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Neste capitulo, vamos estudar os balancos materiais de vérios processos, se- jam fisicos ou quimicos. © balango material, normalmente, é a primeira etapa na so. luco de um problema da engenharia quimica, seja o problema simples ou complexe, No estudo das operagdes unitérias da engenharia quimica, onde os equipamentos utilizados nestas operacdes devem ser dimensionados, a primeira etapa a ser execu, ‘ada ¢ 0 balango material aplicado & operagio em estudo. Se a operacdo unitéria ape. nas envolver transferéncia de massa entre as correntes que escoam no interior do equipamento, apenas o balan¢o material seré necessério. Se a operagéo unitaria tam. bém envolver a transferéncia de calor entre as correntes ou entre as correntes © o exteriar do equipamento, 0 balango de energia também serd aplicado, além do balen. 0 material. Alguns exemplos serao estudados no capitulo 5. Nos processes industriais, a preciso com que se consegue fechar um balango inaterial ¢ limitada pelos erros naturais na medi¢ao dos volumes (ou das vazdes vo. lumétricas), na obtengéo de amostras representativas @ na preciso da andlice das amostras. A imprecisdo do balango material torna-se maior quando 0 processo indus, tral envolve grandes diferengas de temperatura, isto porque a variagao do volume daun.2 temperatura néo 6 uniforme para todas as substéncias. Nos processos indus, {ials continuos, que constituem a grande maioria, as vazGes das correntes sto medi. Gas normalmente em base volumétrica nas condigdes padrées, embora @ conente pane cstar @ uma temperatura bem diferente das condigées-padrio. Este fato é tam, bém uma fonte de erro, pois os instrumentos de medi¢ao de vaz30 so baeciamn em ima Perda permanente de energia expressa em perda de pressio (ou perda de carga, como § mals conhecida) do fluido (AP), que 6 transformada em vazS0 volumétines através de equacées apropriadas, que geram um fator, que correlaciona. a vaso vo- lumétrica do fluido com 0 AP medido, conhecido na Pratica como 0 fator do instru Trae: Cates correlacdes so normaimente estudadas na disciplina de mec8ni¢s doo fluides e/ou na de instrumentagao industrial. Para que a leitura do instruments seja mde Oe azdo volumétrica nas condi¢ées-padréo (para liquidos, por exemplo, mid a 20°C @ pressao atmosférica-padrao, 101 325 Pal, esto incluidos na correla- G20 mencionada os valores da massa especifica do liquido na temperatura-padrao & ns temperatura de escoamento usual para o liquido. Se @ temperatura real de escoa mento do liquido for bem diferente da temperatura tomada como usual, mais este erro estaré sendo inclufdo. Em processos industriais, em que a qualidade da materia, eins arge do Processo, pode softer grandes variagées, © que implicaré mudanga da Sua massa especitica, isto seré mais um fator de impreciséo no balango materiel; este 136 Balango Material ~ Capitulo 4 6 0 caso tipico de uma refinaria de petréleo, onde a matéria-prima, 0 petréleo, pode variar desde um petréleo leve (40 °API, por exemplo) até um petréleo meis pesado {15 °API, por exemplo), Esta é a razo principal para se recalculer os fatores dos ins-- ‘trumentos de uma Unidade industrial deste tipo, quando se faz um “teste de corrida” para avaliar os rendimentos de produc&o da Unidade para 0 processamento de um novo petréleo. Fazer balanco material em um proceso global ou em parte do processo & uma tare- {a do engenheiro quimico, vital pera o seu bom desempenho profissional. Muitos professo- res costumam dizer que saber resolver bem este tarefa deve “estar no sangue” do enge- nheiro quimico, téo grande ¢ a importéncia que ela representa para a execugdo das etapas sequintes, no projeto bésico ou na evaliaeo do processo em estudo. Ha’ uma tendéncia normal de iniciante em problemas de balanco material de tentar resolvé-lo, escrevendo imediatamente 2s equagGes de balanco, que serao vis- tas adiante, sem antes fazer uma anélise do problema. E fundamental que esta andii- se seja feita, pera que’ se possa escolher o melhor método ou 0 procedimento ade- quado para 2 sua soluco. Muitos diferentes problemas associados a diferentes ope- rages unitéries podem ser resolvides utilizendo-se 0 mesmo método de solucdo; isto 86 se consegue visualizer fazendo-se uma anélise inicial do problema. Nés veremos neste capitulo algumas técnicas de solupo, além da soluego algébrica, que muitas vezes implica resolver um sistema de equagdes, nem sempre de fécil solu¢do manual. E claro que este sistema de equacSes 6 facilmente resolvido por métodos numéricos utilizdveis em programas de computador, aos quais