóvia. É um relato inspirador da
luta para manter um mínimo de normalidade em circunstâncias aterradoras. Janina Bauman era um ano mais velha do que
Anne Frank quando eclodiu a Segunda Guerra Mundial, mas ao contrário do livro “Diário de Anne Frank”, esta é uma história
de sobrevivência. Quando um decreto de Hitler obrigou Janina e a sua família a ir para o Gueto de Varsóvia, Janina, uma
rapariga inteligente e cheia de vida, viu-se de repente confinada a um espaço fechado, partilhado com outras famílias judias.
No início, nem o recolher obrigatório nem a crueldade do ocupante alemão fizeram esmorecer a sua paixão por livros, por
rapazes e por histórias de amor. Mas em breve viriam os raides, e Janina, a mãe e a irmã foram forçadas a esconder-se nas
ruínas do gueto, para evitar terem de juntar-se aos milhares de outros que eram arrebanhados diariamente e enviados para
os campos de concentração. Seguiram-se dois anos em que viveram recolhidas por quem ousava ajudá-las, sob o terror
constante de serem traídas. Os seis cadernos em que a jovem foi relatando o seu quotidiano permitem-nos acompanhar
passo a passo a sua história. Uma história de luta desesperada pela sobrevivência e de grande coragem. Para mim este livro
foi muito importante, pois como a autora, aprendi novas realidades que até ter lido este livro não conhecia.

85
Título: A Rapariga do Gueto. Autor: Janina Bauman. Editora: Pedra da Lua.

#1
2008 - 2009

Momento de Leitura
«O Rapaz do Pijama às Riscas»
Ana Luísa Senra
9.º B

Nestes últimos tem- horrível nas proximida- nhece um rapaz da sua diferentes da vedação.
pos, tenho lido vários des de um campo de idade, Shmuel, que vive Os acontecimentos
livros, mas um dos que concentração. Bruno “no outro lado” e que, vão-se desenrolando
pretendo destacar é “O n ã o estra- rapidamente e, invo-
Rapaz do Pijama às Ris- com- n h a - luntariamente, Bruno
cas”, do irlandês John p r e - mente, vai caindo nas “arma-
Boyne, visto tratar de ende a n d a dilhas” destinadas aos
um dos temas abor- nada todo o judeus, comandadas
dados na disciplina de do que dia de pelo seu próprio pai.
História no 9º ano, a 2ª se está pija- Uma história que acaba
Guerra Mundial. a pas- mas às de forma trágica, mas
Este livro demonstra, sar e riscas, que, ao mesmo tempo,
através de uma lingua- ques- assim nos ensina muito, prin-
gem acessível, o que o tiona- como cipalmente no que toca
torna de leitura fácil, a s e todos a valores como a ami-
realidade da 2ª Grande muitas os que zade.
Guerra vista por Bruno, vezes ali vi- Aconselho vivamen-
uma inocente criança acer- v e m . te a leitura deste livro,
alemã de nove anos. ca da- Bruno e não só pelo contexto
O pai de Bruno é ge- quelas Shmuel histórico, mas também
neral no exército nazi, pesso- acabam pela lição de vida que
facto pelo qual toda a as que p o r transmite ao leitor.
família teve que se mu- estão do outro lado da travar uma profunda Título: O Rapaz do
dar de uma confortável vedação, pois nada sabe e verdadeira amizade, Pijama às Riscas.
mansão no centro de acerca do Holocausto. não obstante o facto de Autor: John Boyne.
Berlim, para uma casa Certo dia, Bruno co- cada um viver em lados Editora: Edições Asa .

«Filhos de Montepó» Daniel Costa


6.º A
O livro de que eu vou falar foi um presente da escola que comecei a ler e achei muito interessante. Fala
sobre um rapaz de treze anos que vive numa terra distante de Portugal chamada Montepó. Abílio tem uma
família composta por 6 elementos: ele, a sua irmã Rosa, o seu irmão António, Farrusco que é o seu cão e os
seus pais. Ao longo do livro Abílio vai aperceber-se que a vida não é fácil e vai ver isso ao longo da sua vida com
várias coisas que acontecerão e que nunca imaginávamos. Abílio ama secretamente uma rapariga chamada
Ana Teresa. Esta acabou por ser o seu primeiro amor. Abílio tentará perceber se o sentimento é mutuo... Se
quiseres saber mais, basta ler o livro. Na família existe um pequeno problema com o seu pai que é o facto de
ser alcoólico. Verá coisas do seu pai de que não se orgulhará e dele lições tirará.
Aconselho-vos a ler este livro porque acho que é uma história interessante e que quem está desse lado
gostará.
Título: Filhos de Montepó. Autor: Anónio Mota. Editora: Gailivro

86
.
75 ANOS

Musicbox
«Don’t Wanna Die»
My Federation, Eye Industries, 2008 Bruno Figueiredo
11.º A
Os “My Federation” foram a minha descoberta mais recente. Esta banda de Brighton, Reino Unido,
marcou já a sua presença musical no Reino Unido e mais recentemente no mundo com o seu single “What
Gods are These” introduzido na banda sonora do jogo FIFA
2009 onde os descobri. São uma banda de Indie rock e lan-
çaram em 2008 o seu último CD com o nome de um dos seus
singles, “Don’t Wanna Die”.
Na sua mistura de música rock, electrónica e psicadélica
cria-se um som espectacular que os amantes do rock não vão
querer perder. Para vocês, que não gostam de perder uma
novidade, esta banda é algo a não perder e o som é mesmo
espectacular e muito fixe. Aconselho as Músicas “Don’t Wan-
na Die”, “Open My Eyes”, “What Gods are These” e “Honey
Bee”.
Se quiserem ouvir algumas faixas e conhecer melhor a
banda podem ir aos sites:
http://www.myspace.com/myfederation
http://www.ilike.com/artist/My+Federation/songs

«Broken Social Scene»


Broken Social Scene, Art and Craft, 2005
Carlos Novais
Professor
A Antítese como princípio.
Início de viagem. À esquerda um beco urbano que inunda o espaço com o seu cheiro a humidade suja,
a corpos doentes, a cores moribundas. Piscar de olhos, à direita uma loja de doces. A inundação matiza-
se de água na boca, de memórias de uma qualquer cozinha de avó, de calor adocicado, de pertença.
Novo piscar. À direita, o mar... azul, calmo... sujo. Naufrágio antigo, de
um porto africano, gaivotas necrófagas, mais lixo, mais cheiro a morte.
Interlúdio. À esquerda uma montanha de cujos picos cheios de neve,
espraia-se encosta abaixo uma névoa fria, pura, límpida. Novo piscar, à
direita um concerto punk em inícios de encore, dois ou três acordes à
velocidade da luz, uma voz rouca, doente... À esquerda um pôr-do-sol
anunciado, numa tarde calma de férias no seu ocaso. É assim este ál-
bum. A Antítese como príncipio.
Os Broken Social Scene são uma banda da cena Indie canadiana de
onde nos últimos anos vieram a lume projectos tão interessantes como
os The Arcade Fire e os Death from Above 1979. Esta longa duração ho-
mónima de 2005 conta novamente com a belíssima voz de Emily Haines,
que empresta a harmonia a um albúm feito de extremos.

87
#1
2008 - 2009

Musicbox
«Are You Ready for the Blackout»
X-Wife, Nortesul, 2008. José Roberto Gomes
9.º C
Este é o mais recente álbum da banda portuense X-Wife. O seu indie-
rock electrónico surge agora com ainda mais força, não querendo dizer
que o anterior “Side Effects” não tivesse já demonstrado a energia das
suas músicas. A melodia da guitarra e a fantasia dos sintetizadores, vo-
calizações com um certo punk, sempre cheias de garra, aliados a linhas
de baixo vigorosas e ritmos de bateria bastante consistentes, fazem com
que o rock destes jovens seja algo de “mesmo fixe’’, algo dançável, já
que ninguém fica indiferente a tanta energia. Tendo já reconhecimento
no estrangeiro, os X-Wife provaram que “o que é nacional é bom”, ou
neste caso, muito bom. Misturas de sonoridades de Bloc Party, Wolfmo-
ther, Kaiser Chiefs e Daft Punk ajudam a entender o som desta banda.
Eles andam aí. Se tiverem oportunidade vale mesmo a pena vê-los.
Canções frenéticas e algumas doses de loucura esperam-vos.
Enchem e animam por todo o lado onde passam.
Com o grande potencial que demonstraram, acredito que sejam mais
um dos orgulhos nacionais no estrangeiro.
Recomendo!

