You are on page 1of 3
IDENTIFICAGAO +E SUBSTITUIGAO DE TRANSISTORES Um dos componentes mais substituidos é 0 transistor. Geralmente ele se estraga de- vido a uma falha num outro componente ou, as vezes, tam- bém por falta de pericia do proprio técnico. O mais cer- to € substituir o transistor pelo tipo original. Acontece, por nfo é , que muitas vezes ele encontrado; torna-se necessdrio achar um substitu- to. Embora existam tabelas de equivaléncias, a maioria delas (devido ao tempo que levam para a sua elaboracdo ¢ impressfo) ja se encontram desatualizadas (isto quando sfo encontradas a venda). As melhores so as fornecidas pe- los fabricantes, os quais indi- cam substitutos modernos pa- Ta tipos mais antigos que dei- xaram de ser fabricados, Alguns transistores nao tém qualquer indicacdo ou a mes- ma esta apagada ou, ainda, existe somente um nimero, 0 qual no leva a conclusio ne- nhuma. Vamos aqui analisar como proceder nestes casos. 314-JUNHO DE 1974 Primeiramente necessitamos saber a sua funcéo, 0 que po- de ser descoberto pela posicao que ele ocupa no cireuito. Apés isto é necessdrio anali- sar se o transistor é do tipo NPN ou PNP: ligamos 0 apa- relho e medimos (com um vol- timetro) a tenséo entre emis- sor e coletor, conforme indi- cado na fig. 1. Se o coletor é positivo em rela sor, io. ao emis- entéo trata-se de um “= POSTTIVO NO a, COLETOR TRANSISTOR NPN. transistor NPN; caso contra- rio, quando o coletor é negati- vo em relag&io ao emissor, te- mos um transistor PNP. Con- vém lembrar que, no caso, um transistor PNP nfo pode ser substituido por um NPN, e vi- ce-versa. Vamos ver outro método para determinar se um tran- sistor é NPN ou PNP, quan- do ele esta fora do circuito, | lo Ly | TRANSISTOR PNP. | Figura 1 79 por exemplo, apés a © mais facil seria manual; mas quando isso nao é possivel, fa- zemos um teste comparativo com um transistor conhecido, conforme indicado na fig. 2. como, compra. consultar um NPN comecioo| re et Colocando a ponta de prova preta na base de um transis- tor NPN conhecido e lendo- -se resisténcia baixa em rela- co ao emissor e a0 coletor, verificamos se 0 mesmo acon- tece ou nao com o transistor desconhecido: se a medicio resulta idéntica, entéo ele é do tipo NPN; caso contrario, trata-se de um transistor PNP. A seguir, precisamos saber mos 0 teste indicado na fig. 3 @ ligamos a juncao base-cole- tor (ou base-emissor) em sé- rie com um resistor de 4700 Ohms numa fonte de 6 Volts. Se obtivermos uma leitura de cerca de 0,2 Volt, trata-se NPN -rRansston DSCONHEEIDO eee | de um transistor de germa nio; se obtivermos mais ou menos 0,6 Volt, o transistor é de si ‘Como na maioria dos transistores defeituosos uma das duas juncées (base- -coletor ou base-emissor) ain- da est perfeita, & possivel de- terminar 0 tipo do material de sua fabricagao. ‘Tendo em vista que os tran- sistores de silicio usam uma vous. MANIO.O PARA TRANSISTORES DE Si- ||} uicio omenioor ‘orca 0,6 | PARA TRANSISTORES DE GER 02 vouTs. | PNP. 'MEDIDOR INDICA Figu se 0 transistor é de germanio ou de silicio, Para isso faze- 80 ra 3 polarizacéo mais elevada do que os transistores de germa nio, n&o é possivel substituir transistores de germanio por outros de silicio (e vice-ver- sa) sem modificacdes profun- das. Finalmente, ainda é preci- so saber alguma coisa sobre © fator de amplificacéo (be- ta). Como ja se sabe, ele va- tia muito de transistor para transistor; assim, mesmo fa- zendo a substituicio por um original, este pode ter um ga- nho maior ou menor. Se o ganho for menor, 0 aparelho fica “fraco” e, se o ganho for maior, podem ocorrer regene- rac6es. Vamos supor que tro- camos um transistor na F.T+ e@ que © aparelho “ficou fra- 0"; ent&o, podemos escolher um transistor com um ganho maior, para corrigir a defici- éncia, Portanto, é necessario. me- dir o fator de amplificacio do transistor, a fim de poder substitui-lo por um de maior ganho, Como a maioria dos ‘técnicos lamentavelmente nao Possui instrumental adequado para essa medicdo, vamos examinar um sistema de emergéncia. Ligamos os ter- minais do coletor e do emis- sor em série com um miliam- perimetro (pode ser aprovei- tado o multimetro) e uma tensio de 6 Volts, de acordo com a fig. 4. Com esie cir- euito podemos ler uma cor- vente muito pequena: trata-se da corrente de fuga (Ico), @ qual, nos modernos transisto- res de silicio, é tao insignit cante que as vezes nem po- de ser lida numa escala de 10 miliampéres. Se esta corren- te for elevada, 0 transistor es- t4 com a resisténcia inversa entre base e coletor baixa e imprestavel. Em seguida, encostamos um resistor de 100000 Ohms en- tre os lides de coletor e base. Ao fazer isso, obtemos uma deflexdo maior (de alguns mi- liampéres); quanto maior for a corrente de coletor, tanto Revista Monitor de RADIO fH TELEVISAO MAIOR A CORRENTE INDICA DA PELO MEDIQOR AO ENCOS, ‘TAR A RESISTENGIA, MAIOR 0 FATOR DE AMPLIFICAGAO DO TRANSISTOR. NPN maior sera o fator de ampli- ficacéo do transistor. Este teste permite selecionar entre diversos transistores aquele que tem 0 maior ganho, Este teste também é neces- sdrio na substituicdo dos tran- sistores de saida: os dois transistores trabalham em push-pull e devem ser um “par casado” (“par casado” significa que ambos tém fa- tor beta igual). Para veri ficar este casamento, fazemos as medicdes ja explicadas; a corrente deve ser a mesma em ambos, ao encostar o resistor de 100000 Ohms. Se a dife- renca for maior que 10%, tor- na-se necessario usar um ou- tro transistor, a fim de pro- duzir um equilibrio, Para finalizar, uma palavra sobre a freqiiéncia de transi: co (fT): atualmente, para a maioria dos transistores de RF, ela esté bem acima dos 30 MHz, se bent due ela re- Figura 4 presente um fator secundario nos radios comuns e somente em receptores com faixa de FM ela tem de ser considera- da, para possibilitar um fun- cionamento satisfatério. Como podemos ver, através de algumas simples verifica- bes € possivel selecionar-se 0 transistor correto para serem obtidos bons resultados numa substituicao.

You might also like