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David Kupfer Lia Hasenclever Organizadores ~ Economia _ Industrial Fundamentos Teéricos e Praticas no Brasil carituLo 1 Modelos tradicionais de concorréncia Luiz Martins de Melo 1.1 Introdugio ACCompatigi Perfets eo Monopélio so os doismoadelos biscos de con: corréncadateoria neoclissica. Els representa especivamente, 08¢5- ‘temos de atomizagi econcentragio da produgio. Concentra da pro due significa ue a empress tem poder de mereado. AcominagSo sia. cs auséncis de poder de mercado « empresa € tomadora de preyor no Esses modelo, a¢ hoje dominanesnalgica neoclésicn de pensar a «seruturasde mercado, omegaram asofer ima comtestacae formal pat tir do artigo “As les dos rendimentos sob condighes de concorrénca" de Pero Safa, de 1926." "Este artigo fornsees 2 inypirasio erica pars Joan Robinson” na Inglotecra, publica The Economics of Imperfect Competition, em 1933, INos Estados Unidos, no mesmo ano, Edward Chambecin**” publica The Theory of Monopolistic Competition. Nos dois veos ores puo= caravam formular modelos de competsio imperieita que sponta para 0 comportamente monopolist como o padsio geal de competgao eo 36.2 T18) Te Gomme Compt, Lene Main Pe "Set 8 af me ome’ Ma _Ashipérses gers qe fundamentam ocompoctamentodo agente neo- cliico tio maximizasio de eros nformasin complet ou perl Isto pressupde uma racionalidadeplena na omada de decsio pelo agen- ‘e,conficedor em lima instinca de todae as oporunidadespresemes no mercado, qualquer que exe sia [Na primeira pare deste capitulo analsaremos os pontos principais do modelo da compeocio perfeita. A seguir discuaremos © mongpélio © ‘compontamento monopolista de dscriminagio de preys. Na txents parce serdapresetada a compergioimperfet, vb oaspecto da diferen- ‘ago de produto, Na kia parte sera eias lgumasobservagbes so- bre 0s modelos gute de concusi. 1.2 0 Modelo de Competigio Perfeita 1.2.1 As hipsteses ‘A comutura de mercado definids como campesiio percta nic prevt ‘qualquer tipo de coordenagio entve a empress nando neste mercado, [As empressstomam decides deforma decontatinada, apenas rota CT, a empresa ser ko «os extaondinies ou ends acondmica, Neste caso have entra de ‘empresas no mercado até 0 ponte em que o lucro volte ser zero (RT=Ch, (Os fatores de produc si lives pars se muverem de ums empress pata outra por toils onoma. Do mesina modo, 0 rabalhadores tio livres paracrocatem de raha. lt sigifea que ashabiliades do aba Thador podem seradquirdas facimente, sem custo de apeendizado, AS smatrigeprimase ext fatores de produssa no siomonopalizado pot nenliama empresa, 2 fora de trabalho no ¢ sindcalizadu. Exists com Detighoperieia em todos os mercats de latores de prosio, ‘Todos ox compeadorese vendedores possem pesiitoconhectnenso is condigdes do mercado Este conhecimento no se referesomente 3, Py A varia do exeedemt do consumidoréa rea sombreada no Grco 1.1. Ets ren pov ersubdviida em dase: arepito T ea repo RA rea etangslarR tnede a pera do consumioe eautaee do aumeno de preg do bem. Ele ‘gore paga asp p),arcada undade dabem qu ele consore Parco ‘simi y,unidades do bem, ele asta mais (p,~p)y, do que ames, Potty sto alo represents a perdartal de bew-estar do consti, (© aumento do prego do bem faz com gue ele consuma menos co que ant riocmente A ea medeo valor perdido do consumo do erm Area + ‘Trepeesent a perda tral de herextar do consimidor: Kriede a perda pelo gastomaiorparaconsumir as unidades dobeme Tmedea perda pela ‘imimngso do consumo, Porianto, #éteaabaixo da curva de demand rede o excedente do consumidor. om Schahecnst ‘irae wo cent do consi vaio so exe de anniek = soma de RT gue oneponde ec nto da ceva de deans ‘nlf 1.1 © Exe: do Commi. ‘© excedente do produtor& dfinido de forma ansloga 20 excedemt= do consumidor. A steaacima da curva de oferta édenominada excedente 20 prodtor. Fae ese intimamente telacionado aos Iucros da empresa Sabemos que acura de CMgéa curva de ofents da empress. No Graco 1.2, mostramosoexcedente do provistor quando a empresa passade une rodusioy, para yy Sendo y, > yy Aqui cambém, estamos interessados a varigio do encedente do prodstor, mais do que na sua quantidade t- ‘al Amdangs do excedente do produor a passe dey, para, €2 mu ddanga nos ncros (RT ~CT) para a mesma vtiago de quastidade prod 2s. eo & devido ao fato de que o eto marginal 0 deteminante para ‘medic impacronorlnerosde uma wariag3o na producto, Nocurtoprazo [1 ‘osenstos fos do vatiam, por defnicte,e no longo prazo rodos scustos ‘Slo varivels. Logo, no precisamos nos pecocupar com o CMe, para me: ‘iro excedente do produ. mes oem Vay no exceed proditor: Cane 3 crs de ofr xine coms pane de [cli stant cade us tony sana o adem da pode (ota ea toques da cura de (Grice 1.20 Exedem Prodan. 1.3 Monopslio 1.3-1 As causas do monopolio. (© monopslio éaestruroraem que hd apenas um prodor no mercado. As cansas da exsticia do monopélio so virias; algumas politias, owas econmicas e outastéenicas. As prnciaiscauss apontadae pela eat econémica neoclsics S80 as segues 1. Propriedade exclusiva de matéins-primas ou de téenicas de pro- ago; Parente sobre produtos ou processos de prods 3. Licenga governamental ow imposigo de bareiascomercas pata cexcluit competidoces, espectalmenteestangeros: 4. 