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1260 MINISTERIO DO EQUIPAMENTO SOCIAL ‘SECRETARA DE ESTADO DA HABITAGKO € URBANESMO Portaria nt 243/84 do 17 de Abeil ‘A revogacio do Decreto-Lei n° 278/71, de 25 de Junho, e, como consequéncia, o respectivo diploma regulamenter, Portaria n.° 398/72, de 21 de Julho, pelo Decreto-Lei n.° 804/76, de 6 de Novembro, privou os competentes servigos da Administraco da fundamen- tacio juridico-técnica para apreciacéo € aprovagdo de projectos para legalizagio das reas de construcéo clandestina. Sabido que a maioria destas construgées dificilmente se enquadra nos minimos técnicos considerados no Regulamento Geral das Edificagdes Urbenas (RGEU), qualquer juizo com base nas respectivas disposigdes dificultaré ou mesmo prejudicaré qualquer operacéo de recuperagio e legelizagao. Por outro lado, hé que ter em conta os vultostssi- mos investimentos necessétios para harmonizar as cons- trugSes existentes com as exigéncias do RGEU ou, em face de tal impossibilidade, as pesadissimas im- plicagdes econémico-sociais da operagao de demolicdo em larga escala, Nao estando em causa # necessidade de condigdes especiais de habitabilidade, 0 artigo 2°, n.° 3, do Decreto-Lei n.° 804/76 prev expressamente a fixacio de condigdes minimas que vo 20 encontro de uma certa contemporizagéo com as situagdes de construcSo clandestina criadas, na medida em que seja conside- rada vidvel, técnica € economicamente, a reconvers6o das respectivas dreas. Esta mesma necessidade era jé apontada anterior- mente no artigo 3° do Decreto-Lei n° 650/75, de 8 de Novembro, que autorizava o Secretério de Estado da Habitacdo e Urbanismo a estabelecer, por portatia, instrugées para a recuperagio e transformacio de habi- tagdes com dispensa das disposigdes do RGEU. ‘Nestes termos: Manda 0 Governo da Repiblica Portuguesa, pelo Secretirio de Estado da Habitacéo e Urbanismo, nos termos © para os efeitos do disposto no n° 3 do ar- tigo 2.° do Decreto-Lei n. 804/76, de 6 de Novembro, fixar as condigdes mi ficagdes clandestinas: 1 Desde que cumpridos os aspectos referidos nas alineas a) € b) do n° 1 do artigo 2° do Decreto-Lei n? 804/76, deve proceder-se por vistoria técnica 2 anélise das condigées de seguranca e de habitabilidade dos edificios clandestinos de habitagio susceptiveis de eventual reabilitacéo, bem como de edificagdes que thes fiquem contiguas. 2° As condigdes minimas de habitabilidade exigivei em edificios clandestinos de habitagéo so as fixadas nos regulamentos em vigor, te 0 Regula. mento Geral das Edifcagdes Urbana, aprovado, pelo Decreto-Lei n.° 38 382, de 7 de Agosto de 1951, as respectivas alterages posteriores, 20 qual admiterm 1) Os compartimentos das habitagdes, com ex: cepeio apenas dos casos previstos no n° 2°, n*'4) e 5), no poderdo ter érea inferior asm, 1 SERIE No 91 — 17-4-1984 2) Nas habitagdes com menos de 5 compartimen- tos um deles, no minimo, deverd ter érea nfo inferior & 10,5 m"; 3) Nas habitagdes com 5 ou mais compartimer tos haverd pelo menos 2 com 10,5 m* de érea: 4) Nas habitagdes com mais de 4 ou mais de ‘6 compartimentos poderd haver, respectiva- 1 ow 2 compartimentos com area a 7m 5) No niimero de compartimentos referidos nos ‘niimeros anteriores no se incluem os ves- Ibulos, instalagdes sanitéries, arrumos outros compartimentos de fungao similar; 6) © compartimento destinado exclusivamente a cozinha deveré ter a Stee minima de 5m’, podendo, no entanto, reduzitse este limite a 4 m?, quando o némero de com; timentos, exclufdos os referidos no n° 2.°, n 5), for inferior a 4; 7) Os compartimentos das habitagdes, com ex- ‘lusBo dos referidos no n 2°, n2 5), deve- rao set delineados de tal forma que o comprimento no exceda o dobro da I gura e que na respectiva plante se possa inscrever, entre paredes, um cfrculo de diémetro’ nao inferior a'1,8m, podendo, contudo, baixar até 1,6m, no caso das cozinhas com érea inferior @ 5 m 8) O pédireito livre minimo em edificagdes des- tinedas @ habitegdo, referido no n° 1 do artigo 65. do RGEU, pode ser reduzido até 2,35 m; 9) Quando 0s sétios, éguasfurtadas © mansi das possam ser utilizadas para fins de hel taco, nos terinos do disposto no a tigo 79° do RGEU, seré permitido que os respectivos compartimentos tenham 0 pé-

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