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Cargas Elétricas Os médicos procuram tomar toda: as precaucdes pa evitar que um paciente seja infectado por bactérias. As paredes e 0 cho so desinfetados; médicos ¢ enfermeiros usam mascaras elavam as antes de 3c uvas; os instrumentos sao esterilizados a altas temperaturas e em banhos de alcool. Continu existir, porém, fontes sutis de bactérias nos ospitais, como acontece, possivelmente, no centro cinirgico mostrado nesta fotografia posta esta neste capi Capitulo 21 | Cargas Elétricas FIG. 21-1 O actimulo de cargas elétricas, um fendmeno que acontece quando o tempo esté seco faz.eom {que estes pedacinhos de papel sejam atraidos pelo pente. (Fundamental Photographs) PREM) =8 a ered Estamos cercados por aparelhos que dependem da fisica do eletromagnetismo, que € a combinagio de fendmenos elétricos e magnéticos. Esta fisica € responsavel pelo funcionamento dos computadores, dos receptores de televisio, dos aparelhos de r4- dio, das limpadas e até mesmo pelo modo como uma folha de plastico gruda em um recipiente de vidro, Esta tisica também explica muitos fenémenos naturais; ndo s6 mantém coesos todos os atomos e moléculas do mundo, mas também produz 0 re~ lampago.a aurora e 0 arco-fris. 'A fisica do eletromagnetismo foi estudada pela primeira vez pelos fil6sofos da Grécia antiga, que descobriram que se um pedago de Ambar fosse friccionado de- pois aproximado de pedagos de palha, esta seria atrafda pelo ambar. Hoje sabemos que a atragao entre 0 Ambar e a palha se deve a uma forca elétrica. Os fil6sofos gre~ gos também descobriram que se um certo tipo de pedra (um im& natural) é apro- ximado de pedacinhos de ferro, o ferro € atraido pela pedra. Hoje sabemos que a atragdo entre o ima ea pedra se deve a uma forga magnética. ‘A partir dessa origem modesta na Grécia antiga, as ciéncias da eletricidade © do magnetismo se desenvolveram independentemente por muitos séculos, até 182 quando Hans Christian Oersted descobriu uma ligagao entre elas: uma corrente el trica em um fio ¢ capaz de mudar a diregao da agulha de uma biissola, Curiosamente, ersted fez esta descoberta, que foi para cle uma grande surpresa, quando prepa- ava uma demonstragao para os alunos de fisica, ‘A nova ciéncia do eletromagnetismo foi cultivada por cientistas de muitos pai ses. Um dos mais ativos foi Michael Faraday, um experimentalista muito competente com um raro talento para a intuigao e a visualizagao de fendmenos fisicos, Um sinal desse talento é 0 fato de que seus cadernos de anotagdes de laboratério nao contém uma tinica equac&o, Em meados do século XIX, James Clerk Maxwell colocou as idéias de Faraday em forma matematica, introduziu muitas idéias proprias e estabe- Jeceu uma base tedrica sélida para o eletromagnetismo. Nossa discussio do eletromagnetismo se estenderé pelos proximos 16 capftulos. Vamos comegar pelos fendmenos elétricos, nosso primeiro passo sera discutir a natureza das cargas elétricas e das forgas elétricas 21-2 | Cargas Elétricas Em tempo seco, € possfvel produzir uma fagulha simplesmente caminhando em certos tipos de tapetes e depois aproximando a mio de uma macaneta, torneira ou mesmo um amigo, Também podem surgir centelhas quando voce despe um sué- ter ou remove as roupas de uma secadora. As centelhas e a “atragdo eletrostatica” (como a que aparece na Fig. 21-1) sio em geral consideradas uma mera curiosidade. Entretanto, se vocé produz uma centelha elétrica a0 manipular um microcireuito de ‘um computador, o componente pode ser inutilizado, Esses exemplos revelam que existem cargas elétricas em nosso corpo, nos suéte- res, nos tapetes, nas maganetas € nas torneiras. Na verdade, todos os corpos contém muitas cargas elétricas, A earga elétrica é uma propriedade intrinseca das particulas fundamentais de que é feita a matéria; em outras palavras, € uma propriedade asso- ciada & propria existéncia dessas particulas. ‘A grande quantidade de cargas que existem em qualquer objeto geralmente no pode ser observada porque 0 objeto contém quantidades iguais de dois tipos de cargas: cargas positivas ¢ cargas negativas. Quando existe essa igualdade (ou equilibrio) de cargas, dizemos que o objeto é eletricamente neutro, ou seja,sua carga total € zero. Quando as quantidades dos dois tipos de cargas contidas em um corpo sio diferentes, a carga total é diferente de zeto e dizemos que 0 objeto esta eletrica~ mente carregado. A diferenga entre as quantidades dos dois tipos de cargas é sem- pre muito menor do que as quantidades de cargas positivas ¢ de cargas negativas contidas no objeto. Os objetos eletricamente carregados interagem exercendo forcas uns sobre os outros, Para mostrar que isso é verdade, podemos carregar um bastio de vidro fric- cionando uma das extremidades com um pedago de seda. Nos pontos de contato en- tre 0 bastdo e a seda pequenas quantidades de carga sio transferidas de um material para 0 outro, quebrando a neutralidade elétrica de ambos. (Friccionamos a seda no bastdo para aumentar o niimero de pontos de contato e, portanto, a quantidade de cargas transferidas.) Suponha que agora 0 bastio carregado seja suspenso por um fio para isold-lo eletricamente dos outros objetos, o que impede que sua carga elétrica mude. Quando aproximamos do bastio um segundo bastao eletricamente carregado (Fig, 21-2a).08 dois bastées sofrem uma repulsdo, ou seja, cada bastio é submetido a uma forga que tende a afasta-lo do outro bastao. Por outro lado, quando friccionamos um bastao de plastico com um pedaco de la e 0 aproximamos do bastao de vidro suspenso (Fig. 21-2b),cada um é submetido a uma forga de atragdo, ou seja, cada um é submetido a uma forga que tende a aproxima-lo do outro bastao. Podemos compreender essas duas demonstragdes em termos de cargas positivas € negativas. Quando um basto de vidro ¢ friecionada com um pedago de sedia o vi- Gro perde uma pequena parte de suas cargas negativas e, portanto, fica com uma pe- quena quantidade de cargas positivas nao compensadas (representadas pelos sinais positives na Fig. 21-20). Quando o bastao de plistico é friccionado com um pedago de 1a 0 plastico adquire uma pequena quantidade de cargas negativas nao compen- sadas (representadas pelos sinais negativos na Fig. 21.21). As duas demonstragoes revelam o seguinte: Na Segéio 21-4 vamos expressar essa regra em termos matemiticos, na chamada lei de Coulomb da forca eletrostdtica (ou forca elétrica) entre duas cargas. O termo ele- trostética & usado para chamar atengao para o fato de que a velocidade relativa en- tre as cargas é mula ou muito pequena. Os termos “positiva” ¢ “negativa” para os dois tipos de carga foram escolhidos arbitrariamente por Benjamin Franklin. Ele poderia muito bem ter feito a escolha inversa ou usado outras palavras com significados opostos para designar os dois pos de eletricidade, (Franklin era um cientista de renome internacional, Acredita-se que seus triunfos diplomticos na Franga, durante a Guerra de Independéncia dos Estados Unidos, tenham sido facilitados, ou mesmo tornados possiveis, pela reputa- a0 de Franklin no campo da ciéneia.) A atragao € a repulsio entre corpos eletricamente carregados tém muitas apli- cages industriais, como a pintura eletrostatica, o recolhimento de cinzas volantes em chaminés e a xerografia, A Fig. 21-3 mostra uma particula de plistico usada em copiadoras, coberta por particulas ainda menores de um pé preto conhecido como toner que so atraidas para a particula de plstico por forgas eletrostiticas. As par- ticulas de roner, negativamente cartegadas, sio transferidas da particula de plistico para um tambor rotativo, onde existe uma imagem positivamente carregada do do- cumento a ser copiado, Uma folha de papel eletricamente carregado atrai as parti- culas de toner, que so fixadas permanentemente no papel por aquecimento para produzir uma cépia 21-3 | Condutores e Isolantes Podemos classificar os materiais de acordo com a facilidade com a qual as cargas elétricas se movem em seu interior. Os eondutores sao materiais nos quais as cargas elétricas se movem com facilidade, como os metais (como o cobre dos fios elétri- cos), 0 corpo humano ¢ a dgua de torneira, Os naio-condutores, também conheci- dos como isolantes, sao materiais nos quais as cargas ndo podem se mover, como os plasticos (usados para isolar fios elétricos), a borracha, o vidro ¢ a agua destilada 21-2 | Conditoreselsolntes EIN Vidro Vidro } @ Vidro —_ Pisco ® FIG. 21-2 (a) Dois hastdes carregados com cargas do mesmo sinal se repelem.(b) Dois bastoes carregados com cargas de sinais ‘opostos se atraem. Os sinais positives indicam um excesso de cargas positivas.e os sinais negatives um excesso de cargas negativas. FIG. 24.3 Particula de plistico usada nas eopiadoras;a particula esti coberta por particulas ainda menores de ‘oner, que sfo atraidas para a particula de pléstico por forcas eletrostéticas. O diametro da particula de plistico ¢ de aproximadamente 0,3 mm (Cortesia da Xerox) - WEE Copituto 21 | Corgas Elétricas Cobre newt iat cecitsaes ee aati ae oman ea ues repelidos para a extremiclade mais dni doe oes ee de plastico com mais forga do que a eee faz girar a barra de cobre, FIG.21-5 Dois pedacos de uma pastilha de gaultéria se afastando um do outro, Os elétrons que saltam da superficie negativa do pedago A para a superticie positiva do pedago B colidem com moléculas de nitrogénio (N,) doar Os semicondutores so matcriais com propriedades elétricas intermediarias entre as dos condutores ¢ as dos nio-condutores, como 0 silicio (usado nos microcircuitos dos computadores) ¢ 0 germanio. Os supercondutores sio condutores perfettos, ou seja, materiais nos quais as cargas se movem sem encontrar nenhuma resistencia, Nos préximos capitulos vamos discutir apenas os econdutores e nfio-condutores. “Vamos comegar com um exemplo de como a condugio de eletricidade pode eli- minar o excesso de cargas em um objeto. Quando friccionamos uma barra de cobre com um pedago de li, cargas sao transferidas da la para o cobre. Entretanto, se voce segurar ao mesmo tempo a barra de cobre ¢ uma torneira, a barra de cobre nao