You are on page 1of 10
CONSIDERAGOES SOBRE A NOTICIA DE UM ACHADO DE QUIRATES INSERTA EM «AL-ANDALUS», VOL. XVII — 1952 Por José Ropricues Marinto Estando a proceder ao estudo e classificagao de diversas moedas hispano-ardbicas do tipo quirate, provenientes de um volumoso achado ocorrido ao sul de Beja em 1954, © recordando-nos que a revista Al- -Andalus — Revista de las Escuelas de Estudios Arabes de Madrid y Granada, vol. XVI — 1952 — inseria a pp. 443 e 444 a noticia de um pequeno achado em Espanha de moedas idénticas, préximo da localidade de Gibraleén (Huelva), no ano de 1943, procurémos fazer uma resenha comparativa dos dois conjuntos, pela semelhanca que logo notamos entre alguns dos exemplares agora estudados ¢ as pecas reproduzidas naquela revista, nas Jdminas 35 ¢ 36. Nao € nosso intuito escrever aqui as conclusdes a que chegamos nesse trabalho comparativo. E isso porque sentimos a necessidade de, antes, sermos esclarecidos sobre intimeras dividas que nos surgiram com as fotografias publicadas de 36 moedas de Gibraleén. Ao expor- mos essas diividas aproveitamos para ir registando a classificagao que. em nosso entender, talvez errado, devem ter as referidas moedas. Para isso socorremo-nos, também, da obra mestra de Vives y Escudero Mo- nedas de las Dinastias Arabigo-Espaiiolas (+), e referimos, sempre que possivel, o correspondente niimero sob que é descrita a moeda na obra de Harry W. Hazard The Numismatic History of Late Medieval North Africa (*), exaustiva compilagao de todas as moedas conhecidas que cabem no Ambito proposto por este autor. () Madrid, 1893, (2) New York, 1952. 88 José Ropricues Marino Eis a nossa classificagdo das 36 moedas, tirada pelas fotografias em Al-Andalus: n° 1— Vives n.° 1775 — Hazard n.° 982. Mencionada como Vives n.° 1774. Legenda do anverso mal dividida na 3." e 4.* linhas: devera ser Atty aM Joey ase wall n’ 2—Idem. n’ 3—Idem. n 4—Idem. n? 5 — Idem. n.° 6 — Vives n.° 1826 — Hazard n.° 1003. Referida como semelhante as anteriores, mas repare-se que a moeda menciona o emir Tashfin e nao o emir Sir, e que a divisio por linhas da legenda do anverso é dife- rente: al WY Jy oe eMlatl okt 7 — Referida em Al-Andalus como sendo o tipo Vives n° 1775. Cremos estar na presenga de dois reversos de moedas diferentes: Vives n.° 1826 e n.° 1775, respec- tivamente. n° 8 — Vives n.° 1826 — Hazard n.° 1003. Referida como Vives n.° 1775. n. 9 —O anverso parece-nos ser o reverso do tipo descrito por Vives com o n.° 1988 (*). O reverso é 0 n.* 1826 de Vives. (8) Nas moedas por nés vistas do achado ao sul de Beja, ha dois exemplares iguais a este quirate andnimo de Badajoz. CONSIDERAGGES SOBRE A NOTICIA DE UM ACHADO 89 As duas faces nio se correspondem. A dificuldade foi rodeada, na descricgio em Al-Andalus, escrevendo-se apenas: «rev. como el n.’ 1775 de Vives», 0 que tam- bém nio corresponde. n° 10—Descrita em Al-Andalus como «‘Ali ibn Yisuf con Tbrihims. Deve tratar-se de um lapso e pretender escre- ver-se Tashfin ibn ‘Ali com Ibrahim. De facto 0 anverso parece ser 0 tipo n.° 1885 de Vives — Hazard n.° 1035, ou melhor, a variante referida com o n.