«Ten»
Pearl Jam, Epic Records, 1991.
Celso Simões
Antigo Aluno
Início da década de 90, um novo som “explodia” em Seatle, o Grunge. Este estilo musical é muitas vezes classifica-
do como uma ramificação do hardcore, heavy metal e rock alternativo obtendo um resultado tão agressivo e gritante
quanto as suas letras. Cabelos compridos e despenteados, camisas de flanela amarradas à cintura, t-shirts de outras
bandas e calções largos compunham o visual grunge.
Como uma das maiores bandas de grunge surgiram os Pearl Jam, também eles originários de Seattle. Encantaram
a América em 1991 com o seu primeiro álbum, o “Ten”, álbum este que marcava pela sonoridade muito bem conse-
guida e pela genialidade das letras que estava presente em todas as músicas, que eram geralmente relacionadas com
angústia e sarcasmo, entrando em temas como a alienação social, apatia, confinamento e desejo pela liberdade.
Tendo em conta o panorama grunge da época, os Pearl Jam eram um pouco diferentes de outras bandas do
mesmo estilo, como por exemplo Nirvana, Alice in Chains ou até mesmo Soundgarden. Adoptando um som não tão
frenético, os Pearl Jam apostavam muito mais na mensagem inerente a cada música, factor este determinante no
sucesso que a banda tem vindo a alcançar nos quase já 20 anos de carreira, provavelmente muito por culpa do seu
vocalista Eddie Vedder que é o principal autor da maioria das letras da banda.
Grande exemplo de uma letra do álbum “Ten”, que tem como pano de fundo os podres na nossa sociedade, é a
faixa “Jeremy”. Esta música fala de uma história verídica de um jovem de 16 anos que nos EUA se suicidou com um
tiro na cabeça em frente a toda a sua turma e da sua professora, mas o objectivo da música não fica apenas por
denunciar este macabro acontecimento; vai muito mais além disso. A música quer passar a ideia de que se te sentes
excluído, posto de parte e não te sentes amado, a melhor vingança é viver, e provar a ti mesmo que és capaz de
ultrapassar tudo e todos.
Se ainda não ouviram Pearl Jam não sei do que estão à espera... Se por outro lado já ouviram, posso dizer-vos

88
que compreendo perfeitamente o que estão a sentir… é difícil parar não é?
75 ANOS

FILMSTAR
«Capitães de Abril»
Maria de Medeiros, Alia Film, 2000.
Mariana Lopes
6.º A
Em Portugal, na noite de 24 para 25 de Abril, uma canção desencadeia um Golpe de
Estado Militar que irá mudar a face do país e o destino dos Territórios dominados em
África.
Ao som do poeta Zeca Afonso, com a música: “Grândola Vila Morena” as tropas revol-
tosas tomam os quartéis. A Revolução Portuguesa distingue-se pelo carácter aventuro-
so, tanto como pacífico e lírico.

“Há momentos em que a única


solução é desobedecer!”
O filme, começa com cenas de mortos em África e com uma despedida de um casal em que o noivo ia
para o Quartel de Santarém. Algum tempo depois, o senhor Salgueiro Maia foi prender o seu comandante
desse quartel e perguntou aos soldados “Quem quer marchar para Lisboa?” E quase todos quiseram ir.
Alguns minutos depois, a PIDE estava a interrogar um estudante. Na rádio passaram a canção “Grândo-
la Vila Morena” que era um sinal de que a revolução estava em marcha. Todos os veículos estavam na
estrada, quando houve uma avaria a caminho de Lisboa. Nesse momento, foi lido o 1.º comunicado. No
Terreiro Do Paço estava o Ministro da Defesa a falar com um militar que estava a seu lado. Entretanto, na
prisão estavam a torturar o estudante. De manhã, chegaram os militares a Lisboa, ao Terreiro do Paço.
Depois de controlarem aí a situação, os militares foram para o Quartel do Carmo para prenderem Marcelo
Caetano. Na PIDE foram disparadas metralhadoras que mataram quatro pessoas, enquanto Salgueiro
Maia contava até três no Carmo. Quando o General Spínola entrou
no Quartel do Carmo seguido de Salgueiro Maia já Marcelo Caeta-
no se havia rendido e saiu escoltado num carro blindado. Depois,
foi anunciado na rádio que a Ditadura havia caído. Quando isto
aconteceu, houve muitos festejos pelas ruas. Marcelo Caetano foi
mandado para a Madeira para mais tarde ir para o Brasil.

Neste filme, o que mais gostei de ver foi a população bastante


animada a apoiar os soldados que iam nuns tanques de guerra
mas ao mesmo tempo não queriam derramar uma gota de sangue.
Chamou-me mais a atenção a coragem de Salgueiro Maia e dos
soldados ao enfrentarem o seu próprio comandante e lhe dizerem
que estava preso. Também gostei da vontade e do empenho de
algumas pessoas que se manifestaram dizendo bem alto expres-
sões como “viva a liberdade”, “abaixo Salazar”, entre outras. Gostei
de ver a florista a pôr o cravo na ponta da espingarda do soldado.
Não gostei da atitude dos ministros quando não queriam sair do
Quartel do Carmo porque não se queriam render. No final, tudo
ficou bem e restaurou-se a Democracia em Portugal.

89
#1
2008 - 2009
LIBERDADE
«E não esquecer que a partir do momento que te-
mos a liberdade para tomar uma decisão ou fazer
uma escolha, a responsabilidade de tal acto passa a
ser nossa» Diana Ferreira
8.º B
A palavra liberdade regras nem leis). Lutar são espancadas ou exe- tese de tomar as nossas
assume várias designa- pela liberdade não se cutadas. São alguns dos próprias decisões mas,
ções por todo mundo, resume apenas a ques- inúmeros exemplos da se essas decisões não
Freiheit (em alemão), tões de regime político falta de liberdade vivi- gerarem mais liberda-
Sloboda (em croata), (como ocorreu em Por- da por essas mulheres. de, todas as lutas tra-
Vapaus (em finlandês), tugal com a luta pelo Mas não é preciso via- vadas anteriormente
Liberté (em francês), regime democrático jar para tão longe para se irão perder. Por isso
Freedom (em inglês) ou em vez de um estado encontrarmos situações cabe às gerações fu-
Frihet (em sueco), mas ditatorial) surgem tam- que nos revelam que a turas gerar mais liber-
bém quan- liberdade feminina ain-
do falamos dade e fazer com que
da está muito longe da
por exemplo os esforços anteriores
desejada. Na Europa a
pelo direito não sejam esquecidos.
Mulher ainda encontra
de igualdade. situações onde a sua E não esquecer que a
Refiro-me por liberdade não se com- partir do momento que
exemplo ao para à do Homem. Em temos a liberdade para
papel da mu- aspectos tão simples tomar uma decisão ou
lher ao longo (supostamente) como a fazer uma escolha, a
dos tempos. distribuição dos postos responsabilidade de tal
Existem paí- de trabalho ainda não acto passa a ser nossa.
ses do Médio existe igualdade. Não Em liberdade somos co-
Oriente onde querendo transformar locados diante de nós
a mulher este artigo numa rei- mesmos para fazermos
nem sequer vindicação feminista, as nossas escolhas. No
tem alguma afirmo que a raça Hu- final desta reflexão con-
implicação mana ainda está muito segui alterar a minha
no destino longe da liberdade ple-
do país e em definição de liberdade.
na. Libertamo-nos dos Esta não se resume
no fundo significa para muitos dos casos nem regimes ditatoriais (nos
todos o mesmo. Simbo- sequer controlam a sua apenas a poder sair
países onde ocorreu
liza a independência, o própria vida. Meninas com os meus amigos
essa mudança) para, a
direito de se agir e pen- proibidas de ir à escola quando quero, poder
seguir, nos prendermos
sar de acordo com a sua e condenadas ao anal- tirar a carta de condu-
no mundo do capita-
vontade, mas sem nun- fabetismo. Mulheres ção aos dezoito anos ou
lismo, consumismo e
ca esquecer que com a impedidas de trabalhar sair de casa dos meus
corrupção. Em vez de
liberdade não surgem e de andar pelas ruas pais aos vinte, mas sim
utilizarmos a liberdade
apenas os direitos mas sozinhas. Mulheres com a autonomia para poder
conquistada para cons-
também os deveres de os dedos decepados por expressar as minhas
truir um mundo justo e
modo a impedir que li- pintar as unhas. Casa- ideias e poder com es-
correcto optamos pelo
berdade conduza a uma das, solteiras, velhas ou sas ideias gerar acções
egoísmo, e pela sede
anarquia (corresponde moças que sejam sus-
de poder excessivo. A li- que construam mais li-
a uma desordem sem peitas de transgressões
berdade dá-nos a hipó- berdade.

90
75 ANOS

“O Povo Unido, Jamais Será


Vencido”
35 anos de Liberdade
Patrícia Fortuna
8.º B

Neste período comemorámos mais uma vez o


dia 25 de Abril, dia esse que desde 1974 é conside- POEMA(S)
rado um feriado nacional.
Antes de 25 de Abril de 1974 o nosso país vivia
mergulhado na tristeza e no medo!!!
Não tínhamos liberdade
Durante 40 anos Portugal foi governado por Sa- Vivíamos tristes e com medo
lazar e a seguir por Marcelo Caetano.... Portugal venceu é verdade
Portugal vivia em ditadura não tendo democra- Com meu povo sofrido
cia: o povo não tinha liberdade de expressão, não Portugal não tinha ainda nascido
podia dar a sua opinião e muito menos criticar o
governo. Todos aqueles que o contrariassem eram
Gritam os soldados
presos e torturados por uma Polícia Política (PIDE),
por quem o povo era vigiado. Grita o nosso povo
As pessoas não tinham Portugueses hoje recordados
liberdade para fazer fosse Pois aprendemos a viver de novo
o que fosse... sem que
dependessem daqueles Sentiste a derrota Salazar
que mandavam em tudo Portugal venceu
e em todos.
Connosco tiveste azar
Podemos chamar a isto viver?
Como se pode viver praticamen- Pois a esperança connosco sempre viveu
te dependente dos outros, fazendo o que
o governo quer, manda e decide?... Começou a democracia
Em 25 de Abril de 1974, Portugal Acabou a ditadura
passou a ter a sua Liberdade: acabou a dita- Em Portugal a alegria crescia
dura; começou a democracia, gracas à Revo- A esperança era nossa e a derrota é tua
lução dos Cravos, um Golpe de Estado Militar
que, sem resistência das forças leais a esse
governo, o derrubou... A liberdade chegou
Juntamente com os soldados que nos libertaram Portugal então cantou
da ditadura, o povo saiu à rua para comemorar. Os Governo derrotado
soldados colocaram cravos nos canos das suas es- Portugal para sempre amado
pingardas, o que simbolizava a mudança pacífica
do regime. Foram também distribuídos cravos pelo
Pela liberdade lutámos
povo que gritava:«O POVO, UNIDO, JAMAIS SERÁ
VENCIDO». Por Portugal lágrimas derramámos
Portugal passou então a ser livre e, por esse Porque a ti Portugal amamos
motivo, o 25 de Abril foi declarado «DIA DA LIBER- Com cravos de 25 de Abril
DADE». Por cima da ditadura passámos
Comemora-se então o 25 de Abril como uma
passagem para a LIBERDADE do POVO!!!

