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UMA METODOLOGIA PARA APLICACAO DAS CURVAS, AGREGADAS NA PROGRAMACAO DE OBRAS. CASAROTTO, Rosangele Mauzer, MEng, (1) HEINECK, Luis Fernando M., PhD. (2) CASAROTTO Filho, Nelson, D.Eng. G3) CASTRO, Joto Emesto E., MEng. (4) (1) Escola Técnice Federal de Santa Catarina, Curso de Bdificagdes, Av. Mauro Ramos, Centro, ‘88,000,000, Florandpolis, SC (2), G) e(4)- Universidade Federal de Santa Catarina, Departamento de Engenharia de Profugdo & Sistemas, CEP 88 010 970, Florianopolis, SC RESUMO A construgio civil é uma atvidade industrial de transformario caracterizada por seu produto final ser de posipo fia, geralmente nico, com um ciclo de vida e inconstincie de uiizagto de recursos em habiidades © quatidades. O pianejamenso de obras, portant, sempre tem um clevado ‘rau de incerteza. A Curva de Agregao de Recursos, que conffonta« ulizapo de recursos com ‘© tempo, ou a Curva de Agregapio Acumulads, também conhecida como Curva “S", podem se ‘constitu em éximos referenciais como forma de dimimiglo das incerezas na programagio de obras. Este trabalho apresenta uma metodologia de programacio de obras baseada em uma Curva de Agregagdo de Recursos. A partir de ume curva padrio levantada com etifcios de pequeno porte cconsruidos em Florianopolis, Santa Catarina, foi fia uma aplicar8o pritica do modelo na reprogramagio de um eiificio de praia também em Flriandpolis, em inicio de constugio, obtendo ‘uma consderivel melhora a uilizasto dos recursos, L-INTRODUCAO No planejamento de obras, como em qualquer projto, sempre se tem um grau clevado de imcereza. Como “cada obra ¢ uma nova obra", com caracterisicas particulares, sempre é imteressate dispor-se de alguma ferramenta ou informario que posta servic de relerencial para contorar as incertezas sobre o desenvolvimento e 0 resultado final da obra, em termos de produto final, prazos ecustos. 'No tocante a recursos, procurs-s utilizar como balizamento para a Programseao e Controle de Obras, curvas que deserevam o andamento do projeto, As mais comuns so as curvas “S”, que representam 0 custo acumulado da obra, periodicamente, bem como a curva que the di origem ~ curva desagregada ou curva de earza -, representando 0s custos periodicos simples (nto scumulados), Exe artigo aborda justamente esta rea das curvas de andameato de obras, propondo uma, metodologia baseada em curvas de agrepacio para a programagio de obras. A partir de uma curva padrio levantada com edifcios de pequeno parte construdos em Florianopolis, Santa Catarina, foi festa uma aplicasio petica do modelo na reprogramacdo de um edificio de praia também em Congreso Theico-Cuntiico de Bgesbria Chal oaipoli 2 «3 de Ab de 199 184 Florianopolis, em inicio. de construgdo, obtendo wma considerivel melhoria a utlizagdo dos 2. REVISANDO CURVAS DE AGREGACAO ‘Uma das grandes implicapdes gerenciis de projetos em geral é a varingdo da utilzagto dos recursos durante © prazo do projeto, em constraste com a quase constincia da utilizacso dos ‘eeursos em uma atvidade industrial convencional. A figura 21 a mostra, deforma simplificad, « comparacio do nivel de utilzaeo dos recursos em um departamento de produgto versus im projeto (ou uma obra, no caso da consrugho civil). Nota-se que uma obra tem ciclo de vida e que existem Inés fases: a primeira, de crescimento da utilizagso dos recursos referente ao inicio da obra; a segunds, referentetutlizagdoplens dos recursos © a teroera, de finlizagko da obra e decréscimo de utilizagdo dos recursos Noel de Ae Nivel de Alivia £) DEPARTAMENTOS BE PRODUGAO v PRoRTOS igus 2.1: Compara entre ives de atvidade (itz de eur) de department de roo ¢ praetor. ssa diferenga de caracteistias diiculta sobremaneira 0 gerenciamento de projewos em ‘elagdo a departamentos de produeio. A utilizapio dos rooursos varia com o tempo, astim como at hablidades requeridas. Também o que se