0 caso do monapélio natural uando o mercado nfo suport ‘mais do que uma tis empress, pois teenologis de producto Impée que 2 operasio efciente tena economias de escalasubs- uedro 14 Hpsteses Bésicas do Modo de Monoptio eum rio prose 2. oto sem setts promos a benekas arta: er mirza de eos, 1.3.2.0 equilibrio no monopstio ‘© modelo tedrico do monopétiosupde uma dics empresa dominando 0 mercado. A demand da emptesaéa demanda da industria. Os consumi- ‘lores no im outaaltesnatvasendo comprar do monopolia, O mono polista tem o poder de impor prego sor consumidores, Eee poder de Imercado absolut permite que o monopolist opere vempee coun lucros ‘earoxdinirios, io , val mpor uma margem (markxp)scbre os custos marginals apresentado a seguir: = CMgl 1 fe) onde P= peso de mercado = slstiidade-prvo da desunds, sta emala de xagio de precos pelo monopolist resulta da cond so de maximizagio de ucros do monopolist: Rr RMg = ORTIOy = p (xy) + y py) RMg = p + y py) “Multiplicando o segundo vemo por (pp) ¢colocando pem evidencia RMg = pt + He) pa =e) No equlibriotemos Rag = Cys pU~ Veg) = CM P= CMe ted I (© monopolist, pela condo de maximizagiodescritaanteriormente, ‘bya operat na repito onde ademanda for elsica, pata que tena garant ddop > Mg, A condo de squnda ordem do monopolisa 6a mesma de competsio perfets, RTI < CTI 292.0 Grice 1.3 mostra0 equ: bio do monopolist no caso de demands linear row Gries 150 Eins do Monopoi ‘© monopolista pode expan ow usar acapacidadeexitente da plan- ‘acm qualgvernivel para maximizareabcro. Aentrac blagueadatorna desncessitio que 0 monopolist tabalhe no nivel da esala tems ds plana. Nioexistenenhoms condicio, tanca ou de mercado, que oobr- fueaisso.O tamanho da planta co grau des ulleagaodepender inte famente da demands de merendo ‘© monopolistapoderé operar com gran de ilzagao imo (CMemi- sim), subétimo eacima do Simo. Operarem condigbes ubstimas sm fica er enceso de capacidade. O mercado, mute pequeno para o tans no da plana, nie permite que ele expand a produsio ate o pento de CMe minimo. ‘Seo mercado for grande demais pars sua planta, ele encars a deci 4 conse uma nova planes ou rabaaracima da capacidade na exis. tute. A soa deciso vai depended quo grande €0 mercado, i 6, qual ‘tamanho da diferensaentrea demands 0 posto étimo dasusplantaem ‘operago. Caso opere com 2 planta aaal cle vai ncorrer em esto ma altos, por daas sande: a quansidade produzida € maior que 0 imo © « ‘mesa es operand acima da capacidade. ‘© monopolist operaré no tamanio io (CMe minimo) s o tama: ho do mercado for sucientemente grande para permite que este nivel ‘Se produgio sea aguee de capaidade lena. Mesmo nests condigoes ele sufi lucres extaordinirios Bm eesamo, nfo existem forgas de concorr2ncia que obiguer 0 mo: nopolsa #operarno ponto duno, Nahipdcte de que ele ofa, nada px rane qe ele abra mao do lnero extraordinsrio, sim, 0 pres cobrad pelo tlonopolista seré sempre maior do.que em competisio perfeitae 2 ‘gomtidade vendida, menor. 1.3.3 A ineficigncia do monopélio _Asempresas na inclstra que operam em competiio perfeta maximizam f Tucro-no ponto onde 6 prec € igual o custo marginal (p =RMg = (CM). © monopélio maxiniza © lucre quando a reacta marginal € gual socrstonargival (RMg = CM). O pregosess maisakoe aprodusiosers "menor no monopdlo do qe em competisio perfits, Portanto, consi inidor etara sempre em condigées de bem-esarinferiotes aqucls da comperiio perf E por iso que 0 modelo de compedicio pesfeita € opsiderado 0 padeio de comparacio para afercaefeléncia dos otros ‘modelos comperitvos. Porém, podesiamos argumentar que a empresa estaria melhor no ‘monopélio do que em compecito perfeits. Suponhamos que posssos fezer cor que un monopdlio se comporve compeiivamente. Ist €, © pregode mercado seri definido crogenamente. Vamos definirum equ Utio econbmico de Pareto, com sendo aquele em que nio existe ne ‘ahuma forma de melhorar a situagio de um agente econdmice sem pio- tata de-am outro, Pals definicio aima sabemos que no equlrio de Pareto no havers| enim agente econémico disposto a pagar mas or um bem do que cus ‘para produrio(p = RMg = CM). Porém, no monopdliotemos p (1 = Iie, = RMg = CMg. O que supée que or caneumidores esariam dspos- tos pagarmaisporsma unidade do bem do que usta para produits. E ‘vio que existe potencial para wna melhor de Fareo agi, Este poten ‘lal compreende toda rego ene o prego de monopalio p,, = CMay (I~ Me) ¢@ prego de concorréacia p= CM. Esta difereugaensep, «pd consierada ainelicéncia do monaplio A produsio ¢considerada eiciente quando o consumidor pga por uma ‘unidede extea do produto exatament o custo de produria. O monope- lsc estaraispostoa vender uma unidade aicional a um progo mais 1x0, $e ndo fose preciso diminuiro prego de todasasunidades ue exiver- ‘sem, vena. Paraiso ele vi adotar uma poivica de detiminaso de oe- ‘os que analisaremos na préximasezio dose capitulo, ‘© énusdo monop lio éuma forma de medir a oa inet, NOs analisamos como met o excedente do consumidor e do prodarr. Para mediemos e 6aus do monopdlio vamos eonsiderr a empresa eo coast smidoresdasua produgio como agentes simétricos Paraiso vance som ‘0s leros da empresa o excedente do consumidoc- A vaiagho no exer ‘dente do produtor~mudanga nos ncrosda empresa ~mede quanto em pres extariadisposa a pag pars obteropregamaicaltoemcondigies de rmonopélio. Avara¢iono excedentedoconstidormede quanto 0¢con- sumnidores deveriam recther paca compensar as suas perdas como prego raisalto, A diferenga entre o excedentedo produtoredo consumidor nos ‘iz qual foo benelicio liquid ou 0 eu do monopdlio. (© Grilice 1-4 mostra as variagdee no excedente do produtor do ‘consumidor em consequncia da mudaaga da producio sob monopsin para competigio perfeta, Podemos notar tds ropides no grafico, Are: [Bio Arepresenca3 diminuicio do excedente do monopolist pelo reso ‘mais baixo nas unidades que cl $ vend. A repo C eepeesentao geno ‘domonopolistadevido as unidades extras que ele vende, devi 40 pre so menor. Simericamente, o excedente do consumidor aumenta em A, porque ‘agora cles compram toda a quanvidsde do em am prego metoe. Ate lo B representa oexcedente que os cansumidoresganhemcomasunids: des exteas que so vendidas. ‘Aarea A represent atransferénca debem pte ue obedece a = leg < t= Weg Wlegl> Wegl Tegl > leg Jsvo significe que monopolita tem que esabelecer 0 preco mals alto no mercado de menor elasicidade, © prego mas baixo ser estabelecido ‘no mercado mais versivel a prego (elaticdade mais alka) €0 prego mais sitono mercado menossensivel ao prego. Esta €amaneia dele maximizar ‘lucro de uma forma gral 1.4 Competicio Monopolistica 1.4.1 Antecedentes A nsatisfosdo com o# modelos de concorrénca existent na tora eco- ndmice, compeigiopertia e monopéli,levou elaboracio de um mo- Selo slernaivo que