Professional Documents
Culture Documents
1. CADASTRO E INFORMAÇÕES
1.1 Identificar o paciente
A sua obtenção é feita pela função das veias mais acessíveis. As que são mais
facilmente funcionadas localizam-se nas regiões do antebraço (veia mediana, cefálica e
basílica), do pescoço (jugulares internas e externas) e inguinais (femural). Na criança,
também se realiza na região da fontanela frontal (seio longitudinal). A veia é a preferida
nos exames rotineiros, pois apresenta freqüentemente bom calibre e sua função é
pouco dolorosa. Antes da punção, avalia-se a orientação do vaso pela visualização ou
pela palpação digital e fazer a agulha penetrar e aprofundar nessa direção.
4.1 Exames
•Nome do exame;
•Material utilizado;
•Método;
•Intervalo de referencia com as respectivas unidades e valores de alerta;
•Informações necessárias à interpretação dos resultados, quando indicada;
•Conclusões, quando indicadas.
EXAMES DE SANGUE
Acido urico
Capac. Total de lig. do ferro
Albumina
Cetonemia
Colesterol fracionado:
• HDL
• LDL
• VLDL
Aldolase
Cloretos
Ferro – colher pela amanhã
Amilase
Creatinina
Triglicérides
Bilirrubinas
Eletroforese de proteínas
Uréia
Cálcio
Fosfatase acida
Colesterol ( sem fracionamento)
Fosfatase alcalina
CPK total
Fósforo
CK – MB
Frutosamina
Gama GT
Glicose
Hemoglobina glicosilada
Lipase
Potássio
Magnésio
Sódio
Mucoproteinas
Transaminases: TGO/AST; TGP/ALT
Velocidade de hemossedimentação (VHS)
Hemograma
Curva de fragilidade osmotica
Plaquetas
Tempo de protrombina
Tempo de tromboplastina parcial ativada – PTTa
Reticulocitos
Eletroforese de hemoglobina
Pesquisa de drepanócitos
Alfa 1 Glicoproteína acida
Fator reumatoide
Grupo sangüíneo e fator Rh
VDRL
Proteínas C reativa
Anti HBs
Anticorpos antireoidianos:
- antireoglobulina
- antimicrossomal
Antiestreptolisina O
• - Monoteste
• - Paul Bunnell Davidsohn
• - Epstein Baar (IFI ou ELISA)
• - Anti VCA – IgG e/ou IgM
Fan
HbeAg
Toxoplasmose IgG/IgM - ELISA - IFI – HAI
HbsAg (Antigeno australia)
Chagas (T. Cruzii): - IFI – HAI – ELISA
HAV IgG/ IgM
Anti Hbe
Citomegalovírus IgG/IgM
HIV 1 e 2
5. ENTREGA DE RESULTADO
1) Os exames de paciente particulares e SUS ficam no arquivo colocados
em ordem alfabética.
2) Os exames de paciente atendidos pelo hospital são entregues ao mesmo
colocados no prontuário.
3) Observa-se o nome completo, idade do paciente.
4) Confere se o nome do paciente no exame com o nome que está na
requisição.
5) Retira-se o resultado e entrega ao paciente
6. EXAMES INCOMPLETOS
1) O exame só será liberado quando o paciente trouxer o restante do material para
complementar os tipos de exames que constam da requisição médica.
2) Solicitamos ao paciente que traga no máximo ate 48 hs. Após as analises
efetuadas, o exame é liberado normalmente.
Setor de Lavagem e Esterilização
PROCEDIMENTO OPERACIONAIS PADRÔES (POP)
A importancia de uma boa descontaminação de materiais (ESTERILIZAÇÃO) é peça
imprescindível para um melhor desempenho dos trabalhos a serem executados em um
laboratório de analises clinicas. O processo de esterilização o começo de tudo, sem a
mesma os resultados não serão satisfatorios. Faremos uma descrição dos métodos que
são utilizados para a esetrilização dos materiais do laboratorio.
1 OBJETIVOS
1.1 Gerais
Tomar conhecimento dos cuidados na manipulação de materiais contaminados.
Devemos tambem ter o conhecimeto de lavagem, secagem empacotamento e
esterilização de materiais reaproveitaveis.
1.2 Especificos
Uns dos objetivos mais importantes, é o conhecimento de como se deve usar as
maquinas, como: AUTOCLAVE, ESTUFA DE SECAGEM E ESTERILIZAÇÃO E
TAMBÉM O DEIONIZADOR.
2. EQUIPAMENTO B´SICOS
•Autoclave
•Estufa de secagem
•Estufa de esterilização
•Deionizador
OBS: Há de se destacar também os materiais usados no processo de lavagem. São
estes:
• Sabao
• Hipoclorito 1%
Matérias da microbiologia
1. Os materiais contaminados são colocados na autoclave pôr 45 minutos à 121ºC
2. Depois que sair do autoclave, devemos seguir os mesmos passos a partir do 3º
descrito acima;
3. Após a secagem, leva o material para o balcão de empacotamento e lá,
definitivamente separado. Ex: plástico, vidro, etc.
4. Depois de separado, o material é colocado na estufa de auto precisão para
esterilização com fita teste. Deve-se salientar que materiais plásticos não devem ir para
a estufa de esterilização, pois a mesma os danificará, devido sua alta temperatura que
gira em torno de 180ºC. O temo que o material deve ficar na estufa de esterilização é
de 2 hs. E com relação ao material plástico este e embalado e colocado na autoclave
de 15 a 20 minutos.
PROCEDIMENTO DE ROTINA
HEMATOLOGIA MANUAL
HEMATOLOGIA
A hematologia compreende o estudo das celulas sanguineas e coagulação.
Normalmente, os constituintes do sangue (hemacias, leucócitos e plaquetas)
permanecem em equilibrio sempre constante devido ao sistema hematopoiético, com
função de formação hemolítica ou de destruição das células sanguineas. (O. LIMA,
1992)
OBJETIVOS
O estudo no Laboratório de hematologia consiste em analisar células
sanguineas e a coagulação atraves de exames hematológicos, podendo assim
qualificar e diferenciar as células sanguineas.
Esses testes realizados possibiltam um diagnostico mais conclusivo, auxiliando
clínico no tratamento de uma patologia pr deficiencia hematologica.
