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veais de A Opera dos Trés Vi 1s odgigm a estreiteza (suas ea. nesosos; seus empregadores ex der dispensar certas coisas ciais, mas eram bastante contra a supect ial. “O. idade, mas cont do criador univecsalmente apliciv Eles ado acreditavam nisso. Sabiam que pre ferentes, e muitos, para atingir sev obj cisando de uma estética, eis aqui uma. Postanto, o critério para 9 popul escolhido, ndo sémenté com grande cuidado, mas t mente aberta, Nao deve ser deduzido das obras tentes e das bras populares existentes, enmo é Nao se pode decidir sc uma obra & realista vestigands se parece com obras existentes que tem las realinentg 0 foram no seu tempo. im reirato da vide deve sex compat ida zetratada, cha cols pata 18 que poplar, existe 9 9) ‘una Hiteratuta eealciente, por agarzeda pela realidede ‘a realidade, devemios nos, m wento da vanguarda da real ias esto em movimento, A igos 0 prove, parelnados #0 dese 9 grandes massas op: Gade a brutalidide de dys tops BS © Teatro Experimentalt f Pua. padas pelas dus: outros térmos aumentar seu poder valor didatico Em um mundo de rit como o nosso, as atragte fe ripidanente, A, senafbiidade inceson lo publico, devem-se propor incessant Para distrai seu publco desatento, 0 teat espectador fatigedo, esgotado por um trab diano, e enervado por (6da sorte de teasées 80% de seu pequeno mundo, € um fugi casas. Us fugitivo, mas também um ci curar relgio aqui, como dagui querer ir mais lo cortencia que se manifesta no préprio interior do 6 teatro 20 cinema, exigem também. in Wes esforgos: esforgos no sentido de, incessa Se considerarmos o conjunto das experién dedicaram Antoine, Brahm, Stanislavsky, Craig, Jessner, Meyechoid, Vachtangov e Piseator, constat las jos de expre: teatro, cuja capa aumentada. Avante d mento deialhes, Vachtangov e formas dancadas de expresso, criando para o uma coreografia. Meyerhold imps um coz cal ¢ Reinhardt wtlizou “lugares rea im. pracas pol am O Sonto de Uma Noite de Verda no ques, ¢ tentou-se representar, na Uni do Palécio de Inverno utilizando o navio de ‘As barreiras entre 0 palco € a platéia fo: Gichlopkhov, em Moscou, acomadou espec ‘Reinhardt recorre: ao “caminho de fe desceu a arena do circo para repr fo, Stanislavsky, Reinhardt ¢ Jes 14 | en seine de massa e Jessner chegow mesmo, com suas cons trugdes em escada, a dotar o palco de uma terceira dimensi Foram inventados o paleo gi jorama, descobri sea luz. Gragas ao projetor, pode- paleo. Um completo registro de ref ‘atmosferas a Rembrandt” do teatro, “efeitos Reinhardt” a determinados eleitos de faseim como, em cirurgia, chama-st “operacgo de T bourg’ a uma certa opetacio do coragao, Existem processos novos de projecdo que repousam no processo Schofftan, ¢ existe ume nova forma de utilizago cénica do som. Para a ftte do ator, destruitam-se as barreires entre cabaré © tea tro, revista teatro. Focam feltes experiéncias com misca- ras, coturnos © pantomimas. © velho repertério tornou-se objeto de experiénciss arrojades, ¢ Shakespeare foi incesson- femente modelado e remodelado. Tantas significacées foram conferidas aos classicos que quase nfo Thes sobra nenhuma. Vieese Hamlet de smoking e César de farda, 0 que fol pelo menos proveitoso para 0 smoking e a farda, que viram sua fespeitabilidade aumentada, Como se pode ver, as experién- dias sfc de valor desigual e nem sempre as de maior ‘ém mesmo as menos vestuario. No conjunto, ¢ inegivel que as experiéncias visando