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ESCWA ge Antemcerte € Cerves a MAURILIO M. FONSECA CAPITAO-DE-MAR-E-GUERRA | Arte Navar Volume 1 5? edicdo = 1989 © 1989 Servico de Documentacao Geral da Marinha 12 edic&o: 1954 edicdo: 4? edicdo: 1985 5? edicdo: 1989 F676a_ Fonseca, Maurilio Magalhdes, 1912 — ‘Arte Naval/Maurilio Magalhaes Fonseca — 5% ed. — Rio de Janeiro: Servigo de Documentagao Geral da Marinha, 1989. 2v.: i. ISBN 85-7047-051-7 1. Navios-Nomenclatura. 2. Navios-Classificagao. 3. Navios a vela. 4. Marinharia. I Titulo. CDD 623.8201 SERVICO DE DOCUMENTACAO GERAL DA MARINHA Rua Dom Manuel, 15 ISBN 85 -7047-051-7 Impresso no Brasil PREFACIO DA 28 EDICAO Este livro foi iniciado a bordo do cruzador “Bahia” em 1938, quando 0 autor, com outros tenentes, procurava passar o tempo estudan- do os nomes das pecas do casco e do aparelho do navio, Nas horas de folga, entre dois exercicios de artilharia, faziamos uma batalha de marinharia, cada um procurando pergunta mais dificil para fazer ao outro. Verifica- mos ent&o que nem as questdes mais faceis podiamos dar resposta e, 0 que é pior, nao tinhamos livro onde aprender. As dnicas publicagdes sobre a matéria tratavam de veleiros em casco de madeira. Recorrfamos assim aos oficiais mais experimentados, ao pessoal da ‘‘faxina do mes- tre’’, gente rude de boa escola como 0 inesquecivel companheiro Hér- cules Pery Ferreira, patraéo-mor cujo grande orgulho era ter sido grume- te do NE “Benjamin Constant’. Decidimos desde logo que era preciso guardar com carinho essa linguagem do marinheiro, conservar nas menores fainas a tradi¢ao de bordo, em tudo que ela tem de peculiar a nossa profissdo, e das peque- nas anota¢des surgiram alguns fasciculos, que no ousdvamos publicar. Mas, tivemos a sorte de viver embarcados, em todos os postos da car- reira, e em todos os tipos de navio: no encouragado ‘Sao Paulo”, cruza- dor “Bahia”, contratorpedeiro “Santa Catarina”, submarino ‘“‘Timbira’, nos submarinos norte-americanos ‘“Atule’ e ‘‘Dogfish”; no comando do rebocador “Mario Alves’, do submarino ‘‘Timbira”’ e, mais tarde, do contratorpedeiro “‘Mariz e Barros’’. O passadico nos deu a experiéncia que faltava e a coragem necessdria para prosseguir nos trabalhos. Nao foi sem grandes dificuldades que conseguimos ver o livro publicado em 1954. A 18 edicdo, distribuida e vendida exclusivamente pelo Ministério da Marinha, esgotou-se em pouco tempo. Apresentamos agora a 28 edi¢do, com mais dois capitulos, que se referem a legislacao e transportes de carga em navios mercantes. O livro ainda nao esta tao bom como desejévamos. Mas, se ele tiver servido, e ainda, no futuro, se puder servir para ajuda aos alunos nas escolas, ou para tornar mais efi- ciente qualquer manobra ou faina a bordo, ent&éo nos damos por satis- feitos e bem recompensados pela tarefa a que nos dedicamos. M.M.F. APRESENTACAO DA 4? EDIGAO A 48 edico do ARTE NAVAL, mandada imprimir pelo meu antecessor, rapidamente se esgotou; sendo este compéndio basico para a instrugdo e formagdo do Oficial da Marinha, sentimo-nos no dever de preparar esta 5? edicdo Dezessete Oficiais, Instrutores do Centro de Ensino Militar Na- val da Escola Naval, organizaram a presente reviséc, ampliando-a e apri- morando-a em varios pontos, principalmente no tocante a novas ilustra- ges, servico este que foi mais ainda valorizado por ter sido feito con- comitantemente com as suas atribuicSes normais. Ressalto a importante colaboragdo e coordena¢g&o técnica do Servigo de Documentacao Geral da Marinha, o que nao sé permitiu esta esmerada edic¢ao, em tao pouco tempo, como também passar aque- le Servico a responsabilidade pela editorag3o deste livro, o que aliviou a Escola Naval de encargo estranho as suas atividades. O homem do mar continua, assim, a dispor da obra do Coman- dante Maurilio Magalhdes Fonseca, fundamental para o seu aperfeic¢oa- mento profissional, agora em dois volumes, para maior facilidade de dois ho IVAN DA dy shee SO, Contra-Almirante Comandante da Escola Naval eS INDICE GERAL CAPITULO | NOMENCLATURA DO NAVIO Segdo A — Do navio, em geral.... 6.0 c cece eee eee nee Pag. 1 1-1, Embarcacéo e navio; 1-2. Casco; 1-3. Proa (Pr); 1-4. Popa (Pp); 1-5. Bordos; 1-6. Meia-nau (MN); 1-7. Bico de proa; 1-8. A vante e a ré; 1- Corpo da proa; 1-10. Corpo de popa; 1-11. Obras vivas (OV) e carena; 1-12, Obras mortas (OM); 1-13. Linha d’égua (LA); 1-14. Costado; 1-15. Bojo; 1-16. Fundo do navio; 1-17. Forro exterior; 1-18. Forro interior do fundo; 1-19. Bochechas; 1-20. Amura; 1-21. Borda; 1-22. Borda-falsa; 1-23. Amurada; 1-24. Alhetas; 1-25. Painel de popa ou somente painel; 1-26. Grinalda; 1-27. Almeida; 1-28. Delgados; 1-29. Cinta, cintura ou cintado do navio; 1-30. Resbordo; 1-31. Calcanhar; 1-32. Quina; 1-33. Costura; 1-34. Bosso do eixo; 1-35. Balango de proa: 1-36. Balanco de popa; 1-37. Superestrutura; 1-38. Castelo de proa; 1-39. Tombadilho; 1-40. Superestrutura central; 1-41. Pogo; 1-42. Supe- restrutura lateral; 1-43. Contrafeito; 1-44. Contra-sopro; 1-45. Jardim de popa; 1-46. Recesso; 1-47. Recesso do tunel; 1-48. Talhamar; 1-49, Torreo de comando; 1-50. Apéndices. Segao B — Pecas principais da estrutura dos cascos MetalicOsS... 2... e eee eee eae . Pag. 8 1-51. Ossada e chapeamento; 1-52. Vigas e chapas longitudinais: a. Qui- tha; b. Sobrequilha; c. Longarinas, ou longitudinais; d. Trincaniz; e. Si- cordas; 1-53. Vigas e chapas transversais: a. Cavernas; b. Cavernas altas; c. Vaus; d. Hastilhas; e. Cambotas; 1-54. Reforgos locais: a. Roda de proa; b. Cadaste; c. Pés de carneiro; d. Vaus intermediarios; e. Vaus secos; f. Latas; g. Bugardas; h. Prumos; i. Travessas; j. Borboletas ou esquadros; |. Tapa-juntas; m. Chapa de reforco; n. Calgos; 0. Colar; p. Cantoneira de contorno; q. Gola; 1-55. Chapeamento: a. Chapeamento exterior do casco; b.Chapeamento do convés e das cobertas; c. Chapea- mento interior do fundo; d. Anteparas. Segdo C — Convés, cobertas, plataformas e espacos ENTE CONVESES 66 oe cece cece cnet nee e nes 1-56. Divisio do casco. Segdo D -- Subdiviso do casco 1-57. Compartimentos; 1-58. Compartimen' fang! -fundo (DF); 1-60. Tanque; 1-61. Tanaues de dleo: a. Tanques de com: bustivel; b. Tanques de reserva; c. Tanques de verdo; 1-62. Tanques fundos; 1-63. Céferda, espago de seguranca, espaco vazio ou espaco de ar; 1-64. Compartimentos ou tanques de colisdo; 1-65. Tiunel do eixo; 1-66. Tunel de escotilha, ou tinel vertical; 1-67. Carvoeira; 1-68. Paiol da amarra; 1-69. Paidis; 1-70. Pragas; 1-71. Camarotes; 1-72. Camara; vi ARTE NAVAL 1-73. Antecdmara; 1-74. Diregao de tiro; 1-75. Centro de informacdes de Combate (CIC); 1-76. Camarim; 1-77. Alojamentos; 1-78. Corredor; 1-79. Trincheira. Segdo E — Aberturas no CasCO.. 1... ccc ec eee eee Pag. 26 1-80. Bueiros; 1-81. Clara do hélice; 1-82. Escotilhas; 1-83. Agulheiro; 1-84, Escotilhao; 1-85. Vigia; 1-86. Olho de boi; 1-87. Enoras; 1-88. Ga- teiras; 1-89. Escovém; 1-90. Embornal; 1-91. Saidas d‘agua; 1-92. Por- tal; 1-93. Portinholas; 1-94. Seteiras; 1-95. Aspiracdes; 1-96. Descargas. Secdo F — Acessérios do casco, nacarena...........00.005 Pag. 29 1-97. Leme; 1-98, Pé de galinha do eixo; 1-99. Tubo telescopico do eixo; 1-100. Tubulao do leme; 1-101. Suplemento de uma valvula; 1-102, Quilhas de docagem; 1-103. Bolinas, ou quilhas de balancgo; 1-104. Zinco protetor; 1-105. Buchas. Segdo G — Acessérios do casco, no costado...........0000e Pag. 30 1-106. Verdugo; 1-107. Guarda-hélice; 1-108. Pau de surriola; 1-109. Verga de sécia; 1-110. Dala; 1-111. Dala de cinzas, dala da cozinha; 1-112. Escada do portalé; 1-113. Escada vertical; 1-114. Patim; 1-115. Raposas; 1-116, Figura de proa; 1-117. Castanha. Secdo H — Acessérios do casco, na borda ... 1-118. Balaustre; 1-119. Corrim%o da borda; Tamanca. Segdo | — Acessorios do casco, nos compartimentos......... Pag. 34 1-122. Carlinga; 1-123. Corrente dos. bueiros; 1-124. Jazentes; 1-125. Quartel; 1-126. Xadrez; 1-127. Estrado; 1-128. Tubos acisticos; 1-129. Telégrafo das maquinas, do leme, das manobras AV e AR; 1-130. Por- tas. 1-131. Portas’ estanques; 1-132. Portas de visita; 1-133. Beliche; 1-134, Servigos gerais; 1-135. Rede de esgoto, de ventilagdo, de ar com- primido, etc.; 1-136. painéis. Seco J — Acessérios do casco, NO CONVES...2 0.2.0 cece Pag. 35 1-137. Cabegos; 1-138, Cunho; 1-139. Escoteira; 1-140. Reclamos; 1-141, Malagueta; 1-142. Retorno; 1-143. Olhal; 1-144, Arganéu; 1-145. Picadeiros; 1-146. Berco; 1-147. Pedestal; 1-148. Cabide; 1-149. Gaitita; 1-150, Bucha do escovém, da gateira, etc.; 1-151. Quebra-mar; 1-152, Ancora; 1-153. Amarra; 1-154. Aparelho de fundear e suspender; 1-155. Cabrestante; 1-156. Molinete; 1-157. Mordente; 1-158. Boca da amarra; 1-159. Abita; 1-160. Aparelho de governo; 1-161. Aparelho do navio; 1-162. Mastro; 1-163. Langa ou pau de carga; 1-164. Guindaste; 1-165. Pau da Bandeira; 1-166, Pau da Bandeira de cruzeiro; 1-167. Fa- chinaria; 1-168. Toldo; 1-169. Sanefas; 1-170. Espinhaco; 1-171. Ver- gueiro; 1-172, Ferros do toldo; 1-173. Paus do toldo; 1-174. Meia-laran- ja; 1-175. Capuchana; 1-176. Cabo de vaivém; 1-177. Corrimao da ante- para; 1-178. Sarilho; 1-179. Selha; 1-180. Estai da borda, estai do balatis- tre, estai de um ferro; 1-181. Turco; 1-182. Visor; 1-183. Ventiladores; 1-184. Ninho de pega. Pag. 33 uzina; 1-121. 120. (NDICE GERAL vil CAPITULO II GEOMETRIA DO NAVIO Secgéo A — Definigdes Pag. 53 2-1. Plano diametral, plano de flutuagdo e plano transversal; 2-2. Linha de flutuagao; 2-3. Flutuagdes direitas, ou retas; 2-4. Flutuagdes isocare- nas; 2-5. Linha d’agua projetada, ou flutuagao de projeto (LAP); 2-6. Zona de flutuacdo; 2-7. Area de flutuagdo; 2-8. Area da linha d’agua; 2-9. Superficie moldada; 2-10. Linhas moldadas; 2-11. Superficie da carena; 2-12. Superficie mothada; 2-13. Volume de forma moldada; 2-14. Volume da carena; 2-15. Curvatura do vau; 2-16. Linha reta do vau; 2-17, Flecha do vau; 2-18. Mediania; 2-19. Se¢&o a meia-nau; 2-20. Seco transversal; seco mestra; 2-21. Centro de gravidade de um navio (CG); 2-22. Centro de carena, de empuxo, ou de volume (CC); 2-23. Centro de flutuagao (CF); 2-24. Empuxo; 2-25. Principio de Arquime- des; 2-26. Flutuabilidade; 2-27. Reserva de flutuabilidade; 2-28. Borda livre (BL); 2-29. Metacentro transversal (M); 2-30. Metacentro longitu- dinal (M’); 2-31. Raio metacéntrico transversal; 2-32. Raio metacéntrico longitudinal; 2-33. Altura metacéntrica; 2-34. Tosamento, ou tosado; 2-35. Alquebramento; 2-36. Altura do fundo ou pé de caverna; 2-37. Adelgacamento; 2-38. Alargamento. Sedo B — Desenho de linhas e plano de formas .......+++4- Pag, 63 2-39. Desenho de linhas; 2-40. Planos de referéncia: a. Plano da base moldada; b. Plano diametral; c. Plano de meia-nau; 2-41. Linhas de refe- réncia; a. Linha da base moldada, linha de construgao, ou linha base (LB); b. Linha de Centro (LC); c. Perpendiculares; 2-42. Linhas do na- vio; a. Linhas d’agua (LA); b. Linhas do alto; c. Linhas de balizas; 2-43. Planos do desenho de linhas; 2-44. Tragado na sala do risco: a. Risco do Navio; b. Tabelas de cotas riscadas; c. Linhas corretas de cotas riscadas; 2-45. Plano de formas: a. Cavernas moldadas; b. Tragado do plano de formas. Segdo C — DimensGes lineares... 06... 21 e eee e eee en eees Pag. 68 2-46. Generalidades; 2-47. Perpendiculares (PP); 2-48. Perpendicular a vante (PP-AV); 2-49. Perpendicular a ré (PP-AR); 2-50. Comprimento entre perpendiculares (CEP); 2-51. Comprimento de registro; 2-52. Comprimento no convés; 2-53. Comprimento de arqueagao; 2-54, Com- primento de roda a roda e comprimento total; 2-55. Comprimento ala- gavel; 2-56. Boca; 2-57. Boca moldada; 2-58. Boca maxima; 2-59. Pon- tal; 2-60. Calado; 2-61. Calado moldado; 2-62. Escala de calado; 2-63. Coeficientes de forma, ou coeficientes de finura da carena: a. Coeficien- te de bloco; b. Coeficiente prisméatico, coeficiente cilindrico, ou coefi- ciente longitudinal; c. Coeficiente da seco a meia-nau; d. Coeficiente da area de flutuagdo; 2-64. Relagdes entre as dimensées principais e ou- tras relagdes; 2-65. Tabela dos coeficientes de forma da carena. vit ARTE NAVAL SeeGo D — Deslocamento e tonelagem. Pag. 77 2.66. Deslocamento (W); 2-67. Calculo do deslocamento; 2-68. Formu- las representativas do deslocamento; a. Sistema métrico; b. Sistema in- glés; 2-69. Deslocamento em plena carga, deslocamento Carregado, ou deslocamento maximo; 2-70. Deslocamento normal; 2-71. Deslocamen- to leve, ou deslocamento minimo; 2-72. Deslocamento padrao; 2-73. Resumo das condig&es de deslocamento; 2-74. Expoente de carga, ou Peso morto; 2-75. Porte ultil, peso morto liquido, ou carga paga; 2-76. Tonelagem de arqueac&o ou tonelagem; 2-77. Diferenca entre desloca- mento e tonelagem; 2-78. Tonelagem bruta; 2-79. Tonelagem liquida ou tonelagem de registro; 2-80. Calculo da tonelagem: a. Volume princi- pal; b. Volume entre conveses; c. Volume das superestruturas; 2-81. Sis- tema Moorson: regras do canal do Panamé, do canal de Suez e do rio Dantbio; 2-82. RelacZo entre o expoente de carga e a capacidade cubi- ca; 2-83. Trim e banda; compassar e aprumar; 2-84. Lastro; Lastrar; 2-85. Curvas hidrostaticas; 2-86, Escala de deslocamento. CAPITULO III CLASSIFICACGAO DOS NAVIOS Secao A — Classificagdo geral; navios de guerra...........+ Pag. 101 3-1. Classificagao geral: a. Quanto ao fim a que se destinam; b. Quanto ao material de construcdo do casco; c. Quanto ao sistema de propulsdo; 3-2. Navios de guerra; 3-3. Encouracados (E): a. Funcdes; b. Caracteris- ticas principais; c. Armamento; d. Protegdo; e. Histérico; 3-4. Porta- -avides, ou Navio-aerédromo (NAe); a. Funcées; b. Caracteristicas prin- cipais; c. Armamento; d. Prote¢do; e. Histérico; f. Tipos; 3-5. Cruzado- res (C): a. FungGes; b. Tipos; c. Cruzadores pesados (CP); d. Cruzadores ligeiros, ou cruzadores leves (CL); e Cruzadores de batalha (CB); f. Cru- zadores antiaéreos; g. Cruzador nuclear; h. Histérico; 3-6. Contratorpe- deiros (CT): a Fungées e caracteristicas; b. Armamento; c. Contratorpe- deiro-lider (CTL); d. Contratorpedeiro de escolta (CTE); e. Torpedei- ros; f. Histérico; 3-7. Fragatas (Fra): a. Fungées e caracteristicas; 3-8. Submarinos ou submersiveis (S): a. Funcdes; b. Caracteristicas princi- pais; c. Histérico; 3-9. Navios mineiros: a. Navios mineiros ou langa-mi- nas (NM); b. Navios varredores, ou caca-minas (NMV); c. Caracteristi- cas; 3-10. Corvetas (CV); 3-11. Canhoneiras (Cn) e Monitores (M) — Navios de Patrulha Fluvial: a. Canhoneiras; b. Monitores; c. Navios de patrulha fluvial; 3-12. Caca submarinos (CS); 3-13. Navios de patrulha; 3-14. Lanchas de combate (LC); 3-15. Embarcagdes de desembarque (ED): a. Operagdes anfibias; b. Tipos de embarcacgdes de desembarque; c. Caracteristicas principais; 3-16. Navio de Desembarque e Assalto INDICE GERAL 1x Anfibio (NDAA); 3-17. Navio de Desembarque de Comando (NDC); 3-18. Navio de Desembarque de carros de combate (NDCC); 3-19. Na vio de Desembarque, Transporte e Doca (NDTD); 3-20. Navio Trans- porte de tropa (NTr) e Navio Transporte de carga de assalto (NTrC); 3-21. Embarcacao de desembarque de viaturas motorizadas (ED-VM); 3-22. Embarcagdes de desembarque de viaturas e pessoal (EDVP); 3-23. Em- barcag%o de desembarque de utilidades (EDU); 3-24, Embarcacéo de Desembarque Guincho Rebocador (EDGR); 3-25. Carro de combate Anfibio (CCAnf); 3-26. Carro lagarta anfibio; 3-27. Embarca¢ao de de- sembarque pneumiatica; 3-28. Aerobarco (Hovercraft). Secdo B — Navios mercantes........0- 000 cee neces Pag. 135 3-29. Classificago dos navios mercantes: a. Quanto ao fim a que se des- tinam; b. Quanto as 4guas em que navegam; c. Quanto-ao tipo de cons- trugao; 3-30. Navios de escantilhdo completo, ou de estrutura normal; 3-31. Navios de convés ligeiro; 3-32. Navios de convés de toldo; 3-33. Navios de 3 superestruturas; 3-34. Navios de convés de abrigo; 3-35. Na- vios de pogo; 3-36. Navios de convés subido a ré; 3-37. Navios de convés de toldo parcial; 3-38. Navios de tombadilho corrido; 3-39. Navio de tronco; 3-40. Navio de torre; 3-41. Tipos usuais. Seg3o C — Embarcac6es e navios, em geral ... 2. cece eee Pag. 147 3-42. Embarcacdes de recreio; 3-43. Navios e embarcacées de servicos especiais; 3-44. Navios de madeira; 3-45. Navios de ferro; 3-46. Navios de aco; 3-47. Navios compésitos; 3-48. Navios de cimento armado; 3-49. Navios de vela ou veleiros; 3-50. Navios de propulséo mecAnica; 3-51. Maquinas a vapor; 3-52. Maquinas alternativas; 3-53. Turbinas a vapor; a. Redutores de engrenagem; b. Redutor hidraulico; c. Redutores de corrente; d. Propulsdo turboelétrica; 3-54. Associagado de turbina e ma- quina alternativa; 3-55. Motores Diesel: a. De propulsdo direta; b. De re- dutores de engrenagens ou hidraulicos; c. Propulsdo Diesel-elétrica; 3-56. Comparacao entre as maquinas propulsoras; 3-57. Turbinas a gds; 3-58. Propulsdo nuclear: a. Fisséo, comparacao entre combustao e fissdo; b. Combustiveis nucleares; c. Reator nuclear; d. Tipos de reator; e. A ins- talacg&o nuclear de propulsdo maritima; f. Aplicacao aos navios de guer- ra; g. Aplicagao a navios mercantes; 3-59. Embarcagdes sem propulsao. CAPITULO IV EMBARCACOES MIUDAS Segdo A — Embarcagies .. 