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CAPITULO 20 563 Biossintese dos Carboidratos Na estado do metabolismo celular chegamos agora ao que po- demos chamar de um ponto de retorno, Nos eapitulos prece- dentes da Parte IIL descrevemos coma as principais substancias alimentares— carboidratos, écidas graxas e aminodcidos — 40 Aegradadas, por meio de vias aatabificas convergenies, para en- tar 10 ciclo do dcido citrico e ceder seus elétrons para a cadeia respiratéria, © fluxo exergOnico de elétrons até 0 oxigénio esta avoplado a sintese endergonica do ATP. Vamos estudar agora as vias anabdlicas que usam a energia quimicana forma de ATP ou NADH ou NADPH para sintetizar os componenies celulares « partir de moléculas precursoras simples, As vias anabolicas sio, em geral, rectutoras antes que oxidativas. © catabolismio-e o ana bolisme ocarrem simulianeamente em um estado estacionacio dindmico, de tal forma que 2 liberagio de energia por meio da degradagio de componentes celulares € contrabalangada pelos procestos biossiniéticos que recriam © mantém o ordenamento intrincado das células vives, Varios principios de organizagao da biossintese mececem ser enfatizados de inicio. O primeiro principio ¢ 6 de que a via me- tabélica para a sintese de uma biomolécula é usualmente dife- rente da via empregada para ¢ sua degradagto, Embora essas duas vias opostas (anabélica ¢ catabdlica) possam compartithar mi tas reagGes reversiveis, sempre hd, a0 menos, umn passo enzima- tico que ¢ exclusivo de cada uma. Se as reagoes do catabolisma e do anabolismo-fosser catalisadas pelo mesmo conjunto de en ‘times stuando reversivelmente,o luxe de carborio por meio des: sas vias seria ditado exclusivamente pels leis de agio das massas (pigs. 384, 386), ndo pelas sempre cambiantes necessidades celu- lares por energia, precursores metabolicos e macromotéculas. Segundo principio, as vias anabdlicas e catabslicas correla ‘lomadas sis controladas pela regulagao de uma ow mais das rea- ‘goes dliferentes ¢ exclusivas de cada uma das vias, Assim, as vias oponentes sio reguladas de maneira coordenada e reciproca, de tal forma que a estimulagao de uma via biossintética €acompa- ‘thada pela inibicto da via degradativa correspondente e vice verse. Como todas as vias complexas, as biossiatéticas sho usual- mente reguladas nos seus pasos iniciais, assim a célula evita 0 desperdicio de precursores na confeccio de intermedisrios que io s40 nevessérios em. um dado momento; a economia intrin- seca prevalece na Kigica molecular das céhulas vivas, Tereeiro, 08 processos biossintéticos que consomem ener- gia estdo acoplados a quebra do ATR, de tal forma que, global ‘mente, eles so essercialmente irreversiveis in vivo. Assim, ‘quantidade total de energia do ATP (e de NAD(P}F) emprega- da em uma dada via biossintética sempre excede a quantidade ‘minima de energia livre necessdria para converter o precursor ‘em sew produto biessintético, A variagio de energia livre gran: dee negativa resultante para processo global assegura que esse ‘ocorrerd, mesmo quando as concentragbes de precursores sie relativamente baixas. ‘A cane-de-sriar reliz ofotomintse, ela ha solar formece nergi pure a tedugae dy CO; em earboidaten que sto arma zenados camo sacarost. A produgso de carboidrton por foros siatesefomece subsiraos reduzios pots outros organismos que 66 utllzam como combustive, Este capitulo fornece maitas oportunidades para ¢ compro- vagio dos trés principios resumidos anteriormente a medida que descrevermos as vias biossimtéticas dos carboidratos. Ele esta dividido em quatro partes. Estudaremos primeiro a gliconengé- nese, 4 via para a sintese de glicose a partir de precursores sien~ ples, Descreveremos, entao, como a glicose ¢ convertida em uma ‘grande variedade de dissacarideos e polissacarideos:glicogénio ‘nos.animais ¢ em muitos des mierorganismos, amido ¢ sicarose ‘nos vegetais. Entdo, aingide este ponto, 0 foco de nossa atencdo deslocar-se-d inteiramente para 08 vegetais.O terceivo t6picod a incorporagao de CO; em moléculas mais complexas (assimila- «40 do CO,), am processo que representa.afonte iltima de com- postos reduzidosde carbono para todes os organismos, O capi- tulo termina com o estudo da regulagio do metabolismo dos ccarboidratos nos vegetsis. A tegulacio global do metabolismo dos carboidratos nos mamiferos esta compreendida em um es- tudo mais amplo sobre regulacao hormonal no Capitulo 23, Gliconeogénese Iniciamos 0 estudo dos processos biossimteticos celulares com 0 ‘estudo da via central que leva A formagia de diferentes carbs ‘dratos partindo de precursores ndo-carboidratos (Fig, 20-1). A biossintese da glicose & uma necessidade absoluta nos mamife- sangbinea Figure 20-1 - Sintese de carboidrstos a parte de precunsores simples Nos anna: ¢ timber ros vegeta, a nad fostonclpruano ate ghco- se-é-tostato ¢ comum na conveno biosentetea: Ge muitos precuncres diferentes em carbo tos. Os vegetas # as bactenas s5c 0s Oricon de ternowes da capacidade de converter COs em car- borates Piruvato {0 porque o cérebra ¢ arestante do sistema nervoso, bem coma :omedula renal, om testiculos. os eritrdcitas ¢ os tecidos embcin- Raros, necesstam da ghcose fornecida por meiodo sangue come sua principal. ow mesma Unica. fonte de energia. O cérebeo hu~ mano sazinho requer mais de 120g de glicose por dia. ‘A formacao da glicose a partir de precursores diferentes das hexoses ¢ chamads de gliconeogénese (“formagio de aguicar novo"). A gliconeogénese ¢ uma via universal encomtrada em todos os animais, vegetais, fungos € microrganismos, ¢ as rea~ ses que dela fazer parte sio as mesmias em todos os cas0% Os precursores importantes da glicose nos animais s3o 0 lactato, 0 Piravata,o glicerol ¢ a maioria dos aminodcidos (Fig. 20-1). Nos animais superiores, a gliconeogenese ocorre principaimente no figado ¢.em uma extensio muito menor, no cértex renal. Nas sememes.em processo de germinasao, as proteinas ¢ as gordurasy. armazenadas so convertidas em sacarose, um dissacarideo, pata transporte através da planta cm desenvolvimento. A glicose € seus derivados sdo precursores na sintese das paredes celulares vepetais, mucleotideos e coenzimas e de uma grande variedade de outros metubélites essenciais. Muitos microrganismos sio- capazes de crescer em compostos onginicos simples como ace- ‘ato, lactato © propionato, os quais podem ser convertidos em plicose por meio da gliconeogénese. Embora as reagées da gliconeogénese vejarn as ress en twos 08 organismos vivos, 0 comtexto metabdlico e a regulagda dda via diferem de espécie para espécie e de tecido para tecido. ‘Neate capitulo vamos estudar primeiro a gliconeogénese © a for- ma como da ocorre no figado dos mamtferos. Depois, sri con siderado seu papel e sua regulagio nos vegetais. Outns momossacarideos Giicoproteinas Assim como a conversao glicolitica da glicase em piravaroe uma vir central do catabolismo dos earboidrates, a conversdo dde piruvato em glicose ¢ uma via central na gliconengtnese- Nes