a mentar a cepacidade de divertir do teatro trouxeram seus tos. Em particular, levaram a um desenvolvimento da maqui natia. E, € necessétio repetis, elas né0 acabaram. E mai ainda, elas nem mesmo tornacam-se de uso corrente, contra- riamente aos resultados de experiéncias obtidos por outras Ciplinas. Uma nova operacio_cintisgica.realizada_ em New ‘York pode ser efetuada, logo a seguir, em Téquio, Nao acon- tece.o-mesmo com a moderna téciica cénica, Um pudor muito evidente tem impedido até agora os artistas de retomarem € desenvolverem sem embarago_os resultados de experiéncias obtides por outros artistas. Em arte, a imitagdo passa por ‘vergonhosa. Assim se explica em parte o fato de que os pro- gFese0s tecnicos sejam notivelmente menos importantes do 425 ii 4 | ndo se elevou ~ Jonge 1a. Contenta-se éle ainda jas vézes desajeitadamen- que poderiam ser, O teatro em g disso. — ao nivel da técnica mod: tal ou tal ator de New Yerk comega a se jn métodos da escola de Stanislavsky. . feito, presentemeate, da segunda fungdo que a es igruir? Agul também temos expe- dos de experiéncias, "A. dramaturgia dos Ibsen, Tolst6i, Strindberg, Gérki, ‘ebebkov, Hauptmann, Shaw, Kaiser e O'Neill € uma dra- maturgia experimental. Suas pegas constituem grandes ten- tativas de colocagdo, no palzo, dos problemas da época.* Femos a dramaturgia de descricdo ¢ de eritica social, que vai de Ibsen a Nordhal Grieg, ¢ a dramaturgia simbolista, gue vai de Strindberg a Par Lagerqvist, Temos uma drama- urgia do tipo, digamos, da minha Opera dos Trés Vinténs: parabola visando demolir uma ideologta: temos também for. Sele; ndo_eram ‘Ao mes mples sfa verdadeiras le \Beneias no campo da ds desaparecimento quase total Jocando-se a servico das io. # um fato: reina nos sos paleos ui: ‘aio de estilos verdadeiraraente babi- roe Consegiténcia de numerosas experiéncias. No mesmo IRiicor ta mesma pega, os comediantes representam segundo ‘as absolutamente diferentes. Em cendrios de pura ima- realista, A dicgéo esta © sentido de todos 08 Fenémenos —~ fgativos ~~ de um grande processo: au divertir do teatro 20 lado do deseavolvi sionista; elevacao do valor didatico 30 lado da decade sto artstivo, Foi Piscator quem empri no sentido de conferir ao teatro 1s a mais radical tent x didatico. Partici pel de todas as jéncin delas que néo te ha tido por obj senve ungao ddatics da cena, Tratava-ce expressamente de dominar pela repress ce anlea of grandes problemas contemporsneds: lutas Jeo,.guerza, revolucéo, questio racial, ete. xe a necessidade de transformar completament poseivel enumerar agui tOdas as invengtes recorren Piscator, to mesmo tempo em 9 otzlidade das conguistes da téenicey modern co os grandes problemas contemporaneos. Ja s¢ re algumas delas: o emprégo do ndo, rigide, sé agora, essas im s ndo foram encampadas pelo teatro internacional; essa ficagio do palco anda quase esquecida, essa engen maquinaria cobre-se de ferrugem ea erva cresce por # preciso nomear as ra26es politicas que causaram terrupgao désse teatro eminentemento--politico...A cleva fico do teatro, , com a subida da reaco. Contudo, vam contentar-nos, hoje, em acompanhar no dominio da est (0 desenvolvirrento da crise do teatro. ‘As experiéncias de, Piscator erlaram, a princip feito caos no teatro. Da mesma forma que transformavam paleo numa sala de maquinas, faziam desta um local dk niéo. Para Piscator o teatro era um parlamento, ¢ o pibl tum corpo Diante désse parlamento os grandes negécios pa considerados