HEMATÓCRITO
Consiste em determinar em porcentagem a concentração de eritrócitos em
dados volume de sangue não coagula. È a razão entr o voluem deeritrócitos em relação
ao volume do sangue total. (O. LIMA, 1992)
• MATERIAIS E MÉTODOS
- Tubo capilar
- Bico de bunsen
- Centrífuga para microhematócrito
- Tabela para microhematócrito
• O tubo de microhematócrito é preenchido por capilaridade até ¾ da capacidade do
capilar. A extremidade vaziaé vedada pela chama do bico de bunsen. Colocar os
capilares na centrifuga para microhemat´crito, com o cuidado de coloca a parte aberta
contra o apoio de borracha para evitar quebras e extravasamentos. A ponta selada fica
voltada para fora. É recomendável um centrifugação a 3.000 RPM/5 minutos.
Após a centrifugação, o tubo apresenta uma coluna de sangue, incluindo o
plasma e uma coluna de eritrócitos. Devem ser medidos com o auxílio da tabela.
HEMOGLOBINA (Hb)
É o principal componente dos eritrócitos. É um conjugado de proteínas que
serve como transporte de O2 e CO2. (O. LIMA, 1992)
• MATERIAIS E MÉTODOS
- Tubos para centrífuga
- Padrão (HiCN – Cianetohemoglobina)
- Reagente de Drabkin
• Tomar 3 tubos e proceder da seguinte maneira:
B P A
Padrão - 20uL -
Amostra - - 20 uL
Reag. de Drabkin 5.0uL 5.0uL 5.0uL
ESFREGAÇO
O exame de esfregaço sangüíneo é uma parte importante da avaliação
hematológica. Para obter esfregaços satisfatório, é indispensável que se tome certas
precauções:
- lâminas devem estar limpas e desengorduradas;
- a gota de sangue não deve ser muito grande. Quanto maior a gota, mais espesso o
esfregaço. O ideal é uma gota de 20uL;
- O esfregaço deve ser feito rapidamente, antes que ocorre a coagulação. (O. LIMA,
1992)
• MATERIAIS E MÉTODOS
- Lâminas limpas e desengorduradas
- Lâminas de extensão (extensora)
• Colocar uma gota de sangue no final de uma lâmina apoiada em uma superfície
plana. Com o polegar e o indicador, segura-se o final da lâmina de extensão contra a
superfície da primeira lâminas. Empurra-se a lâmina de extensão a uma velocidade
moderada para frente até que o sangue tenha sido espelhado em um esfregaço
moderadamente delgado. As lâminas devem ser secas a temperatura ambiente e
depois corada para análise ao microscópio.
È conveniente confeccionar vários esfregaços ao mesmo tempo. Marcar
sempre os esfregaços usando agulha ou lápis dermográfico com o nome do paciente e
a data sobre a superfície do mesmo.
COLORAÇÃO
Os corantes de anilina usados em esfregaços sanguineos são de duas classes
gerais:
- corantes básicos, como o azul de metileno;
- corantes ácidos, como a eosina.
O núcleo das células toma as cores básicas, como o azul de metileno, enquanto
que os corantes básicos agem sobre os elementos citoplasmáticos. Pertencem a este
grupo os corantes de Romanowsky. Os derivados mais usados do corante primitivo de
Romanowsky são: Giemsa. Leishman, Wrigth entre outros. Nesse setor foi usado o
corante Leishman. (O. LIMA, 1992)
• MATERIAL E MÉTODOS
- Suporte para lâminas
- Corante de Leishman
Colocar a lamina sobre o suporte. Verter 20 gotas do corante sobre a lamina ou
o suficiente para cobri-la. O álcool metilico (metanol) da solução corante fixa o
esfregaço.
Deixar corar durante 15-20 minutos. Lavar em água corrente e deixar secar.
Observar ao microscópio com objetiva de imersão.
CONTAGEM GLOBAL
A contagem dos elementos morfológicos do sangue (eritrócitos, leucócitos e
plaquetas deve ser efetuado pala manhã. Consiste em trabalhar com material aferido
com a finalidade de determinar o número dos elementos morfológicos. Para isso, é
necessário diluir volume conhecido de sangue com determinada quantidade de líquido
diluidor. Conta-se as células na área reticulada da câmara destinada para cada tipo de
células (ver Anexos) (O. LIMA, 1992)
• MATERIAL E MÉTODOS
- Câmara de Contagem (Camara de Neubauer)
- Líquidos diluidores (hayem, Turk, Oxalato de Amônia 1%)
- Pipetas graduadas e automáticas
- Lamínulas
• MATERIAIS E MÉTODOS
- Tubo de Westergren
- Estante de westergren
• O método de Westergren modificado produz os mesmos resultados que o método de
Westergren original, mas emprega sangues naõ coagulado com EDTA ao invés de
citrato. Isso permite que o VHS seja realizado com a mesma amostra de sangue que os
outros estudos hematológicos.
2 mL de sangue com EDTA bem misturados são diluídos em 0.5 mL de cloreto de
sódio a 0.85% ou 0.5 mL de citrato de sódio a 3.8%. Uma pipeta de Westergren é
completada até a marca 0 (zero) e colocada exatamente na vertical na estante à
temperatura ambientem, sem vibrações ou exposição direta à luz solar. Após
exatamente 60 minutos, a distancia do topoo da coluna é registrda em molímetros como
o valor da VHS. Se a demarcação entre o plasma e a coluna de células vermelhas é
distinta, o nível é lido onde a densidade total aparece primeiro.
Valores de Referência:
Homens: 3-15 mm
Mulheres: 3-20 mm
Crianças: 3-12 mm
CÉLULAS LE (Lupus Eritematoso)
Um anticorpo presente na fração globulina gama do soro dos pacientes de LES,
o chamado fator “LE”, reage com a nucleoproteína dos núcleos dos leucócitos. O
núcleo do fagócito acha-se comprimido na periferia da célula. A maior parte da região
protoplasmática é ocupada pela massa nuclear transformada. O citoplasma reduz-se à
estreita faixa na periferia do leucócitos. Na células “LE”, a estrutura da cromatina é
substituída pôr massa arredondada, homogênea, de coloração púrpura, de tamanho
variável, mas usualmente maior que a hemácia. O fagócito pode englobar mais de
núcleo. (O. LIMA, 1992)
MATERIAL E MÉTODOS
- Banho Maria a 37ºC
- Toma-se o sangue sem anticoagulante e coloca-se em Banho Maria a 37ºC/2hs.
