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ORCAO E STRIPPING DE GASES 1 - Principio: sao duas operagées distintas que envolve a transferéncia de massa de componentes gasosos entre uma fase liquida e uma fase gasosa 2 - Definigdes: Absoreao: € uma operagdo que visa retirar um ou mais compondentes de uma mistura gasosa pelo contato direto com um liquido. Stripping: é a operagao inversa, cujo objetivo, é retirar os componentes mais volateis de uma mistura liquida, através da passagem de um gas em contato direto por meio deste liquido, 3 - Principais Aplicagées: - Indiistria Quimica: produgao de acidos cloridrico, nitrico e sulfirico - Indiistria de Petréleo: stripping utilizando 0 gas natural para desaerar Agua de injecdo dos pogos de petréleo - Indiistria Petroquimica: absogdo de produtos gasosos (aménia) contida nos gases de coqueria. - Industria Alimenticia: stripping com vapor superaquecido para desodorizagao de dleos vegetais. 4 - Elementos de Calculo: 4.1- Balangos de Massa: relacionam as quantidades produzidas com as quantidades alimentadas utilizando as composigdes correspondentes. 4.2- Balangos de Energia: leva em consideragao a ocorréncia de efeitos exotérmicos na absorgao. 4,3- Relagdes de Equilibrio: relacionam o equilibrio do sistema a uma determinada temperatura ¢ sdo geralmente apresentadas sob as seguintes formas: pyse yvsx Y vs X onde: p= pressio parcial do soluto no gas em equilibrio com a solugiio de concentragao c y = fragdo molar do soluto no gas. x= fragdo molar do soluto no liquido. Y =Kmol de soluto por Kmol de gis isento de soluto. X= Kmol de soluto por Kmol de solvente puro. 4.5 - Equagdes de Velocidade: sao utilizadas para dimensionar os equipamentos, (colunas de absorgao ou de strippers). Na=Ke-A-Ac (3) = razo de transferéncia ( kmol do soluto “a” transferido por hora) = Coeficiente global de transferéncia de massa (kmol /h m* por unidade de Ac, como kmol / m*), A = Area interfacial (m’). Ac = forga propulsora > diferenga entre as concentragGes do soluto “a” no gas € no liquido (kmol / m*) 5 - Relacdes de Equilibrio Propriedades das Solugdes Liquidas Ideais © O volume total de uma solugao é igual a soma dos volumes de seus componentes. © As forcas intermoleculares na fase liquida nao se alteram durante a mistura dos componentes. ® Nao existem efeitos térmicos associados com a dissolugao ® Aleide Raoult p=p°x €é valida. © Centas solugdes liquidas no ideais seguem a lei de Henry que pode ser escrita de diversas formas p=Hx, y=H’'x, p=H’e ou c=H’"p (4) onde: H, H’, H”’ e H’”’ sao constantes de Henry de diferentes valores nas diversas expresses. x= fragdio molar da fase liquida y = fragdo molar da fase vapor © = concentragao na fase liquida - Quando a lei de Henry nio for aplicada temos: y=kx. (5) onde: k varia com a natureza, temperatura, pressao total e concentragao do gas. - Quando a solugo liquida for ideal, o valor de k independe da composicao, variando apenas com T e P. Ex.: Misturas de hidrocarbonetos. 6 - Equagées de Velocidade 6.1- Transferéncia Laminar: Principio: processo unidirecional onde o soluto difunde-se através do gas, atravessa a interface, e difunde-se no seio da fase liquida. A taxa de difuso do soluto “a” por difusdo molecular através de uma camada gasosa de espessura “e” é dada pela Lei de Fick: Aes 6) onde: Na = taxa de difusdo do soluto “a” (kmol / h). De = difusividade de “a” através do gas isento de “b” (m?