1.1.6... e cece cece ences Pag. 169 4-1, Embarcagdes mitidas dos navios; 4-2. Classificag&o das embarca- Ges: a. Lanchas; b. Escaleres; c. Baleeiras; d. Canoas; e. Botes; f. Chala- x ARTE NAVAL nas; g. Jangadas; h. Balsas salva-vidas; i. Outras embarcagées; 4-3. Tipos de construgao do casco: a. Costado liso; b. Costado em trincado; c. Cos- tado em diagonal; 4-4. Nomenclatura: quilha, sobrequilha, sobre-sano ou falsa quilha, cavernas, roda de proa, cadaste, coral, contra-roda, con- tracadaste, painel de popa, alefriz, alcatrates, bugarda, dormente, bra- cadeiras, bancadas, pés de carneiro, carlinga, coxias, castelo, tabuas do resbordo, escoas, costado, falca, tabica, tabuas de boca, cocées, painéis, chumaceiras, toleteiras, bueiros, verdugos, paineiro, travessdo, casta- nhas, forquetas da palamenta, casa do cdo, garlindéu, tanques de ar, armadoras, cunhos, arganéus, olhais, jazentes, monelha. 4-5. Dotagao: palamenta, leme, cana do leme, meia-lua, governaduras, fiéis do leme, remos, forquetas, toletes, croque, finca-pés, toldo, paus do toldo, sane- fas, pau da flamula e pau da Bandeira, quartola (ou ancoreta), agulha, boga, xadrez, almofada, panos do paineiro, capachos, farol de navega- cdo, lanterna de paineiro, defensas, baldes, bartedouro (vertedouro), capa, capuchana, salva-vidas, ancorote; 4-6. Balsas: a. Emprego; b. Par- tes principais: flutuador, estrado, linha salva-vidas; c. Palamen’ |. Ma- terial do flutuador; e. Arrumac&o a bordo; 4-7. Baleeiras salva-vidas: a. Generalidades; b. Estrutura; c. Tanques de ar; d. Baleeiras de duplo-fun- do; e. Propulsdo; f. Linhas salva-vidas; g. Dotagao; 4-8. Requisitos das baleeiras de navios mercantes; 4-9. Nimero de embarcagées por navio, @ lotacdo das embarcacées: a. Numero de embarcacdes por navio; b. Lotacio das embaréagdes; 4-10. Amarretas e ancorotes: a. Amarretas; b. Ancorotes; 4-11. Ancora flutuante ou drogue. Segdo B — Arrumagao das embarcagées e turcos Pag. 192 4-12. Arrumaciio das embarcagées a bordo: a. Navios de guerra; b. Na vios mercantes; 4-13. Turcos, lancas e guindastes; 4-14. Tipos de turcos: a. Comum; b. De rebater; c. Quadrantal; d. Rolante; 4-15. Nomencla- tura dos turcos comuns: cabega, curva, pé; 4-16. Aparelhos dos turcos comuns: talhas, ou estralheiras, patarrases, andorinhos, ou retinidas de guia, cabos de cabeco, pau de contrabalango, fundas, estropos; 4-17. Aparelhos de escape; 4-18. Balsas inflaveis. CAPITULO V CONSTRUGAO DOS NAVIOS Segdo A — Pecas de Construgao. .. Pag. 201 5-1. Pecas estruturais e pegas nao estruturais; 5-2. Chapas: a. Definic&o; b. Bainha e topo; c. Galvanizagao; 5-3. Classificagao das chapas: a. Cha- pas ordindrias; b. Chapas finas e folhas; c. Chapas de couraca; d. Chapas corrugadas; e. Chapas estriadas, ou chapas-xadrez; 5-4. Designagao e di- mensdes das chapas: a. Designa¢ao; b. Dimensées; 5-5. Perfis: a. Perfis INDICE GERAL xl laminados; b. Secdes preparadas; 5-6. Barras e vergalhdes; 5-7. Tubos de ferro e aco: a. Fabricagao; b. Tipos; 5-8, Outros produtos de ago: a. Chapas-suportes; b. Arames e fios; 5-9. Calibres; 5-10. Trabalhos feitos em chapas nas oficinas: a. Desempenar; b. Marcar; c. Cortar; d. Furar; e. Aplainar e chanfrar arestas; f. Escarvar; g. Virar; h. Dupla curvatura; i. Dobrar ou flangear e rebaixar; j. Aplainar a face; 5-11. Trabalhos feitos em perfis nas oficinas; 5-12. Maquinas portateis; 5-13. Outras operacdes com as pecas metilicas: a. Forjagem; b. Fundigdo; 5-14, Maquinas-fer- ramentas; 5-15. Provas dos metais: a. Provas mecdnicas; b. Provas qui- micas; c. Provas metalograficas; d. Provas radiograficas. Segdo B — Ligacdo das pecas de construca0..........++++ Pag. 212 5-16. Tipos de juntas: a. Juntas permanentes; b. Juntas nao permanen- tes; c. Juntas provisérias; 5-17. Cravacao, rebites e prisioneiros: a. Defi- nigdes; b. Nomenclatura dos rebites; c. Forma dos prisioneiros; d. Ma- terial dos rebites; e. Efici€ncia das Juntas cravadas; 5-18. Tipos de Jun- tas cravadas; 5-19. Tipos de rebites: a. Cabeca; b. Ponta; 5-20. Estan- queidade das juntas; 5-21. Calafeto; 5-22. Juntas plasticas; 5-23. Proces- sos de soldagem: a. Solda plastica, ou solda por press&o; b. Solda por fu- so; 5-24. Soldagem versus cravacdo: a. Generalidades; b. Vantagens da soldagem; c. Desvantagem da soldagem; 5-25. Roscas de parafusos: a. Classificagéo e emprego; b. Caracteristicas; c. Ajustagem; d. Diregao; e. Tipos de roscas para ligacdo; f. Tipos de roscas para transmisséo de mo- vimento; 5-26. Parafusos, porcas e arruelas: a. Tipos de parafusos; b. Nomenclatura de parafusos; c. Porcas; d. Arruelas. Segdo C — Projeto e construgdo. ... 1.6 neces Pag. 224 5-27. Anteprojeto: a. Navios de guerra; b. Navios mercantes; 5-28. Qua- lidades técnicas de um navio: a. Qualidades essenciais; b. Qualidades nauticas; 5-29. Qualidades militares de um navio de guerra: a. Capacida- de ofensiva; b. Capacidade defensiva; c, Raio de agdo; d. Autonomia; e. Velocidade; f. Tempo de reagao; 5-30. Projeto; 5-31. Sala do Risco; 5-32. Oficinas; 5-33. Carreira de construcdo; 5-34. Acabamento; 5-35. Classificagdo dos desenhos quanto ao fim: a, Desenhos de arranjo geral; b. Desenhos de arranjo; c. Desenhos de trabalho; d. Desenhos esquemé- ticos; e. Desenhos de Diagramas de Forga; f. Desenhos de curvas; g. De- senhos de Listas; 5-36. Desenhos fornecidos aos navios: a. Desenhos de- finitivos; b. Outros desenhos; 5-37. Ultimos progressos na constru¢ao naval. Secdo D — Esforcos a que est&o sujeitos os navios.......... Pag. 231 5-38. Resisténcia do casco; 5-39. O navio é uma viga; 5-40. Classificagao dos esforcos; 5-41. Esforcos longitudinais: a. esfor¢os longitudinais de- vidos as ondas do mar; b. esforgos longitudinais devidos a distribui¢gao desigual do peso; c. O navio esta parcialmente preso por encalhe; 5-42. Esforcos transversais: a. esforc¢os transversais devidos as vagas do mar; xu ARTE NAVAL b. esforgos transversais por efeito dos pesos do navio; 5-43. Esfor¢os de vibragdo; 5-44, Esforgos devidos 4 propulsdo; 5-45. Esforgos locais. CAPITULO VI ESTRUTURA DO CASCO DOS NAVIOS METALICOS Segao A — Sistemas de construcd0 ........062 02 c cece Pag. 241 6-1. Generalidades; 6-2. Sistema transversal; 6-3. Sistema longitudinal: a. Sistema original Isherwood; d. Sistema Isherwood modificado; c, Sis- tema Isherwood modificado, sem borboletas; 6-4. Sistemas mistos; 6-5. Estrutura dos navios de guerra : a. Encouracados e cruzadores pesados; b. Cruzadores ligeiros; c. Contratorpedeiros; d. Submarinos. Segdo B — Pecas estruturais....... 0... c cece eee eee ee Pag. 245 6-6. Quilha: a. Quilha maciga; b. Quilha-sobrequilha; c. Quilha-chata; 6-7. Sobrequilha; 6-8. Longarinas, ou longitudinais: a. FungGes; b. Espa- gamento; c. Numeracdo; d. Seco; e. Continuidade; f. Direcao; g. Estan- queidade e acesso; 6-9. Sicordas; 6-10. Trincanizes: a. FungGes; b. Can- toneiras do trincaniz; c. Estrutura do trincaniz; d. Ligagao estanque do trincaniz com o chapeamento exterior; 6-11. Cavernas: a. Fungdes além de dar forma ao casco; b. Estrutura; c. Hastilhas; d. Espagamento; e. Numeragao; f. Direg3o e forma; 6-12. Gigantes; 6-13. Vaus: a. Fungdes; b, Segdo; c, Ligagdo; d. Abaulamento; e. Vaus refor¢ados; 6-14. Pés de carneiro: a. Funcdes; b. Disposi¢o; c. Apoio; d. Direg&o; e. Secao; f. Li- gacdes; 6-15. Proa; arranjo e construco: a. Generalidades; b. Forma; c. Estrutura; 6-16. Popa; arranjo e construcao: a. Generalidades; b. For- ma; c. Tipo; d. Tipo e suporte do leme; e. NUmero de propulsores; f. Su- porte dos propulsores; g. Popa de cruzador; h. Estrutura; 6-17. Chapea- mento exterior do casco: a. Fungées; b. Material; c. Nomenctatura; d. Arranjo das fiadas; e. Dimensdes das chapas; f. Distribuig¢do de topos; g. Disposi¢ao do chapeamento AV e AR; h. Simetria do chapeamento; i. Chapas de reforco; j. Consideragdes gerais; 6-18. Chapeamento dos conveses: a. Funcdes; b. Estrutura; c. Espessura das chapas; d. Numera- ¢4o das chapas; e. Cargas e esforcos; f. Consideragdes gerais; 6-19. Ante- paras: a. Fungdes; b. Classificagao; c. Estrutura; d. Prumos e travessas; e. Disposic¢Zo e ndmero das anteparas estanques; f. Anteparas longitudi- nais estanques; 6-20. Duplo-fundo:' a. Fungées; b. Ferro interior do fun- do, ou teto do duplo-fundo; c. Estrutura; d. Extensao dos duplos-fun- dos; 6-21. Superestruturas: a. Esforcos a que estdo sujeitas; b. Constru- go; c. Descontinuidade da estrutura. Segao C — Pegas nao-estruturais e acessbrios OCMNS Pag. 287 6-22. Bolinas; a. Fungdes; b. Estrutura; 6-23. Quilhas de docagem; 6-24. INDICE GERAL xin Borda-falsa, balaustrada e toldos: a. Borda-falsa; b. Balaustrada; c. Re- des e cabos de vaivém; d. Escoamento de Aguas; e. Toldos; 6-25. Reves- timento dos conveses com madeira: a. Qualidade da madeira e generali- dades; b. Arranjo; c. Calafeto; 6-26. Lindleo e outros revestimentos; 6-27. Jazentes em geral: a. Fungdes; b. Arranjo; 6-28. Jazentes de caldeiras e méquinas: a. Jazentes de caldeiras; b. Jazentes das mé- quinas propulsoras e engrenagens redutoras; c. Jazentes das méqui- nas auxiliares; 6-29. Reparos e Jazentes de canhdes: a. Reparos, ca- nhdes em torre, em barbeta e em pedestal; b. Jazentes dos canhdes; c. Tipos de jazentes; 6-30. Eixos propulsores e mancais; 6-31. Tu- bo telescopico do eixo; 6-32. Pés de galinha; 6-33. Hélices: a. Defini- des; b. Nocdes gerais; c. Construgao; d. Tubo Kort; e. Hélice cicloidal; . Hélice de passo controlado; 6-34. Lemes: a. Nomenclatura; b. Tipos; c. Comparacao entre os lemes compensados e ndo-compensados; d. Es- trutura; e. Area do leme; f. Limitag’o de tamanho; g. Montagem e des- montagem; h. Suporte; i. Tubulao; j. Batentes; |. Protetores de zinco; 6-35. Portas estanques: a. Generalidades; b. Tipos; c. Estrutura; d. Luzes indicadoras; 6-36. Escotilhas: a. Tipos; b. Nomenclatura; c. Estrutura; 6-37. Portas de visita; 6-38. Vigias; 6-39. Passagens em chapeamentos estanques: a. Generalidades; b. Pecas estruturais; c. Acessos; d. Canaliza- ges; e. Cabos elétricos; f. VentilagGes; g. Suportes; 6-40. Estabilizadores. CAPITULO VII CABOS Segdo A — Cabosde fibra........-.--++-++ teeeeeees PAg. 331 7-1. Classificagao dos cabos: a. Cabos de fibra; b. Cabos de arame; c. Cabos especiais; 7-2. Matéria-prima dos cabos de fibra: a. Manilha; b. Sisal; c. Linho Canhamo;d. Linho cultivado; e. Linho da Nova Zelan- dia; f. Coco; g. Juta; h. Pita; i. Piagava; j. Algodao; 7-3. Nomenclatui 7-4, Manufatura: a. Curtimento; b. Trituragdo; c. Tasquinha; 7-5. Ef tos mecanicos da torc4o; 7-6. Elasticidade dos cabos de fibra; 7-7. Efei- tos da umidade; protecéo contra a umidade; 7-8. Comparacao entre os cabos de trés e os de quatro cordées; 7-9, Comparacao entre os cabos calabroteados e os cabos de massa; 7-10. Fibras nacionais; industria de cabos no Brasil; 7-11. Estopa; 7-12. Medida dos cabos de fibra; 7-13. Cabos finos: a. Linha alcatroada; b. Mialhar; c. Merlim; d. Fio de vela; e. Fio de palomba; f. Sondareza; g. Filaga; h. Linha de algodao; i. Fio de algodao; j. Fio de linho cru; |. Arrebém; 7-14. Como desfazer uma adu- cha de cabo novo; 7-15. Como desbolinar um cabo de fibra; 7-16. Como colher um cabo: a. Colher um cabo a manobra; b. Colher um cabo a in- glesa; c. Colher em cobros; 7-17. Uso e conservacdo dos cabos de fibra; xiv ARTE NAVAL 7-18. Carga de ruptura: a. Férmula geral; b. Para os cabos de massa, de linho canhamo branco, trés cordées; c. Para os cabos de massa, de linho canhamo alcatroado, trés corddes; d. Para os cabos de manilha, trés cor- dées; e. Para uso imediato, em cabos de manilha, quando nao se conhe- ce o valor de K, aplica-se a formula; 7-19. Carga de trabalho; a. Sob as melhores condic¢des; b. Sob as condicdes normais de servico; c. Sob con- digdes mais desfavoraveis; e. Se o cabo é sujeito a lupadas; 7-20. Peso dos cabos; 7-21. Rigidez dos cabos; 7-22. Comparagio dos cabos: a. Ca- bos diferentes apenas nas bitolas; b. Cabos diferentes apenas no tipo de confecc&o; 7-23. Problemas. Segdo B — Cabos de arame .. 1... cece eee Pag. 355 7-24. Definigdes; 7-25. Matéria-prima; 7-26. Manufatura; 7-27. Cocha dos cabos de arame; 7-28, Galvanizagao; 7-29. Medico dos cabos de arame; 7-30. Lubrificagao; 7-31. Como desbolinar um cabo de arame; 7-32. Carga de ruptura e carga de trabalho; 7-33. Cuidados com os ca- bos fixos; 7-34. Uso e conservacao dos cabos de laborar e espias de ara- me; 7-35. Vantagens dos cabos de arame; 7-36. Didmetro das roldanas e velocidade de movimento; 7-37. Didmetro do goivado das roldanas; 7-38. Desgaste dos cabos de arame; 7-39. Angulo dos cabos de laborar; 7-40. Tipos de cabos de arame; 7-41. Tabelas; 7-42. Termos nauticos, referentes aos cabos e sua manobra: agiientar sob volta; alar, alar de le- va-arriba, alar de lupada, alar de mao em mao, aliviar um cabo, um apa- relho; amarrar a ficar, amarrilhos, arriar um cabo, arriar um cabo sob volta, beijar, boca, brandear, cogado, colher o brando,colher um cabo, coseduras, dar salto, desabitar a amarra, desabocar, desbolinar um cabo, desencapelar, desgurnir, desengasgar, dobrar a amarracdo, encapelar, en- capeladuras, engasgar, enrascar, espia, fiéis, furar uma volta, um nd; gur- nir; largar por m&o, um cabo; michelos; morder um cabo, uma talha; re- correr, rondar, safar cabos; socairo, solecar, tesar, tocar uma talha, um aparelho; virador. Segdo C — Cabos especiais. : 7-43. Cabos de couro; 7-44. Cabos de fibras sintéticas; dos cabos de fibra sintética: a. Ndilon; b. Polipropileno; c. Polietileno; 7-46, Métodos de construg3o dos cabos de fibra sintética: a. Cabo torcido de trés corddes; b. Cabo trangado de oito cordées; 7-47. Tabelas. CAPITULO VIII TRABALHOS DO MARINHEIRO Segao A — Voltas Pag. 391 8-1. Definigdes; 8-2. Resisténcia dos nés, voltas e costuras; 8.3. Voltas; 8-4, Meia-volta; 8-5. Volta de fiador; 8-6. Cote; 8-7. Volta de fiel singe- INDICE GERAL xv la; 8-8. Volta de fiel dobrada; 8-9. Volta singela e cotes — Volta redon- da e cotes; 8-10. Volta da ribeira; 8-11. Volta da ribeira e cotes; 8-12. Volta singela mordida, em gatos; 8-13. Volta redonda mordida, em gatos; 8-14. Boca de lobo singela; 8-15. Boca de lobo dobrada; 8-16. Volta de fateixa; 8-17. Volta de tortor; 8-18. Volta redonda mordida e cote; 8-19. Volta de encapeladura singela; 8-20. Volta de encapeladura dobrada; 8-21. Voltas trincafiadas; 8-22. Volta falida; 8-23. Corrente. SegGo B — Nés dados com a chicote ou com o seio de um cabo sobre si M@SMO .. 