Depois realiza-se o esfregaço e observa-se ao microscopio. Deve-se sempre
realizar o exame FAN junto com o exame de células LE.
CONTAGEM DE RETICULÓCITOS
Os reticulócitos são células vermelhas imaturas não nucleadas que contêm
RNA e continuam a sintetizar hemoglobina após a perda do núcleo. O sangue incubado
rapidamente em uma solução de azul cresil brilhante ou azul metileno. No RNA é
precipitado como um complexo corante ribonucleoproteínas. O complexo aparece
microscopicamente como uma rede azul escura ou grânulos azuis escuros que
permitem a identificação e contagem de reticulócitos. (O. LIMA, 1992)
MATERAIS E MÉTODOS
- Esfregaço sangüíneo
• Conta-se o número de reticulócitos em 10 campos diferentes. O esfregaço é feito a
partir de 100uL de sangue + 1 gota de azul cresil brilhante.
Valores de Referências:
0.5 - 2.0%
10 campos = total / 10 = número %
COAGULOGRAMA
Tempo de Sangria (TS)
É o tempo necessario para a cessação da hemorragia, ocasionando por
pequena incisão, de dimensão padronizada, praticada artificialmente. (O. LIMA, 1992)
• MATERIAL E MÉTODOS
- Equipamento para punção digital
- Papel de filtro
- Cronômetro
• Faz-se a assepsia da polpa digital ou do lóbulo da orelha com a lanceta, fazer a
incisão e deixar o sangue fluir espontaneamente. Marcar no cronometro o início no
momento do aparecimento da primeira gota. Com o papel de filtro absorver de 30
em 30 segundos a gota de sangue formada sem tocar a incisão. Quando cessar o
fluxo de sangue, parar o cronômetro. Quando cessar o fluxo de sangue, parar
cronômetro. O intervalo decorrido entre o aparecimento da primeira e da ultima gota
representa do tempo de sangria.
Valores de referência:
1 – 6 minutos
• MATERIAL E MÉTODOS
- Plasma citratado do paciente
- Solução de tromboplastina
- Banho Maria a 37°C
- Tubos de ensaio
- Solução de cloreto de cálcio a 0.025M
Valores de Referência:
11 – 13 segundos
• MATERIAL E MÉTODOS
- Plasma citratado do paciente
- Solução de tromboplastina parcial
- Banho Maria a 37°C
- Cronômetro
- Tubos de ensaio
- Solução de cloreto de cálcio a 0.025 M
• Coloca-se 100uL de cefalina + 100uL plasma citratado do paciente. Homogeneiza e
encuba em Banho Maria a 37°C/3 min. Após esse tempo, adicionar rapidamente
100uL da solução de cloreto de cálcio. Neste instante, acionar o cronômetro. Agitá-
lo suavemente, de 5 em 5 segundos. Ao fim de 30 segundos, retirar o tubo do BM e
agitá-lo suavemente, observando o aparecimento do coágulo, parando
simultaneamente o cronômetro. O tempo consumido em segundos constitui o TTPA.
Valores de Referência:
35 – 45 segundos
• MATERIAL E MÉTODOS
- Esfregaços corados
• Deve-se observar a lâmina próximo à cauda o esfegaço onde quase não se
encontra “roleaux” e facilita a contagem. Total de 100 células.
FIBRINOGÊNIO
• MATERIAIS E MÉTODOS
- Tubo capilar
- Plasma
- Microcentrífuga
- Tabela de Hct
- Banho Maria a 56°
• Aspira-se o plasma no tubo capilar e encuba-se em Banho Maria a 56ºC/15 minutos.
Leva-se à centrífuga para microhematócrito por 5 minutos / 3000 RPM. Faz-se a leitura
na tabela para Hct e multiplica o resultado por 92.
Valores de Referência:
200 – 400 mg/dL
INDÍCES HEMATIMÉTRICOS
VCM = Hct / Hem x 100 u3
HCM = Hb/ Hem x 100 pg
CHCM = Hb / 100%
PROCEDIMENTO DE ROTINA SOROLOGIA
MANUAL
SOROLOGIA
O melhor diagnóstico de um processo infeccioso é a demonstração do
patógeno ou de seus produtos nos tecidos ou fluidos biológicos do hospedeiro. Nem
sempre é possivel essa prática pela ausência do agente infeccioso ou pela pocua
sensibilidade dos métodos ou por longos períodos exigidos para uma resposta
laboratorial.
Métodos parasitológicos ou microbiológicos são deficientes para diagnóstico de
algumas patologias. São utilizados métodos imunológicos, sorológicos ou
imunoensaios. São técnicas para a detecção e quantificação de Ag ou Ac, podendo
utiliza-se de reagentes marcados ou não. Comumente são utilizados marcadores
radiotaivos, enzimpaticos, fluorescentes e quimioluminescentes.
Os testes sorológicos são feitos através de pesquisas de anticorpos pu
antígenos, sendo a reação Ag – Ac, visualizada pôr alguns métodos como aglutinação,
precipitação, floculação e outros. Esses testes de pesquisa de Ag – Ac desempenham
uma importante função de diagnóstico laboratorial clínico como complemento de outros
testes e provas, desde que sejam respeitadas suas indicações e limitações.
OBJETIVO
No setor de sorologia, o principal é demonstrar aos estagiários os princípios das
técnicas mais usadas nos testes sorológicos, assim sua importância e identificação.
A alta sensibilidade dos testes utilizados garante um importancia no setor de
triagem sorológica para seleção de pacientes que podem vir a ser doadores e recptores
de orgãos, evitando transtornos pós-transfusionais.
A Ciência Sorologia tem como principal objetivo pesquisar anticorpos
específicos auxiliando, assim, no diagnóstico individual de determinadas patologias com
também diferenciando as fases da doença.
Imunodifusão Radial Simples
- Príncipio – Antígeno ou Anticorpo permanecem fixados ao suporte e o outro se
difunde, até haver um halo de precipitação formado pôr reação de Ag com o Ac ao
redor da inoculação.
