You are on page 1of 146
Cee Guiia do | © estvve soztwno a Pantin DE FATOS DA ATUALIDADE | www guiadoestudante combr reid eserss: ot 4 ee Um plano para os seus estudos Este GUIA DO ESTUDANTE BIOLOGIA oferece uma ajudae tanto paraas rovas, mas é claro que um tinico guia nio abrange toda a preparagio necessiria ‘para o Enem c os demais vestibulares. E por isso que o GUIA DO ESTUDANTE tem uma série de publicagdes que, juntas, fornecem um material completo para um étimo plano de estudos. O roteiro a seguir é uma sugestio de como vocé pode tirar melhor proveito de nhossos guias, seguindo uma trilha segura para 0 sucesso nas provas. 1 Decida o que vai prestar - Oprimeiro passe para todo vestibulando ¢ escolhercom clareza, © curso e a universidade onde pratende estudar. Conhecendo © grau de difculdade do processo seletiva e as matérias que tém peso maior na hora da prova, fica bem mais f4cilplanejar 05 seus estudos para obter bons resultados, © COMOO.GEPODETEAJUDAR O GE PROFISSOES traz todos oscursassu- periores existentes no Brasil, explica em detalhesascaracterlsicas de mais de zo0carreiras ealnda indica asinstituigBes que oferecem aqueles de melhor qualidade, deacordo com o ranking de estrelas do GUIADO ESTUDANTE e com aavaliagto oficial do MEC. GEOGRAFIA 2 Revise as matérias-chave Para comegar os estudos, nada melhar do que revisar os pontos ‘mais importantes das principais matérlas do ensino médio, Voce pode repassar todas as matérias ou focar apenas em algumas delas.Além de rever os conteddos, fundamental fazer muito exercicio para praticar. ie ee ed {© CONDOGEPODETEAJUDAR Além do GE BIOLOGIA, que voce atem em mos, roduzimos um gua paracada mattria do ensino medio: GEGEOGRAFIA, HISTORIA, PORTUGUES, REDACAO, MATEMATICA, QUIMICA e FISICA. Todos reunem os temas que mals caem nas provas,trazem questbes de vestibulares para pratiaretém uma linguagem facil de entender, para voc® estudarsozinho, 3 Mantenha-se atualizado ‘0 asso final &continuar estudando atualidades, poisas provas cexigem que os alunos estejam cada vez mais antenados com os principais fatos do mundo. Além disso, & preciso conhecer tem detalhes 0 seu processo seletivo - o Enem, por exemplo, & ‘completamente diferente dos demais vestibulares ftuglidades rs Cre) PERU MME 0 cOw0O CPODETEAUDARO GEENEM 0 GEFUVEST tovmanu ais de instrugdo” que mantém voc atualizado sobre os segredos dos maiores vestibulares do pals. Com duas edig6es no ano, 0 traz fatos do noticiario que podem cair nas provas -ecom explicagBes laras, para quem no tema costume de ler jornais nem revistas, Apresentagdo fase e BIOLOGI ee ‘apa: esezaserTINAAO! CALENDARIO GE 2013 Veja quando sio lancadas as nossas publicagdes més. PUBLICAGAO Janeiro Fevereiro GEGEOGRAFIA Margo GEATUALIDADES GE HISTORIA brit GE Quimica Ge Fuvest Maio GE BioLosIA fiana cepomucues Julho GE REDAGAO Agosto GE ATUALIDADES 2 setembro _ GEMATEMATICR outubro GE PROFISSOES Novembro Dezembro 5 guias ficam um ano nas bancas -com excecdo do ATUALIDADES, que é semestral ~etambém podem ser comprados pelo site www.lojaabril.com.br. Se FALE COMA GENTE: ‘Av. das NacBes Unidas, 722, 24° andat, CEP05425:902, S40 Paulo/SP, ou emall para: uladoestudanteabrilaatleitorcombr — ror ome Bava MENTES FAMINTAS Eterna curiosidade proprio do homem desvendar mistérios e busear explicagdes. E.um dos maiores mistérios, so- bre o qual a ciéneia ainda nao tem dominio total, é0 que éa vida. Tal jamais cheguemos a uma definigio com- pleta e precisa de vida, Mas ji temos uma boa ideia sobre como ¢ quando surgicam 65 primeiros seres vivos no planeta. Ene contramos, também, a explicago para a formagio dos incrivelmente complexos e diversificados organismas aquiticose ma- rinhos, vegetais e animais, Parte das questoes ji desvendadas pela curiosidade humana vocé aprende no En- sino Médio, e the ¢ cobrada nas provas do Enem e de vestibular. Eo material que este GE BIOLOGIA traz. 0 conteido ~ temas das aulas, exercicios de revisio e questées do simulado - foi selecionado sob a orientagao da professora Adelaide Ferreira Marsiglio, do Colégio Objetivo de Sio Paulo, que também leciona no cursinho. Tudo é apresentado com textos simples e muitas ilustragdes, para ajudar quem estuda sozinho. Agora sé falta voce puxar por sua curiosidade natural ~e pela vontade de entrar numa faculdade ~ para aproveitar bem tudo isto, ARedagao fm ceactoca2e f/ remcanar0 \ Osh Ty ) USP USARAM SELO DE QUALIDADE GUIA DO ESTUDANTE © selo de qualidade acima, que vocé também vé na capa desta ‘digo, é resultado de uma pesquisa realizada com 3u6estudantes aprovados em trs dos principals cursos da USP no vestibular 2023. Sfoeles: “> DIREITO, DA FACULDADE 00 LARGO SAO FRANCISCO; “> ENGENHARIA, DA ESCOLA POLITECNICR; “> MEDICINA, DA FACULOADE DE MEDICINA DA USP © 7 em cada 20 entrevistados na pesquisa usaram material do GUIA D0 ESTUDANTE durante sua Preparacao para o vestibular © Dos entrevistados que utilizaram o GUIA DO ESTUDANTE: 82% disseram que o material ajuda ou ajudou muito na preparagdo 98% recomendam o guia para outros estudantes e Guia do Estudante TESTADO E APROVAD /Apesqusaquantatva por mio de entrevista pessoal foi realzada nos is x 2 de feverirade 213, nos capi de matical des cursos de ‘Diet, Medicina eEngentala da Universidade de Sie Paulo (SPI. * Universo total de estudantes aprovados nesses cursos: 455 ahnos “> Amestravlzada napesqusa a6 entrevtades “9 Margen de ero amosta: «5 pontesprcentusis Glossdrio Os principais conceitas cientificos que woc® encontra nesta edigao 12 Grandes passos da biologia ‘Uma nha do tempo comos grandes avancos das, cldncias naturas, a parte do século XV 14 capitulo: Citologia laa Stes wo. Aula Cus... Aula Nico, oWAe camostomes ‘Aula 4 Divisio celular... sei Alas Aceulares, once e pricaes Aula Imunol vacnas ss. - Exercicios e resumod.... 4 26 6 —n 34 Capitulo 2: Genética ‘Aula a Asleis de Mendel. Mendel atalado ula 2 Tipossanguneos Auln3 eterminaso do seo eheranigada 0 sexo ‘Aula 4 Biotecnologia... breteldoseresum 52 , Capitulo Evolugao ful Ha gis. ‘Aula 2 Origem da vida... Aula Lamarck Din flag Wear me Eeerclcios e resumo. 66 capituto 4: Biologia animal sala Avoids ‘Aulaz Classificacdo centfica dala Iverebeades slag Veins ila Filoianimal. falas Paastoseshomanas. fxs eresune Capitulo s: Biologia vegetal ‘Aulaa Metabolismo das plantas, oon aa ulad Relageshid€S eos 98 ‘Aula3 Evolugdo ds plantas 200 Exes eresumo.... enn Capitulo 6: Ecologia ‘Aula RelagSes ecoldgicas fulaa Concets prnipas ula Relies haménicaseeesarmbcas. ‘ulag Clos bogeogulms... flag Polio... brerdcosetesum0 Simulado quests des pincesvesburesepowsdotnen, ‘com respostascomentadas, para voc®checaro que estudou. Ponto final Mithares de mi se eevoiocnre m7 Conceitos bdsicos ; Os principais termos cientificos que vocé vai encontrar nesta edi¢do Acidos nucleicos Macromolécu- Célula eucaridtica Tem diver- Convergéncia adaptativa Jas, sequéncias de nucleotideos sas organelas no citoplasma ¢ 0 Acontece quandoanimaisde gru- que constituem o DNA eo RNA. material genético (DNA) guarda- pos de parentesco distante tm do num niicleo separado, Todos morfologia semelhante nao em Alelos Num par de cromosso- os vegetais e animais, a maioria razio da heranga de um ances- ‘mos homélogos, sio os dois ge- das alias, 0s fungos ¢ 05 proto- tral comum, mas da adaptagio 30 nes que definem uma mesma zoirios sio eucariontes. meio, Eo inverso de irradiagio caracteristica e ocupam a mesma adaptativa. regido (locus génico). Célula procaristica Célula pri- mitiva, sem micleo definide, que Cromossomo Forma espiralada Aminodcido Composto que tem tem o DNA solto no citop! em que 0 DNA se condensa, no um grupo amino (NH,) e um ‘uma Gnica organela, 0 ribossomo. inicio da divisio celular. grupo carboxilico (COOH). Organismos procariontes sio . sempre unicelulares. Diploide (2 n) i célula em que Analogia pura & a semelhanga ‘oseromossomosaparecem em pa- morfolégica entre drgios de ani- Células germinativas Sio as res- res (eromossomos homélogos), mais que evoluiram por cami- ponsiveis pela reproducao, que ‘com genes de mesma fungao nos nnhos diferentes. A analogia pura se dividem para eriar 08 gametas mesmostrechos. Ascélulas som: é tipica da convergéncia adap- (células sexuais). ticas da maioria dos animais tativa. Por exemplo: as nadadei- diploides. Nos vegetais, a fase rasde um tubardo (peixe) easde Células somaticas S30 as cé- ploide se akerna coma haploide. um golfinho (mamiferos). Tulas que formam os tecidos do corpo, menos os responsiveis Especiagio Processo de criagio Bases nitrogenadas Compo- pela reprodugio (gametas). deumaespécie animal ou vegetal nentes do DNA (adenina, gua- pela diferenciagao de tim grupo nina, citosina ¢ timina) ¢ do Células-tronco Sio células nio de individuos de uma populacio, RNA, que determinam 0 eédigo especializadas, que podem as- por isolamento geogrifico e're- genético. No RNA, a timina é sumir qualquer Fungo em um produtivo, substituida pela uracila. organismo. . Eutrofizagio & a proliferagdo Ciclo de vida é série de even- excessiva de algas, causada por tos por que passa umser vivo, en- grande quantidade de material volvendo areprodugio, Todo ser que serve de mutriente para es- vo~ seja um organismo de vida ses organismos. livre, seja um parasita ~ tem um Biomassa E toda matéria orgit ‘ea que pode transferir energia. Blastocisto E a fase inicial de desenvolvimento doembriao, em que todas as células so eélulas- ciclo de vida caracteristico. Exon Trecho do gene que codi- fica uma proteina. tronco totipotentes. . proteina, ” Cédigo genético fa linguagem Carboidratos Grupo de com- que determina a ordem na qual Fendtipo Expressio de alguma_ postos que tém como estrutura osaminodcidassialigades para caracteristica definida por um geral a composigio (CH,0),. produzir as proteinas. rupo de genes (genstipo). Fm crpitecan Fotossintese Processo pelo qual os vegetais usam a energiadaluz solar numa série de reacdes qui- micas que transformam gua e CO, em glicose ¢ oxigénio, Fluxo de energia i 0 sentido em que a energia ¢ transmitida entre os seres vivos, em toda a cadeia alimentar, Gene Qualquer segmento do DNA que define a sintese de ‘uma proteina, Podeserchamado também de cistron. Genétipo Conjunto de genes que define determinada carac- teristica de um individuo, Haplodiplobionte, ou metagé- nese E o ciclo de vida das plan- tas, que passam por uma gera- G0 haploide ¢ outra diploide. | Caracteristico de todos os vege- tais, que alternam reprodugio assexuada com sexuada. | Haploide (n) Célula que con- tém um Gnico cromossomo de cada tipo. Gametas eesporos de vegetais so haploides. Herangalligada ao sexo, ou he- ranea ligada ao cromossomo XE aquela em que o caracter é transmitido para os filhos por genes que se encontram numa regio nao homéloga do cromos- somo X. Filhas de ambos os sexos recebem os genes, masos homens tém maior probabilidade de de- senvolver 0 fendtipo, Heranga restritaaosexo,ouhe- ranga holandrica £ aquela em que uma caracteristiaé transmi- tida apenas do pai para os filhos do sexo masculino. Homologia Ocorre entre es- truturas que tém a mesma ori- 18m exacts @ Glossdrio gem mas que assumem fungées diversas, como as asas de um morcego e os membros anterio- res dos macacos. intron Trecho do gene que nao codifica nenhuma proteinay Irvadiaglo adaptativa Océrre quando grupos de parentesco préximo conquistam novos am- bientes e, por adaptagao, tam alguma de suas caracteristicas originais alterada, Meiose Mecanismo de divisio prdprio das células germinati- ‘vas para criar os gametas: cada célula-filha carrega metade dos cromossomos da célula-mie. Mitose Divisio celular prépria dos unicelulares e das células somiticas: uma célula gera duas células com material idéntico. ‘Nivel tréfico Cada uma das eta- pas de uma eadeia alimentar, Nucleotideos Moléculas for- madas por um grupo fosfato, um agticar de cinco carbonos e uma base nitrogenada, Oosfera £ o gameta feminino dos vegetais (correspondente a0 évulo nos mamiferos). Ovulo Tem dois sentidos: entre ‘os animais, £0 gameta feminino, Entreos vegetais, é um drgiodo aparelho reprodutor de gminos- permas ¢ angiospermas. Partenogénese Desenvolvi- mento de um évulo nao fecun- dado, que gera um adulto ha- ploide. Pirimide de biomassa Repre- senta a quantidade de ma orginica transferida de um nivel tréfico a outro, mentar. A quantidade de energia disponivel a cada nivel tréfico é proporcional 4 quantidade de biomassa. Proteina Sequéncia de aminoé- cidos sintetizada no citoplasma segundo uma ordem estabeleci- da pelo DNA. Replicagao semiconservativa Duplicagao do DNA na qual uma das fitas provém da molécula mie e 2 outra é nova. Reprodusao assexuada Aquela em que um organismo, sozinho, transfere todo o material genéti- co para outro, gerando o clone. Reprodugio sexuada Aquela em que um organismo é gerado pela combinagio do material ge- nético de dois pais Respiragio £ a quebra de mo- Ieculas de glicose (acticar) para a obtengio de energia. Quando essa quebra envolve oxigénio, falamos em respiragio aerdb ca. Sem oxigénio, é anaerébica (ou fermentagio). Splicing Limpeza que a molé- cula de RNA-mensageiro sofre no cédigo copiado do DNA, para eliminar os trechos que nio co- dificam proteinas (os introns). Sucessio ecoldgiea E um pro- cesso pelo qual os seres vivos se instalam numa regio, gradual- mente, colonizando-a. ‘Transcrigio Cépia dos cédigos do DNA no RNA-mensageiro. ‘Tradugio Decodificagio, pelo ribossomo, dos cédigos do RNA mensageiro para a sintese de proteinas, 4012 sens Arprofisber —Ondestedar As ntas de mE HU Guia do —— Estudante fi PROFISSOES VESTIBULAR an Um manual completo para vocé escolher sua carreira e CG Ce Ta Eval CARREIRAS BY Tael ity Sa a RY fees] Wy Conhega os melhores cursos de 123 dreas 'W LOJAABRIL COM BR NA LOJA ABRIL VOCE ENCONTRA KITS COM DESCONTOS ESPECIAIS! : Acesse EI Coo Nase cin ah SESS Cena ec We SS wa ‘ BCS ao ec Na Loja Abril voce encontra 3.000 itens dentre Livros, Revistas, DVDs e muito mais! ux Linha do tempo Grandes passos da biologia O homem vasculha os mistérios da natureza desde a Antiguidade. ) ‘Mas os maiores avancos das ciéncias biolgicas ocorreram a partir dos anos 1600, particularmente depois da inven¢io do microscépio. Equipamentoscada_ vez mais potentes e descobertas sobre a diversidade bioldgica em diferentes . partes do planeta levaram a novas teorias que explicam a vida na Terra ws (Osueco Carlos Lnew apresenta um sistema de clasiiagio dos 8 ‘Omédico ingles -seres vivos, Edward Jenner divdindoosen desenvolvea Usando um micrascépio primitive, géneros e espécles primeira vacina, ‘inglés Robert Hooke fz primeira (veaclassifcastode contaa vatlajja descrigdo de uma célula (veja mais animaise vegetais 00s mais sobre vacinas sobre células no capitulo 2) capitulos ¢es) ‘no capftulo3) 3799 Re) exancervonHumboltnila Np ura expediggo de cinco anes pela MF mtrica Latina. Na volta, ee publica aldeia de queo meloambientee ‘os seres vivo estiointimamente Agados (ej cs principals temas ‘holandes Anton van Leeuwenhoek aperfegoa os microsctplose tora visvels ‘corpos mindscuos, come tacts (ea mas sobre bactrlas a capltulo 2) De enon 1003 Jean aptiste Lamarck apresenta primeira teoriaevoluclonsta, buaseada nael do uso edesuso ena heranca de caracteres _adquirids veiana capitulo 3) (inglés Chares tyell opularizaaideia de que asuperticie da Terra solr alteragies lentase constantes. A geologia abre espago paras {teoriasevolucionistas Louis Pasteur desenvolve um imétodo de descontaminacto,a pasteutiagdo, Eo cirurgido Joseph Uster aplicaos conhecimentas de Pasteur paraeliminar os ‘microrganismos que infectam feridas (rea mais sobre parasitosese parasitas 0s captuos 46) 6s Charles Darwin publica aidela de deecologlanocaptul§, Ss aque todas as especie descendem dem ancestalconun, ‘evolu & defn el proceso de selegonaturl (ee capo 3) E) 2255 Ancrunarervihas 0 monge Gregor ‘Mendel desvenda as leis da hereditariedade. Seu trabalho sd , seriareconhecid décadas depois 1: (vejaas leis de Mendel no capitulo 2) Francis rice James Watson desvendama estrutura quimica da molécula de DNA (veja 09 capituloa) Fone Sess tn Wine Cinoptinete donee imunfen zea Doty cna nocatuoa) oe. &) (Oalemio Ernst Haeckel langa )) ura das primeirasobrasque analisama vida de comunidades G) vets earimasesua telacd0.comomeioambiente (veja ecologia, no capitulo 6 160 James Tle Emest McCulloch iniciam 2 publcagéo de uma siede trabalhos cientficas ‘que comprovamaexisténciae astungbes das flulastronco (vefa mais a capttulo2) 1309 Sm Epon Sy ‘Oque Gregor Mendel ‘Alexander Fleming cia a Herbert Boyer eStaney Cohen“ Ooi gruposde pesquisa chamou de"fatorhereditriot —_—_penielinaaoperceberque__—_ciamoprimeirooganismo concivemosequenciamento ‘obotdnico Wilhelm fohannsen of ungoPeniilivm produz_transgnico, nserindo genes o genoma humana batirade gene, aunidade uma substincia com de eststincia aantibigtcos responsivel pela transmissdo propriedades de matar uma bactria (ej temas de decaracteresacadageragdo bactrias biotecnolgia no captuo2) (vejano capitulo} meteiowocn a Citologia Mads novas para a aids O numero de vitimas do HIV cai Ea ciéncia esta cada vez mais perto de desenvolver uma vacina eficaz aids recua. Segundo a Agencia da Organiza Go das NagBes Unidas para o Combate a Aids (Unaids), 0 nimero de mortes por causas rela cionadas & doenca vem 17 milhdo de mortos ~ 24% menos que o regis trado em 2001. 