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Conull Necinalde Jira RESOLUGAO N? 90, DE 29 DE SETEMBRO DE 2009. Dispée sobre os requisitos de nivelamento de tecnologia da informagao no Ambito do Poder Judiciario. © PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTICA, no uso de suas atribuigées constitucionais e regimentais, e CONSIDERANDO que o Poder Judicidrio € uno e exige a implementagao de diretrizes nacionais para nortear a atuacdo institucional de todos os seus érgos; CONSIDERANDO a edicao da Lei n° 11.419, de 19 de dezembro de 2006; CONSIDERANDO a edigdo da Resolugdo CNJ n° 70, de 18 de margo 2009, que definiu a meta nacional de nivelamento - informatizar todas as unidades judiciarias e interliga-las ao respectivo tribunal e a rede mundial de computadores (internet); CONSIDERANDO a edigado do acérddo do TCU 1603/2008- plenario, que recomenda ao CNJ a promogdo de acées para a melhoria da gestao dos niveis de servico de tecnologia da informagdo e comunicagées — TIC;e CONSIDERANDO 0 que ficou decidido na 91° Sessdo Plenaria do Conselho Nacional de Justiga, ocorrida em 29/09/2009, Processo n° 2009.10.00.005080-3, RESOLVE: Art. 1° Os Tribunais deverao manter servigos de tecnologia da informagéo e comunicagao - TIC necessdrios a adequada prestagao jurisdicional, observando os referenciais estabelecidos nesta Resolugao. CAPITULO! DO QUADRO DE PESSOAL DE TECNOLOGIA DA INFORMAGAO E COMUNICACOES - TIC Art, 2° O Tribunal deve constituir quadro de pessoal permanente de profissionais da area de TIC. § 1° As fungées gerenciais e as atividades estratégicas da area de TIC devem ser executadas, preferencialmente, por servidores efetivos do quadro permanente. § 2° Sao atividades estratégicas: | - governanga de TIC; Il - gerenciamento de projetos de TIC Ill -analise de negécio; IV ~ seguranga da informagao; V ~gerenciamento de infraestrutura; VI — gestao dos servigos terceirizados de TIC. § 3° A forga de trabalho terceirizada que realize as fungdes e atividades descritas nos paragrafos anteriores deve ser gradualmente substituida. § 4° 0 Tribunal devera manter quadro de pessoal permanente de que trata 0 caput compativel com a demanda e o porte, adotando como critérios para fixar 0 quantitativo necessdrio, dentre outros, 0 numero de ee ‘o-numero de } usuarios internos de recursos de TIC, 0 grau de informatiza estacao de trabalho, o desenvolvimento de projets na area de TIC e 0 esforgo necessario para o atingimento das metas do planejamento estratégico, tomando como referencial minimo 0 Anexo | § 5° O Tribunal devera definir ¢ aplicar politica de gestéo de pessoas que promova a fixagdo de recursos humanos na area da TIC Art. 3° Deve ser elaborado e implantado plano anual de capacitagéo para desenvolver as competéncias necessdrias a operacionalizacdo e gestdo dos servigos de TIC. Paragrafo Unico. O plano anual de capacitagéo devera promover e suportar, de forma continua, o alinhamento das competéncias técnicas e gerenciais do quadro de pessoal de TIC as melhores praticas de governanga, bem como sua atualizagao tecnolégica. CAPITULO II DOS SISTEMAS DE AUTOMAGAO Art. 4° O Tribunal deve desenvolver ou contratar o desenvolvimento de sistemas de informagdo obedecendo aos requisitos estabelecidos nesta Resolugao e ao disposto na Lei n° 11.419/2006, Pardgrafo Unico. Optando pela contratagao, o Tribunal deverd fazer constar no instrumento contratual clausula que determine que a propriedade intelectual dos oddigos-fonte é da pessoa de direito publica contratante, inclusive os referentes ao fornecimento de todos os dados, documentos e elementos de informacao pertinentes a tecnologia de concepgao, manutengao e atualizacdes, Art, 5° Na contratagdo de sistemas de informagéo em que a propriedade intelectual nao é da pessoa de direito piiblico contratante, o Tribunal devera fazer constar no instrumento contratual clausula que determine © depésito do cédigo-fonte junto a autoridade brasileira que controla a propriedade intelectual de softwares para garantia Hs gerinuede dos servigos em caso de rescisao contratual ou encerramento das