fi- card carregada, O que acontece € que voce, a barra de cobre ¢ a torneira so condu- tores ligados, através do encanamento, a Terra, que é um imenso condutor. Como as cargas em excesso depositadas no cobre pela la se repelem, afastam-se umas das ‘outras passando primeiro para a sua mo, depois para a torneira e finalmente para a “Terra, onde se espalham. O proceso deixa a barra de cobre eletricamente neutra Quando estabelecemos um caminho constituido por materiais condutores en- tre um objeto e a Terra dizemos que 0 objeto esta aterrado; quando a carga de um abjeto é neutralizada pela eliminagao do excesso de cargas positivas ou negativas através da'Terra dizemos que 0 objeto foi descarregado. Se em vez de segurar direta- mente a barra de cobre voce a segura através de um cabo de material nito-condutor, ‘ocaminho de condutores até a Terra fica interrompido, ¢ a barra pode ser carregada por atrito (a carga permanece na barra), contanto que vocé nao toque nela com a mao, ‘As propriedades dos condutores ¢ naio-condutores se devem a estrutura ¢ a na- tureza elétrica dos fitomos. Os étomos so formados por tr@s tipos de particulas: os prétons, que possuem carga elétrica positiva, os elétrons, que possuem carga elétrica negativa, e 0s néutrons, que nao possuem carga elétrica. Os protons e néutrons ocu- pam a regiao central do dtomo, conhecida como miicleo. ‘As cargas de um proton isolado ¢ de um elétron isolado tém o mesmo valor absoluto e sinais opostos; assim, um dtomo eletricamente neutro contém o mesmo niimero de protons ¢ elétrons, Os elétrons sao mantidos nas proximidades do niicleo porque possuem uma carga elétrica oposta & dos protons do nuicleo e, portanto, sao atraidos para 0 mticleo. Quando 0s dtomos de um material condutor como o cobre se unem para for- mar um s6lido, alguns dos elétrons mais afastados do niicleo (¢ que, portanto, S40 atrafdos com uma forga menor) se tornam livres para vagar pelo material, deixando: para tras ditomos positivamente carregados (“ons positives). Esses elétrons moveis recebem o nome de elétrons de conduedo. Os materiais no-condutores possuem Um ntimero muito pequeno, ou mesmo nulo, de elétrons de condugio. O experimento da Fig, 21-4 demonstra a mobilidade das cargas em um material condutor. Uma barra de plastico negativamente carregada atrai qualquer uma das ex- ttemidades de uma barra neutra de cobre. O que acontece é que os elétrons de condu- 40 da extremidade mais proxima da barra de cobre so repelidos pela carga negativa da barra de plistico. Alguns desses elétrons de condugao se acumulam na outra extre- midade da barra de cobre. deixando a extremidade mais préxima com uma falta de elétrons e, portanto, com uma carga total positiva. Como esti mais proxima da barra de plistico, esta carga positiva é atraida pela carga negativa da barra de plistico com ‘mais forga do que a carga negativa que se acumulou na outra extremidade é repelica “Embora a barra de cobre como um todo continue a ser eletricamente neutra, dizemos que possui uma carga induzida, 0 que significa que algumas das eargas positivas ¢ ne- gativas foram separadas pela presenga de uma carga proxima. ‘Analogamente, se uma barra de vidro positivamente carregada é aproximada de uma barra de cobre neutra, os elétrons de condugao da barra de cobre sao atra- dos para a barra de vidro. Assim, a extremidade da barra de cobre mais proxima da barra de vidro fica negativamente carregada ¢ a outra extremidade fica positiva- ‘mente carregada, e mais uma vez a barra de cobre passa a possuir uma carga indu- vida. Embora a barra de cobre continue a ser eletricamente neutra, € atraida pela barra de video. Observe que apenas os elétrons de condugio, que posstiem carga negativa, po- dem se mover: 0s ions positivos permanecem onde estavam., Isso significa que um objeto se torna positivamente carregados apenas através da'remogiio de cargas ne- gativas Clar6es Azuis de uma Pastilha Uma demonstragao indireta da atragio de cargas de sinais opostos envolve pastilhas de vaultéria (wintergreen, em inglés). Se vocé deixar os olhos se adaptarem & escu- ridao durante cerca de 15 minutos e pedir a um amigo para mastigar uma pastilha téria, verd um claro azul sair da boca do seu amigo a cada dentada, Quando atha € partida em pedagos por uma dentada. é provavel que cada pedago fique um ntimero diferente de elétrons, Suponha que a pastilha se parta nos pedacos © Be que A possua mais elétrons na superficie que B (Fig. 21-5). [sso significa que jpossui fons positivos (dtomos que perderam elétrons para A) na superficie. Como elgtrons de A sdo fortemente atraidos para os fons positivos de B, alguns desses cons saltam de A para B. Entre 0s pedagos A e B existe ar, que constituido principalmente por molé- s de nitrogénio (N:). Muitos dos elétrons que esto pasando de A para B co- m com moléculas de nitrogénio, fazendo com que emitam luz ultravioleta. Os os humanos nao conseguem ver esse tipo de radiagao. Entretanto, as moléculas gaultéria na superticie da pastilha absorvem a radiagao ultravioleta e emitem luz ‘azul: ¢ por isso que vooe vé clardes azuis saindo da boca do seu amigo. me ‘Contaminagao Bacteriana e a Forca Eletrostatica A forga eletrostatica pode desempenhar um papel sutil na contaminagéo bacteriana <ée um hospital, Nas cirurgias endoscdpicas, por exemplo, o médico observa o interior do corpo do paciente na tela de um monitor. Nos monitores convencionais (mas nao ‘0s monitores de cristal liquicdo) a imagem é produzida por elétrons emitides por um canhao eletrénico e atraidos para uma tela positivamente carregada.A tela carregada também atrai particulas presentes no ar, como poeira, fiapos de linha e células epite- liais. As particulas negativamente carregadas s4o atraicas pela carga positiva da tela. No caso de particulas cletricamente neutras os elétrons se concentram no lado mais proximo da tela,o que faz com que as partfculas adquiram uma carga induzida (Fig. 21-6a). As particulas neutras, portanto, também so atraidas para a tela, do mesmo modo como a barra de cobre € atraida pela barra de plastico na Fig, 21-4. Como muitas das particulas atraidas pela tela do monitor contém bactérias, a ela fica contaminada. Suponha que o cirurgiao aproxime o dedo enluvado da tela para mostrar alguma coisa 2 equipe médica. Nesse caso, a tela positivamente carre- zada produz um excesso de elétrons na ponta do dedo (Fig. 21-66). forca de atra- ao desses elétrons, por sua vez, faz com que particulas contaminadas (presentes no ar ou na tela do monitor) se acumulem na luva, Quando o cirurgido toca 0 paciente com as luvas contaminadas as baetérias podem passar para a pele ou (0 que é ainda pior) para os érgaos internos do paciente. Para evitar que isso aconteca, os cirurgi- Ses atualmente sao alertados para nJo aproximar os dedos da tela dos monitores, Uma contaminagao semelhante pode ocorrer nos aventais de plastico que mui- tos médicos ¢ enfermeiros usam para nfo manchar a roupa de sangue. Esses aven- tais podem adquirir uma carga elétriea quando sao retirados do armério ou esfre- zados repetidamente na roupa ou na pele, especialmente se o ar estiver muito seco, Quando um avental se torna eletricamente carregado pode atrair bactérias e poeira contaminada do ar. Como ¢ inevitével que médicos e enfermeiros toquem nos prd- prios aventais, as bactérias podem ser facilmente transferidas para os pacientes di rante exames ou cirurgias *"Essas pastas. muito populares nos Estados Unidas. io conhecidas com LifeSavers, (NT) 213 | Condutorse kclates SE Interior. Exterior dala NEM datela Partie ide pocira @ — - 6 FIG. 21-6 (a) Vista de perfil da tela de um monitor. tela positivamente carregada induz uma carga em uma particula de poeira eletricamente neutra,(b) Aoser aproximado da tela, um dedo enluvado (que no foi desenhado em escala) adquire ‘uma carga induzida e pode atrair particulas de poeira do ar e da tela. Capitulo 21 | Cargas Elétricas (@) o eo © FIG. 21-7 Duas particulas carregadas se repelem se as cargas forem (a) positivas ou (5) negativas. (c) As particulas se atraem se as ccargas liverem sinais opostos, VR auc dase C € uma placa de cobre eletricamente neutra, As forcas eletrostéticas entre trés dos pares de placas estio indicadas. Os outros dois pares de placas se atraem ou se repelem? ca ea ae 21-4| Lei de Coulomb Duas particulas carregadas exercem forgas uma sobre a outra. Se as cargas das par- ticulas tém o mesmo sinal, as particulas se repelem (Fig, 21-7a ¢ 6), ou seja, so sub- metidas a forcas que tendem a afasté-las, Se as cargas das particulas tém sinais opos- tos, as particulas se atraem (Fig. 21-7e). ou seja, sdo submetidas a forgas que tendem a aproximé-las. Esta forga de repulsao ou atragZo associada & carga elétrica dos objetos ¢ cha- mada de forga eletrostitica. A lei que permite calcular a forca exercida por particu- Tas carregadas é chamada de lei de Coulomb em homenagem a Charles-Augustin de Coulomb, que a propds em 1785, com base em experimentos de laboratério. Em termos das particulas da Fig. 21-8, onde a particula | tem uma carga q; € a particula 2 tem uma carga qo,a forca a que esta submetida a particula 1 é dada por F=k BBE Geidecouommy (21-1) onde é um vetor unitério na diregao da reta que liga as duas particulas,r é a distancia entre as particulas ¢ k é uma constante. (Como qualquer vetor unitario, # tem médulo 1 e é adimensional; sua funciio € indicar uma orientacdo no espago.) Se as particulas tem cargas de mesmo sinal a forca a que a particula 1 é submetida tem o sentido de # se as particulas tém cargas de sinais opostos,a forga tem o sentido oposto ao de f. Curiosamente, a Eq. 21-1 tem a mesma forma que a equacao de Newton (Eq, 13-3) para a forga gravitacional entre duas particulas de massas rm, ¢ m; separadas por uma distancia r: F= GEE deideNewon), (21-2) onde Gé a constante gravitacional ‘Acconstante k da Eq, 21-1, por analogia com a constante gravitacional G da Eq, 21-2, chamada de constante eletrostdtica. As duas equagies descrevem leis do tipo inverso do quadrado que envolvem uma propriedade de particulas, massa em um caso, carga no