- Materiais e Métodos – Toma-se uma placa com gel (ágar misturado com a diluição
apropriada de Ag específico para Ac determinado) contendo orifícios onde, com ajuda
da micropipeta, será adicionado 5uL do soro. Fecha a placa e guarda em forma
invertida em câmara úmida, para que mantenha o meio úmida, pôr 48h a 72h.
Valores de Referência:
IgG: 710 – 1520 mg/dL
IgM: 90 – 310 mg/dL
AGLUTINAÇÃO
A reação de aglutinação é caracterizada pela formação de agregados visíveis
como resultado da interação de anticorpos específicos e partículas insolúveis que
contêm determinantes antigênicos em sua superfície.
A aglutinação pode ocorrer tanto com particulas que apresentam determinadas
antigênicos naturais em sua superfície (hemácias, bactérias, protozoários, etc.) como
com partículas inertes (látex, poliestireno, etc.), ou mesmo com células antigenicamente
não relacionadas (hemácias, bactérias) às quais se absorvem ou se fixam antígenos
solúveis.
As reações podem ser de aglutinação direta ou indireta.
AGLUTINAÇÃO DO LÁTEX
PCR (Proteína C Reativa): reação de aglutinação em lâminas, a qual particulas
de latex sensibilizadas com Ac anti-PCR estabilizadas são aglutinadas em presença da
Proteína C Reativa.
- Materiais e Métodos -
a) Determinação Qualitativa: Numa lâmina de vidro, com àreas para diferentes
testes, depositar sucessivamente em 3 subdivisões, 1 gota de soro positivo, 1 gota de
soro negativo e 1 soro do soro a testar. Adicionar a cada uma delas 1 gota do reativo
látex anti-PCR. Homogeneizar. Fazer movimentos suaves de rotação procedendo a
leitura após cinco minutos.
b) Determinação Semi-Quantitativa: Em casode amostra positiva, realizar
sucessivas diluição do soro até que se encontre a maior diluição que ainda fornece
aglutinação. O procedimento da análise é o mesmo do teste qualitativo, porém, utiliza-
se as amostras diluídas. Sendo a sensibilidade do teste de 7UI/mL, o cálculo semi
quantitativo é realizado da seguinte forma:
[ ] = 7 x (maior diluição positiva)
FR (Fator Reumatóide)
- Materiais e Métodos –
a) Determinação Qualitativa: Pipetar 1 gota do soro do paciente em uma área da
lâmina e , sobre ela, 1 gota da suspensão de látex sensibilizado com IgG humana
altamente purificada e estabilizada e suspensa em tampão glicina. Proceder da mesma
forma com os soros controle positivo e negativo. Fazer movimentos suaves de rotação,
sob uma boa fonte de luz, durante 2 minutos. Observar a formação de aglutinação.
b) Determinação Semi-Quantitativa: Em caso de amostra positiva, realizar
sucessivas diluições do soro até que se encontre a maior diluição positiva. O cálculo
semi quantitativo é realizado da seguinte forma:
[ ] = 25 x (maior diluição positiva)
HEMAGLUTINAÇÃO INDIRETA
CHAGAS
- Princípio – Eritrócitos de aves estabilizados, sensibilizados com compontes
antigênicos Trypanossoma cruzi altamente purificados, mostram aglutinação quando
reagem com Ac contra esses antígenos presentes no soro do paciente.
- Materiais e Métodos –
a) Determinação Qualitativa: Colocar a placa sobre um pano úmido para
neutralizar as forças eletrostáticas. Usar 1 cavidade da placa pôr amostra, incluindo
sempre os controles positivo e negativo. Usar diluição do soro 1/32 com a solução
diluente com os controles positivo e negativo. Transferir 25uL da suspensão
homogênea de hemácias placa. Adicionar 25uL da suspensão homogênea de hemácias
em cada cavidade. Agitar a placa pôr vibração mecânica pôr 4 minutos. Deixar em
repouso por 1 a 2 horas à temperatura ambiente, em locar livre de vibrações. Fazer a
leitura. Reação positiva como um tapete e reação negativa quando se depositam no
fundo da cavidade formando um botão.
b) Determinação Quantitativa: Em caso de amostra positiva, deve-se realizar
sucessivas diluições (titulação) a partir da diluição do soro de 1/32. Pipetar 25uL da
solução diluente com 2-Mercaptoetanol, a partir da Segunda cavidade da placa, até a
diluição que se pretende estudar. Titular sempre deixando 25uL da diluição, desprezar
os últimos 25uL. Pipetar 25uL da suspensão homogênea de hemácias em todas as
cavidades. Agitar a placa pôr vibração mecânica por 4 minutos. Deixar em repouso pôr
1 a 2 horas à temperatura ambiente, em local livre de vibrações. Fazer a leitura.
TOXOPLAMOSE
- Princípio – Eritrócitos de aves estabilizados, sensibilizados com componentes
antigênicos do Soxoplasma gonddi altamente purificados, mostram aglutinação quando
reagem com Ac contra esses antígenos presentes no soro do paciente.
- Materiais e Métodos –
a) Determinação Qualitativa: Colocar a placa sobre um pano úmido para
neutralizar as forças eletrostáticas. Usar cavidade da placa por amostra, incluindo
sempre os controles positivo e negativo. Usar diluição do soro 1/16 com a solução
diluente com 2-Mercaptonol. Fazer o mesmo com os controles positivo e negativo.
Transferir 25uL da diluição 1/16 de cada amostra e controles para as respectivas
cavidades da placa. Adicionar 25uL da suspensão homogênea de hemácias em cada
cavidade. Agitar a placa pôr vibração mecânica pôr 4 minutos. Deixar em repouso por 1
a 2 horas à temperatura ambiente, em local livre de vibrações. Fazer a leitura. Reação
positiva quando as hemácias de depositam no fundo da cavidade como um tapete e
reação negativa quando se depositam no fundo da cavidade formando um botão.
b) Determinação Quantitativa: Em caso de amostra positiva, deve-se realizar
sucessivas diluições (titulação) a partir da diluição do soro de 1/32. Pipetar 25uL da
solução diluente com 2-Mercaptoetanol, a partir da Segunda cavidade da placa, até a
diluição que se pretende estudar. Titular sempre deixando 25uL da diluição, desprezar
os últimos 25uL. Pipetar 25uL da suspensão homogênea de hemácias em todas as
cavidades. Agitar a placa por vibrações mecânicas pôr 4 minutos. Deixar em repouso
pôr 1 a 2 horas à temperatura ambiente, em local livre de vibrações. Fazer a leitura.