atividades da contratada. Art, 6° Os sistemas de automagao deverao atender a padroes de desenvolvimento, suporte operacional, seguranga da informacéo, gestao documental, interoperabilidade ¢ outros que venham a ser recomendados pelo Comité de Gestéo dos Sistemas Informatizados do Poder Judicidrio e aprovados pela Comissao de Tecnologia e Infraestrutura do CN4J. § 1° As novas aplicagdes de sistemas de automagdo de procedimentos judiciais deverao: | - ser portaveis e interoperaveis; ll —_manter documentagao atualizada; Ill - ser homologadas antes de entrar em produgao; IV = oferecer suporte para assinatura baseado em certificado emitido por Autoridade Certificadora credenciada na forma da Infraestrutura de Chaves Publicas Brasileira - ICP Brasil; V - © Modelo de Requisitos para Sistemas Informatizados de Acompanhamento ¢ Gest&o de Processos e de Documentos Eletrénicos da Justiga aprovado pelo CNJ; e VI = os padrdes de interoperabilidade do Governo Federal - e- PING. § 2° Facultativamente, aplicar-se-4 o paragrafo anterior aos sistemas de automagao de procedimentos administrativos dos tribunais. CAPITULO II DA INTEGRAGAO E DA DISPONIBILIZACAO Art. 7° Deve ser garantida a integracdo entre sistemas do primeiro, segundo graus e Tribunais Superiores. lt ) Art. 8° As informagées sobre processos, seus andamentos ¢ 0 inteiro teor dos atos judiciais neles praticados devem ser disponibilizados na internet, ressalvadas as excecées legals ou regulamentares. CAPITULO IV INFRAESTRUTURA DE TIC Art. 9° O nivelamento de infraestrutura de TIC deve obedecer aos seguintes requisitos minimos: | = um microcomputador para cada posto de trabalho que exija uso de recursos de tecnologia da informagao; ll — uma impressora para cada ambiente de trabalho, com tecnologia de impressdio frente e verso e em rede sempre que possivel, com qualidade adequada a execugao dos servigos; Ill = links de transmisso entre as unidades e o Tribunal suficientes para suportar o trafego de dados e informagées e garantir a disponibilidade exigida pelos aplicativos, sendo o minimo de 2 Mbps para download; ¢ IV — conexéo a rede de dados para cada dispositive que necessite de recursos de rede; e V — sempre que necessario, um scanner para cada ambiente de trabalho que demande recursos de digitalizagao de documentos que tenha capacidade compativel com essa demanda, § 1° As especificagées do parque tecnolégico devem ser compativeis com as necessidades dos servicos § 2° Deverdo ser definidos processos para gestdo dos ativos de infraestrutura de TIC do Tribunal, de acordo com as melhores praticas preconizadas pelos padrées nacionais e internacionais, notadamente no que tange ao registro e acompanhamento da localizagao de cada equipamento. CAPITULO V GESTAO DE TIC Art. 10. A estrutura organizacional, 0 quadro de pessoal, a gestao de ativos ¢ os processos do setor responsavel pela gestao de trabalho da érea de TIC do Tribunal deverdo estar adequados as melhores praticas preconizadas pelos padrées nacionais e interacionals para as areas de governanga ¢ de gerenciamento de servigos de TIC. Art. 11. O Tribunal deve elaborar e manter um Planejamento Estratégico de TIC - PETI, alinhado as diretrizes estratégicas institucionais e nacionais. Paragrafo unico, Devera ser elaborado, com base no PETI, 0 plano diretor de Tecnologia da Informagao e Comunicagao (PDT)). Art. 12. O Tribunal devera constituir comité ou comissdo responsavel por orientar as agGes e investimentos em TIC, observado o planejamento de que trata o artigo anterior. Pardgrafo unico, Recomenda-se que a composigao de tal comité ou comissao seja multidisciplinar. Art. 13. O Tribunal deve elaborar e aplicar Politica de Seguranca da Informagao, por meio de um Comité Gestor, alinhada com as diretrizes nacionais. Art. 14. As aquisigdes de equipamentos e contratagao de servigos na drea de TIC devem atender aos padrées recomendados pelo Comité de Gestéo dos Sistemas Informatizados do Poder Judiciério e aprovados pela Comissao de Tecnologia e Infraestrutura do CNJ. Art. 15. O Superior Tribunal de Justiga - STJ, o Tribunal Superior do