outro. Entretanto, as forgas gravitacionais siio sempre atrativas, en- quanto as forgas eletrostéticas podem ser atrativas ou repulsivas, dependendo dos sinais das duas cargas. A diferenga resulta do fato de que existe apenas um tipo de ‘massa, mas existem dois tipos de carga elétrica. ‘A lei de Coulomb resistiu a todos os testes experimentais; até hoje nao foi en- contrada nenhuma excegdo. A lei € vilida até mesmo no interior dos dtomos, onde descreve corretamente a forca de atragiio entre o niicleo positivo ¢ os elétrons ne- gativos, enquanto a mecdnica newtoniana deixa de ser valida nesse contexto e deve ser substituida pela mecénica quantica, A lei de Coulomb também explica correta- mente as forcas que unem os ‘tomos para formar moléculas e as forgas que unem os tomos e moléculas para formar s6lidos e liquidos. ‘A unidade de carga no SI é 0 coulomb. Por razdes praticas, que tém a ver com a preciso das medidas, 0 coulomb é obtide a partir da unidade do SI para a correrte elétrica, o ampére, Corrente elétrica é a taxa de variagio com o tempo dg/dr da carga que passa por um ponto ou regido do espago. A corrente elétrica sera discutida com detalhes no Capitulo 26. No momento, vamos nos limitar a usar a relagao aq ae (corrente elétrica), (21-3) onde i € a corrente elétrica (em amperes) ¢ dq (em coulombs) é a quantidade de carga que passa por um ponto ou regido do espago no intervalo de tempo dr (em se~ gundos), De acordo com a Eq. 21-3, 1C=(LA)(Is). Por razdes histéricas (e também para simplificar outras equagdes), a constante eletrostatica k da Eq. 21-1 é escrita na forma 1/4769, Nesse caso, 0 médulo da forga, na lei de Coulomb se torna 1__Igillgal =. (leide Coulomb), (21-4) As constantes das Eqs. 21-1 e 21-4 tém o valor 1 ¥ Fre 99 10°N mC? (21-5) A constante ¢), conhecida como permissividade do viicuo, as vezes aparece separa- damente nas equagdes ¢ tem o valor & = 8,85 x 10°? CAN - m?, (21-6) Outra semethanga entre a forga gravitacional e a forga eletrostatica é que ambas obedecem ao princfpio de superposi¢ao. Em um sistema com n particulas carregadas as particulas interagem independentemente, aos pares, e a forga que age sobre uma das particulas, a particula 1, por exemplo, é dada pela soma vetorial Fux = Fit Fat Fiat Fist 00 + Fin (21-7) onde, por exemplo, Fy € a forga que age sobre a particula 1 devido a presenga da particula 4. Uma expresso idéntica pode ser aplicada a forga gravitacional. Finalmente, ao teorema da casca, que se revelou tao util em nosso estudo da gravitagdo, também correspondem teoremas andlogos na eletrostatica: (No primeiro teorema, supomos que a carga da casca é muito maior que a carga da particula, o que permite desprezar qualquer redistribuigao da carga da casca devido A presenga da particula.) Condutores Esféricos Se um excesso de cargas é depositado em uma casca esférica feita de material con- dutor, a carga em excesso se distribui uniformemente na superficie (externa) da casca. Assim, por exemplo, se colocamos elétrons em excesso em uma casca esfé- rica metélica esses elétrons se repelem mutuamente e se espalham pela superficie externa até ficarem uniformemente distribuidos. Este € 0 arranjo que maximiza as distancias entre todos os pares de elétrons em excesso. Nesse caso, de acordo com es % FIG. 21.8 ‘214 | Lei de Coulom A forga eletrostética sobre a particula 1 pode ser descrita em termos de um vetor unitério f na diregio da reta que liga as duas particulas. Capitulo 21 | Cargas Elétricas © primeiro teorema das cascas, a casca passa a atrair ou repelir uma carga externa ‘como se todo o excesso de cargas estivesse concentrado no centro da easca. Quando removemos cargas negativas de uma casca esférica metilica, as cargas positivas resultantes também se distribuem uniformemente na superficie da casca. Assim, por exemplo, se removemos n elétrons, passam a existir 1 cargas positivas (étomos nos quais esta faltando um elétron) distribufdas uniformemente na super- ficie externa da casca. De acordo com 0 primeiro teorema das cascas, a casca neste caso também passa a atrair ou repelir uma carga externa como se todo o excesso de cargas estivesse concentrado no centro. ‘meio; (b) da forga eletrostitica exercida sobre o préton do meio sobre o outro proton; (c) da forga total exercida sobre o préton do meio? (a) A Figura 21-94 mostra duas particulas positivamente carregadas situadas em pontos fixos do eixo x. As cargas so gy = 1,60 X10” Ce gq, = 320 x 107 C,e a distan- cia entre as cargas € R = 0,0200 m. Determine o médulo e a orientagio da forga eletrostética F,» exercida pela parti- cula2 sobre a particula 1. BE como as auas particulas tém carga positiva, a particula 1 ¢ repelida pela particula 2 com uma forga cujo médulo € dado pela Eq. 21-4, Assim, a diregio da forga Fy exercida pela particula 2 sobre a particula 1 € para longe da particula 2, ou seja, no sentido negativo do eixo x,como mostra o diagrama de corpo livre da Fig, 21-9b. @ FIG. 21-9 (a) Duas particulas de cargas q; eq sto mantidas fixas sobre o eixo x. (6) Diagrama de corpo livre da particula | mostrando a forca eletrostitica exercida pela particule 2,(c) Inclusio da particula 3 (d) Diagrama de corpo livre da particula 1. (e) Inclusao da particula 4 ({) Diagrama de corpo livre da particula 1 Duas particulas: Usando a Eq. 21-4 com r igual a distan- cia R entre as cargas, podemos escrever 0 médulo Fi) desta forga como = Jak a — e (8,99 x 10° N-m*/C?) y¢ £160 x 107? €)(3,20 x 1077 C) (0,020 m)> Las x 10-4N, ‘Assim. a forga Fix tem 0 médulo ¢ a orientagdo que se se- guem (em relagiio ao sentido positive do eixo x) 180°, 15x10 Ne (Resposta) Podemos também escrever F); na notago de vetores uni- tirios como = (1,15 x 10-*N)i. — (Resposta) (b) A Fig. 21-9c € idéntica & Fig. 21-9a, exceto pelo fato de ‘que agora existe uma particula 3 no eixo x entre as particu- las 1 ¢ 2. A particula 3 tem uma carga q; = —3.20 x 10-8 Ce esta a uma distancia 3R/4 da particula 1. Determine a forca cletrostatica F;,.. exercida sobre a particula 1 pelas particulas 2e 3. Ea, presenga da particula 3 nao altera a forga eletrostitica que a particula 2 exerce sobre a particula 1. Assim, a forga F,, continua a agir sobre a particula 1. Da mesma forma, a forga Fis que a particula 3 exerce sobre a particula 1 nao é afetada pela presenca da particula 2. Como as cargas das particulas 1 ¢ 3 tém sinais opostos, a particula 1 é atraida pela particula 3. Assim, o sentido da forga F's para a particula 3, como mostra o diagrama de corpo livre da Fig. 21-9d. Trés particulas: Para determinar 0 médulo de Fs, usamos a Eg. 21-4: 1 laillas! fi Fe GRY = (8.99 x 10°N-m4/C2) (1,60 x 10-" ©)(3.20 x 10-" C) GPO.0200 my = 2,05 « 10-8, Podemos também escrever Fem termos dos vetores uni- trios Fis 2,05 10-4 NVI. A forga total Fo: exercida sobre a particula 1 €a soma vetorial de Fi, ¢ Fis De acordo com a Eq. 21-7, podemos escrever a forca total F,,.. exercida sobre a particula Lem termos dos vetores unitarios,como Foo = Fis + Fis = = (115 x 10-24NYF + (2,05 x 10-24N)F = (9,00 x 10° Ni. (Resposta) Assim, F, ;.; tem os seguintes médulo e orientagao (em re- lagdo ao sentido positivo do eixo x): 9.00 10-°SN © 0°. (Resposta) (0) A Fig. 21-96 6 idéntica & Fig, 21-94, exceto pelo fato de que agora existe uma particula 4. A particula 4 tem uma carga qu = ~3,20 X 10" C, esté a uma distancia 32/4 da particula 1 e esta sobre uma reta que faz um Angulo @ = 60° com o eixo x. Determine a forga de atragao eletrostd- tica Fo, exercida sobre a particula | pelas particulas 2 e 4. Ea A forga total Fy. € a soma vetorial de Fy © uma nova forca Fj, que age sobre a particula 1 devido & presenca da particula 4. Como as particulas 1 e 4 tém car gas de sinais opostos, a particula 1 é atraida pela particula 4. Assim, o sentido da forga F\,€ para a particula 4, fazendo um Angulo de 60° com o eixo x. como mostra o diagrama da Fig. 21-97, Quatro particulas: Podemos escrever a Eq. 21-4 na forma 1 igillad rey GR) = (8,99 x 10° Nem?) x, 60 x 10-” 6,20 x 10-7. 3°(0,0200 m)* = 2,05 x 10-*N, ‘Nesse caso, de acordo com a Eq. 21-7, a forga total Fy exercida sobre a partfcula 1 é dada por ue 214 | leide Coulomb IN Fx = Fa + Fe ‘Como as forgas F, ¢ F,4 nao tém a mesma diego, ndo po- demos somé-las simplesmente somando ou subtraindo os médulos, Em vez disso, precisamos executar uma soma ve~ torial, usando um dos métodos a seguir. Método 1. Executar a soma vetorial em uma calculadora, No caso de Fiz, entramos com o médulo 1,15 x 10-e ‘0 Angulo de 180°. No caso de Fi, entramos com 0 m6- dulo 2,05 x 10- e 0 angulo de 60°. Em seguida, soma- ‘mos os vetores, Método 2. Executar a soma vetorial em termos dos ve- ‘ores unitérios. Em primeiro lugar, escrevemos Fy, na forma Fa = (Fucos Oi + (Fis send)- Fazendo Fi, = 2,05 X 10" N ¢ @ = 60°, temos: Fig = (1,025 x 10-*N)i + (1,775 x 10-**N)j- Agora podemos executar a soma: Fon = Fo + Fis =(1,15 X 10 NYE + (1,025 x 10-2*N)i + (1.775 x 10-#N)j = (1,25 x 10-5N)i + (1,78 x 10-N)j. (Resposta) Método 3. Executar a soma verorial componente por com- ‘ponente. Somando as componentes x dos dois vetores, temos: = Fig + Fay = Fis + Figcos 60° 1,15 x 10-# N + (2,05 x 10° =1,25 x 10-5N, Frsocx N)(cos 60°) Somando as componentes y, temos: Fisony = Fay + Fiay = 0 + Figsen 60° 2.05 x 10-** N)(sen 60°) 78 x 10-™N. O médulo da forga F),,.. 