animais, as duas vias ocorrem principalmente no citosol ¢ ba necesidade de serem reguladas de forma reciproca e coordens- sda, Embora esas vigs compartilher varios passos intermedia ‘os, elas nits $30 idémticas (Fig. 20-2); sete das 10 reagtes enzi- miticas da gliconeogenese so, na realidade, inversoes de rea- ‘Ges da glicOlise (discuida no Capitulo 15). Eniretanio, trés passos na glicSive sho exsencialmente ire versiveis in vivo ¢ nio podem ser empregados na gliconeogéne- se: a conversio de glicose em glicase-6-fosfaxo pela hexoguins- se, a fosforilacdo da frutose-t-fostaro em frutose-1,6-bifosfato por meio da fosfofrmoquinase-1 ¢, Finalmente, # converse de fosfocnolpiruvate em piruvato pela piruvato quinase (Fig. 20- 2), Nas células, essas trés reagdes slo caracterizadas por uma ve- riagio de energia livre, 4G, grande ¢ negativa, enquamto as ou ‘tras reacdes glicoliticas possuern um valor de SG proxime de 4¢r0 (Tabela 20-1), Na gliconeogénese, esses trés passos sto con- tornados por um conjunto separado de enzimas que cataisa tea- Ges que sio suficientemente exergénicas para ser efetivamente irreversiveis na diregio cla sinteve da glicose. Assim, glicdlis liconeogénese sio processes irreversiveis nas células, regulados de forma independente por controls exercidas em asics enzi- imaticos especificos de cada uma das vias. Iniciaremos estudando as trts reages da gliconeogénese que ‘contornam os passos irreversiveis da gicdlise. (Tenha em mente {que e verbo “contornar” seri empregado aqui significanda “coe tornar as reagdes irreversiveis da via glicolitica’) is UDP, oY aati: % Salicuse an Xe oe Pheer Figura 20-2 - As vias opostas da glicélise 6 da gliconsogéness no figade do rato. As 185 reacbrs da giconeogénese que contornam 03 passos ireversveis da ghcbise e:to em dararjada, Cs do's prinipeis silos de reguagae da gliconeogenese esta também aqui represent dos, ees $30 descrits No texto mals adiante. Una rota alleinativa para oxaloacetata piaduado no interior da mitocOneria # mostrada na Fgura 20-4 565 A conversaa do piruvato em necessita de duas reagSes exergénicas "A primeira das reagoes a serem conttornadas na gliconeogenese ¢ a conversio do pirnvato em fosfoenolpiruvato. Essa conversio no pode ocorrer por simples inversio da reasdo da pinuvato quinase (pg, 417) pois ela tem uma variagao de energia livre padtio grande ¢ negativa e ¢ irreversivel sob ax eondigdes que ‘ccm no elon da cus iiacas (bea 20-1 passa ‘Assim. a fosfocilacio do piruvato 6 consegnida por uma sequén- sia de reagdes que, nos mamiferos ¢ em alguns outros organis- ‘mos, Fequera participagao de enzimas existentes tanto no citosol quanto no interior das mitacondrias. Como vetemos,a via mos- tada na Figura 20-2, descrita com mais detalhes adiante, € uma das duas vias que levam @ piravato para o fosfoenolpiruvato; ela aia predominante quando o piruvato ou aalanina é¢ precur- sor gliconeogenico, Uma segunda via, a ser descrita adiante pre- domina quando o lactato ¢ © precursor gliconeogénico. Em primeiro lugar, 0 piruvatoé transporiada do citosol para a mitocdndria, ou gerado no interior da mitocéndria por tran- saminago. Entio, a piruvato carboxilase, uma enzima mito- condriel que requer a coenzima biotina, converte 0 piruvato em exaloacetato (Fig. 20-3): Pina + GO; + ATP—+ oxaloacetate + ADP-4 (20-1) A pirteato carbonilase & a primeira encima reguladora na via sliconeogtnica; o acetil-Coa € necessirio como efetor alostéri~ co positiva. Essa também é uma reacdo anaplerstica (jig. 453) © refaz a concentragio dos intermediirios do ciclo do dei eitri- co. mecanismo de reagdo enyolve a biotina ¢ esti descrito na Figura 16-14, © axaloacetata farmado do piravaia € reversivetmente re- duzido a malato pela malato desidrogenase mitocondrial e com © consumo de NADH: (Oxaldacetato + NADH +H! == L-malato + NAD" (20-2) Recorde do Capitula 16 (pig. 450) que esta reacéo, julgada pelo seu AG™, é fortemente exergonice. Entretanto, em condigSes fi siologicas, a reagao tem um AG proximo de zero e, assim, ¢ facil- mente reversivel. Dessa forma, a malato desidrogenase mitocon- drial funciona em ambasas vias, gliconcogtnese ¢ ciclo do dcider itrico, muito embora o fiuxo de metabslitos seja opasto em cada uma delas. ‘A seguir, o malato abandonaa mitocinéria por meio dotrans- portador malito-a-cetoghutarato presente na meiibrana mito condirial interna (veja Fig. 19-26), No citosol, o malato ¢ reaxida- «io em oxaloacetato, com a producao de NADH citosdlico: ‘Malito + NAD! —+ oraloaceato +-NADE +H” (20-3) 0 oxaloacetato é entdo convertido em fosfoenolpinuvato (PEP) pela fosfoenolpiruvate carboxiquinase por meio de uma reagio dependente de Mg?*,na qual a GTP funcions como fosfato doa- dor (Fig. 20-3): ‘Oraloactato + GTP = fosloenolpivito + CO; + GDP. (20-4) Esta reagio € reversivel em condigdes intracelulares;« formagic de um. composto com fosfato de alta energia (PEP) € contraba- langada pela hidrlise de outro equivalente (GTP). ‘A equacao global para esse conjunto de reagdes de contorne obtida pela soma das Equagbes 20-1 a 20-4: Dirwato + ATP + GTP + HCO; —> ‘osoenelpinuvato + ADP+ GDP +P,+C0; (20.5) ‘SG = 0sktimal ‘Assim, para fosforilar uma molécula de piruvato em fosfoencl- piruvato precisam ser consumidas dois grupos fosfato de alia energia (um do ATP-e outro do GTP), cada um deles liberando- 566 ta 261— ven deg feet mais peas i Reacio glcoitics ae" Guimel “BG tel DGicoe + A1# —+ gicmetteniato+ ADP + “167 ma Dokemes tertate —trtore-6tosato u 25 poset fefate + TPs frstoe-1.6ofentam » ADP s Wt ma 22 @rtose-1§itstata —+cicronanetona fostito + giceratieido-T-ostato aa “135 @ Orcronacetona fostato == gicerakdeds-}-tostato 13 as ‘G©\ciceroddee-Htontato « + WAD” =—=21 3 bitostoghcersta + NADH 6 WY a aq (D1 3iosogiceata + ADP == Mostagicersto + ATP a8 ws (© 3+ostogicerats == Jfostoguerrate aa on D2 rostogceas = testomeipruae + 1.0 1! 3 (@roatoernipmna + AF + 9 —+ sata + At aie “a7 Tag" @veragho Ga erage lve paarde, come Gefrica io Copia 14 wen pn. 384) Em gh 7, AG @ wera da erga fe cad a parr a: corcentagDes fas dos urerrredics ACOs presen em cores MaaQas nes erotics. rages GhiNas Que So contornadas na gkioneogtrese extio mostradas em etme cb) Figura 20-3 -Sintare do forfosnolpiruvato a partir do piruvato.