Trabalho - TST, 0 Conselho da Justiga Federal - CJF, 0 Conselho Superior da Justiga do Trabalho - CSJT, 0 Tribunal Superior Eleitoral - TSE, o Superior Tribunal Militar — STM, os Tribunais de Justiga e os Tribunais de Justiga Militar poderéo propor ao CNJ normas especificas sobre TIC para o respectivo segmento e recomendar uso de esiruturas e servigos de tecnologia disponiveis. —) C Paragrafo tinico. O CNJ manterd banco de melhores praticas e definira requisitos para atestar conformidade de sistemas de automagao judicial, conferindo selo a esse respeito. CAPITULO VI DISPOSICOES GERAIS Art. 16. Deve ser enviado ao CNJ um plano de trabalho e respectivo cronograma de atendimento aos critérios de nivelamento estabelecidos nesta Resolugao, no prazo de 120 dias apés a publicagao. Pardgrafo Unico. © cronograma referido no caput deste artigo devera prever 0 atendimento total dos critérios até dezembro de 2014, contemplando, a cada ano, no minimo 20% de cada uma das obrigacdes determinadas. Art. 17. O CNJ realizara, anualmente, diagnéstico para avaliar 0 nivel da infraestrutura e servicos de TIC no Poder Judiciario. Art. 18. Os Tribunais serao clasificados conforme o porte, com base nos critérios estabelecidos pelo Comité de Gestéo dos Sistemas Informatizados do Poder Judiciario e aprovados pela Comissao de Tecnologia e Infraestrutura do CNJ. Art. 19. O CNJ poderd destinar recursos ou oferecer apoio técnico a0s Tribunais com maior caréncia, visando o nivelamento tecnolégico. Pardgrafo Unico. Serao estabelecidas prioridades de acordo com © porte do Tribunal e as diretrizes da Comissao de Tecnologia e Infraestrutura do CNJ. Art. 20. Esta Resolugao entra onr vigor na data de sua publicagao. ee / |- Ministro GILMAR MENDES =, \—_ Presidente c ANEXOL FORCA DE TRABALHO TOTAL MINIMA RECOMENDADA PARA TIC Total de Usuarios de recursos de TIC % minimo da forga de trabalho de TIC (efeti Minimo necessirio de profissionais do quadro permanente comissionados terceirizados) Ate 500 7,00% 15 Entre 501 e 1.500 5,00% 35 Entre 1.501 € 3.000 4.00% 75 Entre 3.001 € 5.000 3.00% 120 Entre 5.001 ¢ 10.000 2,00% 150 Acima de 10.000 1,00% 200 ANEXO IL PORTE DOS TRIBUNAIS SEGUNDO A TECNOLOGIA Critério piel A B c Idade média dos Storages (anos) <5 >5e<=8 >8 Faixa predominante de espago de diseo| >= 2 <2e <1 dos Storages (TB) Faixa predominante de meméria dos! >= 16 = <5 Storages (GB) Impressoras (milhares) 3=2 <2e>=1 <1 Seanners (centenas) 34 <4e>=2 <2 Velocidade dos links instalados entre a) >= <2e>03 <=05 sede do tribunal eas subdivisdes jurisdicionais (comareas, subsegSes ou varas) (Mbps) Prédios com link (abrangéneia) —100,00% | = 100% e>= = 50% percentual) 50% Velocidade do link de acesso da sede) >=8 <8e <2 do tribunal a internet (Mbps) Idade média de microcomputadores) <= 3 >3e4 (anos) Microcomputadores (milhares) 000 |< 2000e >= < 1000 1000 dade média de servidores (anos) <5 >5e8 Pontos de rede (milhares) >=5 _ |=25| <2, SEGUNDO A AUTOMAGAO Nivel Critério bie A B c (Os médulos de 1° grau so integrados) Sim - Nao (cusias, contador ete, (Os médulos de 2° grau so integrados) Sim - Nao (autuagio, distribuigto etc.)? Disponibilidade de informagies) 100,00% : < 100% rocessuais na intemet (1° grau) Disponibilidade de informagdes|100,00% = < 100% rocessuais na internet (2° grau) Disponibilidade da integra dos ates) — 100,00% = < 100% Hurisdicionsis proferides na internet Relagdo entre microcomputadores ¢ a <23 soma de servidores de 1° grau, 2.° grau. e irea meio Relagio entre o numero de magistrados. <1e>=08 <08 de primeiro. grau e 0 nimero. de unidades judiciarias de primeiro grau Relagdo entre o numero de processos) = >200- | <200e>= 100) < 100 stribuidos no primeiro grau nos Ultimos doze meses ¢ 0 numero de unidades judieiéirias de primeiro grau Relaglo entre 0 —nlimero de 1 <1e>=23 <23 microcomputadores e 0 niimero de pontos de rede Relagao entre o niimeros de servidores| >= 0,07 [<0,07e>=0.03] <0,3 de TIC c o mimero de servidores \judiciérios (servidores do 1° e do 2" graus, excetuados os da area meio).

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