6 dado por Fie = VFhioex + y= 1,78 x 10-'N, (Resposta) Para determinar a orientacdo de F,..,calculamos Fisots _ 1 Fis es 86,0". Entretanto, este resultado nfo é razoavel, j4 que a orientagio de F) 44 deve estar entre as orientagdes de F\3¢ Fs, Para encontrar o valor correto de @ somamos 180°, obtendo -86,0° + 180° = 94,0°, (Resposta) Capitulo 21 | Cargas Elétricas Keg 3 A figura mostra trés arranjos de um elétran ¢ dois, protons p. (a) Ordene os arranjos de acordo com o médulo da forca eletrostatica exercida pelos prétons sobre 0 elétron, em ‘ordem decrescente. (b) No arranjo c,o Angulo entre a forga total exercida sobre o elétron e a reta d é maior ou menor que 45°? . bas ae eepeey ee ? @ wo @ Putian Tatica 1: Simbolos que Representam Cargas Aqui esté ‘um guia geral para os simbolos que representam eargas. Se um imbolo g. com ou sem indice, é usado em uma sentenca na qual o sinal da carga no foi especificado, a carga pode ser positiva ou negativa, As vezes o sinal € indicado explicitamente, como na no- tagaio +g ou 4. Exemplo EAE ‘Quando o problema envolve mais de uma carga, as cargas podem ser indicadas como miltiplos do médulo de uma carga de referéncia, Assim, por exemplo,a notag30 +2g significa uma earga positiva cujo médulo é duas vezes maior que o médulo de uma carga de referencia q, e ~39 significa uma carga negativa cujomé- dulo € trés vezes maior que o médulo da carga de referéncia q. A Fig, 21-10a mostra duas particulas fixas: uma particula de carga q, = +8q na origem e uma particula de carga q: = =2g em x = L. Em que ponto (que nao esteja a uma distancia infinita das cargas) um proton pode ser colocado de modo a ficar em equilibrio (sem estar submetido a ne- nhuma forga)? Este equilibrio é estavel ou instdvel? fama Se F, é a forga exercida sobre o proton pela carga q, ¢ F, é a forga exercida sobre o proton pela carga 42,0 ponto que procuramos é aquele no qual F, + F, = 0. Isso significa que Faz, (21-8) Assim, no ponto que procuramos as forgas que as ou- tras duas particulas exercem sobre o préton devem ter 0 mesmo médulo, ou seja, R= Py 1-8) eas forgas devem ter sentidos opostos. Raciocinio: Como a carga do proton ¢ positiva, as cargas do proton e da particula de carga q) tém o mesmo sinal e, portanto, a forea F; exercida sobre o proton por esta parti- cula aponta para longe de q,. Como o proton e a particula de carga q; tém sinais opostos, a forga F; exercida sobre 0 proton por essa particula aponta na dirego de qs. As dire~ des “para longe de g,” e “na direcao de q;” s6 podem ser opostas se 0 préton estiver sobre a reta que liga as duas particulas, ou seja, sobre 0 eixo x. Se 0 proton estiver em um ponto do eixo x entre q, € gu como o ponto P da Fig, 21-10b, F, e F; terio o mesmo sentido e niio sentidos opostos, como desejamos. Se 0 pré- ton estiver em um ponto do eixo x a esquerda de q), como © ponto S$ da Fig. 21-10c, F, e Fy terdo sentidos opostos. Entretanto, de acordo com a Eq. 21-4, F, e F; no poderaio ter m6dulos iguais; F, ser4 sempre maior que F,, ja que F, @ o 4 @ FIG. 21-10 (a) Duas particulas de cargas q; ¢ 2 sHo mantidas fixas sobre o eixo x. separadas por uma distancia L. (6)-(d) Tres posigbes possiveis de um proton, P, Se R.Nas és posighes, Fé a forga que a particula 1 exerce sobre 0 proton e Fé. forga que a particula 2 exerce sobre 0 préton sera produzido por uma carga mais préxima (com menor valor de r) e maior médulo (8q, em comparagio com 24). Finalmente, se 0 proton estiver em um ponto do eixo x A direita de g,, como o ponto R da Fig. 21-9d, F, e F; te- 140 novamente sentidos opostos. Entretanto, como agora carga de maior médulo (q,) esté mais distante do proton que a carga de menor médulo, existe um ponto no qual F ¢ Fy sao iguais. Seja x a coordenada deste ponto e seja q, a carga do proton. Caleulos: Combinando a Eq. 21-9 com a Eq, 21-4, obte- mos: 1 844 1 2499 Ame) x? 4m) (x - LP (21-10) (Observe que apenas os médulos das cargas aparecem na Eq. 21-10.) De acordo com a Eq, (21-10), temos: a _ Extraindo a raiz quadrada de ambos os membros, obte- mos: ‘o que nos dé Hie (Resposta) © equilibrio no ponto x = 2L € instavel, Quando o préton é deslocado para a esquerda em relagéio ao ponto ue ce Tatica 2: Como Desenhar os Vetores das Forcas Ele- trostaticas Quando o dado do problema é um conjunto de particulas cazregadas, como na Fig. 21-94, ¢ 0 objetivo é de- terminar a forea eletrostitica total a que esté submetida uma dias particulas, em geral é conveniente desenbar um diagrama de corpo livre com a particula de interesse ¢ as forgas a que ela estd submetida, como o da Fig, 21-95, Se voc€ preferir de Na Fig, 21-L1a, duas esferas condutoras iguais, Ae B, estéo separadas por uma distancia a (entre os ceniros) muito maior que os raios das esferas. A esfera A tem uma carga positiva +Q, e a esfera B é eletricamente neutra Inicialmente nao existe nenhuma forga eletrostitica en- tre as esferas. (Suponha que a carga induzida nas esferas possa ser desprezada porque as esferas estiio muito afas- tadas.) (a) As esferas sao ligadas momentaneamente por um fio condutor suficientemente fino para que a carga que se acu- ula no fio possa ser desprezada, Qual é a forga eletrosta- tica entre as esferas depois que o fio é removido? EE (1) Como as esferas so iguais, devem ter minar com cargas iguais (mesmo sinal e mesmo valor ab- soluto) ao serem ligadas por um fio, (2) A soma inicial das cargas (ineluindo o sinal) deve ser igual & soma final das Bas. Raciocinio: Quando as esferas so ligadas por um fio, os elétrons de conduc&o (negativos) da esfera B, que se re- pelem mutuamente, podem se afastar uns dos outros (mo- endo-se, através do fio, para a esfera A positivamente car- ada, que 0s atrai, como mostra a Fig. 21-11b). Com isso, a esfera B perde cargas negativas e fica positivamente car- regada, enquanto a esfera A ganha cargas negativas ¢ fica menos positivamente carregada. A transferéncia de carga cessa quando a carga B aumenta para +Q/2 ¢ a carga de 4 diminui para +Q/2, 0 que acontece quando uma carga ~Q/2 passa de B para A, Depois que 0 fio é removido (Fig. 21-11¢), podemos supor que a carga de cada esfera ndo perturba a distribui- ‘214 | Leide Coulomb [Em R,F, ¢ F; aumentam, mas F; aumenta mais (porque qo esta mais préxima que q,) ¢ a forga resultante faz com que o préton continue a se mover para a esquerda até se chocar ‘com a carga q:. Quando o proton ¢ desiocado para a direita em relagdo ao ponto R, F © F) diminuem, mas Fy diminui mais ¢ a forga resultante faz, com que o proton continue a se mover indefinidamente para a direita. Se o equiltbrio fosse estével, o proton voltaria & posigao inicial depois de ser deslocado ligeiramente para a esquerda ou para a di- reita senhar essas forcas, certifique-se de que todos os vetores sejam desenhados com a origem (de preferéncia) ou a extremidade na particula de interesse. Se vocé desenhar os vetores em ou- tro locais do diagrama, correrai um sério risco de se confundit; a confusdo estard garantida se vocé associar os vetores 2s par- ticulas responsdveis pelas forgas que agem sobre a particula de interesse. Our Oy Brae a fee O07 a) o © w we FIG. 21-11 Duas pequenas esferas condutoras, A B.(a) No inicio, a esfera A esti carregada positivamente. () Uma carga negativa ¢ transferida de B para A através de um fio condutor. (c) ‘As duas esferas ficam carregadas positivamente. (d) Uma carga negativa é transferida para aesfera A através de um fio condutor Tigado & terra. (e) A estera A fica neutra. iio de cargas na outra esfera, j4 que a distancia entre as es- feras € muito maior que 0 raio das esferas. Assim, podemos aplicar o primeiro teorema das caseas as duas esteras. De acordo com a Eq.21-4,com 4, = q:= Qi2er =a, i 1 (@aygr) _ 1 (2 are 16m Va : (Resposta) As esferas, agora positivamente carregadas, se repelem mutuamente, (b) A esiera A € ligada momentaneamente a terra e, em seguida, a ligagdo com a terra é removida. Qual é a nova forca eletrostatica entre as esferas? Raciocinio: Quando ligamos um objeto carregado a terra (que é um imenso condutor) através de um fio, neutraliza- SA Capitulo 21 | Cargas Elétricas mos 0 objeto. Se a esfera A estivesse negativamente car- regada, a repulsao miitua entre os elétrons em excesso fa- ria com que eles migrassem da esfera para a terra. Como a esfera A estd positivamente carregada, elétrons com uma carga total de —Q/2 migram da terra para a estera (Fig. 21- 11d), deixando a esfera com carga 0 (Fig. 21-I1e). Assim (mais uma vez), ndo existe forca eletrosttica entre as es- feras. Cargas de Trés Particulas Particula —Simbolo Carga Eléwon eoue’—~e Proton Pp +e Néeuton a 0 21-51 A Carga E Quantizada Na época de Benjamin Franklin, a carga elétrica era considerada um fluido continuo, uma idéia que foi itil para muitos propdsitos. Hoje, porém, sabemos que mesmo os fiuidos “clissicos”, como a Agua € 0 ar, ndo s4o continuos sim compostos de dto- mos e moléculas; # matéria é quantizada, Os experimentos revelam que 0 “fluido elétrico” também nao é continuo, ¢ sim composto de unidades elementares de carga. ‘Todas as cargas positivas e negativas q que podem ser detectadas podem ser escritas na forma a= n +2, (21-11) ‘onde €,a carga elementar, tem o valor aproximado e = 1,602 x 10°C, (21-12) A carga elementar ¢ € uma das constantes mais importantes da natureza. Tanto 0 elétron como o proton posstem uma carga cujo valor absoluto € ¢ (Tabela 21-1). (Os quarks, particulas elementares das quais sio feitos os protons e néutrons, tém cargas de ~e/3 ou =2e/3,mas existem fortes indicios de que ndo podem ser observados iso- ladamente. Por esse motivo e por razGes histéricas, a carga elementar nao € tomada como sendo e/3). Certas expressdes de uso coloquial, como “a carga contida em uma esfera”, “ quantidade de carga transferida” e “a carga que um elétron possui”, dao a impres- sdo de que a carga é uma substancia. (Na verdade, usamos algumas expresses se- melhantes neste capitulo.) F preciso ter em mente, porém, que a carga néio é uma substancia, e sim uma propriedade das particulas, como a massa. Quando uma grandeza fisica pode assumir apenas certos valores, dizemos que € quantizada; a carga clétrica é uma dessas grandezas. E possivel, por exemplo, encon- trar uma particula sem carga elétrica ou com uma carga de +10e ou —6e, mas nado uma particula com uma carga de 3.57¢. O quantum de carga € extremamente pequeno. Em uma lampada incandescente de 100 W. por exemplo, cerca de 10 cargas elementares passam pelo filamento por se- gundo, Entretanto,a natureza disereta da eletricidade nao se manifesta em muitos fe- nOmenos (a luz da lampada nao pisca toda vez que um elétron passa pelo filamento), da mesma forma que nao sentimos as moléculas de agua quando lavamos as mos. isi Inicialmente,a esfera A possui uma carga —S0e e a esfera B uma carga +20e. As esferas sto feitas de um material condutor ¢ t@m 0 mesmo tamanho. Se as esferas sie colocadas em contato, qual