produz durante um projet, vara de fase fase. Fazer Drojecdes toma-se mais difcd. Ha que considerar a observagio de que projeto ¢ vnico, nance foi ‘to antes, o que difculta ainda mus as projegbes, tomando o planejamento mais complexo, e mais ‘Uma das feramentas que podem auxiiar 0 Planejamento de Obras é o que se chama de Cuevas de Agregue. ‘As Curvas de Agreyaclo slo curves que mostram a evolugdo de utlizagdo de um ou mais ‘recursos em um projto. A mais conhecide 6 a Curva § ou Curva de Agregagio Acumulada,obtida a partir da ploagem dos gastos acumulados, normalmente més a més, Parlelamente pode se ter & ‘Curva de Carga ou Curva de Agregapto propriamente dita, que mostra os valores mensis, no cumulados. A ibliograia normalmente trata dos dois tipos de curvas em itens ow capitlos sgenericamente chamados de Curva S, em funglo do formato da curva de gastos acumulados se assemelhar dquela letra do alfabeto A bibliograia¢ firta em relagdo d utiidade das Curvas de Agregaslo, Valle(40) usa uma curva de carga para exemplificar 0 dispéndio de boras totais trabalhadas plas equipesparticipantes de um projeto industrial bem condurid, conforme a Gigura .2, que apresenta 0 caso expeciion do item constragdes cvs 185 e Figura 2.2 Grifico Tipco de ila de Mlo-d-Obr ae Conroe Cvs de Proetos Indust omc: Valen Segundo 0 autor, a fase inicial, de crescimento, exige um menor nismero de pessoas ‘envolvidas, mas de maior qualicagdo, em utlizapdo crescent patamar central exige 0 “grossa” mdo-de-obra, em quamtdade. A’ fase fina, decrescente, volta 4 ter menor envolvimento ‘cuantitativo de mio-de-obra, consistindo em revsdese fechamient, Mas Shrub et alli36), apresentam um tratamento para os recursos. mensas de um projeto Stravés do tempo, usando um grifico trapezoidal tiico como sendo 0 ideal para o desenvolvimento de um projeto,conforme a figura 2.3 Nivelde sig sa 7 Fira 23 : Grifico Tropez Tel Idiado po Ss ah, F ineressanie notar que seo projto seguir ese modelo extive, principalmente na regito do pptamar, evitando picos de gastos, provavelmente contriburh para diminuir 0 capital de giro necessario € 0 consequente custo fnanceiro de sustentilo. (Os autores. apresentam também o desenvolvimento do custo. de um projeto através do uso de curvas S, aldo das curvas de carga mesa 1 para a bibliografia que trata especfcamente de empreendimentos de construgio civil, Heineck(24) e(25) faz uma ampla abordagem das aplicagies das curvas § tanto a nivel de cantiros ‘como a nivel goveramental Em seus trabalhos ter-se & apceventapio teirca sobre o tragado das curvas de agregacdo ¢ a seguir, aplicagdes priticas em programas e poliicas de govern, ‘orgamentos,programacio e controle de obras geréncia de empreendimentos na construcdo civil. ‘Resumidamente em relagio a bibliografia, pode-se dizer que as curvasS (e curvas de carga) slo presenga obrigatoria nos capitulos que tratam de programagdo e controle de projtos. Esta ‘unanimidade aponta pera x importincie do assunto como tems de pesquisa para o aprinoramento 4s processos de Propramacio e Controle de Empreendimentos, Congreso Theo Clef de Pngenbaria Chl Floandpol, 223 de Abr de 996. is 3_- UMA METODOLOGIA PARA APLICACAO DAS CURVAS AGREGADAS NA PROGRAMACAO DE OBRAS. Ese item apresenta uma metodologia para uso de Curvas de Agregacio em programacio de obras complementada com uma aplicardo pritica. A metodologia proposta neste trabalho, ¢ cexplicada através do fuxograma apresentado na figura 3. ign 3.1: Fhograma Bisco para Programa; de Obras com Aus de Curva de Agra Paco ons: Flaw dedados Fue de operngscs_————* Terie Cents de Flotndpoli 3 23 de Ai de 198. 