Professional Documents
Culture Documents
1. Legitimidade
Para Max Weber, a legitimidade tem três dimensões: carismática, tradicional e legal. Antes da
Idade Moderna, a legitimidade se dava através do carisma do líder, como feitos excepcionais
dele (liderança natural). Nos últimos trezentos anos, a legitimidade vem se dando através das
leis com a autoridade sendo eleita de acordo com as mesmas (legitimidade legal). A
legitimidade está ligada ao título que autoriza o exercício do poder ou ao título que o autoriza.
Um poder legal e legitimo pressupõe um poder efetivo. Normas justas e válidas pressupõe
normas eficazes.
Segundo Kelsen, o poder cria normas que o restringe. Kelsen prevê uma hierarquia de normas
(de constituição à sentença). A norma que está no topo da pirâmide de normas valida as demais.
Porém segundo o Bobbio, há uma norma fundamental, que faz com que não seja necessária usar
as outras ciências. Ele divide os tipos de analise do poder: a partir de qual ponto de vista (a
partir do poderoso, do povo), se o poder é estatal ou da sociedade toda Segundo Carl Schmidt, a
norma cria poderes que criam os outros poderes. Para ele, há um poder constituinte que pode
mudar a lei sem previa existência na lei que justifique. Para Bobbio, o direito é uma moeda
cunhada com dois metais: a norma jurídica e o poder político.
Miguel Reale: não importa para ele quem veio primeiro o poder ou a norma. Todo direito tem
valores, fatos e norma. Valores incidem sobre os fatos de maneira diversa, refletindo-se sobre
eles gerando proposições normativas na tentativa de representar tais valores. O poder seleciona
qual proposição normativa que se tornará norma, dando uma objetividade a ela, tornando-se
norma objetiva. A institucionalização do poder o despersonifica. Ele identifica norma como um
comando, prescrição, obrigação
Hanna Arent: baseia-se muito nos gregos. Eles não vem o Estado como ente diferente da
sociedade civil. Agir acontece no espaço público e identifica na República como espaço para
esse agir coletivo, que o que é para ela o poder.Não existe poder individual, já que é agir em
conjunto. Quando o governante usa a violência, mostra o quanto ele não tem poder. Ela não faz
a relação entre poder e direito porém pode-se concluir que o direito se emana desses espaços
públicos.