é 0 novo valor da carga da estera A? eemploM O niicleo de um dtomo de ferro tem um raio de 4,0 x 10- me contém 26 protons. (a) Qual é 0 médulo da forga de repulsio eletrostatica en- BE coos prétons sao particulas com carga elétrica, o médulo da forca eletrostatica entre dois protons € dado pela lei de Coulomb, tre dois protons do micleo de ferro separados por uma dis- tancia de 4,0 x 10- m? Célculo: De acordo com a Tabela 21-1, a carga elétrica do proton € +e; assim, de acordo com a Eq. 21-4, (8,99 x 10°N-m4/C2)(1,602 x 10° CP 2161 Acro EComerads EERIE ote z _ (6,67 X 107" N- mPtkeg?) (1,67 X 10-2" kg)? Ox 10-5 mp 14N, (Resposta) Nao hé uma explosdo: Fsta forca poderia ser conside- rada pequena se agisse sobre um objeto macrose6pico como uma melancia, mas é gigantesca quando aplicada a uma particula do tamanho de um proton. Forgas dessa or- dem deveriam fazer com que os nticleos de todos os ele- mentos se desintegrassem (a nao ser o do hidrogénio, que possui apenas um préton). O fato de existirem niicleos ato- micos estaveis com mais de um proton sugere a existéncia no interior do micleo de uma forga de atragdo muito in- tensa, capaz de compensar a repulsao eletrostatica. (b) Qual é 0 médulo da forga de atracdo gravitacional en- re os mesmos dois protons? FEI ono protons cto partculas com masa, ‘0 médulo da forga gravitacional entre dois protons é dado pela lei de Newton para a atraco gravitacional (Eq.21-2). Céleulo: Com miy (= 1,67 X 10” kg) representando a (40 x 10- mj = 12x 10-SN, (Resposta) Uma grande, a outra pequena: Este resultado mostra que a forca de atracdo gravitacional € insuficiente para compensar a forga de repulsdo eletrostatica entre os pré- tons do nticleo. Na verdade, a forga que mantém o nticleo coeso ¢ uma forga muito maior, conhecida como interagdo forte, que age entre dois protons (e também entre um pré- ton e um néutron, ¢ entre dois néutrons) apenas quando essas particulas esto muito préximas umas das outras, como no interior do micleo. Embora a forga gravitacional seja muito menor que a forca eletrostética, € mais importante em situagdes que envolvem um grande mimero de particulas porque € sem- pre atrativa. Isso significa que a forga gravitacional pode produzir grandes concentragdes de matéria, como planetas € estrelas, que, por sua vez, exercem grandes forgas gravi- tacionais. A forga eletrostética, por outro lado, é repulsiva para cargas de mesmo sinal e, portanto, nao é capaz de pro- duzir grandes concentrages de cargas positivas ou negati- vvas que possam exercer grandes forgas eletrostaiticas. massa de um proton, Eq.21-2 nos da 21-6 | A Carga E Conservada Quando friecionamos um bastao de vidro com um pedago de seda o bastio fica posi- tivamente carregado. As medidas mostram que uma carga negativa de mesmo valor absoluto se acumula na seda. Isso sugere que 0 processo néo cria cargas, mas ape- nas transfere cargas de um corpo para outro, rompendo no processo a neutralidade de carga dos dois corpos. Esta hipstese de conservacio da carga elétrica, proposta por Benjamin Franklin, foi comprovada exaustivamente tanto no caso de objetos mactosedpicos como no caso de Atomos, micleos e particulas elementares. Até hoje nao foi encontrada nenhuma exces. Assim, podemos acrescentar a carga elétrica & nossa lista de grandezas, como a energia,o momento linear € 0 momento angular, que obedecem a uma lei de conservagio. Exemplos importantes da conservagao de carga sao observados no decaimenio radioativo dos micleos atémicos, um processo pelo qual um nucleo se transforma em um niicleo diferente. Um micleo de urénio 238 @U), por exemplo, se trans- forma em um nticleo de tério 234 (Th) emitinde uma particula alfa, que € um niicleo de hélio 4 (*He). O ntimero que precede o simbolo do elemento quimico € chamado de mimero de massa, ¢ é igual ao nimero total de protons e néutrons presentes no niicleo. Assim, o numero total de protons e néutrons do *U € 238.0. ntimero de protons presentes em um micleo é 0 nimero atdmico Z, que & forne- cido para todos os elementos no Apéndice F. Consultando 0 Apéndice F, vemos que no decaimento 28U > Th + ‘He, (21-13) © niicleo-pai “LU contém 92 protons (uma carga de +92e), 0 nticleo-fitho Th contém 90 protons (uma carga de +90e) e a particula alfa emitida, ‘He, contém 2 protons (uma carga de +2e). Vemos que a carga total é +92e antes e depois do decaimento; assim, a carga é conservada. (O mimero total de protons e néutrons também € conservado: 238 antes do decaimento e 234 + 4 = 238 depois do decai- mento.) Outro exemplo de conservagio de carga ocorre quando um elétron e~ (cuja carga é —e) e sua antiparticula, o pésitron e* (cuja carga é +e), sofrem um processo de aniquilagao e se transformam em dois raios gama (ondas eletromagnéticas de alta energia) eretsyty (asiquilasio). (21-14) Ao aplicar a lei de conservago da carga devemos somar as cargas algebricamente, ou seja, levando em conta o sinal de cada uma. No proceso de aniquilagao da Eq 21-14, por exemplo, a carga total do sistema é zero antes e depois do evento; a carga é conservada, Na producao de um par, o inverso da aniquilagdo, a carga também é conservada. Nesse processo, um raio gama se transforma em um elétron e um pésitron: YE +e” (produgao de um pan) (21-15) ‘A Fig.21-12 mostra a produgdo de um par no interior de uma cdmara de bolhas, Um raio gama entrou na cimara, proveniente da parte inferior da fotografia, e se trans- formou em um elétron e um pésitron ao interagir com uma particula presente na mara, Como as particulas eriadas tinham carga elétrica e estavam em movimento, deixaram uma tritha de pequenas bolhas. (As trilhas sio curvas porque existe um campo magnético no interior da camara.) Como o raio gama ¢ eletricamente neutro, nao produz uma trilha. Mesmo assim, sabemos exatamente em que ponto da camara © par de particulas foi produzido: no local onde comegam as trilhas do elétron e do positron, FIG. 21-12 Fotografia das trilhas deixadas por um elétron e um pésitron em uma cémara de holhas, (0 par de particulas foi produzido por tum raio gama que entrou na camara, proveniente da parte inferior da fotografia. Como o raio gama é eletricamente neutto, nfo produz uma trilha. (Cortesia do Lawrence Berkeley Laboratory) REVISAO E RESUMO Carga Elétrica A intensidade das interagbes elétricas de uma particula depende da sua earga elétrica, que pode ser positiva ou rnogativa. Cargas de mesmo sinal se repclem e cargas de sinais ‘opostos se atraem. Um corpo com quantidades iguais dos dois ti pos de cargas ¢ eletricamente neutro; um corpo com um excesso (leide Coulomb). (21-4) Frey Onde a = 8,85 x 107? CIN - m6 a permissividade do véeuo & Vdrreg ~ k= 8,99 x 10°N «iC 6 a constante eletrostitica de cargas positivas ou negativas esté eletricamente carregado. Materiais condutores so materiais nos quais muitas part cculus eletricamente carregadas (elétrons, no caso dos metais) se movem com facilidade. Nos materiais ndo-condutores, também conhecidos como isolantes, as cargas nao podem se mover. O Coulomb eo Ampére A unidade de carga do $1é 0 cou Jomb (C), que € definido em termos da unidade de corrente elé- triea, o ampere (A), como a carga que passa por um certo ponto cem I segundo quando existe uma corrente elétrica de 1 ampere neste ponto: 1C=(QA)9). Esta definicao se baseia na relacao entre a corrente fe a taxa de varia ‘cdo com o tempo dgidt da carga que passa por um ponto do espaca: dg (Corrente elétrica) (213) de Lei de Coulomb A lei de Coulom> expressa a forga eletros- titica entre duas cargas pequenas (pontuais) q, eq, em repouso (ou quase em repouso) separadas por uma distineia r: ‘A forga de atracio ou repulsio entre cargas pontuais em re- pouso tem a direcdo da reta que liga as cargas. Quando mais de ‘duas cargas esto presentes, a Eq, 21-4 se aplica a todos os pa- res de cargas. A forga total a que cada carga est submetida pode ser calculada, de acordo com o principio de superposigao, como soma vetorial das forgas exercidas por todas das outras cargas sobre a carga considerada Os dois teoremas das cascas da eletrostatica so os seguintes: Uma casea com uma distribuicao uniforme de carga airai ou repele wma particula carregada situada do lado de fora da casca como se toda a carga da casca estivesse situadano centra. Se uma particula carregada esté situada no interior de wma casca com uma distribuicdo uniforme de carga, a casca nao exerce nenhumua forca eletrostitica sobre a particule A Carga Elementar A carga clétrca ¢ quantizada:todasas car ‘gas elétricas podem ser escrtas na forma ne, onde m é um niimero inteiro positivo ou negativo ¢ e & uma constante fisica conhecida ‘como carga elomentar (= 1,602 x 10°C). carga elétrica é cone servada: a carga elétrica de qualquer sistema isolado ¢ constant voce EE 1A Figura 21-13 mostra quatro sistemas nos quais partfeulas, carregadas so mantidas fixas sobre um eixo, Em quis desses sis- temas existe um ponto a esquerda das partfculas no qual um elé- tron estaria em equilibrio? FIG.21-43 Pergunta 1. 2. A Figura 21-14 mostra duas particulas carregadas sobre um cixo. As cargas tém liberdade para se mover; entretanto, é pos- sivel colocar uma terceira particula em um ponto tal que as tres particulas fiquem em equilbrio. (a) Esse ponto esté & esquerda dias duas primeiras particulas,a direita ou entre elas? (b) A carga dia terceira particula deve ser positiva ou negativa? (c) O equili- brio é estavel ou instivel? ——#_-5__. fot FIG.21-14 Pergunta2. 3A Figura 21-15 mostra quatro sistemas nos quais cineo parti- culas carregadas esto dispostas ao longo de um eixo com espa- samento uniforme. O valor da carga est indicado para todas as partfculas, a nao ser particula central, que possui a mesma carga nos quatro sistemas, Coloque os sistemas na ordem do médulo da forga eletrostitica total exercida sobre a particula central, em ‘ordem decrescente. oS FIG.21-15 Pergunta3. 4A Figura 21-16 mostra trés pares de esferas iguais que so colocadas em contato € novamente separadas. As cargas presen- tes inicialmente nas esferas esto indicadas. Ordene os pares de acordo (a) com o médulo da carga transferida quando as esferas so postas em contato e (b) com o médulo da carga presente na esfera positivamente carregada depois que as esferas so separa- das,em ordem deerescente. +Be le 0 Be He 4e a 2 @ FIG.21-16 Pergunta4. 