FLOCULAÇÃO (VDRL)
O teste de VDRL (Veneral Disease Research Laboratory) emprega cristais de
colesterol que são sensibilizados com cardiolipina para a pesquisa de Ac na sífilis. É
classificado como um teste não treponêmico, usado como triagem ou controle da cura.
- Princípio – Reação imunológica de floculação utilizando antígeno de
cardiopina, lecitina e colesterol em solução alcoólica, onde as partículas de Ag floculam
ao entrar em contato com o soro ou plasma (reagina).
- Materiais e Métodos –
a) Determinação Qualitativa: Tem como objetivo a triagem e eliminação dos soros
não reagentes. Para isso, toma-se uma placa de Kline com suas cavidades
devidamente identificadas para cada reação. Pipetar 50uL da amostra a ser analisada e
dos soros controle positivo e negativo. Adicionar-se 25uL da suspensão antigênica à
cada cavidade, que irá reagir com os Ac presentes. Colocar lâmina em agitador
mecânico pôr 4 minutos. Fazer leitura em microscópio com objetiva de 10x.
b) Determinação Semi - Quantitativa: Tem como objetivo reduzir a pequenos
intervalos a quantidade de Ac presentes na amostra. Para tanto, deverá ser feita
diluição da amostra em solução salina. Proceder cada diluição do mesmo modo como
no teste qualitativo. O título da amostra será o da última diluição onde ainda se visualiza
a presença de agregados.
UROANÁLISE
Com a análise da urina, iniciou-se a medicina laboratorial. Foram encontrados
hieróglifos egípcios com desenhos de médicos examinado frascos de urina em forma
de bexiga. Muitas vezes, esses médicos nunca viam o paciente, apenas sua urina.
Embora não contasse com os sofisticados métodos atuais, eram capazes de obter
informações diagnósticas a partir de observações básicas como cor, turvação, odor,
volume, viscosidade e até mesmo presença de açúcar, ao observarem que certas
amostras atraíam formigas. É interessante notar que essas mesmas características
urinárias ainda são relacionadas pêlos laboratórios hoje em dia. Contudo os modernos
métodos de uroanálise ampliam seu campo de ação, abrangendo não só o exame físico
mas também a análise bioquímica e o exame microscópico do sedimento urinário.
(STRASINGER, 1998)
Analisaremos também o LCR (Líquido Cefalorraquidiano). Trata-se de um
sistema fisiológico destinado a distribuir nutrientes pelo tecido nervoso, retirar resíduos
metabólicos e servir de barreira mecânica para amortecimento dos traumatismos que
porventura atinjam o encéfalo e a medula espinhal. (STRASINGER, 1998).
Por fim, faremos também uma análise do líquido seminal. Com exceção da urina,
é o líquido recebido com mais freqüência em laboratórios de análises clínicas. As duas
principais razões para sua analise são avaliações de casos de infertilidade e do estado
pós-vasectomia. (STRASINGER, 1998)
MATERIAIS E MÉTODOS
• COLETA (STRASINGER, 1998)
URINA – A amostra deve ser colhida em recipiente limpo e seco.
Recomenda-se o uso de recipientes descartáveis por serem econômicos e pôr
eliminarem a possibilidade de contaminação decorrente de lavagem incorreta.
O recipiente de amostra deve ser devidamente etiquetado, contendo data e
nome do paciente. As etiquetas devem ser postas sobre o recipiente e não sobre a
tampa.
A amostra deve ser entregue imediatamente ao laboratório e analisada
dentro de uma hora. A amostra que não puder ser entregue ou analisada dentro desse
tempo devera ser refrigerada ou receber conservante químico apropriado.
LCR – O LCR é normalmente colhido por punção lombar entre L3 e L4 ou
entre L4 e L5. As amostras geralmente são colhidas em tubos estéreis, marcados 1,2 e
3, na ordem em que são obtidos. O tubo 1 é usado par análises bioquímicas e
sorológicas, o tubo 2 destina-se á contagem celular e o tubo 3 em geral é usado par a
microbiologia, por ser o que menos probabilidade tem de conter células introduzidas
acidentalmente pelo procedimento de punção espinhal.
SÊMEN - Como a composição das frações do sêmen é variável, sua coleta
deve ser bem feita para que a avaliação da fertilidade masculina seja precisa. Para
isso, os pacientes devem ser bem orientados. As amostras devem ser colhidas em
recipientes estéreis após três dias de abstinência sexual. Não é recomendável o uso de
preservativos o uso de preservativos na coleta de amostras para os exames de
fertilidade, pois podem conter substancias espermaticidas. Sempre que possível, a
amostra deve ser colhida em laboratório, mas se isso não for viável, deverá ser mantida
em temperatura ambiente e entregue em até uma hora ao laboratório. Deverá ser
anotada a hora da coleta e não do recebimento.
TESTES BIOQUÍMICOS
- Proteinuria
2 mL de Ac. Sulfossalicílico a 3%
0,5 mL de urina
Homogeneizar.
Resultado: +
Formação de turvação
- Proteína de 24 hs (Quantitativo)
Homogeneizar a amostra e medir o volume com precisão.
Branco Amostra
Ácido Sulfossalicílico - 2.0 mL
Água destiliada 2.0 mL -
Amostra 0.5 mL 0.5 mL
- Glicosúria
2 mL de Reativo de Benedict
4 gotas de urina
Homogeneíza. Coloca em banho fervente por 5 minutos.
+ Resultado:
Marron Tijolo: ++++
Verde com sedimento amarelo: +++
Verde sem sedimento amarelo: ++
Verde claro: +
Azul: Negativo
- Corpo Cetônicos
1 mL de urina
6 gotas de Reativo de Imbert
Homogeneizar
Acrescentar 1 mL de hidróxido de Amônia vagarosamente pelas bordas do
tubo.
