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, Ora, esta nao € senao a substincia da
coisa, Mas entdo € necessiio, igualmente, ou que também a ear-
ne e cada uma das outras coisas scja em virtude de uma relagao,
ou que nenhuma scja, Entio, care, asso e cada unna das outtas
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‘coisas serdo em virtude dessa relagio, ¢ ndo em virtude da materia
audmitida por Empédocles, ou seja, fogo, terra, Jgua e ar. Mas
‘inpédocles certamente aceitaria isso se outtos Ie tivessem dito;
le, porém, nao o disseclaramente. Sobre essas questoes ji emos
‘selareeimentos acima*
Mas devemos voltar ainda sobre alguns problemas que se
poderia levantar sobre essas doutrinas das eausas: quem sabe po-
dlercmos extrair da solugio desses problemas alguma ajuda para
« solugao de ulteriores problemas, que scrdo postos adiante*&
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1. {A filosofia é conhecimento da verdade ¢ v conhecimento
da yerdade é conhecimento das causas}’
Sob certo aspecto, a pesquisa da verdadle ¢ dificil, sob outro
€ facil, Prova disso € que & impossivel a um homem apreender
«dequadamente a verdade e igualmente impossivel nfo apreen-
«lela de modo nenhum: de fato, se eada um pode dizer algo a
tespeito da realidade’, ¢ se, tomada individualmente, essa contri-
buigio pouco ou nada acrescenta uo conhecimento da verdade,
toxlavia, da unio de todas as contribuigdes individuais deeorte
uum resultado considerivel. Assim se a respeito da verdade ocorve
v» que éafirmado no proxérbio “Quem poderia errar uma porla?”*,
centio, sob esse aspecto ela ser fieil; a0 eontririo, poder aleangar
erdade em geral ¢ nao nos particularcs mostra a dificuldade
tka questo’, F-dado que existem dois tipos de dificutdades, 6
possivel que a causa da dificuldade da pesquisa da verdade na
estefa nas coisas, mas em nés*. Com efeito, assim com os olhos
«los moreegos reagem diante da luz. do dia, assina també
tcligéncia que esti em nossa alma se comporta diante das coisas
une, por sua natureza, Sio as mais evidentes*
Ora, é justo ser gratos ndo s6 aqueles com as quais dividi-
sos as opinides, mas também aqueles que expressaram opinidcs
AtC mesmo superficiais; também eles, com efeito, deram algue
conteibuigio a verdade, enquanto ajudaram a formar nosso
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Inibito especulative?, Se’Timeteo’ nio tivesse existido, nio teria
mos grande niimero de melodlias; mas se Frini"" nao tivesse existi-
«lo, tampouco teria existido Timéten. O mesmo vale para os que
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falaram da verdade: de alguns recebemos certas doutrinas, mas
outros foram a causa de seu surgimento!’
E também justo chamar a filosofia de eiéncia da verdade®,
porque o fim da cigncia teoretica 6 a verdade, enquanto tim
da pratica € a ago. (Com cfcito, os que visam 3 agiio, mesmo
que observem como esto as coisas, naa teridem ao conhecimen-
to do que € ctemo, mas 56 do que € relativo a determinada cis-
cunstancia ¢ mam detcrminado memento)". Ora, nao conhece-
anos a verdade sem conhecer a causal, Mas qualquer coisa que
posstta em grau cminente a natureza que Ihe € propria constitu
-1 causa pela qual aqucla natureza sera atribuida a outras coisas"
por exemplo, o fogo é 0 quente em grau maximo, porque cle &
caysa do calor nas outras coisas, Portanto 0 que é causa do ser
verdadeiro das coisas que dele derivam deve ser verdadeiro mais
que todos os outios. Assim € niecessitio que as causas dos seres
ctemos"* seam mais verdadeitas da que todas as outrax: com
lito, elas nio sia verdadciras apenas algumas vezes, € N40 existe
ume causa ulterior do seu set, mas elas s70 as causas do ser das
boutras coisas. Por conseguinte, cada coisa possui tanto de verda-
de quanto possui de ser”.