0 numero de novas infeccdes pelo HIV tam ém estd em declinio; em 2023, foram 2,5 milhoes de novos casos - 20% menos que em 2003. As regi6es que registram as maiores quedas em contagio sio.a Africa Subsaariana(25%a menos) e Caribe (42%). A Africa Subsaariana responde, soz: nha, por quase 70% do total de 34 milhdes de portadores do HIVno mundo, No Caribe, 1% da populacdo esta infectada As principals causas apontadas paras avangos sdo.o desen volvimento de terapias maiseficientes, oacesso maisfacil da populaco aos servicos de sade e a énfase nas campanhas Ge informago, Noentanto, existem ainda grandes desigual dades regionais, O nlimerode pessoas contaminadas cresceu 35% no Oriente Médio e Norte da Africa ‘OHIV pertence ao grupo de parasitas mais bem-sucedidos do planeta, os virus. Eles invadem as células de outros or ganismos e usam sua energia € estrutura para se replicar Cada nova geracdo ¢ geneticamente diferente da anterior por estarem em constante mutacdo, os virus driblam com facilidade 0 sistema imunoldgico. Uma das esperancas de vencer o HIV esta no proprio corpo dos infectados.Aciéncia jacomprovou que cerca de 20% dos soropositivos desenvol vem, depois de alguns anos, anticorpos que reconhecem € neutralizam boa parte dos virus mutantes. Acredita-se que tima vacina produzida a partir do HIV, inoculada num orga trismo saudavel, levardo sistema imunolégicoa produzit pre: Cocemente esses anticorpos. 0 corpo tera, assim, condicbes de bloquear o virus ainda nas primeiras mutacées, m 2013 foram ISTO £ ASSUNTO DE CITOLOGIA + Seres vivos : 36 1 CIUIAS seen mann 38 “ Ndcleo, DNA € cromossom0$ 20 4 + Divisdo celular. x : _ -+Acelulares, unicelulares e pluricelulares.....26 - «Imunologia, vacinas € 50F08.......-» iclos eresumo. 1m 1943.0 fisico e ganhador do Primi Nobel Erwin Schrédinger. um dos fundadores da mecinica quintica, fez uma série de palestras em Dublin, na Irlanda, sobre os fendmenos envolvidos nos pro- cessos que geram e mantém a vida. Schrddinger falou na quimica ena fisica no mundo micros pico das células. Essas palestras tiveram gran- de influéncia na pesquisa de James Watson e Francis Crick e esto na base da descoberta da estrutura do DNA, a molécula de perpewuagio da vida (veja mais sobre DNA na Aula ¢ deste capitulo). Mas vida nao &, com certeza, apenas uma sequencia de reagdes bioguimicas, Definir vida nao é ficil. Mas, de um modo pri- tico, para que um ser seja considerado vivo, ele deve ter as seguintes caracteristicas: © Ser composto de moléculas orginicas, cuia composigao se baseia nos elementos carbo- no ¢ hidrogénio, combinados com oxigénio enitrogénio, ¢ se dissolver em gua; © Apresentar metabolismo, ou seja, realizar tum conjunto de reacdes quimicas que en- volvem sintese e degradagio de moléculas, com consumo e liberagao de ene © Ter capacidade de reprodugdo, transmitin- do caracteristicas para seus descendentes. $6 para dar uma ideia da complexidade do as- sunto, nem esta definigao esti livre de criticas. 0 problema é que os virus ~ como 0 HIV, transmis- sor da aids - nao atendem a todos esses requist- tos. E feito de moléculas orginicas, sim, mas sb pode se reprodurir e fazer metabolismo se inva dir outra célula. Por isso, para muitoscientistas,0 ‘virus ni se encaixa nem na categoria de ser vivo rem na de ser nao vivo (veja mais sobre virus na Aula S deste capitulo). MOLECULAS ORGANICAS Moléculas orgzinicas so aquelas compostas basicamente de carbono ¢ hidrogénio, sinteti- ~zadas pelos seres vivos. Reconhecemos quatro tipos principais de molécula orginica: protei- nas, agticares, ipideos ¢ dcido nucleico, 36 mexnowanane a CELULAGIGANTE Dovode talioha,ovde qualquer outa 2e,¢uma cla -amenot partede um orgenisma Proteinas So polimecos de aminoscides, compostos que apresentam um grupo amino (NH) e um grupo carboxilico (COOH). © que diferencia ‘uma proteina de outra éa sequéneia de amino- idos. E essa sequéncia & determinada pelos xenes de cada ser vivo. Ou seja, 0 DNA é que comanda a sintese de proteinas. Bssas substan- eias exercem diversas fungées no organismo. rites Be ue serepeten Alem das protenas, polinetas amber polssacaaces, scares consis pormosossiciseos, De acordo com a fungao desempenhada, as osscu>snucees —_proteinas sio classificadas come: formades or ce denuceo ‘© Transportadoras: proteinas da membrana plasmética que ausiliam no transporte de rmoléculas para dentro e para fora da célula, A hemoglobina ¢ uma proteina que carrega gases respiratérios no sangue. A energiaecesavia paras process equimeos dasceuls éabsonsda 00 ambiente - 02 us ceudasahmentos-e tansformada em energa aie polo precesso eresprago celular © Catalisadoras: sio as enzimas, proteinas que faciitam e aceleram as reagbes quimi- cas espocificas dentro das células © Anticorpos: sio as proteinas que tém a fun- io de defender o organismo, © Reguladoras: alguns horménios sio pro- tcinas. Sdo substincias que emitem ordens a diferentes partes do organismo, como a insulina, © Estruturais: sio proteinas responsiveis pe- la estrutura dos tecidos, como o coligeno eaclastina da pele e a queratina dos cabe- los e das unas. © Contrateis: sio proteinas responsiveis pela contragio das fibras musculares, cO- mo aaetina e miosina, Agdcares Ou carboidratos, constituem um grupo de compostos que tém como estrutura geral a composigio (CH,0),, Quando esses compostos so pequenos, 0 agiicar & chamado de monos- secarideo, Eo cnso da glicase, frutase e galac- tose. Quando a sequéncia de composts ¢ lon- 2, 0 agiicar & chamado de polissacarideo ~ a Guitina, o amido, a celulose e o glicogénio. Os monossacarideos tém a fungio bisiea de for- necer energia para as atividades metabélicas da célula. Os polissacarideos podem ter fungao estrutural, como 2 quitina, que da forma'a0 exoesqueleto dos artrépoues, ¢ a celulose, na parede celular dos vegetais, Lipideos Sio compostos orginicos de estrutura varia~ dac insoliiveis em agua, Os mais comuns sio os chamados triglicerideos. Lipideos funcionam ‘como reserva energética importante para todo organismo e sio fundamentais para a sintetiza- ‘do de horménios sexuais, como 0 estrgenoe atestosterona aan sovemaneas Hog OGURA HATURAL Altatoseenstent nas ruta, ‘um pode monassaarideo Calor espeifcae a ‘quanta decor vce paaeerara temperatura de rama dle uma substacenem 1 grey Celsius Oca ipo grama-ou sera, pra aquecer 1 gama de sgua em agrauCelausé necesano 1cloria MANTEIGAQU MAIONESE? Noinparta €twiobpdeo = gorda imal vegetal, fundamen paraasintse {eagurs horns 1M Rueimbrs Acidos nucleicos ‘io polimeros formados pelo encadeamento de nucleotideos, moléculas formadas por um grupo fosfato, um agticar de cinco carbonos & ‘umabase nitrogenada. Os dcidos nucleicos estio relacionados coma manutengao das informagées sgenéticas, no DNA, e coma sintese de proteinas, no RNA (veja mais sobre DNA € RNA na Aula 3 deste capitulo). ‘Tanto os aminodcidos quanto as bases nitro- ‘genadas dos nucleotideos levam nitrogénio em sua composi¢ao. Dai esse elemento quimico ser extremamente importante para os seres vi- vos. E encontrado na atmosfera, na forma de gis (N,), € 56 pode ser utilizado na forma de nitrato (NO,). A transformagio de N, em NO, € realizada por bactérias fixadoras e nitrificantes (veja no capitulo 6). SOLVENTE UNIVERSAL Quando astrofisicos e astrobidlogos procu- ram vida em outro mundo, como em Marte ou numa das luas de Jipiter ou Saturno, eles bus- cam inicialmente por égua. E que, até onde se saiba,s6 esse composto reiine propriedades que permitem o desenvolvimento de seres vivos: & liquida a temperatura ambiente da Terra e suas moléculas se orientam segundo um campo elé- ttico; dissolve varios tipos de substincia, como sais e agiicares; faclita as interagdes quimicas entre diferentes substincias;ed4 as células uma estrutura coloidal (gelatinosa) organizada. Por fim, a 4gua apresenta um alto calor espe ‘© que evita variagdes bruscas de temperatura, ‘Com isso, facilita a homeostase, propriedade dos seres vivos de manter as condigdes internas estiveis e ideais para o metabolismo. (rraero Aminodcido em frasco Suplementos proteicos como odesta foto nada mais s40 do ‘que aminoacidos. Asigla BCAA vem de: “aminoacidos em cadeia ramificada’ emingles,¢ referese a cadeia dos aminoacidos leucina, isoleucinae valin, importantes na formacao das proteinas a das fibras musculares, exvo.0sa20 m7 x Citologia | Aula2:Células O tijolo dos organismos A palavra célula significa pequena cela. Esse foi o nome que Robert Hooke deu 4s minusculas estruturas que ele viu quando observava laminas de cortica sob um microscépio, As células so como usinas que fazem todas as operacées fundamentals & sobrevivéncia de um organismo TEORIA CELULAR Pee are Orne iy Cer teeta Peat iy 2)toda célula nasce de outa Pent reece) Rene rar Peer Pee ec ea) Cero ncniny iin Tn Pot CELULAS Pole Ley one oe ed inci $20 clulas primitvas, ‘deestrutura muito simples. PU cee Oirieca tet es Greaney Cenc ue ua Coe Tacied Coser) Ct meus Aibossomos E ainiea organelade uma lula procariotica euma Membrana plasmitica das vérasorganeas da Existe nos dostipos de célula, _evcaritica. Os bossomas Control a passagem de so formados por proteinas substincias entre os meios _eporumtipo de dido clio ~0 RNA ibossbmica, Elesso responsivels pela sintese de protenas intra extracelulay, garantindo a composicio constantee ideal dentro da cella tans Cra Parede celular Bactriase danobactéias témuma parede pratetora (querevestea membrana plasmatica ‘DNA Citoplasma Flagelo Naseduspocrtias, ——Maslaspcaticy, FARE Cueriottmniedetride, sdrapeentta pela stow punto ‘omaterial genético esta ‘substancia gelatlnosa que Flagaos sto norman amare de cnt cpa, gh Hoenn DNA que futua slta na cdrcundao DNAe tem procaisteas oma citoplasma, Nas células ‘apenas 0s ribossomos bacteria Nasal tucbtascOWfa———_tanvoranes twas angen tin prt dea doi tsuesttua Eocnodo ematoode ROBERT HOOKE (1635-1703) (inglés Robert Hooke foi umaespécie de Michelangelo ‘sua epoca. Homem demilinstrumentosehablidades, interessouse por astronamia,paleontloga, biologie fia, Seu lv Mirografa, de 1685, em que ele descreve 30 anos eobseragtes a microscépi, € consideradoo primeico best lier cientifco da histra. Hooke fi cELULAS tambén, um grande arquiteto. Nenhum edifcoprojetado partied ‘porHookefoipreservado. Mas sua descoberta da clula jermanece firme na base da biologia moderna. Pee , ® Pert a vida. Consttuem os — Cees eT Sey Niteo Porn) }}] onde ica guardaéoo Reticulo ‘endoplasmaticorugoso Usossomas Vesfulas que fazem a tem diversas organelas ‘material genética dactlula~ Aigestio ea limpera cellar Estuturade tibulosatados Pe) asmoléculas de DNA Nas Suasentimasdegradam ans ribossomos, que percorre Senor) cdlulaseucaritias, o nucleo moléculas grandes ‘citoplasma ecompdea poe etrt separado dacitoplasma cotganelas envelhecidas carota. As proteinas crac por uma membrana ‘intetizadas pelos ‘hamada cariteca (veja mas sobre nécleo na ula deste capitulo) ribossomos em no reticula slo transportadas por ele paracutras partes dacéula Reticulo endoplasmitico liso Longos canais que se : espalham pelocitplasma como uma rede de SE distribuigao. € no reticulo ‘qe siosinttizadas lipideos eesterbis, comoo colesterol nos animals itoplasma Centrolos Gireunda o nicleoe WNogeral cadaclula animal abriga diversas organelas temum par dessasestuturs, responsives porcriar ‘flagelos cilios, (scentrolostambém ! paticipam da divisto celular (vam Aula g deste cpt) ‘Membranaplasmitica oma asprocardtias,todasas dllaseucrttiastém itoctndela : membrana plasma Massb Responsivel pela esprago cellar e peo fomnecimento alqumas possuem parede eenergla Amati mitoconlal é una substancla que ‘ella: fungs(paredes de completo deGoleh carrega material genticoem moléculs de DNA i Aquinas vegetasealgumas ‘Ou complex glgiense, ¢aorganela que diferentes do ONAexistente no nucleo celular, ‘las paredes de clus pracessa,empacotae armazenasubstinclas Esse DNAmiRoconl ¢transmiido 100% pea mde, { (Giulasarinas comoa ‘sesetadas pela clula como protein, Par so pode ser usadoem exames geeticos. ; -mostrada aqui, ndo tem parede slicoprotelnas e polissacarideos (Sobre sespirasdo celular, vejaa Aula 2 do capitulo s) moe ‘fe exmotociarnd m 29 ax Gitologia | Aula 3: Nicleo, DNA e Cromossomos Centro de controle As estruturas que guardam asinformagbes genéticas dentro de cada célula odo ovo é uma célula. A gemado ovo de galinha é uma das raras células iveisaolho nu. E, como éumacélula ica, tem diferenciado o ni- cleo, mintisculo e invisivel a olho nu, em meio 80 citoplasma amarelo, ou seja, a gema, Onticleo é uma parte importantissimada cé- lula. E nele que ficam guardados os genes, que carregam as informagdes fundamentais para 0 funcionamento da célula e, por consequéncia, de todo o organismo. Séo 0s genes, também, que transmitem as caracteristicas da espécie deuma geragdo a outra, na reprodugio. Em ou tras palavras, 0 niicleo é o centro de controle da célula (vefa ao lado). CROMOSSOMoS Ea forma espiralada em que o DNA se con- densa, no inicio da divisio celular. O conjunto de caracteristicas dos cromossomos de umaes. pécie é chamado earidtipo. Cada espécie tem ‘um nimero fixo de cromossomos no niicleo de todas as células somiticas, ou seja, aquelas que nio slo reprodutivas. Na maioria dos seres vivos, as eélulas soma- ticas sio diploides aparecem em pares compostos de cromosso. mos homélogos. Isso significa que os cromos- somos de um par apresentam genes para as mesmas caracteristicas, nos mesmos trechos de DNA (0 chamado locus génico). Indicamos ‘que uma célula ¢ diploide pela anotagao 2n. Em seres mais simples, como musgos, al- ‘gumas algas e alguns fungos, as células tém apenas um cromossomo de cada tipo. Essas células sio chamadas de haploides (n). Ga- ‘metas de animaise esporos de plantas também sio haploides. Pee ‘Qs cromossomos podem vir em par ou sozinhos isto é, os cromossomos interior do niceoé reenchida com cailinfa (ounucleoplasma) um ge incoor compost de agua eptteinasprncipalmente » ribosomos ss eh gin ‘Ondcleo€envolvdo peta ‘aateca, membrana nuclear, (Composta de duas camadas, que sia continuacdo do retculo ‘endoplasmiticorugoso, 2 ‘ariteca tem pos, pelos quaiso nico se comunia Com ocitoplasma NNacarilinta cao nucléoe, responsivel pela sintese do AWA ribossomico, que forma os ibossomos as organeas (que produzem protenas x reticulo erdoplasmatico ugoso ‘Acromatina também fa imersa na cariolnfa Sto flamentos, formados de moléculas de ONA Potenas Os genes siotrechos ‘essasmoléculas de ONA Ourante a divistoceluay esses lamentos Se espralizam dando erigem acs ‘romossomas ieee Os DOIS ACIDOS NUCLEICOS DNA é a sigla que designa o deido desoxirri- bonucleico, um dos acidos nucleicos. 