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tido Socialista Portugués. Defonden a . Era, afinal, um tradicionalista que passava a palavra aos adeptos das novas ideias po- Iitieo-econémicas, cujos avangos ou retro- cessos, no plano legislativo, viriam a tra- duzir as vicissitudes da controvérsia e da juta que envolveram a Nacao. Referir- “nos-emos apenas, ¢ muito sucintamente, a ‘alguns passos mais salientes dessa re- forma. Na Carta Régia de 7 de Marco de 1810 —dirigida do Rio de Janeiro a0 clero, nobreza e povo— dé-se conta de que fora ordenado aos governadores do Reino que se ocupassem dos meios «com que poderiio minorar-se ou suprimir-se os forais, que sao em algumas partes do Reino de um peso intolerdvels, Em 12 de 56 Margo de 1811 a Regéncia, pela Mesa do Desembargo do Paco, manda expedir or- dens para que os corregedores das comar- cas averigdem esses gravames dos forais; @ a 17 de Outubro de 1812 uma portaria dos governadores do Reino cria a Comis- séo para Exame dos Forais e Melhora- mentos da Agricultura, Pelo Alvara com forca de lei de 11 de Abril de 1815, ainda expedido do Rio de Janeiro, o principe regente faz saber que se providenciara de novo, agora a pretexto de remover os es- tragos da guerra, sobre a revisio e exame dos estabelecido pelo contrato e que caracteri- zava a natureza juridica da concessio. © foreiro era obrigado a cultivar a terra, sob pena de confisco. A falta de pagamento do foro podia converter de novo em reguen- gueira uma herdade foreira, O dizimo & Igreja afirmava-se sempre. A passagem a herdades foreiras de muitos reguengos ex- plica-se pelas novas condigoes de proprie- dade e de explorago da terra a partir do séeulo xir e pela libertacdo progressiva dos servos da gleba, Os foreiros tinham a si- tuaedo de colonos * livres e aproximavam-se, na pratiea, de pequenos proprietarins alo- diais (6 sintomético notar que 03 textos da época chamam também foreiro: aos proprietarios de alédios e aos prédios res- peetivos). TA Hoe 9, 30) Bro..:_ Alexandre Hereulano, Histérla de Po: up! Bs edt. vt, Lisboa, s. d. Henrique da Gama Br 0s, Historia’ da Administracdo Publica em Por! 19:1 nos Séculos XM a XV, 2° ea, t. my Lisboa, 19) ‘Manuel Paulo Meréa, ‘sAS claises socials @ & pro priedade verritorialy,” in Hist6ria de -Portuaat, vc Bareelos, vol, 1, 1999, FOREIRO, pripro, V. prédio foreiro. FORJAZ, D, MiGUEL PEREIRA, CONDE DA Ferra (1769-1827). De aseendéncia fidalga, seguiu naturalmente a carreira das armas e tomou parte na campanha do Rossilhio *. Foi um dos elementos do Conselho da Re- géncia a quem ficou entregue o governo do Pais quando, perante a invasao de Ju- not, 2 corte se retirou para o Brasil. Mas nao deve ter sido dos que ddcilmente cola- boraram com o invasor, visto que em breve nos aparece no Porto, junto de Bernardim Freire, a organizar ‘2 resisténcia militar contra’ os Franeeses. A reconstituigsio da Junta Governativa, logo apés a convengiio de Sintra (1808), vai aumentar a influén- cia de D. Miguel Pereira Forjaz: seré ai que a sua actividade encontra o campo adequado para exercer-se, Trabalhador in- fatigvel, deve-se-lhe em boa parte a or- ganizaeéd do exéreito Iusitano que fez as oT

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