incorporane algunas das cscae que viaham sendo feitas,Podemos citar a sgot a principals creas da Epoca, em especial referidas a0 modelo de competctoperfeita formuladas por Piero Sraffs, tem eu famoso argo de 1926, "Asleisdosrendimentor 2 condigGes de concorréneis”- + Nto explicva vnis fatos do mundo real. + Ahipétese de produto homogénca no se adequava a0 pad de ompecigio dominane nos mereados, onde a propaganda eouras| écncas de vena prevaleciam coma insmimentos fundamentai= ata criar a fideldade do consumo. ‘+ Asemprese expandiam sua produgo com custos decrescents (= tomas de asala crescene), como era previo do modelo de ‘ompexico pereira, em se tomar grandes empresas ¢ ganar po- der de mercado. (Os modelos que sugizam para ane face a ese desalio Grin procs "raram coneliaro poder de mercado dasempresas,coma hiptexed cr contico zero no longo peazo Esta extra de meteado deveiacom- binaratribocos do monopalia « ds comperiso pert, 1.4.2.0 modelo A definigio dessa esratur de mercado aiema que ex: uma ida en ‘comperigio monopelisica existe ste eradseatemprest se depsram com ‘uns core de demancla negativamente incinada, eno borizenal como no «ao da compergiopericna Se arempress entra a nds oda wees ower lncos postivoseada empresa ena em equlfio no longo paz, ‘como em compro perc, Ses mesa se depara co uma curva de ‘demands residual negasament iclinads ls tem poder de merc, © conceito-have da compete monopolisies ea diferenciasio de Produtos. A diterencagSo de prodtos pe sorgir a partir deduasearc> ‘ersticas. A primera porque os consumidorespensim que wm produto é ‘liferente dos demais. A segunda porque os consumidores prefer 0 10] produros que possuct cararerisica ou atibuto diferenciados eesio Aispostos a pogar wn premio para comprar estes prods. No prtmeico iso, propaganda eas ténicas de vendasdesempenhasn um papel im- portant. No segundo, carcterisicas como a locabragio geogrstiea 08 Sipecos téeicoee de qualidade dos produto fem a diferens ‘Como sempee, 6 empresas em competi monopolisica vio maxi- siariactos no pontoem ques RMg sigtala 20 OMe, Acurvade dewan- ‘a residual da empresa , a partir dela, sua curva de RMg dependem da (quantidade produzide por cuda um dos seus compesidores,e no apenas {B guantidace otal prodaida no mercado, Quanto maior foro impacto Alexis Dantas, Jacques Kertsnetahy (Victor Prochnik 2.1 Introdugio Este capitulo vite anlar aevolugto dos eonceitos de empress, india «mercado no dmbito da Economia Industrial. © ebjerivo bisic consste fu aliagso dos deidobramentos te6ricos da ineodugio de eateorias sallicas aosenes, ou nssinftoramene abordadss, pela visi traicion ‘al neoclesca, em particular no que se refer 2 natureza da empresa & ‘eu objetivos econseqeneias para delimiracao dos conceitos de merce Ado indastria. Na Eeonomia Industral, em vias coments, destae-se ‘lacamentea busca plaincosporagto do eescimeoc daacumulacio de “xptal ds empresas como decerminants fundarietais da dinmica da ‘couomia capitalist. A creacenteimportancia da grandes coeporasoes, ‘em geal scumslando varias avvidadesproduriva, contrast laramente ‘Coma empresa delizada pla escola tratlicional acaclanic, gerando 20 ‘as preactpasies nio a5 com a propria idéia de empresa como também ‘com seus expagae de concoszenca, sobretudo na definigdo de mercado © Inet. [Neste sentido, a préxima seqso se ocupa em examinar as diversas bordagens referent 40 papel cbservado pelas empresas na economia ‘optaliat, buscando identfese modelos que penmitam analisilas em fungio deus dindmica de expansso e valorizagdo de capital. Em sega, 1 tercets veg aborda at formas tradcionalmente assumes plas em: esas no ques reer sua organiza interna asociando Sea Cony Poss, M. (1996). “Ox Conesitosde Mercalo Relevance de Poder de Mersado ‘pe Ambito da Defess du Concoretacian Revs do BRAC n152-102. owes, M, Fagus, J. © Ponde, |. (0995) Palea Ane: un enloque ‘schumgetenano™"Temor pats Duco n® 547, Into de Eeonona) UFR) Salgado, LH. (1997). Becwomia Police da Ato Antirate Sto Pao, Ea. Sime Sobre direto antitruste no Brasil Beams SV (1897). “0 Poder Ezontmico «a Concsitazio do Abuzo em tu xertG”, S80 Paulo, Revita doe Taba Fenaz,Je,T'S (1995, "Da Abusiidale do Poder Bato” Revita dD rei Bzonomico 1821-2330 (ote) Sein, LF 1998). “Dogstcsuridcs ei 8.88494, Cadermos de i eto Tribute Finangar iba, an 6, #23, abit. capiTuLo 22 Regulacao econémica Helder Queiroz Pinto J ¢ Romaldo Fiani 22.1 Intwodugio Define-sereglacto come qualquer aco do governo no endo de initar aliberdade de escola dos agentes evondmicos, Desa forma, quand im ‘gente ceulador (oma agénci responsivel por algum seror da economia, come cletrcdade, elecomvanicagbes et.) xa uma tail para umn deer tminado servigo, et estrngindoaliberdade que uma empresa tem de tabelecer o prego pela sua atvdade ‘Da definigo acima, prem ¢ possivel prceer que o campo da egal ‘fo € muito mais exterso do que apenas a tegaacio de pregos (aif). Com efeito ele eesende também 2 replagdo de quanddades (raves de limites minimos de produsio ou da imitasso do nimero de empresas ue podem atar em determinado sr), reguasio de qualidade (facansa da prerenga de determinadacaractersticss no sign ou produtoaser afer 4), regulaclo de segaranya no tabalbo (quando a lepslagoobriga seme Dress verre constr civil equipar seus reelhadorescom deter ‘minados equipamentos de segucangs, esti da mesma forma lmitando ai ‘erdade ques emprese possvem de decir qual equipamento cas devern forces 201 seus abalhtdore)ente ooros Vamos Nos preccupar aah fandamenalment com rogulacso de presoe, em agama medida, com re- slag de qvalidade (Nas shordagens mais convencionais no se espera que hala qual ‘quer necessdade do governe interfer a iberdade de decisio econ6- Inica das empress, uma ver que se supde 2 economia em win sinuago bros entre reeias casos, "Hands uma ours dffealdade com este método de repulacdo cai ‘ia, que diz respi scaracteristicas gras do método, eno aplicacio ‘Ss proposigho @) em particular. O metodo de reglagso portaxadecetor- ‘po, dada a complexidade desu