/h). A = rea de transferéncia (m) Ac, = gradiente de concentragao do soluto “a” entre as fases | e 2. pm = média logaritmica das concentragdes Cy) e Ch2 do gas isento de soluto nas fases I ¢ 2. , = concentragao total da fase gasosa. = espessura da lamina de gas. Esta equagaio também pode ser escrita sob a forma de presses parci f De A P — AI 7 RT pw ® Na = onde: P = pressao total da fase gasosa Na fase liquida a difusio unidirecional do soluto “a” também pode ser calculada pela lei de Fick. Dea ee © Cm Na = Ae. (8) onde: Dy = difusividade do soluto “ana fase liquida (m"/h). = concentragao do liquido (kmol/m’). 6.2- Transferéncia Turbulenta: As equagdes de transporte turbulento sao escritas através de: kg e ky, > coeficientes parciais de transferéncia de massa Kg e K. = coeficientes globais de transferéncia de massa. Na = ke A (Dc - pi) (9) Na= ky A (¢)- er) (10) Na = Ke A (De - pt*) aly Na= Kz A (cc* - ex) (12) onde: pg = pressao parcial do soluto “a” no gas, numa determinada segao do equipamento. pi= pressiio parcial de “ana interface. px* = pressao parcial de “a” no gas em equilibrio com 0 liquido de concentragao cy. cL = concentragao de “a” no liquido, em um determinado: ponto do equipamento. 1 = concentragao de “a” na interface ¢c* = concentragao de “a” no liquido em equilibrio com o giis de concentragao po. A = area interfacial, 6,3- Relacies entre 0s coeficientes globais ¢ parci 1 1 m ene tae 13 Ke ko * (3) 1 L 1 yd 14 Ki ku mke aa) Atrayés das equagdes (13) e (14) obtemos: m Kg (15) A equagio (15) utilizando os coeficientes globais para o calculo da velocidade de transferéncia sé poderd ser utilizada quando o equilibrio for traduzido por uma reta com “m’”, constante no intervalo considerado. - Para baixos valores de “m”, caracteristica de gases muito soliiveis, temos através da equagdo (13) que os coeficientes Kg e kg sao praticamente iguais. Ke =ke (16) - Para altos valores de “m’”,, caracteristica de gases pouco soliiveis, através da equagio (14) verificamos que os coeficientes Ky, ¢ ky, sao praticamente iguais. KL =k (7) 7.4-Determinacao Grafica: Curva de Equilibrio => y vs x Reta de Operacio = B (xp, yp) = Tr. yn Absorgio Figura 3:Diagrama x,y tipo McCabe-Thiele para 0 céleulo do numero de pratos te6ricos de absorvedores e strippers Absorglio: y>y* = curva de operago acima da curva de equilibrio. Stripping: y y= (xn). Equagao (19). 7.5 Operacio Realizada a Vazio Constante: Principio: esta operagdo é desenvolvida quando as vazdes do liquido e do gas estdo isentos de soluto. Neste caso a equagao (19) L toma-se uma reta com coeficiente angular = (20) onde: X= relagao molar (kmol do soluto / kmol do solvente) Y = relagiio molar (kmol do soluto / kmol de gas isento de soluto). Ly xy G YT G YB Ll xp xT x Figura 4: Diagrama Y vs X para 0 célculo do namero de pratos teéricos de um absorvedor 7.6-Balan¢o de Massa do Soluto na Coluna: G(Yp- Yr)=L (Xp - Xr) (21) 7.7-Relacao de Refluxo Minima L /G : Absor¢ao: Vaziio de L pequena = inclinagao menor da reta de operagao. (L/ G)min encontra-se com a curva de equilibrio produzindo um nimero infinito de pratos. Stripping: Vaziio de G pequena => inclinagao maior produzindo (L/G)nax que corresponde a operagdo realizada com um numero infinito de pratos. Absorvedor Stripper ay B yx Figura 5: Determinagio da relagio de (L/G ) min 8-Calculo Algébrico do Namero de Pratos Teéricos - Relago de equlibrio: Y,* =m X,+b 8.1- Equacio de Souders e Brown: Yo-¥r (4 : ae (22) Yo - mXr Gann introduzindo o fator de absorcao A = L / m G , temos: Yo- Yr _ ei -A (23) Ye-mXt AN OY 8.2-Equacao de Colburn: qt-D em ne > mXz (24) nA 8.3-Cilculo do Namero de Pratos Reais Utilizando a Eficiéncia Global E: Ne = (25) |Z 9-Torres de