91
#1
2008 - 2009

Teatro
«O Cavaleiro» Raquel Oliveira
7.º C

No dia 26 de Janeiro rezou toda a noite. Re- Os frades acolheram-no Andou tanto que
fomos ver “O cavalei- zou no lugar onde a Vir- em sua casa e trataram pensava que já estava
ro” retirado da obra “ O gem, São José, o burro, dele. Ficou lá duran- perdido e nesse mo-
cavaleiro da Dinamar- os pastores, os Reis Ma- te três meses e depois mento, ao longe, viu
ca” de Sophia de Mello gos e os Anjos tinham partiu. uma luz, uma grande
Breyner. adorado a criança aca- Finalmente tinha luz e pensava que era
A peça começou com bada de nascer. Rezou chegado o dia 24 de uma fogueira. Aproxi-
uma data muito impor- pela paz no mudo, pelo Dezembro, o dia mais mou-se e quando olhou
tante, o Natal. Nessa fim da miséria e pediu a curto do ano. Era uma reparou que não era
noite o cavaleiro, ao fim Deus que o fizesse um caminhada longa e o uma fogueira mas sim a
da ceia, disse aos seus homem de boa vonta- tempo estava frio. A flo- maior árvore da floresta
parentes e criados que de. resta perto de sua casa enfeitada com luzes. Aí
ia partir para a Palesti- Visitou várias cida- estava cheia de neve e percebeu que era a sua
na, a Terra Santa, mas des como Veneza onde o rio congelou. Os mo- árvore de Natal e mes-
que passados dois anos ouviu várias histórias radores perguntavam mo ao lado estava a sua
iria voltar e estaria em sobre a cidade e ob- se ele queria ficar em casa.
casa antes da ceia de servou a sua beleza. sua casa mas ele dizia Esta história, levada
Natal. Visitou também Floren- sempre o mesmo: de boca em boca, cor-
Na primavera o ca- ça que era uma cidade - Não posso, prometi reu os países do Norte.
valeiro deixou a sua encantadora e cheia de que estaria hoje em mi- É por isso que na noite
casa e dirigiu-se à Pa- alegria. nha casa. de Natal se iluminam os
lestina. Visitou um por Mas quando regres- Os amigos avisaram pinheiros.
um os lugares santos, sava para casa ficou que a neve era tanta Gostei muito do te-
mas principalmente a doente e foi bater à que ele não conseguiria atro!!!
gruta onde o Menino porta de um convento caminhar, mas não deu
Jesus tinha nascido. Ali onde habitavam frades. ouvidos.

Reflexão sobre o Silêncio Diana Simões


8.º A
Silêncio…. pessoa reflecte, uma qualquer tesouro. Uma não nos podem tirar.
Quando ouvimos pessoa toma atitudes pessoa necessita deste Mas também não refiro
esta palavra associamo- difíceis, uma pessoa re- silêncio maravilhoso, estar sempre em silên-
la logo a calma, a sere- laxa, uma pessoa ape- deste momento de paz, cio, pois isso é solidão.
nidade, a solidão, por nas…. não faz nada. no meio desta guerra Isso é estar sozinho no
vezes a tristeza, outras Hoje em dia, com terrestre. mundo, o que deve ser
vezes ao pensamento. todo o trânsito, com Se me perguntam se uma das piores coisas
Este “silêncio”, é todo o stress, com a o silêncio é importan- que uma pessoa pode
muito importante na correria de todos os te?... passar.
vida das pessoas... é dias, com todos o con- Eu respondo com Ninguém deve estar
muito importante para frontos no trabalho, ter toda a certeza que sim. sozinho neste mundo
a sociedade. uns minutos de silêncio O silêncio deve ser um egoísta.
Com o silêncio, uma é mais precioso do que dos únicos bens que

92
75 ANOS

Porque é que a Água do Mar é


Salgada?
Física & Química
Adriano Gomes
11.º A

Porque é que a Mas a água que rio transportará esses sólidos não evaporam,
água do mar é salga- precipitou não era sal- sais para o mar. Aliado a ficando no mar. A água
da? gada… Então porque é este processo, também evaporada e precipitará
Cerca de 70% da que a água do mar é às rochas do fundo dos outra vez, repetindo o
superfície terrestre é salgada? oceanos são retirados ciclo.
constituída por água, A origem da salini- sais. Com o passar dos
mas apenas uma pe- dade na água do mar Os fenómenos de anos, a salinidade do
quena parcela (apro- deve-se, em grande vulcanismos libertam mar aproximou-se de
ximadamente 22%) é parte, à erosão das ro- para a atmosfera subs- um equilíbrio. Foi um
água doce. chas terrestres, dissolu- tâncias voláteis (tais longo processo, alteran-
Nos primeiros tem- ção de sais das rochas como dióxido de car- do-se com os ciclos de
pos da sua formação, a do fundo dos oceanos, bono, cloro e sulfato) glaciação e com o movi-
Terra era formada por de vulcanismo e da po- onde uma parte das mento dos continentes.
Estima-se que por ano
uma massa em fusão. luição. Estes processos quais acaba por ser
os oceanos recebem
À medida que foi arre- deverão ter começado transportada com a pre-
cerca de 2,5 milhões de
fecendo, os elementos há cerca de 3800 mi- cipitação directamente
toneladas de sal (como
mais densos ficaram lhões de anos, devido para o oceano ou indi-
o sal de cozinha que uti-
no centro e os menos à existência de rochas rectamente através dos
lizamos). O equilíbrio é
densos migraram para com esta idade desin- rios. O vulcanismo sub-
atingido devido a algu-
a superfície, sendo que tegradas no início das marino arrasta a partir mas espécies de seres
alguns gases (oxigénio, grandes chuvas. do manto alguns para o vivos que utilizam o sal
hidrogénio, metano e A água das chuvas mar. As fontes termais, para construir os seus
vapor de água) esca- contribui em certa par- devido às grandes tem- esqueletos ou conchas
param para formar uma te neste processo. Ao peraturas, dissolvem e para outros proces-
atmosfera. Quando a embaterem nas rochas, muitos sais da crosta sos. A salinidade média
terra ficou mais solidi- retirar-lhes-ão alguns oceânica. é de 3,5%, sendo maior
ficada houve uma pre- sais que, juntamente Depois destes pro- nos lagos e menor em
cipitação acentuada na com os sais já existen- cessos, certa porção da zonas costeiras, pola-
superfície terrestre que tes na superfície terres- água do mar que tinha res, e perto de estuá-
deu origem aos ocea- tre, serão arrastados sais dissolvidos, evapo- rios de grandes rios.
nos. para os rios. Depois, o ra, e como os sais são

93
#1
2008 - 2009

POR TERRAS DO TIO SAM


«Determination Makes Everything Achievable!»*
Rosie Mendes
Antiga Aluna

Olá a todos! O meu sei que nunca iria con-


nome é Rosie e tenho seguir ultrapassar este
17 anos. Em 2006 sur- obstáculo. O meu vo-
giu uma oportunidade cabulário pode não ser
que iria mudar a mi- tão sofisticado como
nha vida por comple- gostava que fosse, e o
to - uma oportunidade meu Inglês talvez não
que iria Abrir as Por- seja perfeito, mas es-
tas ao meu Futuro! tou constantemente a
Permitam-me dizer que trabalhar para que seja
não foi uma decisão fá- sempre melhor. Sei que
cil. Eu sabia que nunca a minha determinação
iria perder a minha fa- me vai levar longe!
mília ou amigos porque Devo dizer que não
eles iriam estar sempre foi difícil arranjar uma
comigo independente- - COMO ME SINTO NESTE NOVO PAÍS? Penso grande variedade de
mente daquilo que pu- que estou contente. Sei e tenho a noção que tive amigos e que a escola
desse acontecer. Não não poderia andar me-
foi fácil porque era um uma oportunidade que muitos outros gostariam de
lhor.
novo país, uma nova ter e não a têm. Todos os dias me le-
língua, uma nova expe- - O QUE GOSTO MAIS/MENOS? MAIS - Gosto vanto às 5h30; o auto-
riência. de sair e de não ter que esperar horas e horas numa carro chega às 6h30 e
Mudei-me para os linha do supermercado, cinema… MENOS - Defi- por volta das 7h00 estou
Estados Unidos à procu- já na escola. A escola
nitivamente a comida, existe “fast food” por todo
ra de novas oportunida- começa às 7h30 e cada
des que me permitissem o lado, o que não ajuda nada a manter um corpo aula demora 90 minu-
alcançar o sucesso. danone ;) tos com um intervalo de
Hoje vivo na Virgínia, - O QUE MAIS ESTRANHEI? A comida, os ge- 5 minutos entre cada
mais concretamente na lados de Portugal são uma delícia, já para não falar uma. Tudo funciona de
cidade de Woodbridge uma maneira diferente;
dos bolos…
a 40 minutos de Wa- os alunos é que mudam
shington. Apesar de ser - O QUE MAIS ME CUSTOU DEIXAR EM POR- de sala, enquanto os
um país completamente TUGAL? Sem duvida alguma, as pessoas com professores ficam nas
diferente não foi mui- quem convivi. salas respectivas. Cada
to difícil habituar-me a - HÁBITOS/TRADIÇÕES/COSTUMES DOS aluno tem apenas 7 dis-
este novo “lifestyle”. A ciplinas que são interca-
ESTADOS UNIDOS: Uma das tradições que mais
língua talvez tenha sido ladas (dia sim/dia não)
a minha maior dificulda- gosto deste país é o Hallowe'en que se realiza no e durante os 4 anos de
de; foi um pouco difícil dia 31 de Outubro. Neste dia mascaramo-nos, pe- escola secundária os
comunicar nos primei- gamos numa fronha e vamos de porta em porta alunos devem formar-
ros meses e um pouco pedir “candy’s”. YUMMY!! se com um mínimo de