° 1034, diferentes, respectivamente, por y Wall Vy e al MI ly . O rever- so, todavia, é 0 n.’ 1775 de Vives. n 11 — Vives n.* 1826 — Hazard n.° 1003. Em Al-Andalus refere-se como pertencendo a este tipo as moedas desde 0 n.” 11 ao n.° 23, embora com evariantes paleograficas»; menciona-se a legenda do anverso com a divisio por linhas inexacta: dever4 escrever-se tal como a damos atrés, para a moeda n.* 6. n.° 12 — Anverso: Vives n.° 1826. Reverso: Vives n.° 1775. n.° 13 — Cremos que ambas as faces so o anverso do tipo n.° 1826 de Vives, Poderd tratar-se de um erro de cunhagem mas, atendendo a toda a apresentago do conjunto, a hipé- tese que se nos afigura provavel é a de algumas fotogra- fias terem sido trocadas, aparecendo aqui a mesma face de duas moedas iguais. n. 14 — Vives n.° 1826. n.° 15 — Idem. n.° 16— Anverso: Vives n.° 1826. Reverso: Vives n.° 1885 — Hazard n.° 1034 ou n.° 1035. n.° 17 — Vives n.° 1826. n.° 18 — Anverso: Vives n.’ 1775. Reverso: anverso de Vives n.* 1826. n° 19 — Vives n.° 1775. n.° 20 —O anverso é o tipo Vives n.° 1827 — Hazard n.° 1004. O reverso, no entanto, é 0 n.° 1826 de Vives. | | 9 José Ropricues Marino n.° 21 — Vives n.° 1775. n.° 22 — Idem. n.° 23 — Nao concordamos em classificar esta moeda, batida em caracteres nesqui, como variante paleografica do n.° 1826 de Vives. Parecera que ¢ uma variante nova quando, assim mesma, é 0 tipo Vives n.° 1822 — Hazard n.° 1001. ° 24—E de facto o n.’ 12 de Codera (*). Vives n.° 1827 — Hazard n.° 1004, Nada conhecemos, contudo, que autorize a dar estas moedas como safdas da ceca Jaén, o que nao quer dizer que no possam ser dela. Nem Codera —o que seria natural na descrigio que, com varias considera- gGes, faz do exemplar (*) — nem os autores que se se- guiram apontam, para este cunho, a referida prove- niéncia. A descrigio em Al-Andalus menciona a conjun- ¢ao » no inicio da 3.* linha do reverso, que cremos nao existir nos trés exemplares de Gibraleén. n.° 25 — Vives n.° 1827. n.° 26 — Anverso igual ao da moeda com o n.° 32. Reverso: Vives n.” 1827. (4) Lams XX do Tratado de Numismética Ardbigo-Espasola, Madsid, 1879 () No seu Zyatado, na p. 198, © apds referir os locais de cunhagem de moeda de ouro de ‘Ali ben Yisuf, Codera menciona as localidades de que conhecia qui- rates, entre elas Jaén, concluindo ser «de supor que se cunhasse moeda de prata nos mesmos, ou em mais pontos, que a de ouro», Estamos convictos de que se referia, para Jaéo, ao dirham ou duplo quirate, descrito por Vives com o n.° 1810 — Hazard 8° 1017 —, dnica moeda almorévida que conhecemos desta ceca. E chega-se & mesma conclusio com o estudo de Prieto y Vives La reforma numis- mética de los almohades, publicado em «Miscelanea de estudios y textos Arabcs», Madrid 1915, onde na p, 31, na nota (1) referente as moedas batidas na Peninsula no periodo entre almorividas © alméadas, exprime a opiniéo de que «especialmente 0 n.® 2045 (de Vives y Escudero, obra citada) parece-se mnito as moedas almordvidas de prata cunhadas em Jaén». Ora a descrigao de Vives y Escudero, do n.° 2045 como dirham, filiow-se em razdes ponderais e dimensionais. Elas, certamente, também influi- fam na comparagio feita por Prieto y Vives A reprodugio deste duplo quirate de Jaén ¢ dada em La Moneda Arébigo-Espafiola, por Casto M.