|a) Na mitocddri, 0 pivatn ¢ converte em oxaloacetato em urna reagho ‘que precsa de biotin ¢ ¢ catalsada pela pinata carboxlase. (6) NO aso, © oraloacetato ¢ convertido em fostoenoipnwvato pela fostoe- ‘nolpruvato carbaxiquinase, 0 CO; que fot foado na rescio da pirwvato ‘carboxiase & perdida aqui A descarboxlacSo leva 2 um rearranjo dos ‘elttrons que facilta 0 ataque do ongtric eavbenila da porrso pinwato elo foato y do GTP ‘Oki/mol sob condigdes celulares. Em contraste, quando 0 fos- foenolpiruvate € convertide em pirveato durante a glicolise apenas um ATP é gerado de ADP, Embora a variagao de energia livre padrao (AG*) da reagio liquids que conduz a0 fosfoencl- pinavato seja 0,9k)/mol, a variagio real de energia livre (AG), 2 pirurato + 2ATP + 2NADH +241" +210 ess forma a sintese da glicose « partir do pinunato € um pro- ccesso relativarmente custoso. A maior parte desse alto custo ener- Bitico é necessdria para assegurar que a gliconeogtnese seja irre- ‘ersivel, Nas condigbes intracelulares, a variagdo global da energia livre da glicélise é pelo menos ~&3k1/mol. Nessas mesmas condi ‘GGes, a variagdo global de energia livre da gliconeogenese ¢ igual a Lok) /mol Assim, tanto glicolise coma a neoglicogenese sao pro- cxssos esencialmente irreversiveis nas conciges intracelulares. Os metabolites intermediarios do ciclo do Acido eitrico @ muitos aminodcidos so glicogénicos Avia biossintetica até a glicose, descrita anteriormente, permite a sintese liquida de glicose nao apenas de piruvato, mas, tam- ‘bém, dos intermediairios do ciclo do dcido citrico: citrato, isoci- tato, a-cetoglutarito, succinato, suecinil-CoA, fumarato e mi- lato; todos podendo ser oxidedos a oxaloacetato. 'No Capitulo 18 mostramos que alguns ou todos os dtomos de carbono de muitos aminodcidos derivados de protefnas sio, em ultima instincia, convertidos em pinuvato ou certosintermedidrios do cicto do sido citrico, Taisamincacidos podem, portanto,sofrer ‘uma conversio real em glicasee so chamados de aminodcidlos gli- coginicos (Tabele 20-3). A alanina e a glutarnina farers comteibs~ ‘gbes especialmente importantes por serem as principais moléculas ‘empregadas no transporte de grupos amino dos tecdos extra-he- pitioos até 0 figado. Depois di remoyan dos grupos que contem nitrogénio, 0 que ceorre na mitochndria hepatica, os esqueletos carbénicos remanescentes (piruvato ¢ a-cetoglutarato, resprectivi- mente) sdo rapidamente canalizacos para a gliconeogénese. Fm contraste, no ha, nos mamiferos, conversio real liq da de dcidos graxos de niimero par de dtemos de carbono em, -licose, porque taisdcidos graxos liberam apenas acetil-CoA na 70uM. A frotose-2,6-bitosfato também tora essa enzima mais torah Abie por outro regulader sloténco, © AMP do ATP para a proteina bifunclonal PFK.2/FBPase-2..A fosfori- lagao dessa protefna aumenta su atividace FISPase-2 e inibe sua atividade de PFK-2, Portanto, o glucagon diminui o nivel celu- lar de frutese-2,6-bifestato, inibindo a glicélise ¢ estimulando 4 gliconeogenese. A producio aumentada de glicose habilita o f- ado a responder ao glucagon fazendo o nivel de glicose sangii- nea voltar ao seu valor normal, Nas sementes em germinacio a gliconsogénese converte gorduras e proteinas em glicose Muitas plantas armazenam lipidios e peoteinas em suas semen- tes para ser empregados. como fonte de energia ¢ de precursores biossintéticos durante a germinagao e antes que os mecanismos fotossintéticos possum suprilos. A gliconeoggnese ativa has sementesem germinagao ¢ fornese glicese nio's6 para esia- tese de sacarose (a forma de transporte do carbono nos vegetais) ¢-de polissacarideos, mas também para a de muitos outros meta- byoitos que sto derivados das hexoses, Nos vegetais muito jovens (rmudas ¢ brotos vegetais), a sacarose fornece a maior parte da energie quimica necesséria para o crescimento inicial, ‘tl teutowe-2,6-bifostao) be oon rutase-6-fosfate “Frutose-2.-bifostto) Inibe « glicdlise « ‘etimla a pliconcogtnese ib) 571 pes pin sear ec Figura 20-8 - Regulacda da concentracao da frutose-2,6-bifosfato (a) A concentracao celular do requlador frutose-2.6-bifostato ¢ determinada elas velotidades de sua sintese cela foslafrutoquinase-2 (PFK-2) e de sua quebra pela frutose-2.6-bifosfatase 6)-transfe- rase. Este enzima, glicosil-(46)-transferase, catalisa a trans- feréncia de um fragmento terminal de eis ou sete residuos gli- ‘cosil da extcemidade nao-redutora de uma ramificacao do gli- ‘cogtnio que tem pelo menos 1| residuos para o grupo hidraxila do C-6 de um residuo de glicose nessa mesma cadeia, ou em ‘outra cadeia da molécula do glicogénio ¢ em um ponto mais para o interior, criando uma nova ramificagio (Fig. 20-13). Isso feito, outros residues glicosil podem ser adicionados ao novo amo pela glicogéanio sintase. O efeito biol6ico da ramificagio é deixar a molécula do glicogénio mais soltivel ¢ aumentar o ndmero de extremidades nao-reduoras, 9 que torna o glicoge- rio mais acessivel As enzimas glicogenio fosforilase e glicogenio. sintase, jd que ambas trabalham apenas com as exiremidades ‘ndo-redutoras. Dado que a agio da glicogenia sintase necessita de um mol- de prévio inicial de glicogénio, como se principia ume nova molécula de glicogénio? A resposta esté em uma intrigante pro- teina chamada glicogenina (M, 37.284), que funciona como molde inicial ao qual o primeiro residuo de glicase € ligado e, também, como catalisadara para a sintese de uma melécula nas- cente de glicogénio com até cite residuos de glicose (Fig. 20-14), ‘ primeiro passa é a ligacia cavalente de um residue de glicose 20 residuo tirosina!™ da glicogenina, catalisada pela atividade de slicosil transferase da proteina (passo (7). A glicogenina forma ‘entéo um complexo firme com a glicogénio sintase (paso (2)), no interior do qual ocorrerdo os préximos passos, A cadeia nas- cente é aumentada pela adigdo seqiencial de até mais sete resi- duos de glicove (paso @)). Cada novo tesiduo é fornecido pela. UDP. glicose « as rexs0es s4o autocatalfticas (imediadas pela ati- ‘vidade glicosil transferase da glicogenina). Nesse ponto, a glico- _sénio simtase assume seu papel catalitico, dissocia-se da glicoge- hina e continua a estender a cadeia do glicogenio (passo @)..A gio combinads da glicogénio sintase e da enzima de ramificagio (passo ©) completa a estrunura de cada particula de glicogénio, A ‘glicogenina permanece enterrada dentro da particula de glicogt- nio,a ela covalentemente ligada por uma das extremidades. A glicogénio sintase e a glicogénio fosforilase 380 reguladas reciprocamente A glicogénio sintase existe nas formas fosforlada e desfosforilada (Fig. 20-15), Sua forma ativa, a glicogenio sintase a, € ndo-for- forilada. Quando ela ¢ fostorilada em vérios residuos hidroxila de serinas por proteinas quinase: especificas (veja Fig. 8-28), a _Blicogenio sintase a €convertida na farma menos ativa, glicoge- nio sintase b. A conversio da glicogénio sintase b de volta fo- ma ativa & pramovida por uma fosfoprotcina fosfatese que re- move os grupos fosfato dos residuos de serina, S74 Ponts nio-redutora de urna cada do alicogtnio com OF galt sD LOH 1,08 " "1 mn HAT hoon Cade de gicagénio alongada por r + | retduos cH,OH Wo Hi (ata) sadam Figura 20-12 Sintese de olicogénio. Alongamento de uma cadeia do gcogénio pela giicogénso sintase. O restdun glicosl da UDP-ghcose & lwansterido para @ penta nfo-redutora de uma ramificacaa 6 glicogénio (va fig, 9-15) para fazer uma nova igagao (a1), OOOO MM AOL wie OOO OL OL, nio-redutora tos cab nee - ramificasae (ai->5) Ponta ‘Figura 20-13 - sintese de uma tamificagéo de glicogénio. 