[As causas sao necessariamente limitadas tanto em
espécie como em ntimero}'
Ademais, € evidente que existe um prinespio primeira ¢ que
as causas dus seres nio sio (A) nem uma scri¢ infinita (tems um sinolo
quando uma forma se predica da matéria), ou se além do
sinolo nada existe; ou ainda, se para alguns seres existe
algo separado enquanto para outras no, ¢.quais S30 0s
sercs clesse tipo”.
{9) Ademais, os prineipios, seja formais seja materiais, so
limitados quanto ao ndmero ou quanto a espécic?"!
(10) Eos prineipios das coisas cormuptiveis e os das incorrupti-
eis Ao idénticos ou sio diversos? S20 todos incorrup-
tiveis ou os das coisas corruptivcis sio coruptiveis?”
(11) Além disso, a dificuldade maior ¢ mais exigente é a soguin-
te: se 0 Ser ca Um, comodiziam os pitagérions ¢ Platao,
sdo ott nao a substancia das coisas, ou se, a0 contririo,
supOcm alguma outra realidade que hes sirva de substrato
como, por exemplo, segundo Empédocles, a amizade ou,
segundo outros, o fogo ou, segundo outros ainda, a agua
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Outro problema é 0 seguinte: se os prineipios so univer-
sais ou se sio particulars, como as coisas indivicluais"
(13) E também isso ¢ problema: se os prineipios sao em poten-
cia ou em ato; ¢ se sio emt poténeia ou em ato num sen
tido diferente daqucle que se efere ao movimienta, Estes
sio problemas que apresentam notavel dificuldade"’.
(14) Alem disso, ha também a seguinte questo: se os néime=
ros, as linhas, as figuras ¢ 05 pontos sio substincias ou
nao ¢,easo sejam substineias, se so separadas das coisas
sensiveis ou imanentes a clas"
Para todos esses problemas” ni s6 ¢difiell encontrar a verda-
dle, mas nem sequcr ¢ fieil comprecnder bem ¢ adequadamente
as dificuldades que eles comportam
(12)
2. [Discussao das cinco primeiras aporias}
{Primeira aporia}!
Examinemos, pois, em primeiro lugar, a primeira questo
que enunciamos: sc 0 estudo de todos os géncros de causas €
tarefa de uma Gniica eféncia ou de mais eigneias.2
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Mas como conhecimento de todos os prineipios poderia
ser tarefa de uma sniea eiéneia se cles ndo sio contratio:
Ademais, em muitos seres nao esto presentes tocs os prin
pios. Com efeito, como € possivel que para os seres iméveis
xista um principio de movimento ou ainda uma causa do bem
uma vez que tudo o que por sié bom é por sua natureza um
fim ¢ € causa, dado que em virtude dele as coisas se produzem
esto, ¢ dado que o fim c o objetivo é 0 fim de alguma agao, ©
«as agdes implica movimento? Conseqiientemente, nos seres
iméveis nao podera haver esse principio do movimente nem
tuma causa do hem. Por essa razio, nas matemiticas nao se de-
tmonstra nada pela eausa final c ndo existe nenhuma clemons-
Liagao que argumente com base no melhor ¢ no pior, ¢ oy ma-
tematicas nem sequer mencioram coisas como estas. (F por
estas razdes que alguns sofistas, como Aristipo’, desprezavam
as matematicas: de fate, enquanto nas outras artes © até mas
artes manuais, como as do marcenciro ou do sapateiro, tudo ¢
motivado pelas razies do melhor © do pior, as matematicas
nndo desenvolvem nenhuma consideracdo acetea das caisas boas
emis}
Por outro lado, s¢ as ciéncias das causas sio mais de uma ¢
se existem diversas eiéncias dos diferentes principios, qual delas
poderemos dizer que € a ciéneia por nds buscada ou, dentre oy
que possucm aquelas cigncias, quem poderemos dizer que eonhe
ce melhor o objeto de nossa pesquisa? Pode ocorter que no es
mo objcto estejam prescntcs todos oy tipos de causas; com, por
cexemplo, numa casa: sua Gausa motora su w arte € 0 construtor,