187 Inicia-se com a definigfo das atvidades © a primeira esimativa de custos © prazos das ‘mesmas,levando em conta os objetivose requistos do empreendimento ‘A seguit elaboran-se 0 cronograma fsico-fnanceiro ¢ a curva de agregaglo, para apés, ‘compari-la com a curva padrio, ‘A sequincia deve ser repetida até que s curvas da obra e padro tena se ajustado, [A partic dai 6 elabocada curva “S” para sua aprovaeo juntameate com o eranograma fitco- financeiro austad. ‘Um observacio de importincia & a de que utlizou-se a curva de agregagdo para auriiar a programagdo jt que ela apresena os gastos periddioos,normalmente mensais. Com isso se tem iia 44a dsponibtidade de recursos necesséria em cada més. Jé a curva “S”, & um subproduto da + metodologa. E mais adequada pra o contole, pois com ela, é mais vsivel 0 progresso do prazo ea perspectiva de ultrapassr ou noo custo total prevsto. 4- APLICACAO PRATICA Neste item seri apresentada a aplicagdo da metodologia proposta em 3 € discutidos os resultados obtidos ‘A metodologin proposta sera aplcada eum edificio a ser constrido em Canasviciras com 43,7802 "Na figura 4.1 tem-se o cronograma fsico-financeio da obca em questi. Sor RES URS CARAS ar 287A (at 6) “ co powmicrnagh 1§00“laatig9 20me a17m saeco rec 2REM 2m za EsmmUTUNA. 1909 Dama Ta TERM arr om RevesrwehT 1800 YaatisD 2087 GMST SAIS? 2mRW 190,10 pavuennach nD tome 2erme 2sme0 ioe? tame? renmoeNs 200 251402 sora ‘voros 2m 2s tara 12818 am za rus 290 2970 15HK05 sm ear mer som sms ie 80s RAT er 10 sore yma centt ames? onze Haw ewer, soo eas areas az TOI 0D PHD 9eKSs HTeRR-D aeImNT emRT ANH aiamA ARO Figura 1.1 Cronagrama Ongaal do Eas Aguas Claas (a sr constrido) Congreso Thre lent de Engenharia Cot Flortanipo, 21 223 de Abi de 196 "ji deg, MIMO roma ones tne nev deseo caer Ss 2). ooo 10 20 a0 200, Figura 4.2: Curva de Agrogado Planeada- Plan 1 (0 peoximo passo ¢ 0 de constr a curva padrto para a obra, ajustando-se os valores a partir da curva padrio anteriormente obtida de uma amostra de obras de mesma caracterisica, Vale resealtar que Caserotto (07), analisou o andamento de 18 obras signiicando edifiios de pequeno porte em Floriandpolis, Senta Catarina, obtendo essa curva padrio e que esta representade na figure 43, AS imerseogdes ocorrem no intervalo de 10 a 15% do tempo com 5,2% por cento do custo © ‘eure 75 80% do tempo com 6.9% do custo. Se a obra demorasse 20 meses, 0 tereeito més consuira5,2% do custo ¢o dévimo sexto més consumira 6,9% dos cuss. Figura 43: Curva Padrio Obida por Csaroto(07) para uma Amostra de Baificios do Pequen Ports Congress Teco Centfco de Engenharia) _ = acer aoe lontdpolis 2 23 de Abell de 1996. ie [A figura 44, apresenta entéo a programagdo do Edificio Aguas Claas, jé feta por base na ‘curva patio. weuste * — 1725 1300 Figura 44; Curva de Agron do Edificio Aguas Clara, ajustada pela Cura Padi, ara o ajuste comentado anteriormente foi necessiria a adequacio do trapézio padto - que coriginalente fore construido pare um prazo de 20 periodos de 5% do tempo (otal - para um prazo ‘ual 20 da nova obra, au si, de & meses - 0 prazo da obra teve de ser actescido de um periodo para fins de construgio dos grificos a partir da origem dos eixos ‘O prazo da obra €ajustdo através dos pontos limitrofes do patamar: 15% de 8 meses ou 1,2 meses © 80% de 8 meses ou 6,4 meses, que so as abcisss desses pontoslimitrofes do. grafico da figura 3.16 - ‘Occusto mena ¢ajustado através da multipicagdo de cada fator pelo indice 20/8. Obtém-se desta forma 0s poets (1,20; 13,00) € (6,40 17,25) que determinam 0 trpézio padrfo da obra em questo, Calculando-se ot percentusis de custo para cada més pode-se sustar 0 cronograma fisico- financeiro com os novos valores . Na figura 4 5 tem-se o cronograma fisic-financeiro j alterado, Congreso Thotc-Centico de Bugenbria Crit Flontniple, 21 423 de Abr de 9S Zi 190 to igus Cane Conan Paco Farce Ate ‘senvgo | WAOR crs aowusreaga “is weatigo roms ata.0 samem asm 27KoD 2mm 784m GsmUTURA 16 Rsom ERD TaRR 2607” we ANENARA 10. 74D 3en% Sms amr verse 4 eVESTIMENT 15 03110 2eam@ SnasI Gomm aN6e 164 - PaMeTIGA 8 o2m@ aoe isn

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