6.6 ee eee eee Pag. 399 8-24. Lais de guia; 8-25. Balso singelo; 8-26. Balso de calafate; 8-27. Balso dobrado; 8-28. Balso pelo seio; 8-29. Balso de correr, ou lago; 8-30. Catau; 8-31. N6 de azelha; 8-32. N6 de pescador; 8-33. Né de mo- ringa. Secdo C — Nés dados para emendar dois cabos pelos chicotes . . Pag. 405 8-34. Né direito; 8-35. Né tor gelo; 8-37. No de escota dobrado; 8-38. Abogaduras; 8-39. NO de c correr; 8 40. N6 de fio de carreta. Sec&o D — Trabalhos feitos nos chicotes dos cabos......... Pag. 409 8-41. Falcaga; 8-42. Pinhas; 8-43. Pinha singela; 8-44. Pinha singela de corddes dobrados; 8-45. N6é de porco; 8-46. Né de porco, de cordées dobrados; 8-47. Falcaca francesa; 8-48. Pinha dobrada; 8-49. Pinha de colhedor singela; 8-50, Pinha de colhedor dobrada; 8-51. Pinha de boca; 8-52. Pinha de rosa singela; 8-53, Pinha de rosa dobrada. Secdo E — Trabalhos para amarrar dois cabos ou ols Objetos QualsqUeh a ee ee Pag. 418 8-54. Botdes; 8-55. Bot&o redondo; 8-56. Bot&o redondo esganado; 8-57. Bot&o redondo coberto e esganado; 8-58. Botio falido; 8-59. Por- tuguesa; 8-60. Bot&o cruzado; 8-61.a. Bot&o em cruz; b. Alga de botao redondo; 8-62. Badernas; 8-63. Barbela; 8-64, Peito de morte; 8-65. Arreatadura; 8-66. Cosedura. Segao F — Trabathos diversos . Pag. 421 8-67. Engaiar, percintar, forrar um cabo: a. Engaiai b. Percintar; c. Forrar; 8-68. Costuras em cabos de fibra: a. Defini¢do e tipos; b. Vanta- gens das costuras; c, Ferramenta necessdria; 8-69. Modo de fazer uma costura redonda; 8-70. Modo de fazer uma costura de mao; 8-71. Modo de fazer uma costura de laborar; 8-72. Garrunchos: a. Definigao; b. Mo- do de construcdo; 8.73. Costura de boca de lobo; 8-74. Auste; 8-75. Al- ¢a trincafiada; 8-76. Alca para corrente; 8-77. Unho singelo; 8-78. Em- botijo; 8-79, Embotijo de canal, de dois cordées; 8-80. Embotijo de canal, de trés ou mais cordées; 8-81. Embotijo de canal, de corddes du- plos; 8-82. Embotijo em leque; 8-83. Embotijo de canal, de trés cord6es em cada lado; 8-84. Embotijo de cotes, para dentro; 8-85. Embotijo de XVI ARTE NAVAL cotes para fora; 8-86. Embotijo de defensa; 8-87. Embotijo de nés de porco; 8-88. Embotijo de cotes, em um cordao; 8-89. Embotijo de meias voltas; 8-90, Embotijo de rabo de cavalo; 8-91. Embotijo de rabo de raposa, ou embotijo de agulha; 8-92. Embotijo de quatro cordées, em cotes alternados; 8-93. Gaxeta; 8-94. Gaxeta simples, de trés corddes; 8-95. Gaxeta simples, gaxeta plana, ou gaxeta inglesa , de mais de trés cordées: a. Numero impar de cordées; b. Numero par de cordées; 8-96. Ga- xeta de rabo de cavalo, ou gaxeta redonda de quatro cordées; 8-97. Gaxeta portuguesa, de cinco cordées; 8-98. Gaxeta quadrada, ou de quatro faces; 8-99. Gaxeta coberta, de nove cordées; 8-100. Gaxeta trancesa de sete cordées; 8-101. Gaxeta simples, de trés cordées dobra- dos; 8-102. Gaxeta de meia-cana, de oito corddes; 8-103. Pinha de anel; 8-104. Pinha de anel de trés corddes; 8-105. Pinha de anel de qua- 106. Pinha de anel fixa a um cabo; 8-107. Coxins; 8-108. Coxim francés; 8-109. Coxim espanhol; 8-110. Coxim russo; 8-111. Co- xim de tear; 8-112. Rabicho; 8-113. Rabicho de rabo de raposa; 8-114. Rabicho de rabo de cavalo; 8-115. Defensas: a. Geral; b. Saco interno; c. Embotijo; d. Tipos; 8-116. Pranchas: a. Para mastreagao e aparelho; b. Para o costado; 8-117. Escadas de quebra-peito; 8-118. Langa impro- visada: a. Descri¢o e emprego; b. Equipamento necessario; c. Modo de aparelhar a lanca; d. Cuidados durante a manobra; 8-119. Cabrilha: a. Descrigao e emprego; b. Equipamento necessario; c. Modo de aparethar a cabrilha; d. Cuidados durante a manobra; 8-120. Cabrilha em tripé; 8-121. Amarrar uma verga a um mastro, ou duas vigas que se cruzam; 8-122, Regular a tenséo de um cabo sem macaco; 8-123. Dar volta a uma espia num cabeco; 8-124. Dar volta 4 boga de uma embarcacao num cabego ou objeto semelhante; 8-125. Dar volta a uma espia em dois cabecos; 8-126. Abocar um cabo; 8-127. Dar volta a um cabo num cunho; 8-128. Dar volta a um cabo numa malagueta; 8-129. Dar voltaa um cabo pendurando a aducha dele; 8-130. Gurnir um cabo num ca- brestante; 8-131. Badernas; 8-132. Amarracao dos enfrechates; 8-133. Redes; 8-134. Dar volta aos fiéis de toldo; 8-135. Amarragao de alcas a mastros, vergas, etc.; 8-136. Fixar um cunho de madeira, ou qualquer outra peca, a um estai; 8-137. Tesar bem as peias; 8-138. Lonas: a. De- finigdes; b. Aplicagdo; 8-139. Pontos de coser: a. Ponto de costura ou ponto de bainha; b. Ponto de bigorrilha; c. Ponto de livro; d. Ponto de peneira; e. Ponto esganado; f. Ponto cruzado; g. Ponto de cadei: Ponto de sapateiro; i. Ponto de palomba; j. Ponto de espinha de peixe; |. Espelho; 8-140. Utensflios do marinheiro: espicha, passador, vazador, macete de bater, macete de forrar, palheta de forrar, faca, gatos, agulha, repuxo, remanchador, torqués. Segao G — Estropos..........- 8-141. Definicao, emprego, tip Pag. 474 . Definigaéo e emprego; ‘b. Tipos; INDICE GERAL Xvi 8-142. Estropo de cabo de fibra; 8-143, Estropo de cabo de arame; 8-144. Estropos de corrente; 8-145. Estropo de rede e rede de salva- mento; 8-146. Estropo de anel; a. De cabo de fibra; b. De cabo de ara- me; 8-147. Estropo trincafiado; 8-148. Resisténcia dos estropos; 8-149. Angulo dos estropos; 8-150. Modos de passar um estropo num cabo ou num mastro; 8-151. Cortar um estropo; 8-152. Estropos para tonéis. CAPITULO IX POLEAME, APARELHOS DE LABORAR E ACESSORIOS Segdo A — Poleame Pag. 489 9-1. Definicgdes; 9-2. Tipos de poleame surdo: a. Bigota; b. Sapata; c. Ca- goilo; 9-3. Tipos de poleame de laborar: a. Moit&o; b. Cadernal; c. Pates- ca; d. Polé; e. Catarina; f. Conexdo do poleame de laborar; 9-4. Nomen- clatura de um moitdo ou cadernal de madeira; 9-5. Tipos de roldana: a. Roldana comum; b. Roldana de bucha com redutor de atrito; c. Rolda- nas de bucha auto-lubrificadas; 9-6. Poleame alceado; 9-7. Poleame fer- rado; 9-8. Resisténcia e dimensdes do estropo: a. Estropo singelo, de cabo de fibra; b. Estropo dobrado, de cabo de fibra; c. Estropo de cabo de arame; 9-9. Resisténcia de ferragem do poleame; 9-10. Poleame de ferro; 9-11. Dimensdes do poleame; 9-12. Escolha do poleame. Segdo B — Aparelho de laborar... . Pag. 497 9-13. Definigdes; 9-14. Tipos de aparelhos de laborar: a. Teque; b. Talha singela; c. Talha dobrada; d. Estralheira singela; e. Estralheira dobrada; 9-15. Teoria: a. Um s6 moitdo fixo (retorno); b. Um s6 moit&o mével; c. Um moit&o mével e um moitao fixo — Teque; d. Talhas: singela e do- brada; e. Aparelho de laborar com qualquer numero de gornes; 9-16. Rendimento; 9-17. Distribuigéo de esforcos num aparelho de laborar; 9-18.Carga de trabalho dos aparelhos de laborar; 9-19. Aparelhos de la- borar conjugados; 9-20. Modo de aparelhar uma estralheira dobrada; 9-21. Regras praticas; 9-22. Problemas; 9-23. Talhas mecanicas, ou ta- Ihas patentes: a. Fun¢o; b. Vantagens;.c. Desvantagens; d. Aplicacao; e. Tipos; f. Classificagdo; 9-24. Talha diferencial; 9-25. Talha de parafuso sem fim; 9-26. Talha de engrenagens; 9-27. Comparacao entre as talhas patentes. Segdo C — Acessérios do aparelho do navio. 9-28. Tipos; 9-29. Sapatilhos; 9-30. Gatos; 9-31. Manilhas: a. Cavirio de rosca; b. Caviréo com chaveta ou de contrapino; c. Cavirdéo com tufo; 9-32. Macacos; 9-33. Acess6rios especiais para cabos de arame; 9-34. Terminais; 9-35. Grampos; 9-36. Prensas. xvili ARTE NAVAL CAPITULO X APARELHO DE FUNDEAR E SUSPENDER Secao A= Anicoles ee Pag 533 10-1. Descri¢éo suméria do aparelho de fundear e suspender; 10-2. No- menclatura das ancoras: Haste, bracos, cruz, patas, unhas, orelhas, noz, anete, cepo, palma, Angulo de presa, olhal de equilibrio; 10-3. Tipos de Ancoras: a. ancoras Almirantado; b. dncoras patentes, ou 4ncoras sem cepo; c. 4ncoras Danforth; d. 4ncoras especiais e poitas; 10-4. Requisi- tos das ancoras; 10-5, Estudo sobre a ac&o das ancoras no fundo do mar: a. Ancora Almirantado; b. Ancoras sem cepo; 10-6. Classificac3o das ancoras a bordo: a. Ancoras de leva; b. Ancora de roca; c. Ancora da -toda; d. Ancora de popa; e. Ancorotes; 10-7. Numero de ancoras a bor- do; 10-8. Peso das ancoras; 10-9. Material, provas e marcacao das anco- ras: a. Material; b. Provas; c. Marcagao; 10-10, Arrumagdo das ancoras a bordo: a. Ancoras sem cepo; b. Ancoras tipo Almirantado. Segdo B — Amarras e seus acesS6ri0S. 6... cree cece eee Pag. 10-11, Definigdes: a. Amarra; b. Malhete; c. Quartéis de amarra; d. Ma- nilhas; e. Elos patentes; f. Tornel; 10-12. Manilhas; elos patentes: a. Ma- nilha da ancora, ou manilhao; b. Manilha dos quartéis da amarra; c. Elos patentes; 10-13. Como sao constitufdas as amarras: a. Quartel do tornel; b. Quartel longo; c. Quartéis comuns; 10-14. Dimensdes: a. Comprimen- to total da amarra; b. Bitola; c. Comprimento dos elos; d. Escolha da bi- tola; e. Passo; 10-15. Pintura e marcas para identificagao dos quartéis; 10-16. Material e métodos de confecg3o das amarras: a. Ferro forjado; b. Aco forjado; c. Ago fundido; d. Ago estampado; e. Padronizagao; 10-17. Provas das amarras: a. Prova de resisténcia a tra¢o; b. Prova de ruptura; 10-18. Inspecdes, cuidados e reparos: a. Inspecdes e conserva- go; b. Reparos; 10-19. Marcas do fabricante; 10-20. Problemas; 10-21. Bogas da amarra: a. Fungdes; b. Bocas de corrente; c. Bogas de cabo; 10-22. Mordente; 10-23. Buzina; 10-24. Mordente de alavanca; 10-25. Abita; 10-26. Escovém: a. Partes do escovém; b. Tipos; c. Posicao; d. Bucha do escovém; e. Detalhes de construgao; 10-27. Paiol da amarra: a. Descrigio; b. Fixaco da amarra; c. Dimensdes do paiol da amarra; d. Arrumag&o da amarra; 10-28, Boia de arinque: a. Definicao;,b. Fama- nho da béia; c. Comprimento do arinque; d. Amarracdo do arinque; e. Manobra. Segdo C — Maquinas de suspender......+++-+++-+0+ee see Pag. 564 10-29. Descrigao sumaria; 10-30. Nomenclatura: a. Maquina a vapor ou motor elétrico; b. Coroa de Barbotin, ou coroa; c. Eixos e transmissdes; d. Freio; e. Saia; f. Embreagem; g. Equipamento de manobra manual; 10-31. Cabrestantes e molinetes: a. Diferenca entre cabrestante, moline- te e maquina de suspender; b. FungGes; c. Tipos; 10-32. Requisitos INDICE GERAL XIX das m&quinas de suspender; 10-33. Instrugdes para condugdo e conser- vaco das maquinas de suspender: a. Com a maquina parada; b. Antes de dar partida; 10-34. Cuidados com o aparelho de suspender; 10-35. Vozes de manobra: a. Vozes de comando; b. Vozes de execugao; c. Vo- zes de informacao; 10-36. Manobras para largar o ferro: a. Pelo freio mecanico; b. Por uma das bogas da amarra; 10-37. Manobras para sus- pender o ferro. CAPITULO XI APARELHO DE GOVERNO, MASTREACAO E APARELHOS DE CARGA Secdo A — Aparelho de govern0 ..... 06. c cece Pag. 579 11-1. Generalidades; 11-2. Roda do leme; 11-3. Leme & mo; 11-4. Ma- quina do leme, ou servo-motor: a. Generalidades; b. Servo-motor a va- por; c. Servo-motor hidrelétrico; d. Mecanismo compensador; e. Servo- -motor elétrico; 11-5. Transmissdo entre a roda do leme e o servo-motor: a. Transmissdo mecanica; b. Transmissdo hidréulica; c. Transmissao elé- trica; 11-6. Telemotor; 11-7. Transmissdo entre o servo-motor e 0 leme: a. Transmissdo direta; b. Transmiss3o quadrantal; c. Transmissdo de tambor; d. Transmisséo por parafuso sem fim; 11-8. Vozes de manobra para o timoneiro; 11-9. Uso do aparelho de governo. Segdo B= Mesteato ee oe Pag. 588 11-10. Mastreagdo; 11-11. Mastros; a. Nomenclatura; b. Estrutura; 11.12. Aparelho fixo; 11-13. Para-raios; 11-14. Verga de sinais; 11-15. Ninho de pega; 11-16, Carangueja. Segdo C — Aparelhos de carga e descarga.......... 0.22 ee Pag. 595 11-17. Paus de carga, ou langas: a. Definigdo; b, Func&o; c. Nomencla- tura; d. Aparelho de pau de carga; e. Especificagdes; 11-18. Amante: amante singelo, amante de talha dobrada, ou de estralheira, amante com aparelho; 11-19. Guardins; 11-20. Aparelho de icar. CAPITULO XII MANOBRA DO NAVIO Seg&o A — Governo dos navios de um hélice.......-....4+ Pag. 601 12-1. Fatores de influéncia no governo dos navios; 12-2. Efeito do leme; 12-3. Efeitos do propulsor; 12-4. Press&o lateral das pas; 12-5. Corrente de esteira; 12-6. Aco conjunta do leme e do hélice; 12-7. Na- vio e hélice em marcha a vante; 12-8. Navio e hélice em marcha a ré; 12-9. Navio com seguimento para vante e hélice dando atras; 12-10. xx ARTE NAVAL Navio com seguimento para ré e hélice dando adiante; 12-11. Manobra de ‘‘mdquina atrés toda forga’’, estando tancia percorrida até o navio parar; 12-13. Manobra em Aguas limita- das. Segdo B — Governo dos navios de dois ou mais hélices e um ou dois lemes . Pag. 617 12-14, Efeito dos hélices no governo; 12-15. Navio e hélices em marcha a vante; 12-16. Navio e hélices em marcha a ré; 12-17. Navio com segui- mento para vante e hélices dando atrds; 12-18. Navio com seguimento para ré e hélices dando adiante; 12-19. Um hélice dando adiante e outro dando atras; 12-20. Manobra dos navios de dois lemes; 12-21. Navios de trés e de quatro hélices; 12-22. Manobra dos navios de hélice de passo controlavel. Sec&o C — Atracar e desatracar Pag. 626 12-23. Notas sobre as espias; 12-24. Efeito das espias ao atracar e desa- tracar: a. Navio parado e paralelo ao cais; b. Navio com algum segui- mento, paralelo ao cais; 12-25. Influéncia do leme; 12-26. Atracar com maré parada; 12-27. Atracar com corrente ou vento pela proa; 12-28. Atracar com corrente ou vento pela popa; 12-29. Atracar com vento ou corrente de través; 12-30. Atracar em espaco limitado; 12-31. Mudar o bordo de atracag4o; 12-32. Largar de um cais; 12-33. Demandar um dique, uma doca, ou um “pier”; 12-34. Notas sobre atracacdo e desatra- cacao. Segdo D — fundear, suspender, amarrar, rocegar...... Pag. 638 12-35. Definigdes; 12-36, Fundeadouro; 12-37. Filame; 12-38. Ferro pronto a largar; 12-39. Manobra de fundear; 12-40. Navio fundeado; 12-41, Suspender; 12-42, Amarrar a dois ferros; 12-43. Anilho de amar- racio; 12-44, Manobra de amarrar: a. Tipos de manobra; b. Colocagéo do anilho; c, Determinagao das posigdes dos ferros; 12-45. Desamarrar: a. Safar o anilho; b. Desamarrar; 12-46. Como evitar as voltas na amar- rag3o; 12-47. Safar as voltas da amarrac&o; 12-48. Amarrar de popa e proa; 12-49. Amarrar com regeira; 12-50. Amarragées fixas; 12-51. Ti- pos de amarragées fixas; 12-52. Ancoras e poitas; 12-53. Dimensdes das amarracoes fixas; 12-54. Fundear a amarracao fixa; 12-55. Amarrar a uma béia: a. Demandar a béia; b. Amarrar abéia; 12-56. Largar da béia; 12-57. Rocegar. Segdo E — Evolucées. . 5 Pag. 661 12-58. Curva de giro: a. Curva de giro; b. Avanco; c. Afastamento; d. Didmetro tatico; e. Didmetro final; f. Abatimento; g. Angulo de deriva; 12-59. Consideracées praticas; 12-60. Efeitos do vento; 12-61. Efeitos da corrente; 12-62. Uso do ferro para evoluir num canal; 12-63. Navega- co em aguas rasas; 12-64. Dois navios que se cruzam num canal; 12-65. INDICE GERAL Xx Navio grande alcancando um navio pequeno; 12-66. Navegacao em ca- nais e rios estreitos; 12-67. Faina de homem ao mar: a. Generalidades; b. Manobra; c. Curva de Boutakow; d. Equipamentos Salva-Vidas; 12-68. Determinacao da curva de giro; 12-69. Milha medida; 12-70. Pro- vas de velocidade e poténcia; 12-71. Prova de consumo; 12-72. Elemen- tos caracter{sticos de manobra: a. Dados das curvas de giro; b. Tempo e distancia percorrida até o navio parar; c. NUmero de rotagdes nas duas méquinas de um navio para girar sobre a quilha, ou girar com algum se- guimento para vante, ou girar com algum seguimento para ré, partindo do navio parado; d. Determinar a manobra mais conveniente para evitar um perigo pela proa; e. Numero minimo de rpm que pode dar a maqui- na, funcionando ininterruptamente sem perigo de chegar a parar; f. Mi- nima velocidade possivel ao navio, para conservar um grau de governo suficiente, mesmo que seja necessdrio alternadamente parar a maquina e dar adiante a pouca forga; Numero de rotacdes necessdrias para ganhar ou perder determinada Pag. 684 12-73, Generalidades; 12-74. Cabo de reboque; 12-75. Dimensdes do cabo de reboque; 12-76. Amarragao do reboque na popa do rebocador; 12-77. Amarrag3o do reboque na proa do navio rebocado; 12:78. Ma- quina de reboque; 12-79. Passar o reboque; 12-80. Navegagao a rebo- que; 12-81. Sinais de reboque; 12-82. Reboque a contrabordo. Segao G ~ Navegacao com mau tempo.... ondas oceanicas; 12-84. Efeitos do mar tempestuoso; 12-85, Balanco e arfagem: a. Definigdes; b. Balancgo; c. Arfagem; 12-86. Capear; 12-87. Correr com o tempo; 12-88. Uso do 6leo para acalmar o mar: a. Genera lidades; b. Ago do dleo; c. Qualidades empregadas; d. Quantidades ne- cessdrias; e. Distribuigdo do 6leo; 12-89. Ancora flutuante. CAPITULO XIII TRANSPORTE DE CARGA Segdo A — Carga e Estiva... 0... ccc cc ccc cee eens Pag. 709 13-1. Fator de estiva; 13-2. Escoramento da carga; 13-3. Quebra de Es- paco ou espaco morto; 13-4. Tonelada medida, ou tonelada de frete; 13-5. Navio cheio e embaixo; 13-6. Problemas; 13-7. Estabilidade e compasso do navio; uso dos tanques da lastro; 13-8. Disposi¢ao e sepa- rago da carga; 13-9. Plano de carregamento, ou plano de carga; 13-10. Lista de carga; 13-11. Cdlculos de estabilidade e trim; 13-12, Eficiéncia de transporte. Segdo B — Das mercadorias.... 2.60 cece cee Pag. 732 | ARTE NAVAL 13-13. Sacos em geral; 13-14. Fardos; 13-15. Caixas; 13-16. Barris, bar- ricas, pipas, tonéis e tambores; 13-17. Garrafdes e botijas; 13-18. Ampo- las; 13-19. Carga a granel; 13-20. Carga em graos; 13-21. Carga de con- vés; 13-22. Cargas perigosas; 13-23. Cargas liquidas; produtos de petré- leo; 13-24. Ventilagdo; 13-25. Refrigeracao. CAPITULO XIV CONVENCOES, LEIS E REGULAMENTOS Segdo A — Convencées e regras internacionais............++ Pag. 14-1. Sociedades de classificagao e registro de navios mercantes: a. Ob- jetivos; b. Certificado de registro; Regras; d. Sociedades mais conheci- das; e. Classes de navios; 14-2. Marcas da borda livre: a. Generalidades; b. Regras da borda livre; c. Borda livre; d. Convés da borda livre; e. Li- nha do Convés; f. Marca da Linha de Carga; g. Linhas a Serem Usadas com a Marca de Linha de Carga; h. Marca da Autoridade Responsdvel; i. Detalhes da Marcacao; j. Verificagao das marcas; |. Carregamento em portos interiores; m. Carregamento em Agua doce; n. Certificado Inter- nacional de Linhas de Carga; 0. Expedico de certificados; p. Aplicagao da Convengo Internacional; q. Controle; r. Tipos de navios: Navios tipo “A; Navios tipo “B'’; s. Mapa das zonas de borda livre; 14-3. Borda li- vre dos petroleiros; 14-4. Convengao Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar; 14-5. Regulamento Internacional para Evitar Abalroamentos no Mar; 14-6. Convencio Internacional sobre Linhas de Carga; 14-7. Regras de York e Antuérpia; 14-8. Outras convencées pro- mulgadas pelo Brasil; 14-9. Convengdes nao reconhecidas pelo Brasil. Segdo B — Fretamento de navios.........0.0000ec eevee 14-10. Fretamento, e afretamento; 14-11. Carta-partida, las e expressdes usadas nas cartas-partidas; 14-13. Estadia; 14-14. So- brestadia (demurrage) e resgate de estadia (despatch money); 14-15. Conhecimento de carga. Se¢éo C — Acidentes Maritimos Pag. 772 14-16. Avarias; 14-17. Avarias grossas ou comuns; 14-18. Avarias sim- ples ou particulares; 14-19. Abalroamento; 14-20. Arribada; 14-21. Dia- rio de Navegac4o; 14-22. Protesto Maritimo; 14-23. Documentos e Li- vros de Bordo; 14-24. Definigdes. CAPITULO XV EMBARCAGOES DE PLASTICOS REFORCADOS COM FIBRAS DE VIDRO Segdo A — A matéria-prima. 