causa final ¢a obra, a causa material sio a terra eas pecitas,¢ a
causa formal & a esséncia. Ora, segundo as caracteristicas que
cstabclecemos acima" para determinar qual das eigneias deve
ser denominada “sapiéneia”, a eiéncia de cada uma das cautsas
tem alguma raze para reivindlicar essa deneminagio”, (a) De
fato, na medicla em que & eiéneia soberana e mais digna entre
todas para irigit; ia medila em que aela todas as outras eigncias,
como servas, justamente no pedem replicar, a cineia do fim ¢
dobem parece exigira denominacio de sapiéneia (todas as coi-
sas, com ¢fcito, existem em Fungo clo fim). (b} Por sua vez,
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EDUISCA 92,4768 12-35
tendo sido a sapiéneia definida’ como ciéneia das causas pi
inciras ¢ do que é maximamente cognoseivel, esta parece ser a
ciéncia do substaneia’. Com efeito, entre os que conhecem a
iniesma coisa segundo cliferentes modos, afirmamos que conhe-
ce mais 0 que € a coisa quem a conhece em seu sere no quem
acorIhece em scu ndo-ser";¢ também entre os que a conhecem
ho primeiro modo, hé quem a eomheca mais do que outro, ¢ a
conhece mais do que todos quem conhece sua esséncia € nao a
qualidade ow a quantidade ou o fazer ou o padecer"!. E também,
nos outros casos, pensamos que s: tem 0 conhecimento de todas
as coisas, inclusive das que sao passiveis de demonstragio", quan-
dose conhece a esséncia. (Por exemplo, conhecemos a essencia
da operagao da quadratura quando sabemos que ela consiste em
encontrar a média proporcional® ede modo anélogo em outros
casos). (¢) Ao contratio, consideramos ter conhecitmento das ge-
rages, das agdes ¢ de toda espécie de mudanga quando conbe-
coos 0 prineipio motor, ¢ esse principio ¢ diferente c uposto a
causa final!*, Coneluindo, parece que oestuco de cada uma des
sats eauisas € objeto de uma ciéncia diferente
{Segunda aporia}"*
Ha também a seguinte aporia: se compete a uma dinica
cigncia” ou a mais de uma o stud dos prineipios da demons-
tuagao. (Chamo principios da demonstragao as conviegdes co-
nuns!’ das qjuiais todos partem para demonstrat: por exemple,
que todas as coisas devem ser ou afirmadas ou negadas © que &
impossivel ser © nie ser ao mesmo tempo, ¢ as outras premiss
esse tipo)". O problema, portanto, consiste em saber se é uma
éncia que trata desses principios e da substineia, ou se
sto duasiliferentes; ¢ se ndo € uma s6, com qual delas devemios
idlentificar a que estamos buscando.
Ora, nao parece razorivel que seja uma s6. De fato, por que
haveria de ser tarefa propria, éigamos, da geomettia mais clo
«que de qualquer outra ciéncia, tratar desses principios? Se, por-
lanto, pertence igualmente a qualquer ciéneia ¢ se, por outro
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lado, ndo € possivel que pertenca a todos 0 conhecimente dos
principios, dado nao ser tarefa especitica ce nenhuma das outras
cigneias, também nao 6 tarefa especitiea da citémeia que conhece
as substincias. Por outro lado, como podera ser a ciéncia desses
prineipios? O que é cada um deles sabemos imediatamente. E,
ans outtras artes scrvem-se deles como de algo que é conhecido
Sedeleshouvesse uma eiéneia demonstrativa, ent deveria ha-
ver um géncro com fungio de sujcito ¢ deste alguns prinetpios
«leveriam ser propricdades ¢ outros axiomas (porque ¢ impos
vel que haja demonstragao de tudo}; de fato, a demonstracao
dleve necessariamente partir de algo, versar sobre algo e ser de-
monstragio de algo. Conseqiientemente, seguir-se-ia que todas
a coisas passiveis de demonstragio pertenceriam ao mesmo
igncro, enguanto todas as citncias demonstrativas valem-se dos
axiomas™.