Resultado
Formação de halo roxo entre duas fases.
Observações:
- Esse hormônio aparece primeiramente no soro e, depois da sobrecarga
sanguínea, é excretado na urina.
- No trimestre final pode ocorrer HCG negativo em caso de aborto, com a placenta
inativa.
- Doenças trofoblásticas liberam grande concentração de HCG.
- Pesquisa de HCG em homens: suspeita de CA de testículo.
- Urobilinogênio
2,5 mL de urina
0,5 mL reativo de Erlich
Positivo se forma coloração vermelha. Caso de positivo, realizar diluição
sucessivas, começando com 1,0 mL de urina + 9,0 mL de água destilada. Diluição de
1/10, 1/20, 1/40, 1/80, 1/160.
Adiciona 1,0 mL de reativo de Erlich.
Resultado:
Urobilinogênio: 1/? EU (Unidade Erlich)
- Pigmentos Biliares
1,0 mL ácido nítrico
1,0 mL de urina, pelas bordas do tubo, vagarosamente.
Positivo se formar um halo verde.
Reativo de Benzidina:
Uma porçãode Benzina
1,0 mL H2O2
1,0 mL de ácida acético 50%
Homogeneizar
Preparar o reativo somente na hora do uso.
• HCG de 24 horas
Sucessivas diluição a começar de 1 / 2.
Resultado:
Volume de 24 hs x ultima diluição positiva x 2,5 = ? UI/24 horas
• LÍQUIDO CORPORAIS (STRASINGER, 1998)
- ANÁLISES DO LCR
A) Exame físico
Aspecto:
Antes de centrifugar: vermelho / turvo
Depois de centrifugar: deve diferenciar o LCR
3) Formação de coágulo
PT: não forma coágulo
HI: forma coágulo
B) Exames microscópico
a) Contagem Global
- Leucócitos:--- mm³
- Hemácias: 0-5 / mm³; RN.: até 100/mm³
Homogeneizar o material e preencher a câmara de Fuchs Rosenthal.
Contar todos os quadrantes e dividir o número de células contadas por 3.
b) Contagem Diferencial
Concentrar o material e fazer esfregaço com a câmara de Suta.
Corar com Leishman, Wright ou Giemsa.
Contar 100 Células:
- neutrófilos (Meningite bacteriana)
- linfócitos (Menegite viral)
- eosinofilos (Neurocisticercose)
- monócitos (Meningite turbelosa e fúngida)
C) Exame químico
Glicose (60% glicose plasmática)
Proteína: 15 - 40 mg/dL
- ESPERMOGRAMA
A) Fases
1ª fase: Liquefação primária ou virtual
2ª fase: Coagulação (duração até 30 minutos)
3ª fase: Liquefação secundaria. Ausência dessa fase → INFERTILIDADE
B) Contagem Global
Homogeneizar a amostra e diluir em 1/40 (3.9 mL solvente fisiológico + 100uL
de esperma).
Preencher a câmara de Neubauer.
Contar SPTZ em objetiva de 40 X nos quadrantes laterais e central, multiplicar o
número o contado por 80.000.
Se a quantidade de SPTZ for muito elevado, contar apenas o quadrante central
e multiplicar por 400.000.
Resultados expressos em mL. V.R.: 60 milhões/mL
C) Viabilidade
Em um tubo, colocar uma gota de esperma e acrescentar 2 gotas de eosina +
2gotas de nigrosina.
Confeccionar esfregaço e secar rapidamente.
Verificar a quantidade de SPTZ vivos (brancos) e mortos (vermelhos) - Objetiva
de imersão.
Vivos: mais do que 70%
Mortos: menos do que 30%
PROCEDIMENTO DE ROTINA
PARASITOLOGIA
EXAME PARASITOLOGIA DE FEZES
MATERIAL / AMOSTRA
A amostra fecal deve ser colhida diretamente no frasco ou em um urinol, ou
ainda em jornal ou papel limpo, e transferidas diretamente para o frasco coletor. O
frasco coletor deve estar livre de anti-sépticos, agentes germicidas, de gotas de óleo e
de urina, para evitar a destruição de formas vegetativas dos parasitas. Fezes obtidas de
vasos sanitários não podem ser utilizadas.
Cada amostra deverá apresentar no mínimo, as seguintes informações: nome
do paciente, número de identificação, nome do médico, data e horário da colheita, e
deverá vir acompanhada do pedido médico indicando qual o procedimento laboratorial a
ser seguido.
Os recipientes com amostras fecais recebidos de pacientes com AIDS deverão
ser protegidos por um invólucro de plástico e identificados com etiquetas vermelha ou
HIV positivo.
O ideal para a certeza diagnóstica é a realização de exames em três amostras
obtidas em dias alternados.
O uso de laxantes só é indicado caso haja uma série de exames negativos em
pacientes com suspeita clínica. Nestes casos administrar laxantes salinos. Óleos
minerais (nujol etc.) e compostos de bismuto e magnésio não devem ser empregados
por interferirem no resultado dos exames. As fezes obtidas por uso de laxantes devem
ser levadas imediatamente ao laboratório.
O tempo de colheita da amostra fecal influência diretamente na identificação
dos parasitas. Por essa razão amostra fecais diarréicas e pastosas devem ser levadas
ao laboratório após no máximo, 30 minutos após a evacuação. As amostras fecais
sólidas devem ser entregues no laboratório até 2 horas sem refrigerar e no máximo até
14 horas se mantidas sob refrigeração (não congelar!).
Quanto ao uso de medicamentos, o ideal é não ter usado anti-parasitários e
antibióticos nas últimas 3 semanas e antidiarréicos e antiinflamatórios nas 72 horas que
antecedem a coleta.
METODOS
- Técnicas de concentração: métodos de Faust (centrifugação-flutuação em solução
saturada de sulfato de zinco) e método de Lutz ou Hoffman, Pons Er Janes)
sedimentação espontânea em água)
- Exame direto à fresco: realizado se a amostra for diarréica ou se apresentar muco,
pus ou sangue.
- Exame quantitativo para contagem de ovos de helmintos nas fezes: métodos de Kato-
Katz.
- Técnica de isolamento de larvas de nematódeos: métodos de Rgai.