1.60.00 cece eee fee ce Pag. 779 INDICE GERAL XXII 15-1. Generalidades; 15-2. Fibras de vidro; 15-3. As resinas; 15-3-1. Resinas poliésteres ndo saturadas; 15-3-2. Resinas etoxilinicas; 15-3-3. Resinas fendlicas; 15-4. Produtos complementares; 15-4-1. As Cargas; 15-4-2. Aditivos especiais; 15-4-3, Separadores. Segdo B — Caracteristicas e fabricagao dos PRFV... Pag. 795 15-5, Caracteristicas dos PRFV; 15-5-1. Resisténcia direcional; 15-5-2. Resisténcia ao choque; 15-5-3. Estabilidade dimensional; 15-5-4, Facili- dade e Economia de Formacao; 15-5-5. Condig&des Térmicas; 15-5-6, Resisténcia quimica; 15-5-7. Resisténcia 4 intempérie; 15-5-8, Calor e transmisséo da luz; 15-5-9. Propriedades elétricas; 15-5-10. Conserva- ¢&o e Envelhecimento; 15-6. Métodos de fabricacao; 15-6-1. Fabricaco 4 mao por contato; 15-6-2. Fabricagdo com saco elastico; 15-6-3. Fabri- cacdo com pistom flexivel; 15-6-4. Fabricagdo com molde duplo e inje- ¢40; 15-6-5. Fabricagdo com matrizes metdlicas acopladas; 15-6-6. Fa- bricacdo por centrifugagdo; 15-6-7. Fabricac&o por enrolamento (WIN- DING); 15-6-8. Fabricacées especiais. Segdo C — Aplicagées Nduticas e Terminologia............ Pag. 821 15-7, Fabricagdes especiais; 15-7-1. Revestimentos — Forro dos cascos; 15-7-2. Estruturas do tipo “sandwich’’ combinadas; 15-7-3. Construgao de Moldes em PRFV; 15-8. Projeto; 15-8-1. Maquinas e Reparos; 15-8-2. Ensaios; 15-8-3. Falhas de fabricagao; 15-9. Terminologia. APENDICE Tabelas Notas diversas. . Pag, 851 .. Pag. 885 - CAPITULO | NOMENCLATURA DO NAVIO Secdo A — Do Navio, em geral 1-1. Embarcagiio e navio — Embarcaco 6 uma construcio feita de madeira, ferro, ago, ou da combinacao desses e outros materiais, que flutua e 6 destinada a transportar pela 4gua pessoas ou coisas. Barco tem o mesmo significado, mas usa-se pouco. Navio, nau, nave, designam, em geral, as embarcacées de grande porte; nau e nave, so palavras antiquadas, hoje empregadas apenas no sentido figurado; vaso de guerra e belonave significam navio de guerra, mas sdo também pouco usados. Em nossa Marinha, 0 termo embarcagdo é particularmente usado para designar qualquer das embarcacdes pequenas transportaveis a bordo dos navios, e também as empregadas pelos estabelecimentos navais, ou particulares, para seus servicos no porto. 1-2. Casco — E 0 corpo do navio sem mastreacdo, ou aparelhos acessorios, ou qualquer outro arranjo. O casco nao possui uma forma geométrica definida, e a principal caracteristica de sua forma 6 ter um plano de simetria (plano diametral) que se imagina passar pelo eixo da quilha. Da forma adequada do casco dependem as qualidades ndéuticas de um navio: resisténcia minima a propulsdo, mobilidade e estabilidade de plataforma (p4g. 225; art. 5-28 b). 1-3. Proa (Pr) (fig. 1-3) — E a extremidade anterior do navio no sentido de sua marcha normal. Tem a forma exterior adequada para mais facilmente fender o mar. Ver o art. 16. 1-4, Popa (Pp) (fig. 1-4) — E a extremidade posterior do navio. Tem a forma exterior adequada para facilitar a passagem dos filetes I {qui- dos que vao encher 0 vazio produzido pelo navio em seu movimento, a fim de tornar mais eficiente a ag3o do leme e do hélice. Ver o art. 1-6. 1-5. Bordos — Sao as duas partes simétricas em que o casco é dividido pelo plano diametral. Boreste (BE) é a parte 4 direita e bombordo (BB) é a parte 4 esquerda, supondo-se 0 observador situado no plano dia- metral e olhando para a proa. Em Portugal se diz estibordo, em vez de boreste. 1-6. Meia-nau (MN) — Parte do casco compreendida entre a proa @ a popa. As palavras proa, popa e meia-nau nao definem uma parte deter- minada do casco, e sim uma regido cujo tamanho é indefinido. Em seu significado original, o termo me/a-nau referia-se & parte do casco proxima do plano diametral, isto 6, equidistante dos lados do navio. Ainda hoje se diz assim em Portugal. CASTELO ARTE NAVAL A DE COLTSAO 5 DA 2e,COBERTA CHAPA QUILHA yaus 00 CASTELO ANTEPARA FRONTAL 00 CASTELO VAUS 0A Ta. COBERTA FORRO EXTERTOR FORRO 00 EXTERIOR FIG, 1-3 —Proa NOMENCLATURA DO NAVIO. 3 1-7. Bico de proa — Parte extrema da proa de um navio. 1-8. Avante e a ré — Diz-se que qualquer coisa 6 de vante ou esté avante (AV), quando esta na proa, e que é de ré ou esté aré (AR), quan- do est4 na popa. Se um objeto est4 mais para a proa que outro, diz-se que esta por ante-a-vante (AAV) dele; se est4 mais para a popa, diz-se por ante- -a-ré (AAR). 1-9. Corpo de proa (em arquitetura naval) — Metade do navio Por ante-avante da seco a meia-nau. 1-10. Corpo de popa (em arquitetura naval) — Metade do navio Por ante-a-ré da seco a meia-nau. 1-11. Obras vivas (OV) e carena —- Parte do casco abaixo do plano de flutuagao em plena carga (pag. 53; art. 2-2) isto é, a parte que fica total ou quase totalmente imersa. Carena 6 um termo empregado muitas vezes em lugar de obras vivas, mas significa com mais propriedade o invélucro do casco nas obras vivas. 1-12, Obras mortas (OM) — Parte do casco que fica acima do plano de flutuagao em plena carga e que esta sempre emersa. 1-13. Linha d’dgua (LA) — E uma faixa pintada com tinta especial no casco dos navios, de proa a popa; sua aresta inferior é a linha de flutua- do leve (pag. 53; art. 2-2). Normalmente s6 é usada nos navios de guerra. Linha d’égua, em arquitetura naval, tem outra significagdo (pag. 65; art. 2-42 a). 1-14, Costado — Invélucro do casco acima da linha d’égua. Em arquitetura naval, durante a constru¢Zo do navio, quando ainda nao est4 tragada a linha d’gua, costado é o revestimento do casco acima do bojo. 1-15. Bojo (fig. 1-15) — Parte da carena, formada pelo contorno de transi¢do entre a sua parte quase horizontal, ou fundo do navio, e sua parte quase vertical. 1-16. Fundo do navio — Parte inferior do casco, desde a quilha até 0 bojo; quando o fundo é chato, diz-se que o navio tem fundo de Prato, como é 0 caso da fig. 1-15. 1-17, Forro exterior (fig. 1-3) — Revestimento exterior do casco de um navio, no costado e na carena, constitu(do por chapas ou por taébuas. 1-18. Forro interior do fundo (fig. 1-15) — Revestimento interior do fundo do navio, constituindo 0 teto do duplo-fundo (art. 1-59). 1-19. Bochechas — (fig. 1-3) — Partes curvas do costado de ume de outro bordo, junto a roda de proa. 1-20. Amura (fig. 1-3) — O mesmo que bochecha. Amura é tam- bém uma diregao qualquer entre a proae o través,! 1-21. Borda (fig. 1-21) — E 0 limite superior do costado, que pode terminar na altura do convés (se recebe balaustrada) ou elevar-se um pouco mais, constituindo a borda-falsa. * Través 6 a direcdo normal ao plano longitudinal do navio. NOMENCLATURA DO NAVIO 5 1-22. Borda-falsa — Parapeito do navio no convés, de chapas mais leves que as outras chapas do costado. Tem por fim proteger o pessoal e o material que estiverem no convés, evitando que caiam ao mar. Na borda- -falsahé sempre sa/das d’égua (pég. 28; art. 1-91) retangulares cujas porti- nholas se abrem somente de dentro para fora a fim de permitir a safda das grandes massas d’4gua que podem cair no convés em mar grosso. 1-23. Amurada (fig. 1-21) — Parte interna dos costados. Mais comumente usada para indicar a parte interna da borda-falsa. 1-24, Alhetas (fig. 1-4) — Partes curvas do costado, de um e de outro bordo junto 4 popa. 1-25. Painel de popa ou somente painel (fig. 1-4) — Parte do cos- tado do navio na popa, entre as alhetas. 1-26. Grinalda (fig. 1-4) — Parte superior do painel de popa. 1-27. Almeida (fig. 1-4) — Parte curva do costado do navio, na popa, logo abaixo do painel, e que forma com ele um Angulo obtuso ou uma curvatura. 1-28. Delgados — Partes da carena mais afiladas a vante e a ré, de um e de outro bordo, respectivamente, da roda de proa e do cadaste (fig. 1-28). 1-29. Cinta, cintura ou cintado do navio (fig. 1-15) — Intersegado do convés resistente (pag. 18; art. 1-56 r) com o costado. A fiada de cha- pas do costado na altura da cinta também toma o nome de cinta, cintura ou cintado; ela 6 sempre cont{nua de proa a popa, tem a mesma largura em todo o comprimento do navio e as chapas em geral, tém maior espessu- ra que as chapas contiguas. A cinta fica quase sempre na altura do convés principal do navio, por ser este usualmente o pavimento resistente. 1-30. Resbordo (fig. 1-15) — A primeira fiada de chapas (ou de tdbuas, nos navios de madeira) do forro exterior do fundo, de um e de outro lado da quilha. 1-31. Calcanhar (fig. 1-31) — Parte saliente formada no fundo de alguns navios pelo pé do cadaste e a parte extrema posterior da quilha. E comum nos navios que tém leme compensado (ver pag. 313; art. 6-34 b3); permite maior estabilidade ao navio. 1-32. Quina — Qualquer mudanc¢a brusca de direcdo na superficie externa do casco, num chapeamento, numa antepara, numa Caverna ou em coutra peca qualquer da estrutura. 1-33, Costura — Interstfcio entre duas chapas ou entre duas té- buas cont/guas de um chapeamento ou de um tabuado, respectivamente. 1-34. Bosso de eixo (fig. 1-4) — Saliéncia formada na carena de alguns navios em torno do eixo do hélice. 1-35. Balango de proa (fig. 1-3) — A parte da proa por ante-a-van- te da quilha. 6 ARTE NAVAL convés, ose POSICAO 00 CALCANMAR NO NAVIO && Coteannar Linke Base FIG. 1-31 —-Calcanhar. 1-36. Balango de popa (fig. 1-31) — A parte dapopa por ante-e-ré da quilha. 1-37. Superestrutura (fig. 1-37 a, b, c) — Construgao feita sobre o convés principal, estendendo-se ou nao de um a outro bordo e cuja cober- tura 6, em geral, ainda um convés. : Convés do paasedtgo Convés do Tijupé Convés superior Tombadiiho Castelo Convés principal Convés principal Pogo (ARI Pogo (AV) FIG, 1-37 a— Superestruturas de um navio mercante. 1-38. Castelo de proa, ou simplesmente, castelo (fig. 1-37a) — Su- perestrutura na parte extrema da proa, acompanhada de elevacao da bor- da, 1-39. Tombadilho (fig. 1-37a) — Superestrutura na parte extrema da popa, acompanhada de elevacdo da borda. 1-40. Superestrutura central (fig. 1-37b) — Superestrutura a meia- NOMENCLATURA DO NAVIO 7 “Nau. Também chamada incorretamente espardeque, do inglés “spardeck’’. 1-41. Pogo (fig. 1-37a) — Espago entre o castelo, ou 0 tombadi- lho, e a superestrutura central, num navio mercante; este espaco é limitado inferiormente pelo convés principal, e lateralmente pelas amuradas e pelas anteparas frontais do castelo, ou do tombadilho, e as da superestrutura central. FIG. 1-37 b — Superestruturas de contratorpedeiros 1-42. Superestrutura lateral (fig. 142) — Superestrutura disposta junto a um dos costados somente, como é 0 caso dos porta-avides. 1-43, Contrafeito (fig. 1-43) — Parte rebaixada no costado do navio a fim de se colocar uma pega de artilharia ou alojar uma embarcacao num navio de guerra, ou por conveniéncia da carga ou do servico, num navio mercante. 1-44, Contra-sopro (fig. 1-44) — Escudo de chapa que possuem alguns navios de guerra para proteger a guarni¢do de um canhao ou 0 pes- soal de um outro posto, do tiro de um outro canhao cuja boca fica imedia- tamente acima dele. 1-45. Jardim de popa (fig. 1-45) — Espécie de sacada na popa dos navios de guerra de grande porte, comunicando-se por meio de portas com as acomoda¢ées do comandante. 1-46. Recesso — Concavidade feita numa antepara a fim de alojar um aparetho no compartimento, ou para obter melhor arranjo. 1-47. Recesso do tinel (fig. 1-47) — Parte de um tunel ampliada em sua secdo, tal como os recessos do tunel do eixo, que tem geralmente maior-altura junto 4 praga de maquinas e junto a bucha do eixo. 1-48, Talhamar (fig. 1-48) — Nos navios de madeira, 6 uma combi- nagao de varias pegas de madeira, formando um corpo que sobressai da parte superior da roda de proa; serve geralmente para fornecer o apoio 8 ARTE NAVAL necessario a fixago do gurupés e principal- antene do reF THente para dar um aspecto elegante a proa do navio. Nos navios de ferro ou ago, o talhamar faz parte da roda de proa, da qual nao é mais piaterorna dO que um prolongamento. oe tame Possuem talhamar a maior parte dos veleiros e somente alguns navios de propulsdo a hélice. O nome talhamar, também pode ser usado para significar a aresta externa da proa do navio ou a pega que constitui essa aresta, colocada externamente 4 roda de proa (pag. 260; art. 6-15). FIG, 1-37 ¢ — Superestrutura 1-49. Torredo de comando — Abrigo : Gein lencou! encouracado dos navios de guerra de grande ragado. porte, situado em posi¢ao tal que de seu inte- rior se domine com a vista um grande campo no horizonte; é destinado ao Comandante e também pode ser denominado torre de comando. Localiza- do sob o passadi¢o, o substitui para o comando do navio em combate. Af estdo protegidos os aparelhos para governo do navio e transmissdéo de ordens. E comum, hoje em dia, se usar impropriamente o termo torre de comando — para significar o passadigo. 1-50. Apéndices — Partes relativamente pequenas do casco de um navio, projetando-se além da superficie exterior do chapea- mento da carena; esta palavra compreende geralmente as se- guintes pecas: a parte saliente da quilha macica, da roda e do ca- daste; o leme, as bolinas, os héli- ces, os pés de galinha dos eixos, a parte dos eixos fora do costado, 9 cadaste exterior e a soleira da clara do hélice. Segdo B -- Pecas principais da estrutura dos cascos metélicos 1-51. Ossada e chapeamento — A estrutura do casco dos navios consta da ossada, ou esqueleto, e do forro exterior (chapeamento, nos navios metdlicos, ou tabuado, nos navios de madeira). Podemos considerar as diferentes pecas da estrutura do casco de acordo com a resisténcia que devem apresentar aos esfor¢os a que sio submetidos os navios, os quais so exercidos na dire¢ao longitudinal, na FIG, 1-42 — Superestrutura lateral de um porta- -avides. NOMENCLATURA DO NAVIO 9 diregdo transversal, ou sdo esforgos locais (p4g. 240; art. 5-45). Diremos entdo que a ossada é constitufda por uma combinacio de dois sistemas de vigas, as vigas longitudinais e as vigas transversais, além dos reforgos locais. A continuidade das pegas da estrutura, e particularmente das vigas longitudinais, é uma das principais consideragdes em qualquer projeto do navio. Assim, uma pega longitudinal para ser considerada uma viga da estrutura deve ser cont(nua num comprimento consideravel do navio. 1-52. Vigas e chapas longitudinais — Contribuem, juntamente com © chapeamento exterior do casco e o chapeamento do convés resistente (pag. 18; art. 1-56 r) para a resisténcia aos esforcos longitudinais, que se exercem quando, por exemplo, passa o cavadoou a crista de uma vaga pelo meio do navio; so as seguintes: a. . Quilha (fig. 1-15 e 1-52) — Peca disposta em todo o compri- mento do casco no plano diametral e na parte mais baixa do navio: consti- tui a “espinha dorsal” e 6 a parte mais importante do navio, qualquer que seja © seu tipo; nas docagens e nos encalhes, por exemplo, é a quilha que suporta os maiores esforgos. b. Sobrequitha (fig. 1-52) — Pega semelhante a quilha assenta- da sobre as cavernas. ¢. Longarinas, ou Longitudinais (fig. 1-21) — Pecas colocadas de proa a popa, na parte interna das cavernas, ligando-as entre si. d. Trincaniz (fig. 1-15 e 1-52) — Fiada de chapas mais proxi- mas aos costados, em cada pavimento, usualmente de maior espessura que as demais, e ligando os vaus entre si e as cavernas. @. Sicordas (fig. 1-21 e 1-52) — Pecas colocadas de proa a popa num convés ou numa coberta, ligando os vaus entre si. 1-53. Vigas e chapas transversais — Além de darem a forma exte- rior do casco, resistem, juntamente com as anteparas estruturais, 4 tendén- cia a deformacao do casco por acao dos esforcos transversais (pag. 236; art, 5-42); sdo as seguintes: a, Cavernas (fig. 1-15 e 1-52) — Pecas curvas que se fixam na quilha em direg3o perpendicular a ela e que servem para dar forma ao Casco e sustentar o chapeamento exterior. Gigante (fig. 1-21) 6 uma caver- na reforcada. Caverna mestra é a caverna situada na segdo mestra. Caverna- me 6 0 conjunto das cavernas no casco. O intervalo entre duas cavernas contiguas, medido de centro a centro, chama-se espacamento. Os bracgos das cavernas acima do bojo chamam-se bafizas. b, Cavernas altas (fig. 1-3 e 1-52) — Sdo aquelas em que as hastilhas sdo mais altas que comumente, assemelhando-se a anteparas. S30 colocadas na proa e na popa, para reforco destas partes. c. Vaus (fig. 1-15, 1-21 e 1-53) — Vigas colocadas de BE a BB em cada caverna, servindo para sustentar os chapeamentos dos conveses e das cobertas, e também para atracar entre si as balizas das cavernas; os : ARTE NAVAL aus tomam o nome do pavimento que sustentam. d. Hastilhas (fig. 1-15 e 1-52) — Chapas colocadas verticalmen- te no fundo do navio, em cada caverna, aumentando a altura destas na parte que se estende da quilha ao bojo. e. Cambotas (fig. 1-4) — Sao as cavernas que armam a popa do navio, determinando a configuragdo da almeida. 