* del Rivero — Madrid 1933 —, na p. XI, € a descrigéo na p. 161, como exemplo tipolégico ao longo da amoedagao hispano-érabe. CONSIDERAGOES SOBRE A NOTICIA DE UM ACHADO ox n.° 27 — Diz Al-Andalus: «De Tasufin ibn ‘Ali...... con ee son los nos. 27 y 28; en rev. palaly cb wy y Nao concordamos com a classificagao nem com a jana. pois nenhuns sinais se poderio interpretar como «ibn ‘Ally ou «Ibrahim», A legenda do reverso é pool gal! cpsabenall Le oblige Este quirate anénimo est descrito por Vives sob 0 n.* 1980 — Hazard n.° 1053 —, e pertence ao grupo a que Codera chama de «piedosa recordagao dedicada A boa meméria da dinastia extintas (*). n.° 28 — Idem. n. 29 —¥ efectivamente a moeda descrita por Codera (*) sob on.’ 3, p. 204. Vives n.° 1885 — Hazard n.° 1035. n° 30 — Idem. n° 31 — Em Al-Andalus: «...es variante del n.° 1871 de Vives,...» A moeda, cuja fotografia felizmente se lé, no est batida em nome de Tashfin ibn ‘Ali mas sim no do irmio, que foi 0 tiltimo principe da dinastia, 0 malogrado jévem Ishaq. ¥ 0 tipo referido por Hazard com o n.° 1040, pe- quena variante de Vives n.° 1895 por nio ter a conjun- cdo »no inicio da 2.* linha do reverso. n.* 32 —Considerada em Al-Andalus variante do n.° 2017 de Vi- ves, assim como a moeda n.° 33. Cremos que é mais do que uma variante, devendo ser classificada como tipo inédito, pois, além de nao ter mencionado 0 local de cunhagem, a legenda do reverso ©) Decadencia y Desaparicién de los Almoravides en Espata — Zaragoza 1899 —, P. 392. (") Tratado de Numismdtica... 92 Jost Ropricues MarinHo nao 6, exactamente ou com outra distribuigdo, a mesma da moeda de Vives (*), mas sim Shell 2 gl wile n.° 33 — Anverso:Tipo do anverso de Vives n.’ 1988. Reverso: como o da moeda n.° 32. n.° 34 — Descrito como quirate alméada, com o n.’ 35 (lapso). Corresponde efectivamente ao n.° 6 da Lam." XXII de Codera (*).Vives n.° 2016 — Hazard n.° 1060. Sentimos a falta de um estudo profundo que englobe todas as moedas desta época com mengao de o Mahdi. Codera, no ano de 1879 ('*), classificou esta moeda como alméada. Vives y Escudero, em 1893 (7), colo- cou-a, cautelosamente e em grupo aparte, na secgao cor- respondente as taifas almorévidas. Hazard, moderna- mente (8), atribuiu-a de novo aos alméadas, registan- do-a como batida no Norte de Africa (?) pelos seus par- (1) © préprio tipo de letra, redonda e muito regular, desta moeda inédita, desa- ‘bona uma semelhanca com o tipo n.? 2017 de Vives, de letra miudinha e menos cui- dada, de que possuimos um exemplar um tanto usado, Pelas suas caracteristicas, su- Pomos 0 quirate de Ceuta batido pelo almoravida Yahya al-Sahriwi, e portanto ligado ao dinar por ele cunhado nesta cidade e datado de 543 H. (ver Famitia real de los Beni Texufin — separata da «Revista de Aragon», 1903, pp. 30€ 31). Quanto A moeda n.