operagic, um mérodo adequado apenas ‘quando ascondigies de cusiove demands ndo varia de forma significa ‘sem perlodos relatvamentecurtos de rempo, ist quando cotore de ‘manda sto relaivamenteesiveis. Quando custose demanda mudam com rapier, devido a mudangastecnolgicas ox nos hébitos ou ma renda dos consumidores, este process se rorna muito mais eto paradar conta des- ‘ss mudangas. Mais grave ands € que o método de epulagio por taxa de recommo, na medida em que sea garantir uma taza delcro minima, no fornec estimloxadequadosao aumento daefiiénia, tio importante em fases de mudancas ecnolégiasaclerads. Por fim, aponta-e ainda como outro problema da reglagio po taxa Aderetorno a chamado eto Averch Jobnson,Estefeitoadviria do ao de ‘que aagincia repuladors, ao esabeecer taxa deetornosdequada pata a peracio da ira reguloda, qu ek serve de ase pats oeileulo das t= fas tende a esabelecer ess taxa de retorno acima do valor de mercado (pois se esabelecesse abaixo a firma regula se recusara a operat, por nao estr obtendo o custo de oportnidade sobre capital investi). ‘Aoestabalecer ataxa de eterno scima do valor de enercado,aagincia roma o capital para a empeesaregulada mais barato do gue ele eleva meme & Por exemple, a tea de rezono for esabelecila em 10% a0 ‘ano paras emprestreguleds, a taxa de tetorno média da economia & de 5% a0 ano, oreguldo recebe poo capital investido o dobeo de custo de levanear ese mesmo capital no mercado. ‘Assim, ele tenderd.asubstuir trabalho por capital (pois ocapical para le ésubsiiado). Supondo-se a substnilidadeperieita ene ess dois, fatores,comoconseqignciempregarsuma quantdade excessiva de capi- tala gal, se obese por ela mesmo resormo dan demas atvidades da oy economia, somente empregaria a sua produgio fase bem maior do que Iso results em alocacio neficiente de recursos. ‘Condo, exe mesmo efit verh-fobmson pode apresentar ves ido posit maior inensidade de capital significa feqientemente no ape- fastnelhor qualidade, como amide recologis mais moderna, Em fan {Glo deses problemas de carster mais gta, deseavelvu-se um mérodo al Temative,conbecrda como precoteto, que Uiscuiremos # seguir. 22.3.2 Prego-teo (priee cap) ‘Uma das inorages em regulate econdmica de mais rida difuio foi 0 ‘ilco do prego-tto (prize cap), aua versio inglsabatizal como Indi ede Preorde Vargo Menos X (DV-X; em inglés PX — Retail Price Index ‘Minus Incalmenteaplicado para a British Telecom, em 1984, abou por se exponir para outas empress serores na Ingterra (Brith Gas, [ntish Anports Authonty, compaahias repionais de foraecenta de gua a dssibuigto de enrgia ica), assim como para outros pases send 0 ‘aso mais nario odo err de telecomuniagbes nos EVA). [Besicamente, o sicema conse em estabelecer um limite specior paca indéstriereguada aumentarseur preg, limit este que pode set fabelecido para cade prego indvidualmente ou para a mia de pregos {dos servgosforncidos pela indi requleda. No caso do IPV-X, oreto {do resjuste “emabelecid convo sendo um (odie geval de poegos menos umvalor Xa ul de aumento de produtivdade. Ese tetodereajust vale tnue os perfodosdereviso tana, quando atarifa que serve como base do eesjuee € reavaiada ‘Assim, se foes excohido um indice de prego I para reajuste entre os petiodos de revistorariiia, xe fosseslmejado umn crescimeato de pro Untividade de 208 a0 ano, reriamos um fatoe X de 28, e nosso indice de sje aml fica (28 Portanco, em um dado ano, seo indice de prgos Foe de S66, a firma cegulada sujet a casa reg de rejuste teria driv eno 3 5%- 5 de aumento em sa tails (Os defenses do IPVX apontan a segnintes vanagens em relasi0 ses métodow até entio empregados de eogalago, epecalmente 0 com base na taxa de retorn: 1, Bum método que atnge exclusvamente os servigos em que a ex prota reglada ava como monopolisa. Assim, supondo uma ea presa multiprodute, ue are também em mercados corpetisivs, ‘O1PV-X incidisia apenas nagueles mercado em ve a empresa ce tivamente tus como monopolist. Nos demais mercados, no hi necessidade deregulagio. Note adferengs em zlagio’ regulasdo por tana dereonio, cm que €necessrio estabelecer toa 8 fade modo que a receitaplobal daempresagere taxa de retorno adeguada, ‘Como toda redusio de custos # spropriada pela empresa, espe ste que oIPV esimule a efiiéneia prodtivae promova 3 ‘ago. Asim, se ox eustos da empresa sbiran apenas 1%, emf {80 de ganhos deeficieacia, enquanto que, como no exemple ance- Flor o indie de precos!aumentou te elatem odireitoa um ea- ine de 39% nat arts, 9 cmpross regulada se apropra integra mente do gato zesuleave da difereaga entre oreajustea que rm reno, em fangao do aumento do indice de pregas I, ¢ 0 erese= meno inferior de seus eusts. |. cum do aparat da ogulao econdmica seria Baixo, uma vee que ‘ste se resnvin ao cflnlo de ladies de progam envlrer i ‘vaneamento de dadoscontébeisa spate da empresa regula uate empre jis problemas dealocisio de custosfxoseavalasiode ‘aloe de atver)cxeeto no momento dereviso tana. 44. Dads simplicagso do proceso regulatéxo, ste se encontra me nos sueito ao rsco de ser manipulado pela empresa reglada, com {formnagesfalsas sobre demandaecurtos, ou ea, ett menos i= jeito 20 que se conhece como "iso de capeur? As wancagens cicadas merecem atamento erm maior dealhe. No que Giz respeite vantage de ndmero (2), «importa salientar 30 vir {des como intrumento de defesa da concorzencia:aimposisio de um pre= ‘o-Tto nos sepmentos em que empresa tsa como monopolita permite Evita que a meson, staves de una polities de robs crzados, subs dic or pregoe nos egmentos ompatieivs com os crs extadtdinsrios ‘btidot no segmento monopolist, deforma a praca prego predatorios ‘onrea ses comperidores. A vantagem de mimero (2) resultado da substi de um esque= sma de meentvos pouce poderoro como é reulacio por taxa minima de evorno, Nesta din, senda etptes ma taxa de retoemo raion 6 | anda o ncentivos a redugfo de eusts sio pouco eficenes. é verdade feo modclo de rgulagio antecormenteadotado tenravacorrigr ese problema staves do conceito de asvos “ates eutlizados”, qe rentava {istinguie do capital comeailzado pelo agente repulado aqueles elemen- tos que realmente contribsiam de forma efeiva para a produsso. Asim, rnvescolha dos ativos eis seria possve peivlepiaraquee ens mas mo tdernos. Obvismene, daa 2 astimerria de informagGes ene a empresa regulada 2 ageacia repuiadora, esta ditingio entre os ativos produtivos tenvole problemas concrtuaissignfictivos, além de substancascusos de tansacio para as partes envolvidas. PPréaio PV-X amen apeesenta problemas o masse dles ven do respeito 40 inverimento. Uma forma de aamentar a taxa de Iucro ‘quando fb um sero de rece ¢reduzirabsse de expital sobre a qual esa {ora €calalada. 