4 enzima ramificadora do glcegénio ghcosl-d->6htransferase (também chamade ‘alo (+4) a (1-6) trarsgiosibse) forma um novo ponte de ramifcacao durante a sintese do glcogénia, i foi visto que a quebra do glicogenio ¢ regulada por meio ‘da modulacio alostérica e da modulacio eovalente da fasforila- ‘se do glicogénio (yeja Fig. 15-19). fosforilase a, a forma ativa, ‘que é fosforilads no residuo de serina numero 14 (Ser!) de suas. duas subuinidades, é desfosforilada pela fosforilase a fosfatase para iberar fosforlase ba forma relativamenteinativa, que pode ser estimulads por AMP, seu modulador alostérico. A fostorila- se b quinase pode converter a fosforilase b em fosforiase a stiva por fasforilagia dos residuos Ser". Portanto,a glicogénio fosfo- rilase ¢ a glicogénio sintase so teguladas reciprocamente por ‘830 ciclo de fosforilagio destosforilagios quando uma enzima é ‘timulaca,a outra ¢ inibida (Fig. 20-15), Parece que essas duas No Capitulo 13 examinamosem detalhe a natureza das vias sinalizadoras e nossos exemaplas incluiram o controle hormonal da glicogtnio sintase ¢ da glicogénio fosforilaye, No figado, 0 equilibrio entre.a sintese e a quebra do glicogénio ¢ controlado pelos horménios glucagon e insulina, Cada um desses hormd- tiios age por meio de receptores especificos existentes na mem- brana plismatica e dispara uma eadeia de eventos que leva a mudangas na fosforilacio de proteinas-alvo (veje Figa, 13-7 ¢ 13-8}, isso inclui a glicogenio sintase e a ghicogenio fosforilase € ajusta seus respectivos niveis de atividade. Esses hormdnios tam- bém regulam a concentragi de frutose-2,6-bifosiato «, conse- qiientemente, o equilibrio entre gliconeogénese e glicdlise. A -epinefrina tem efeitos similares Squeles do glucagon, mas o seu Tye —_—.. rote inet rghit shoot rama nig. shoes Gricogénio siniase UDP plicose ogi om" Ze -glicore Hopi ne ;}——D Particula do glicogénio It ta te i Be gins pale glicogenina, 03 penor de (1) « G) esto descitos no testo, & {icogerina €encontade no inieor de partes do gicogenio medi- ‘7, ands covalertementeigada na extreme reavtre da molecule 575 ey ane Fostrtise a fondue tna eine 4,0) Figura 20-15 — Regulagic reciproca da glicogénio sintase @ da gl- caginie fosforlase. Este requlagdo corre por cles de Fosforlagio © desfoslonlagdo. fr arrinas as enzian, e si de fostorlago € un res {dug de senna (represertado aqui por CHO) 4s ereimas a simese do ykoptio to ras vere ttn eo geo no. emp alvo primirio ¢ 0 tecido muscular, enquanto a agao primaria do lucagon ocorre no figado, O papel regulador desses horménios cos detalhes de suas acies nus tecidor-alva serdo comsiderades pposteriormente, no Capitulo 23. © substrato para a sintese do amido ‘nos vegetais e para a sintese do glicogénio nas bactérias € a ADP-glicose ‘© amido, como o glicogénio, € um. polimero de alto peso mole- cculsr, constituido por moléculas da D-slicose unidas por liga- ‘goes (ald). A sintese do amide ocorre nos coroplastos como ‘um dos produtos estiveis da fotossintese essa sintesetambém acorre ‘em outras organelas tecides (os amiloplastos das partes nlo 4) caracteristicas do amido. A fra- ‘¢fo da amido chamada de amilose € ndo-ramificada, porém a ‘outra fingto, « amilopectina, tem numerosos ramos formados por ramificagoes (a1-¥6}, como aquelas do glicogénio, embora 576 cient 0, i Nova ponta 3 ato-redutors QU I HOH ' Cadeia alongada do amido com w+ 1 sesiduos Figure 20-16 - A sintese do amide, Esta sintese ocore por meo de um mecenismo anslogo aquele va sintexe Jo glcogtnio (veja Fig. 20-12), eeceto que o suasiraxa atvado @ a ADP-glicose em lugar da UDP-gicose. A glicose ¢ transterida para a exremidede ndo-redutora de uma mola a aaa ei a ge Hea pg ane aN uma encima ieguladora, em niimero menor (veja Fig. 9-15). Os cloroplastos contém uma enzima ramificadora similar squela envolvica na sintese do gli- ‘cogénio (Fig. 20-13); ela introduz as ligagdes (1-96) na amilo- pectina, (Com a hidrélise pela pirofostatase inargénica do PP, produ- ido durante « sintese da ADP-glicose, a reacio global da adicio de urn mol de glicose ao amido a partir da glicose-l-fosfato €: Amide, + slicose-I-fosfato + ATP — amido, + ADP +2, O° = -S0klmol ‘Asintese do amide é regulada por acasiso da formagio da AD?- glicose (Fig, 20-16), como iremos abordar depois, ainda neste ‘capitulo, ‘As bactérias armazenam carboidratos na forma de glicogé- nio, que ¢ sintetizado em uma reagio andloga aguela catalisada pela glicogénio sintase nos animais. As bactérias, entretanto, ‘empregam a ADP-glicose no lugar da UDP-glicose como a for- ma ativada da glicose, A UDP-glicose é © substrate para a sintese da sacarose nos vegetais ‘A maior parte das triosesfosfato geradas pelaasimilagio de CO, nos vegetais€ convertida em secarose ou amido (Fig. 20-17).A sacarose foi selecionada durante a evolugio como 2 forma de twansporte do carbono nos vegetais possivelmente devide & l- _gacdo incomum existente entre o C1 anomérico da glicose ¢ 0 C-2 anomeérico da frutase. Essa ligacto nto é hidrolisada quer pelas amilases quer pelas outeas enzimas que rompem os car~ doidratos comuns, ¢ 4 bloqueio dos carbonos anomeétieos im- pede a sacarose de reagir nao enzimaticamente, como 0 faz a slicose, com aminoicidos € protetnas. ‘A sintese da sacarese ocorre na citosole inicia-se com as trio- ses, diidroxiacetona fosfata e gliceraldeido-3-fosfato, exportadas do cloroplasto. Depois da condensagao em frutose-1,6-bifosfaro \catalisada pela aldolase), 1 hidrélise pela frutose-1,6-bifosfatase libera « frutose-6-fosfato. A sacaroxe-6-fosfato sintaxe caialsa 8 reagio entre a frutose-6-fosfato ¢ a UDP-glicose para formar a sacarose-6-fosfato. Finalmente, a sacarose-6-fosfato fosfatasete- move o grupo fosfato, tornando a sacarose disponivel para ser exportada da célula em que ocore a sintese para outros tecidos na planta. A sintesc da sacarase & regulada c cuidadosamente co- ordenada com a sintese do amido, como ainda veremos. A sintese da lactose é regulada de maneira singular A sintese da lactose na glandula mamria ocorre por um meca- nismo similar aquele da sintese do glicognio, Entretanto, a re- gulacao da sintese da lactose ¢ singular, Sob certas circunstancias, on ‘Figura 20-17 ~ A sintose da sacarose. A sacarose @ sinteizad a pari ‘da LOF-gicaze © sendo ‘estas simttizaday oe rinses fosfaxo no taxol da vebla vegetal por vies mostradas nas Faguias 20°11 (220-25 A sacarose-t-tostata sitase de muta especies vegeta € regu: lada alostencarnerte pela glcose-6-ostato eB. ‘uma enzima normalmente especifica para um substrato dife- ‘ente € um papel metabélico diferente mada para uma forma ‘que catalisa a sintese da lactose. A maior parte dos recidos dos ‘ertebradoscontém aenzima galactosl transferase (Fig 20-182), tree dmpena gar pe ce ‘¢ € 2 galactosi transferase tem uma atividade muito pequena quando 4 glicose ¢ o grupo receptor de galactosil. Entretanto, imediatamerte 2pds o parto, a especificidade da galactosltrans- {erase naglinduls mamaria sofre uma mudanca: agora ela trans- ‘fere o grupo galactosd da LDP-galactose para a ghicose em velo- cidade muito ata, ¢ s lactose