0 outro dcido nucleico ¢ 0 RNA (4cido ribonucleico). ‘So moléculas muito compridas, formadas pelo ‘encadeamento de unidades que se repetem, cha- madas nucleotideos. Cada nucleotideo é com- posto de trés substincias quimicas:fosfato, base nitrogenada e um agticar de cinco étomos de carbono (pentose). O DNA tem a forma de uma escada em espiral formada de duas cadeias de nucleotideos. Os corrimios correspondem aos fosfatos e pentoses, e os degraus sio representa- dos pelas bases nitrogenadas, que interligam as dduas eadeias. O RINA é formado apenas por uma cadeia de nucleotideos (veja abaixo), CARTEIRO QUIMICO Para organizar e comandar 0 funcionamento de uma célula, o DNA, no micleo, precisa re- ceber sinais do exterior e enviar ordens para citoplasma, Essa comunicagao ¢ feita por meio da sintese de proteinas - ou seja, da produgo de proteinas. ‘Suponha que vocé tenha comido um doce. O nivel de glicose no sangue auments e, para que a glicose seja usada, seu pancreas deve produ: zir e secretar o horménio insulina. A ordem para que isso acontega parte de alguns genes que estio ne DNA, no niicleo das células do Pancreas, e tem de ser transmitida aos ribos- somos, que estio no citoplasma, que sintetiza- rio o horménio. Quem faz as vezes de carteiro: POE ee ‘Uma base nitrogenada e dois tipos de acucar fazem toda a diferenga nas moléculas de DNAe RNA DNA RNA Amolécula que carrega, Amolécula envolvida os genes na sintese de protelnas NoDKA os degraus™ ORWAndocarega auieterigam as fas, abaseniogerada so formas por bases fir ess nitaogenadasaderina(s) leat e guanina (6), chamadas uradila(U), que se purinas, ecitosina (C) Habetohatt ieentemen ‘etimina (1), as pirimidinas Rare como Diko ceaesrasen tac ANA Eencantado lembram ati, mee aucleotses corstues : de fosfatoe agucar. No DNA, seem tssasbses sia peas o ager ¢uma pentose do ponte ehidogéne, Upodesobase HORNA, sempre numa mesma forma uma erasedotipa ribose aadeninatiminaea uaninaa cosina Ti Adenina ij Guanina i Adenina =} Guanina [i inina if ctosina Hvracla Bil citosna [Ei Fostato Il agicar desoxirribose [i restate Agearribose w exnpo.0ca20u m2. Qamz> Da cortica a dupla hélice O nucleo foro primeiro componente de luma célulaa ser identihcado, no século XvIl No entanto, revelar os misterios do seu interior levou bem mats tempo S6 na segunda metade 0 século xIx foram descabertos os dcidos, Nucleicos E 0s pesquisadores comegarama descontiar de que esses acidos tinham alguma coisa a ver coma transmissa0 de caracteres hereditarios apenas no fim dos anos 1920, Aestrutura do DNA ~ importante para defnir as combinagdes quimicas dessa molécula~ 30 fol desvendada em 1953 Naquele ano, (5 bidlogos James Watson e Francis Crick publicaram cinco artigos cientificos prapondo um modelo para molécula do ONA 3 dupla helice Desde entio, os estudos em biologia passaram a ter grande énfase na bioquimica, ‘U Seja, no comportamento das moléculas. quimico é o RNA. Esse deido nucleico partici pa das duas etapas do processo de sintese de proteinas, a transcrigio e a traducio (veja os infogréficos acima). TUDO DEPENDE DAS PROTEINAS © que diferencia duas moléculas de DNA é apenas a sequéncia de bases nitrogenadas, Ou seja, é a ordem em que as bases nitrogenadas (A,T, CeG) aparecem na molécula que deter- mina os tipos de proteinas sintetizadas por um organismo e, dai, as caracteristicas e 0 funcio namento desse organismo. Proteinas sfo cadeias de aminoacidos, E cada aminodeido é codifieado por uma trinca de bases nitrogenadas, chamada cédon, Se combinarmos as quatro bases do DNA (A, T, Ce G), de trés em trés, para formar um e6- don, teremos, 20 final, 64 possiveis cédons. Mas todas as proteinas existentes em todos os seres vivos siio compostas da combinagio de apenas 20 aminodcidos, Isso signifiea que um mesmo aminodcido pode ser codificado por Bm cence & logia | Aula 3: Nicleo, DNA e Cromossomos Eo Na transeriso, os cédigos do DNA s4o copiados no RNA-mensageiro 1L.00wA desmancha pate desvacspialeseabre;coma uta das pontes de hicrogti, tee asbasesnitogenadas. As bases fica expstas 2. Uma entimachamada NA polimerase unese & fitaativa do ONA,colando os pares adenina uracil, guanine ctosina 3. comoas bases ritrogenadass6 podem secombinar duasaduas (av eC) océdigo doDNA. preservado 4. onovo hiamentose solta como RNA mensagelro (NA) caregando cbdigo (que ser levado ao ribossomo dois ou mais eédons. E existem, ainda, eédons ue, em vez de codificar um aminodcido, ape. nas determinam que o proceso de tradugao chegou 20 fim, Assim, 0 ebdigo genético nada mais é do que a linguagem que determina a ordem na qual os aminoacidos sao ligados para produzir as pro- teinas de um organismo. O cédigo genético & considerado universal porque os cdklons tém 0 mesmo significado na maioria dos organismos, ‘Mutagio ¢ 0 termo usado para qualquer alte. ago numa base nitrogenada do DNA ~ quer ela provoque, quer nio, mudangas na sequen cia de aminodcidos de uma proteina, GENE, PRA QUE TE QUERO Gene é qualquer segmento do DNA que contenha o céiigo que define a sintese de uma determinada proteina. Esse segmento também pode ser chamado de efstron. Em organismos mais complexos, comoo doser laumano, os cis ‘rons podem intercalar regiées codificadoras — 05 chamados éxons ~ com outras rexides, que Ene Ly No proceso de tradugo,o ribossomo decodifica as mensagens levadas pelo RNA‘mensagelro 2. Cada cédon indica um_ aminodcid aser adicionado nafabrcacdo da protelna » 11. Wo citoplasma, o RNA Se acoplaaoribossomo. Essa covganela tum trio debases nittogenadas [um cdon por ver 3.onvacanporadr ieatbuscaoraninoden pedidosa cada cOdon 4. oribosemo encainaos aminoscidos tratidos pelo RNA no codificam nada - os introns, Aparentemente indteis, os introns sio como lixo yenético. Até pouco tempo atras, os pesquisadores imagina- vam que os introns fossem resquicios genéticos dos primérdios daevolugao humana ou restos de informacéo genética do inicio da vida na Terra, sem nenhuma utilidade, Atualmente, cles suspei- ‘tam que a manutengio dessas reas inoperantes na molécula de DNA, no decorrer de centenas de milhares ou milhdes de anos, possa estar re- lacionada a alguma adaptagio evoluciondria. OS introns podem, até ter ainda alguma fungioque no tenha sido identificada pelos geneticistas. Quando 0 RNA-m copia as informagies do DNA, na etapa da transcrigdo, ele recolhe tan- to introns quanto éxons, indistintamente, Mas, antes de levar esses dados para os ribossomos, a molécula de RNA-m passa por uma limpeza nesse material, deixando apenas os éxons, fun~ fonais ~ ou seja, os trechos que efetivamente codificam alguma coisa. Esse processo de minagio da parte initil do RNA-m se chama splicing, que pode ser traduzido por “edigio". ““ @® 25 AB 5. Oribossomo se move 20 longo do RNAme to cédon segunte.0 RNA Sa para buscar novos aminodcids, segundo areceita 6. quando todososctdons donW&rmtiverer si lids pelo ribossome, a protelna estas pronta,comaum srandecolar de contas CIRANDA DA HEREDITARIEDADE Para transmitir a heranga genética, a moléct lade DNA tem de se replicar ~ ou seja, se dupl car. Essa replicacao segue os seguintes passos: © Quando a célula esta prestes a se dividir, tum grupo de enzimas especiais quebra as, pontes de hidrogénio que unem as bases nitrogenadas: © As fitas da molécula de DNA se separam; © Por agio da enzima DNA polimerase, as bases de cada uma das fitas ligamese a ou- tras bases, que se encontram soltas na cario- Tinfa, Essa combinagdo nao ¢ aleatéria, mas forma sempre pares ertos:adenina (A)com timina (T) e citosina (C) com guanina (G). Assim, se um filamento tiver a sequéneia AACGGCT, 0 outro, que se ligaré a ele teré, necessariamente, a sequéncia TTGCCGA. No final do processo, havera duas moléculas de DNA idénticas, cada uma delas formada pela sequéncia original de bases e pela nova sequi cia complementar. Esse processo se chama re~ plicagio semiconservativa. x Citologia | Aula 4; Divisio celular Tudo o que se divide se multiplica stima-se que 0 corpo humano tenha 10 quaquilhées de células, 30 mil ve- zes mais do que o numero de estre- las da Via Léctea. Essas mintisculas usinas de vida fazem de tudo no organismo e permitem ao homem atividades e sensagées tio diferentes quanto dormir, sentir fome ou frio, jogar futebol, apaixonar-se ou aprender a ler. Tudo isso surge no momento da concepsao, ‘com uma tiniea celula que se divide em duas, que voltam a se dividir em quatro, e assim por diante, em progressio geométrica, As células passam suas earacteristicas a ou- tras quando se multiplicam para gerar um novo organismo, na reproducio, para fazer 0 corpo crescer ou para repor as células perdidas por desgaste ou mau uso. Os eiclos de erescimento ¢ multiplicagao celular se repetem indefinida: mente, até que as células percam a capacidade de se reproduzir. Ai ocorre 0 que chamamos envelhecimento, (© modo como uma célula se divide depende da complexidade do organismo e do tipo de cé- lula que ela é: germinativa (especializada em Feproducio) ou somitica (que con cidos de um organismo). EYMMICET ee ‘Assim que nasce, a célula entra num perlodo de preparagao parase di OS TIPOS DE DIVISAO CELULAR Para se dividirem, as células podem adotar trés mecanismos distintos: © 05 procariontes unicelulares, seres for- ‘mados de uma tiniea célula sem micleo i ferenciado, reproduzem-se por bipartigao ou cissiparidade, uma forma de reprodu- ‘gio assexuadls, Numa bgctéria, o cromos- somo, formado por uma molécula de DNA circular, duplica-se.€ 0 citoplasma se par- te, formando duas eélulas idénticas, cada ‘uma com uma das eépias do cromossomo. As bactérias podem se multiplicar muito rapidamente por esse processo, criando uuma nova geragao a cada 20 minutos, © 0s enicariontes, aqueles que tém 0 nucleo iferenciado do citoplasma, podem se re- produzir por dois mecanismos diferentes. Os unicelulares, como protozosrios, repro- duzem-se por mitose. A mitose é também 0 mecanismo de divisio das células soma- ticas, tanto para crescimento do organismo quanto para reposigio das células desgasta- das. A mitose pode ocorrer tanto em células haploides quanto diploides (sobre haploides ediploides, veja a Aula 3 deste capitulo). © O segundo modo de reprodugdo das-células is éameiose. Nos seres plurice- lulares, esse proceso ¢ priprio das células germinativas, que geram os gametas, Entenda a mitose ea meiose nos infogrificos apigina 20 lado. Mas antes veja,abaixo,comoa célula se prepara para adivisto, na interfase, Areproducio assenvada éaquelaemqueum organism, stink transfete todo material hesvecase,nasce un dane, um organism etic eneticament 2a ater sreprodugio sexuads, mosuige Esseperiode,chamado interfas, clasificado em trésetapas covganelas centidmera cromatina cromstide FASEGL FASES FASEGR ‘Acdulacrescee tem metaboismointense, (Ocorreasintese do DNA. moléculaduplca se No petodo final antes dadiviso, a No tops, surgem nova ovganelas. No cleo si sinteizados RNA mensagelro (RNA) na citoplasma protelnas. material gendtico etmanecenaformade comatina, 2 mctvowcaaes or epliacdo semiconervativa (ej 2 Aula 4 este caput) Asim, os cromassomospassam ser consttldos por dois filaments ditcos (cromitides),unidos pea centrimero, {dlulacresce mais um poucoesintetiza alguma potena de que ainda precisa barase dividic A etapa seguinteéde Drofasedamitase ou da meose PON Na mitose, uma célula gera duas células-filhas com material genético id@ntico.€ assim que se dividem as células somaticas, fibrasdofuso ucléolo centiolo catioteca ‘romossomos PROFASE No citopasma,o centriole ‘uplice-see migra para polos ‘pasos da cella, formanda Aibras protelcas entre eles, aschamadasfibras do fuso No nicleo, os cromossomos ‘dupicadosnainterasese Condensam ese espiralizam Onucléoloe a carioteca se issolvem edesaparecem. METAFASE (0s comossomos prendem se pelo centrbmero is fibras do uso emigram parao centro 6a ella Mo nal ha metiase os centidmeros duplicamse ese atastan. Ascromitides ims sda separadas cromassome filha | ANAFASE Astras dofusose ‘encurtam. Os dois conjuntos de somatiesirmas agora recebem onomede ‘romessomosfilhos Estes ‘esto atados 20s uss pelo centuémer,emigram pata pols apostos a celula Giistodo cioplasma TELOFASE sdois grupos de ‘romossomes los chegam polos opostose escondensam se Em torna ah grupo formase uma ova crite, lane dca, Dentradosniclens reaparecem os nucéoios (Ocitoplasmscomecaa dividiseeasorganelas redistibuem se entre as duasmetades, MEHL nes Pela metose, cada célula-flha tem metade dos cramossomos da célulamde. € assim que se criam gametas ‘romossomos hombiogosdupicados PROFASE! Os comossomashombloges duplicados (presos em) ainhamse as pares evocam pedis napermuta,cu caosng overs reuranjaes ses Ocetlodipicase Eformac tus Ravotecase desieyaeosconosones segrendem ra dof, ‘anda aos pres womenaarnoes METAFASE! Oscromossomosatingemo tpaumsimo de condensago mig para regio ceil acta ANAFASEL Asfbas do uso se encarta «puram os romessomos para polos opsts Os ‘aomessamoshomdlogos sto, ssi, separados TELOFASEL scromassomas escondensamse Formamse ois nicleoshaploides, mas ts cromossomos anda esto Auplcados Rcariteca forma senovamente, eo itoplasma dividese Para separaras ‘romaties, cada uma ds ‘tlulas pasar pela segunda divs da melo, igualainha uma mise novacatioteca INTERFASE Terminada adwvisto do Cioplasma, esti formadas ddascluas iia, com ‘omesmo numera de ‘comossomasquea ‘lula mde las entram emintertae, preparandose para uma ova dist, Oil recomeca, O que deu errado Qualquer eo na ‘meiose gera um gameta comaberracbes cromossbmicas, que serdo transmitidas todas ascélulas éoindwiduo que eventualmente seja gerado poresse gameta Asaberragdes que focorremno nimerode cromossomos podem ser edois pos + Euploldia: variagaono numero de conyuntes de cromossomos nondmera de cromossomos decada conjunto.A sindrome de Down éuma aneuploigia, se exmotocianas ws 25, br Citologia | Aula s: Acelulares, Unicelulares e Pluricelulares A vida microscépica s virus ~ como HIV, causador da aids ~ sio exemplo da grande diver- sidade da vida na Terra. Os organis ‘mos que povoam o planeta assumem as mais diversas formas e variados tamanhos bitam os mais diferentes ambientes, Ani- ais tém movimento, Mas hi seres vivos fixos, incapazes de se mover, como os vegetais e as coldnias de corais, Hi também os que s6 so- brevivem imersos em dgua, como 05 peixes, € (0s que residem no subsolo, como as minhocas fe algumas bactérias, Existem acé seres que s6 podem ser considerados vivos quando invadem outros organismos. VADIR PARA SE MULTIPLICAR, (0s virus usam 0 DNA das células invadidas para se replicar num organismo ° PARA ELAS, MENOS als Camuma nicacldasem nile deine as bactis somata ebierces em semulipar A biologia tem diversos sistemas para cata- logar os seres vivos, segundo esta ou aquela ca- racteristica. Mas existe uma classificagao geral, segundo a estrutura bisica do onganismo: © Acelulares sio os seres que nao tém célu- las. Eo caso dos virus. © Unicelulares si0 0s formados por uma Gini ea célula, como as bactérias, © Pluricelulares,ou multicelulares, sio.cons- tituidos de duas ou diversas eélulas, como 5 animais e as plantas, Dentro decompo virus cea pelsespagee interceluaes at qu seus aptndles ) selquema cetatipadeaicar reste a supercede una cla Teansmissor Respirao COvius a gipeembarca masala Aingindoas mucoss eemseciebesressiatoias quese dosisemarespratério espalhamcomtosses expires, oudosolhos oviusse | , ios eabetos ‘espa pela corente " ‘contaminados sanguinea 26m ern 7 mie Boa Ory ¥ Kin gg | sviusreadomiona*stema m Q dentrodasctuias {Comoospropamas que peacoat daca yn rd osviRUS ‘Virus sio seres tio estranhos que muitos cien- tistas relutam em classificé-los como seres vivos. ‘Um virus nio passa de uma cépsula de proteina (Capsidio) envolvendo moléculas de DNA ou de RNA. Todos 0s seres vivos carregam em suas cé lulas as duas moléculas, mas nio os virus. Neles, sé existem ou DNA ouo RNA. Os virus também ‘no tém um citoplasma com organelas para a ob- tengio de energia. Assim, para sobreviver ese re- roduzir, todo virus precisa invadir uma edlula e roubardela ainfraestrurura, Daia diivida se virus deve ser considerado um ser vivo ou O ataque viral é simples e fulminante. Ele se encosta i superficie externa de uma célula (pro- cesso chamado absorgio) ¢ injeta nela seu ma- terial genético ~ DNA ou RNA (penetragio). | enetrasio pode se dar de diferentes formas: © Porendocitose, quando prépria célula hos- pedeira “engole” o virus, destréi o capsidio € absorve o material genético viral. Eo que acontece com os virus da gripe. © Por injegdo do material genético, ficando © capsideo do virus fora da célula. Isso corre com os que ataeam bactérias (bac- teridfagas).. © E por fusio do capsideo com a membrana da célula hospedeira B 0 que faz uma classe especial de virus, o retrovirus, como o HTV (veja ao lado). Seja qual for o processo de penetracio, uma vez que o material genético do virus esteja no interior da célula, ele se multiplica e produz novos capsi- deos para que nasgam novos virus. Para sairem da alors 23 depos da vacinaga, Macarocoipa,ossemai as clas de mem, estard prepared Parareconhecer olnimigoe combatelo ism comolnvasret.O lbs enfraquecido antigenodo micorganismo se oantgena eal Imunol, EUTEUSEIO, ASAUOE Aamamentagdoconfee resstrcia aa bebe causador da doenga e produz, naturalmer te, anticorpos contra o patdgeno ou a toxi- na. A imunizagso artificial Ea induzida por meio da vacinagio - ou seja, a inoeulagie no organismo de microrganismos vivos atenuados ou mortos, ou de componentes inativados desses microrganismos. Basta ‘um pedacinho do antigeno para que o sis- tema imunoldgico aprenda a reconhecer a ameaga e dé mia resposta primiria, pro- duzindo anticorpos especificose formando células de meméria. A resposta imunolé- otic do nd EXISTEVACINA Se a Caxumba virus Coquelche tacéria Diteia bactria Febreamarela vis Gipe views Hepatite 8 virus i Meningte vis “ Preumoniavial | virus Poliomielite virus - Ruben | ius sarampo wus (eerie Heranga materna Amite confere smunidade a0 lho da placenta Depois de nascido, 0 bebe continua reeebendo imunidade por meio doleite materno Dal aimportancia que ‘os meédicos da0 a amamentagao Essa imunizagao de mae para filha ¢ 60 tipo Ja passiva natural sica secundaria acontece com a aplicagao de dose de reforgo da vacina, ou quando 0 ore: nado entra emi contato com agente agressor. Nesses momentos, 0 sis- tema imunolégico reforga a capacidade das células de memariae aagiodos anticorpos. (bea 0 infografico na pag. ao lado). CORRIDA CONTRA O TEMPO © sistema imunolégico precisa de algum tempo para reagir aos agentes invasores. Mas nem sempre 0 corpo pode dispor desse tempo. A pessoa € picada por um animal pegonhento, como cobra ow aranha, ou tem 0 corpo invadi do por certas bactérias de répida multiplicagio, como a causadora do tétano, a toxina deixada no organismo pode causar grandes problemas ‘em questio de horas, levando até mesmo & morte antes que 0 organismo consiga mobili- zar qualquer resposta imunoldgica, Nesse caso, € necessiria a utilizago de soro imune - um preparado que ja contém anticorpos que foram produzidos no organismo de um animal, geral- mente de cavalos 0 soro nao confere imunidade permanente, pois as células de meméria nao sao estimula- das. E 08 anticorpos injetados desaparecem da circulagio em poucos dias. Além disso, 0 orga- nismo imunizado reconhece os anticorpos re- cebidos como substancias estranhas, passandoa produzir anticorpos especificos contra elas, Por isso, deve-se evitar o tratamento com o mesmo soro duas vezes, pois uma segunda injecio pode deseneadear uma reagao imunitaria contra préprio soro, que deveria salvar o organism. q cevotocunne 31 desde outero, por meio WX crore | Exereicios e Resumo Como cai no vestibular (Fuvest 2012) Um camundongo recebeu umainje¢dode Proteina Ae, quatro semanas depois, outra injecdo de igual dose da proteina A, juntamente comuma dose da Proteina B, No grafico abaixo, as curvas x, ¥ eZ mostram as con: ‘centragdes de anticorpos contra essas proteinas, medidas no plasma sanguineo, durante oite semanas. x x rs) w oa 1 heaene Inject Injegse deproteinaA de proteinas Ae B WK Pures, 0, Sedna, GH Oran, HC Neier Le, The Science of Biology, Sruver Assonates Ine WH Freeman & Comp, 6° ea, 2001 Aasetac0 Ascurvas a) X eZ representam as concentragbes de anticorpos contra a proteina A, produzidos pelos linfécitos, respectivamente, nas fespostas imunol6gicas primaria e secundaria, b) Xe ¥ representam as concentracdes de anticorpos contra a proteina A, produzides pelos linfcitos, espectivamente, nas respostas imunolégicas primaria e secundaria. )X eZ representam as concentracdes de anticorpos contra a proteina A, produzidos pelos macréfagos, respectivamente, ras respostas imunol6gicas primariae secundaria, 4) Ye Z representam as concentracdes de anticorpos contra a proteina B, produzidos pelos linfécitos, respectivamente, nas respostas imunoldgicas primaria e secundaria, e)¥ eZ representam as concentracdes de anticorpos contra a proteina 8, produzides pelos macr6fagos, respectivamente, nas respostas imunol6gicas primariae secundaria Resposta ‘curva mostra uma produgorelativamente baixaelenta de anticorpos apds a inje¢do da proteina A, correspondendo A resposta primaria, ov seja, resposta do organismo a0 primeiro contate com o antigeno (proteina A), no qual ocorre a formacdo de células de meméria. AcurvaZ corresponde & resposta secundaria a injecao da proteinaA, pois, sendoo segundo contato com 0 antigeno, o organismo ja apresenta ‘células de meméria que proporcionam uma resposta rapidae ‘mais intensa, com maior producao de anticorpos. Acurva V, da mesma forma que aX, mostra aresposta primaria a injegdo da protefna, Alternativa correta: a {urn 2022) A mitose ea meiose ocorrem no organismo humano e possibilitam a formacao de diferentes célu Jas,Aprimeira ocorreem células somaticas ea segunda, emeélulas germinativas.