bons nariamente at sinha consigo do dicetor de ce opera de de um cantor de melodii do teatro da praga de iso reforcar 0 p Icaram-se tantas mi ronou. O pi dinado 20 ponto de vista 128 juando st pon epesentar am fllne sodado no px ag epost am valor document iclatavell Vides vo dereshos animades. quando o artista Georg Grosz, por ex plo, tinha uma intervenco a fazer diante de seu parlamento. pablicol Piscator esiava mesmo pronto a renuncias, de certs Forma, aos atéres. Quando o imperador da Alemanha, pelo intermédio de cinco homens da lei, processou Piscator por querer tepresenti-lo no palco por um ator, Pisce! touese em pergu nfo aceitaria o imperador. ofereceucthe, de certo modo, um contrato! Enfim, ivo era tio important i pareciam bons. © laborat6rio para a represen pondia, para a feitura de uma peca, a um laboratétio do mes- mo tipo. Todo um estado-maior de dramaturgos trabal ida e sob 0 controle de As experitncias de Piscator fireram saltac quase t6das as convengées. Intervieram de forma mari de criacio dos autores dramaticos, no trabalho do cendgrafo. Visavay teatro de uma fungdo so Fundada nos grandes derot e Lessing, a estética burguesa defin lugar de diverséo'e ensiituimento, A epoca” cas marcou para o teatro ra recreagio, mesmo concebida a partir de , parecia aes Diderot completa vez mais agudo. Al ea ‘Seo naturalismo, go # 0 elemento psd 5 claramente pre) destruido, existia.apenas. como visi 1a angustiadas. O expression{smo, di" 63 fiidlos de expresso do is ainda inexploradas, m: ‘gue grand fo ¢ fornec le lidaticas estavam, por assim dix indo ressoltavam org&nicamente do conjun- flo com_o Conjunto; quebravam 0 curso da. atiagii © dos fatos, € (oF eram dud Tres Vinténs, os ferente daquele fc rater da pega € dupl eado: ligado a a gualé posta de x deramos apenas aquela fragao do pi estava de acérdo, constatamos que © con dade de divertis ¢ © valor didatico agravou-se. B que se tava de um modo de completame: novo, de agora em diagte incom je encontea BC Ngee um enfraguecimer ediato do valor recrea- tivo ("Nao € mais um teatro, ¢ uma universidade popular” Ene trove, os eletios alciwes: peossoalee oo eR emocional comprometeram cada vez mais o contetdo dic O da representagéo. Fe is vézes necessario, a bem cia, dar-se a preferncla aos atOres de menor eapacidade | itros térmos: quanto mais o publico se deixava tomar jogo, menos estava em condig&es de aprender, Quero cuanto mals levavans pe identi era a crise: es expeci em quase todos satro dominios tema [de _uma_importancis ae em uma si we doaspecto “tomada de Conaciéncia” em’ face dag, realidides sociais (politices) devia obrigatdriamente acarretar_o_desanerssimentodo fato_artis-"| tico, Por Gitzo lado, o fato artistico no poderia sendo enfra- quecer-se cada vez mais, sem um névo desenvolvimento do . de constiéneia”, Tinha-se colocado um apa- tecnico ¢ um estilo de desempenho mais aptos a is6es do que a comunicar experiéncias, a suscitar ez do que a aumentar a lucidez, a dopar do que a apresentar uma cena const iva? De que servis io iluminavam senéo fal- ta, se abo era soci mais bela instalagoes tas e pueste representa de téda uma arte de desempenho sugestiva, que s6 servia para nos fazer tomar um X por umm Ui ‘ara que tia esta coia de #lusées, se apenas se poderia tirar de seu interior produ- tos de substituicSo, ¢ néo verdadeiras experiéncias? Essa per- 7 xposicio de problemas, que permaneciam sempre” se¢m_ Solucéo? Essa irritacaa. nao apenas dos nervos, potém da