Ao contrario, se a ciéncia da substancia é diferente da dos
aasiomas, qual das duas sera superior ¢ antesior? Com efeito,
osaxiomas tareta do
filésofo, de quem mais poderi ser tarefa indagar a verdade ea
lulsidade deles?!
100 que de mais universal existe;e send
flerceira aporias
E, em geral, existe uma tinica eiéncia de todas as substin
® au mais de uma?
Ora, se no existe uma s6, le que tipo de substancias dire-
mos que € ciéneia esta nossa?”
Por outro lado, nio parece razovivel que seja unta s6.aciéneia
Jiv todas as substineias, porque, se assim fosse, seria também
liniea a ciéneia demonstrativa de todos os atributos, dado que
Ida ciéncia demonstrativa de determinado objeto estuda scus
itributos essenciais a partir de axiomas". Portanto, tratando-se
dle um mesmo género", caberd a uma mesma ciéneia estudar seus
stributos a partir dos axiomas. E, com efeito, segundo esta hips-
{ese, 0 objeto sobre 9 qual versa a demonstragao pertencerd a
uma Gnica ciéncia, ¢ os prineipios dos quais parte a demonstracao|
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tambéin pertencetdo a uma tinica cieneia (quer ela coincida, quer
iio, com a primeira)” ¢, eonseqiientemente, tambémos atribu-
{os pertencerio a mesma ciéncia (isto & a essas duias ciéncias ou
A citneia Unica que retin: essas duas)* 2
[Quarta aporia}”
Ademuais, nossa investigagao versa somente sobre as substan-
cias, ou também sobre scus atributos? (Por exemplo: se 0 séliclo &
tuna substineia c assim também as linhas ¢ assuperticies,serd tax
rela da mesma ciéneia conhccer esses cntes¢ também os atributos
decada géncto desses entes que constituem 0 abjcta das demons-
tragdes matemativas, ou seri tarefa de uma ciéneia diferente?). 30
Se fosse tarefa a mesma ciéncia, entao haveria uma ciéncia
demonstrativa também da substancia, enquanto na verdade nao,
parece haver uma demonstragao da esséncia™
Por outro lado, se é tarefa de uma eigncia diferente, que
cigncia estudard osatributos da substncia? F dificilimo respon-
der a esta pergunta"t
[Quinta aporia}®
Por outrolado, de
siveis ou também outrasslém delas? E deve-se dizcr que sé existe
uum genera ou que existem diversos géncros dessas substancias, 9”
com pretendem os" que afitmam a cxisténeia de Formas ¢ de
Entes intermediirios (que, segundo eles, seriam © objeto dos
conhecimentos matcmaticos)?
Ora, jd explicamos anteriormente™ em que sentido dizemos
gue as Formas sto eausas e substineias por si, Entre os muitos
absurdos dessa doutrina, 0 maior consiste cm afitmar, pot ums 5
lado, que existem outras realidades além das existentes neste
mundo eafirmat, por outto lado, que sio iguais as sensiveis, com
a tinica diferenca de «jue umas sfo cternas c as outras corrupt
veis, Eles afirmam, de falo, que existe um *homiem em si”, um
“cavalo em si”, uma “saiide em si", som acrescentar nada além,
comportando-s, aproxitradamente, como os que afirmam a exis-
téncia de deuses, mas que eles tém forma humana, Com efeito, 19
incias sen-
se dizer que sé existem subst|
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