é, assim, sintetizads: ‘UDP-0-galactose + D-giumse —o D-lactose + UDP Esta ensima “nova” ¢ chamada de lactose sintase (Fig. 20-186). A mudanga na especifcidade da galactosl transferase € provo- ‘cada pele sua associagao com a c-lactalburmina (M, 13.500) re- -cém-sintetizada [pov-parto), que & uma proteina do leite csia fungao foi durante muite tempo desconhecida. Sua sintese na {ghindula mamiria é regulada pelos harmSaios que pramovers ‘ Tactagao-¢ leva a formacao de um compleso de a-factalbumi- ‘na-galactosil transferase, que ¢ lactose sintase. AUDP-glicose & formasie do UDP glicose ¢ oxidads para formar UDP-glicuronato pela UDP-glicose desi- dare [UDP-b-galactose Ee (a) Teviden nko lnetfera LOM 20H UDP -Dgalactose (ty) Glindula mamaria em Inctagao Delaetose ‘Fura 20-18 - A sintese da lactose, gelactoiltrarsterae cataisa duds reaches diferentes na dependénca da prevenca ou sustncs da clacta- bum, produride apenas na glinduis mamara em lactacAo (al A reacho ue Ocorre nos tecicis que no procure iis (B) A racdo ra glanduia caso. 577 578 2NADY + HO non =i UDP-p-glicuromate, a ius sea a eee wr de a cuales okra glicuronate em — de droges slicosaminoglicaoas —¢ toxinas. HOCH Seaunoae Aes ¢0 condroitin: HK ry 2 paler és He Ho HO ‘on on [-Gutlonato L-Gulonolactona Acido wats Figura 20-18 - Sintasa do glicuronato da vitamina C © UDF-glcuronaio, formmad da gicose, camo rrosirado aqui, € 6 procursar dos redeuas ‘de gicuronato (GloA) nas glcoserninoglcaras ve Fig. 9-20) e da vitarina C idexdo ascorbico) e panicpa nas reacoes de detaricacéo. drogenase (Fig. 20-19}. © UDP-glicuronata € © precursor dos residuos glicuronato de polissacarideos decidos como os glicasa- minoglicanos: hialuronato e condroitin sulfito (Fig. 9-20), Esse derivado do UDP também esti envolvido na detoxicagao © na excregao de composts arginicos estranhos ao organismo. © UDF-glicaronata & o deador de glicuronosil empregado ‘por uma familia cle enzimas detoxficantes que agem sobte virias ‘drogas n3o-polares toxinas ambientais e carcinogénios. A conju- ‘gacdo desas substincias com o glicuronato ¢ denominada giicu- ‘ronagdo ¢ as converte em detivades polares mais facilmente eli- ‘minados da circulagio para « urina aéravés dos rins. Sio exem- pilos disso: a droga sedativa fenobarbital,a droga anti-HIV AZT e 4 forma hidroxilada do carcinogénio benzo|alpireno. (3-hidro- xxiberizo|«)pireno), todas clas sdo glicuroniladas por meio da ayia das UDP-glicuronosi transferases presentes no figado humano fig, 20-20). A exposiglo exdinica a essas drogas ou loxinas induz 4 siniese aumentada da enzima especifica 0 que aumenta a tole- rdncia para a respectiva droga au a resisténcia & toxina. ‘© D-glicuronato, formado pela hidrdlise do UDP-glicurs- nato, 0 precursor do Acido L-ascorbico (Fig. 20-19). Nessa via, © D-glicuronato é reduzida 10 ajticar icide L-gulonato, que é convertido em sua lactona. A 1-gulonolactona é desidtogenada or uma flavoproteina gulonolaciona oxidase para liberas 0 dci- do L-ascérbico ou vitamina C. Algumas espécies animais, como hhumanos, cobaias, macacos, alguns passaros e alguns peixes,n40 possuiem @ gulanolactona oxidase e so incapazes de sintetizar 0 ‘icido ascérbico que, por isso, precisa ser ingerido. As frutas ef- ‘ricas ¢0 tomate sio especialmente ricos em dcido asc6rbico. As pessoas que nic ingerem vitamina C suficiente desenvolvem uma SHtidroalbenzoplieno Hidroxihenzo| | pireno slicuromesides (hidrossolarel) figura 20-20 - Papel do UUP-glicuronatona detonicagae. Aquied mostrada a detoncacto Uo 3-hidroubenzdlabireng, um componente ‘ico presente na {umaca do tabaco, A gleuronacdo pela transterén- «ia de glicuronato do UDP-gicuronara converte toma nac-polar ers lum composto polar e, portanto, ras facilmente remevivel do sangue 00s Fins ddoenga grave chamacia escorbuto; nessas pessoas, a sintese do tecida conjuntive, que contém cokigena, é defeituasa. Os sinto= ‘mas do escorbuté incluem dentes abalados com gengivas ineha= dase hemorragicas, articulagdes enrjecidas e dolorosas, hemor ragias subcutdneas e cicatrizagio lenta dos ferimentos. Por sé ‘culos essa doenca foi muito comam entre aqueles que faziam Viagens martimas prolongadas, durante as quis a8o havia este de frutas frescas. Em 1753, © médico naval James Lind ‘Mastrou que o escorbuto podia ser prevenidy ¢ curado pela in- geste: de sucos de frutas citricas. Em 1932 0 composto anties: ccorbuto vitamina C fal isalado do suco do limgo e denominado Acido ascdrbico (da palavra latina scorbutus). ‘Compostos carboidrato-nucleotideo so 0s precursores empregados na sintese da parede celular de bactérias 0 peptideoglicano que dé forgace rigider.ao envoltério bacteria- 10 um copolimers linear alternaate de N-acetilglicesamina {GleNAc} e dcida N-acetilmuramico [Mur2Ac), unidos por lie ‘gncSes glicosidicas (B1—>4) e com ligagbes cruzadas efetuadas por pequenos peptideos ligades aos Mur2Ae (veja Fig, 9-19). Durante a construrao do esqueleto polissacaridico dessa molé- are > Dolical ® ° GieNAc-Hf} + UTP UDPtleNae + PR, Pep OT napen NADP" ° UpP.Murac Alanine -Gluamato @ [ovis Also Alanine tnndeike less ae e 579 ‘cula complexa, ambos, GleNNAc e Mur2Ac, sto ativados pela i- zgagio de um nucleotideo de uridina aos seus carbonos anomé- Tivos, Primeiro, o GleNAc-t-fosfato condensa com o UTP para formar UDP-GleNAc (Big. 20-21, passo (7)) 0 qual como fosioenolpinuvato para formar UDP-Mur2.Ac {passo @)); cinco aminoacidos sio entao adicionados {pass @). A porya0 Mur2Ac-pentapeptiden ¢ transferida do nucleotideo de uridina ‘para um ileool isoprendide de cadeia longa (0 dolicol, veja Fig. ic -20f } (pass@)) €0 tesiduo GlcNAceé doado por UDP-GleNAc pao O) Em muitas bactérias, cinco plicinas s80 adicionadas e meio de ligagae peptidica ao grupo amine do residaw de lisina pertencente ao pentapeptideo (passo@)). Finalmente,esse complexo decapeptideo-dissacarideo ¢ adicionado a extremida- de ngo-redutors de uma molécula de peptideoglicana preexis- tente {paso @), Uma reasao de transpeptidagio faz o entrecr- zamento de cadeias polissacaridicas adjacentes {paso @)), con: tribuindo para a formagao de uma parede grande e forte que enyolve a célula bacteriana. Muitos dos antibidticos mais efeti- ‘ys atualmente em us agem pela inibigAo das reagoes de sintese do peptideoglicano (Adendo 20-1), Sem o suporte da camada formada por peptideoglicano, « cétula bacteriana ¢ frigil e mui- 10 sujeita a lise osmotica, Figura 20-21 - Sintese do peptidenslicano bbacteriane. tos primeros pesos dessa va Ge D ate Dy a Macetiigicasarrina (GieNAG ¢ © acid N-acetimurémico (Mur2AQ) sd0_ativados pela unido, por miso de urvalgacao festacester, cde ur nucieotieo de uridina IOP) em seus carbo- ‘nos anomenics e, no aso do Mur2Ac. de um ‘cool wsopreni de cadela longa {oolicod, Esses lhe oaanonginginicd hes gicosidicas eles funciona como excel tes grupos de salda. Depois da ligacio, Ge ©, de um dssacaridea corn a cadeia lateral de umn peptdeo (10 residuos de aminodcidos) ete pre- cursor é tansferido (D) paraa