1-54. Reforgos locais — Completam a estrutura, fazendo a ligacdo entre as demais pecas ou servem de refor¢o a uma parte do casco. a. Roda de proa, ou simplesmente roda (fig. 1-3 e 1-52) — Peca robusta que, em prolongamento da quilha, na dire¢do vertical ou quase vertical, forma o extremo do navio a vante. Faz-se nela um rebaixo chama- do alefriz, no qual é cravado 0 topo do chapeamento exterior. Nos navios de madeira, ha também alefriz da quilha, para fixagao das tébuas do res- bordo. b. Cadaste (fig. 1-4 e 1-52) — Peca semelhante a roda de proa, constituindo 0 extremo do navio a ré; possui também alefriz. Nos navios de um s6 hélice, ha cadaste exterior e cadaste interior. c. Pés de carneiro (fig. 1-15) — Colunas suportando os vaus para aumentar a rigidez da estrutura, quando o espago entre as anteparas estruturais é grande, ou para distribuir um esfor¢o local por uma extensdo maior do casco. Os pés de carneiro tomam o nome da coberta em que assentam. d. Vaus intermedidrios — So os de menores dimensdes que os vaus propriamente ditos e colocados entre eles para ajudar a suportar o pavimento,jem alguns lugares, quando o espago entre os vaus é maior que ousual. | e. Vaus secos (fig. 1-21) — Sao os vaus do porao, mais espacados que os outros e que nao recebem assoalho, servindo apenas para atracar as cavernas quando 0 pordo é grande. f. Latas (fig. 1-15) — Vaus que nao sao continuos de BB a BE, colocados na altura de uma enora, ou de uma escotilha, entre os vaus pro- priamente ditos. Ligam entre si os chacos das escotilhas (pag. 323; art. 6-36 c(1) e as cavernas. Bugardas (fig. 1-52) — Pecas horizontais que se colocam no bico de proa ou na popa, contornando-as por dentro, de BE a BB; servem para dar maior resisténcia a essas partes do navio. h. Prumos (fig. 1-21) — Ferros perfilados dispostos vertical: mente nas anteparas, a fim de reforcé-las. i. Travessas (fig. 1-21) — Ferros perfilados dispostos horizon- talmente nas anteparas, a fim de refor¢a-las. j. Borboletas ou esquadros (fig. 1-54 a) — Pedagos de chapa, em forma de esquadro, que servem para ligacgdo de dois perfis, duas pecas quaisquer, ou duas superficies que fazem Angulo entre si, a fim de manter invariavel este Angulo. As borboletas tomam o nome do local que ocupam. “@]UEDIAW O1AU WN BP JOLJaIU! EIS! — Sh-L “Old oayoasay qWoriwan vHtind. og vavHO VNIuvSNO? WHITING vatisvH ‘aonna o7sna Donna oo wOTWSLxa OHUOS Ofoa oo WNIuVSNOT evwianus Vo varaNoLNya 2g oroe OO S¥dvHD grog, 00 sour snd > < Zz ocog OG WNI¥VONO7. Q uonns-07gnd 0131 a FOONNS OC YOTYSINT OYYOS Lt ac ‘OWIANEVD 30 ad 2 Vivst svavuo. & a0 wOIWaLxa vovIa o3vHo aT 3 VSIWWO! SVdVHO viu3a03 worwainz vovrs Ww - ian he VO OLNSWW3dVHO 5 woruaixa vovza svwuanya Zz VSIWWI! S¥dVHO 30 WOIMSANI WOVIs Tsviv) VIVS‘S¥dVHO vil¥3G02 WO snv~A or vavra ‘30 yOIMaLxXa Wa! vuqtu0383 vo viodvaa vanra vo svavig Ia {VIN 7M, 30 VovTa‘VINTS op auisnvwe 47 AY sannod oa | gyiyn Vavuisaviva vo sogva © = ZINVONTUL SH SBANOD 0G ZINVONTUL V 00 VuZaNOLNVD ouavaosa viatoguod WH1IL09S3 vd viodvua viuaa02 S3ANOD 00 OLNAWV3dvHO wuiz40983 va viodvua ee eet tt ee ARTE NAVAL 12 joned wn ap so1103u e181 — awaiauvio couossay ooNnd OG vuvdainy ad Wd¥HO vi310eN0a SWNIBWONOT Woruaixa OwxOs — VSSBAYEL vearnd oro 00 svavuaforoe 0:0:0.0 0:0 0-0:0°0 07 ONO : a Z ° aiNvars ‘SVNTUVONOT } Zz —vavsu0u3¥ of vau3av3 ysiuva— . ‘O 2. svavno 30 aT) : aie woruaini Vovie 4 ee ao ve HOUND" SRE 070 ov anonvisa e = ° ota eens : vevdainy ‘ ; — VEWd3 INV vivs— : i aT 0 =] svévio 30, ‘o | 1 =H Se ad 7 WOIM3LX3 VOWIS ‘| id be ‘o rel 0 fev “fo alc ‘ == aoe viu3e02 vo O 073s OVA ¥ 0 0035 OWA OLNSuV32¥K3 L ] | a : ee. a oyuaa 30 3nowys 0 3 — et \ Ol oO} OU WwwaLv WaWd3LNY ol vinta : Aone emcee vauos S9ANO3 0G OAN3HVEdVHD covsuosaay nya YOXOIIS OYNaA. aa ‘3n0N¥L vovunuv \yssaaven ome ae ZINVONTUL-Vavio-ZINVINTEL ZuNyoNTeL 00 VBESNOINVD 13 NOMENCLATURA DO NAVIO Ct et ‘OnUaP ap OWSIA ‘OpeISOD — e HS-L “OIA 14 ARTE NAVAL 1. Tapa-juntas — Pedaco de chapa ou pedaco de cantoneira qué serve para unir a topo duas chapas ou duas cantoneiras. m. Chapa de reforgo — Chapa colocada no contorno de uma. abertura feita no costado ou em outro chapeamento resistente, a fim de compensar a perda do material neste lugar. Estas chapas tomam o nome do local em que sao colocadas; assim, temos reforgo da escotilha, refor¢o. da enora, etc. n. Calgos (fig. 1-54 b) — Chapas que se colocam para encher os espacos vazios entre duas chapas ou pecas quaisquer. Os calgos tomam o nome dos lugares que ocupam. o. Colar (fig. 1-54 c) — Pedaco de cantoneira ou de chapa cglocado em torno de um ferro perfilado, uma cantoneira ou um tubo que atravessa um chapeamento, a fim de tornar estanque a junta, ou cobrir a abertura. p. Cantoneira de contorno (fig. 1-21) — Cantoneira disposta em torno de um tubo, tunel, escotilha, antepara estanque, etc., com o fim de manter a estanqueidade da junta. q. Gola — Cantoneira, barra, ferro em meia-cana ou peca fundida que contorna uma abertura qualquer, para reforco local; toma o nome do lugar onde é colocada, 1-55, Chapeamento — E © conjunto de chapas que com- pdem um revestimento ou uma subdiviséo qualquer do casco dos navios metalicos. As chapas dis- Postas na mesma fileira de cha 1g 4.56 ¢— Colar soldado, torando estan peamento constituem uma fiada que a passagam de uma caverna de chapas. no convés. a. Chapeamento exterior do casco (fig. 1-55) — Sua fungao principal é constituir um revestimento externo impermedvel a dgua, mas é também uma parte importante da estrutura, contribuindo para a resistén- cia do casco aos esforcos longitudinais. As fiadas mais importantes do chapeamento exterior sdo: a da cinta, a do bojo e a do resbordo. conves FIG, 1-54 b — Calgo. cd CAVERNA conves NOMENCLATURA DO NAVIO 15 CORREMKD Of BORDA ESTAT DA BORDA PALSA CANTONETRA EXTERNA 09 TRINCANTZ feos ‘CANTONE TRA INTERNA OD TRINCANTZ yay 20 CONVES. —FORRO. Of MADEIRA ORROLETA NN pac rane CHAPA DA CINTA TRINCANTZ cAVERNA—— CAPA INTERIOR — DUPLO; CARISA PE be cARNerRo CHAPA EXTERIOR bo TRINCADO BUPLO-SATA CHAPEARENTO. INTERTOR ‘00 FUNDO FORRO INTERIOR 0 reNao CHARA 30 TRE . DuPLo-cANTSA FORRO OE MADERA 30 Park — cnara 00 peso sue TRO Forno Cxrerrce ouruaa tocanri”a "po Funoo)—CHAPA oa HESBOREO FIG. 1-55 — Meia seco de um navio de uma coberta. b. Chapeamento do convés e das cobertas (fig. 1-15) — Divi- dem 0 espaco interior do casco em certo nimero de pavimentos, permi do a utilizago adequada desses espacos. Além disto, eles também contri- buem para a estrutura resistente do navio no sentido longitudinal; o pavi- mento resistente (pag. 18; art. 1-56 r) 6 o mais importante pavimento sob este aspecto, se bem que as cobertas também contribuam, em menor extensdo, para a resisténcia longitudinal do casco. ¢, Chapeamento interior do fundo (fig. 1-55) — Constitui o teto do duplo-fundo e, além de ser um revestimento estanque, contribui, com as demais pecas de estrutura do duplo-fundo, para a resisténcia longi- tudinal. d. Anteparas (fig. 1-15) — Sdo as separacdes verticais que sub- dividem em compartimentos 0 espaco interno do casco, em cada pavimen- to. As anteparas concorrem também para manter a forma e aumentar a resisténcia do casco. Nos navios de aco, as anteparas, particularmente as transversais, constituem um meio eficiente de proteg%io em caso de veio d’gua; para isto elas recebem reforgos, séo tornadas impermedveis a dgua, e chamam-se anteparas estanques (fig. 1-15). Sob o ponto de vista da estrutura resistente do casco, as que fazem parte do sistema encouracgado de protegao, sao chamadas anteparas protegidas, ou anteparas encoura¢ga- das, Conforme a sua posico, as anteparas podem tomar os seguintes nomes: 16 ARTE NAVAL (QUARTEL OM EScOTTLMA roRRo 0€ BRACOLA DA MADEIRA D0 Se ESCOTELMA oNves AU 00 CONVES ALMA DD TRINCANIZ ‘00 CONVES CHAPAS DA CINTA TONEL OA Ae. COBERTA escorzina| TRINCANTZ, (CHAPEARENTO._OA ‘coBeRTA rateenna o9 toner | ‘esearieee tZ oe ae ay aa Se goo ot eonenra Pe 0 camezs0 1A ae. cveerta — BRAGOLA OA. ESCOTIUMA “--VAU_DA COBERTA vau on 3a COBERTA TRINCANIZ PE 06 CARNEIRO NGARINA bo Pcrho bcc 2030-CHAPAS 00 800 Forno EXTERIOR OO FUNDD FIG, 1-63 — Meia segdo de um navio de quatro cobertas. (1) — Antepara de colisio AV ou, somente, antepara de colisio — E aprimeira antepara transversal estanque, a contar de vante; é destina- da a limitar a entrada d’4gua em caso de abalroamento de proa, que é 0 acidente mais provavel. Por analogia, a primeira antepara transversal estan- que a partir de ré 6 chamada antepara de colisao AR. (2) — Antepara transversal — Antepara contida num plano trans- versal do casco, estendendo-se ou nao de um a outro bordo. As anteparas transversais principais sio anteparas estruturais, estanques, e sdo cont{nuas de um bordo a outro e desde o fundo do casco até o convés de comparti- mentagem (pag. 22; art. 1-56 t). a A primeira fungao das anteparas transversais principais é dividir © navio em uma série de compartimentos estanques, de modo que a ruptu- ra do casco nao cause a perda imediata do navio. (3) — Antepara frontal — Antepara transversal que limita a par- te de ré do castelo, a parte de vante do tombadilho, ou a parte extrema de uma superestrutura. (4) — Antepara diametral (fig. 1-21) — Antepara situada no plano diametral, isto é, no plano vertical longitudinal que passa peia quilha. NOMENCLATURA DO NAVIO. 17 (5) — Antepara longitudinal, ou antepara lateral — Antepara dirigida num plano vertical longitudinal que nao seja o plano diametral. (6) — Antepara Parcial — Antepara que se estende apenas em uma parte de um compartimento ou tanque; serve como reforgo da estru- tura. (7) — Antepara da bucha — Antepara AR onde fica situada a bucha interna do eixo do hélice. Segiio C — Convés, cobertas, plataformas e espacos entre conveses 1-66. Divisio do casco (fig. 1-56 a) — No sentido da altura, o casco de um navio é dividido em certo numero de pavimentos que tomam Os seguintes nomes: (a) 0 primeiro Pavimento continuo de proa a popa, contando de cima para baixo, que é descoberto em todo ou em parte, toma o nome de convés principal; (b) a parte de proa do convés principal chama-se convés a vante, a parte a meia-nau, convés a meia-nau, e a parte da popa, to/da; (c) a palavra convés, sem outra referéncia, designa, de modo geral, o convés principal; na linguagem de bordo indica a Parte do convés Principal que é descoberta, ou coberta por toldo; (d) um convés parcial, acima do convés principal, na proa é o convés do castelo, na popa seré 0 convés do tombadilho; a meia-nau, o convés superior (fig. 1-57 a, 1-56 a); (e) um convés parcial, acima do convés superior, do castelo ou do tombadilho, seré chamado convés da superestrutura; {f) abaixo do convés principal, que é considerado o primeiro, os conveses so numerados: segundo convés, terceiro convés, etc., a contar de cima para baixo, e também podem ser chamados cobertas; (g) os espagos compreendidos entre os conveses, abaixo do con- vés principal, tomam o nome de cobertas; assim, temos: primeira coberta, segunda coberta, etc. Ao espaco entre o convés mais baixo e o teto do Convée principe Convés de superestrotora Roda de proa Convés do canteto Porkg| colssse AY 4G. 1-56a — Nomenclatura dos pavimentos. - ARTE NAVAL ‘duplo-fundo, ou entre o convés mais baixo e o fundo, se 0 navio nao tem duplo-fundo, dése o nome de pordo. Num navio mercante, pordo 6 tam- bém © compartimento estanque onde se acondiciona a carga; estes pordes sto numerados seguidamente de vante para ré, e séo forrados por tabuas que se chamam sarretas (nos lados) e cobros (no fundo) ; _ (h) o primeiro pavimento parcial contado a partir do duplo-fun- do para cima, chama-se bailéu; nele fazem-se paidis ou outros comparti- mentos semelhantes; (i) um convés que nao é continuo de proa a popa é um convés parcial; (j)_ num navio de guerra, o convés que é protegido por couraga @ chamado, para fins técnicos, convés balistico. Se houver dois destes conveses, o de chapeamento mais grosso, que é 0 mais elevado, sera cha- mado convés encouragado, e o outro sera o convés protegido, além de seus nomes ordindrios; (1) se houver um s6 convés protegido por chapas de couraca, este sera 0 convés protegido; onde houver apenas uma parte protegida, esta parte seré chamada convés protegido a vante, ou convés protegido a meia-nau, ou convés protegido a ré, além de seus nomes ordindrios; (m) numa superestrutura colocada geralmente a vante, onde se encontram os postos de navegacio, o pavimento mais elevado toma o nome de tijupé (figs. 1-37 c; 1-56 b; 1-56 c e 1-44); 0 pavimento imediata- mente abaixo deste, dispondo de uma ponte na direcdo de BB a BE, de onde o comandante dirige a manobra, chama-se passadi¢o; nele ficam usu- almente a casa do leme os camarins de navegagao e de radio (figs. 1-56 b e 1-44), e a plataforma de sinais; L (n) o pavimento mais elevado de qualquer outra superestrutura, e de modo geral, qualquer pavimento parcial elevado e descoberto, chama- se plataforma. As plataformas tomam diversos nomes conforme sua utili- zago, e assim temos: p/ataforma dos holofotes, plataforma de sinais, pla- taforma do canhao AA, etc. (figs. 1-37 c e 1-44); (0) qualquer construgao ligeira, acima do convés principal, servindo apenas de passagem entre o convés do castelo ou o do tombadi- lho e uma superestrutura, ou entre duas superestruturas, chama-se ponte (fig. 1-56 c); quando esta passagem fica situada junto a borda toma o nome de talabardgo; (p) num navio mercante, quando a superestrutura tem mais de um pavimento, estes podem ser designados de acordo com a sua utilizagao principal. Assim temos: convés do tijupa, convés do passadi¢o, convés das baleeiras, etc; (q) convés corrido é um convés principal sem estruturas que se estendam de um a outro bordo; (r) convés resistente, 6 o convés principal ou outro convés que, 19 NOMENCLATURA DO NAVIO “outanfueo win ep 11y18g ~ 4 99-1 “DI GONNS-O7dNG ON T3ALLSNGNOD 0379 av OyST109 301734 VaR vO TOrvd 30 nO 3000 vNay 30 3NONWL 30 3MONVL §=— ng. oss0e 0319 30 3f0NvL oxr3 00 73NOL 3uSvOW3 00 ag Ay DyST703 30 anONyL eee fom eed STNDYY f= ~~ 3u31 viuze02 "eZ AT Tew ovtoa!™” 2 an owing pe ae BO YOVE | WN vod |S aN Ope wren et fyaUeaen n= bo eee feces ein 3H samo “E=> ie 00 aeovN ‘3u1S3W 00 TOrvd a san 3037 00 HoLOW T oN int 098a ey wnt1ogsa VWYOSV LVI wt 30 ORTSuvdY oan V youva 30 sive youv3 30 Snvd On TEAM Sih oy yaners ngwvisw A aLONIUd OULSWH ARTE NAVAL 20 “enbuel-o1neu wn ap 114484 — 9 95-1 “Old oe you2499 (ang isnaoo OrWixod 00 vovosa 0379 30 3nONVA3 CONNd SNONVL ‘BOI73H 00 WevIO 3 aunT7 youa Ca Ay syawog SvO Voved ‘ang1sng.03 0379 30 anDNL oysti09 30 anbNvA. 3uIS3W 00 TOIvd awa =. ea B OH TTOveHOL YuIgONve vO Nvd 10 O} = Re aN on Sv "Hd VINIVD woavasad BNO3C 00 Md ‘sapSwouveN3 Svo O3enL VOUWD 30 Md eee oe : geese once wOuWI 30 MWd 3u 30 MAYVISWW pot ‘S3ANOD BINVA 30 N3VISWW OO TYIS3 BINA 30 GuISvH OO TW4S3 ~ | INA 30 n3UvisWI 2 NOMENCLATURA DO NAVIO. “O1epediorenuos Wn 9p IVed ~ by-1 “O14 SVISIA © oN OYHNVO 00 WaOVIWId oss 30 O13IS¥ Sand » aN OYHNWD. (aa (ugngasa oN) 30173H-vowvna yuony oue0S-vuiNo2 ourag TAL, 2 6N Oya $3L05070N 39 voe 11 |, Nemes 30 ont] | Kw veoowwead BE 30 OBIS¥ aunva | | oydvoanwn 30 wruvva yeiz03 va aNIWWHO 3a owsyy © yaner, vaya 30 vNauNy SIVNIS 30 vS108 > ARTE NAVAL por ser suficientemente afastado do eixo neutro do navio (pag. 234; art. 5-41 a) é considerado parte integrante da estrutura resistente do casco no sentido. longitudinal, tendo por isto as dimensdes de suas pecas aumenta- das; é usualmente o convés principal; (s) convés da borda livre 6 0 convés completamente chapeado, cujas aberturas possuem dispositivos de fechamento permanente estanque, e a partir do qual se mede a borda livre (pag. 60; art. 2-28); pode ser o convés principal ou o 29 convés, dependendo do tipo de navio (pag. 138; art. 3-29 ¢); (t) convés de compartimentagem é o convés mais alto e conti- nuo até onde vao as anteparas estruturais do navio; geralmente é o convés principal; (u) convés estanque é o convés construfdo de modo a ser perfei- tamente estanque a Agua, tanto de cima para baixo, como de baixo para cima; € 0 caso do convés principal de um navio de guerra, que possui esco- tilhas de fechamento estanque; (v) convés estanque ao tempo é 0 convés construfdo de modo a ser perfeitamente estanque & agua, de cima para baixo, nas condicdes normais de tempo e mar; 0 convés principal de um navio mercante, que possui inimeros ventiladores abertos e tem as escotilhas de carga fechadas por tabuas e lona, 6 um convés estanque ao tempo somente, pois nao pode ser considerado estanque a agua que invadir o casco de baixo para cima; (x) convés de véo (fig. 1-42) 6 o convés principal dos porta- avides, onde pousam e decolam os avides. Segéio D — Subdivisao do casco 1-57, Compartimentos — Subdivisdes internas de um navio. 