5 A Figura 21-17 mostra trés sistemas constituides por uma Particula carregada e uma casca esférica com uma distribuicao de ‘carga uniforme. As cargas so dadas € os raios das cascas esto indieados. Ordene os sistemas de acordo com © médulo da forga cexercida pela casca sobre a particula,em ordem decrescente, 4 ® © FIG. 21-17 Pergunta5. 6 NaFig.21-18,uma particula central de carga ~29 esta cercada por um quadrado de particulas carregadas, separadas por uma distancia d ou di2, Quais sio 0 médulo ¢ a orientagao da forga eletrostética total exercida sobre a particula central pelas outras particulas? (Sugestdo: Levando em conta a simetria do problema, € possivel simplificar consideravelmente os calculos.) 2 44 at 8 134 -3y 59 +49 424 9 FIG.21-18 Pergunta6, 7 Na Fig. 2-19, uma partfcula central de carga —q esta cercada por dois anéis circulares de particulas carregadas. Quais si0 0 médulo e a orientagao da forga eletrostética total exercida sobre a particula central pelas outras particulas? (Sugestdo: Levando em conta a simetria do problema, é possivel simplificar conside- ravelmente os célculos) FIG.21-19 Pergunta7. 16 ee 8 Umaesfera positivamente carregada € colocada nas proximi- dades de um condutor neutro inicialmente isolado, e o condutor & colocado em contato com a terra. O condutor fica carregado positivamente, carregado negativamente ou permanece neutro (a) se a esfera é afastada e, em seguida, a ligagdo com a terra € removida, (b) sea lizagao com a terra é removida e,em seguida, acsfera € afastada? 9 A Fig. 21-20 mostra quatro sistemas nos quais particulas de carga +q 04 ~q si mantidas fixas. Em todos os sistemas as par- ticulas sobre o eixo x estdo eqiiidistantes do eixo y. Considere a particula central do sistema 1. A partfcula esté sujeita as forgas eletrostiticas F, © Fy das outras das particulas. (a) Os médulos F, € Fy dessas forgas sfo iguais ou diferentes? (b) O médulo da forga total a que a particula central esté submetida ¢ maior, me- ‘or ou igual a F, + F;? (c) As componentes x das duas forgas se somam ou se subtraem? (d) As componentes y das duas forcas se somam ou se subtraem? (e) A orientacao da forca total a que estd submetida a particula do meio esta mais préxima das com- ponentes que somam ou das componentes que se subtraem? (f) ‘Qual ¢ a orientagio dessa forca total? Considere agora os outros sistemas. Qual é a orientagdia da forga toral exercida sobre a par- ‘cula central (g) no sistema 2; (h) no sistema 3: (i) no sistema 4? (Em cada sistema, considere a simetria da distribuigio de cargas ¢ determine as componentes que se somam e se subtraem.) 10. A Fig. 21-21 mostra quatro sistemas de particulas carrega- das, Coloqu 0s sistemas em ordem de acordo com o médulo da {orga eletrostética total a que est4 submetida a particula de carga +Q,em ordem decrescente, i : ee : a a to % 4 % & tM PO 2a 2 © @ @ a bs L ' : 25 Sr SS ae Hi r ‘3 7 FIG. 21-20 Pergunta 9. FIG, 21-21 Pergunta 10. PROBLEMAS ‘#440 Onvimers de pontos indie 0 grau de dficuldade do problems: EME nformacdes acicionais disponiveis em O Circo Voador do Fisica, de Jearl Walker, Rio de Janeiro: LTC, 2008. ‘ seg 21-4 Lei de Coulomb #1 Qual deve ser a distancia entre a carga pontual q) = 26,0 uC € a carga pontual g = —47,0 4C para que a forca eletrostitica entre as dias cargas tena um médulo de 5,70N? +2. Duas particulas de mesma carga sao colocadas a 3,2 * 10 1m de distancia uma da outra ¢ liberadas a partir do repouso. A aceleragao inicial da primeira particula ¢ 7.0 mis? e a da segunda €9,0 mis?, Se a massa da primeira particula € 6,3 x 10-7 kg, deter- imine (a) a massa da segunda particula: (b) 0 médulo da carga de ada particula, #3 Uma particula com uma carga de +3,00 x 10°" C esté a 12,0 em de distancia de uma segunda particula com uma carga de =1,50 X 10°* C. Caleule 0 médulo da forga eletrostatica entre as particulas +4 Duas esferas condutoras iguais, 1 ¢ 2, possuem cargas iguais esto separadas por uma distancia muito maior que o diémetro (Fig. 21-222). A forga eletrostitica a que a esfera 2 esté submetida devido & presenca da esfera 1 é F. Uma terceira esfera 3, igual as duas primeiras, que dispde de um cabo ndo-condutor ¢ esté ini- cialmente neutra, é colocada em contato primeito com a esfera 1 (Fig. 21-225), depois com a esfera 2 (Fig. 21-22c) e,finalmente, re- movida (Fig. 21-22d). A forga eletrostatica & qual a esfera 2 agora esta submetida tem médulo F”. Qual ¢ 0 valor da razio F/F? F z @ @) - P a @ FIG. 21-22 Problema 4. #5. Da carga Q que uma pequena esfera contém inicialmente, uma parte q é transferida para uma segunda esfera situada nas proximidades As duas esferas podem ser consideradas como car- ‘gas pontuais Para que valor de q/Q a forga eletrostitica entre as duas esferas é méxima? *6 Na descarga de retorno de um relimpago tipico, uma cor- rente de 2,5 x 104A é mantida por 20 us. Qual é 0 valor da carga ‘transferida? #67 Duns esferas condutoras iguais, mantidas fixas, se atraem mutuamente com uma forga eletrostatica de 0,108 N quando a distincia entre os eentros é 50,0 em. As esferas sf ligadas por um fio condutor de diametro desprezivel. Quando 0 fio é removido, as esferas se repelem com uma forga de 0,0360 N, Supondo que a carga total das esferas era inicialmente positiva, determine: (a) 4 carga negativa inicial de uma das esferas;(b) a carga positiva inicial da outra esfera #08 Na Fig 21-23, quatro particulas formam um quadrado. As ‘eargas siioq) = qs = Q€ d2 = ds = g.(a) Qual deve ser o valor da azo Qlq para que a forca cletrostatica total a que as particulas 1 eB estdo submetidas seja nula? (b) Existe algum valor de q para ‘o qual a forga eletrostitica a que todas as particulas estao subme- tidas seja nula? Justfique sua resposta, typ 1+ FIG. 21.23 Problemas8,9¢ 62. Na Fig, 21-23, as cargas das particulas si q, = 2 = 100 nC e gs = —g, = 200 nC. O lado do quadrado € a = 5,0 em Determine (2) a componente xe (b) a componente y da forga ele- trostética a que esté submetida a particula 3 JO. Trés particulas so mantidas fixas sobre um eixo x. A par ticula 1,de carga g,,esté em.x = ~a;a particula 2, de carga qr,ests em.x = +a, Determine a razo qy/gs para que a forga eletrostitica & que esta submetida a particula 3 seja mula (a) se a particula 3 es- tiver no ponto x = +0,500a; (b) se & particula 3 estiver no ponto r= +1504, 1 Na Fig, 21-24, trés particulas carregadas estio sobre um eix0 x. As particulas 1 € 2 sio mantidas fixas. A particula 3 esté livre para se mover, mas a forga eletrostitica exercida sobre ela pelas partioulas 1 ¢ 2.€ zer0, Se Las = Lia, qual € 0 valor da razdo alas? hyp is t $ a* FIG.21-24 Problemas 11 ¢56. 2A Fig. 21.25 mostra quatro esferas condutores iguais, que estdo separadas por grandes distancias. A esfera W (que estava inicialmente neutra) é colocada em contato com a eslera A e de- pois as esferas sio novamente separadas, Em seguida,a esfera W = colocada em contato com a esfera B (que possuia inicialmente uma carga de —32e) e depois as esferas so novamente separa- das, Finalmente, a esfera W é colocada em contato com a esfera C “bls (que possuia inicialmente uma carga de +48e),e depois as esferas silo novamente separadas. A carga final da esfera W € + 18e. Qual era acarga inicial da estera A? = FIG. 21-25 Problema 12. #013 Na Fig. 21-26a, as particulas | e 2 tém uma carga de 20.0 uC cada uma e estio separadas por uma distancia d = 1,50 m. (a) Qual é 0 médulo da forga eletrostatica que a particula 2 exerce sobre a particula 1? Na Fig. 21-260, a particula 3, com uma carga de 20.0 uC, € posicionada de modo a completar um tringulo equildtero. (b) Qual é 0 médulo da forga eletrostética a que a par- ticula 1 ¢ submetida devido & presenga das particulas 2 ¢ 3? ley get @ o FIG. 21-26 Problema 13. #014 Na Fig. 21-27a, a particula 1 (de carga qi) € a particula 2 (de carga q:) sto mantidas fixas no eixo x, separadas por uma distancia de 8,00 em. A forga que as particulas 1 € 2 exercem so- bbre uma particula 3 (de carga qs = +8,00 x 10-” C) colocada entre elas é Fiyo;. A Fig. 21-27b mostra o valor da componente x. dessa forga em fungzo da coordenada x do ponto em que a par ticula 3 é colocada. A escala do eixo x & definida por x, = &0 cm. Determine (a) 0 sinal da carga q,;(b) 0 valor da raztio guiqy x(em) @ FIG. 21-27 Problema 14. }§_Na Fig. 21-28, a partfeula 1, de carga +1,0 wC,e a particule 2, de carga —3,0 42C, so mantidas a uma distancia L = 100 em ‘uma da outra sobre um eixo x, Determine (a) a coordenada x € (b) s coordenada y de uma particula 3 de carga desconhecida qs para que a forga total exercida sobre ela pelas particulas | ¢ 2 seja nul, an os a FIG.21-28 Problemas 15,19,32,64€69. Capitulo 21 | Cargas Elétricas #°16 Na Fig.21-29e, trés particulas positivamente carregadas sf0 ‘mantidas fixas em um eixo x.As particulas B e C esto tio préximas que as distincias entre elas e a particula A podem ser considera~ das iguais. A forca total a que a particula A esta submetida devido & presenca das particulas B e Cé 2.014 x 10-® Nno sentido negativo do eixo x. Na Fig. 21-27, a particula B foi transferida para o lado ‘oposto de A, mas mantida 2 mesma distancia. Nesse caso, a forga total a que a particula A esta submetida passa a ser 2,87 10 N no sentido negativo do eixo x. Qual € o valor da razao qclga? o FiG. 21-29 Problema 16, #017. Ascargas e coordenadas de duas particulas mantidas fixas no plano xy so g, = +30 uC, x = 3,5 em, yy = 0,50 em e gs = ~4,0 wC.x; = —2,0em, y2 = 1.Sem. Determine (a) 0 méxiulo ¢ (b) a orientagdo da forga cietrostatica que a particula I exerce sobre a particula 2. Determine também (c) a coordenada x e (a) a eoor- denada y de uma terceira particula de carga qs = +4,0 uC para {que a forga exereida sobre ela pelas particulas | e 2 seja nua. #018 Duas particulas so mantidas fixas em um eixo.x. A parti- cula 1, de carga 40 uC, esté situada em.x = ~2,0 cma particula 2, de carga Q, estd situada em x = 3.0cm. A particula 3 esté inicial- mente no eixo y eé liberada,a partir do repouso, no ponto y = 2.0 cm. O valor absoluto da carga da particula 3 620 wC. Determine ‘valor de Q para que a accleragao inicial da particula 3 seja (a) rno sentido positivo do eixo x; (b) no sentido positive do eixo y, 19 Na Fig 21-28, a particula 1, de carga +g.