OBS: A amostra pode ser sedimentada por um tempo maior, a fim de aumentar a
concentração de cistos de protozoários e ovos leves de helmintos no sedimento.
COPROTEST
- Princípio: Centrífugo-sedimentação.
- Finalidade: Pesquisa de ovos, cistos e larvas.
• Abra o frasco cuidado cuidadosamente para não derramar o conteúdo;
• Colher a amostra e colocar na cavidade do coletor;
• Agite o frasco vigorosamente por mais ou menos 2 minutos;
• Em um tubo graduado, colher 7 mL da amostra, acrescentando 1 gota de
detergente e 3 ml de acetato de etila comercial;
• Tampe o tubo, agite e centrifugue a 1.500 RPM/ 2 minutos;
• Despreze o sobrenadante com cuidado;
• Acrescente 1 gota de lugol e 1 gota de solução fisiológica ao sedimento;
• Ressuspenda o sedimento, colha 1 gota na lâmina e cubra com lamínula;
• Observar ao microscópio com aumentos de 10X e 40X.
PROCEDIMENTO DE ROTINA
MICROBIOLOGICA
MICROBIOLOGIA
OBJETIVOS
MEIOS DE CULTURA
Para o cultivo de bactérias podem ser utilizados meios líquidos, sólidos ou
semi-sólidos. Meios líquidos permitem o crescimento indiferenciado de todas as
bactérias contidas na amostra promovendo turvação do meio. Meios sólidos
possibilitam crescimento de amostras de bactérias puras. Sua consistência sólida é
devido à adição de ágar e o simi-sólido contém menor quantidade ágar e é utilizado
geralmente para verificar a motibilidade das bactérias.
• Meio sólido – 1.5% de agar
• Meio semi-sólido – 0.4% de agar
Classificação
- Meio Diferencial – Permitem a distinção entre 2 ou mais tipos de bactérias pela
simples observação das características apresentadas pelas colônias que nele se
desenvolvem. Ex: Ágar Sangue; Meio de MacConkey.
- Meio Seletivo – Meios que contêm substancia capazes de inibir o crescimento de
determinados grupos de bactérias sem restringir o crescimento de outras. Ex: Ágar
Sangue; Meio de MacConkey.
- Meio de Enriquecimento – Rico em nutrientes que proporcionam o aumento do
número de bactérias.
Preparo de Meios
Técnicas de Semeadura
Coloração de GRAM
Diferenciação de Bactérias
Para bactérias Gram positivas faz-se a prova da catalase, onde reação positiva
indentifica Staphylococcus e a reação negativa identifica Streptococcus.
1) Identificação de Bacterias
ESQUEMA:
Catalase + - Staphylococcus
Catalase - - Staphylococcus
As colônias podem ser repicadas para caldo HBI por 6 a 8 horas ou retiradas do
crescimento inicial em ágar sangue para realização das provas de identificação.
PROVAS BIOQUÍMICAS
- URÉIA
Determina a capacidade de um m. o. em degradar enzimaticamente moléculas
de uréia do meio, formando carbonato de amônia. A hidrólise é catalisada de forma
especifica pela uréase produzindo 2 moléculas de amônia. O vermelho de fenol que
funciona como indicador, torna o meio rosa-avermelhado quando a reação for positiva.
- MILI
a) LISINA – Baseia-se na produção de lisina descarboxilase e liberação de gás
sulfídrico. A reação positiva é favorecida com o aparecimento de cor púrpura, que
coincide com a cor inicial do meio. Reação negativa é caracterizada por uma coloração
amarelada. A produção de H2S é evidenciada pelo aparecimento de um precipitado
negro.
b) MOTILIDADE – Caracterizada pelo aparecimento de turvação uniforme em
toda extensão do meio. Bactérias imóveis crescem apenas no local da inoculação.
c) INDOL – É evidenciado após degradação do aminoácido triptofano pelas
triptofanases. A positividade é conferida pela adição do Reativo de Kovacs, onde se
forma um anel vermelho na camada superficial do meio.
- CITRATO
Baseia-se na utilização do citrato como única fonte de carbono. Utiliza-se o
bromotimol como indicador de pH, que oferece coloração amarela em meio ácido e azul
em meio alcalino.
- TSI
Determina a habilidade de um m. o. em utilizar carboidratos específicos
existentes no meio básico com ou sem produção de gás ou H2S.
a) FERMENTAÇÃO DA GLICOSE – Observa-se no fundo do tubo a
degradação protéica que é insuficiente para reverter o pH ácido estabelecido, mantendo
o meio amarelo.
b) FERMENTAÇÃO DA LACTOSE E SACAROSE – o tubo permanece amarelo
no ápice do meio devido a alta concentração de ácidos produzidos.
c) PRODUÇÃO DE GÁS – Evidencia-se o aparecimento de bolhas ou
rachaduras no meio.
d) PRODUÇÃO DE H2S- Reação com sulfato ferroso contido no meio,
resultando em um precipitado negro.
- FENILALANINA
Para se fazer a leitura, deve-se adicionar 4 gotas de cloreto férrico que reage
com o ácido fenilpirúvico. Se positivo, promove coloração verde. Se negativo, promove
coloração amarela.
- VM
Para se fazer a leitura, acrescenta-se 5 gotas de vermelho de metila, eu por ser
um indicador ácido, indica o grau de acidez por modificação de cor. Reação positiva
dada por cor vermelha (pH = 4.5) e negativa com cor amarela (pH= 6.0).
- VP
Evidencia a capacidade da bactéria em produzir compostos neutros, a partir da
fermentação da glicose.
UROCULTURA
- Coleta – Faz-se assepsia no local antes da coleta. Coleta-se o segundo jato
usando frasco estéril.
- Conservação – Manter o material na geladeira pra inibir o crescimento
bacteriano.
• Meios de Cultura
a) CLED – Meio não seletivo, diferencial para fermentação da lactose, formando
colônias azuis quando lactose negativa.
Utiliza-se como técnica de semeadura o método da alça calibrada de 0.01uL ou
0.001 uL, para que se possa fazer a contagem das colonias e posteriormente
diagnosticar se há infecção ou não.
