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E importante ressaltar que os sentimentos da pessoa que usufrul a obra nio so necessariamente os mesmios do artista. Cada um tem suas proprias percepgbes, ¢ ura mesma obra pode provocar reagbes muito diferentes nas diversas pessoas que entram em contato com ela, Frente a um trabalho de Jackson Pollock (1912-1956), por exem- plo, que pintou de forma intensa, jogando tinta so- bre a tela e formanco com- posigbes bastante inusita- das, algumas pessoas vem nio mais do que borrées de tinta; outras, emocio- rnam-se profundamente. Narber 8 (dere) fete pr Peck em1949.Oqeesa sbradepero er: ‘oc? Ne cet, 0 anise webeltarde ‘enumade sua: cigs As TRES POTENCIAS DO PENSAMENTO. Afinal, por que exatamente a flosofia, como ja estudamos, mantém coma mitologia, a religilo eo senso comurn relagbes multas vezes contl- tuoses, enquanto seus vinculos coma arte e a ciéncia sio mals estreitos? amos pensar: uma obra de arte, seja ela qual for, é produto de uma experiéncia do pensemento que o artista vivenciou e tem o potencial de despertar em outras pessoas a sensibilidade e a curiosidade, instigando as a pensar. Da mesma forma, uma teoria cientifica é também um pro- duto do pensamento de.um cientistae estimula outras pessoas arefltir. A fiiosofia, iguaimente, consiste em produzir conceitos com base em ex- periéncias do pensamento e gerar, assim, outros pensamentos, Portanto, com as formas de enfrentar © mundo que nao convidam ‘nem incitam a um pensamento constante, a filosofia ndo pode interagir com a mesma intensidade. Esse € 0 caso, como vimos, da mitologja, da religiéo e do senso comurn. Com aquelas formas que esto o tempo todo nos fazendo pensar ~ a ciéncia ea arte ~a flosofia dialoga e interfere elas, da mesma forma que recebe suas influénciase interferéncias Enquanto a ciéncia produz funcSes, a arte produz sensagGes ¢ a fi- losofia produz conceitos, as tr8s poténcias do pensamento se comple- mentam na invenc3o de novas formas de ver 0 mundo e a vida.

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