¢ a particula 2. de carga +4,00g.s8o mantidas @ uma disténcia L = 9.00 em sobre tum eixo x, Se um particula 3 de carga q, permanece im6vel 20 ser colocada nas proximidades das particulas 1 e 2, determine (a) a razao quig:(b) a coordenada x da particula 3; (c) a coordenada y da particula3. #20. A Fig 21-30 mostra um sistema de quatro particulas car regadas, com @ = 30,0° e d = 2,00 cm, A carga da particula 2 € gz = +800 X 10°” Ca carga das particulas 3¢4 € gs = qu = =1,60 x 10° C. (a) Qual deve ser a distancia D entre a origem © @ particula 2 para que a forga que age sobre a particula 1 seja aula? (b) Se as particulas 3 ¢ 4 so aproximadas do eixo x man- tendo-se simétricas em relagio a este eixo, o valor da disténcia D maior, menor ou igual ao do item (a)? FIG. 21-20 Problema 20. 21 Na Fig. 21-31, as particulas 1 € 2, de carga qs = gz = +320 X 10°! C, estdo sobre 0 eixo y, a uma distancia d = 17,0 ‘em da origem. A particula 3, de carga qs = +640 X 10" C, é des- locada ao longo do eixo x, de x = O até x = +5,0 m, Para que va- lor de x 0 médulo da forga eletrostética exercida pelas particulas Le 2sobre a particula 3 € (a) minimo e (b) maximo? Quais so os FiG.21-31. Problema 21. 622A Fig. 21-324 mostra um sistema de trés particulas car- regadas separadas por uma distancia d. As particulas A e C esto fixas no hugar sobre o eixo x,mas a particula B pode se mover ao longo de uma circunferéneia com centro na particula A. Durante © movimento, um segmento de reta ligando os pontos A ¢ B faz sum Angulo com o eixo x (Fig, 21-326). As curvas da Fig. 21-32 ‘mostra, para duas situagies, o médulo F,. da forga eletrostatica total que as outras particulas exercem sobre a particula A. Esta forca total esté plotada em fungio do fngulo # como multiple da uma forca de referéncia Fy. Assim, por exemplo, na curva 1, para # = 180°, vemos que Fy = 2F). (a) Para a situagao corres- pondente a curva 1, qual é a razdo entre a carga da particula C © a carga da particula B (incluindo o sinal)? (b) Qual € a mesma razio para a situagao correspondente a curva 2? FiG.21-32 Problema 22. 94623 Uma casca esférica ndo-condutora,com um raio interno de 4,0 cme um raio externo de 6,0 cm, possui uma distribuigao de car- ‘bas ndo-homogénea. A densidade volumétrica de carga p € a carga por unidade de volume, medida em coulombs por metro cibico. No caso dessa casca, p = b/r.onde ré a distancia em metros a partir do ‘centro da casca e b = 3,0 wCim*. Qual &a carga total da casca? segio21-5 A Carga € Quantizada #24 Qual é 0 médulo da forga eletrostética entre um fon de s6- dio monoionizado (Na*, de carga +e) e um fon de cloro monoio- nizado (CI-, de carga —e) em um cristal de sal de cozinha, se a distancia entre os fons € 2,82 10°" m? #25. modulo da forga eletrostética entre dois fons iguais sepa rados por uma disténcia de 5,0 x 10-"’'m €3,7 x 10-°N.(a) 62 carga de cada fon? (b) Quantos elétrons esto “faltando™ cada on (fazendo, assim, com que 0 fon possua uma carga trea diferente de zero)? +26 Uma corrente de 0,300 A que atravesse © peito pode pro- duzir fibrilagio no coragio de um ser humano, perturbando 0 ritmo dos batimentos cardfacos com efeitos possivelmente fata Sea corrente dura 2,00 min. quantos elétrons de condugio atra- ‘vessam o peito da vitima? *27- Quantos elétrons é preciso remover de uma moeda para deixé-la com uma carga de +1,0 x 10-7 C? 28 _Duas pequenas gotas d'dgua esféricas, com cargas iguais de ~1,00 x 10°" C, estao separadas por uma distancia entre os centros de 1,00 em. (a) Qual €0 valor do m6dulo da forga eletros- tatiea a que cada uma esté submetida? (b) Quantos elétrons em excesso possui cada gota? +29 A atmosfera da Terra é constantemente bombardeada por raios césmicos provenientes do espago sideral, constitufdos prin- cipalmente por préions. Se a Terra nao possulsse uma atmostera, cada metro quadrado da superficie terrestre receberia em média 1500 prétons por segundo. Qual seria a corrente elétrica recebida pela superficie de nosso planeta? #*30 A Fig. 21-334 mostra duas particulas carregadas, 1 ¢ 2, que so mantidas fixas sobre um eixo x. O valor absoluto da carga da partfcula 1 é ji) = 8,00e. A particula 3, de carga q; = +8,0e, que estava inicialmente sobre 0 eixo x, nas vizinhangas da particula 2, € deslocada no sentido positivo do eixo x. Em conseqtiénc a forea eletrostitica total A, a que esté sujeita a particula 2 va- ria. A Fig. 21-33b mostra a componente + dessa forga em fungio da coordenada x da particula 3. A escala do eixo x € definida por x, = 0.80 m.A curva possui uma assintota Fijge = 1,5 % 107% N para x» =. Determine o valor da carga q; da particula 2, em uni- dads de, incluindo o sinal. @ oy FIG.21.33 Problema 30, #31 Calcule o niimero de coulombs de carga positiva que es- to presentes em 250 em’ de dgua (neutra).(Sugesvdo: Um stomo de hidrogénio contém um préton; um étomo de oxigénio contém oito protons) #32 Na Fig. 21-28, as particulas 1 ¢ 2 sio mantidas fixas sobre o eixo x, separadas por uma distancia L = 8,00 cm. As cargas as particulas sio qy = +e e q: = ~27e. A particula 3, de carga as = +4e, colocada sobre o eixo dos x, entre as particulas 1 ¢ 2,€ submetida a uma forga eletrostética total Fy... (a) Em que posicdo deve ser colocada a particula 3 para que o médulo de Fe: Sej8 Minimo? (b) Qual é o valor do médulo de F,,, nessa situagao? #933. Na Fig. 21-34.as particulas 2 e 4, de carga ~e, sto manti- das fixas sobre 0 eixo y, nas posigbes y; = —10,0 em e yy = §,00 cm. As particulas 1 e 3, de carga —e, podem ser deslocadas 20 longo do eixo x. A particula 5, de carga +e, € mantida fixa na origem. Inicialmente, a particula 1 se encontra no ponto x, = sen 10,0 em € a particula 3 no ponto x; = 10,0 em. (a) Para que ponto sobre o eixo.« a particula 1 deve ser deslocada para que a forga cletrostatica total Fx a que a particula 5 esté submetida sofra uma rotagZo de 30° no sentido anti-horario? (b) Com a particula 1 mantida fixa na nova posigdo, para que ponto sobre © eixo x a particula 3 deve ser deslocada para que Fy volte & diregdo original? FIG, 21.34 Problema 33. 90034 A Fig. 21-35 mostra dois elétrons, 1 € 2, sobre 0 eixo x,€ dois fons.3 ¢ 4,de carga ~g, sobre o eixo y. O Angulo @é 0 mesmo para os dois fons. © elétron 2 esté livre para se mover; as outras {és particulas sao mantidas fixas a uma distancia horizontal R do elétron 2, ¢ seu objetivo ¢ impedir que o elétron 2 se mova, Para valores fisicamente possiveis de q = Se, determine (a) 0 menor valor possivel de #; (b) 0 segundo menor valor possivel de @ (c) 0 terceiro menor valor possivel de 8. FIG. 21-35 Problema 34. 35 Nos ctistais de cloreto de césio, os fons de eésio, Cs", es- to nos oito vértices de um cubo, com um fon de cloro, CI-, no centro (Fig, 21-36). A aresta do cubo tem 0.40 nm. Os fons Cs possuem um elétron a menos (e, portanto, uma carga +e), © os fons C1 possuem um elétron a mais (e, portanto, uma carga —e). (a) Qual é 0 médulo da forga eletrostitica total exercida sobre © fon Cl- pelos fons Cs" situados nos vértices do cubo? (b) Se um dos fons Cs~ est faltando, dizemos que o cristal possui um de- {Jeito: qual & 0 médulo da forga eletrostética total exercida sobre 0 fon Cl- pelos fons Cs" restantes? ocr Qc FIG. 21-36 Problema 35. Capitulo 21 | Cargas Elétricas: seco 21-6 ACarga E Conservada #36. Elétrons e positrons so produzidos em reagdes nucleares envolvendo prétons e néutrons conhecidas pelo nome genérico de deeaimento beta. (a) Se um proton se transforma em um néu- fron, € produzido um elétron ou um pésitron? (b) Se um néutron se transforma em um préton, ¢ produzido um elétron ou um po= sitron? #37. Determine X nas seguintes reagbes nucleares: (a) 'H + "Be =X + ni(b) 2C + 'H— X;(c) BN + !H— ‘He + X. (Sugestao: Consulte 0 Apéndice F}) Problemas Adicionais 38 Na Fig. 21-37, quatro particulas so mantidas fixas sobre o cixo x, separadas por uma distancia d = 2,00 em, As cargas das particulas so q, = +2e, q = —€, 3 = +€ © qy = +e, onde ¢ = 1,60 X 10°! C. Em termos dos vetores unitarios, determine a forga eletrostatica a que esta submetida (a) a particula 1: (b) a particula 2. FiG.21-37 Problema 38. 39 Na Fig.21-38,a particula 1,de carga +4e, esté a uma distan- cia d, = 2,00 mm do solo, a particula 2, de earga +6e, esté sobre © solo, a uma distincia horizontal d;, = 6,00 mm da particula 1 ‘Qual é a componente x da forga eletrostitica exercida pela part cula I sobre a particula 2? FIG. 21-38 Problema 39. 40 Uma particula de carga Q € mantida fixa na origem de um sistema de coordenadas xy. No instante = 0, uma particula (m = 0,800 g, g = +4,00 1.0) esta situada sobre o eix0.x,n0 ponto 20,0 em, ¢ se move com uma velocidade de 50,0 m/s no sex- tido positivo do eixo y. Para que valor de Q a particula executa um movimento circular uniforme? (Despreze o efeito da forga gravitacional sobre a particula.) 41. Uma barra ndo-condutora carregada, com um comprimen- to de 2.00 me uma segdo reta de 4,00 em?, esté sobre o semi- eixo x positive com uma das exttemidades na origem. A densi- dade volumétrica de carga p & a carga por unidade de volume ‘em coulombs por metro ciibico. Determine quantos elétrons em excesso existem na barra se (a) p € uniforme, com um valor de 4,00 wCim’;(b) 0 valor de p é dado pela equacao p= bx’, onde =2,00 wCim' 42 Uma carga de 6,0 C & dividida em duas partes, que stio ‘mantidas a uma distancia de 3,00 mm. Qual é 0 maior valor possi velda forga eletrostitica entre as duas partes? 43 Quantos megacoulombs de carga elétrica positiva existem ‘em 1,00 mol de hidropénio (H.) neutro? 