com- preensio? Nao se podia Tice ar A, evolusao levava a uma fusio das duas fungées do tea~ tro: diversdo © ensinamenta, 431 j, era necessAtio que no do por éle em condigtes de mheios artisticos, uma imagem do mundo, oes entre os homens. perm Seu meio social e de o subm edo ponto de vista dos se G homem de hoje em dia pouco sabe das leis qu dle reage sentimentalmente na maior “imentes, originam-se jos. © homem de hoje em dis ie uma rapida transformagio, © que se tran ‘por seu turno, néo possui désse mundo que Ihe permita agit com oportunidades erréneas, sna imagem justa de sucesso. Suas concepg6es da vida social yagas e contraditérias, sua imagem do mundo, pratiedvel, na medida em que, tendo diante cle gem do mundo dos homens, 0 homem fica incapi nivlo. Ble ignore do que depende, nfo sabe 4 € necesséria, na méguina ‘para obter o efeito desejado. Sem 0 conhecimento da natureza dos homens, da natureza da Sociedade humana em seu conjunto, 0 conhecimento da natu is rofundado € da natureza representa cada vez mais tei manidade, de maneita que quase cada desco! por um grito de tes da guerra, vivi diate de meu apa: ma cena verdadeiramente histérica: estava-se entrevis do os colaboraderes do cientista Niels B stbre uma descoberta extraordinéria no dos gracdo do atomo. Os fisicos informaram que um de energia, gigantesca, havia sido descoberti porter perguntou se ja se podia antes pratica desta descoberta, foi 132 is vive alivio, declarou entdo o reper seja louvadol Creio que @ humanidade, he vhente amadurecida para utilizar uma t ‘Evidentemente le no pensara, naqu ja de guerra. O lisico Albert ‘vai tio Tonge, porém bastante longe, entre! ‘eccreve essas frases que, cerradas numa eépsula ¢ Exposicgo Internacional de New York, jagéo do mai podemos ¢s: iro por pieio palhar inf 9 das mier~ Re ondas elétricas. Mas a producto e distribu SKdorias nfo 880 de modo algum orgnizadas, de sorte que cade um deve viver no médo de se ver © 0 SSGnomico, Além disso, 08 homens, vivendo em patses dife- Seotes, matomi-ee uns a08 outros, em intervalos variavels, de Jorma’ que quem quer que reflita sobre 0 futuro deve viver com médo. Isso provém do fato de que a int 0 fa Sater das massa: estio em um nivel incomparavelmente mais batko que os de alguns homens que produzem coisas pref le sas pasa a comunidade.”* Einstein expliea, pois, 0 fate de que o dominio da tureza, na qual nés tanto progredimos, traga tao pouca vos homens, por nao terem éstes, em geval, aprendld {Simo aplicar de mancica wil as descobertas « as invengbes Sabem éles pouguissima coisa sobre sua fo pouco s0re si mesmo hes & de tio io temos aqui necessidade de_ entrar, numa ponto de vista tecnocrético do, grande s6bio. que produzsm 0 aut & Dlltos inovadores slo m is Sdo aqueles a quem as gran- des quesras aparecemm como espécies de tremores de terra, Jogo, f6rsas da natureza; porém, a0 passo que conseguem sefor-se quanto aos tremores de terra, nfo o conseguem quan- si préprios. Ve-se quanto se genharia se 0 teatro, ¢ a arte geral, Féssem capazes de dar uma imagem mancjavel do mundo. Uma arte esse isso poderia intervir profun- to da sociedade: néo se es em proporcionar impulsos mais ou menos confusos, ia ao homem, ao homem que pensa e sente, o mundo, mbém seus efeitos através de imagens do mundo in- suficientes, equivocadas cu caducas. Gragas & sugestio artis- tice que ele (pode criar, sonfere as afiemacbes mais assom- ‘bsosgs sObre as relagées entre 03 verdade. Quanto mais ineont tomna tais