- abaixo de 10.000 ufc/mL – contaminação
- entre 10.000 e 100.000 ufc/mL – suspeita
- acima 100.000 ufc/mL – infecção
II – Semeadura
Umedecer o “swab” estéril no inoculo aferido e aplicá-loo em varias direções na
placa com meio Mueller – Hinton, obtendo cresciemnto uniforme.
III – Técnica
Colocar os discos, com o auxilio de uma pinça, pressioná-los levemente contra
a superfície do meio, mantendo uma distancia de 20 mm da boda e de 30 mm entre
eles. Incubar a placa em posição invertida a 37ºC/ 18hs. A leitura deve ser feita com
halômetro ou régua através do fundo da placa.
CULTURA DE SECREÇÃO VAGINAL E URETRAL
A coleta da secreção vaginal e da uretral é feita no laboratório, se utilizado de
cureta (para a vaginal) ou alça de platina (para a uretral).
Uma parte do material é colocado em 1 mL de solução salina estéril, e outra
parte é olocada na forma de esfregaço na região central de uma lamina para
microscópio. Este material, em lâmina, é observado em microscópio óptico ao aumento
de 1000 vezes com óleo de imersão e descrito:
• bactéria (morfologia e Gram);
• leveduras;
• parasitas;
• muco;
• células epiteliais;
• flora aplobionte.
Caldo
glicosado
gram
Calatase (-)
estreptococo
(+)
estafilococo Alfa ou gama
Verificar registro de
hemólise no ág ar- hemolitico
sangue primario
Verificar origem do
material para originar
provas
(R) à optoquina
bile-esculina (-)
Streptococcus sp
FEZES
CALDO SELENITO
BEM SS
GRAM
COCCOS BACILOS
PESQUISA DE FUNGOS
Para estes casos a coleta é feita pelo médico que encainha os materiais sólidos
em saliva e os líquidos em recipiente estéril. Com a chegada da matéria, faz-se uma
lâmina para Gram e segue-se o esquema para secreções vaginal e uretral.
Em todos os exames acima descritos (exceto as pesquisas de fungos e as
bacteroscopias), devemos realizar o antibiograma feito em uma placa grande ágar
Nueller Hinton com 11 discos de antimicrobianos, padronizados a critério do diretor
clínico do hospital. Estes discos devem estar dispostos na placa de forma a
apresentarem uma distância maior que 2 cm entre os seus centros e distarem 1 cm da
borda de vidro da placa de petri. Efetuar a leitura dos balos de inibição de crescimento
utilizando um halômetro e tabela própria do fabricante dos discos, observando as faixas
de I (intermediária), S (sensível) e R (resistente).
TECNICA:
1.1 Prepare um suspensão de hemacias lavadas (5%) do sangue a ser classificado.
1.2 Identifique 3 tubos de ensaio: A, B e AB.
1.3 Coloque nos tubos, 1 gota dos soros reagentes: Anti-A, Anti_B e Anti-AB,
respectivamente;
1.4 Adicione a cada tubo, 1 gota da suspensão de hemácias lavadas (5%) a
classificar;
1.5 Homogenize e centrifugue 15 seg/3400 RPM
1.6 Proceda a leitura ressuspendendo o botão de hemácias delicadamente, sobre
um fundo iluminado (aglutinoscopio);
TECNICA:
2.1 Identifique 2 tubos de ensaio: HÁ e HB;
2.2 Coloque em cada tubo 2 gotas do soro a testar;
2.3 Adicione ao tubo HÁ, 1 gota de hemácias A1 e ao tubo HB, 1 gota de hemácias
B;
2.4 Homogenize e centrifugue 15 seg./3400 RPM;
2.5 Proceda leitura ressuspendendo o botão de hemácias delicadamente;
DIRETA REVERSA
ANTI A ANTI-B ANTI-AB ANTI-A1 H A1 HB HO GRUPO
0 0 0 0 +4 +4 0 O
+4 0 +4 + 0 +4 0 A1
0 +4 +4 0 +4 0 0 B
+4 +4 +4 + 0 0 0 AB
DISCREPÂNCIA
DIRETA REVERSA
NOTAS:
1. Nas determinações ABO de recém nascido não se realiza prova reversa;
2. Podem ocorrer discrepâncias entre as provas e reversa, neste caso deve-se
considerar a ocorrência de anticorpos frios, subgrupos ou erro técnico;
DETERMINAÇÃO DO FATOR Rh (D)
*** Não deve ser considerado Rh positivo, provável sensibilização das hemácias por
auto-anticorpo. Realizar o teste com Anti-D Salino conforme recomendações técnica do
fabricante.
NOTAS:
1. Os resultados Rh negativos devem ser submetidos à pesquisa do antígeno “D” fraco.
Deve-se pesquisar em paralelo a presença dos antígenos: E e C, utilizando-se o soro
Anti- CDE.
PESQUISA DOS ANTIGENOS: “D” FRACO
1ª FASE
1. Prepare suspensões de hemácias lavadas (5%): do concentrado de hemacais a
ser transfundido e do paciente (recepto);
2. Identifique 2 tubos: Prova cruzada e AC (Auto controle);
3. Coloque em cada tubo 2 gotas do soro do paciente (receptor);
4. Adicione 1 gota da suspensão de hemácias do concentrado a ser transfundido
ao tubo de prova cruzada e 1 gota da suspensão de hemácias do paciente ao
tubo AC;
5. Homogenize e centrifugue durante 15 seg\3400 RPM;
6. Proceda a leitura, ressuspendendo o botão de hemácias delicadamente sobre
aglutinoscópio e anote os resultados.
2º FASE
3º FASE
4º FASE
OBS: Não confundir a positividade do teste controle de COOMBS, com a última fase
da prova de comaptibilidade.
TESTE DE COOMBS DIRETO
Procedimento técnico:
1. Prepare uma suspensão de hemácias lavadas (5%), do sangue a ser testado;
2. identifique um tubo de hemólise CD;
3. Coloque no tubo 1 gota da suspensão de hemácias (5%);
4. Adicione a este tubo 2 gotas dos soro reagente anti-globulina humana
poliespecifica;
5. Centrifugue o tubo durante 15 seg\3400 RPM;
6. Proceda leitura, ressuspendendo o botão de hemácias do fundo do tubo
delicadamente, anote os resultados.
INTERPRETAÇÃO