1-58. Compartimentos estanques — Compartimentos limitados por um chapeamento impermeavel. Um chapeamento ligado por rebites pode ser estanque a 4gua e nao o ser a um gas ou ao Gleo, porque estes penetram mais facilmente através das costuras; neste livro, a palavra estan- que, sem outra referéncia, indica impermeabilidade 4 4gua somente. 1-59. Duplo-fundo (DF) (figs. 1-15 e 1-21) — Estrutura do fundo de alguns navios de aco, constituida pelo forro exterior do fundo e por um segundo forro (forro interior do fundo), colocado sobre a parte interna das cavernas, O duplo-fundo é subdividido em compartimentos estanques que podem ser utilizados para tanques de lastro, de 4gua potavel, de agua de alimentagao de reserva das caldeiras, ou de dleo. Um duplo-fundo que nao ocupa todo o comprimento do fundo da carena, chama-se duplo-fundo parcial (fig. 1-56 c). 1-60. Tanque (Fig. 1-56 c) — Compartimento estanque reservado A: gf x ZN iat BIOS dR eee oY 3 3 : : KW) ; 7 KALA E i DIN | SSLY 24 ARTE NAVAL para 4gua, ou qualquer outro Ifquido, ou para um gas. Pode ser constitu i- do por uma subdivisio da estrutura do casco, como os tanques do duplo- fundo, tanques de lastro, etc., ou ser independente da estrutura e instalado em suportes especiais. A parte superior dos tanques principais de um navio-tanque nao se estende de um bordo a outro, constituindo um tunel de expansdo (fig. 1-60), isto 6, um prolongamento do tanque no qual o Ifquido pode se expandir ao aumentar a temperatura. Desse modo evita-se o movimento de uma grande superficie Ifquida livre na parte superior do tanque, o que ocasionaria esforgo demasiado nas anteparas e no convés, e perda de esta- bilidade do navio. 1-61. Tanques de dleo — Os tanques de dleo sao ligados a atmosfe- ra por meio de tubos chamados suspiros, que partem do teto. Esses tubos permitem a safda de gases quando os tanques estdo sendo cheios, e por eles entra o ar quando os tanques estado se esvaziando. Geralmente os tanques de dleo sao denominados de acordo com 0 uso. Assim: a. Tanques de combustivel — Sao os espagos permanentemente destinados ao transporte de combustivel para uso do navio. Num navio cargueiro podem ser chamados tanques permanentes: sao excluidos do célculo da capacidade cibica do navio, mas 0 peso que 0 espa¢o acomoda- ra 6 incluido no expoente de carga ("total deadweight”). , b. Tanques de reserva — Sdo os espacos de um navio cargueiro que podem ser usados para o transporte de combustfvel ou de carga I fqui- da. S3o inclufdos no calculo da capacidade ctibica do navio, e 0 peso que o espaco acomodaré faz parte do expoente de carga. c. Tanques de verdo (fig. 1-21) — Num navio-tanque, sdo os tanques nos quais se pode transportar dleo adicional nas zonas tropicais, onde os regulamentos da borda livre permitem maior calado ao navio, ou quando a carga é um 6leo leve. Sao tanques laterais (de um lado e de outro do tunel de expansdo) situados imediatamente acima dos tanques princi- pais. Podem ser utilizados para o transporte de éleo diesel para uso do navio. 1-62. Tanques fundos — Tanques que se estendem nos navios car- gueiros, do fundo do casco ou do teto do duplo-fundo, até o convés mais baixo, ou um pouco acima deste. Sdo colocados em qualquer das extremi- dades do compartimento de maquinas e caldeiras, ou em ambas, conforme © tipo do navio e estendem-se de um bordo a outro, em geral. O objetivo é permitir um lastro Iiquido adicional sem abaixar muito 0 centro de gravi- dade do navio, em alguns cargueiros cuja forma nao permite acondicionar nos duplos-fundos a quantidade necessaria de agua de lastro. No teto ha uma escotilha especial de modo que, eventualmente, o tanque pode rece- ber carga seca. 1-63. Céferda, espaco de seguranga, espaco vazio ou espaco de ar NOMENCLATURA DO NAVIO 25 (figs. 1-56c e 1-63) — Espago entre duas anteparas transversais préximas uma da outra, que tem por fim servir como isolante entre um tanque de dleo e um tanque de dgua, um compartimento de méaquinas ou de caldei- ras, etc. E também o espaco estanque disposto lateralmente junto aos cos- tados dos encouragados e cruzadores a fim de limitar ao minimo possivel © volume alagado por um veio d’agua; neste caso pode ser cheio de substancias leves e faceis de encharcar, e, entao, nao deve ser chamado espac¢o de ar. Em alguns navios este Ultimo espago é denominado contra mina. (Ver art. 3-3, d). 1-64, Compartimentos ou tanques de colisdo (figs. 1-56 a, bec) — Compartimentos extremos a vante e a ré, limitados pelas anteparas de coli- so AV e AR, respectivamente; estes compartimentos so estanques e devem ser conservados vazios. Na Marinha Mercante sdo chamados pique- -tanque de vante e pique-tanque de ré (do inglés “peak tank”). 1-65. Tanel do eixo (figs. 1-56b, 1-65 e 1-47) — Conduto de chapa de dimensées suficientes para a passagem de um homem, e no inte- rior do qual ficam alojadas as segdes do eixo propulsor desde a praga de méquinas até a bucha do eixo; o tunel do eixo deve ser estanque. 1-66. Tunel de esco- tilha, ou tdnel vertical — Espa- ¢o vertical que comunica as escotilhas que se superpdem em diferentes conveses. E tam- bém 0 espago vertical limitado pelas anteparas que comuni- cam as escotilhas de dois con- veses nao adjacentes: por exemplo, a praga de maquinas pode comunicar-se diretamen- te com o convés por meio de mel Meh Lica alert FIG. 1-65 — Ténel do eixo. 1-67. Carvoeira — Compartimento destinado a acondicionar car- vdo nos navios que queimam este combust vel. 1-68. Paiol da amarra (figs. 1-56b, 1-56c e 1-68) — Compartimen- to na proa, por ante-a-ré da antepara de colisdo, para a colocag4o, por gra- vidade, das amarras das Ancoras. O paiol da amarra Pode ser subdividido em paiol de BE e paiol de BB, por uma antepara de madeira ou de ferro. 1-69. Paidis — Compartimentos situados geralmente nos porédes, onde so guardados mantimentos, ou muni¢ao de artilharia, projéteis, ma- teriais de sobressalente ou de consumo, etc. O paiol onde sdo guardados o poleame e o magame do navio toma o nome de paio/ do mestre. Num navio de guerra, o paiol onde séo guardados os utensilios da artilharia e do armamento portatil chama-se despensa de artilharia. InP, ‘30 FUNOO SAZENTE ‘00 MANCAL 26 ARTE NAVAL 1-70, Pragas — Sao alguns dos principais compartimentos em que o navio é subdividido interiormente; assim, praca d’armas é o refeitério dos oficiais num navio de guerra; praca de maquinas é o compartimento onde ficam situadas as mAquinas principais e auxiliares; praca de caldeiras, onde ficam situadas as frentes das caldeiras e onde permanece habitual- mente o pessoal que nelas trabalha. 1-71. Camarotes — Compartimentos destinados a alojar de um a quatro tripulantes ou passageiros. 1-72. Camara — Compartimento destinado ao comandante de um navio ou de uma forga naval. 1-73. Antecdamara — Compartimento que precede a camara. 1-74. Diregdo de tiro — Compartimento ou lugar de onde séo gidas as operagées de tiro da artilharia do navio. 1-75. Centro de Informagdes de Combate (CIC) ou Centro de Operagdes de Combate (COC) — compartimento ou lugar onde as infor- mag®es que interessam 4 condugao do combate, obtidas pelos sensores e demais equipamentos, séo concentradas para analise e posterior deciséo do Comandante. 1-76. Camarim — Compartimento onde trabalha o pessoal de um departamento do navio. O camarim de navegacdo (fig. 1-44}, onde se acham instalados os instrumentos de navega¢o, ¢ situado no passadi¢o ou numa superestrutura. O camarim do leme (fig. 1-47 }, onde se encontra a roda do leme, é usualmente chamado casa do ferne. Modernamente o leme situado no passadi¢o e entdéo confunde-se por vezes 0 nome de casa do leme com o proprio passadigo. Camarim de rddio, onde esta instalada a estagdo de radio do navio, é também, em geral, situado numa superestru- tura. O camarim da maquina é,usualmente, aquele em que trabalha o ofi- cial de servigo na maquina. 1-77. Alojamentos — Compartimentos destinados a alojar mais de quatro tripulantes ou passageiros. 1-78. Corredor — Passagem estreita entre as anteparas de um navio, comunicando entre si diversos compartimentos de um mesmo pavi- mento. jiri- 4-79. Trincheira — Era, nos navios antigos, uma espécie de caixdo formado nas amuradas, no sentido de proa a popa, e utilizado para as macas da guarni¢io. Tem atualmente o nome de trincheira qualquer local onde sejam guardadas as macas. As trincheiras situadas no convés possuem capas de lona, que protegem as macas contra a chuva. Sec¢do E — Aberturas no casco 4-80. Bueiros (figs. 1-55 e 1-63) — Oriffcios feitos nas hastilhas, de um e de outro lado da sobrequilha, ou nas longarinas, a fim de permitir © escoamento das aguas para a rede de esgoto. NOMENCLATURA DO NAVIO 27 1-81. Clara do hélice (fig. 1-56c) — Espago onde trabalha o hélice, nos navios de um sd hélice; é limitado a vante pelo cadaste interior, a ré pelo cadaste exterior, em cima pela abébada e embaixo pela soleira (pag. 266; art. 6-16 h). 1-82. Escotilhas (fig. 1-56b) — Aberturas geralmente retangulares, feitas no convés e nas cobertas, para passagem de ar e luz, pessoal e carga. 1-83. Agulheiro — Pequena escotilha, circular ou el(tica, destinada ao servigo de um paiol, praca de maquinas, etc. 1-84, Escotilhao (fig. 1-84) — Nome dado a uma abertura feita em um convés, E de dimensSes menores que uma escotilha. Nos navios mer- cantes as escotilhas que se destinam a passagem do pessoal chamam-se escotilhies. 1-85. Vigia (fig. 1-85) — Abertura no costado ou na antepara de uma superestrutura, de forma circular, para dar luz e ventilag3o a um compartimento. As vigias séo guarnecidas de gola de metal na qual se fixam suas tampas (pag. 325; art. 6-38). Towpa se combare, FIG. 1-84 — Escotilhéo, FIG. 1-85 — Vigia, 1-86. Olho de boi (fig. 1-86) — Abertura no convés ou numa ante- para, fechada com vidro grosso, para dar claridade a um compartimento. O1ho de bot CIRCULAR RETANGULAR FIG, 1-86 — Otho de boi, 28 ARTE NAVAL 1-87. Enoras — Aberturas geralmente circulares praticadas nos pavimentos, por onde enfurnam os mastros. 1-88. Gateiras (fig. 1-68) — Aberturas feitas no convés, por onde as amarras passam para 0 paiol. 1-89, Escovém (fig. 1-89) — Cada um dos tubos ou mangas de ferro por onde gurnem as amarras do navio, do convés para o costado. 1-90. Embornal (fig. 1-52) — Abertura para escoamento das aguas de baldeacao ou da chuva, feita geralmente no trincaniz de um convés ou uma coberta acima da linha d’4gua, e comunicando-se com uma dala (pg. 31; art. 1-110) assim as 4guas nao sujam o costado do navio. Algu- mas vezes os embornais do convés s4o feitos na borda, junto ao trincaniz. 1-91. Safdas d’dgua (fig. 1-91) — Aberturas usualmente re- tangulares, feitas na borda, tendo grade fixa ou ent&o uma por- tinhola que se abre livremente de dentro para fora, em torno de um eixo horizontal; servem para dar safda as grandes massas d’4gua que podem cair sobre o convés em mar grosso. Nao con- fundi-las com escovéns e embor- nais. 1-92. Portalé (fig. 1-45) FIG. 1-91 — Safda d’égua, — Abertura feita na borda, ou passagem nas balaustradas, ou ainda, aberturas nos costados dos navios mercantes de grande porte, por onde o pessoal entra e sai do navio, ou por onde passa a carga leve. Ha um portald de BB e um portal6 de BE, sendo 0 ultimo considerado o portalé de honra nos navios de guerra. Para escada do portalé ver o art. 1-112. FIADA EXTERNA x / N, CHAPA DE REFORCO < FINDA INTERNA FIG. 1-95 ~ Abertura de aspiragao ou descarga. NOMENCLATURA DO NAVIO 29 1.93. Portinholas — Aberturas retangulares feitas na borda ou no costado de alguns navios para permitir o tiro de tubos de torpedo, de canhGes de pequeno calibre, etc., ou para passagem de cargas pequenas. Portinholas sio também os nomes das abas que fecham estas aberturas ou os portalés, 1.94. Seteiras — Aberturas estreitas feitas nas torres ou no passa- digo dos navios a fim de permitir a observacao do exterior. 1.95. Aspiragdes (fig. 1-95) — Aberturas feitas na carena, para admissdo de 4gua nas valvulas de tomada do mar (‘‘kingstons"'); as aspira- des tomam o nome do servico a que se destinam. 1.96. Descargas (fig. 1-95) — Aberturas feitas no costado, para a descarga das aguas dos diferentes servi¢os do navio; as descargas tomam o nome do servigo a que se destinam. Secdo F — Acessérios do casco, na carena 1-97. Leme (figs. 1-56b, 1-56c e 1-47) — Aparelho destinado ao governo de uma embarcacao. PES De a" | jae De FIG, 1-98 — Pés de’yalinha. 1-98. Pé de galinha do eixo (fig. 1-98) — Conjunto de bracos que suportam a seco do eixo do hélice que se estende para fora da carena, nos navios de mais de um hélice. EIXO 00 HELICE ~, ie _| FIG, 1-99 — Tubo telescépico. 30 ARTE NAVAL 1-99. Tubo telescépico do eixo (fig. 1-99) — Tubo por onde o eixo do hélice atravessa 0 casco do navio; nele sfo colocados 0 engaxeta- mento e a bucha do eixo. 1-100. Tubulao do leme (fig. 1-68) — Tubo por onde a madre do leme atravessa o casco do navio; também recebe bucha e gaxeta. 1-101, Suplemento de uma valvula (fig. 1-101) — Secdo tubular de forma troncdnica e geralmente fundida; liga o orifi- cio feito na carena para uma val- vula de aspiragdo do mar (‘‘kings- ton”) & propria valvula e serve de suporte a esta. 1-102. Quilhas de doca- gem — Pecas semelhantes a uma quilha maci¢ga, colocadas lateral- mente no fundo da carena dos ‘CARENA~ navios de grande porte; contri- buem com a quilha para suportar © navio nas docagens (pag. 289; art. 6-23). 1-103. Bolinas, ou quilhas de balango (fig. 1-55) — Chapas ou es- truturas colocadas perpendicularmente em relac&o ao forro exterior, na altura da curva do bojo, no sentido longitudinal, uma em cada bordo, ser- vindo para amortecer a amplitude dos balancgos. Bo/ina é também o nome de uma chapa plana e resistente, em forma de grande faca, colocada verti- calmente por baixo da quilha das embarcagdes de vela, para reduzir as inclinagdes e o abatimento. 1-104. Zinco protetor — Pedago de chapa grossa de zinco, cortado na forma mais conveniente e preso por meio de parafuso ou estojo na care- na, ou no interior de um tanque, nas proximidades de pecas de bronze, a fim de proteger as pecas de ferro contra a aco galvanica da agua do mar. Os zincos protetores devem ser laminados e nunca fundidos. Chamados impropriamente isoladores de zinco. 1-105, Buchas — Pecas de metal, borracha ou pau de peso, que se introduzem nos oriffcios que recebem eixos, servindo de mancal para eles. Ha assim, bucha do eixo do hélice, bucha da madre do leme, etc. Nos tubos telescopicos longos ha duas buchas, a bucha externa junto a carena, e a bucha interna, junto a antepara de coliséo AR. HASTE OA VALVULA SUPLEnENTO. DA VALWULA FIG. 1-101 -- Suplemento de valvula. Secio G — Acessérios do casco, no costado 1-106. Verdugo (fig. 3-11) — Peca reforgada, posta na cinta de NOMENCLATURA DO NAVIO 31 alguns navios pequenos como os rebocadores, ou nas embarcacdes peque- nas, para proteger o costado durante as manobras de atracacao. 1-107. Guarda-hélice (figs. 1-44 e 1-107) — Armagao colocada no costado AR, e algumas vezes na carena, a fim de proteger, nas atracagdes, os hélices que ficam muito disparados do casco, de um e de outro bordo. 1-108. Pau de surriola (fig. 1-108) — Verga colocada horizontal- mente AV, no costado de um navio de guerra, podendo ser disparada per- pendicularmente ao costado para amarrarem-se as embarcacdes quando o navio no porto. Para a nomenclatura, ver a figura. ABO 00 VAI-€-VEH MANGUAL ‘Andor inno FIG. 1-108 — Pau de surriola. 1-109. Verga de sécia — Verga colocada horizontalmente na popa, no costado, podendo ser disparada perpendicularmente a ele, para indicar a posi¢&o do hélice nos navios que tem hélices para fora e ndo tem guarda. 1-110. Dala — Conduto ou tubo que, partindo de um em- bornal, atravessa o costado na al- tura do convés, ou desce pelo in- terior do navio até proximo a linha d’4gua; tem por fim fazer o escoamento das aguas do embor- a nal sem sujar 0 costado, 1-111, Dala de cinzas, 1 dala da cozinha (fig. 1-111) -- saton ovacua Tubul&o mével, de sec&o retan- gular, que se adapta a uma safda da borda para serem despejadas, respectivamente, as cinzas ou o lixo da cozinha. FIG, 1-111 — Dala da cozinha, 32 ARTE NAVAL 1-112. Escada do portalé (figs. 1-112 e 1-45) — Escada de acesso ao portalé, colocada por fora do casco, ficando os degraus perpendicular- mente ao costado. A escada tem duas pequenas plataformas nos seus extremos, as quais s30 chamadas patim superior e patim inferior. 