repre. bes, exerce um poder maior. A logica tome o lugar do mo, 08 argumentos, 0 do falatério, © verdade que a exige uma certa yerossimilhanga en todos os fatos, IThanga de tipo puramente artistico, de uma pretensa da arte”, Concede-se 20 autor seu proprio universo, possuin- do suas proprias leis. No caso de ‘al ou tal elemento estar em desacérdo com a verdade, basta que todos os outros ele- mentos fasam o mesmo, e que 0 principio do desacérdo de,certa maneira pera, para que © todo seja salvo enguento todo. A arte pode entio construir seu mundo préprio sem a necessidade de fazé-lo ir com 0 mundo real: © éste privilégio, deve-o a um fendmeno singular: a icacio do espectador com 0 artista , por isso mesmo, com os per- 134 spectador. ‘Edipo ou Prometeu) com uma tamanha forca de sugestio © uma tal capacidade de metamorfose, que idade, como diante da prépria realidade. dlerdhes, agora, € que t0¢a ume nejével do mundo, conduziram a sus dora de saber se, por isso, no seri de alguma forma a ide a questBo perturba ide que se teve, com tanto sucesso desde alguns sé- relagio & natureza, essa atitude. critica. que, procura transformar a natureza, com o objetivo de a dominar, entzo no se pode recorrer & ident com _ séres..transformayeis, partici bandonar-se 3 agbes evitives, Durante todo tempo em gue o Ret Lear leva consigo a estréla de seu destino, enquan- é Ele tomado por imutavel e suas agées nos aparecem como erminadag pela natureza, 2 qual nfo € possivel de modo jm se opor; enquanto so eseas agdes apresentadas, muito exatamente, como fatais, podemos nos identificar. Toda dis- cussao do comportamento dé Lear ¢ tio pouco possivel quanto 9 era, para um homem do século X, ume discusséo s6bre 8 desintegracdo do atomo. 135 sas dos personagens que citar reagbes 2 dor estavam d ico. A cena quase ndo observagoes € trans va de modo suges sem paixio lquer, um proceso ‘puremente da razdo, Néo se tralava simpleemente tra a colera do Rei Lear. O que ontaminagdo dessa célera, Um ‘Lear € compartilhada por Kent, resulta de imunizer 0 espectedar ‘era necessério impedir era ior ura do Re de acérdo com ordens rec Lear, Deve, 0 espectador do nosso tempo, pasticipar da cb- * “Ge Kent, e, participando em espirito da pu- lera “ee nigdo infligida ao criado que cumpre @ sua aprovs- Inf A questo era a seguinte: como levar 2 cena de maneita de Kent levssse © gue, pelo contrario, a célera “Jearian Espedtador 20 estado de célera? Apenas uma Geese o. espectado: fora da identifieago ~~ pois éle 36 pode Seatile ou mesmo penser em centile ve fOr libertado do en- Canto sugestivo da cena — seria uma cOlera social « justi: Tossa tpoca. Tolst6i disse sobre éste assunto coi- ico de uma épo- é a variéve car-se, 96 se pode fazé-l 0 Ss. leva consigo proprio a esiréla de constante. co com 0 homem gue, a0 contr: seu destino. ndo a identificagio, 0 teatro to. Iyer a maior de tédas as expe- (0 ao teatro para serem se s, exalladas, espantadas, emoc! das, arrance~ ses. Tudo isso & pelo fato etc. N&o seré mais cativadas, libertadas, di das de seu tempo, provides di definico da arte jo se colocava, pois, assim: 0 g6z0 artistico é sem identificacdo, ou pelo nienos, pode éle nas- cer sobre outta base que nao a identificacko? (© que que poderia fornecer uma tal base? 0 médo e a piedade, essa scimento da catarsis aris- ‘se Ihe fesse proibida a atitude passiva, embebide de sono. do homem fancado ao seu destino? Ble mio deveris mais en- eantar-se com seu mundo através do mundo da