0 sisema de pregoteto tm, portant, como resultado indesejael promovero sabinvesimento com elios negasvos no ape- fassobre Gessimento da oferta da empresa regulads, mas também sobre ‘qualidade dos servos prestados ou sobre os estimulos par a inovact. ara minimiza este problema éexiido d+ agénciareguladara um esforgo adicionl pre consol os panos de invetimeato ea qualidade dos servi ‘gos restads pela firma reglada,oqueinvalidaem grande medi au ‘gem (3) desria anceriormente. ‘Outmclemento que também coneiba por eoloce em divide avanta- gem G)¢ acaba por afta guslment a vantagem (4) ¢ fato de que, aa pritca zomence ne que die respeto aa caso ings, o valor de X no pode Ser esteblecido sem lear em comsideraio clementos ris como taxa de ‘etorno da fitma cegulad, valor de sean aivos, custo do capital taxas Detadas cl cresimento ds produtivdade eda demanda eo gue rorna0 process de regulagio ui complexo evulneravel 3s asimetrias de infor [mucio quanto 6 métado convencionl com bate no estabelecimento de tna tea minima de retorno para firma reglada, ‘hinds ai, permanece a vanagem opecactonal (I) salvo asreagies suteroese eles paras, espera-se que um te pata o prego ane favrs+ ‘elmente nor store sujdtos 4 process de rida inovagho een 22.3.3 Regra do componente de preso eficiente A tepra do componente de prego efiiente (efficent componantpricing ‘ile, on ssolesswente RCPE) ¢ reqienemente citada na tearara para problemas de interconexso, 0 quand existe a necesidade de uma em sai Presa ulizara inf esrrara de wma rival. Suponha que, como coatee, ‘ums empress derelefoni local sejaproprietnia de umapresadora dese: ‘igo de acesso3 Inrernet Qual a tia que esta empeesa de telefonia local deve cobra de outras prestadoras de aesso Interne, ge também utli= 2am sua rede? ARCPE procaraestsbelecer wen critério para ea tata, ‘asus dese gloero, Consiecemos ent a Figura 22.1 ie 221 Dilerees ora deaeso. AFigura 22.1 representa uma situagio em que s6 existe uma forma Adeligar Xa W, isto &, passando por c,enquanto que ht das maneiras de igac W aY- ou através dea, on através deb. O leitor pode imaginar ‘que o techo XW é linha telef6nica que possui, sendo ca empresa de telefonia local, enguanco que Y seria aceao Internet gue anto pode ser feito através do provedor a, de propriedade da mesma empress ‘quance através do provedor independenteb. O ponto a ser destacado ‘2qui é que b precisa do acesso ac se quiser fornecer seus servigos. Por §sso, ese tipo de problema em reglacio € conbecido como problema lo prego de acest, YVamos uporagora que ocusto de utilizar sa constante igual aRS 4 Porsua ver, ocusto dea (custo de aessr a Internet do provedor de pro- priedade daempresadetelefonia local sejaRS.3,E que recta rta reebi ‘ds pele empress de telefonia fica e sen provedor por win acesoa Internet seja RS 10 (un prego que a principio, vamossuper equivalents atmasiua- ‘80 de concorséncis). Qual deve sero prego cobrado pelo aces ac? ‘Una prirahiptese seria cobra um prego igual a RS 4, remaneran: doa empresa de teefonia local apenas pelo custo de unlizar sua rede, Na ‘verdade, ese tpo de solngio nie €adequado pargue quando fomece aces so bss ree s empresa de telefona local nia tem apenas ods do catto ‘devtlinagio da ede, mastambem o Anaad hiro que pede, poe dea de foncoer, através da empresa provedora que postu, o acess Internet “Asim, mais adequado, na verdad, ¢ remanera a fers de telefon local pelo cust dec mais os lcrs scrificadas por deter de vender ces rede atravs do provedor que poss, © lucro quando ela prope vende oaceso rede é: RSI0-RS4—RS3 = RS3, ou ses 2rectta de am {ceso, menos 9 custo da ede de telofona eal, ienoso custo do prove- dor da empress de tlefoia fina. Desa mancia, oval que deve ser co- brado do provedor concorrenteé: R64 + RS3 = RS7.Essié uma solugio ficient? Para avaliar se eta € uma slusioeficients, inaglnemos que prove- dor independente ¢ mais efiieme, de ta forma que sew custo de acesso& ‘menor. Vaznos spor RS2. Seu caso tral seria eno: RS2 + RE7 = RSP. Note ue, dado 0 prego final deRS10, 0 provedor independence tem um ero exttardindrio de RSI. Ito the permite cobrar um prese ligera mente inferior ao fia de telefon local com seu provedor, digas, 159,50, e caprarat 0 mercado, A firms do elafonis local fechara o sea provedore passria pena alugar o serigo deaceso rede detelefonia fisa para 0 provedor independente, Apessr dino, els extara to bem ‘quanto ante, pois continuariaobtendo 0 mesmo lucro de KS3. ‘Vamos supor agors que o provedor independents € menos efciete ‘Vamos por que seu custo ¢ de RS4. Ness caso, sea cut coral ERS + RS? = RSLL. Como o prego € RSID, » provedor independent, por sr menos eficent, acaba por ter prejuizo ese retra do mercado nese sent, entto, que essa ¢ uma raga do prego efiiente: uma vex aplcada, ela gavante que apenas as mas mais ecient permanece Ho no mescado, Mas ¢ imporeantenotae que iso apenas éverdade se 0 prego final tive sido extabeleido em bates competivas.Suponhamos {qe prea tenba sido estabelacdo em R§11, um valor acima daguele que ‘era realizado em condigdes de concorréncia. O provedarindependente ‘seria brigado a pagar R84 RS4 ~ RSB. Se apr asa entadso pregoxe {edazise (em viwade da concorrEnca) para R510, o provedor indepen ‘ene pealiza com o pagan de RS8 apenas permaneceri no mer: Carlo se seus esto fonictn gun om inferiones a 2/3 dos casos da empress ‘erticalmente integrads,sspondo gue o provedor da empresa intezrada tena custo de RSS (so 4, se fossem iguas a RS2), Assim, a eficincia dese vepra depende sinificatvamente ds fxarS0 de prego final em aves eoncorreneias. 