€xistem varios eventos que acontecem de forma semelhante nas duas divisdes celulares; entre eles, podem-secitar 2) duplicagio do ONA, separagdo dos cromossomos homélogos « duplicagio dos centriolos. b) separacde das cromatides-rmas, duplicagao dos centriolos e pecmutacto €)condensagaiocromossdmica, duplicagio do DNA e desapareci mento do envoltdrio nuclear 4) itocinese, duplicacao dos centrfolos eseparacdo dos cromos- somos homdlogos. €) Separagdo das cromatides-irmis, pareamento dos homélogos €formasao das fibras do uso, Resposta O.candidato precisa compreender os mecanismos da mitose e da meiose e comparar 0s dois processos. Analisanda cadaum dos eventos citados em cada uma das alternativas: a mesma forma, nainterfase, fase 5, + Separagdo dos cromossomos homélogos: sé ocorre na meiose, pois somente nessa divisio os cromossomos homélogos bareiam no fendmeno chamado sinapse,na prtase se depols seseparam, na anatase + Duplicacio dos centriolos:ocorre tanto na mitose quantona imeiose, durante préfase, no momento da formacdo do fuse; + Separagto das romatides emis corre tanto namitose,na anafase, quanto na meiose, na anata re-se de a seyund seta meoseeumamiore sete se awe + Permutagio (ou crossing-over}: ocorre som elo durante aprotaselssefendmenacomsistenatioee de segmentos entre cromossomos homélogose pera variabilidade genética; + Condensagdo cromossémica: ocorre tanto na mitose quanto ‘na meiose, na prOtase, quando os cromossomos fcam mais definidos e, assim, previnem-se quebras nas cromatides + Desaparecimento do envoltério nuclear: ocorre tanto na mitose quanto na melose, na préfase, Oissolvida acarioteca, 0 nicleo desaparece e 0s cromossomos estdo livres para se unit as fibras do fuso, ue estao no citoplasma; + Ctocinese: ocorre tanto na mitose quanto na meiose, €,divisto do cltoplasma da célula que se dé ao término da divisio nuclear, na teldfase; + Formasdo das fibras do fuso” corre tanto na mitose quanto ‘na meiose, na préfase. Os (usos prender20 0s cromossomos € 0 fardo migrar para aregldo central da célul, + Pareamento dos cromossomos homélogos:ocorre somente na melose, rofase |. Alternativa correta: ¢ {Untcamp 2012) Hemacias de um animal foram colocadas ‘em meio de cultura em varios frascos, com diferentes concentracBes das substancias Ae 8, marcadas com isotopo de hidrogénio. Dessa forma, os pesquisadores puderam acompanhar a entrada dessas substancias nas hemécias, como mostra gréfico apresentado a seguir, Assinale a alternativa correta a)A substancia A difunde-se livremente através da membrana; jaa substancia 8 entra na célula por um transportador que, a0 se saturar, mantém constante a velocidade de transporte através da membrana by As substancias A e 8 atravessam a membrana da mesma for: ma, porém a substancia B deixa de entrar na célulaa partir da concentragao de 2 mg/mL. ©) Aquantidade da substincia Aque entranacéluiaédiretamente proporcional a sua concentracdo no meio extracelular, ea de 8, inversamente proporcional 4) As duas substancias penetram na célulalivremente, por um me: ‘canismo de difusao facilitada, porém a entrada da substancia Aocorre por transporte ativo, como indica sua representago linear no grafico. Resposta Repare que o grafico mostraavelocidade de transporte das, substancias Ae B em funcdo de sua concentragao no melo extracelular, Para.a substincia A, percebemos que, quanto maior € essa concentracdo, maior também é a velocidade de absorsao pela célula. ssa ¢uma caracteristica do transporte por simples difusto }4 para asubstancia 8 o grafico revela que a velocidade de transporte sobe rapidamente nas concentragBes mais baixas e depois desacelera, até Rear ‘estavel, 850 ocorre quando transporte se da pela protelna permease, Quando todas as moléculas dessa protelna ‘ransportadora se encontram em atividade, ndo ha como umentar a velocidade de absorcdo, assim, avelocidade ‘semantém constante. Trata'se de uma difusdo faciltada Alternativa correta:a Isto é essencial ‘© SERES VIVOS Podem ser acelulares (virus), uni- celulares (bactérias, clanabactérias e protozoarios) ou pluricelulares {animals e plantas), Todo ser vivo ¢ composto de moléculas organicas, que constituem as proteinas (formadas de cadeias de aminodcidos), 0s agucares (monossacarideos ¢ polissacarideos) lipideos. (gordura)e acidos nucteicos (ONA e RNA) © CELULAS podem ser procariéticas (primitivas, sem nndcleo diferenciado} ou eucarléticas (mais complexas, com nicleo diferenciado} Nas clulas eucatioticas, ocito: plasma abriga as organelas (como centrfolos lisossomos te ribossomos} e¢ envolvido pela membrana plasmatica, Nas procarioticas, abriga apenas ribossomos etem, além da membrana plasmatica, uma parede celular © NUCLEO CELULAR € composto de carioteca, ca: Fiolinfa, nucléolo e cromatina. A cromatina guarda as moléculas de DNAe proteinas, na forma de filamentos, Os genes sio trechos do ONA que cadificam proteinas, Durante adivisto celular, acramatina se espiraliza, for. ‘mando 0s cromossomos. Cada especie tem um aimero fixo de cromossomos em todas as élulas somaticas. As células podem ser haploldes (n) ou dipleldes (2n) © ACIDOS NUCLEICOS Sto 0 DNAe © RNA. 0 DNA € uma dupla hélice formada de nucleatideos e bases nitrogenadas adenina (A), guanina (6), citosina (C) ¢ timina (T).0 RNA & formado de apenas um filamento de nucleotideos e no lugar da timina tem a uracila(U). Existem tr8s tipos de RNA: o mensageico,o transportador eoribossdmico, © DIVISAO CELULAR mitose ¢a divisto simples de uma célula-mae que resulta em duas células-fihas como mesmo numero de cromossomos. € 0 processo de divisio {as células somaticas nos humanos. Melose ¢a divisdo Que resulta em quatro células-ilhas com metade dos cromossomos da célula-mae £ 0 proceso de divisto das células germinativas (que formam os gametas). Ameiose tem duas fases. A segunda ¢ uma mitose. © IMUNOLOGIA Antigenos 20 substancias reco- hecidas como estranhas pelo sistema imunoldgico, Os anticorpos si0 proteinas de defesa do organismo que ‘entram em agdo quando um antigeno ataca, Os macré- fagos sdo células de defesa que engoltam e destroem elementos estranhos ao corpo, Os lintdcltes produzem, nticorpos que atacam microrganismas foradascélulas ‘As ctlulas de memérla reconhecem um antigeno depois de ter entrado em contato com ele, ‘= seno.oci Oimpério da terceira idade A humanidade vive mais porque as condic6es de vida melhoraram. Mas por que alguns superam 0s 100 anos? populace mundial esta cada vez mais velha Se: gundo a Organizacao das NagBes Unidas (ONU), fem 1960 existiam 205 milhdes de pessoas com mais de 60.anos no planeta Em 2010, 4 eram 760 milhdes.€ as projecdes indicam que, em 2050, 12 bilhdes deverdo ter ultrapassado as seis décadas de vida (© aumento da longevidade ¢ acompanhado pela queda da taxa de fecundidade: os casais tém cada vez menos filhos. Resultado: a populacio de idosos cresce 2,9% a9 ano, en: quanto ade jovens, 3,7%. Dal que a proporcio entre jovens evelhos esta se invertendo. ‘O envelhecimento da humanidade é um desatio: com pro- porcionalmente menos jovens pata trabalhar, como manter nivel das atividades econdmicase sustentar uma superpo- pulagdo de aposentados? A medicina tem tamibém seus desa ios, com o aumento de casos de doencas tipicas da terceira idade, como deficiéncias cardlacas, diabetes e deméncias, ‘0s avancos na medicina e na industria farmacéutica, a melhoria nas condides de nutricao e saneamento - tudo isso explica o aumento da expectativa de vida média mun dial. Mas esses fatores ndo sdo suficientes para explicar a especial longevidade de alguns grupos especiais de indivt Guos Na ilha de Okinawa, no |apdo, por exemplo, a expec: tativa de vida em meados dos anos 1970 ja estava aoredor dos 85 anos - patamar alcancado hoje por pouqulssimos palses desenvolvidos.Ailha também tem uma proporcao bxcepcional de centendrios. Os bidlogos acreditam que a explicacdo para esse sucesso etério ndo se resuma a habl tos de vida saudaveis. Deve incluir, também, alguma parti- cularidade no cédigo genético, A questdo é: que combina G40 de genes leva alguém a viver mais de 100 anos? —_—_—_—_—_ ———— ISTO £ ASSUNTO DE GENETICA As leis de Mendel onan 36 Mendel atualizado 38 + Tipos sanguineos 40 *Determinagdo 40 $640 .unennnnnn AB = Blotecnologia AB 50 + Exerciclose resumo, Sy eee ron enter i WN core | Aulay : As leis de Mendel As regras da hereditariedade nética tam caracteristicas semelhantes asdopaie Sabemos que os gene de paisa filho no trabalho come AS DUAS LEIS DE MENDEL GAEL MUU) Seco smears or Tre RN cumin eunt Per odoin sty BUC Cue UNO Ce ioutcn 9 CU Ses cs iirc Tt) ~ q —_-) a s < rns aces Pree ersarer as eer tree Bier teen Pen re ty produtaras de ervilhas verdes erugosas ees!) oe PERNA Ne en) Caractersticas diferentes siotransmitidas de pals para filhos por fatoresindependentes inticos a nenhum deles, nem a seus irmdos. cada geracao. As bases des TU imc a te tener ee cee) G Wiss rset pea tect eet Byars cece cans tenet cue asese rater urna yar Guu ilacrde creas Dicey tora Eht ty Piece ru ery ae et ares eer pena ey Poet rer Crt tt) eet ponsaveis pela transmissdo dos caracteres conhecimento esto austriaco Gregor Mendel Anilises Primeiro, analisou apenas uma caracerstca. das ewvilhas, a cor Eoque se chama monoribridismo Lisa rugosa Depos, duascaracerstcas diversas 20 mesmotempo, core textura -0 charade dbibridismo Borchert rarer) XC ecr corny cece eet eee Ue ere tnt Pepe rer cn tcnr re oy Poeun —_) UE YY Y) ruc acre ens conkers Caner eer Cre nn cones ne anerr tens Ceara Procedimento ios dois casos, Mendet alterou um pouca as leis danaturera,fazendoele flor receptora mesmaos cruzamentos Ye que queria trevao poten deuma for eo ceocaae aurea xe repradutor feminino de otra flor PACE tle CT caer Pe Mo Peet uomeC son eet Pen eases Erne Sted Ca uous) icrSca Mounts Peg CSUR rss onsen e ator recessivo (v) Re dominante-lisa__V= dominante -amarelo cre eae YON bite ee iets Gate ene Controle Mendel também selectonou as, plantas segundo uma sriede caracterstias muito especiicas, ‘que tornou seus experimentos {3ces de sercontrlados, eos, resultados simples de ser imerpetads, Conclusses Depois de anos deexperiencas, ‘o monge austriaco elaborou suas das les ~a Lei da Segregacloea Lei da Segregacdo Independente ALel da Segregagio Cada carter condicionado por um par de fatores que se separam na formagio dos dominantes V)cornrecessivos MPEMNeNay ag cock aciay CODiuOE Ca inary ‘ocorremem dose simples Mais simples:cada CORR RCUEO RA catactesticade um crn WECM Recon tc) Cee rao no Rrrateie Seaiecy feoiecotsierscteniets Cement cue tet umrecessivo rent aot eee oer tC ere Pe cu) Pec) ee Pema or oe Se ny anon eee eet ear eric) Pree ‘organism ¢ defini por um par de fatores, mas asedllasreptedutivas (os ametas caregam apenas um ator que é herdado de um dos pls. el da Segregagio Independente Emum crutamento em que estejam envolvidos Pee receam 001s ovmals caracteres, ‘osfatores que determinam (ada um se segregam de Touma independente durante a formato dos ametas recombinam se 10 caso eformam todas ascombinacdes possives Pentre DIS AUM PARAO RECESSIVO Dos tis ios das sBoaldnas A geben Mendel atualizado 30m crsiotoca es uando o trabalho de Mendel foi pu- blicado, no fim do século XTX, os naturalistas da época nio Ihe deram muita atengo, Mas, cerca de um sé- culo depois, a descoberta da meiose confirmava que ele tinha razio: 03 genes (que Mendel chamou de fatores) ocorrem aos pares, ‘mas, na reproducio, apenas um deles ¢ passado adiante ~ ou seja, dé-se uma segregacio (sepa- ragdo), Essa segregagio nada mais é do que processo de meiose, a divisao celular responsi- vel pela formagao dos gametas (veja no capitulo 1). trabalho de Mendel resultou na genética tual, que tem outros Cermos ¢ outras interpre- tagdes para seus estudos: © O que Mendel chamou de fatores sabemos hoje que sdo os genes ~ um segmento da moléculade DNA, que codifiea uma pratei- ina, cuja agao determina uma caracteristi- ca, A caracteristica transmitida por um par de genes é chamada fendtipo (cor amarela aprodyto demelana parece em quem tem dos genesrecessnas para doen 1 2 3 ( | | | | ‘um homotigoo pode, também, ter todos sales recess, 0m? este indviua, HE tem genbtipo at ou verde, por exemplo). J4 0 conjunto de genes que definem essas caracteristicas € denominado genétipo (VV, Vv ou wy para as cores). Assim, uma ervilha de genstipo ‘W Rr apresenta o fenétipo amarela lisa, © Os bidlogos sabem ainda que, na geragio de ‘um novo individuo, os genes do par que de- termina uma caracteristica estio localizados na mesma regiio (mesmo locus génico) de cromossomos homélogos (veja mais sobre cromossomos homdlogos na capitulo )-Si0 0s genes alelos. Por exemplo, num individuo de gendtipo Aa, o gene A éalelo do genea. Nameiose, esses cromossomos homélogos se separam e se distribuem ao acaso nas células-filhas, o que permite uma grande variedade de combinagies. ©0 gene dominante (representado por uma letra maitiscula) manifesta um fend- tipo, seja qual for seu alelo (uma ervilha serd amarela se tiver coma genstipo VV ou ‘Wy). Jum gene recessive (representado por uma letra mintiscula) $6 se manifesta como fendtipo se tiver um alelo também recessivo: a ervilha serd verde apenas no caso de ter o genstipo wv. © Individuos de linhagem pura sto agueles que apresentam alelos iguais (como AA ou faa). Sio os homozigotos. Ja os hibridos, resultantes do cruzamento de duas linha- gens, apresentam alelos diferentes (Aa). Estes sio 0s heterozigotos. VARIAGOES SOBRE UM MESMO TEMA Sabe-se hoje, também, que existem mecanis- mos de hereditariedade que nao foram previstos por Mendel. Eocaso da codominaneia, ou he- ranga intermedidria. Esse mecanismo corre quando os genes que compéem cada alelo sio igualmente dominantes e, portanto, podem se ‘manifestar ¢ interagir para determinar um notipo. Exemplo de codominincia ¢o que se da coma flor maravitha (veja abaixo). Mendel também nio verificou alguns resul- tados que teriam confundide seu ra Em alguns casos, a combinagio de dois genes iguais leva o animal & morte, antes mesmo do naseimento. £ 6 que acontece com as camun- dongos. Neles,o pelo amarelo ¢ o gene do: ante ¢ 0 preto, recessivo, No cruzamento entre amarelos hibridos (heterozigotos), 0 es- perado seria que nascessem trésamarelos para ada preto. Mas é comum que nusgam apenas dois animais amarelos para cada preto, Isso ocorre porque o gene que determinaa pelagem. amarela ¢Jetal quando aparece em dose dupla Chomozigose). O embrido do camundongo ho- ‘mozigoto dominante chega a ser gerado, mas morre antes de nascer. Poe n) ‘Como a flor maravilha manifesta seus genes codominantes a? q . A een easy ee Gard ge cmenieaont O © Sa < Gyr La tormaraviha ter vmalelo para acorvermela com os geese 49 para cor brane (om a genes