ponts nio-redstor iad codec do peptidenglicana a Glicioa on rade uma cadeia peptideoglicana oreexistente © que serve coma molde para 4 reagao de palimen- acho, Fnamente, cae una reagae de tran Pepitito (6) ere as cats eras dos pep {eos en uss males do pepideogicano. Uy ‘Fesiduo de gikcina na extremidade da cadea pept- ‘ica desloca uma 0-alanina termmal na outa ca~ dela polipeptidics formanco uma igacéo cruzada te ache de tranepoptcacio mca pels vers formas dapetnlinag ss ata bacnas pelo enfraquecimento dessus paredesclda‘es. 580 Adendo 20-1 A penicilina ¢ a P-lactamase: A bala magica contra o colete 4 prova de balas posalveis por sua sintese sa abs ideals para a aga ‘Ge aonibioticos. Antibticos que atingem alvos bac ‘As penisilnas boquetarn a formayo das ligasex -emrecruzadas nos peptideuglicanos, atuando como inibidores de asic baseada em um mecanisma (su cds), © mecanismno cataltico normal das enzimay- advo atieam o imbidor¢ este modifica covalememen- aoe se iene EE NS aes: tidases empregam um mecanisme de reicio (envalvenda residwos de serina) similares iquele da quimersipsina (veja Fig #19); seacho ati ws Cada itera Ane tating ni fentes manciras. Todas as peniciinas comtém um i te ancl tiarolidina ligado a P-lactama, mas clas dife- ae anel PHlactama (Fig. |), que ¢ modificade de dife- fon stint pee i, et fe ie jig aman Tira Coot ‘das diferentes penicilinas. Por exemple, a peniciling 6 Y ¢ estavel em meios acidos © pode ser administra da por via oral, mas a meticilina ¢ instével em meio Fstrotura petal da penicilins Jido e precisa ser administrada por via intravenosa 6 intramusculat: Entretanto « metiilina resist a0 staque de enaimas bacterianas ([-lactamases) en. quanto muitas outras penicilinas nao fazer, As [lactams tém muias propriedades que caracteri- 2am um born medicomento. Primeire, elas tém como alvo uma via metabiica prevente nas bactérias mas nao no organisemo: humana. Segunda, intro- dueidas 69 organise, elas ttm periodo de mea- ‘ida suflcientemente longo para serem clinicamen- te steie.Terceira, elas atingem comcentragies tera peuticas na maiora dow texas € Orgios se mo er n todos. Finalmente. elas sic efetivas contra urn large -expectra de eipicies| Figura meee ea ewicinn pate {Hearipeniciina) Crore Penicilina ¥ Meteilies Muitos outros oligo ¢ polissacaridcos so sintetirados por ‘vias similares nas quais as acticares sio stivados para, subse- ‘quentemente, teagir e se ligar a nucleatideos. Na glicosilagio de Proteinas, por exemplo (veja Fig. 27-36), 08 precursaresdas por- ‘es de carboidrstox sto: complexos carboidrato-nucleotideo: Fotossintese dos Carboidratos [A sintese dos carhoidratos nas células animais sempre emprega precurseres que possuem pelo menos trés atmos de eaibonw, feerperrahss enpras rorrmueinselppeerantinipoin Os organisms fotossintétics, pelo contririo, podem fazer car boidratos de CO, ¢ agua por meioda reducio do CO, que utili- xan energia fornecida pelo ATP ¢ pelo NADPH getadles na tennis: feréncia fotossintética de elétrons. Esse processo representa uma diferenga fundamental entre os crganismos autotréticos (fot~ tréficos ou quimictréficos) e heterotréficon. Or eutotréficos, como as vegetais, podem empregar 0 CO: eono a iniea fone de todos os stomos de carbone necessarios para as reagées de biossintese, nao apenas da celulose ¢ do amido, mas também os lipidiox e proteinase de todos.os muitose variadas compo- nentes orginicos das células vegetais. Os organismos hetero \waficos, 30 contririo, sho em geral incapazes de realizar a redo ‘gaa do CO; para formar ghcese “nova’. O didiide de carbone Pode ser captado pelos tecidos animais, como na reacio da + ruvato carboxilase durame 4 gliconeogtsese, mas » molécula deh esomeaiareaionsit ance ea (veia Fig. 20-3), De forma similar, « CO, esau nano a tikon sesame dos graxos (ela Fig. 21-1) ou pela carbamil fosfato sintetase 1 durante a formagdo da uréia (veja Fig 18-9) € perdido em pas- 408 ‘As plantas verdes contém em seus cloroplastos uma magui- aria eozimatica Ginica que catalisa acomversio do CO,¢m com- estos organicos simples (reduzides), em um pracesse deno- ‘minade assimiingdo do CO}. Esse processo também é chamado ‘ixagio do CO. ou fixagin do carbono, mas neste texto reserva- ‘mos esses termos para as reagies emt que © carbona & incorpo rado (fixado} no 3-fosfoglicerato, Esse produto simples da fo- Tiere ctacntutens cotta induce haan: 581 -lactamas, comoa penicilina, que, por sua vez, ina- ram as transpeptidases. Depois gue # penicilina entra no sitio ativo da transpeptidase, 0 préton no ‘grupo hidrosila de um residuo de serina do sitio ative ¢ abstraido pare 6 ritrogénio de anel da lactema ¢ 0 oxigénio da hicroxila da serina ataca 0 earbono carhonili na posigio 7 da Bclactama, is abre ane! ¢ forma um derivado penicilinail-enai- ‘ma estavel que inativa a encima (Fig, 2a) CO cmprego freqitente e yeneralizado dos antibis- tices. vem conduzinde a seleyao ¢ a ewhagte da re- sisténcie a eles em muitas bactérias patogtnicas. O mecanismo mais importante desta resistencia & a inativayao dk ankibiceivo pela hidrolise enzimsitica do anel lactama catalisada por f-lactamases bacte- ana, o que forneve A bactéria um ‘colete 4 prova de balas” (Pig, 2b). B-lactamase forma aun aducto covalente tempordrio com o grupo carboxila do ated lactama aberto, que ¢ imediatamente hidrolisado, regenerando a enzima ativa, Uma forma de evitar esse tipo de resistencia ao-antibiotico € sintetiaat andlogos da penicilina, como a metcilina, que sio ‘maus substratos para as B-lactamases. Outra ma’ nneira € edministrar junto com 0 antibidtica um ini- bhidar da f-lactamase tal como as drogas clavalana- ‘0 « sulbactam, A resisténcia aos ancbkicos ¢ uma ameaga sig nificativa 4 sade publica, Algumas infeccées bac- terianas #80, atualmente essencialmente nao trata ‘eis com antibioticns. No inicio da decada de 1990, 201% a 4% das cepas de Staphyfocascus anrews eram resistentes meticilina e 32% das cspas de Netseria _gonorrbweue eram sesistentes& peniciina. Ean (986, 32% das amostras de Shigella (uma bactéria respon: sivel por formas graves de disenteria, algumas com fetalldade da 336] sromn vestelectes A tripiclion F significativo constatar que muitos desses patigenos sio também resistentes a muitos outros antibiti- eax. No futuro precisaremos desenvolyer novos medicamentos que eviter 0s mecanismos de reis- téncia desenvalvidos pelas bactérias ou que tena ayia sobre outros alws bacterianos, i | ‘entes nos animals. A assimilagio do CO, se realiza por meio de ‘uma vin cielica na qual 0s intermedisrios-chave sto constante- mente regenerados. Essa via foi elucidada nos primeiros anos da década de 1950 por Melvin Calvin ¢ colaboradores, sendo fre- ‘qlentemente chamnads de cielo de Calvin. ‘Melvin Cabin (911-1997) A assimilagio do CO; ocorre em trés estagios O primeiro estigio na assimilagio do CO, em substincias or- snicas (Fig. 20-22) ¢ uma reagio de Gxagao do carbone: sua condensagio com um receptor de cinco étomos de carbon, a