22.3.4 Regulasto de monopélio multiproduto: A reara de Ramsey ‘Aregra de Ramsey & uma solugio para monopélos muliprodutos, onde ‘os pregor dor prociatos ou servos so estabelecidos deforma aminimizat 1 perdas dos consumidores, esuleanes da necessidade do monopolisa e cobrir seus custs tras, portant, dada a situasso de monopélions- ‘ual, nio poder iguala os pregos aoe custo marginats, Trace de uta solugio om preoslinears (as despesse do coneuridorvariars na mesma roporgio da quantiade consumid). Um monopdlio muliproduto seria ‘ocxso de uma estrada de erro que tansportaie diferentes ips de atest (container eganel ou gion, ow ainda carga e pasageiros. ‘Uns deriva um pouco mae formal da repra de Ramey ou gra de Ramsey Boieux, comotambéméconhecids, ¢apresentalaaseguit, Cons dere uma ima monopelista produnindo produtos nas quanidedes q" = (sf pS fungio cust € dada por Cf’). As demandas para 05 proditoss10reprsentads pr fungdcs de demandainers do tipo: 4) = 12, un. SupOe-se que asfungSes decuso ede demandasio diferenci ‘es asim coma ab elawicdades ramadan das demands so nls. ‘Como de costume, © exeedene liquide do consumidor, Vp pats © f-ésimo prow seta dado por v= fosaads -Ptan “ © letor deve reconnecer que a intel em (4) represent a 6a total sob acarva de demands, enquanto que o segando term representa a des pecatoeal do conrsmider come bem. Assim (4) nadamsis do que oes cesdente liquido do consumide Sederivarmos 4) em hingio dq, oretatado daria variagfo no exce: dene do consumidor em fungso da quanidade 2 snhd-ni-n ah » x~ Spada Cla 6 dos excedentsliguidos dos consomidores para todos os proce com 0 Inco da firme, etemos waLV sn o ‘Temos agora de encootar uma solugio que maximize o benestar da sociedae dada resist de que olucee da manopolisa sia gual ae duceo econdmico mle), que no caso do monopdlio signa prego Santo mei Asim trobalhattos com eserigZo de que" = 0. Esse apo ‘Se problema se resolve da form habitual, formando o lagrangeano, 2 parte do mlipicador de Lagrange b= max =W-+hin=x") “ -Acondigio de pimeiea ondem para um dado prodato nos dis Fo Pa) Haga) Ce) =e ° [Notese que o custo marginal do produto i, Mg, éealelado supon- doe constante a quancdade produzide dos demas prodtos. Rearramando os terms de (8) obtemos: [.fa)-CMg 10+ 4) =a oa Dividindo amborslados de 8.) por pg) (+2) ¢ lembrando que a elasticdade- prego €, por defingto, (aidp) (ig), cbegese a lg Ce oO) a) Onde ¢,é a eaticidade-prego da demand por (© prego caleulago em (10) ¢ @ preco de Ramsey para © produto i ‘Nessa equagio vemos que o prego da produto inversimenteproporeio- pal sa elasticidade: quanto maior ela for, menor serSo prego iui (Go pars ene resalad € que quanto aioe 3elasicidade-prego, maior ‘edt na quantidade consumida dem bem em fongio de uma elev {ao no su prego e, conseatientemente, maior aperda de bemestar do» Consomidotes, Logo, para minimizar esas peda, sujeitasdnecesidade Gnemprese de cobrir or ews custos (cro zero), é necesicio que Os Pre (Jo dos vstios produtossejam extabelecidos na proporgio inversa de Suse elated. 22.3.5 Tarila em duas partes ‘Uma outa rgea par ocilealo do requerimento de resita da empresa para 2 tarlag pode serfs aaves da usliacao de pregosnsolieare.” Ataris em duas partes (two:par taf) €calulada através de uma_ ‘ema fixaparao rendimento tom que €independente da venda do produ- {to ou servgo, em preso por unidade do ervig efervamente usalo, Os ‘esuleados de Ramsey pata © monopétio makiproduro podem ser wtiliza- dos neste easo, Paraiso, basta considerar que, além do produto que est sendo tansportado pela rede, exist um uso servigo: 0 acesso rede ‘Assim, ese tipo de tara ¢paricularmente rina definiso de um r- ime trifiro para os segmentos de sansport ef tansmisio nat n> striae reds. Ela pode ser definida da segunteroanera Ta@=A+?, onsen Taian das pares» component fio ceo) + preg por mid de consumida, mm Peeper unaro 221 “Tera om Duos Paros: Métoes pera Estnapto de Custos Esto 6 onine ven sande sropessvurareedetad nesinditin de ‘oo, om paula pea as nies de Wonamsafo de ers «parm 8 ade detnspone os putea) Vaso exomp core Ie > ‘oa art se waspone ras inate co ooe ‘Guutamdtodoe tne oa inizacosna saseeagto de caste pare a oetomnagi dit po deta ao anspor: raj Ped Vaie (SFY: quarto moro ata carga da sprees come ec anpons tenes (rons care ‘ogadors) menote ars ous unos union para ean de anapot 1s O custo de reeportayyounce herman € Bao po eae tr “imapequens paresis cues fnos ra movenngso asa" mee ‘inqoasenpresascaropacraspooonanda'velunes sso nme ao ae en gua senoninn soca onda exo spate est, ae imino eperar com nario dca fale o qua cele a raceaar a consid de anspore Sento geri uo: oneartasesetruii*ra ds pvt jamb reasso com far on as oe, eran UAT BO fevtagon ame apres de mover. ned neste, tmdescusee vanes, 7% doses on ara ‘epareads pars de wovneningio. Suiza tere come objeto ever sngio dronant do tg ts capaciade de tenapne ne {toca sori oa stad Unio a 873, emconsaqdtneado bab > mente eps romerea, Nesta caso, cb careqadors coma de gai savar ho pnskeaos eae no caso de SV, ectod Fed vanabe FV vigro ns Estas Unis a6 6 roe te 198361980, undo FERC Gp equa federal ores) os fi pow node SPV. Os cues fro retesonacs appt de Fen © remanerap dcapta,jnamertcomescuslze aril Sem Das aces peeled monmertede Eats rvs a ndarieda tz Gos gastos normereadoa preps compas eng aon comet eens sepoane ar go ode Ray pet nab operas er an panes Nocera dos ‘Sinetdectateopan-oopea to ope le no ent Ce aaa ner resi ret cont a Fe ey ipsa yien de ea eoayode seep So lawned ro Niece tne tpn open oe ce Ses ee SERS Se pen sr ata Forney ob err elo semen oe tome ete =m renneémenor do que oct de acess, levando-ot ado adqurire od reito de acess so faxcom que o prego deaceso se trne elistco. Neste ‘ato, solugio de Karey implica 9 aumento em ambos