* 32, parte os dois exemplares de Gibraledn—em perfeito estado de conservagio — , nunca ‘a haviamos visto antes do achado ao sul de Beja, em 1954, nem conseguimos apurar a sua existéncia em colecgSes portuguesas antigas. Deste achado conhecemos 43 exem- plares, pouco ou nada usados, 5 dos quais esto na nossa colecgfio. Adquirimos em Margo de 1966, de procedéncia desconhecida, um outro exemplar igualmente em bom estado Guntamente com um tergo de dinar do ano 102 H. € um quirate tipo Vives n° 1775), nada indicando que nio possa ser do mesmo achado, infelizmente muito disperso. Temos como: mais provavel que estes quirates tenham sido batidos na Peninsula, em Pequena quantidade, em localidade nio muito afastada da linha Mértola-Silves, e que hajam tido um tempo efémero de circulagio. (°) Tratado de Numismética. ($9) Tratado de Numismatica, p. 225. (2) Obra referida, pp. LXXVIT, LXXVIII e 339. (02) Obra citada, p. 263. CONSIDERAGOES SOBRE A NOTICIA DE UM ACHADO 93 tidérios. Tomando a liberdade de dar a nossa opinio, concordamos com Prieto y Vives — estudo referido atrés, na nota (*) — quando diz que, verosimilmente, foram cunhadas na Peninsula durante a rebeliio dos emuridas» ; ¢ inclinamo-nos para a hipétese de a moeda nio ter sido batida evocando ibn Timart, embora tenha uma legenda chamada de teor alméada (**). n° 35— A descrigio em Al-Andalus presta-se a confusio: «El nl 35 coqull// all, como el n.° 36, es un medio quirate; respecto al ultimo conviene recordar. Assim, d4 a entender, e bem, que as moedas nao sio iguais, sendo da primeira a legenda que reproduz, lapso que, afortunadamente, se desfaz com a fotografia que mostra o contrario. A legenda deste meio quirate pare- ce-nos ser: ae ou Ser4, pois, outra espécie inédita, talvez submtiltiplo da série cujo tipo € 0 n.” 2014 de Vives — Hazard n.* 1059 (4). n° 36— A fotografia nio deixa ver a legenda em todos os porme- nores, mas os tracos visfveis tornam admissivel a leitura aul eel! Nao achamos esta moeda descrita nos catdlogos. Seria de grande interesse a publicagio de uma fotografia nitida, para uma comparacio epigrdfica com outras moedas do mesmo tempo, tanto mais que nos parece haver no reverso uma letra ou uma pequena legenda. (4) As mesmas diividas teve Joaquim Figanier ao tratar de uma moeda de Ibn Qast com legenda semelhante: ver Moedas drabes do sée. XI encontradas no concetho de Sesimbra, in Anais da Academia Portuguesa da Histéria, II série, vol. 8, Lisboa 1958, pp. 180 a 182. (44) A escrita de «o imamer neste meio quirate 6 cépia fiel da mesma palavra nos dois exmplares, de provenitncias distintas, do tipo n.* 2014 de Vives, existentes na nossa colecgo. 94 José Ropricues MARINHo Ficamos com viva insatisfacao por nfo termos conseguido decifrar sem reservas 0 «puzzle» que nos foi apresentado em Al-Andalus. Esta- mos em crer que as fotografias foram «baralhadasy antes de chegarem 4s mios do ilustre numismata que é D. Felipe Maten y Llopis, infatig- vel coordenador dos Hallazgos Numismdticos Musulmanes. Pela forma como foi feita a descrigio é de supor que se Ihe tenham Aeparado as maiores dificuldades com este conjunto, certamente agravadas por incluir algumas séries que nfo sio vulgares, diremos mesmo rarts- simas, e que, consequentemente, oferecem poucas oportunidades de estudo. Do que atrés expomos, figuram em Al-Andalus 10 moedas, que mencionamos a seguir, cujas fotografias devem ter sido trocadas. Va- mos pois anotar, para os anversos e reversos que admitimos trocados, das moedas representadas nas fotografias, a classificago que Ihes cabe na obra de Vives: Moeda Anverso Reverso mel rev. do n.