1-113. Escada vertical (fig. 1-113) — Escada vertical fixa, cujos degraus sdo vergalhdes de ferro, e situada numa antepara, no costado, num mastro, etc. PATIM ‘SUPERI PATIM INFERIOR FIG. 1-112 — Escada do portalé, 1-114, Patim — Pequena plataforma disparada para fora do costa- do ou ce uma superestrutura e geralmente movel. CHAR ESTRIADA TATURLRENTEUSAR-SE TRAGOS DE SOLDA i Vez OA CHAPA ESTRIADAD ‘conntmko—_ ruse ONvEs suPERTOR ESCADA VERTICAL (POU NAG TER CORRIMAG) ESCADA THCLENADA, : CORRIMAG HARA gl ASTANA CONVES PRINCTPAL CASTANHAS FIG, 1-113 — Escada. 1-115. Raposas (fig. 1-48) — Nos navios antigos, que usavam anco- ras tipo almirantado, eram pecgas macigas salientes do costado sobre as quais descansavam as unhas dessas ancoras; modernamente sao os recessos feitos no costado de alguns navios, junto ao escovém, para alojar a cruz e os bragos das ancoras, tipo patente. Nos navios modernos que possuem NOMENCLATURA DO NAVIO 33 Ancoras tipo Danforth (pag. 537; art. 10-3 c) as raposas devem ser salientes do costado. 1-116. Figura de proa (fig. 1-48) — Emblema, busto, ou figura de corpo inteiro, que se coloca na parte superior e extrema da roda de proa de um navio. 1-117. Castanha (fig. 1-113) — Peca de metal apresentando uma abertura circular ou quadrangular onde se enfia um ferro ou pau de toldo, um cabo, etc; fixada no costado, numa antepara, num balatistre, no convés, etc, serve para fixar as extremidades de pegas remov{veis tais como escadas, turcos, etc. As castanhas que suportam os turcos tém os nomes es- peciais de pa/matéria, a superior, e cachimbo, a inferior (fig. 1-117 a). Seo H — Acessérios do casco, na borda 1-118. Baladstre (fig. 1-15) — Colunas de ferro ou de outro metal, fixas ou desmontéveis, que sustentam o corrimo da borda, ou os cabos de arame, OU as Correntes que guarnecem a borda de um navio, as bracgolas das escotilhas, escadas, plataformas, etc. O conjunto dos balaistres e cor- rentes, cabos de arame ou vergalhdes que o guarnecem chama-se ba/aus- trada. 1-119. Corriméo da borda (fig. 1-55) — Peca de madeira que se co- loca sobre a borda de um navio formando o seu remate superior. 1-120. Buzina (fig. 1-120) — Pegas de forma elftica de ferro ss (C >) anzente ou outro metal, fixa- (C7 das na borda, para ser- virem de guia aos ca- | ae bos de amarracgdo dos navios. Onde for poss/- vel as buzinas sao aber- FIG. 1-120 — Buzina tas na parte superior a fim de se poder gurnir 0 cabo pelo seio. As buzinas situadas no bico de proa do navio e no painel tomam os nomes de'buzina da roca e buzina do painel, respectivamente. Buzina da amarra 6 0 conduto por onde gurne a amarra do navio do convés ao paiol. BUZINA ABERTA BUZINA FECHADA RoveTES, FUNDTERO SAZENTE FIG. 1-121 ~ Tamanca. 34 ARTE NAVAL 1.121, Tamanca (fig. 1-121) — Pega de ferro ou de outro metal, com gorne e roldana, fixada no convés ou na borda, para passagem dos cabos de amarracao dos navios. Segio | — Acessérios do casco, nos compartimentos 1-122. Carlinga — Gola metdlica colocada no convés ou numa coberta, onde se apdia o pé de um mastro; nos navios de madeira € 0 entalhe feito na sobrequilha para o mesmo fim. 1-123. Corrente dos bueiros — Corrente colocada nos bueiros do fundo dos navios e que pode alar para vante ou para ré, a fim de conserva los desentupidos. 1-124. Jazentes (fig. 1-65) — Chapas fortes, cantoneiras, ou pegas de fundicdo, onde assenta qualquer maquina, peca ou aparelho auxiliar do navio. 1-125. Quartel — Seco desmontavel, de um assoalho, de um estrado, ou uma cobertura qualquer; nos navios que ndo tém duplo-fundo, 0 estrado do porao pode ser constitufdo por quartéis a fim de serem visita- das as cavernas. 1-126. Xadrez (fig, 1-112) — Tabuado em forma de xadrez que se coloca no patins, junto a uma porta ou num posto de manobra para servir de piso. 1.127. Estrado (fig. 1-127) — Assoalho do pordo da praca de méaquinas, da praca de caldeiras, de uma plataforma de maquina ou de caldeiras, etc; pode ser liso ou vaza- i \ do, fixo ou desmontavel, sendo neste caso constituido por quartéis. E geralmente de ferro. FIG, 1-127 — Estrado de grade. 1-128. Tubos acisticos — Tubos que transmitem diretamente a voz de um posto de manobra a outro. 1-129. Telégrafo das maquinas, do leme, das manobras AV e AR (fig. 1-129) — Transmissores de ordens, mecanicos ou elétricos, do posto de comando para o pessoal que manobra nas maquinas, no leme a mao, nos postos de atracagao AV e AR. 1-130. Portas (fig. 1-130) — Aberturas que do passagem franca a um homem de um compartimento para outro, num mesmo pavimento. Portas sio também as abas de madeira ou de metal que giram sobre gonzos (ou se movem entre corredigas, servindo para fechar essas aberturas. 4-131, Portas estanques (fig. 1-131) — Portas de fechamento NOMENCLATURA DO NAVIO. 35 estanque, que estabelecem ou interceptam as comunicacées através as anteparas estanques. 1-132. Portas de visita (fig. 1-132) — Portas de chapa, que fecham as aberturas circulares ou eliticas praticadas no teto do duplo-fundo ou em qualquer tanque. 1-133. Beliche — Cama de pequena largura colocada num camaro- te ou alojamento. 1-134. Servigos gerais — Designac¢ao geral que corresponde as ma- quinas, bombas, valvulas e canalizacdes dos seguintes servicos: esgoto e ala- gamento dos porées e tanques de lastro; ventilagao e extrag3o de ar; aque- cimento e refrigeragao; prote¢ao contra incéndio; sanitarios; ar comprimi- do; comunicagées. 1-135. Rede de esgoto, de ventilacgao, de ar comprimido, etc. — Conjunto de tubos das instalagdes respectivas. FIG. 1-130 — Porta de ago, nao estanque. FIG. 1-131 — Porta estanque de ago. 1,136. Painéis — Partes do forro interno de um compartimento, no teto ou na antepara; séo geralmente de chapa fina ou folha de alum(- nio, ou de madeira. Secio J — Acessorios do casco, no convés 1-137. Cabegos (fig. 1-137) ~- Colunas de ferro, de pequena altu- ra, montadas aos pares e colocadas geralmente junto a amurada ou as ba- laustradas; servem para dar-se volta as espias e cabos de reboque. Nos cais, Para amarragao dos navios, os cabecos nao sio montados aos pares. 1-138. Cunho (fig. 1-138) — Pega de metal, em forma de bigorna, que se fixa nas amuradas do navio, nos turcos, ou nos lugares por onde possam passar os cabos de laborar, para dar-se volta neles. 36 ARTE NAVAL 1-139. Escoteira (fig. 1-139) — Pega de metal, em forma de cruz, fixada ao convés, para dar volta aos cabos, como nos cunhos. ANG = FIG. 1-137 — Cabegos. FIG, 1-138 — Cunho, FIG, 1-139 — Escoteira. 1-140. Reclamos — Pegas de ferro ou outro metal, de forma curva, e abertas na parte de cima, fixadas nos mastros ou em partes altas, ser- vindo de guia aos cabos do aparelho. Nos reclamos, 0 cabo é gurnido pelo seio. FIG, 1-141 — Mataguete. 1-141. Malagueta (fig. 1-141) — Pino de metal ou madeira que se prende verticalmente num mastro, numa antepara, num turco, etc., a fim de dar-se volta aos cabos. 1-142. Retorno (fig. 1-142) — Qualquer pega que serve para mudar a direc&o de an oe sem permitir atrito ae —f{ 1-143. Othal (fig. Sara 1-143) — E um anel de metal; (_— arse pode ter haste, e 6 aparafusa. 747°NTE-———— do, cravado ou soldado no convés no costado, ou em qualquer parte do casco, para FIG, 1-142 — Retorno de rodete. nele ser engatado um aparelho ou amarrado um cabo. NOMENCLATURA DO NAVIO 37 De paretuse Pare 2 esteis Pare 1 estat Comum acigede FIG, 1-143 — Tipos de olhal, 1-144, Arganéu (fig. 1-144) — E um olhal tendo no ane! uma argola mével, que pode ser circular ou triangular. OLNAL 1-145. Picadeiros (fig. 1-145) — Supor- tes, de madeira ou de chapa, onde assenta uma embarcacéo mitida do navio; tém a configuracdo do fundo da embarcag4o que devem receber. FIG. 1-144 — Arganéu, 1-146. Bergo — Suporte colocado sobre um convés, uma coberta, etc., para nele apoiar-se uma pega volante. 1-147, Pedestal — Base sobre a qual assentam pecas que sdo méveis em torno do eixo vertical, como os canhées, metralhadoras, cabres- tantes, turcos, etc, 1-148, Cabide — Armagao fixa ou portatil, com oriffcios ou bragos, nos quais se introduzem ou se penduram armas, instrumentos, correame, roupas, etc. Os cabides s4o, geralmente, colocados nas ante- paras. -ARGANEU Grane nedetre FIG. 1-145 —Picadeiro de embarcago. 1-149. Gaidta (fig. 1-149) — Armagiio de ferro ou de outro metal, tendo abas envidragadas, que cobrem as escotilhas destinadas a entrada de ar e luz para os compartimentos. Também se chama a/béio. 38 ARTE NAVAL FIG, 1-149 — Escotithade gaidta. 1-150, Bucha do escovém, da gateira, etc. — Peca de madeira ou de ferro que se coloca nos escovéns, nas gateiras, etc., para evitar que a agua em alto-mar penetre no navio por estas aberturas. As buchas para as gateiras e os escovéns das amarras tém um entalhe proporcional a grossura da amarra. 1-151. Quebra-mar (fig. 1-89) — Chapa ou tabua, vertical ou um pouco inclinada para vante, colocada sobre o convés, na proa de alguns navios, a fim de diminuir a violéncia das aguas que possam cair ali e tam- bém para dirigir 0 escoamento destas aguas até os embornais. 1-152, Ancora (fig. 1-89) — Peca do equipamento que, lancada ao fundo do mar, faz presa nele e agiienta o navio a que se acha ligada por meio da amarra. 1-153. Amarra (fig. 1-89) — Corrente especial constitufda por elos com malhete (estai) utilizada para talingar a ancora com que se aglienta o navio num fundeadouro. 1-154. Aparelho de fundear e suspender (fig. 1-89) ~ Compreende a maquina de suspender (cabrestante ou guincho utilizado para igar a Ancora), e os acessrios que agiientam a amarra, tais como a abita, 0 mor- dente e a boca de amarra. 1-155. Cabrestante (fig. 1-155) — Aparelho constitufdo por um tambor vertical comandado por motor elétrico ou por maquina a vapor, podendo também ser manobrado a mao; é situado num convés e serve para alar uma espia ou para suspender a amarra, fazendo parte, neste caso, do aparelho de fundear e suspender. 1-156. Molinete (fig. 1-89) — Aparelho constitufdo por um ou dois tambores (saias) ligados a um eixo horizontal comandado por motor elétrico ou por maquina a vapor; é situado num convés e serve para alar uma espia, 0 tirador de um aparelho de icar, etc., e também para suspen- der a amarra, neste caso fazendo parte do aparelho de suspender. 41-157. Mordente (fig. 1-89) — Pega fixa no convés para agiientar a amarra, mordendo-a em um dos elos; faz parte do aparelho de fundear. 1-158. Boga da amarra (fig. 1-89) — Pedaco de cabo ou corrente com que se aboga a amarra; faz parte do aparelho de fundear. NOMENCLATURA DO NAVIO 39 1-159. Abita (fig. 1-89) — Cabeco de ferro, dispondo de nervuras salientes chamadas tetas; colocado entre o cabrestante (ou guincho) e o escovém da amarra. E uma pega do aparelho de fundear e serve para nela a amarra dar uma volta redonda. Em desuso. 1-160. Aparelho de governo (fig. 1-160) — Termo que compreen- de as rodas do leme, os gualdropes, a maquina do leme e os acessérios por meio dos quais o leme é movimentado. Burine _- Quebre-mar rede, aATerRA Amarce FIG. 1-89 — Aparelho de fundear e suspender. 1-161, Aparetho do navio — Denominacao geral compreendendo Os mastros, mastaréus, vergas, paus de carga, moitdes e os cabos necessé- rios as manobras e a seguranga deles. Aparelho fixo 6 0 conjunto dos cabos fixos e aparelho de laborar 6 0 conjunto dos cabos de laborar do aparelho do navio, 1-162. Mastro (fig. 162a) — Pega de madeira ou de ferro, de se¢do circular, colocada no plano diametral, em direcdo vertical ou um Pouco inclinada para ré, que se arvora nos navios; serve para nele serem envergadas as velas nos navios de vela ou para agiientar as vergas, antenas, 40 ARTE NAVAL paus de carga, luzes indicadoras de posig¢ao ou de marcha, nos navios de propulsdo mecanica, e diversos outros acessérios conforme o tipo do navio. Faz parte do aparelho do navio. Os navios mercantes de propulséo mecanica tém geralmente dois mastros; 0 mastro de vante e o mastro principal ou mastro de ré. Os navios de guerra podem ter um ou dois mastros: quando tém dois mastros, o de ré é considerado o mastro de honra e nele se iga o pa- vilh3o ou flamula que indica 0 comando dos oficiais da Marinha de Guerra. Nos navios de guerra em viagem, a Bandeira Nacional é igada na carangueja (fig.1-162 a) do mastro de ré, ou num pequeno mastro colocado na parte de ré de uma superestrutura e chamado de mastro de combate. No mastro de vante estao fixadas as luzes de sinalizacdo e de navegacao as adricas onde sao i¢ados os sinais de bandeiras (fig. 1-162 b). Radesre chap convés principal Jezente FIG. 1-155 — Cabrestante. 1-163. Langa ou pau de carga (fig. 1-56b) — Verga de madeira, ou de aco, que tem uma extremidade presa a um mastro ou a uma mesa junto a este, ligando-se a outra extremidade ao topo do mastro por meio de um amante e servindo de ponto de aplicagao a um aparelho de i¢ar. E em geral colocada junto a uma escotilha e serve para igar ou arriar a carga nos pordes do navio. Quando no local em que esté situado o pau de carga nao ha um mastro, o amante fixa-se a uma coluna vertical chamada toco, ou pescador. 1-164. Guindaste — Alguns navios, em vez de paus de carga possuem no convés um pequeno guindaste movido a vapor, a pressdo hi- draulica ou a eletricidade. 1-165. Pau da Bandeira (fig. 1-162a) — Mastro pequeno colocado no painel de popa dos navios, onde se i¢a a Bandeira Nacional. Nos navios de guerra ela sé 6 igada no pau da bandeira enquanto o navio estiver parado. NOMENCLATURA DO NAVIO 41 Flamule de comande estar Penol da caranguese CererES°S nay ge Bendoire Brangel (as) FIG. 1-162 a — Mastros @ aparstho fixo, 1-166. Pau da bandeira de cruzeiro (fig. 1-162a) — Pequeno mastro colocado no bico de proa onde se i¢a a bandeira de cruzeiro, distin- tivo dos navios de guerra nacionais. Também chamado pau do jeque, do inglés “Jack”. 1-167. Faxinaria — Caixa ou armario em que o pessoal do convés guarda o material de limpeza e tratamento do navio. 1-168. Toldo — Cobertura de lona que se estende sobre as partes do convés ou de uma superestrutura que nao tem cobertura fixa, a fim de proteger o pessoal contra a chuva ou sol. O toldo é geralmente dividido em se¢Ges, que séo numeradas de vante para ré, ou tomam os nomes dos luga- res onde s&o colocadas, 1-169. Sanefas — Cortinas de Iona ou de brim que se amarram em todo o comprimento no vergueiro do toldo para resguardar o convés do sol, chuva ou vento, quando o navio esta no porto. Nas embarcagGes mitidas essas cortinas sao cosidas aos toldos para resguardar 0 paineiro. 1-170. Espinhago (fig. 1-43) — Cabo de arame ou viga de madeira colocada no plano diametral do navio e que suporta um toldo a meio. 1-171. Vergueiro (figs. 1-43 e 1-45) — Cabo de arame colocado nos ferros de toldo da borda, ou vergalhao fixado a uma antepara, onde s&o amarrados os fiéis de um toldo. 1-172. Ferros do toldo (fig. 1-43) — Colunas de ferro ou de ago, desmontaveis, que sustentam o espinhago e os vergueiros de um toldo; o pé enfia em castanhas colocadas no convés, e a cabega tem ofha/ ou dentes, que sustentam o espinhago ou o vergueiro. 1-173. Paus do toldo — Vigas de madeira constituindo a armacgao onde & apoiado um toldo. A central, que substitui o espinhago, é a cumieira e as transversais s8o fasquias. 42 ARTE NAVAL FIG, 1-174 — Meia -laranja, FIG, 1-178 — Saritho. 1-174. Meia-laranja (fig. 1-174) — Armacao de metal que se coloca numa escotilha de passagem de pessoal, para sustentar uma cobertura de lona que a protege contra a chuva. 1-175. Capuchana — Capa de lona, com que se cobre a meia-laran- ja. Pode ser também uma capa de metal leve. 1-176. Cabo de vaivém (fig. 1-108) — Cabo que se passa acima de uma verga, ou no convés, para © pessoal :segurar-se nele quando em mano- bra ou com o navio em alto-mar. 1-177. Corrim&o da antepara — Vergalhdo fixo a uma antepara para servir de corrimao. 1-178. Sarilho (fig. 1-178) — Tambor horizontal manoprado a mao, na qual dao volta as espias para se conservarem colhidas e bem acon- dicionadas. 1-179. Selha (fig. 1-179) — Vaso de madeira, em forma de tina ou de cilindro, com aberturas para permitir a ventilagao e fixado no convés para acondicionar um cabo de manobra; sdo muito usadas nos veleiros mo- dernos, e em alguns cargueiros. i FIG. 1-179 ~ Setha (pode ter tampa). NOMENCLATURA DO NAVIO. 43 1-180. Estai da borda, estai do balatistre, estai de um ferro (fig. 1-43) — Coluna de ferro inclinada apoiando a borda, um balatistre ou um ferro de toldo. 1-181. Turco (fig. 1-117) — Coluna de ferro tendo a parte supe- rior recurvada para receber um aparelho de icar; serve para i¢ar embarca- Ges ou outros pesos. 