os componentes ‘dos pregos, produzindo como resultado: A> CMge P > Chg. 22.4 A Regulacio na Pritica 22.4.1 Antecedemtes de reyulagio econdmica: Modelos basicos norte-americano e europen [Nointcio do séeulo XX, como surgimento das primeirasempresas dete- lefonia,égua,eletrcidadee pis, o process cletivo de constiruigio de e- des beneficioa-se da adogao de inovagdes teenologics, que permitic empresas trocarem de eseala geogedfca de operagso: nicislmente oF _gaizadascm torno dofornecimento local dos servigos, a novasioetoc- nologicas asociadas tansmislo/tansporte do fluxo de servigos per ‘isiram a conexto de consuinidores mais distates, favorecendo 2 ot- mmiragio da capacidade instalada eo aproveitamenta das ganhos de ex Ja. Como resultado, monopslios teritoriis imtegrasae vertical das di {erences etspas da cada prodativa tornaranise 0 modo basic de ore3- nizagio dessa indasea ‘importnciadainfeaesturura para o desenvolvimento econdmico, peo fate de ser portal de externaldades posiivas, anvcinda i case teristics bisicas do modo de organizapio mencionado anteriormente, Iustticow 2 necessidade da incervengio esaral ness indsrias ‘Apesar dos ragcecomuns desse modo de organizago, a intervengio cecil eos inrtromentos de reglagio ileadosvarioram muito nos pa ses industializados. Podemos, deforma esquematica, destacar duas for ‘masde regula das indstiae de rede at onc dav ance 80. A primei- tr, desenvolvidaessencialnente nos EUA, tem como objetivo basco ade {eta do iteresse paleo Ea écentads no controle dos monopalioe po vada dasinddsras de rede, tendo como carncericabisca oacabooco Juridica nsiscional nore american, spotado nas radi com forte primado da jurspradéncia para abitayens dos cons ene diferentes agence, "Ness cicunscincias ccm fungio da dimensio continental, um gran de poder regulatoro fo acordado as comistoes publica evade «para ‘dovanos 3.” Valeobservar que na tadigo da legsagio americana deve lage da concortncia based nas lis antitrust, omonopélio €aexce- (0,8 concorrégca€ @ norma. "Nos EUA, por exeniplo, a necesidade de superisionar a concentra- «fo (policaancirome)é que forneceo fundamento bisico da intervengio ‘Ssatl para gataniro intrese publico nos serores ond o abuso de pos {hes dominantes demands uma vigilSacia parcala.” sta abordagem do evige pill es fovtemente vinculads& concep¢iodelibealsmo po- Tico, queateavérda insrumentalizago da esfera do dicco pblico busca protege os conrumidares do poder de monopélio da operadora das it ‘seit de rede. Pata entender melhor este argamento €indispensével examina al guns dos atibutos da concepgo de servigo pablico de inéa-esteurua. possvelideatiicar a presenga de dois aibutos nos chamadossevigos pablicos 1. Gesencal para a maior parte ds popalastoe para ot diferentesse tores do atividade econdmica; 2. © mercado ¢ incapas de fornect-o na quantidade demandads © com a mesos qualidade, pois existe asimetria na teagdo entre Uuitos ¢ produtores; ov sj, em presenga de alas de mercado, ‘os produtores podem se beneliiar de poder de monopdto ‘Nos EUA, es encanishamento incon no abet, como em varios aes caroens ruse a Eas pts qu ee Seno gene pmoror=engunto opera, inna stor do de- “Simca dav ndbsin dc ede Do pons devisa economia e0 {Riera comprtaan acorcteriicn derendmentoncrocentesees ‘Elder atficaram asstoayes de monopobo ata ex eae ta yrds das empresa peraors Pore indspnsnel nor ‘grt arnde pare ds cpr deine pbc ies americans Parern Nichniiodeinerese public, nor BUA repusa sob alii ccgamde contin bos nimerese public elon o proceso de “Shite dence ind, Prva ae, sss ‘eho pace ccpan ah dedesagi ars epg de ifrens {Rluura eee costurinose sel nus ves iret SERS. detec anki ancocns dance omesomel ‘omissespablicasexaduais, que fancionam com elevado grau de aucon0- ‘mia com elago adnisracto federal. Os instrament de ego, cm particle osmecanismostarifcios,garantiam, por um lado, operas das dstrias de rede arveladas em trno da extras monopolist; por os ‘to, eles imitavam a extensto geogrtic das sae atividades. "Na Barope, a prc da déca de 1940, 0 Eade aura as responsabi- lidades, na maioria dos paises europens, de planepamento, operagto, cor denago« yestio da infa-exeutataeconémica, Do pono de vst ari I) 0 despacho das centras, sando 0 menor eusto pars o sistema; 2) gatants da soalidads do supe. ‘mento elérco.na rede de ranemirso; 3) garantia de aceso eat, ‘rede de tansinistio para tos os agentes do mezcade elitico.* Neste ‘ontexto, a ANEEL esabelece ak concigbesgerais do acess0 ao sistema de ansmisco e de diseibuico ¢ regula a taf espondents. Regulacio de Telecomunicasses ‘A tegulagto da iniseria de telecomnicagdes no Brasil ests a cargo da ANATEL, Agincia Nacional de Telecommicogtes. Sua ctiagio sede saves da Lei Geral de Telecomunicagos (Lei 9.472 de 16/07/1997) n0 Sco artigo tendo sido postesiornente repulamentada pelo Decreto 2238/97 “Tratse de uma antarquia especial gad ao Minbtério das Telecomu- cagbes, tendo como caracteristica a ua auconomia ¢ independénca 05 ‘inco coaselheosdvetores da ANATEL sio indialos pelo presidente da Repiblica © aprovados pelo Senado, com mandatoe fixe! de cinco anos, sendo impedia a sua recondago A perdu do mandato +6 poder ocorrer noseasosdereninea,eondenagao judicial (a tras julgado) ou ainda através de procestoadminstativo disciplinay “Aautonomia oramentiria¢estabelecidaaravés de rece prpriasa parc do Fundo de Fiscalzacae dos Servgos de Telecomnicayies (Fis tet qual écompostoa parti das raves cobradas nas Outorga as lta 0c de emas de fiscalizagio, mas, entre outros ‘A Anatel regula osteregosde tclecominicagbes,queincluens a telefo- nia fixa comrade cella. Na telefona fia comrade stuam as empre sas concesioniias¢ suas coneorrents (empresstespello),dsteibudss ‘em ués res no pateparaelefonia regional e uma sre (orrespondendo 8 otalidade do terrtério nacional) para lignes macionase incernacone 1s. Jia elfonia celular fo divdidaem des dress, onde atuam empresas nd bands A (empress estaais que foram privatiadss) «banda B empress ‘ue foram admitidas no setor para