94
frustrante porque pen- 22 matérias ou então
75 ANOS

24, que correspondem


a um Diploma Avança-
do. A escola acaba às
14h00 e estou de vol-
ta a casa por volta das
14h45. Durante a se-
mana dedico-me 100%
à escola e durante os
fins-de-semana traba-
lho num centro comer-
cial com o fim de juntar
dinheiro para poder pa-
gar a Universidade.
Este ano sou uma
sénior (finalista) e em
Agosto será o meu pri-
meiro dia no Estado
Resource Bank em
de New York. Fui acei- Woodbridge - Virgínia
te na Universidade de
Rochester que se situa
a 400 quilómetros de
Nova Iorque - EUA, e
não poderia estar mais
contente. A pouco e
pouco tudo parece es-
tar a realizar-se, e à
medida que cada dia
passa sinto-me cada
vez mais perto de al-
cançar os meus sonhos.
Hoje sei que, apesar de
me ter custado imenso
Retail Center de Woodbridge - Virgínia
deixar alguma família,
amigos, o São Caetano
e o La Salle, sei que fiz
a escolha certa. Este é
um país cheio de opor-
tunidades, que também
(como qualquer outro
país) exige muito tra-
balho para se poder
ser alguém na vida. Es-
pero concretizar todos
os meus sonhos e dar
muito orgulho a todos
aqueles que acredita-
ram em mim.
Espero que todos
consigam realizar os
seus sonhos e que nun-
ca, nem por um instan-
te, desistam daquilo
que mais querem!
Campus da Universidade de Rochester
* A Determinação torna tudo alcançavel!

95
#1
2008 - 2009

DESTINO -------- BÉLGICA


Programa ERASMUS: uma história em
poucas palavras…
Miguel Pinheiro
Antigo Aluno

Bem-vindo ao pro- gica é, também, onde as malas… as horas


grama ERASMUS: ofe- está o segundo maior passavam devagar e só
recemos-te a possibi- hospital da Europa… o quando finalmente che-
lidade de fazeres um local onde eu sonhava guei a Leuven me senti
período lectivo noutro trabalhar! Acertaram- descansado. Bom, esta
país da Europa e apro- se os pormenores e as cidade que então me
veitas para conhecer burocracias e no dia 15 acolhia havia de ser a
e desfrutar de novos de Setembro parti com minha casa durante todo
horizontes para a tua destino a esse sonho. um ano lectivo e não foi
vida! Com um slogan A minha primeira noite nada difícil de aprender
parecido com este, foi não foi a mais famosa… a gostar dela. É uma ci-
assim que me conven- por causa de uns atra- dade encantadora, mui-
ci a ir estudar durante sos de malas e auto- to bem cuidada e muito
um ano para a Bélgica. carros, tive que passar acolhedora. Já cá rece-
Eu estudo Engenharia algumas horas a dormir bi namorada, amigos
Biomédica na U. Minho na maior estação de e família e todos sem
(engenharia da saúde, comboios da Bélgica, excepção gostaram do
para facilitar!) e no meu no meio de viajantes e que viveram cá! Dizem
terceiro ano da univer- mendigos. Até custa- os belgas que, quando
sidade comecei a pen- va fechar os olhos com aqui não está sol, está a
sar em possíveis des- medo que me levassem chover! Este ano não foi
tinos para poder fazer
um ano de estudos num
outro país europeu. Al-
gumas hipóteses come-
çaram a surgir devido
aos protocolos que o
meu curso tinha e só no
início do ano passado,
devido à minha especia-
lização em Engenharia
Clínica, decidi qual seria
o destino: Leuven, na
Bélgica. Leuven é uma
pequena cidade, qua-
se tão pequena como
Barcelos, que está a 30
km a oeste de Bruxelas,
bem no coração da Eu-
ropa. Para além de ser
a cidade universitária

96
mais conhecida da Bél-
75 ANOS

tanto assim… tivemos lega meu em Portugal, meu grupo cristão


chuva mas não muita. para aprender o que também era um
Ao contrário de Portu- de melhor se faz nesta desafio, mas graças
gal, quando aqui cho- área por toda a Euro- ao Blog que temos,
ve também está muito pa, mas tenho que ser ao Skype e Messen-
frio, o que não ajuda muito responsável e ter ger fomos manten-
nada. Além disso, este consciência de todas as do bastante con-
ano houve uma quan- minhas decisões. Foi, tacto e fui estando
tidade excepcional de sem dúvida, um gran- a par de tudo o que
neve, como eu e muitos de passo para adquirir se ia passando! Eu
belgas nunca tínhamos mais responsabilidade ia contando as mi-
visto. Houve um dia em e maturidade. Estou a nhas histórias e en-
Janeiro que tive que adorar o trabalho que viando fotografias
sair de manhã cedo de faço cá e há-de sem- para os aliciar a cá
casa e estavam -13 °C pre ser uma referência virem. Como mem-
na rua… Até os olhos importante na restante bro de um grupo
doíam de tanto frio! carreira que pretendo cristão e como Las-
Agora está mais ame- seguir! A distância vai salista, eu trazia um
no e há dias em que se ficando um pouco mais espírito de serviço
está melhor aqui que curta a cada dia que e de aventura co-
em Portugal! passa… os primeiros migo. Não é fácil mudar trocaria esta experiên-
A pergunta que sur- meses custou bastan- de país com pouco mais cia por nada! Mantenho
ge muitas vezes é “Por te não ter cá ninguém, que uma mala na mão, esse conceito e acon-
que razão preferiste mas assim que as visi- mas um coração aberto selho todos a partirem
tas de Portugal começa- e uma mão disponível nesta aventura… não
estudar fora se estavas
ram a chegar ficou mais para ajudar faz com são tudo rosas, mas ga-
tão bem cá?” Pois, viver
fácil suportar. Namorar que se conquistem al- nha-se mais para a vida
longe de casa durante
à distância, por exem- guns amigos e foi assim do que muitos anos em
um longo período de
plo, não é fácil. Exige que melhor me comecei
tempo ensina-nos mes- casa a viver debaixo da
bastante dedicação, a integrar nesta nova
mo a aproveitar a vida! asa dos pais! Ao fim de
confiança e cumplici- cultura. Eu não vinha cá
Aprende-se a ter que oito meses desta expe-
dade. Felizmente, está só para aprender, vinha
fazer tudo pelas pró- riência, sinto-me uma
tudo a correr bem e a para viver e até para
prias mãos, sem poder pessoa mais atenta ao
distância não estragou ensinar; pois, esse espí-
contar com a família a mundo e às pessoas
nada do que tínhamos; rito de partilha ajudou-
um braço de distância posso até dizer que nos me nalguns momentos que me rodeiam, por-
para nos ajudar. Há al- ensinou a sabermos ge- mais longos e consegui que cá aprendi muito
turas em que é difícil rir e aproveitar melhor encontrar conforto lon- do que a vida tem para
estar longe das pessoas o tempo que passamos ge de casa! Muitas ve- oferecer!
de quem se gosta, mas juntos. Acompanhar o zes pensei que nunca
também são óptimas
as oportunidades que
se vivem aqui e, com
algum equilíbrio, cá me
vou safando!
Eu vim trabalhar
para o grupo de investi-
gação de higiene hospi-
talar. Fui recebido como
um trabalhador e não
como um estudante…
que é um pau de dois
bicos! Dão-me óptimas
condições, muito me-
lhores que qualquer co-