arte, nfo de- is ser seqiestrado; devia-se, pelo contri bem acordado, em sew mundo substituir 0 médo do, des cimento, a piedade pela vontade? Seria pot forma um nove.contato entre o paleo e a pl fornecer uma nova base a0 p descrever aqui a siova técnica literéria, de construgéo cénica @ de atuacdo que constitutram o objetivo de nossas tentati- ‘as. © principio consiste em provocer, em lugar da iden ficagio, distanclement ‘O que & distanciamento? “Distancar” um fato ou cacéter. ¢, antes de tudo, sim- plesmente tliar désse fato ou désse caréter tudo o que éle tem Ge natural, “conhecido, evidente, e fazer nascer em seu lugar espanto e curlosidade. Tomemos 0 exemplo da célera de Lear devido & ingratido de suas filhas. Usando a técnica da iden- tificagao, 0 ator pode representar esta cblera de tal forma que © espectador a considere como a coisa mais natural do; que tio possa ebsolutamente imaginar a possi Lear néo se encolerizar e, compartilhando de todos os seus sentimentos, que seja éle proprio vitima dessa célera. Usando 2 técnica do distanciamento, por outro lado, 9 ator zepresenta essa célera de ie Festa ao espectador a poss de de se espanter com els, de imaginar, para Lear, outras reacées possiveis além da célera. O comportamento de Lear 137 é de surpreendente \disew 9 social 5 como aquéles que Lear semelhente om todos PR céiera & sem dé 1 do hemem, por forma © por ests £2780, & fe 08 pessonagens como efemeros. /Pode-se mesma forma com ox contemporfnens € ™ tamer gados & ume epoca, como f (© que se ganh fat dos no de ver os h ramente imut! do dos homens levadas no ps gue diante da netureza, como homem de nosso século. O te. Ho também 0 acolhe como o grande trensformedot, agucle gue é capar de intervir nos processos da natureza e nos da Sitiedade; que ndo encara meis o mundo apenas como é, mas que se faz senhor déle. O teatro nd ‘mais embriagé-io, proporcionar-the ihusbes, reconct ino. O tee iveu-se na Alema- No Theater Re Ei Sftbaverdamnm, tentouese lancar umn 26V0 presentagio, com a colaboracae dos at6res mals Helene Weigel, Peter Lorre, Oscar Homolka, Carola Neher, Ernst Busch. Estas ts jo puderam rosseguidas de forma to jquelas (de tim butzo tipo) das escolas de Stanilavsky, de Meyerhold, © de Vachtangov (ndo havia nenbuma ajuda do Estado); po- fem em troce, foram conduzidas sbre uma base mais empla 138 iiparam em experiéacias de e s de, amad sara do estilo de sepresentar e de es- de da busca de expe- las do teatro de Pis- acabara por p Bo. O estilo de fe répidamente suas qualidades artisticas, © & se a tratar em grande escala dos is? Viuese a possblidade de obs, 0 pot imentos de conjunt saiog — permitiu 20 cenégrafo ticar ator e de lo. © autor dramético péde empreender seus ensaios em colaboragdo ininterrupta com o ator e 0 ce- nografo, ido-os e sendo influenciado por eles. Ao mesmo tempo, pintor.e mmisico recobraram sua independéacie € puderam tomar posigio em relagée a0 tema com os meios que Ihes sie préprios. A obra de ai jade, apre- Sentavare assim, a9 espectador, en diveros elements, cada vum.dos qusis guardando sua independéncia O reperiério cléssico fornecen desde 0 inicio a base de sumerosas tentativas. As téenicas do distanciamento abriram ae espectador de hoje o scesso as vores vivos das dram iges. Permitem elas, recusando as atualizactes.des- olives os as seconstitlshies angulogieas,apresentar de ma vertida e educativa as preciosas obras do passado. 139

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