wt, 2. qualguerque sea aconbinago tres genes ose gear sertosenprene Coma neahun esses ees dcorinante overnelase mista aabranne mscem ores or 08a Gar Bas nasequnda geragio (os genes de cada alelpocemcombinarde dierentes nants, eando alos, trem: Aoranascer est beanease vere ca proporcode uma vermela ua banca e 935082 (reser Das ervilhas aos humanos Asegunda leide Mendel pode ser observada em. diversos fenotipos. humanos Por exemple. do casamento entre um homem lairo, de cabelos isos, e uma mulher morena, de Cabelos crespos, podem nascer ‘hihos com quatio fendtipos lovros de ‘cabel0s lis, loiros de cabelos crespos, ‘morenos com cabelos lisos ‘ou morenos com ‘cabelos crespos, ‘p exuouosa2o m9 Typo ¢ veRMELHO, ER DIFERENTE Osangue poses 0,depensendo da enst2nca cud, de certasanlgenos # oe ashemacias Regras de compatibilidade om cence sangue éa parte do organismo mais compartilhada entre os humanos. Por mais comuns que tenham se tornado 0s transplantes de alguns ‘rgiios, como corneas, coragio e rins, nada se compara ao numero de transfusbes sanguine- as realizadas no mundo hoje. Mas a historia de so das doagdes sanguineas, que podem urgias ou em atendimentos salvar vidas nas de emergéncia, ¢ bastante recente. Houve um tempo em que 0 sangue era 0 componente mais misterioso do corpo huma- no. Durante milénios, flésofos e naturalistas desconheciam nio apenas o sistema cireula- trio, mas também as substincias que com- poem esse fluido vermelho e as fungdes que ele desempenha. Foi o médico inglés William Harvey (1578-1657) quem decifrou parte desse ‘enigma (veja mais sobre o sistema circulatorio no capitulo 4), ‘As primeiras transfusdes de que se tem na- ticia datam de pelo menos um século antes, em tentativas que, muitas vezes, acabavam em fatalidade, Os médicos de antigamente nio fa- nor ideia de que o sangue de um doa- dor podia estar contaminado por algum agente atoligico. Muito menos imaginavam que, ape- sar de ser sempre vermelho, 0 sangue pode va- ‘iar em sua composigao quimica, de uma pessoa 4 outra, ¢ que essa variagdo podia levar a uma Feagio séria do sistema imunologico, Desde 0 inicio do século XX, os biomédicos sabem que, antes de uma transfusio, é preciso fazer umexame que indiquese o sangue do dow, dorécompativel com o tipo desaniaiedo recep. tor. Esses exames avaliam dois fatores determ: nnados geneticamente e que variam de individuo para individuo: o sistema ARO c o sistema Rh Existem dezenas de sistemas de tipagem sam suinea, mas esses dois si0 os mais importantes, O QUE £0 SANGUE O sangue é a via de comunicagdo do corpo, por onde trafegam o oxigénio, os nutrientes prove- rientes dos alimentos ja digerids ¢ os subpro- dutos do metabolismo ~ a série de reagses qui micas ocorridas no interior de cada eélula -, que devem ser eliminados do organismo. Ooxigénio é carregado na forma de hemoglo- bina pelas hemdcias, os glébulos vermelhos. Essas células fluriam no plasma, um liquide formado principalmente de égua, que carrega, além das hemacias, anticorpos, proteinas, agi cares, horménios e didxido de earbono.que seri expelido pela respiracio (veja mais sobre siste- ‘ma respiratério no capitulo 4). Sao as hemvicias € 0s anticorpos que definem a compatibilidade sanguinea entre duas pessoas. OSTIPOS A,B, ABEO Existem quatro tipos de hemacias, ou gls: bulos vermelhos: A, B, O ou AB. A diferenca variedades consiste na existéncia, de determinados antigenos encepan- perficie das células, os aglutinogénios, Lembrando: antigenos so substi: du: que in mo sistema imunoldgico a defender 0 or- smo, Os antigenos podem vir do meio am ente, como agentes causadores de doengas ~ bactérias ¢ virus -, ou ser produzidos pelo proprio organism. No caso das hemécias, os antigenos da capa protetora sio proteinas sintetizadas de acordo com a informagio contida no DNA, Existem dois tipos de aglatinogénio - 0 antigeno Ae oantigeno B. Como depende do DNA, a sinte se deste ou daquele antigeno varia de pessoa a ‘pessoa, ¢ por isso o sangue também varia s antigenos ativam anticorpos, chamados aglutininas, no plasma. Existem virios tipos de aglutinina, As correspondentes aos antige- nos Ae B sio a antica ¢ a anti-B, Essas agiu- ‘ininas se ligam as hemacias do sangue de um tipo diferente, provocando sua coagulagio e destruigio. Quem tem o antigeno A nas he- micias tem também, no plasma, a aglutinina anti-B, ¢ vice-versa, Por isso, uma pessoa com sangue tipo A no pode receber 0 tipo B. No sentido inverso: um receptor do tipo B nao pode receber sangue de um doador tipo A. Existem outros dois tipos de sangue. Um deles & 0 tipo ©, que no tem nenhum antige- no mas possui as duas aglutininas, o anti-A € ‘anti-B. Por eausa das aglutininas, quem tem sangue tipo 0 s6 pode receber sangue de quem no tem antigenos, ou seja, do mesmo tipo 0. Por outro lado, o sangue tipo O pode ser usado em transfusdes de pessoas cam todos os de- ‘mais tipos sanguineos. J4 que 0 sangue tipo O ‘io tem antigenos, ele ndo pode ser aglutinado Por nenhum sangue. Por isso, quem tem san Bue tipo 0 doador univer: Outro tipo sanguineo é 0 AB, Como tem os dois tipos de antigeno, nfo pode ser doado a ninguém que tenha aglutininas anti-A ou COG ne Tipode we | os | s |i ° | | Tipode | beni) | | | | % Maientso| t 2¢ Westen femdgena) | geese | tems | Amigeosnes | ante we ey Yet } ae * visten | PGP tena | 1 a atop ten nis aia Ant eantis Pitan) Quem pode doar e quem pode receber (Quem tem sangue i006 oador universal Mass6 pode recebersangue p00 ‘Quer tem sangue tipo ABE ‘ceptor universal Mas sb pode doar a pessoas com 9 mesmo tipo sanguinea anti-B. $6 pode ser recebido por quem tem também sangue do tipo AB. Por outro lado, a pessoa com sangue tipo AB, que no tem aglu- tininas, pode receber sangue de qualquer outro tipo. Eo receptor universal (veja acima). RH+ OU RH ‘A compatibilidade sanguinea dependede ou- tra tipagem: o fator Rh. Uma pessoa (tenha ela sangue tipo A, B, AB ou 0) pode ser Rh positi= vo (Rh+) ou Rh negativo (Rh-). [sso depende da existéncia, ou nao, de outro antigeno (cha- mado antigeno D ou fator Rh) na superficie das hemécias. 'Nenhum organismo, seja ele Rh ou Rh, nasce ‘com anticorpos contra o ator Rh no plasma. Mas individuos Rh- (ou seja, que nfo tém o antigeno D nas hemicias) si0 capazes de produzir esses anticorpos (denominados anti-Rh) se entrarem em contato com sangue Rh, eriando uma barrel +a inmunolégica e a incompatibilidade sanguinea, je erpotocana a mx Genética | Aula 2: Tipos sanguineos ‘Como a produgio dos anticorpos demora um pouco, nio ocorrem problemas imedistos na transfusio, mas sim a longo prazo. Um desses problemas ¢ a eritroblastose fe- tal, ou doenga hemolitica do recém-naseido (DHRN). Eritroblastose é uma enfermidade que Provoca o rompimento da membrana das he- Macias e libera a hemoglobina no plasma. Com a destruigio das hemacias, o individuo corre 0 risco de ficar anémico, ou ter alterado 0 tama- rho de alguns érgaos. Em criangas, a doenca é desenvolvida ainda na gestagio ou no periodo perinatal (de recém-nascido), mas apenas quan. doa mae é Rh- eo bebé, Rh+. Nesse caso, o san- gue materno desenvolve o anticorpo anti-Rh, que destruird as hemacias do filho, Na primeira gravidez, o organismo da mae desenvolve a imu- nidade, ¢ 0 feto nfo ¢atingido pelos anticorpos. Mas, na segunda, se a crianga tiver novamente Rh+, os anticorpos da mie podem atacar as he- macias do feto. A doenga pode ser combatida com uma transfusio de sangue Rh- no feto. O QUE DEFINE 0 TIPO E 0 FATOR RH Na espécie humana, a definigio do tipo san- guineo envolve trés genes alelos, combinados de dois em dois. $0 os alelos miltiplos, que transmitem uma earacteristica pela combi- nagao de trés ou mais tipos de gene. Dos trés genes que podem determinar o tipo san; dois sao codominantes: oalelo 14, que determ na a produgio do aglutinogénio A, ¢ 0 1, que determina a produgio do aglutinogénio B. Hi também um alelo recessivo, i, que nao determi- na a produgio de nenhum aglutinogénio (veja 0 infogréfico ao lado). ‘A heranga do fator Rh é simples, s6 um caso de dominancia completa, como a reprodugio de ervilhas de Mendel (veja a Aula 1 deste ca pitulo). Se uma pessoa ter Rh positivo ou rnegativo, isso é determinado por um gene do- minante, geralmente chamado de R ou D, que define a produgio do antigeno fator Rh, ¢ seu alelo recessivo, F ou d, que nio faz nada (veja 0 infoyrdfico ao lado). Os exames para conhe- cer o tipo sanguineo de uma pessoa sio feitos aplicando-se um soro que contém os anticor- pos anti-A, anti-B e anti-Rh em trés gotas se- paradas de sangue. Esses anticorpos detectam respectivamente os aglutinogénios A, B e fator Rh, produzindo uma reagdo de aglutinagao das hemicias, ou seja, de coagulagao, ‘Agora, podemos reapresentar a tabela com- pleta de tipos sanguineos, associando fendti- pos (tipo de sangue) a0 gendtipo correspon- dente (conjunto de genes que podem gerar tais ‘caracter{sticas). Veja a0 lado. Pow ‘As possiveis combinagdes de alelas que definem o tipo de sangue Sangue tipo 8 Sangue tipo O pattem sanguetpa Amie tem sangue tipo Aporqueseugenoupo | 11 vi 8 porque seu genipo conbinaum ao combina um allo? (codaminante com (codominante com un uals (recessive) aleoi ces) Osalelos emis @alelor) ales elo codeminats, j files (xT possibilidades (ada pais transite um geneacafa um de seus descendents, Assim, acombinagio entre os diferentes Oiteios seo reese | alelos dos pis pode gerarfilhos Sangue Sane Sangue——Sangue—comosquatrotgs Uyoh —yoAS— tho —tpod—_sangulneos, oe ‘Uma crianga nasce Rh+ ou Rh-conforme a combinacio de dois genes apenas Ah positive Seopaié Rb, tem aomenosumgene | ay tr AominanteR Nesse as, opaitemum alslodominante eum recessvo Re @ Rleomiant) Orrtecessio} eames ne tts melas os pais transitem aos hs apenas um gene. Avot ene, pcerdinic tanto cians uae Rh negativo Para ser Rh, ame sopode ter dois genes secession seu sgameta sé poderd {tansmitivum gene RReRr(ou ODE RA) loud) ‘AIULOU CORE utossones anaes us, aguelas ee argo ote SA Nem de deren asexo de um As regras para o masculino ou o feminino ia das espécies animais ~ ‘em todas -, 0 sexo deter- minado antes do nascimento, pela _genetica, Nocaso daespécie huma- na, esses genes esto em dois pares de cromos- somios especiais ~ 0s eromossomos sexuais Xe Y. Isso significa que, dos 46 cromossomos exis- tentes em todas as células do corpo humano, 44 so suitosso1nios e apenas dois sdo sexuais - ou seja, s6 dois carregam informagdes genéticas relacionadas 20 sexo. ‘Uma pessoa é do sexo ferninino quando tem dois cromossomos X, ¢ do sexo masculino quan- do tem um Xe um ¥. Lembrando: os gametas (células sexuais) tém apenas um cromassomo sexual, Entdo, as mulheres s6 produzem game- tas - ot seja, svulos - com um cromossomo X. J4 cs homens formam metade de seus gametas (es ‘permatozoides) com um cromossomo Yea outra ‘metade com um X. Isso significa que o que deter- ‘mina o sexo de um bebé & 0 espermatozoide, O TAMANHO DEFINE AFORMA Recordando: durante a meiose, o proceso de diviséo celular que di origem as c6lulas repro- dutivas, 0s eromossomos X e Y se emparelham € trocam informagdes (veja mais sobre meiose no capitulo 1), Mas a regido em que os eromos- somos sexuais sio homdlogos € muito curta, pois 0 cromossomo Y é muito pequeno. Tem apenas cerca de 30 genes, sempre relacionados ao desenvolvimento das caracteristicas sexuais masculinas. Todos os homens ~ e s6 0s homens, = herdam o eramossomo ¥ do pai, Portante, s6 eles recebem essas caracteristicas, Esse tipo de transmissio genética, que se dé apenas entre pai e filhos do sexo masculino, é chamado heran- {ga restrita ao sexo ou holindriea. E restr do sexa porque sé eles recebem caracteristicas como testiculos. A heranga holindrica permit por exemplo, que se determine a paternidade de ‘um garoto pela comparagio do DNA do cromos- somo ¥ dele com o do suposto pai. ro.ocune x Genética | Aula 3: Determinagio do sexo e heranga ligada ao sexo Jegeromessomo X é muito maiore caress @EUTONUTOETE se voce no for daltOnicoperceberd 04 ‘outros genes, envolvidos com varias caracte- risticas nao diretamente relacionadas ao sexo, que podem se manifestar tanto nos filhos do sexo masculino quanto nos do sexo feminino. A transmissio dos genes da regio nio homé- loga do cromossomo X é chamada heranga ligada ao sexo ou ligada ao cromossomo X. Um exemplo de caracteristica transmitida por heranga ligada ao cromossomo X é 0 daltonis- ‘mo, a dificuldade em identificar cores. ue est escondidonamancha HERANCA LIGADA AO SEXO Para percebermos a diferenca entre as cores, uusamos determinadas células da retina cujo funcionamento depende de uma proteina im: portante. Essa proteina é sintetizada sob o co: mando de um par de genes que existe apenas no cromossomo X. E fica numa regiao de X em que nao hi genes correspondentes no cromos- somo Y. O daltonismo é desencadeado por um alelo recessivo anormal nesse par de genes. Mas nio séo as mulheres as que mais apre sentam 0 dalfonismo como fenstipo. Ao con. trario, 0s dalténicos, na maioria, sio homens. Explica-se: um menino recebe apenas um cro: CIE ELAS TRANSMITE! SO daltonism € um defelto num aleloecessivo que s6 existe no cromossomo X. Masse manifesta principalmente nos homens Palate poadr iil Slt heaped | Estamae tem dois ales paraasinese Temumpar depres uaa ey rex | dapetenaca tna pe eX) Mesne steed pete, mas a5 auto reeiva ds deteoon rae drat ee: | elandodesenvolverd dltnismo, ten tatonana en porate | | pores donna onto famensla situapdo Mas pode transmitiradoenca ene Filha portadora Se ee AS gatos que recebem da ccomossro Xo pale outro da mae orecessvod, mas do palo mie Eta recebeu tanto do pa ‘dominante D, também nao sto quarto dade gredonirate fear unten e eta a eda ne anomala camo sae, podem poratra du aronala gence asm ss fies Filho dalténico wy xe wx xy 0s fihos do sexo masculino recedem ocromosiono¥ 40 ‘Seo cromossomo X recebido d2 © a portato ene recone ogee ees? anormal est actos Orme date pis no temo ominante para evar QD Portada nao atetada | manifestagzodadeserder Prone O heredograma mostra como um fendtipo se transmite ao longo das geragdes 1. cata linha numerada em algarismos romanes representa uma geralo. Ocreuo sempre representa uma mulher eaquadrado, um omen, los ouquadrados em ‘cor epresentam indivdues afetados, ou sea, que imanifestam acaracterstica ‘em questio.0 aco horizontal entre deisindivldus indica (que eles formam um casa ‘Beincividvos representados com ‘ma mesma cor tm enipos iguais Nestecasalem branco, enum dos dos apresentaa caracerstcapesquisada 4. Fgurasconadasporumtrago jee) representam indviduos martes. aap uma muther 566 daltOnica se wer uum par de aletos, defertuosose recessivos dd E1550 so acorre se ambos, sua mace seu pat, tiverem esse gene recessivo Ja 205 homens basta ter um Unico gene recessiva 4 Para eles, qualquer alelo presente no cromossomo x temo eso de um dominante ese expressa no Fenotipo daltonismo. mossomo X (@ outro cromossomo 60 Y, obriga- toriamente herdado do pai) Se justamente esse cromossomo X contiver o recessivo problema- tico, o garoto desenvolvers o distirbio, 44 uma garota, que recebe sempre dois eromossomos X (um do pai, outro da mie), precisa ter dois genes recessivos anormais para se tornar dal- tOnica, Veja no infogrifico da pigina ao lado como se di a transmissiio do daltonismo. "A hemofilia, que provoca a dificuldade de coagulagio do sangue, & outra doenga trans- mitida por heranga ligada ao cromossomo X. 0 gene defeituoso que causa a hemofilia, nor- malmente indicado como 0 recessivo h, é bem ais raro que o do daltonismo, Mas seu meca- nismo de transmissio & 0 mesmo. E mais uma vez 0s homens constituem a maioria dos que apresentam essa doenga. COMO AS ABELHAS FAZEM ‘Nem todas as espécies animais se reprodu- zem pela combinagio de genes dos ps abelhas, por exemplo, podem se reproduzir de duas maneiras - e cada uma delas resulta em descendentes de sexos diferentes. ‘Nos zangoes, todas as eélulas, sejam elas so- imitieas, sejam elas reprodutivas, sie haploides (a) ~ ou seja, todas tém apenas um cromoss0- mo de cada tipo, e nao pares deles. Esses ma- 15. Individuos “pendurados” numa linha horizontal sioirmacs. gus assocadas por Vagos incinadse ligaosporum traohorionta sto gemeas manag fdbtcos porque gradosde um dnice uo) 77+ Estes menos sto fihosdocasal 1X2, da gerald fendtpo gual. ‘Um dos meinosthguraem ca tem {endo citerente do dos pais. 50 signbea que acaracterstica existe nosgenes dos pas, mas ndo seraniesta porque vem deur gene ecesivo, ntgo casal 1X2 heteceigticoe dominate Este simbolo representa gtmeos its ormados de dois ruos, chos nascem de dvulos das abelhas fémeas nao fecundados. A reprodugao se da por parteno- génese, um tipo de reprodugdo assexuada em ‘que 05 dvitlos se dividem por mitose, originan- do adultos haploides Os zangies também usam a mitose para ge- lulas reprodutivas (os espermato- zoides, ou gametas masculinos). Essas células sao c6pias perfeitas dos dvulos maternos que os originaram. Assim, um zangio transmite aos. os genes que recebeu 2m), mas dvulos haploides. Uma abelha fémea € gerada de dvulos fecundados pelos zangées = ou seja, da combinagio dos cromossomos do macho e da fémea, A diferenga entre as abelhas operdrias © a abelha-rainha ndo surge na hora da reprodu- G40, mas mais tarde, no tipo de alimentagdo que as larvas recebem. Aquelas que tém uma dieta basica originam as abelhas operirias, respon- sdveis pela protegio e limpeza da colmeia, pela procura de alimentos pela preparagio dox favos. Para naseer uma abelha-rainha, a larva tem de receber uma dieta especial, mais rica = a geleia real. A abelha-rainha tem come tiniea fungao garantir a perpetuacio da colmeia, por meio da reprodugao. sw eamotccan ms v Genética | Aula 4: Biotecnologia OMUMINADD Ocamundongo ties fu A natureza modificada som croc o livro infantil A Reforma da Na- a, Mont como a boneca Emilia se poe a refazer 0 que ela considera “mal- feito” no mundo natural. Da lista de mira- bolantes criagdes constam moseas sem asas, uum porco magto e absboras que nascem emt jabuticabeiras. No fim, todas as reformas re- sultaram em problemas, No fundo, 0 livro, publicado pela primeira vez em 1939, crata do antigo desejo humano de alterar a natureza (edos problemas que isso pode acarrecar). Mas Lobato provavelmente no imaginou que sua narrativa contivesse a ideia bisiea do que hoje © homem faz por meio da biotecnologia Desde a descoberta da estrurura do DNA, nos anos 1950 (veja no capitulo 1), a aplicagio dos mecanismos da biologia molecular ja re- sultou num série de produtos e processos que fazem parte do cotidiano de qualquer const: dor. Dos laboratérins de bioteenologia saem para as farmacias medicamentos inteligentes. 