ribulose-1,5-bifosfato, para formar duas moléculas de 3-fosio glicerato (observe que a Figurt 20-22 mostra o muimero de mo- \éculas que reagem part tomar possivel a formagio liquida de uma molécula de triose — ¢ isso representa a captagio de ts moléculas de CO,)..No segundo estigio, o 3-fosfoglicerato €re- duzido a giiceraldeido-+-fosfato; trés moléculas de CO; s30 fi- ads em trés moléculas de ribulose-1,5-bifosfato para formar seis moléculas de gliceraldeido-3-fosfato (18 carbonos) em equi librio com a diidroxiacetona fosfato. No terceiro cstigio, cinco das seis moléculas de gliceraldefdo-3-fosfato (15 carbonos) sto ompeeyadas para regenerar trés moléculas de ribulose-1,3-bi- fosfato, © material inicial. Assim, 0 processo global ¢ cilico permite a continua conversio de CO, em triose e hexose fosla- to, A frutose-6-fosfato ¢ um intermedisrio-chave no estigio 3, ela representa um ponto de ramificayao que tanto pode levar a regenera¢ao da ribulose-15-bifesfato como A sintese de ari A via da hexose fosfaco para pentose bifosfata envolve as mes | Figura 20:22 - Os és estagios de assimila- | de do CO, em organismos forossintericos ‘Osrumerc ete partotese mastram a esteau- etna thos ints mhermedarios-chave de tal forma oe 6 apurente 0 dethen dex Stores de carbone quernirame weredercia Come mostrads au, | tts rmolecuion de CO ado fuadan pare permis a | ‘sieve bauda de ume molecule do glceatoecao- tostarn. Este ¢ 0 crarmato cio de recuxac to tossintetice do carbone Ou Gc de Caw. @ ‘mas reagoes empregadas nas células animais para a conversa das pentoses fasfato em hexoses fasfata durante @ operngio dt via das pentoses fosfato, uma rota alternativa para a oxidagito da glicose (veja Fig. 15-20). Na assimilagdo fotossintética do CO}, essa via opera em diregdo posta, convertendo as hexoses fasfato em pentoses fosfato. Esse cicla redutivo das penteses fos- fato-usa as mesmas enimas da via oxidativa e diversas outras ‘que tornam 0 ciclo reddutivo irreversivel, [Estagio 1; fixagho do CO; em 3-fosfoglicerato, Lina pri- mmeira pista importante ara a natureza do mecanismo de ass milage do CO, new organismos fotossintéticos foi obtida nos Ultimos anos da decada de 1940, quando Calvin ¢ seus colabo- adores iluminaram uma suspensic de algas verdes na prewenya de didxido de carbono radioativo ('“CO:) por apenas alguns se- gandos. A seguir. eles mataram rapidamente 24 células, extral am seu sonteddo ©, com 4 ajuda de metodos cramatograficos, procuraram pelos metabdlitas marcades pelo carbono radioa- ‘ve. O primeira composto a se tornar marcado foi o 3-fosfogli- ‘serato, com o '"C predominantemente localizado na atomna de carbone carboxila. Fase étomo no se torma tapitamente rat- cado nos tecides animais na presenca de CO, radinative. Essex experimentos sugeriram fortemente que 0 3-fosfoglicerato éum intermedidrio precoce na fotossintese. A enzima presente nos ‘extratos de folhas verdes que catalisa a incorporagio de CO; na forma organica ¢ 4 ribulose-1,5-bifosfato carbexilase ou RuBP ‘arbonilase/onigenase chamada abrevladamente de rubiseo).(A atividade de oxigenase das enzimas sera discutida posteriormente neste capitulo.) Como uma carbexilase,a rubisco caine a liga «io eovalente do CO; a0 agar com cinco Stamos de carbona ribulose-1,5-bifasfato e « clivagem do intermedirio instvel de seis carbonos para formar dues moléculas de 5-fosfoglicerato, toma das quaiscarrega um novo carbone introduzide como CO, ‘em seu grupo earbaxila (Fig. 20-23). ‘A ensima rubisco de vegetais, a enzima-chave na producio e biomass a partir de COs, tem uma estrutura complexa (Fig. 20-24a, b), Existem oito subunidades grandes, cada uma delas ‘com M, 56.000-e contendo um sitio alivo, € eite sabunidades ‘pequenas (cada uma com M, /4.000), cujas fungdes winda nao sto bem compreendidas. A estrutura em subunidades da enzi- ma ruibisco das bactérias Fotossintéticas € muito diferente, com ‘duas subumidades semelhantes iquelay grandes subunidades da ‘enzima vegetal em muitos aspectox (Fig. 20-24). A enzima ve. ‘etal esta localizada no estroma do cloroplasto e representa ate pperto de 50% da sua proteina total. A rubisen ¢ a enzima mais aabundamte na biosfera, Estagio 2: conversio do 3-fosfoglicerato em gliceral- ‘deido-3-fostato. 0 3-fosfoglicerato formade no estagio | ¢ convertida em gliceraldeido-3-fostato em dais passos que 50, ‘essencialmente, ¢ reversdo dos passos correspandentes na glist lise, com uma excecio: « co.fator nucleotidice para 4 reducia do |.-bifosfoglicerato ¢ o NADPH e nio-o NADH (Fig, 20-23), (0 estroma do doroplasia contem um conjunte completo das -enzimas glicoliticas com excecho da fosfoglicerato mutase. Estas ‘enzimas do estroma sio isorimas daquelas encontradas no cto- sol; os dois conjuntos de enzimas catalisam as mesmas reagbes, ‘mas elas sto produtos de genes difererics, No primeiro passo da seqitncia, a }-fasloglicerato quina- ‘sc, n0 estroma, catalisa a transferéncia do fosfato do ATP para o 3ofosfoglicereto, formando 1,3-bifosfoglicerato (Fig. 20-25). Entio @ NADPH cede os sews elétrans em uma reagio de redu- ‘gto eatalisada pela enzima desidrogena- ‘se, produrindo gliceraldeido-3-fosfato. A enzima triase fosfato isomerase intercomverie as trioses pliceraldcido-3-fosfato © di- droxiacetona fosfato. Essa triasesfosfato ou sio convertidas em amido no cloroplasto, que ¢ estocado para uso posterior, ou sho medliatamente exportadas para 0 citosol e convertidas em saca- ‘ose, que ¢ transportada para as partes «la planta que esto em ‘erescimento. Nas folhas ern crescimento, a energia adicional ne- ccessiria pode ser fornecida por uma porch impartante das trioses fosfato que € degradada pela plicise (Pig, 20-25), poe 1L0-® = eo © r a A 2 carboxi-terto- toe a Daarabinitol 15-iosia> ane H—C—OH ff OH (Pecetodcido intermediario) CHOP) cHO-B w Ribulose. Intermediary LS-bitostaro ened! = ‘Carbanioa + 3-tologliceras Ht I bHi0—-® Inkermedhatios da renga corn seis dromew de ee carbono na molecule se lgam na ritulose-t,5- S-fosfoglicerato bitostaro carboilase (rubsco) Figura 20-23 - 0 primeiro estigio da assimilaglo do CO, A reacio de xagan to CO, @ catalisada pea Noulose- | .S-btostata carbodlase (ubisco). Acrectase que 0 intermadianic carbonlado da reagda é o ficeloacde de ses {tomas de carbone que fica igado 8 enzima e que © mostrado aqui, ele ¢ hidratsado @ liberado da sunerficie da ‘rzima coma do prods. Wnticos com ts #lomes de carbon cada um, um deles conte o tomo de carbona anginanamente na CO, (verrelha), Figura 20-24 - Estrutura da ribulose-1,5-bifosta. ‘te carboxilase (rubiseo).