97
2008 - 2009
“Acantonamento” de
Turma Sara Martins
9.º C
Passo a passo, de- manhã nas piscinas de mas também um olhar berto que nesse dia fazia
grau a degrau chegámos Maximinos e outra com inquietador e postura de anos. Preparámo-nos para
ao final da etapa... Cres- deliciosos ingredientes indiferença. Porém isso só o pequeno-almoço e diri-
cemos… O La Salle foi a para fazermos um almoço tornou mais interessante gímo-nos para a cantina.
nossa casa... E foi nesta partilhado no Colégio S. servir cada um deles. Nestas refeições fazíamos
mesma casa que mais Caetano. Depois deste enrique- umas pequenas orações
uma vez a direcção de Depois da cansativa cedor programa da tarde, antes e depois arrumáva-
turma da tão espectacular manhã e do irresistível voltámos ao Colégio La mos e limpávamos a can-
professora Diana Ferreira, almoço partilhado, já de Salle, onde tomámos ba- tina para que tudo ficasse
fez um “acantonamento baterias carregadas, fo- nho, organizámos os nos- impecável.
de turma”. mos para a parte do pro- sos espaços de dormida e Aproveitámos o resto
Parámos, olhámos grama verdadeiramente fomos jantar na cantina da manhã para tratarmos
para trás e revivemos, vol- motivante, o Voluntariado do Colégio. Estávamos dos pormenores para a
támos a sentir saudade, na Cáritas. Inicialmente até então acompanhados nossa Festa de Finalistas.
está tudo a acabar, parece foram-nos apresentadas pelas fantásticas profes- Depois de tudo concluído
mentira! Como seria de- as instalações, objecti- soras Diana Ferreira, Paula e das tarefas cumpridas
pois, depois deste ano? E vos e projectos actuais Lopes e Carla Barbosa, no fomos almoçar. De tarde
as memórias? Cada tesou- da associação. Foi neste entanto para nos acom- cantámos, cantámos, can-
ro da turma? momento que, por combi- panhar na noite tivemos támos, cantámos… E de-
E certamente não nação prévia, recordámos a presença do professor pois de tanto cantar…
merecido, reconhece- alguém muito acarinhado Carlos Novais. Vimos um Chegou o momento da
mos, mas necessitado, pela nossa turma, o pro- filme, petiscamos e de- oração. Era o último ano,
fessor Paulo Cabeleira, do- pois… camarote! Fomos e ainda que com poucas
concretizou-se o 2.º
cente do Colégio La Salle dormir. Obviamente agora lágrimas e até palavras,
Acantonamento de Turma.
no passado ano lectivo. só posso falar do que se jamais se poderá esquecer
Tudo ficou devidamente
Depois fomos distribuídos passou veridicamente na o que se sentiu e disse.
preparado para o dia 2 de
para diferentes áreas, des- sala das raparigas. Bom o Lanchámos e despedi-
Abril. Pedimos ao Irmão
de dobrar e dispor devida- que é certo é que depois mo-nos. Dois dias apenas
César Martín para que pu-
mente a roupa, a organi- de conversar e brincar que por muito valeram. E
déssemos utilizar as insta-
zar o armazém... um pouco, o nosso corpo é aqui que tudo reside, é
lações do Colégio, falámos
No armazém havia forçou-nos a parar, estáva- aqui onde está a beleza
com alguns professores
Iogurtes, Cadeiras de Ro- mos exaustas! deste nosso grupo. Não
sobre a possibilidade de
das... A roupa e os brin- 8h00 e todos já abría- fomos a um parque de
nos acompanharem nesta
quedos, que iriam para mos os olhos perturbados diversões, não fomos a
actividade e recebemos
uma outra aérea, aí en- pela luz que entrava por outro país nem ao Sul. Fi-
uma resposta positiva da
tram dobradas e dispostas entre as persianas. Com- cámo-nos por CASA, pois
professora Carla Barbosa,
por idades e estações para prámos um bolo e cantá- aqui CRESCEMOS, aqui
Paula Lopes e do professor
que nos dias de levanta- mos os Parabéns ao Ro- SOMOS FELIZES!
Carlos Novais.
No dia 2 de Abril lá es- mento estivesse tudo sufi-
távamos todos, ansiosos, cientemente organizado.
divertidos e verdadeiros Nesta mesma insti-
criadores de expectativas tuição havia balneários,
perante o programa pre- lavandaria e salas onde
visto. Cheios de mochi- se instalavam os cursos
las, guardámos tudo nas profissionais. Porém, foi
respectivas salas, entrá- quando servimos os jan-
mos nos carros e carrinha tares aos apoiados, jantar
acompanhados de duas esse que foi feito por nós,
distintas mochilas, uma tal como as sobremesas,
com material necessário que pudemos ver um sor-

98
para passarmos uma bela riso e ouvir um obrigado,
75 ANOS

Um Pouco de Ciência...
«Glaciação na Serra do Gerês»
Paula Lopes
Professora

Em Portugal Conti- geral, consistentes com dem à frente e aos lados calotes glaciárias; segui-
nental a Serra do Gerês o modelo geomorfológi- da língua glaciária e os damente as calotes gla-
representa a segunda co existente, e melho- blocos erráticos são blo- ciárias transformaram-se
maior elevação, com ram o conhecimento da cos cuja localização só se em línguas glaciárias que
cerca de 1534 metros cronologia dos episódios explica pelo transporte deslizaram para zonas de
de altitude. Esta região glaciários e da dinâmica por gelo. menor altitude, aprovei-
pertence ao Distrito de glaciária do Norte de Por- As estrias e polimen- tando as redes de dre-
Braga (Concelhos de Ter- tugal. tos, embora pouco pre- nagem pré-existentes; e
ras de Bouro e Vieira do A serra do Gerês, servados, revelam-se por fim as línguas recu-
Minho) e Distrito de Vila caracterizada por uma muito importantes, na aram, mantendo-se ape-
Real (Concelho de Mon- monotonia litológica confirmação de proces- nas preservadas neves
talegre). apresenta uma geomor- sos glaciários, pois em- nos circos glaciares. Para
Desde o século XIX, fologia laboriosa. As suas bora a pequena escala, o estudo desta dinâmica,
várias foram as alusões paisagens são típicas de só se justificam por uma as moreias foram impres-
feitas à possível ocorrên- uma morfologia graníti- dinâmica glaciar intensa. cindíveis, bem como os
cia de processos glaciá- ca, modelada pelos mais Os vales glaciários em depósitos que as consti-
rios na serra do Gerês. diversos fenómenos, no- “U”, pouco evidentes nes- tuem.
A hipótese foi levantada meadamente o crionival, ta serra, correspondem Apesar de resumida,
por Ricardo Jorge (1888) o periglaciar, o fluvial e a às condutas das línguas a dinâmica da glaciação
e mais tarde, discutida meteorização. Na zona glaciárias. A falta do seu na serra do Gerês parece
por Choffat (1894). Des- mais alta da serra, as registo dever-se-á a uma ter sido deveras simples;
de então, vários investi- geoformas denunciam evolução fluvial posterior estudos anteriores têm
gadores que defendiam a presença passada de à glaciar. concluído que o Gerês
a existência de uma co- Glaciares. A paisagem da As rochas aborrega- não foi apenas modelado
bertura de gelo nesta serra do Gerês contém das correspondem a ro- por um fenómeno glaciar
serra, desenvolveram geoformas que teste- chas polidas e moldadas mas por vários e durante
esforços para encontrar munham a evolução da pela passagem da língua um período de tempo su-
provas que validassem mesma. glaciar, sendo estas tam- perior ao que se julgava
esta hipótese, mas só As geoformas que bém pouco característi- anteriormente. Assim, as
com Girão, em 1958, melhor testemunham cas na zona em estudo. idades da Glaciação do
foram detectados os pri- processos glaciários na A cartografia de todas Gerês poderão rondar
meiros vestígios da gla- serra do Gerês são os estas formas, contras- os 300 000 e os 16 000
ciação. Na actualidade, circos glaciários, as mo- tantes com a morfologia anos BP.
a datação de superfícies reias e os blocos erráti- granítica predominan- A confirmação de
rochosas com evidências cos a grande escala e, os te na serra e, o estudo processos glaciários na
de glaciação nesta serra, polimentos e as estrias a de depósitos glaciários, modelação da paisagem
através de isótopos cos- escala menor. nomeadamente os tills, da serra do Gerês veio
mogénicos de 21Ne, per- Os circos glaciares permitiu inferir os limites contribuir para a descida
mitiu distinguir várias fa- provam que aquele lo- da extensão da glaciação do limite de altitude infe-
ses glaciárias numa área cal correspondeu a uma na serra do Gerês. As- rior de neves perenes ao
onde, até ao momento, zona de acumulação de sim, concluiu-se que os nível peninsular, sendo
apenas se considerava nevados durante o perí- pontos de maior altitude este facto muito impor-
uma única, atribuída ao odo de glaciação; as mo- funcionaram como acu- tante para os estudos da
Würm. Os dados obti- reias são um amontoado muladores de neves, que glaciação internacional.
dos são, de um modo de blocos que correspon- se transformaram em da glaciação interna

99
#1
2008 - 2009
PRO-LINUX
«E se de repente não houvesse mais
vírus informáticos no mundo?»
Gil Afonso
Professor

E se de repente não ção?”; “Porquê ter de Linus Torvalds, criador vie Maker(c), navegar
houvesse mais vírus no comprar computadores do kernel do sistema na net, ver filmes, ou-
mundo? Era um sonho, de última geração que operacional GNU/Linux vir música, jogar, ver
não era? E se pelo me- custam milhares só e fundador da Free Sof- fotos, consultar e-mail,
nos os vírus, trojans, porque o Windows(c) tware Fundation, numa fazer chamadas, utilizar
adwares, spywares, não assim o exige se pos- entrevista concedida à o Messenger, o Moodle,
existissem? so fazer tudo e ainda revista Computerworld, tudo isso e muito mais,
Pois bem, em Linux mais rapidamente no “Se fazes as coisas de com a única diferença
não existem. Pelo me- meu velhinho?” - no uma forma diferente de não pagarmos por
nos não conheço nin- fundo a dúvida da utilizada no isso.
guém que tenha visto persiste e é ine- Windows(c), Para saber mais po-
um. Esta é apenas uma vitável, “Porquê mesmo que dem consultar:
vantagem de utilizar estar preso se seja melhor é http://www.gnu.org
Linux em vez do tradi- posso ser livre?”. pior, não im- - o Sistema Operativo
cional Windows(c) , não Este artigo, porta. O GNU - “Gnu’s not Unix”
esquecendo o símbolo poderia mui- melhor é http://www.fsf.org -
(c) para prevenir que to bem ser pior se é Free Software Founda-
alguma comissão de única e diferen- tion, Fundação para o
direitos de autor nos e xc l u - te”. Software Livre http://
venha aplicar coimas siva- Por www.noepatents.org -
por utilizarmos estes men- últi- protesto contra as pa-
programas que fazem t e m o tentes de software na
muito menos e custam acer- v o u Europa http://www.
muito mais. ca das apenas gnupress.org - docu-
Claro que a questão vantagens da utilização deixar cair por terra mentação livre
de fundo é e sempre do chamado software alguns mitos urbanos, http://www.kernel.
será: “Porquê Linux se livre (Open–Source), do género, “O Linux é org - “casa” do kernel
já tenho Windows(c)?”. mas por certo que não um extraterrestre dis- Linux
Pois bem, esta questão chegaria toda a revis- farçado de pinguim que http://www.gnome.
poderia ser facilmen- ta para tal tarefa. Na fala numa linguagem org - The Gnome Foun-
te respondida usando verdade, penso que o não perceptível pelos dation
outras questões como: principal entrave para humanos” - de facto, http://www.kde.org
“Porquê pagar se posso a massificação deste a verdade é que todos - ambiente gráfico
ter grátis?”; “Porquê ví- sistema está unicamen- os programas com que http://www.essr.net
rus, antivírus; anti-isto, te relacionada com a estamos habituados a - Escola Secundária de
anti-aquilo, se isso for fobia que temos à mu- trabalhar no Windows Soares dos Reis http://
do passado?”; “Porquê dança, no entanto, nos (c), têm correspondên- www.essr.net/essr_gnu
ter soluções informá- tempos que correm, cia em Linux, o que - a nossa experiência
ticas em escolas ou não podemos ignorar quer dizer que pode- com GNU/Linux http://
empresas que não se as potencialidades e mos trabalhar com o www.ansol.org - Asso-
podem adequar à rea- benefícios de tal mu- Word(c), Powerpoint(c), ciação Nacional para o
lidade de cada institui- dança. Como refere Excel(c), Windows Mo- Software Livre.