5 hospitais aplicam terapias de ponta, que revolucionam o tratamento do cancer ou de problemas cardiacos. A agropecuiria conta tures iro Lobato conta aespéce de gua via que bia na euro com variedades de espécies animais e vegetais resistentes a doengas ¢ pragas, E a indis alimenticia apresenta guloseimas mais sabo- Fosas ¢ nutritivas, Mas, como costuma ocorrer com novidades teenoligicas, a biotecnoloyia levanta uma série de questionamentos e criti. €4s, tanto com relagdo & seguranga alimentar quanto a aspectos éticos, CALDO DE GENES. Uma das principsis poem dos transgénicos, ov orga mente modifieados (Oar) de qualquer especie que te dhzido ifiilmente Cone As possibldas Cruir uma hace as se di em torno ismos genetica- 10 organismos '™M, no gendtipo, um nentas da ‘ntistas manipulam odem, com isso, o imensas: os bidlog mente como eon: awe Teva um gene humane, uma planta que Sattega gene de un fungo ou lima rosa com genes de petiinia, Nao ¢ brines, Adeira de ciemtista maluco, nao, Milhoes de dd. lares so investidos nessas pesquisas para criar “organismos que produzam medicamentos, tor- ‘nem um alimento mais nutritivo ou acelerem o erescimento de uma plantacio. Entre 05 OGMs mais surpreendentes da en- genharia genética estio as bactérias, que produ- Zem proteinas essenciais para o corpo humano, como a insulina, Pessoas diabéticas tém proble- ma na produgio desse horménio, responsivel por fazer as células assimilar e utilizar a glicose existente no sangue em seu metabolismo. Dai a importincia de os cientistas terem descober- to como construir uma fabrica viva de insulina (voja 0 infogréfico abaixo). A polémica sobre os transgénicos passa, primei- ramente, pelosalimentos. Os criticos temem que no se conhecam as possiveis consequencias de longo prazo da ingestio de OGMs pelo homem Eles temem, também, que plantas geneticamente modificadas para resistic a uma pra transmi= tam essa informagao genctica a outras a0 redor da plantagio, ameagando a biodiversidade. GENOMA HUMANO As ferramentas moleculares da engenharia genética fazem mais do que construir OGMs. Com elas é possivel, ainda, sequeneiar 0 DNA de uma espécie - ou seja, descobriraordem em que se dispéem ao longo das hélices da molé- ula as bases nitrogenadas adenina, guanina, PUM) ‘Com genes humanos, uma bactéria produz 0 horménio indispensavel para o funcionamento das células, Gm-O-C ‘A. tesouraquinia ‘Aguas bacteria bm moldculs e ONA tnoladas em ars ilasmideos) ‘Um plasmid retrado da bata tem one! aberto parma enzima de estrio, que funciona como uma tesouraqulmica 2. als um na roda \sandoa mesma tescura quimic, ‘scertitasretiram de uma cul humana echo do DNAcomos enes ‘weCodicam aprodugiodeinslina Wear xanceat nero narnan citosina e timina (veja mais sobre as bases no capitulo 1). 0 sequenciamento de DNA tem ob- jetivos muito priticos. E o primeiro passo para identificar os genes responsiveis por determi- nadas caracteristicas de um organismo. Depois, para modificar ou aproveitar essas caracteristi= as, basta manipular os genes. ‘Ja se conhece a maioria dos cerca de 30 mi genes da espécie humana e boa parte das protei nas codificadas por eles, Até as muitas regides nio codificantes - os genes sileneiosos - im- portam, Os genes silenciosos nio se distribuem de maneira idéntica ao longo do DNA em todos os individuos. Ao contririo, cada pessoa tem uma assinatura tiniea, que pode ser usada em testes de DNA para identificar um individuo através do seu material genético, Com gotas de sangue ou de sémen, fios de cabelo ou pelos. a cigncia forense comprova se um suspelto este- ve no local do crime. Mais do que isso, como metade dessas regides é herdads do pai ¢ outra metade, da mie, € possivel identifiear os pai bioldgicos de qualquer pessoa (vefao infogrdfico na préxima pégina), ‘A decodifieagio do genoma humano nao é menos polémica do que os OGMs. Uma das preocupagdes, neste caso, ¢ com o direito & pri- vacidade de cada pessoa - e, portanto, 0 direito de nao informar a0 mundo seus tragos genét cos. Outra preocupagio & com o possivel mau 3. Passaanel ‘gene humano ett, ian ecaiadoro plasriden ay ‘abucttaeoanel, rovamenteechado, aaiso, os logos ‘sam otra ferramenta ddengenhala genta, ‘enalmalipse 4.come carimbos om oplasmidesrecebido devota 2 baténa (que agora ransztna) continua adupiaros Blasides, como antes Dsgereshumanos no Intrtecem em nada ono. pasmldeose replica Como ctpas pert do vigil, bacteria vansgia passa gear ‘vas bacteria agora oma capacdade de prod iaslina tmotocaam mo Uso das informagées genéticas de uma pessoa ‘oude um grupo delas, para efeito de discrimina- ‘sao. Teme-se, por exemplo, que um candidato ‘@.uma vaga de emprego nio consiga a posigio Porque seus genes apontam uma tendén desenvolver uma doenga, como cancer, CELULAS-TRONCO Abiotecnologia nao faz apenas a manipulagio de genes, mas também de eclulas-tronco, Essas células sto como curingas. Transferidas para 0 ‘meio de cultura adequado, podem crescer como células de qualquer tecido ou érgio. Existem trés tipos de células-tronco. As embrionarias, encontradas na fase de desenvolvimento doem- brid chamada blastocisto, Estas tém 0 maior potencial de transformagao (so pluripoten- tes). Existem células-tronco tambem no cordao umbilical, com um potencial menor, mas ainda muito grande. E ha por fim, as eéhulas de ceci- dos adultos, com eapacidade de se diferenciar em apenas alguns tipos de célula. Entre os tr8s tipos, as embrionirias sio as ideais, porque po- dem substituir qualquer tipo de célula de um tecido ou érgio doente ~ como os miiseulos POUT 4 aespecitz Clulastronca si2 culasande nto que nzodesensoheram cso que fad dels celles epee de coragtocu de polio atastocistoe 32s inoal so desenvainrneto tos mamieros itera inaterna emaveas célas and noe éietencam Na especie humana, oeméniose torna um bastoesto depois decincoou ses das cecontémcercade aactllsstoeco atingidos por um infarto. Mas aproveitar as ef. Iulas-tronco de um embrio exige um procedi. ‘mento que esbarra em questées éticas: a clona. ‘gem humana. Os cientistas tem, enti, buseadg novos meios de obter células pluripotentes de células-tronco adultas. CLONAGEM “Clonagem é 0 processo de reprodugio asse- xuada que gera individuos de genoma idéntico ao do pai. E um processo natural entre bactérias e plantas. Quando se reproduzem, as bactérias simplesmente se dividem e eriam dois clones. Na expécie humana, gémcos idénticos (univitelnos, {que apresentam 0 mesmo material genético por ser originarios de um mesmo zigoto) sio clones. A polémica em torno da clonagem tem a ver com a geragio do embrido de um ser humano ¢, principalmente, com 0 uso desse clone para aretirada de células-tronco, A ciéneia ja sabe como clonsar wm animal udulto, Uma das téeni cas utilizadas por cientistas € a transferéncia do nticleo de uma célula somatica, da qual se des- prezam 0 citoplasma e a membrana, para um Suulo da mesma especie, do qual se desprezao ‘Como sao feitos os testes que comprovam quem ¢ 0 pai biolégico de duas criancas sm crn.ocazn ‘A. sanguedo meu sangue? primeira passo€coletar amostassanquineas das iangas, da mdeedo suposto passe sangue serdoretadasceluls, como OWA naniiea 2. ONA despedacado Usandoaeminade resi, que funciona como ma tesoura gun, amoléiadoOWhde cata ua dasamostas cota ee tagmentos 3. corrida elétrica Os ragmentosstocoloados em pequenos buraquinhas emuma das extremidades de uma Itmina de ge. ss el recebe entdo, uma corente cetica que impusina os pedagosde DNA numa wy espéclede comida 4. Ni éo papal ‘Avelcidade de cada fragmento depende de seu tamanho: ‘os menores do mas ripdos. A ordem de chegada dos genes e cada amostaficaregistrada em bandas Ale sOcomparat as bandas das amostras identifica as coincidéncias entrea banda das criancas ea do suposto pai KE PAL FILHOL FILHO? Amieeopaivansmiten —fstaciaya _Asbandas Sth deseugenes(atnaroy —temtands deste ‘lencioios)acadaumdos coincident einidemco™ ‘hos Assimamateiial —gamas— as damit a3 fenttiodelesdeve rarer tandasde doom asd lwechoscolncidentes coms paiedamae supste pat dois progentres lendodops! biolgco i Peitesinatvas da mae (ites inatvas do suposto pai [i Petites natives nem da mae nem do supato pl PEGA an ‘4s células-tronco pluripotentes podem ser obtidas de embrides ou de eélulastronco adultas 1. comensnioes Basstoretradasce ebntescongeasosna ‘etipodebastaosta (duas semanas erpoisda eorcepdo,quaade sia um aglomerade de roa ctulas) Aida experimental (Ulla trone cembriondras emculeet Nice clr pede CLD Fat blastocisto (cerca, eee deserts ia cits toca indilerendadas icleo. © resultado é uma eélula com citoplas ma de évulo e micleo de celula diploide, que poder se desenvolver em um embriao que seri implantado em aim tero de aluguel. Foi assim quea ovelha Dolly, o primeiro clone de mamife- ro, foi criada, em 1989 (veto quadro abaixo) ‘A clonagem que dew erigem 4 Dolly € cha- mada clonagem reprodutiva ~ aquela em que a c¥lula manipulada é implantada no utero de uma fémea. A produgie de eélulas-tronco em laboratorio emprega outro tipo de clonagem ~ a clonagem terapéutiea. Nela. 0 dvulo no ¢ implantado no dtero, para se transformar num nove individuo, mas se desenvolve numa cultu- (ee Dolly (1996-2003) Aoveiha inglesa Dolly fol o primeira mamitero ase clonago de uma célula somatic adult embnologista esceces lan Yalimut retiou © ndcleo de uma celuia da glardula mamaria de uma ovelna @inserv como nucleo do duula e outia ovetha 0 zigoto fo implantado ‘Messe segundo animal para se desenvolver, Aovelhinna nasceu normal Mas morreu cedo, 2056 anes de dade, com problemas nos pulmoes e artite No berate ruplin e procure oistipes deca: ‘dilas once plurpotetes cue potersetranstermat 3¢0cor90 ao, oo, mas, et) 2. COM CELULASTRONCOADULTAS. a vos métodos em deservalvimento para aediertodecdulastroncorepogramadas. ‘Usase9 material genetco de um doador ‘ransertacianlear nu svdtulo por ou uma cesta agula dacdlla aula +a, Depois de cinco ou seis dias, o embriio entra na fase de blastocisto. E é entao que os cientistas retiram as células-tronco para cultivé-las como células especificas deste ou daquele tecido, POLEMICA ‘A clonagem de qualquer tipo ~ reprodutiva ou terapéutica - & assunto polémico. A repro- dutiva assusta porque traz embutida a ideia de que seja possivel manipular os genes, gerando seres humanos “sob encomenda". Ja a oposigio i clonagem terapéutica é mais forte nos meios religiosos, que nio admit mamanipulagio nem a destruigao de um embrio, mesmo em sua fase inicial de desenvolvimento, para retirada de células-tronco. Para os religiosos, ainda que as células nao tenham se especializado, o embrido jd constitui uma pessoa, um ser humano, E des- truf-lo seria assassinato, ‘Mas essa polémiea pode logo chegar ao fim. Equipes de cientistas tém anunciado a obten- gio de células-tronco com a potencialidade das embrionirias sem precisar de embrides. O segredo esti em reprogramar células adultas com a introdugio de caracteristieas embrioni- rias em seu micleo. J foram produzidas cepas dessas células-tronco induzidas paraestudodo ‘tratamenta de males como distrofia muscular e sindrome de Down (veja 0 infogrifico acima), Transferdacia genta Osretovns ansportame nserem |quatogenes que apagam a memésia oador Genes WI centica | Exercicios e Resumo Como cai no vestibular Unicamp 2022 (adaptada) A anemia falciforme é uma doenca genética autossémica recessiva, caracterizada Pela presenca de hemacias em forma de foice edeficién- clano transporte de gases. 0 aleloresponsével por essa condi¢do € ODS, que codifica a forma s da globina f. Sabe-se que os indi- viduos heterozigotos para.a HbS nio tm os sintomas da anemia falcitorme e apresentam uma chance 76% maior de sobreviver 4 malaria do que 0s individuos homezigotos para o alelo normal da globina ( (alelo HbA). Algumas regides da Africa apresentam alta prevaléncia de malariae acredita-se que essacondicaotenha influenciado a frequéncia do alelo HbS nessas dreas, a) O que ocorre com a frequéncia doalelo HbS nas Areas com alta Incidéncia de malaria? Por qué? by O heredograma abaixo se refere a uma familia com um caso de anemia falcitorme. Qual éa probabilidadede o casalemquestao terum filho ou um filha com anemia falciforme? Explique. LhH-O Respostas ‘Vamos, primeiro, os dados apresentados no enunciado + Aanemla uma doenca genética determinada por um alelo mutante recessive que codifica a producdo de hemacias defeituosas. + Quem é heterozigoto para a HDS (ou seja, aqueles que tem um par de alelos diferentes para a mesma caracteristica) ndo tem 08 sintomas da anemia falciforme. + Esses heterozigotos apresentam, ainda, uma vantagem: tm chance 76% maior de sobreviver a malaria do que os Individuos homozigotos para alelo normal da globina (aleto HbA) Entio: + 05 individuos homozigotos apresentam os alelos HbS bs. + Eos heterozigotos tém os alelos HDA HBS. + Oalelo HDS ¢ recessivo. Portanto, para transmitira ‘caracteristica (anemia falciforme) tem de ocorrer duas vezes no par de genes. Sé pessoas com os alelos HbS HUS desenvolvem adoenga, i cxatocazu + Os heterozigotos HbA HbS ndo desenvolvem a anemia falitorme, mas tm o gene mutante que produz hemactas deleituosas£ esse gene pode se transmitida a seus descendentes. a) A primeira pergunta érelativa a frequéncia com queo gene mutante (Hbs} deve aparecer nas populagdes que Vivem em locais de alta incidancia de malaria. Lembrando {qué 0s individuos heterozigotos [HbA HbS) produzem tanto hemacias normais quanto defeituosas, e que esses individuos sobrevivem a malaria, raciocinamos: + Essa vantagem adaptativa (que aumenta as probabilidades de sobrevivéncia) aumenta, também, o nimero de individuos hheterozigotos (HbA HbS} * Quanto mais individuos sobrevivem & malaria, mais chegam & dade de reproducao, + Endo, ondmero de individuos que t@mo gene mutante o alelo Hos) tende acrescer, eo HDS serd transmitido a cada geragdo, + Entdo, no decorrer do tempo, a frequéncia com que oalelo HbS aparecera nesses locais vai crescer. b)A segunda pergunta faz referéncia ao resultado de um ruzamento Considere oalelo HbA, que determina a produggo armal de globina,¢ alelo Hbs, determinante da globina defeituosa. 