Recheio para Absorgao e Stripping Principio: geralmente este tipo de equipamento é utilizado quando existe grandes vazées de gases. Os célculos do projeto sao baseados no principio de unidade de transferéncia. T Yr aF XB Figura 6: Torre de Recheio Balango de Massa na Altura Infinitesimal dh GdY=KyaS dh(¥-Y4) (26) onde: Ky ~ coeficiente de transferéneia de massa cm unidades de concentragao no gas (kmol de solute /h m? AY unitario). a = drea interfacial por unidade de volume de recheio (m? / m’). S = segdo transversal da torre (m’), Y* = concentragao do gas em equilibrio com o liquido de concentragao X. Ky a= coeficiente de capacidade do equipamento. Integrando esta equacio temos: h = (27) ou h = (NUT) (AUT) (28) onde: NUT = mimero de unidades de transferéncia. AUT = altura de uma unidade de transferéncia ou h = Noy . Hoy (29) Resolugiio da Integral - Resolugao Analitica: quando a relagao de equilibrio for conhecida sob a forma de uma relagao matematica. - Resolugio Grafica: esta integragao é feita retirando diretamente do diagrama Y vs X, uma série de valores Y - Y* correspondentes a diversos valores de Y ¢ constrdi-se 0 ~ em fungao de ¥. A afi grafico [> area sob a curva entre Yr ¢ Yp sera a NTU. x Mr ‘By Figura 7:Calculo do nimero de unidades de transferéncia 10-Misturas Diluidas: (30) GB) w < 10.1-Caso Particular: quando a relacao de equilibrio for uma reta do tipo Y=mX ou y=mx. Objetivo: evitar a integragao do célculo do NUT utilizando a média logaritmica Aym. ® ay leon G2) ou (33) AYn Ayn onde: AYn - AYr — Ayn = Ayr AYs ay aan (34) In in 5 AYr Ayr 10.2-Calculo algébrico do NUT: Equagao de Colburn Absorgao: i NUT = (35) Onde: A = 3b > fator de absorgao (1,25 Fator de Stripping 11- CAlculo algébrico para determinagao do nimero de pratos tedricos. Prineipio: quando a relagaio de equilibrio ¢ a linha de operagao forem retas. Objetivo: determinagao do mimero de pratos tedricos em coluna de Ppratos e de recheio, através do conceito de altura equivalente a um prato tedrico, (AETP). AEPT = toy Hoy (37) onde. Noy = € 0 nimero de unidades de transferéncia correspondente ao prato tedrico n contada a apartir do topo da coluna. G8) onde: G9) *B Figura 8: Calculo do namero de pratos teéricos © calculo do fator de absorgio com base nas composigdes indicadas na figura ( 8) é dado por: (40) Levando as equagbes (38), (39) e (40) na equaco (37), temos: (yetr = ya) In ay ou sejaz AEPT = (42) Esta expresso, que relaciona a altura equivalente de um prato tedrico com a altura de uma unidade de transferéncia, permite obter uma equagao para calcular 0 NTP, que representaremos por N. A altura total da coluna é dada pela seguinte expressiio: h = N(AEPT) = Noy Hoy (43) O mumero de pratos tedricos é dado pela expresso seguinte, através da combinagao das equagdes (42) e (35) de Colburn eet NoHy 2 oy, 1A AEPT. ind (44) Para absorgao: nit . 1) See AJ yr - mxr A = 5 45 a InA 45) Para stripping: =a | Inj(l - S) ——™ +8 oe Noe (46) Re s Partindo da equagdo (45), pode-se determinar o grau de separagdo, através do cdlculo do ntmero de pratos tedricos sob a seguinte forma: yr- mar ya = mxr (47) A recuperagao real conseguida é: yp - yr. A recuperagao tedrica conseguida é: yp - m xr. © grau de separagaio é a relagdo destas quantidades e pode ser relacionada com a equagao (47) sob a seguinte forma yoryr _ somxr = yr + mar ae yo mxr ya > mxr ye some yr mxr ou A Ayo (48) valor de A pode ser escolhido arbitrariamente, 0 que permite fixar diferentes valores de N para cada grau de separacao. 1,25

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