100
75 ANOS

PÁGINA DA MATEMÁTICA
Nuno Fernandes
Professor

CONTAS DE FADAS
No País das Fadas o tempo conta-se de uma forma muito especial: um ano
são 4 meses, um mês são 6 semanas e uma semana são 8 dias. A Fada Flor
tem um ano e meio, duas semanas e sete dias de idade. A Fada Água tem um
ano, três meses e meia semana de idade. Qual das duas nasceu primeiro e
quantos dias têm de diferença?

PITÁGORAS
Pitágoras foi um filósofo e matemático grego que viveu aproximadamente
entre 569 a.C. e 475 a.C. e nasceu em Samos. Apesar da sua importância,
pouco se sabe da sua aparência física e da sua infância.
Ao longo da sua vida contactou com filósofos importantes que o influen-
ciaram nas suas ideias matemáticas. Fundou uma escola religiosa filosófica
em Crotona denominada em sua homenagem de pitagórica, e teve muitos
seguidores. Os pitagóricos interessavam-se pelo estudo das propriedades dos
números - para eles o número era considerado como essência das coisas.
Deve-se também a Pitágoras a descoberta das proporções em que uma
corda deve ser dividida para a obtenção das notas musicais. Contudo a sua
maior descoberta foi o famoso Teorema de Pítágoras que afirma: Num triân-
gulo rectângulo, a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da
hipotenusa.

O SÍMBOLO
O símbolo da escola pitagórica era a estrela de cinco pontas
inscrita num pentágono. Este pentágono e a estrela nele inscri-
ta, composta por diagonais, têm propriedades que os pitagóri-
cos pensavam serem místicas.
Repara que:
• As diagonais que formam a estrela intersectam-se de
tal maneira que formam outro pentágono, mais pequeno, na
direcção inversa.
• A intersecção de duas diagonais divide uma diagonal
em duas partes diferentes.
• A razão entre a totalidade da diagonal e o segmento
maior é exactamente igual à razão entre o segmento maior e o
segmento menor.
Experimenta ampliar a estrela pitagórica e desenhar as dia-
gonais dentro do pentágono mais pequeno.
O que acontece?

101
#1
2008 - 2009
DISCURSOS
Vitor Sá Lara Barbosa
11.º A 11.º A

Caros colegas, para isso. É, de facto, Vivemos numa sociedade onde, para grande
Cada vez nos impor- revoltante ver o nosso parte das pessoas, o consumo de drogas é visto
tamos mais connosco e comportamento sobre como um meio, através do qual, o seu mundo se
não paramos a olhar os as coisas materiais sa- transforma em algo calmo e sem problemas. Mas,
outros. A cada dia que bendo que há pessoas a verdade é que isto não passa de uma ideia ilusó-
passa somos uns se- que nunca o vão poder ria. Pessoas que vêem a sua vida desabar sobre si
res mais activos nesta fazer. mesmos, vêem nas drogas uma “luzinha” ao fundo
sociedade consumista, Nós, como pessoas do túnel escuro e cheio de obstáculos que é a sua
tornamo-nos cada vez consumistas, ou neste vida. O que estas não percebem, ou não querem
mais consumistas em caso “egoístas” devía- perceber, é que estes actos contribuem em demasia
massa porque só olha- para aumentar a escuridão desse mesmo túnel.
mos parar um pouco e
mos para nós próprios Será que vale a pena trocar tudo por meros mo-
fazer um esforço para
e para os nossos capri- mentos de ilusão? Porquê desperdiçar tempo de
perceber que vivemos
chos. vida e proveito desta, quando ao rejeitarmos tudo
dependentes uns dos isso beneficiamo-nos a nós mesmos?
Nós, como seres hu- outros e devíamos pen-
manos inseridos numa São questões como estas que devem ser coloca-
sar em moderar as nos- das perante todos nós. No entanto, muitas vezes,
determinada sociedade, sas atitudes para que
desempenhamos de- teimamos em não procurar respostas a todas estas
as coisas a nível global questões que, ao não serem logicamente reflecti-
masiado bem o papel
se pudessem alterar das, deitam por terra todo o sentido da vida, do
de egoístas em que só
um pouco. Uma grande mundo, das relações inter-pessoais, etc.
interessa e só valoriza-
evolução parte de nós e O consumo de drogas é, sem dúvida, impacto
mos o “eu” e não pa-
começa com a atitude evidente na sociedade actual. Mas será que esta
ramos a olhar o outro,
de cada um, por isso luta contra esse impacto? Ou promove ainda mais o
mas simplesmente só
devemos estar atentos consumo excessivo de droga?
nos interessam os bens
às tristes realidades que Várias notícias nos chegam, acerca de acções
materiais e todas as coi-
estão à nossa volta para de ajuda a toxicodependentes, ou campanhas de
sas que procuramos ad-
sermos úteis a quem luta contra o consumo de droga. Todas estas acções
quirir de uma forma va- mostram o lado bom da sociedade. Lado esse em
zia, simplesmente para precisa. Por isso, para
que haja uma modifica- que a sociedade demonstra solidariedade perante
nos alimentar o ego. os outros.
O anteriormente ção das coisas, o que é
bem preciso, temos que No entanto, na maior parte das vezes, a socieda-
referido é uma perfei- de no seu todo contribui activamente para desper-
ta face da moeda que partir de nós próprios
tar no indivíduo o desejo de consumir determinadas
demonstra uma socie- e não temos que estar
substâncias. Os meios responsáveis essencialmente
dade consumista, mas à espera que o outro
por essa influência, são os meios de comunicação.
como bem sabemos a tome a iniciativa. Neste caso, não a publicidade em si, mas a publi-
moeda tem duas faces Assim termino o cidade que é feita indirectamente através de séries
e podemos dizer que a meu discurso, dizendo televisivas, entre outras.
outra face da moeda é que devemos fazer um A mensagem que se pretende transmitir quando,
bem mais triste porque esforço por modificar as numa série ou telenovela, determinadas persona-
no mundo em que vive- realidades mais difíceis gens se apresentam como consumidores de drogas,
mos há gente que não que nos envolvem, caso é a de que devemos rejeitar todo o tipo de acções
tem possibilidade de ser contrário não há mu- de consumo dessas substâncias.
consumista porque não dança. Mas será que o público que assiste a estas séries
tem quaisquer posses percebe mesmo a mensagem correctamente? Ou