0 casamento representad na drvore genealdgica mostra que ocasal nio manifesta a anemia falciforme. Mas ees devem ter 0 allo defeltuoso (HS), j4 que nasceu um filho com anemia falciforme. O raciocinio ¢ feito a partir desse filho. HO soudod Filho comanemia, Adoenga sb se manfestaemquemten ‘x dois genes recess defeltuoey, fEnua ete hoe HOS Hts 2.Filhos semanemia tes ines nde desenvoivem anena falter. Mas podem cartearo gene eleuso tes podem se enda, HOA HoAou HbA HS 3. Pals portadores do gene faraqueum fh nasa omergaa Hs, pals eve apesentar teeta Prete lta omen ambos devern ser heterazigotos HbA Hbs beaten et Para calculara probabilidade de o casal ter algum descendente com anemia falciforme, basta fazer as combinagBes posstvels entre os genes dos pais: (Ha dopal ts pa ‘HbAda mie HDAHDA ‘HDA HDS: 7 Wosdamie | Wbabs Resposta: De cada quatro filhos do casal, um pode desenvolver anemia falciforme. Ou seja, o casal tem 25% de probabilldade de gerar um filho ou uma filha com a doenga. Enem 2032 Um Instituto de pesquisa norte-americano ivulgou recentemente ter criado uma “célula sintétt ca", uma bactéria chamada de Mycoplasma mycoides, Os pesquisadores montaram uma sequéncia de nucleotideos, que formam 0 nico cromossomo dessa bacteria, o qual foi introdu- zido em outta espécie de bactéria, a Mycoplasma capricolum, ‘Ap6s a introduc3o, 0 cromossomo da M. capricolum foi neutral 2ado e 0 cromossomo artificial da M., mycoides comecou a geren clara célula, produzindo suas protefnas. A importancia dessa inovacdo tecnoldgica para a comunidade clentifica se deve &: a) possibilidade de sequenciar os genomas de bactérias para se rem usados coma receptoras de cromossomos artificiais b) capacidade de criagao, pela cigncia, de novas formas de vida, utilizando substanclas como carboidratos e lipideos «) possibilidade de producao em massa da bactéria Mycoplasma ‘capricolum para sua distribuigdo em ambientes naturais, 4) possibilidade de programar geneticamente microrganismos ou sseres mais complexos para produzir medicamentos, vacinas € combustiveis. ¢) capacidade da bactéria Mycoplasma capricolum de expressar suas proteinas na bactéria sintética e estas serem usadas na industria Respostas técnica de introduzir em uma célula bacteriana uma molécula, de DNA sintetizada em laboratorio e conseguir que esse novo material genético seja expresso por uma bactéria modificada permite aos cientistas a programasao das atividades metabdlicas de uma bacteria Dessa forma, ¢ possivel introduzir numa bactéria genes responsdveis pela produce de substancias iteis ae homem, ‘como medicamentos, vacinas ou combustlveis, e fazer com que la produza essas substancias em grandes quantidades, em ‘condigdes ideals de cutive. ‘Alternativa corrata: d Isto é essencial © LEIS DE MENDEL Pela primeiralel,daSegregagio, cada caracterlstica ¢ definida por um par de “fatores”, cada um deles recebido de um gameta.A segundalle’, da, Segregasio Independente, diz que os fatores quedeter- rminam as garacteristicas se separam e se combinam a0 _3caso, na formagio de um gameta © DOMINANTES E RECESSIVOS Um genedominante manifesta um fendtipo, eja qual for seu alelo. Um gene tecessivo sé se manifesta como fendtipose tiver um alelo também recessivo Alelos sio.0 par de genes localizados rnamesma regiao de cromossomos homélogos, que deter: ‘ina uma mesma caracteristica. Acodomindnclaocorre quando 0s genes alelos so igualmente dominantes e, portanto, padem se combinar num terceiro fendtipo. © SISTEMA ANO (TIPAGEM SANGUINEA) te | | Ahnogiio (antigeno) A 8 ‘AeB | Nenhum Vagetnin luina antiae faci Tag | aia. | nemnum | AMA Doadore | Recebe | Recebe | Receptor | Doador receptor | Aed | BeO | universal | universal Gendtipo uri} 0 i © FATOR RH Pessoas Rh-, que nao tém oantigeno Rh, podem desenvolver os anticorpos anti-Rh se entrarem, tem contato com sangue Rh+. Os genétipos para Rhe s80, RR ou Rr, Para Rh=, er © HERANGA PELOS CROMOSSOMOS SEXUAIS Pode ser heranga restrita a0 sexo, transmitida apenas pelo cromassomo ¥ (do pai) para ilhos do sexo masculi ‘no, Ouheranga igada ao sexo, transmitida por genes da tegide do cromassomo x (do pal ou damae) que nao tem correspondente no cromossomo ¥ (regio niohoméloga) Essaheranga¢ transmitida afilhos de qualquer sexo, mas a probabilidade de afetar os homens ¢ bem maior. © BIOTECNOLOGIA Clonagem é 0 processo de re- produgdo assexuada que gera individuos de genoma identico ao do pai, Transgénicos so organismos que tm seu material genético moditicado. Células-tronco sdoaquelas ndo especializadas. As pluripotentes podem se desenvalver em qualquer tipo de tecido ou orgie. se exec 52 Evolugdo Mais um elo perdido? Os fésseis de ancestrais do homem Moderno mostram como a evolucdo avang¢a por caminhos tortuosos Gelo, e intriga os pesquisad i Facteristicas anatOmicas daqueles {6ss, rad tragos proprios dos hom x a0s do homem moderno, H Naescala de tempoda evoluca sadomuitorecente e ‘sapiens ten do em algum momento entre x satrasivel na pg 54) Entao, quem seriam ac sch deriam ser umaespecie d Uma subespécie do Ho caracteristicas pro mento do sapiens com outta Quebra-cabecas como esse nao sao raros na paleoantro pologia. Em 2003, foram descobertos outros fosse se encaixam com facilidade no m al da ev mana. 0 Homo floresiensis, encontrado naiha de Flores, na Indonésia, viveu ha 13 mil anos e usava ferramentas de pedra, ‘mas, como os chineses, tinha o corpo de um hominideo. 0 proprio homem de Neandertal, que habitou a Europa até 30 mil anos atras ~ seria ele uma espécie distinta da nossa, ou uma subespécie do sapiens? A dificuldade em decitrar esses mistérios esta no fato de que a evolucdo nao segue caminho retilineo de uma espécie a outra. Ao contrario, esparrama: ‘Se como os ramos de uma arvore: alguns seguem brotando, ‘outros morrem e outros, ainda, se combinam. Nozigue-zague evolutivo, ochamado “elo perdido” é sé metafora. ISTO £ ASSUNTO DE EVOLUCAO *Histériada vida 56 + Origem da vida 56 +Lamarcke Darwin = 58 + Neodarwinismo, piled 5s + Exercicios e resumo...... 64 Pere netic { Evolugdo | Aula: Historia da vida 0 povoamento da Terra No inicio, o planeta nao passava de uma esfera indspita, de temperatura infernal e atmosfera Pobre em oxigénio e gas carbénico. ‘0s poucos, moléculas orgdnicas se organizaram em cadeias de aminoacidos, que se combinaram nos primeiros organisms Nos bithdes de anos seguintes, a evolucdo foi marcada por uma série de eventos que culminaram na biodiversidade existente hoje Cass bilhGes de anos Os aminacidosassumem a forma - le minsculs backs, composts de ua ica ula procritca, que no tem um nieojslandoo = material genético. Essas primeiras formas vida tim metatolisno six muito simples bem eetgia a 4,6 bilhGes deanos absorvendo moléculas oganicas ATerra surgiu com o sistema solar. ‘e degradando-as por fermentacio Por centenas de milhdes de anos Ficousob intenso bombardiode meteors. ocean era esaldantee aatmosfera, pobre em engtnio 43 bilhdes deanos Ascianobactérascomecam a fazera fotossatese Par esse process elas absorvemo didxdodecarbono lterado plas baceias fermentadoraseiberam oxigen. Lentamente,aatmosera vai se ertiquecendo de oxigtnio,Formase acamada de oxinio, que protege o planetad2radiagdo mals naciva do Sol Surgem os prmeirosorgansmes a fazer respiracao aerédica, que rende mals energa que afermentaggo een oe Sen fe Cr) deans Ha Cen pees ene am re semrepenrennennt frevrepierennet oh Le ; ee ey mm RE HOSE ri ee te terrestres Ha 370 milhdes de ene per ; a iat b Us CTE ts ciety EL cant Oe at een Soe Ce ee Cece ie nes 42 bilhGes de anos Com mais energia disponivel, soba protecio da camada de oxbnio, esenvalvem se 0s primeiros seresunicelulares ‘eucatlontes,com sicleo definido e diversas organelas especializadas no citoplasma [een od inet Su or cnn Cece rere ent uo) ects ee ree Ha1 bilhio de anos (s seres unicellares se combinam e dio origem aos primeiros multiclulares,que sho ainda simples demas para see classiiados no reino animal. Os primeiros animals ~ invertebrados marinhos,como Aguas vives -levaiam outros eo milhdes de anos para surgit [ree UC Preto scic eet een ea coe oe SeaTerrativesse surgldo hd uma semana ‘0Homo saplens teria apareciéo ha 13 segundos [eee Ed atras ate hoje ret ard PCr Pro nent Pee, Pecans) FERNON RRA NO ini, o plantatinha a superfiicobeta po gos sulursos, de alta te ur comb estes, do Parque Nacional de Yellowstone, ras Estados Unidos Os possiveis caminhos da vida $6 metnotocure a sido colonizada porextra- terrestres? 4 ideia pode pa tasiosa, mas no & sem fundamento, A teoria da exogénese afirma que 0s primeiros compostos orginicos teriam chegado aqui por acidente,embarcadosem cometasoume- teoritos. Aluns, encontrados no século XX, can- tém uracila, uma das bases do RNA, fundamental para a vida na Terra. Enere os defensores dessa tworia esti Francis Crick, um dos descobridares dda estrunura da molécula de DNA. Mas as especulagies sobre 2s origens da vida jo muito mais antigas que ateoria da eriaaT veer fan- nna Terra ‘AVIDAVEM DAVIDA sxogénese. Ha milénios, pen: tas desenvolvem hipatesese tear acordo com 0 conhecimento cient: ideias vigentes em sua época ores e cientis- ias, sempre de icoecomas ABIOGENESE E BIOGENESE Noséculo IV aC., Arist6teles falava na “pneu ma" ~ um tipo de matéria divina, um sopro vital Entre os animais uperiores, osoprovital passaria Para os descendentes por meio da reprodugdo, ‘masanimais mais simples, como insetos, enguias € ostras, apareciam de forma espontinea, Nao precisavam da “semente" de outro ser vivo, Essa Oexperimento que mostrou, no século XVI, que os organismos nascem de outros organismos (© 0 eliano Francesca Re preparou diversos rascoscom pedagos de carne. ‘Alguns permaneceram abertos e outros, fechados por uma gaze {© Depols de algum tempo. a came dos tacos abertos foi ‘ecoberta de moss Nos fechados os insets nfo apreceram Porque as moscasndo conseguiram depesitat vos Red con ‘pedacode came Ger inanimado)ndo gra sinh, secs vires a ‘eoncepgio é conhecida como geragio ‘espontinea, ov abiogénese, e, segun- doela,a vida poderia surgir espontanea- mente da matéria inanimada, desde que houvesse ar. As moseas, por exemplo, nasceriam da carne em decomposigio. Ahipdtese da geraciio espontinea foi refutada no século XVII por Francesco 1626-1697). Ele colocou pedagos de carne em diversos potes de vidro, deixando alguns abertas ¢ outros cober- tospor gaze, As larvas das moseas surgi ram apenas nos frascos abertos, porque, claro, sema gaze, as moscas puderam, depositar ovos sobre a carne. Generali- zando suas observagoes, Redi afirmou que um ser vivo sempre vem de outro ser vivo, tese chamacla biogénese. Posteriormente, a biogénese foi con- firmada pelos experimentos do fran Louis Pasteur (1822-1895). Porém,elenio soubeexplicara primeira vida. Segundoo ‘pensamento vigente aquela época, 0 ser vivo primordial sé poderia espontanea seria valida para a primi para diante, s6 a reproduga . ‘Na primeira metade do século passa- do, imagina meiras for- mas de vida eram autdtrofas - ou seja, capazes de produzir o préprio alimento (moléculas orginicas), como fazem os seres fotossintetizantes (veja 0 capitulo 5). Mas essa teoria autotrdfica esta de- sacreditada: organismosque fabricam a propria comida sio muito complexos, ¢ parece implausivel que elestenham sido ‘0 primeiros organismes do planeta. SOPA PRIMORDIAL Na década de 1920, os cientistas Alek- sandr Oparin (1894-1980) ¢ Jon Halda~ ne (1892-1964) apresentaram uma ideia nova: a vida teria seguido uma evolugdo como a proposta por Charles Dar Tenta e gradual, partindo do mais sim- ples para o mais complexo. A proposta Oparin-Haldane é que aminoscidos - 08 ‘compostos bisicos da vida ~ e outras moléculas organicas teriam surgido na atmosfera da Terra primitiva,ricaem va~ por dedigua, amdnia (NH, ),metano(CH,) ehidrogénio (H,), bombardeada pela ra~ diagdo solar ultravioleta (UV) doSole por descargas elétricas, Ou seja, aabjogénese teriaocorrido uma vez-apenas na histéria do planeta, no inicio de tudo. yeni clssoarve A hipétese foi testada nos anos 50 por Stanley Miller (1930-2007), que bombardeou uma “sopa primordial” de gua, aménia, metano e hidrogé raios UV e descargas de eletri ideia foi confirmada e ganhou formato de teoria (veja a0 lado). SURGE 0 OXIGENIO Os primeiros seres vivos habitavam um ambiente aquitico, rico em subs- ‘incias nutritivas, numa atmosfera e ‘num oceano ainda sem oxi gis carbénico, Sema CO, é fazer a fotossintese, e,sem sivel fazer respiragao aerdbica. Assim, a energia tinha de ser obtida por meio da fermentagio. Um dos tipos mais co- muns de fermentagio€ a alcodlica, que produ alcool etilico e CO, egeraener- gia, que poderia ser aproveitada pelas ccélulas, para seu metabolismo, Esta 6a teoria heterotréfiea Osorganismos primitives comegaram ‘a aumentar em mimero,¢ as condigies climéticas da Terra foram se alterando: io chovia mais nutrientes. 4 popule- ¢io de individuos nos mares passou a competir pelo estoque limitado de ali- ‘mento, Ao mesmo tempo, acumulou-se CO, noambiente. Deram-se bem 08 or- anismos que desenvolveram a capa dade de captar luz solar com 0 auxilio de pigmentos, como a clorofila,esinte- tizar os proprios alimentos orginicos, a partir de Jgua e gis carbonico ~ 0s primeiros seres autétrofos, Porque nao competiam com os heterdtrofes, esses organismos se multiplicaram muito, Foram os primeiros seres fotossinte- tizantes que modificaram a com dda atmosfera da Terra, introdu oxigénio, Com esse gis, dese! ram-se organismos que faziam reagdes, metabolieas complexas ~ 03 primeiros eres aerébios, aqueles que passaram a obter energia do oxigénio, Por meio da respiracio, o alimento, especialmente co agtiear glicose, ¢ degradado em gis carbonico e gua, liberando muito mais nergia para a realizagao das fungoes is do que na fermentagio. "A fermentagio, a fotossintese e arespi- ago ocorrem até hoje nos organismos da Terra, Todos os organismos respiram ce/ou fermentam, ¢ alguns respiram ¢ fa- ‘zem forossintese (veja no capitulo 5). Ene oes { -—auNoACIOOS VAPOR DEAGUA © Ha, bilhdesde i anos, a atmostera METANO —eaTeranio © AMONIA ‘continha oxigenion © fadiago vedas 1 | eltcaseotinaanos composts da amosferaem 7 | compostosorgnicos CO nlgnsdeses compostseram aminokcidos- 0s tjolsfundamertas vida © Achuvaatrastouds aminodadosparao solo ‘eas mares ondeelesse conbinaamom cuts substncias © Osaminotcdos foramse agrupando j emmolaiasée CCOACERVADOS | protelnas.Surgiam outasmeléulas oednias, capazes deeper na Inferagbes {© Moltcuasde lipides islaamasmoléuls cvefnicasda dga Sugar asprmeirascéllas oO Asprotelnas passramacatalsar Feagtesquimias. sugiamasencimas, (que dioinioan ‘metabolism com base a ermentagio PRIMITIVAS ss cenio.ocwneN 57 FENADAS Para Lamarch, os arabs deserwolveram asantensporqu, noes de pecederammundo sua volt, concentraram Mies nervosasa eabega Como os seres vivos evoluem? teorasfistas Apatnraerotugia Som ceo & eriam os seres vivos surgide com a complexidade que apresentam hoje, ou teriam eles se transformade no decorrer do tempo? Durante milé turalistas debateram esse nios, flbsofos e tera Alguns flésafosigrégus athavamiquetos organismos se modificavam. No século V ac. Anaximanilro ji dizia que todos os bichos se desenvolveram na agua e foram para a terra uum dia. Mas Aristételes e Platio acreditavam nna imutabilidade das formas de vida. A ideia de que todos os animais e todas as plantas haviam surgido ji prontos predominou durante Idade Média. Aquela época. a filosofia crist§ afirmava ‘que Deus criara todos os seres vivos, assim como eles eram, para povoar o Jardim do Eden. As teorias is/-s. predominaram até que, no século XVIII, a grande quantidade encontrada de fosseis mostrou que os animais antigos eram muito diferentes dos modernos. As primeiras ideias transformistas continuaram como me- rasespeculagdes filoséficas. Atéque, no inicio do século XIX, 0 naturalista francés Jean-Baptiste Lamarck (vaja 0 quadro na pag: ao lado) props formalmente wma teoria da evan. B, anos ‘mais tarde, o inglés Charles Darwin apresentou a teoria em que se baseia toda a biologia atual, LAMARCKISMO A teoria que Lamarck publicou em 1809 é ba- seada em dois postulados, que serviram de base para 0 trabalho de Charles Danw tarde. Sio cles © Leido uso e desuso: um érgio se desenvol- ve se é muito usado, e se atrofia e acaba de- ndo se pouco utilizado; © Heranga dos caracteres adquiridos:as.ca- racteristicas desenvolvidas por um ser vivo ‘no decorrer de sua existéncia sio transmiti- das a seus descendentes, Lamarck nao estava completamente errado nas duas ideias. De fato, um individuo pode enfragque. cere seus miisculos atrofiar se nio fizer exercivios £08 sedentirios sabem disso, Sew erro foi supor {que essas eram leis que expli {30 de todos os ong da vida na Terra, e que sua agdo era imediata, de uma geragio a outra, Ele nio reconheceu a pres. sio que o meio ambiente exerce sobre as cope. cies, a0 facilitar ou dfcultar a vida de quem tem esta ou aquela caracteristica Para Lamarck, da mesmo modo como un ove se desenvolve em embrido, depois em feto ¢, por fim, em organismo pronto, as espécies também se desenvolveram, por geragdes a fio, de uma estrus anos mais ura mais simples para outras mais complexas, E os agentes dessas mudangas seriam os habitos e as circunstancias da vida desse organismo, Assim, 08 primeiros gastrdpodes (como 0s ca- Facdis) teriam surgido sem antenas. Mas a ne cessidade de perceber os objetos a sua volta teria levado esses animais a “concentrar fluidos ner- vosos" na regido anterior do corpo. Esses fluidos estimulariam a formagio de novas estrucuras, tecidos ¢ érgios, que seriam transmitidos as ge- rages posteriores, Lamarck acreditava, também, que o meio am- biente induziaa essas modificagées. E aqui vemo velhoexemplo dagirafa: os primeiros exemplares desse animal teriam nascido com pescogo curvo. Essa parte do corpo s6 foi se esticando porque ela precisava alcangaras folhas do alto das érvores. E cada individuo que tinha o pescogo mais compri do porque o tinha esticado muito durante a vida gerava todos os filhotes também com o pescoco comprido (weja abaixo). DARWINISMO ‘No mesmo ano em que Lamarck publicou suas ideias, nascia o inglés Charles Darwin, Filho de um médico bem-sucedido, vivia numa casa de campo, no interior da Inglaterra, e desenvolvew grande habilidade em observar organismosda na- tureza - particularmente minhocas. Tentouame- dicina eno deu certo, Com muito custo, formou se em teologia, para se tornar um clérigo. Mas fot uma viagem de cinco anos que definiu o futuro do jovem. Em 1831, Danvin embarcou no Beagle, um navio enviado pela Coroabritinica para atualizar (0s mapas das costas da América do Sul, Afriea e Australia. A funcao do jovem: observar e coletar amostras de seres vivos desses lugares. Danvin estava bem a par de algumas das mo- demas teorias de sua época, Conhecia as ideias do gedlogo Charles Lyell (1797-1875), segundo as quais 0 planeta era constante e lentamente re- modelado por forcas poderasas, como vuledes & terremotos. Conhecia, tambéin, as observagdes feitas pelo naturalista alemao. Alexander von Humboldt. que viajara pela América Latina. Por fim, Darv dos estudos em demografia de Fisomats (1766-1834), segundo 0s quais ‘© meio ambiente oferecia poucos recursos de sobrevivéncia em rela a vivos que nasciam, Foi com base nessts ieins, snsa quantidade de material coletado durante os cinco anos de navegagao, que 0 jovem expedicionista desenvolven a teoria da evolugao das espécies pela selegio natural lade de seres LUTA PELA SOBREVIVENCIA A teoria de Darwin ¢ explicada em Sobre a Origen das Espécies, publicada em: 1859, Apesat do titulo, o naturalista inglés nao explica como surgiram as primeiras espéeivs do planeta, mas como as diferentes espécies se definem, Darwin baseia-se muito no que ele observou durante a viagem no Beagle, mas parte do co- nnhecimento que ele tinha sobre a eriagao de animais. Ele observou que, dadas condigées todos 03 animais em cativeiro sobrevi- Te Entendaa diferenca entre alel do uso e desuso ea selecio natural PARA LAMARCK © originalmente, asgialastoham escogocurto © Paraaleangaras folhas masala, elasloramespichando ‘opescoo, cadaver mals © Acada gracias, iafasnasciamcamo pescogo mais compro Aevolugo fo ditada or um hibita de vida dos seresvivos,quefol Aeterminado pele ambiente ren sensovaenarer anno earson HED DARWIN © Asprafasnioeram todas iguas Alumas nasciamcom pescooocompride, ova, comelemaiscuta Ase pesococampridaconseguiam sealimentarmelhor ‘© Alimentandose melhor, as depescococomprido sobreviiamatéa idadede ‘eprodugio. Eentreseus fbotesalgunstambérm tinham pescoco compro © cada gerago,cesca onimerade gealas de pescoo comprido ambiente apenas favoreceu tum doscamiahosposhels 4a evolugo,selecionando enanderstia Ede atathusardesa 1 populces 5520 Jean-Baptiste Lamarck (2744-1829) fates ee dee estudeds sees, Lanark lisldadoe banc Eswzou gata anos de media mat sealouse entueandod suapanio, abot. Toierineio organist ua earn cealconita court Al dagedtin der eran canideresadquirdosnio fansntid-a moka de OWN oped ser aqueianente tera por haiosde vida. entarto, sate sequen genttead suitomas do que simples teasissoe genes Em afgumosstugSesepeis, os gees podem tase slay mssemanfestar de ime ileents,colone presses doambiemeoudo Comportanentotanack lol deiivamente desea. cxmovocias m3 x Evolugéo | Aula 3: Lamarck e Darwin ‘SOLADOS UNICOS (Oisolamento peogtdtico Tevou a0 aparecimentade especies encusvasnasithas oniquiptago das Galspagos, como estaiguanatrcestie Om aeons @ vem. Mas 0 criador pode selecionar individuos comas caracteristicas que mais Ihe interessam, para se reproduzir, Foi assim que se criaram as diferentes racas (subespécies) de galinhas, pombos e porcos. Se o homem é capaz de fazer essa selecio artificial, entio a natureza deve fa- zer a propria selesio natural. Em resumo, pelo danwinismo, os seres vivos se desenvolver com base na: © Variagio: os individuos nao nascem todos Jguais, ainda que descendam dos mesmos pais. Adaptagio: as diferengas entre os individuos de uma geracio interferem nas suas chances de sobrevivéncia, Quanto mais adaptado a0 meio ambiente, maiores sio as chances que um ser vivo tem de sobreviver. © Selegio natural:a propria natureza se encar- rega de selecionar os individuos mais aptos: 86 vencem os desafios ambientais (escapar de predadores, encontrar alimento, resistir a alteragdes climaticas) os que naseem m bem preparsdos. Os demais so eliminados. © Descendéncia: vivos bem adaptados que sobrevivem transe imitem as novas geragdes suas caracteristicas favoriveis. Com o tempo, todos os individuos da espécie apresentam essas caracteristicas, © Longo prazo: a selegio natural nao ocorre de uma geragio para outra,.masao longo de muitas ddelas.O proprio meio ambiente pode se alterar (com longos periodos de seca ou de fro, por exemplo), passando a exigir novas adapragiies dos onganismos para que eles sobrevivam Darwin observou que as earacteristicas dos in- dividuosadaptadoseram transmitidasa seus des cendentes, mas nao soube dizer como isso ocorre. Gregor Mendel estava ainda desenvolvendo seus experimentos de hereditariedade com ervilhas, ‘quesé seriam publicadosem 1865 e efetivamente conhecidos ne inicio do século XX. 10 se reproduzirem, os seres (IMIS) OS TENTILHOES . Uma das etapas mais produtivas da viagem de Charles Darwin - a0 menos para a teoria evolucionista ~ foi a passagem pelo Arquipé- lago das Gakipagos, no meio do Oceano Paci fico, Ali, 0 naturalista inglés observou um fato inicialmente sem explicagao: todas as ilhas do arquipélago eram habitadas por pissaros cha- mados tentilhies (uma ave do grupo dos tis). ‘Mas tentilhdes de ilhas diferentes tinham ¢ habitos de vida diferentes e viviam em hal tats distinfos. Alguns tinham bico rombudo € muito forte, Outros, bico fino e pontuda. O que teria originado essa diversidade? Darwin deduziu que: © Todas as espécies de tentilhées do arqui- pélago eram descendentes de uma tiniea especie, provavelmente vinda do conti- nente americano, © Disolamento geogrifico do arquipélago for- ‘gow os pissaros migrantes a eruzar s6 entre si. Assim, cles transmitiram a seus descen- dentes caraeteristicas proprias. © 0 isolamento em diferentes ilhas também agiu como forga evolutiva: no decorrer de geracdes, a selegdo natural favoreceu os pissaros que tinham o bica mais adequa- do 20 alimento disponivel no ecossistema de cada itha, © Assim, em algumas ilhas, sobreviviam me- thor os pissaras com bicos fortes, eapazes de quebrar nozes. Em outras, aqueles de bicos menores, mais adaptados a comer frutas e pequenos insetos (veja abaixo). No decorrer de milhées de anos, os tenti- Ihdes foram se diferenciando, até que se sepa- raram completamente emi 13 espécies distintas. Eoque se chama proceso de especiagio, Hoje se sabe que a espe 0 pode seguir diversos caminhos (veja a Aula 4 deste capitulo). Darwin notou que os tentilhdes das Galapagos apresentavam diferentes tipos de bico Geospiza magnirostris Geospina forts Certidhea olivacea spi provavelmente extn, nha obica Natural de ress tropicals do Vive nas orestas do mais ebustodetodose viva em zonas Arquipelago das Galipagos este arqupéiagoetem o bicofno semiidasdaihas onde oaimento mais {eno usa ico para quebrar te comprio, ideal paracatar abundante era serentes ras sementes pequenase macs pequenosinsetos by { Evolugdo | Aula 4: Neodarwinismo A evolucgdo de uma ideia teoria da selegio natural - prinei- palmente sua aplicagio a evalugio humana causou furor na socieda- de inglesa vitoriana, A ideia de que todos os seres vivos teriam surgide de um tnico ancestral comum, nos primérdios da historia da Terra, desencadeou uma série de debates & rendeu criticas, sitiras e charges nos jornais. Foi um escindalo numa sociedade imperialista, de rigida divisio em classes sociais, que valori- zava a superioridade curopeia sobre os povos colonizados ¢ os preceitos religiosos, fixistas, por principio. Entre 18! (data de morte de Darwin) ¢ 1930, ateoriada selego natural passou por maus mo- mentos entre os bidlogos. O naturalista inglés no apresentara nenhuma explicacio para 0 modo como as earacteristieas de um organismo eram transmitidas para as geragées seguintes. Nem ele ~ nem ninguém 4 sua época - tinha tomado conhecimento do trabalho de Gregor Mendel. Até que, em 1942, conhecedor das er- vilhas mendelianas, o bidlogo também inglés Julian Huxley (1887-1975) incorporou i teoria darwiniana o papel dos genes, Nasceu. assim, 0 neodarwinismo. ou teoria sintética. Hoje, a teoria de Darwin ha muito nao é encarada como especulagio. E um sistema ordenado de ideias, {que passaram por diversos testes ¢ confront ges com a realidade (como o estudo de fosseis) € tudo indica que ela se confirma. GENES E MUTACOES ‘As duas alteragdes mais importantes no dar- winismo vieram diretamente de Mendel: 2 heranga de um individuo nao vem do sangue, como acreditava Darwin, mas do que o monge austriaco chamou de fatores transmitidos pelos pais ~ que hoje chamamos genes. E a evolugdo das espécies ndo depende somente da selegao natural, mas ¢ influenciada, também, por alte- rages na estrutura bioquimica dos genes - ou nuns ewanaunerige are seja, mudangas na sequéneia de bases nitro- genadas. Essas alteragbes podem ocorrer por problemas na duplicagdo do DNA ou serem in- duzidas por forgas externas (ambientais), como raios ultravioleta,radioatividade ou contamina- ‘do por substancias quimicas, Asmutages genéticas sio fendmenos alea- torios, que ocorrem sem que haja nenhuma corientago do meio ambiente. 0 fato de um or- ganismo viver na Antartica nao aumenta a pro- babilidade de que seus genes sofram uma mu tagio que aumente a defesa contra o frio. Mas se essa mutacdo ocorrer, o organismo terd uma vantagem sobre os demais individuos de sua populacio. Ai comega a girar a roda da selecio natural; 0 organismo bem-dotado sobrevive, reproduz-see tem chance de transmitir para al- guns de seus descendentes o gene contra o fri. Estes também sobreviverdo, se reproduzirio ¢ transmitirdo o gene abencoado A prole, Assim, 0s poucos, vio se alterando as caracteristicas daquela populagao, QamD Ohomem eo macaco Ohomem nao descende domacaco Charles Darwin afrmou que macacos e humanos s20 ramos evolutivos que tm na base um mesmo ancestral comum Hoje, recebemos essa idela com naturalidade pertencemos todos 20 Brupo dos primatas ‘Mas, no him do século XIX, 2883 visa0 abalou terrivelmente a tradicional visto eligiosa eantropocéntrica, que puna ohomem no centro do universo. eanovocame 6 ermutagao ou cessing cromessomos hoo parexio fe deft uma especie & suateaquelsov estabelece coma da mesma emdescendentes 2m cxnotocarou ‘eostransformeu em asas Em organismos complexos, de reprodugio sexuada, a chance de uma mutagio trazer uma caracteristica positiva para determinado ambiente muito pequena. Nesses orgunismos, as principals causas de variabilidade estdo na prépria fecunda- 40, que implica a combinacao do DNA do pai e da mie, 0 individuo pode apresentar alteragdes, ainda, resultantes da mitose, a divisio celular para a formagdo dos gametas. A permtacs que ocorre n9 inicio da meiose, faz com que os espermatozoides (ou os évulos) de um mesmo individuo carreguem grupos diferentes de genes. Por fim, a lei da segregacio independente, de Mendel, permite que ocorram todas as combin ‘6es possiveis de cromossomos nos gametas. 1850 também contribui para a varisbilidade genética numa geracao (veja 0 capitulo 1) ISOLAMENTO ‘A maneira como uma nova espécie surge de um ancestral comum - 0 processo chamado et (ho ~ também sofreu reformas noncodarwinismo, Darwin compreendeu que 0 isolamento geogré- fico era um dos grandes fatores que contava na especiagio. Grupos de animais de mesmia.espécie ‘separados por uma barreira geogrifica, como um ‘oceano ou uma grande cadeia de montanhas, so impedidos de cruzar e, asim, combinar suas caracteristicas. Os animais que migram para 0 ‘outro lado da barreira encontram um ambiente diferente - mais quente, menos imido ou com outro tipo de predador -e, para sobreviver, preci sam desenvalver vantagens evolutivas que sejam “aprovadas” pela selegdo natural. Essas vantagens serio, na maioria das vezes, diferentes das carac- teristicas do grupo original. Apds certo tempo de isolamento geogréfico, se os descendentes dos grupos originais voltarem a se encontrar, pode nig haver mais a possibilidade de reprodugao ‘CADAUM USACOMO PODE Norcegostém asasechimpanits, ptas Mas ambos slo imanilerse as asase a pata ttm ammesma evigem num ancestral conum aos do. Ca rradiagzoataptatvaquedelormou™ as enveridades dos dads do marego centre eles. Nesse caso, dizemos que temos duas espécies. A especiagdo que ocorre por isolamento gvogrifico ¢ chamada especiagio alopitrica. Hojese sabe que, somado ao isolamento, a0¢or- réncia de mutagdes casuais do material genético também leva ao aumento da variabilidade e per- mite acontinuidade da atwagao da selego natural Com as mutagdes genéticas, as espécies divergem mais rapiddamente do que seria de esperar contan- do apenas como isolamento geografico. Seja como for, o pracesso de especiagio cas- tuma colocar duas espécies em outro tipo de isolamento - 0 isolamento reprodutivo. Esse isolamento pode ocorrer por meio de mecanis- é-zigéticos ~ ou seja, mecanismos que izam a cépula entre dois animais, como diferengas no comportamento reprodutor ou incompatibilidade na estrutura e tamanho dos Srgios reprodutores. Pode, também, ocorrer por mecanismos pos-2igdticos, Neste caso, a cépula ocorre, mas néo gera descendentes ou gera descendentes estéreis, ‘Nem sempre, porém, grupos que se separam acabam entrando em isolamento reprodutivo ~ ou seja, nem sempre o isolamento geogrifico re- sulta no surgimento de uma nova espécie. Tudo depende do tempo. Se as barreiras geogrificas forem vencidas cedo demais, & possivel que os componentes dos dois grupos tenham acumulado algumas variagdes, mas nio o suficiente para im= pedir sew cruzamento e sua reprodugao. Isto 6, 0s dois grupos ainda pertencerfio.& mesma espécie. Essas variedades que ndo chegaram atransformar- se em novas espécies podem ser chamadas de ragas geogrificns. Uma mesma especie pode ser formada por diversas ragas geograficas,intereru Zantes entre si, mas que apresentam caracteristicas morfol6gicasdistintas. As diferentes ragas decies so exernplos dessa condigio, IMUITAGAO NATURAL Tubardese golfnhos apresentam forma muita semelnante com nadaderas ors laters. Mas 0 primecos sto pites os otres, manilros. As cracteristcasem comum vim da adagtacto 4eambos 0 mesmomeio ambeste,o mar IRRADIAGAO ADAPTATIVA Ha muitos indicios de que 2 evolugio dos grandes grupos de setes vivos teve como ponto de partida um grupo ancestral, que deu origem a.espécies diferentes, mas aparentadas, A par- ma espécie primordial, pequenos gru- am a conquista de novos ambientes, sofrendo adaptagdes que thes possibilitaram a sobrevivencia nesses meios. Esse fendmeno evolutivo é conhecido como irradiagio adap- tativa, Para que a irradiagio possa ocorrer, é necessirio em primeiro lugar que os organis- ‘mos jd carreguem, em seu equipamento genéti- 0,8 condigdes necessirias para a ocupags um novo ambiente, que selecionari caracteris- tieas presentes nos individuos mais adaptadas As novas condigées. Um dos melhores exemplos de irradiagio. adaptativa ¢ o que ocorreu com os tentilhdes das Galipagos estudados por Darwin. Origina- ios do continente sul-americano, os tentilhdes. se irradiaram para diversas ilhas do arquipéla- cada grupo adaptando-se as condigdes pecu~ liares de cada ambiente e, consequentemente, originando as diferentes espécies hoje Ia exis- tentes (veja a Aula 2 deste capitulo). Nos processos de irradiaao adaptativa ocorrem casos de homologia - ou seja, se melhanga de origem entre érgios semelhan- tes, que podem apresentar forma e fungoes, diferentes em individuos de espécies distin- tas com um ancestral comum. Por exemplo, ‘um macaco sul-americano e um eachorro sio ‘mamiferos e, como tal, tiveram um ancestral ‘comum, de quem herdaram suas caudas. As caudas sio, entao, estruturas homélogas, mas nao desempenham a mesma fungio. Jé asasas de um beija-flor (ave) ¢ as de um mor- cego (mamifero) sio homélogas por terem a sno rune ens esac mesma origem e, ainda, desempenharem a mesma fungao, Sao, portanto, estruturas andlogas. Orgios anslogos podem, também, ter origens distintas, CONVERGENCIA ADAPTATIVA No sentido inverso da irradiag3o adaptativa, oprocesso de especiagio pode levar A conver- géncia adaptativa. Ocorre quando animais pertencentes a grupos de parentesco distante tém morfologia semelhante, nia em razio da heranga de um eventual ancestral em comum, as da adaptagao ao meio. Um tubario e um golfinho, por exemplo, parecem parentes m to proximos, se considerarmos que ambos sio animais aquiticos. Mas os dois animais pertencem a grupos dis- tintos. O tubario é peixe cartilaginoso, respira por branquias e tem nadadeiras com membra- nas carnosas. O golfinho € mamifero, respira por pulmdese suas nadadeiras escondem ossos semelhantes aos dos membros superiores dos mamiferos. A semelhanga morfolégica existen- te eentre os dois no significa parentesco evolu- tivo, Foi a vida num mesmo meio ~ mar ~ que selecionou, nas duas espécies, a forma corporal ideal ajustada a égua. No processo de convergéncia adaptativa ‘ocorrem casos de analogia pura, nio acom- panhados de homologia, que nao envolvem. arentesco entre 0s animais. Assim, as nada- deiras anteriores de um tubario (peixe) sio andlogas as de um golfinho (mamifero), mas no sdo homélogas porque ambas sio resul- tantes de uma evolugio convergente (de gru- pos de animais distintos). Eas asas de uma borboleta (artrépode) séo andlogas as asas de um pardal (ave) por desempenharem a mes- ma fungio, Selegio natural em tempo real As vezes, os cienuistas testemunham um episodio rapido de selegdo natural No fim

You might also like