44 A Fig 21-38 mostra uma barra longe, nao-condutora, de massa desprezivel, de comprimento L, articulada no centro € cequilibrada por um bloco de peso W a uma distancia x da extre- ‘midade esquerda, Nas extremidades direita e esquerda da barra cexistem pequenas esferas condutoras de carga positjva q © 2q, respectivamente. A uma distancia vertical ft abaixo das esferas cexistem esferas fixas de carga positiva Q. (a) Dftermine a distin- cia x para que a barra fique equilibrada na horizontal. (b) Qual deve sero valor de h para que a barra no exerga nenhuma forga vertical sobre 0 apoio quando estd equilibrada na horizontal? FIG. 21-39 Problema 44, 45 Umnéutron € composto por um quark “up” com uma carga de +2e/3,e dois quarks “down”, cada um com uma carga de ~e/3. Se 08 dois quarks “down” esto separados por uma distancia de 2,6 X 10" m no interior do néutron, qual é 0 médulo da forga eletrostética entre eles? 46 Na Fig.21-40,trés esferas condutoras iguais sio dispostas de modo a formar um triangulo equilétero de lado d = 20,0 em. Os raios das esferas sdo muito menores que das cargas das esteras S80 ga = ~2,00nC, gy = ~4,00 nC e qe = +8.00 nC. (a) Qual é 0 médulo da forga eletrostitica entre as esferas A e C? Em seguida, € executado o seguinte procedimento: A e B so ligadas por um fio fino, que depois € removido; B é ligada & terra pelo flo, que depois é removido; Be C sio ligadas pelo fio, que depois é remo- vido. Determine 0 novo valor (a) do médulo da forga eletrosté- tica entre as esferas.A e C; (b) do médulo da forga eletrostatica entre asesferas Be C. FIG.21-40 Problema 46, 47 Qual seria o médulo da forga eletrostatica entre duas cargas pontuais de 1,00 C separadas por uma distancia de (a) 1,00 m e (b) 1,00 km se essas cargas pontuais pudessem existir (0 que nao 6 verdade) ¢ fosse possivel montar um sistema desse tipo? 48 Na Fig. 21-41, tr8s esferas condutoras iguais possuem inicial- mente as seguintes cargas: esfera A,4Q; esfera B, ~6Q- estera C, 0. As esferas Ae B so mantidas fixas, 1 uma distancia entre os centros que é muito maior que o raio das esferas. Dois experi- entos so executados. No experimento 1 a esfera C € colocada em contato com a esfera A, depois (separadamente) com a esfera Be, finalmente, é removida, No experimento 2, que comeca com ‘0s mesmos estados iniciais, a ordem & invertida:a esfera C € co- locada em contato com a esfera B, depois (separadamente) com aesfera A e,finalmente,é removida, Qual € a razéo entre a forca eletrostatica entre A e B no fim do experimento 2 € a forga ele- trostética entre A € B no fim do experimento 1? -—a— @@ FIG. 21-41 Problemas 48 ¢ 67, 49 Sabemos que a carga negativa do elétron e a carga positiva do proton tém o mesmo valor absoluto. Suponha que houvesse ‘uma diferenga de 0,00010% entre as duas cargas. Nesse caso, qual seria a forga de atracao ou repulsao entre duas moedas de cobre situadas a 1,0 m de distancia? Suponha que cada moeda contenha 3 10 atomos de cobre, (Sugestéo: Um atomo de cobre contém 29 protons ¢ 29 elétrons,) O que € possivel concluir a partir desse resultado? 50 A que distancia devem ser colocados dois protons para que ‘© médulo da forga eletrostética que um deles exerce sobre 0 ou- ‘ro seja igual & forga gravitacional a que um dos protons esti sub- ‘etido na superficie terrestre? 81 Dacarga Q que esta presente em uma pequena esfera, uma fragdo a deve ser transferida para uma segunda esfera. As esie~ ras podem ser tratadas como particulas. (a) Para que valor de @ ‘9 modulo da forga eletrostitica F entre as duas esferas é 0 maior possfvel? Determine (b) 0 menor e (c) 0 maior valor de « para 0 qual F é igual a metade do valor maximo, 52 Se um gato se esfrega repetidamente nas caleas de algodao do dono em um dia seco, a transferéncia de carga do pélo do gato para o tecido de algodao pode deixar o dono com um excesso de carga de ~2,00 C. (a) Quantos elétrons sao transferidos para o dono? 0 dono decide lavar as miios, mas quando aproxima os dedos da torneita acontece uma descarga elétrica. (b) Nessa descarga, clétrons sao transferidos da torneira para o dono do gato ou vice- versa? (@) Pouco antes de acontecer a descarga, sia induzidas cargas positivas ou negativas na tomeira? (d) Se o gato tivesse se aproximado da tomeira,a transferéneia de elétrons seria em que sentido? (e) Se vocé for acariciar um gato em um dia seco, deve tornar cuidado para nao aproximar os dedos do focinho do animal, caso contrério poderé ocorrer uma descarga elétrica Levando em conta 0 fato de que © pélo de gato é um material 1no-condutor, explique como isso pode acontecer. 53_ (a) Que cargas iguais © positivas teriam que ser colocadas na Terra € na Lua para neutralizar a atragio gravitacional entre 8 dois astros? (b) Por que nao € necessério conhecer a distancia entre a Terra e a Lua para resolver este problema? (c) Quantos yuilogramas de fons de hidrogénio (ou seja, protons) seriarn ne- cessdrios para acumular a carga positiva caleulada no item (a)? 54 Na Fig. 21-42, duas pequenas esferas condutoras de mesma massa me mesma carga q esto penduradas em fios nfo-condu- tores de comprimento L, Suponha que o Angulo 0 é tio pequeno que a aproximacao tan 9 sen # pode ser usada, (a) Mostre que 4 distdneia de equilfbrio entre as esferas & dada por q " 4 x 7 FIG. 21-42 Problemas 54. 55. . ( gL y" Prey (b) Se L = 120em,m = 10 gex = 5,0cm, qual €0 valor de |g? 55 (a) Explique o que acontece com as esferas do Problema 54 se uma delas & desearregada (ligando, por exemplo, momen- taneamente a esfera a terra). (b) Determine a nova distancia de equilfbrio x, usando os valores dados de L e me e o valor caleu- lado de q\. 56 Na Fig. 21-24, as particulas 1 ¢ 2 séio mantidas fixas Se a forga eletrostatica total exercida sobre a particula 3 ¢ zero e Ley = ~2,00Ly3, qual €0 valor da razao qy/q3? 57 Qual é a carga total,em coulombs, de 75,0 kg de elétrons? 58 Na Fig. 21-43, seis particulas carregadas cercam a particula 7a uma distancia de d = 1,0 em ou 2d, como mostra a figura. As cargas Sho 9, = +2¢, qs = +4e,q5= +€, gy = +4e,q5= +20.qo = +8e,q, = +6e,com ¢ = 1,60 X 10"! C. Qual é o médulo da forga cletrostética a que ests submetida a particula 7? 6 FIG. 21-43 Problema 58, 59 Tiés particulas carregadas formam um tridngulo: a particula 1,com uma carga Q; = 80,0 nC, esti no ponto (0: 3,00 mm);a par ticula 2, com uma carga Qs, est no ponto (0: ~3,00mm), ¢ a par ticula 3,com uma carga q ~ 18,0 nC, esté no ponto (4,00 mm; 0), Em termos dos vetores unitirios, qual é a forga eletrostética exer- cida sobre a particula 3 pelas outras duas particulas (a) para Q: = 80,0C;(b) para Q; = —80,0nC? 60 Na Fig. 21-44, determine (a) 0 médulo e (b) a orientagio da {orga eletrostitica total a que esta submetida a particula 4. Todas as particulas silo mantidas fixas no plano xy; q, = ~320 x 10-"" Ciqs = $3.20 X 10°” Cg, = +6,40 x 10-” Cig, = +3,20 x 10? C0, = 35.0°;dy = 300 emidy 2,00em. BEE) Capitulo 21 | Corgas Eletricas FIG. 21-44 Problema 60. 61. -Duas cargas pontuais de 30 nC e ~40 nC sao mantidas fixas sobre 0 eixo x, 1a origem e no ponto x = 72 em, respectivamente, ‘Uma particuls com uma earga de 42 C ¢ liberada a partir do re~ pouso no ponto x = 28 cm. Se a aceleragdo inicial da particula é 100 km/s? qual é a massa da particula? 62, Na Fig. 21-23, quatro particulas formam um quadrado, As cargas si0 q) = +Q,42 = qs = Ge 4, = ~2.000. Qual € 0 valor de iQ se a forga cletrostatica total a que est submetida a particula 1é2et0? 63. Cargas pontuais de +6.0 uC ¢ ~4.0 uC so mantidas fixes sobre 0 eixo dos x nos pontos x = 8,0 me x = 16 m, respectiva- ‘mente, Que carga deve ser colocada no ponto = 24 m para que a forga eletrostatica total sobre uma carga colocada na origem seja mula? 64 Na Fig, 21-28, particula 1,com uma carga de ~80,0 pC,e a particula 2,com uma carga de +40 4.C, sio mantidas fixas sobre 0 eixo x, separadas por uma distancia L = 20,0 cm, Em termos dos vetores unitdrios, determine a forga cletrostatica total a que submetida uma particula 3,de carga qs = 20.0 wC,se a particula 3 € colocada (a) na ponto.x = 40,0 em; (b) no ponto x = 80,0 em. Determine também (c) a coordenada x; (d) a coordenada y da particula 3 para que a forga eletrostitica total a que é submetida seja nula, 65. No decaimento radioative da Eq. 21-13, um nucleo de “8U se transforma em?Th ¢ ‘He, que ¢ ejetado, (Trata-se de nticleos, € ndo de dtomos; assim, no hé elétrons envolvidos.) Para uma distdncia entre os nicleas de "Th e “He de 9,0 < 10-! m, deter mine (a) a forga eletrostatica entre os nticleos; (hb) a aceleragaio do miicleo de “He 66 A soma das cargas de duas pequenas esferas positivamente carrepadas é 5,0 X 10"? C. Se cada esfera € repelida pela outra ‘com uma forga eletrostatica de 1,0 N e as esferas estéio separadas por uma distancia de 2.0 m, qual é a carga da esfera com a menor carga? 67 As cargas iniciais das trés esferas condutoras iguais da Fig. 21-41 sfo as seguintes: esfera A, Q;esfera B, ~Q/d;estera C, Q/2, onde Q = 2,00 x 10° C, As esteras A e B sto mantidas fixas, com uma distancia entre os centros d = 1,20 m, que é muito maior que o raio das esferas. A esfera C ¢ colocada em contato primeiro com a esfera A ¢ depois com a esfera B antes de ser removida. ‘Qual é 0 médulo da forga eletrostatica entre as esferas A ¢ B? 68 Um clétron se encontra no vacuo, perto da superficie da ‘Terra, no ponto y = 0 de um eixo vertical, Qual deve ser a coor- denada y de um segundo elétron situado sobre o eixo y para que a forga eletrostética exercica sobre o primeizo elétron compense ‘o peso do primeiro elétron? 69 Na Fig. 21-28, a particula 1, de carga ~5,009,¢ a particula 2, de carga +2,00q, io mantidas a uma distancia L sobre 0 eixo x. Se ‘uma particula 3, de carga desconhecida q:,¢ colocada em um ponto {al que a forca eletrostatica total exercida sobre a particula é zero, determine (a) a coordenada x;(b) a coordenada y da particula 3. 70 Dois estudantes de engenharia, Joao, com uma massa de 90 kg, € Maria, com uma massa de 45 kg, esto a 30 m de distancia um do outro. Suponha que existam desequilfbrios de carga de 0,01% nos corpos dos dois estudantes, com um deles positivo e 0 outro negetivo. Determine a ordem de grandeza da forga de atra- Gio eletrostatica entre os dois estudantes substituindo-os por es- feras de égua com a mesma massa,

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