102
75 ANOS

o facto de assistirem a Elsa Silva Nesta nossa actuali- e é um choque de ideais


tudo isto desperta ainda dade efémera o que não que vai por terra, ou seja o
11.º A faltam são pecados e pe- que fazíamos antigamen-
mais o desejo de expe- cadores, no entanto se te simplesmente foi-se
rimentar? pensarmos e reflectirmos
É necessário perceber Onde está acerca do Natal e da sua
esquecendo aos poucos
num sistema onde o ter é
que, em determinadas o Natal? verdadeira importância
para a humanidade, de-
poder e o crer desaparece
rapidamente!
fases da vida humana, pararmo-nos com factos e Cristo salvou a huma-
o homem apresenta-se factores bastante interes-
Segundo a religião nidade de muitos peca-
como alguém demasia- cristã pouco falta para o
santes.
dos, mas alguns deles
do influenciável. Facto- Onde está o Natal?
nascimento do Salvador*. sobreviveram por inter-
É uma questão pertinen-
res como a necessidade “ Ela dará à luz um médio do Homem. Por-
te num mundo onde se
de integração em deter- filho e pôr-lhe-á o nome tanto Cristo ainda hoje
festeja esta época de um
de Jesus: porque ele tinha muitos males por
minados grupos sociais, modo engenhoso, mas
salvará o povo dos seus apagar deste mundo, pois
ou simplesmente pen- repito onde está o Natal?
pecados.” (Mt 1, 21) o Homem contribui for-
Sinceramente já não vejo
samentos de um modo um verdadeiro Natal há temente apenas para a
Alegrai-vos, nasceu o
de contributo para bem- muitos anos e porquê? sua elevação deixando o
Salvador!
estar a todos os níveis, Actualmente vemos resto acabar-se facilmen-
Não poderia deixar de
levam o pensamento abordar a época natalícia que nesta época natalícia te. Oração, igreja, família,
que mais uma vez aí vem o mais importante não é ajuda, convívio, amizade
humano a uma distor- o convívio nem a fraterni- são palavras demasiado
e que a maior parte das
ção da realidade. pessoas esquece não só dade entre uns e outros, puras para vós?
Visto que todos es- o seu significado mas tam- o importante está na com- Até eu tento procurar
tamos expostos a este bém a sua importância. pra das lembranças, o que um Natal que já foi mais
Quem melhor do que vós é que vamos pedir ao Pai que esquecido e perdido
tipo de influências, é Natal, a decoração, comi-
para despertar a escas- num Pólo Norte congela-
necessário percebermos sez da verdadeira alegria da etc... E Jesus? Onde do e sem renas. E cada
todos os malefícios das e magia do Natal? Quem é que ele fica nesta linda dia que passa mais me
acções anteriormente melhor do que vós para história de 24 e 25 de De-
convenço que tudo está
relembrar que graças a zembro? Sinceramente
referidas. Consequên- a perder o seu verdadeiro
Jesus Cristo alguns peca- somente debaixo do dito
cias como a destruição “pinheirinho”. valor, não só o Natal mas
dos deste povo santifica- toda uma série de épocas
da nossa própria vida e do acabaram por murchar Os valores e funda-
mentos que a igreja con- que contribuíam para um
da de todos os que nos e outros ergueram-se pela
seguia comunicar para um povo mais unido e não tão
rodeiam, são suficientes mão e mente engenhosa
povo há anos e décadas dividido e egoísta em si
do tão criativo Homem?
para nos alertar acerca Quem melhor do que vós atrás não são os mesmos mesmo.
desta problemática. É para dizer a toda a Terra dos dias de hoje; também Por isso a minha men-
que veio ao mundo o Mes- já ela perdeu a força e sagem passa por darmos
nestes malefícios que o
sias e que a partir daqui intensidade que possuía, o devido valor a estas
ser humano deve pen- podendo certas vezes in- épocas, pois são alturas
a nossa e toda uma vida
sar. mudaram? Quem melhor terferir na forma de viver que não são para enfeita-
A vida caracteriza-se do que vós para dizer que de um povo e seus ideais. rem um calendário anual,
Natal não são prendas Hoje em dia não; é cada mas sim que nos fazem
por um conjunto de es-
mas paz, alegria e amor? um por si e nem Deus reflectir no que somos e
colhas, feitas individual- Paz para mim, paz para sabe! a quem devemos louvar
mente, que contribuem ti meu irmão! Natal é sim- A nossa sociedade por aqui estar. No Natal é
ou não para completar plesmente fraternidade e deixou de ser uma socie- curioso que toda a gente
não consumismo... Natal dade religiosa e tradicio-
a razão da existência do pede isto, pede aquilo...
é simplesmente reparar nal passando a ser uma
homem. Para quê que- E dar? Dar no sentido de
no outro e não egoísmo... sociedade de consumo e
darmos a nós próprios um
brar tudo isto? Natal é simplesmente o manipulação excessiva.
Será com presentes pouco de espírito e virtu-
Do exposto, conclu- tempo de nos redimirmos
e mesa farta que o ver- de. Não se verifica - ainda
ímos que não são só dos nossos pecados e
com o auxílio de Cristo dadeiro espírito natalício mal! Não deixeis escapar
acções que devem ser progredir ou pelo menos floresce? Não me parece uma alegria tão especial e
mudadas mas, acima de reencontrar-mo-nos... Na- e vós bem o sabeis! importante como o nasci-
tudo, mentalidades que tal é simplesmente Jesus Quando somos peque- mento de Jesus! Festejai
Salvador! Quereis mais nos incutem-nos a ideia o Natal como verdadeiros
necessitam ser renova- humanos.
justificações para tão im- de que o Pai Natal exis-
das. portante época? Sois gen- te e que temos que falar (*Artigo escrito em Dezem-

103
te difícil de saciar! com Jesus, crescemos bro de 2008)

#1
2008 - 2009
Poemas Teu alegre sorrir, teu
doce canto
Teu alegre sorrir, teu doce canto
Que numa bela manhã se mostrou
Eclipse do Coração De amizade bela, amor eterno
Invadiu meu ínfimo, me alegrou
Quando a lua encobriu o Sol E quanto de tudo gostaria
As suas brumas a morte encorajaram Simples canto, alegre melodia
Quebrou o leme cego pelo farol De um mundo misterioso brotou
O coração, as lágrimas naufragaram Que tocando no teu rosto ecoou
O gelo sombrio fez o corpo tremer Será a sombra dos teus passos?
A loucura da mente infernal Será a luz da tua presença?
Cristalizou o sangue a escorrer Sem ti, perdida, no meu mundo estou
Rasgou a alma o sopro do mal. Sem ti nada é igual
Então, o cosmos despe o meu véu Oh se tudo fosse normal
Asas de fogo despertam o sentir Se pudéssemos mudar o mundo tu e eu.
Renasce das trevas o Anjo divino
A luz do seu olhar ilumina o céu Sandra Gomes
As estrelas brilham o seu sorrir 10.º A
O seu beijo rouba o meu destino.
Martinha Vale
Alegre vida, sozinha e
10.º A triste
Meus sentimentos em Alegre vida, sozinha e triste
Conforto amargo, de uma vida só.
tuas palavras Sofro e choro daqueles que não viste,
Rasgo o coração molhado com dó.
Meus sentimentos em tuas palavras
Tuas palavras podiam somente Toda a riqueza que já não existe
Com aquele frio olhar ardente Foi nevoeiro que ainda persiste
Tudo me dizer quando me olhavas. Daqueles que feudais ainda são
E onde persiste a desunião.
Habituada a tudo o que me davas
Deixei cair uma lágrima tristemente E assim no mundo existe fome e guerra
Surgindo um sorriso descontente Naqueles em quem o sofrimento chora
De quem te amou e agora abandonavas Do infortúnio que veio da terra.

Meu mundo desabou e se ergueu Oh! Será que os abandonou a sorte


Não merecias o meu desespero Pois em mágoas dizem que está na hora?
Só merecias o meu derrogar Se assim é, pois será melhor a morte?!

Em ti só encontrei sofrimento meu


Pedro Alexandre
Em ti só encontrei desprezo mero 10.º A
Mas meu coração sofrido irá depurar.
E uma voz fez levar ao esplendor
Eliana Carvalho E grande dor se cobriu com um manto
10.º A E um enorme grito avassalador
Exaltou para o mundo seu espanto

Se abriu um coração a Mas em mim triste e breve sentimento


Somente penetrou meu forte olhar
um grande amor E em teus braços perdi meu pensamento

Se abriu um coração a um grande amor A dor na escuridão fez voar


E a mágoa exaltou o doce canto E uma paixão na luz me deu alento
E um perfeito sentimento de ardor E minha alma aprendeu a respirar…
Mergulhou entre um belo e terno encanto. Adriana Figueiredo
10.º A

104
75 ANOS

Eurico,
O Sonhador
Entrou o meu luar timi- Convoco as letras para
damente uma reunião
Entrou o meu luar timidamente Convoco as letras para uma reunião
Encostou-se à parede do teu quarto Fazer um texto com elas desejo
Desenhando nela um busto de gente Criar com elas saudade, um beijo
Que olhava teu corpo intensamente. Teu rosto pintado com elas ou não.

Aproximaste-te dela de mansinho Teus olhos, janelas iluminadas


Desenhaste-lhe uns lábios quentes Teus lábios vermelhos e a tua boca
Uns braços fortes, um olhar azul Sorrisos pendurados, ares de louca
Com muita ternura, muito carinho! Os teus cabelos, ondas encantadas

No silêncio da noite, fez-se gente Olho-te assim em cada momento


Falaram de amor, de aventuras de beijos Tão bela, tão presente, tão amada
Colaram-se devagarinho para sempre Quem te criou, bendita Natureza!

E o luar que lá no alto tudo via Letras, cores em luz pintada no tempo
Este milagre calmamente assistia Sem ti em mim sou tudo, sendo nada
Ah! Foi-se apagando devagarinho. Viver é contemplar a tua beleza.

Nuvens de silêncio, na Teu olhar de menina, lua


noite vi cheia
Nuvens de silêncio, na noite vi Teu olhar de menina, lua cheia
De ódios e de iras carregadas Pálido sentir da noite escura
De noites mal dormidas, mal passadas De gritos, violência, sofrimentos
Saírem desses teus olhos, de ti. Que o egoísmo humana, cá, semeia.

Na madrugada triste eu as li Tua cor sofrida amarelada


Nos meus olhos, lágrimas derramadas Está no grito da criança esfomeada
Dessas nuvens de silêncios caladas Está no choro da mulher malfadada
Neste deserto árido as senti. Nas vidas inocentes encarceradas.

Amor, essas estrelas cintilantes Não desvendes da noite o manto escuro


Cobriam minha noite de alegria Oh deixa-me descansar sossegado
Tão fugazes, tão belas, tão distantes Deixa o sofrimento morrer de sofrer

Nesses momentos belos eu sentia Temos esperança, vem, ó mundo puro


Que todos esses belos diamantes Traz tua força, deixa de estar calado
Se enterrariam na terra, tão fria. Traz contigo um novo amanhecer.

Teu olhar sereno em mim semeaste


Ilusões contidas brancas sementes
Tantos sorrisos, cálidos, contentes,
Novo reino, meu ser edificaste.