° 1826 rev. do n° 1775 neg. tev. do n.° 1988 tev. do n.° 1826 n° 10 anv. do n.° 1885 tev. do n.° 1775 n. 12 anv. do n.° 1826 rev. do n° 1775 n. 13 anv. do n.° 1826 anv. do n° 1826 n. 16 anv. do n.° 1826 tev. do n.° 1885 n° 18 anv. do n.° 1775 anv. do n.° 1826 n.* 20 anv. do n.° 1827 rev. do n.° 1826 n.° 26 em nome do Mahdi rev. do n.° 1827 n.° 33 anv. do n.° 1988 em nome do Mahdi CONSIDERAGGES SOBRE A NOTICIA DE UM ACHADO 95 Destas moedas podem agrupar-se como sendo do mesmo exemplar 0s anversos e reversos dos tipos n.* 1827, 1885 e em nome do Mahdi. Restam-nos um anverso e trés reversos do tipo n.° 1775 e cinco anversos e trés reversos do tipo n.° 1826. Na revista Al-Andalus que consultémos, algumas das fotografias nio sio totalmente nitidas, e tenha-se presente que os reversos desses tipos n.* 1775 ¢ 1826 de Vi- ves ("*) diferem ligeiramente: epigrafia um pouco menos cuidada ¢ falta da conjungio 5 no inicio da 2." linha no tipo n.° 1826, Uma revisio que fizémos de todas as fotografias, permite-nos admitir a hip6- tese de pertencerem ao tipo n.” 1826 os reversos das fotografias com 0 n.“ 1 2. Assim, 0 conjunto ficaré acertado, mas com as naturais reservas numa classificacio feita nas condig6es expostas. A distribuigdo dos quirates na p. 443 de Al-Andalus passar4 entio a ser, segundo 0 nosso critério: ‘Ali ben Yasuf e Sir tipo n° 1775 9 ‘Ali ben Yiisuf e Tashfin tipo n.° 1822 tipo n.° 1826 u tipo n.° 1827 dieu 15 Tashfin ben ‘All e Ibrahim tipo n.° 1885 3 Ishaq ben ‘Ali tipo n° 1895 1 Anénimas almordvidas tipo n° 1980 2 Anénimas de Badajoz tipo n.° 1988 1 Em nome do Mahdi tipo n 2016 1 tipo inédito 2 1/2 quirate inédito 1 1/2 quirate inédito 1 5 36 Achamos do maior interesse uma nova publicagao das fotografias, identificadas com as moedas e com uma revisio da sua publicacio, pois um estudo comparativo com 0 achado de moedas semelhantes no sul do territério portugues, que estamos classificando, possibilitaria (45) Do achado ao sul de Beja vimos até agora, respectivamente, 62 ¢ 66 exem- plares destes dois tipos de quirates, considerados por nés os mais vulgares. 96, Jos# Ropricurs MarINHo conclusdes para um conhecimento mais claro das cunhagens que teriam sido feitas pelos principes das chamadas taifas almordvidas ou segun- das taifas. Lisboa, 16/2/1967 SUMMARY In an analysis of the protographs of 36 qirats struck by the Murabits and by petty rulers from the South of Portugal and Spain after the downfall of this dynasty, published in the plates 35 and 36— pp. 442 and 443 of Al-Andalus, Revista de las Escuelas de Estudios Arabes de Madrid y Granada, vol. XVII, 1952, the author, a Portuguese numismatist, classifies in a different way neatly all the coins studied by Felipe Mateu y Llopis. He points out the change of obverse and reverse among the photographs of 12 of the published coins. The author tries to find the correct relationships between obverses and reverses in the photographs and indicates the existence of three unpublished coins.

You might also like