1-182. Visor (fig. 1-182) — Pedago de chapa que se coloca na parte externa do passadi¢o, por cima das janelas ou seteiras, para proteger © pessoal evitando que recebam diretamente os raios ou os pingos de chuva, 1-183. Ventiladores (fig. 1-183) — Arranjos pelos quais o ar puro é introduzido e o ar viciado é extrafdo de qualquer compartimento do navio. S&o, em geral, tubos de grande seco, mas terminam no convés sob varias formas que tomam nomes diferentes: cachimbo, cogumelo, pesco¢o de cisne, cabegos. Os cachimbos podem ter dois furos para fazer a extra- ¢ao do ar com maior tiragem, s4o quase sempre méveis, permitindo isto colocé-los na diregao do vento. Os cabegos so os empregados para amar- rag3o de espias, e neste caso, terminam em uma tampa com rosca que Pode ser aberta ou fechada. cabeco = Castanne. Tirador (amarrade ‘20 cunho) ane Turco cunho > Polmatérta Pedestal Cachimbo Mancal esférico (soldado ao convés} Fi ‘ADO (a1 No cost, (b) NO TRINCANIZ FIG, 1-117 — Turcos giratorios. | 44 ARTE NAVAL A ventilagio pode ser natural ou artificial. Se for artificial,é feita por meio de redes e tubos que terminam no convés também em bocas de diversas formas. Estas bocas tomam o nome de ventiladores, se introdu- zem 0 af puro nos compartimentos e extratores, se servem para extrair 0 ar viciado, Também chamam-se ventiladores e extratores os motores que fazem a introducio ou a extrag3o do ar, e so colocados nas respectivas redes. : Convés do tijupé ou teto do passedigo Visor Painel sino : Corda do sino (8 © Gnico cabo que se chama corda) Foee ao prove (cy bujoae nas extremidades; levemen- te inclinedo para fecilitar 2 drenagem. FIG, 1-182 — Visore sino. NOMENCLATURA DO NAVIO 45 PESCADOR CACHTNBO DE succAa PESCOCO OE CISNE COGUMELOS NOS CABEcOS FIG. 1-183 — Ventiladores e extratores. 46 ARTE NAVAL Luzes para atnats morse hartge de sinats adriga se sinats acs0 tur dene Bréneny Luz de nave pelee ee eee ge vente (oranca) 9 sin Pietarorms FIG. 1-162 b — Luzes de navegagao e equipamento de sinais. 1-184, Ninho de pega (figs. 1-44 e 1-162) — Armacao especial fixa por ante-avante do mastro para posto de vigia. Nos navios mercantes chama-se cesto de gévea, ou somente gévea. FIG, 1-28 — (A) Delgado AR — (B) Deigado AV, (Para interpretar a Fig. ver Art. 2-42) NOMENCLATURA DO NAVIO 47 ESPINHAGO ce xeon >, oe TURRTOLA PORTALO FIG. 1-45 — Jardim de popa. 48 ARTE NAVAL DE POPA Auneron nectsso 0 TOWEL One 00 erxo CLARA DO HELICE — erxo DD NELICE Tueo TeLescorrco FIG. 1-47 — Detalhe da popa. unures escoven eu7mNa TABUAS OA CINTA PALSA QUTLMA urLH FIG. 1-48 — Detathe da proa. NOMENCLATURA DO NAVIO 49 TRINCANTZ QUILMA —ASTILHAS M SOBREQUTLHA AS renas FAG. 1-52 — Vista das partes estruturais da proa e da popa FIG. 1-68 — (A) — Detaihe da proa. (8) — Detathe da popa, ARTE NAVAL GUAROA 00 HELTCE GUARD DO HELICE PES 0 GALINHA FIG, 1-107 — Vista da popa. FIG, 1-132 — Porta de visita, FIG, 1-129 — Telégrafo da méquina. ve NOMENCLATURA DO NAVIO FIG. 1-160 — Aparelho de governo. 51 CAPITULO II GEOMETRIA DO NAVIO Segdo A — Definigdes 2-1, Plano diametral, plano de flutuagao e plano transversal (fig. 2-1) — Uma caracterfstica geométrica dos navios 6 possufrem no casco um plano de simetria; este plano chama-se plano diametral ou plano longitu- dinal e passa pela quilha. Quando o navio est aprumado (pag. 86; art. 2-83), o plano diametral 6 perpendicular ao plano da superficie da agua, que se chama plano de flutuagaéo. Plano transversal é um plano perpendi- cular ao plano diametral e ao de flutuagao. PLANO OTANETRAL | PLANO OE FLUTUAGAD SEGKO No PLANO |> TRANSVERSAL FIG. 2-1 —Planos do casco. 2-2. Linha de flutuagio (fig. 2-2) — Linha de flutuagao (LF), ou simplesmente flutuagao, é a intersecao da superficie da 4gua com o con- torno exterior do navio. A flutuac¢ao correspondente ao navio completa- mente carregado denomina-se flutua¢do carregada, ou flutuagao em plena carga. A flutuacao que corresponde ao navio completamente vazio chama- se flutuagdo leve. A flutuagao que corresponde ao navio no deslocamento normal (pag. 79; item 2-70) chama-se flutuagao normal. 2-3. FlutuagSes direitas, ou retas — Quando o navio nao esta in- clinado, as flutuagdes em que podera ficar sdo paralelas entre si e chamam- se flutuagées direitas ou flutuagGes retas. O termo flutuacdo, quando nao se indica o contrario, 6 sempre referido 4 flutuagao direita e carregada. 2-4. Flutuagdes isocarenas — Quando dois planos de flutuagao limitam volumes iguais de 4gua deslocada, diz-se que as flutu 1¢3es sao iso- carenas. Por exemplo, as flutuagdes sdo sempre isocarenas, quando o navio se inclina lateralmente: a parte que emergiu em um dos bordos é igual & parte que imergiu no outro, e a por¢ao imersa da carena modificou-se em forma, mas no em volume. ARTE NAVAL LINHA DE — FLUTUAGAO LEVE FIG, 2-2 — Linha de flutuacdo. 2-5. Linha d’4gua projetada, ou flutuagao de projeto (LAP) —E a principal linha de flutuago que o construtor estabelece no desenho de linhas do navio (fig. 2-41). Nos navios mercantes corresponde a flutuacao em plena carga. Nos navios de guerra refere-se 4 flutuacdo normal, A LAP pode, entretanto, nao coincidir com estas linhas de flutuagao devido a dis- tribuicgdo de pesos durante a constru¢do. 2-6. Zona de flutuagao (fig. 2-2) — E a parte das obras vivas com- preendida entre a flutuacdo carregada e a flutuacio leve, e assinalada na carena dos navios de guerra pela pintura da linha d’agua. O deslocamento da zona de flutuacdo indica, em peso, a capacidade total de carga do navio. 2-7. Area de flutuagéo — E a drea limitada por uma linha de flu- tuagao. 2-8. Area da linha d’4gua — E a area limitada por uma linha d’agua no projeto do navio (pag. 65; art. 2-42). 2-9. Superficie moldada (fig. 2-9) — E uma superficie continua imagindria que passa pelas faces externas do cavername do navio e dos vaus do convés. Nos navios em que o forro exterior é liso (pag. 268; art. 6-17 d-1} esta superficie coincide com a da face interna deste forro. Nas embarcacdes de casco metilico, o contorno inferior da super- ficie moldada coincide com a face superior da quilha sempre que o navio tiver quilha macica (p4g. 245; art. 6-6 a), e algumas vezes, se a quilha é chata (pag. 247; art. 6-6 c); nas embarcagées de madeira, coincide com a projecdo, sobre o plano diametral, do canto superior do alefriz da quilha. 2-10. Linhas moldadas — Sao as linhas do navio referidas 4 super- ficie moldada. Em navios de aco, a diferenca entre as linhas moldadas e as linhas externas é muito pequena; por exemplo, a boca moldada de deter- minada classe de CT é de 35 pés e 5 polegadas e a boca maxima é de 35 pés e 6 polegadas. As linhas do desenho de linhas s3o moldadas (fig. 2-10). 2-11. Superficie da carena — E a superficie da carena, tomada por fora do forro exterior, nao incluindo os apéndices. Nos navios de forro exterior em trincado (pag. 268; art. 6-17 d-1), a superficie da carena é me- dida na superficie que passa a meia espessura deste forro exterior. GEOMETRIA DO NAVIO 55 LINHA 00 CENTRO | A supenerere roLonoa cor CIDE COM A FACE INTERNA 00 CCHAPENTENTO Lanaa DA BASE PETA BOCA = mavoaon (A) CAAPEAHENTO. A TOPO % conves ; [A SUPERFICIE MOLOADA PASSA NA FACE INTERNA DAS CHAPAS. INTERIORES NA CARENA ‘AS CHAPAS EXTERTORES NAO TO CAN NA SUPERFICTE MOLOAOA (6) CHAPEARENTO EN TRINCADO FIG, 2-9 ~Superficie moldada. A superficie da carena, somada 4 superf{cie do costado, representa a area total do forro exterior e permite calcular aproximadamente o peso total do chapeamento exterior do casco. 2-12. Superficie molhada — Para um dado plano de flutuagao, é a superficie externa da carena que fica efetivamente em contato com a dgua. Compreende a soma da superficie da carena e as dos apéndices. E necessa- rio para o calculo da resisténcia de atrito ao movimento do navio; somada a superficie do costado permite estimar a quantidade de tinta necessaria para a pintura do casco. 2-13. Volume da forma moldada — E o volume compreendido entre a superficie moldada da carena e um determinado plano de flu- tuagao. 2-14, Volume da carena — E 0 volume compreendido entre a su- perffcie molhada e um dado plano de flutuagao. Este volume 6, as vezes, chamado simplesmente carena, pois, nos calculos, nao ha possibilidade de confusao com a parte do casco que tem este nome. Para embarcacdes de ago, o volume da carena é calculado pelo vo- lurne do deslocamento moldado mais o do forro exterior e dos apéndices tais como a parte saliente da quilha, o leme, o hélice, os pés de galinha dos eixos, as bolinas, etc. Para as embarcagées de madeira, é 0 volume do casco referido ao forro exterior mais os volumes dos apéndices. O volume da carena é o que se emprega para 0 calculo dos deslocamentos dos navios. ARTE NAVAL LINHA 00 CENTRO SekO A. EIA-NAU NA nor mee + LINHA BASE La FIG, 2-15 — Dimenstes da seco a meia-nau. ALTURA DO *FUNDO 2-15. Curvatura do vau (fig. 2-15) — Os vaus do convés, e algumas vezes os das cobertas acima da linha d’4gua, possuem uma curvatura de modo a fazer com que a 4gua possa sempre escorrer para o costado, facili- tando o escoamento. Esta curvatura é geralmente um arco de circunferén- cia ou de parabola e da uma resisténcia adicional ao vau. 2-16. Linha reta do vau (fig. 2-15) — Linha que une as intersegdes da face superior do vau com as faces exteriores da caverna correspondente. 2:17. Flecha do vau (fig. 2-15) — E a maior distancia entre a face superior do vau ea linha reta; 6, por definicdo, medida no plano diametral do navio. 2-18. Mediania — Interseg3o de um pavimento com o plano dia- metral do navio. 2-19. Segéo a meia-nau — E a seco transversal a meio comprimen- to entre perpendiculares (pg. 69; art. 2-50). 2.20. Segdo transversal; segao mestra — Chama-se segao transversal qualquer se¢ao determinada no casco de uma embarcagao por um plano transversal. A maior das secdes transversais chama-se se¢do mestra. A secao mestra 6 situada em coincidéncia com a se¢ao a meia-nau, ou muito proxi- mo desta, na maioria dos navios modernos, qualquer que seja o seu tipo. Em muitos navios modernos, e particularmente nos navios mercan- tes de carga, certo comprimento da regido central do casco é constitufdo por segdes iguais 4 se¢3o mestra numa distancia apreciavel, quer para van- te, quer para ré da sec&o a meia-nau; diz-se ent&o que estes navios tém for- mas cheias. Nos navios que tém formas finas, a forma das segées transver- sais varia muito em todo o comprimento do navio a vante e a ré da segao mestra. GEOMETRIA DO NAVIO 57 2-21. Centro de gravidade de um navio (CG) — O centro de gravi- dade é importante para os célculos de flutuabilidade e de estabilidade, porque o peso do navio pode ser considerado como uma forga nele con- centrada (G, fig. 2-21). Como, em um navio, os pesos séo usualmente distribufdos por igual de um lado e do outro do plano diametral, o CG esta, em geral, neste plano. Nos navios de forma usual, o CG é situado no plano da secdo a meia-nau, ou muito proximo dele. A posic&o vertical do CG varia muito de acordo com 0 projeto de cada navio. Conforme sua definic¢o em mecanica, 0 centro de gravidade é 0 ponto de aplicagado da resultante de todos os pesos de bordo e a soma dos momentos de todos os pesos em relagao a qualquer eixo que passe por ele é igual a zero. A posi¢éo do CG se altera com a distribuigao de carga, nos tan- ques, nos porées, no convés, etc. 2-22. Centro de carena, de empuxo, ou de volume (CC) — Eo centro de gravidade do volume da agua deslocada (C, fig. 2-24) eé0 ponto de aplicagao da forga chamada empuxo (pag. 58; art. 2-24). E contido no plano diametral, se o navio estiver aprumado (pag. 86 ;-art. 2-83); na dire- ¢ao longitudinal, sua posigao depende da forma da carena, nao estando muito afastada da se¢3o a meia-nau nos navios de forma usual. Esta sem- pre abaixo da linha d’dgua. Nos navios de superficie, o centro da carena esta quase sempre abaixo do centro de gravidade do navio, Pois ha pesos que esto colocados acima da linha de flutuagao, mas nenhuma parte do volume imerso poderé estar acima desta linha, A determinagao da posi¢do do centro de carena é de grande impor- tancia para a distribuic¢do dos pesos a bordo, pois o CG do navio deve estar na vertical do CC e a uma distancia para cima nao muito grande; sem estes requisitos 0 navio nao ficaria aprumado, nem teria o necessario equilibrio estavel. ereUXG RESERVA DE FLUTUABTL LDADE SYMLLILYLIML Lh Lh. FIG. 2:24 — Empuxo. 58 ARTE NAVAL 2-23. Centro de flutuagéo (CF) — E 0 centro de gravidade da 4rea de flutuacdo, para uma determinada flutuagao do navio. 2-24. Empuxo (fig. 2-24) — Em cada ponto da superficie imersa de um corpo, ha uma pressdo que age normalmente a superficie. Esta pres- so cresce com a profundidade do ponto abaixo da superficie da agua; ela é medida pelo produto A x p, na profundidade / abaixo do nfvel da agua cujo peso especffico é p. Suponhamos, por exemplo, que hd um orif{cio de 0,10 m? em um ponto da carena situado a 5 metros abaixo da superficie do mar; 1 metro clbico da agua do mar pesa 1 026 quilos. A press&o d’agua neste ponto sera igual a 5 x 1 026 quilos por metro quadrado, e um tampéo para agiientar o veio d’agua naquele oriffcio deve exercer um esforgo de 5x 1026 x1= 513 quilos 10 No caso de um corpo flutuante como é um navio, estas pressdes, sendo normais 4 superficie imersa, agem em muitas diregdes; entretanto, cada uma pode ser decomposta em trés componentes em angulo reto: (1) horizontal, na diregao longitudinal do navio; (2) horizontal, na dirego transversal do navio; (3) vertical. Estando o navio em repouso, as componentes horizontais equili- bram-se entre si, pois nao ha movimento em qualquer direcao horizontal. Os pesos parciais que compdem um navio tém uma forga resultan- te simples que se chama o peso do navio; esta for¢a é aplicada no centro de gravidade e age numa vertical para baixo. E 0 efeito combinado de todas as componentes verticais das presses que se opde ao peso do navio. Chama-se empuxo 4 forca resultante da soma de todas as compo- nentes verticais das pressdes exercidas pelo Iiquido na superficie imersa de um navio (fig. 2-24), Portanto, um navio em repouso é submetido a agdo de duas forgas verticais; 0 peso de navio, agindo verticalmente para baixo, e o empuxo, agindo verticalmente para cima. Como o navio nao tem movimento para cima, nem para baixo, conclui-se que 0 empuxo é igual ao peso do navio; como ele esta em equi- \{brio, os pontos de aplicagao destas forgas, isto é, o CG e o CC, estdo situados na mesma vertical. 2-25. Principio de Arquimedes — ‘‘Um corpo total ou parcialmen- te mergulhado num fluido é submetido a agao de uma for¢a de intensidade igual ao peso do volume do fluido deslocado pelo corpo, de diregao verti- cal, do sentido de baixo para cima, e aplicada no centro de empuxo"’ (CC). Consideremos um navio flutuando livremente e em repouso em GEOMETRIA DO NAVIO 59 Aguas tranqililas. Vimos, no item anterior, como se exercem as pressdes da agua sobre a superficie imersa do casco. Suponhamos agora que o navio foi retirado da agua e deixou uma cavidade, como se pudéssemos por um momento agientar as pressdes da Agua e manté-la no mesmo nivel (fig. 2-25). Enchemos esta cavidade, que representa o volume do liquido deslocado pelo navio, com agua da mesma densidade; esta agua serd equilibrada pela pressdo da que a circunda, exata- mente como 0 foi 0 casco do navio e como qualquer outra porcdo da mas- sa liquida; as componentes horizontais das pressdes equilibram-se e as componentes verticais sustentam 0 peso em cada ponto. SUPERFICIE 0A AGUA AGUA DESLOCADA FIG, 2-25 — Agua deslocada, Portanto, a forga resultante das pressdes da Agua, isto é, 0 empuxo, opde-se ao peso do volume Ifquido deslocado num caso, e no outro ao peso do navio; o empuxo é aplicado no centro da carena. Fica assim demonstrado o principio que citamos acima e, ainda mais, que o peso do navio é igual a0 peso da 4gua por ele deslocada. 2:26. Flutuabilidade — A flutuabilidade, que é a propriedade de um corpo permanecer na superficie da gua, depende, pelo que acima ficou dito, da igualdade entre 0 peso do corpo e o empuxo do Ifquido. Como, no nosso caso, 0 liquido é sempre a gua, a flutuabilidade varia Principalmente com o peso especifico do corpo, isto é, o seu peso por unidade de volume. As madeiras leves tem um peso especifico menor que o da agua; um pedago de madeira leve flutua sempre. O ferro, por exemplo, tem um Peso especffico maior que o da gua e por isto um pedago de ferro maci¢o nao pode flutuar. E tornando oco um material que se diminui enormemen- te O seu peso por unidade de volume e, portanto, aumenta-se a flutuabi dade. E poss/vel assim a construgao de navios feitos com materiais mais pesados que a dgua, como 0 ferro e 0 ago. As leis de flutuabilidade aplicam-se nao somente a qualquer navio de superficie, como a um submarino, ou a qualquer objeto totalmente imerso. Quando imerso, um objeto permanece em repouso e na sua posi- ¢4o imersa somente no caso em que o seu peso for igual ao peso do volu- me deslocado. Mas um objeto totalmente imerso quase sempre pesa mais Ou pesa menos que o volume da dgua que desloca. Nestes casos, a fim de

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