concorter coms empress eta p> vatzadas). No momento, eta em processo de conse pubic a regres sdaem para aconceao ds bandas C, De E assim como proceso de transigao {las empresas de tlefonia celular pata esas novas bandas "As tarifas de elfonia também ef sujet a0 egime de pego-tto, ‘ae consite ma pheagio do IGP-DI, menos um redutor, paraa cesta de prososda firm. Campreressalar qua Anata podeaotat liberdadea- ‘lista cso consatehaver compedio fei enze as empresas do set: ‘Mesmo depois de sspens, contd, o controle tetiio pode volta aser adotado, ca a Anatelideniiane préticas anticompetitvas no ser. (regime de prego-ew no caso brasileiro se caraceriza por um ator ‘de transferenia aplicado da seguinee forma: (L0096-L) * variagdo do IGP-DI no pertodo de sie, No caso da elefonia fxs local, ofator de transferéciaprevisio €0% até 2000, a partir dat pasando 149 at6 2005, Nos servis mterorbanos € de 2% t6 2000, pasando a 49 entre 2001 ¢ 12005, 2 3 em 2004 « 2005. Nos servos ncenacionas o faror€ de 43594 3 pari de 200. ‘Alm das metastaifras, a Anatel também adota metas quancativase quaitaivas. Como exemplo das metas qualitaivas, mos que as entat- ‘ase complearchamadas locas nacionais, nos periods de maior mo- ‘imento, ever ser bemsucedidas em 50% des casos aé 2001, em 65% ‘doscasos entre 2001 «2002, een 70% dos casos e parr de 2003, Como ‘exemplo de meta quantativa, temos a meta deasseguara disponible ‘de de aceso a rlefonespublcos em loclidades onde hj inas parcicu- laze, de qualquer pono deateo da ocalidade, na dstncia maxima de ‘SOD metrosaté 2001, a pari daia distncia mixima dos orelboes devers ser de 500 metros, 3 partir de 2003, 300 mets. Regulacao do Petrileo ¢ Gas ALi 9.478, de 0608/1997, que instr Conslho Nacional de Poi Enorpiica CNPE, como ézgio vinulado 2 Presdéncia da Republica e Agincia Nacional do Petlee-ANP, como auarguia especial vinculads f20 Ministre de Minas ¢ Energia regulamenta a atuagio de todas 25 em presse operadoras, inclusive ada estat! etzobras, no mercado basilio Se petrleo ede gis natura, atendendo a0 daposovo da reonna cons tuctonal, de 1995, que retiou da estatal a competénca de encoutora do monopstic [SNP amber suemomiafinanceiea edecisi, Sendo dsgids por um direor eral e mais quatro dirtores, com mandatos de quatro nos, send aurorizada uma recondocto. Assim como as demai agen, so) 1 ANP scumula atresponsabilidades de poder concedentee de regulasto Por se teaar da regulaséo de uma india de recarsos maura no te- bovves os objerivos de incrodugio de pests compeiivase ata capi ts privados foram comptihiiados com a manuengo da iaridade da Unio dos diritsdepropriedade dasseserasde perélen edegss nail, [Ness sentido, 2 Ie anfieou os dtetos de propricdade da Petrobras das éreas de produto, bem como das refinaris c dos seus eauipamentos se wransporce dutotsrioimartimo docu complexe poruarinvarran= ‘Gabe observar que astrbuigées da ANP compreendem um conjunro \desegmentos de anviade economies, comporand exruturss de mete sd ecarateristica técnco-econdmicas bastante digs. A industria de peaéleo cderivados ¢uadicionalmente analisds a partir de ces etapas produtvas: wpsream (Bases de exploragio © produgio),middlestream (eransporteerefina)¢ downstream distibuiio erevenda}. A poriblida ddedeimporacto de peéleobrirac deriadosc as caractriieadescen- ‘wabadas de dstbuici e revenda fem com que aindustria de petro «derivados nfo seja caraterizada come una indsstria de rede. Boeetane ‘to, aindisia de ps é uma lusragzo pica das indsinriasderede,espeial- ‘mente pelascarartericas de monopdlio natural dos segmentos de ans pone e de distribugio. sas araceriticas evelam que a ANP em um papel reglador que € bastante peculiar eque, por ora nao eocontea parleloem outroe pase ‘Apart da Lei 9478/1997, as principasarbuigdes de reglacio sob sesponsabilade da ANP si: 1. Tmplemencar a politica nacional de perso © gs natural 2, Fisalzar dtetamente ou mediante convénias as avvidadesine- rants da indstria do pewoleo. 3. Fromogio delice de blocos penolferos, fim de consoidae fo proceso de enrada de novas empresas, 4. seurua e controle dos royale demais partcipacses governs: 5. Extabelecer os critériosparaa morimentagioe comercsizagio do petrleo, dervadose gis natural Estabelecer a regulagio do acess 205 dtos, 7. Paver eumpeirasboaspritica cle conservasho eso racional do pe- ‘éleo © seus detivados ¢ do gas namal ede preservario do meio ambieate [ow '8. Manterhase de dads dias das informas6esgeolgicas dasba- in sedimentares heat. 9, Garaaticosuprimento de deivadosem todo oterritéio nacional. 10, Proveyerinteresse dos eonsumidores quanto a prog, qualidade e oferta dos produtos. Como nos esos das agdniss de telecomunieagbes cletricidade, uma tacefa ndamental nos primeiros anos de ida das agéncias de regulagio€ ‘edi de sormase portariasrgulamentando aspectos geri exabeeci- ‘donna eis das apni. ‘Dor fin, imporea salientse que a ANF, x0 conririo da Aneel e Ansel, nfo exeree a reglagto de pesos. Os prego fina ds drivados de pee Jeo estio em proceso de iberalizaszo." [Na india do ef natoral as taifas de transporte sio negociados centre a empresa proprietiria dasatvos de ansporte eas demaisempre- ‘Saoque queiram revalerdoacesso aos gasodutos Sendo howverentendi mento quanto aos ternoe contatsais, a ANP & soliciada para atuat Como mediadora do confi, sendo saa atibuiglo apresentar uma sol (ho a ser adotada plas pactes."" Alem dss, a regulagéo das ata de Uissibuigto,egmento que apresent caracterstieas demonep lio natu fal também nao € competincis da ANP. Ito éexplicado pelo fato de fu, de acordo com a Constituiio,o poder concedentee de regula {Te cintibuigdode pis¢doscstadasda Federagio. Assim, as caress dere- {ulagio so atrtbuigdo das eam recéeriadasagtncias epuladoras reas Bibliografia Arson, Mas Cowan ior ¢ Vickers, Jon (1998), Repdatony Refs "Econ Analyse and Brak Exprioue. Czmbidge, Moss, Tae MIT Pre ‘Baus, Wiliam = Sd, J. Gregory (1995), Transmiso Prg and Sm ‘led Costs he Electric Power Inasry. 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