105
#1
2008 - 2009
Reencontro de Sonhos
Adriana Figueiredo
10.º A
Inimaginável o que nos. aparecia na escola… Por desenhado no Céu…
há muito tempo andara Nessa noite, algo ain- vezes, quando precisa- Começou então a
a acontecer naquela ín- da mais especial acon- va de se afastar das re- sonhar: sonhava que al-
greme, mas acolhedora teceu do que o habitual. alidades dos humanos, gum dia seria capaz de
aldeia… Uma aldeia em Quando a lua surgiu, e vinha ter comigo, aqui tocar aquele rosto… e
que quase todos eram a magia se começou a para o céu, onde enchia tentava mil e uma ma-
humildes, mas felizes… sentir, um rosto perfeito o corpo e a mente de neiras diferentes de o
Onde o Sol nascia todas foi nitidamente visto no sonhos, e logo voltava fazer… O rosto parecia
as manhãs com o chil- céu… e a estrela come- para a Terra, de novo incentivá-lo, como se
rear dos passarinhos… çou a falar à Terra: sonhadora… Um dia, lhe dissesse para sonhar
Contudo, faltava o sonho - Hoje, vou contar- como acontece com to- cada vez mais alto, pois
aos habitantes daquela vos uma história… – co- dos os humanos, Zoé um dia conseguiria… E
aldeia, para completar a meçou Abi. Os huma- cresceu, e a certa altu- uma paixão surgiu entre
sua felicidade. Foi então nos interrogavam-se ra, deixou de existir… Os o rapaz e o rosto dese-
que tudo começou: to- de onde viria aquela seus sonhos eram agora nhado no céu… E era
das as noites, que antes voz, mas a curiosidade transmitidos no Céu… tanta a leveza do seu
eram escuras e frias, e o interesse que a voz Ultimamente, o Céu amor que ele deslizou
agora se haviam torna- havia despertado neles achou por bem partilhá- como que voando, sem
do mágicas… Como que era tanta, que todos los com os humanos, ninguém o ver, até ao
uma varinha de condão permaneciam sentados, para que aprendessem céu… E, quando pare-
invadisse o luar, e o seu ao luar, sem qualquer que sonhar é o primeiro cia estar perto, erguia a
toque fizesse com que a ruído, ouvindo a voz passo para alcançar a mão para lhe tocar, mas
magia se soltasse per- que vinha do céu. felicidade… Além disso, nada físico conseguia
correndo o ar quente - Há muito, muito o céu estava a ficar sem alcançar… voou sempre,
até chegar às estrelas, tempo, viveu na Terra espaço para guardar os sem desanimar, espe-
fazendo-as sonhar, e a criança mais sonha- sonhos de Zoé… Agora rando a hora em que
estas transmitissem ao dora que alguma vez que já sabem o porquê tocaria aquele rosto e
cosmos um infinito sen- conheci… Zoé, era uma de toda esta magia vos teria felicidade eterna.
timento de bem-estar… menina encantadora… invadir, a minha tare- Até que atingiu uma al-
Ninguém compreendia Os seus cabelos com- fa para convosco está tura em que o ser hu-
o sucedido, até que um pridos percorriam as cumprida, e despeço- mano já não é capaz
dia, uma das estrelas suas costas levemente, me com desejos de bons de sobreviver… Então,
decidiu contar ao mun- enquanto seus olhos sonhos para todos, e tal como aconteceu a
do o porquê de toda expressavam os senti- não se esqueçam: “ So- Zoé, e como acontece-
aquela magia: mentos mais belos…A nhar é o primeiro passo rá a todos os humanos,
-Esta noite, contarei sua pele branca trans- para ser feliz!” também este rapaz dei-
aos humanos o nosso parecia uma felicidade Um rapaz que se en- xou de existir… deixou
segredo! – Revelou Abi imponente vinda do contrava então sentado o mundo calmamente,
ao cosmos. seu interior, e todas as numa pedra, num lugar com um sorriso no ros-
-Assegura-te então, crianças queriam ser maravilhoso e encan- to, e um brilho no olhar,
de que eles sonharão como ela… Zoé era uma tador, ouvindo a água como se soubesse o
cada vez mais, para simples sonhadora… pura e cristalina da fon- que o esperava… Então,
que as noites se tornem Para ela, não havia im- te cair nas pedras e fa- finalmente, alcançou
cada vez mais belas… possíveis, e a vida era zer um som relaxante, aquele rosto… E agora,
– respondeu o cosmos, um conto de fadas… No observava o luar… Após eram dois os rostos so-
com a sua voz grossa entanto, Zoé, que vivia deixar de ouvir a voz da nhadores que se dese-
mas doce, que ecoou como todas as crianças estrela, erguia a mão nhavam no Céu…
nos ouvidos dos huma- da altura, nem sempre tentando tocar o rosto

106
75 ANOS

Professores Novos Passeio das


Famílias 2009
E ao Segundo Acto, repetiu-se a cena, mas com
Carla Barbosa pequenas variantes.
Professora No dia 10 de Junho realizou-se mais um Passeio
das Famílias, organizado pela Associação de Pais
No dia 13 de Março de 2009, os professores novos do do Colégio e que tinha como local o santuário da
Colégio La Salle e do Colégio S. Caetano rumaram mais Senhora das Neves, em Dem, Caminha.
uma vez em direcção a Valladolid. Todo o dia de forma- No entanto, a insistente chuva que se fez sen-
ção foi assegurado pela sabedoria do Ir. Pedro Gil Lar- tir nesse dia, motivou uma atempada mudança de
rañaga, professor da Universidade de Deusto, do distrito planos: o convívio far-se-ía em terras barcelenses,
de Bilbao, especialista em história educativa lassalista.
no próprio Colégio.
Apresentou uma panorâmica educativa da História Las-
salista bem como as quatro primeiras características da
A manhã foi animada com jogos de loto na Lu-
herança lassalista. Terminou com uma terceira interven- doteca e de vólei no Ginásio, ficando para o final da
ção sobre o retrato interior do professor das escolas de manhã a Eucaristia, celebrada pelo Pe. Vilas Boas,
La Salle onde, segundo o Ir. Pedro, a fé, o compromisso pároco de Santa Eugénia. Nesta, referiu-se ao sig-
e a vida interior são factores essenciais na sua forma- nificado de contratempos como o verificado no dia,
ção. Segundo este, “o nosso trabalho levou-nos à nossa sendo que para tudo, Deus tem um propósito que
vida e de seguida ou simultaneamente, a nossa vida se cabe a cada um descobrir.
converte em inspiração para o nosso trabalho”. Este en- Por volta das 13:00 decorreu o almoço na canti-
contro de formação teve, como final, o testemunho apre-
na do Colégio, onde os inúmeros petiscos que cada
sentado pelo Ir. Ed Siderewicz, das escolas San Miguel
nos Estados Unidos, durante o qual tivemos a honra de família confeccionou, foram muito apreciados por
conhecer todo o trabalho e empenho realizados naquela todos.
zona. Despedimo-nos da casa das Arcas Reales com a De tarde, prolongou-se o convívio com alguns
Celebração da Quaresma e aguardando pelo último en- jogos e Karaoke que animou a pequenada e alguns
contro deste ano que se realizaria desta vez em Bujedo. adultos de vozes mais afinadas.
Assim, neste deslumbrante lugar, nos dias 22 e 23 de
Maio, os professores tiveram mais uma oportunidade de Caminhada/
enriquecerem a sua formação lassalista, desta vez com a
presença de Pablo M. Araujo, professor da escola de Ma- Pedalada Solidária
nágua em Palência. Ofereceu-nos momentos muito dinâ- Apesar da chuva que se anunciava, a vontade
micos e divertidos, tudo em torno do tema da resolução solidária que animava todos os presentes, tornou
de conflitos e do professor enquanto mediador. O segun- possível a realização de mais uma Caminha/Peda-
do dia foi da responsabilidade da Equipa de Missão que lada Solidária, organizada pela Sopro.
falou sobre educação para a justiça nas escolas lassalis-
Numa versão necessáriamente mais curta, os
tas. O último momento alto desta formação pertenceu a
alguns professores presentes em Bujedo que testemu-
participantes puderam caminhar alguns quilóme-
nharam da sua experiência, desde actividades ligadas a tros por terras de Barcelinhos e Carvalhal, tendo à
grupos cristãos, missões realizadas em África e na Índia sua espera, no final instalado no Colégio La Salle,
ou participação no CIL (Centro Internacional Lassalista). um merecido almoço.
Foi um momento muito interessante e que sem dúvida A todos os que participaram e contribuiram para
deixou nos presentes uma pontinha de vontade de tornar ajudar a Sopro, fica a priomessa de que para o ano
suas estas experiências de vida. certamente, há mais!

107
#1
2008 - 2009

Educação Visual
Ana Costa
9.º A

Armário Antropomórfico - Salvador Dali

Marco Cabo
9.º B

Cães Ladrando à Lua - Juan Miró

Composição VII - Wassily Kandinsky

José Falcão
9.º A

108
75 ANOS

Roberto Barbosa
9.º C

Vivendo numa Pintura de Jimmy Warren


- Jimmy Warren

Rita Grenha
9.º C

Retrato de uma Dama (Mona Lisa)


- Leonardo Da Vinci

109
#1
2008 - 2009
Carlos Ribeiro
9.º B

Retrato do Filho do Homem


- René Magritte

Retrato de Pablo Picasso


- Salvador Dali

Roberto Gomes
9.º C

110
75 ANOS

Angustia
- Salvador Dali

Elsa Lameira
9.º B Cátia Araújo
9.º A

Mulher ao Espellho
- Pablo Picasso

111
#1
2008 - 2009
PASSATEMPOS
SUDOKU
Fácil Médio Difícil

DIFERENÇAS
Encontra 10 Diferenças

Polaroid...
“MAGALHÃES,
Uma ferramenta Multiusos”

112 Rafael Ferreira, 5.º B

You might also like