(a) Vista superar e(b) vista lateral de um modelo do hips fita da enzima rubice do sspnatie, besesdo em endlses por dftayso com raion X ca eran cestalina, Extstert ona grandes su ‘bunidades (mostradas ern azul) © oto unigades pe- ‘quenas (er crual, fimemente empacotadas em uma ‘etrutura de M4, 5S0.060. A enzima rubisco esta ere Sante em uma concentiagie de perte ce 7S0rghnl np estrome de coroplosto,cotrespondente a uma cor centregdo exifeardnanamente alia de sticy shvas {ini Os esiduas de aningscdos da sito ato 80 ‘mastrades em amarao. (€) MoWes0 do tipo fta Ga én ‘rma tubisco da Daciéia Rhodospasitum fubeum. As Ssubunidades esta masiradas ern cinza e aaul. Um re sidu de lsina no sitio atvo, que ¢ carborilado para formar un carbamatn no sito atvo (ve Fg, 20-33), ‘std mostrade ent yermelho. O substrato, rbulose-1.5- bifesfato esta em amare. te) Figura 20-25 ~ A segunda fase da astimilaglo do CO, © }fostogcerato ¢ convertoo em ghceraieddo-3-fovfano (velas yermethas. Tarrbem fe8id0 mastrades os destnos atenatias do atamo de carbon fade No giceraidetdo-}fostato (Gelas anus) A mwar parte ¢ recclada para formar ritulose-t,§-brtosfato coma mostrado na Fgura 20-26. 0 gheerakietio-3.fostato “extra” pode set emoregade imedatamente coma fonte de inenpa, ou Comeertdo em sacarose para taranarte, Gu, ainda, armarenaso core amide nara uso future Se 0 giceraideide-3-locatn ¢ necosiéac pata tntew de amdo, de condens2 com a dichonacetona foxlato ne estroma « corwertido em frutose-1,E-bioslato, a precuriora do aao [Em-outrs stuagbes. ele ¢ comvernde em dicronaceiona lonfato, que deine © doroplasto por mess de um transportader expecifica ve Fag. 20-31) No otosol a Gidraslacetona tostatc pode ses degradacta por melo Ga gAcoine para fornecer energia Ou Ser ermpregada para formar 2 frutose-& tosfato @, enti, wecarase Estégio 3: regeneracko de ribulose-1.S-bifosfato « par: {ir das trioses fosfato. Como ja foi visto, a primeira reagio ‘1. assimlago do CO; nas trieses fosfsto consome ribulose-1\5- bifosfato, Para que o fluxo de COs quese transforma em carhot- drata seja continuo, a ribulose-1,5-bifosfato precisa ser cons- tantemente regenerada. As células vegetaisresolveram esse pro- bblema com urna série de reagOes que, junto com as estigios | 2 ddescrtos anteriormente, formam wma via ciclicn (Fig, 20-26). Poressa vis o proxiuto da primeira reacio (-fosfoglicerato) passa ‘poruma strie de transformagies que 20 final levam & reyenera- ‘qo do material de partida, ribulose-1,5-bifosiaw, Assim, a re- generagio da ribulose-1,5-bifosfato envolve rearranjos dos exqueletos carbénicos do glicraldefdo-J-fosfaiae da diidroxia- cetona fosfaio produzidas ios primeiros dois estigios dla asi- milugio de carbono, Os intermedidrics na via incluem agiicates com 3, 4, 5,6.€ 7 diomos de carbono. Na discussio a seguir, todos os nimeros das passos referem-se Aqueles indicados na Figura 20-26, Os pasos ( « @) séo promovidos pela transaldolase. que ‘atalisa& condensacao reversivel do glceraldeido-3-fosfato com 4 diidroxiacetons fosfato (passo (])) como na glicdlise ¢ da eri- trose-4-fostato com a ditdroxiacetona fostato (passo @), for- manda © composto com sete dtomos de carbone. a sedoeptulo- Se-1,7-bifosfato. Os passus (3) ¢ (@) sito catalisados pela encima transcetolase, que contém a tiamina pirofoslato (TPP) como {grupo prostético (veja Fig. 15-94) ¢ requer Mg”. transcerolase ‘atalisa a transferéncia reversivel de um grupo cetol (CH,OH— CO—) de umacetosefosfato doadora,frutose-6-fosfato no passo , para uma aldase fosfito receptora, © gliceraldeida-3-fosfaio (Fig. 20:27, b). No passa (@), as mesmas reacbes basicas con. vertem a sedoeptulose-7-fosfato « © gliceraldeido-3-fosfaro em \duas pentoses fosfato (Fig 20-27¢).A Figura 20-28 mostra como tam fragmento com dois dtomos de carbona sio temporeria- ‘mente transpartacas pelo TPP e condensados com gliceraldes- do-3-fosfato, com trés itomos de carbano (paso ©). Cliceraldeido--fostate Rec = WAiaA BIR me GY vsti ‘Sedkvepptulese- 17-bil lente Oo P, Sedoeptwlose-7-fosfato is = Sa SA voi ss Talento Ribase-5-fosfate Ailulese-3-fostato epimers a = DO] ne QD oe ee Ribulose-5-fostato — “my Ribulose-1.5-bifosfaro, = ame aC = rine Saft ®D | spameraw ibulone-3-loslate <: vs fostata Ribslose-1,5-bilastite = tora fosfat. As reagder cataksadas pala ransalosiaco (rancor) Touese-1-esfato — ribose oslo pea risose-5-tsfata somerase todo. passos @ ifrutose-1,6-bifosiatase), G) (sedoeptulase bifestatase! eG) Figura 20-26 - © terceiro estagio na assimilacio do CO, Este diagiama esquematico mostra a interconveria das trioses fastato Icompostas com Be eee eave pemuc ie or neinr mas asta as trioses fostato: gliceraldeddo-3-fosfato e chidroxiace- fe Warsctolae (nasi Se Gh shicne-5-exfato pea ribulose fatate eprmerase (@). 2 ribulose esate ¢ fesloiade, egenerarde a ribulose: 15-bjlslato. Os pasos com setesezussd0 exergdrncose formar treversvelo prcessa ©) produzem as pentoses fosiato, que sie convertias No paseo ‘ibulose-S-tosfato quinase). psn ae * i _s je aa Rt RE ot ae ai owdora respons WE don Lb ¢ ~ Figura 20-27 = fs reacies do ciclo de Calvin catali sadae pela transcatolate (a) A reacdo goral cataltada pela tranucetolave € translencisd um grupo de dois arbonos, transportads temporariarrente pelo TAP iga- do encima, de ura cetose coadora para una aldoue Feceptora (B) Conversso-de uma hexose e de uma tose fem ums pentose e uma tetrose pela aco da transceto- {ase ipzsso @) da Fia, 20:26), (cl Conversso dos aucares 'e cto-e de 18s Atoeeas de carbono em das pentosos ela agio da transcetolase (passo ©)da Fig. 20-26) CHOW © Sedueyralone- 7st Aceome Honda) x i nd Nin Figura 10-28 - & vanscelolnse larstore ure grupo de dos itamox de. carbaro da vedoeptuiose 7 fostate pare 2 Gicraldedo-}loalate, proceed can pentoars estate (pinso @) 4a Fig. 20-26) A tiamsna profmtato funciona como um 1arsgortadar temporan de uma unidace de dos 3to1T0s de Carboro e como umm excondl- rode etrors ja Fag. 15-9 sara tact a weacbes [As pentoses fosiaw formadas na reagso da transcetolase — Tibose-5-fosfato ¢ xilulose-5-fosfito — sto convertidas em i= ‘bulose-s-fosfaro (passos (Ze (®),a qual. no passo final do ciclo {passo @p, €fosforilada pela ribulose-5-fasfataquinase (Fig. 20- 29) passa a ribulose-1,5-bifasfato, Essa é a terceira reagio for~ teamente exerwonica da via. Cada triose fosfato sintetizada a partir de CO; custa seis NADPH @ nove ATP 0 resultado liquide final do ciclo de Calvin ¢ a somverste de try moléculas de CO, ¢ uma molkécula de fostato em uma moléculs ddetriose fosfato. A. global da via do CO, até trio se fosfato, com a regeneracio de ribulose: 1.5-bifosfato, est ‘mostrada na Figura 20-0, Irts molkculas de ribulose 1.5-bifos- ato (tm total de 18 tomas de carbono) condensam com teéx moléeulas de CO; (1rés carbonos) para formar seis meléculas de 3-fosfoglicerato (18 carbonas). Fssas seis moléculas de 3-fosfo- sliceratosa0 reduzidas para seis moleculas de gii- ceraldeido-3-fosfato, com o consumo de seis ATP (ma sintese de 1,3-bifosfoglicerato) e seis NADPH (na redugio de | 3-bifosto- licerato para gliceraldeido-3-fosfato). Ura destas moléculas de _sliceraldetdo-3-forfato ¢ 0 produto liquide do processo. As outras ‘cinco moléculas de pliceraldeido-3-forfato (15 carbanos) sie rearranjadas nos passos () a @) da Figura 20-26 para formar tts moléculas de ribulose-1,5-bifosfsto (15

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