se deve recorrer quando o niimero de equacdes realmente for grande. Neste livro, preocupar-nos-emes com problemas cule solueao possa ser alcancada com uma solucéo manual. A escolha de uma base de célculo tem um importante papel na solucao do pro- bblema. Embora jé a tenhamos usado no capitulo 3 de uma forma mais ou menos in- tuitiva, vamos analisar a escolha da base de célculo sob a ética dos problemas de balango material 4.1. Escolha da Base de Calculo © conceito de base de célculo 6 importante, pois ajuda a resolver um problema, ¢, muitas vezes, de uma maneira menos trabalhosa. A base é a raferéncia escolhida para se fazer os célculos de um problema, e se for escolhida de forma conveniente, pode facilitar bastante a solucao do problema. Nés j4 a usamos no capftulo anterior nas relagdes de composico de misturas de liquidos @ de gases ideais. Na escolha da base, deve-se fazer as perguntas: © O que eu quero achar? Com que eu devo comegar? Qual a base mais conveniente? E importante que a base seja indicada no inicio do problema, para que se tenha © poraué dos céiculos e para que qualquer pessoa ao analisar o problema Capitulo 4 ~ Belango Meterial 137 seja capaz de entendé-lo. Se for alterada a base no decorrer do problema, este fato deve ser claramente indicado. _ Nos processos continuos, a base de célculo é normalmente a vaztio de ume corrente de entrade ou de saida do processo. O tipo de vazio, se méssica, volumétri- ca ou molar, 6 fungdo da base da composicéo desta corrente. Ou seja, se é conhecicia a frago em massa desta corrente, a vazio de base é a vazio méssica; se 6 conheci: da a fragdo em quantidade de matérle, a vaz8o de base é vazdo molar; se 6 conheci- da a fragao em volume, a vazo de base 6 a Vazio volumétrica, 4.2. A Equago de Balanco Ainda na segunda metade do século XVIII, Lavoisier demonstrou que a matéria poderia ser transformada, mas nunca criada e nem destruida. Ele descobriu que, inva- riavelmente, a masse das substéncias que participavam de uma reago quimica era igual @ soma das massas dos produtos gerados nesta reacdo. Esta descoberta deu origem & conhecida lei da conservacéo da massa, que na indistria quimica foi abreviada para “balango de massa” ou “balanco material”. Um balango material de um proceso continuo uma computago exata de todos os materiais que entram, saem, acumulam ou so transformados no decorrer de um dado intervalo de tempo de operago. A figura 4.1 ilustra um sistema geral (pode ser um equipamento de processo, um conjunto de equipamentos de processo ou uma unidade industrial de proceso) pare qual o balango material deve ser feito. ae -————— Emredas § —_y] sistema Seldas -———> —| Figure 4.1, Sistema em que seré aplicado um balango material Ao se escrever a equacdo de balango material para o sistema em questo néo é necessério conhecer os detalhes internos do sistema. Deve-se conhecer informagées sobre as correntes que cruzam as fronteiras do sistema ¢ as modificacées quimicas que possam ocorrer com os componentes das correntes (no caso de acorrer reagdes. quimicas no interior do sistema). A equacao abaixo mostra, em uma fortha geral, o conceito do balango material. Entrada + Gerago | ~ la = Consumo = Actimulo através das auravés cas (sontro 60 (dentro do (dentro do tromelres do } ronteiras do Ea. 4.1 su sisteme patie sistema sistema A equagio 4.1 pode ser aplicada para qualquer material presente no processo; Pode-se fazer um balenco para a massa total do material ou para qualquer espécic molecular ou atémica envolvida com o proceso. 138 Balango Material - Capitulo 4 Os termos gerago e consumo significam genho ou perda por reacéo quimica, Eles aparecerdo somente quando aplicarmos o balanco aos componentes do processo. Se 0 balango for aplicado ao proceso global, a massa gerada dos produtos tem que ser igual 8 massa consumida dos reagentes, como Lavoisier descobriu. © termo actimulo significa variago da massa com o tempo no interior do pro- cesso © pode ser positivo ou negative. dependendo se a massa esté aumentando ou diminuindo dentro do processo. Este termo é fundamental quando estamos interessa- dos no estudo da dindmica do proceso, o que 6 importante na teoria do controle de processos. Em um processo industrial, 6 desejével uma menor variagéo possivel da ‘qualidade dos produtos ao longo do tempo de operacio, o que pode ser conseguido usando-se 0 tipo de controle mals adequado para reduzir a influéncia des perturbe- ‘96es do processo Se néo ocorre reaco quimics, n3o hd nem geracdo nem consumo de materiais, ®, portanto, a equacao de balanga material fica: (Entrada) ~ (Saida) = (Acémuto) Eq. 4.2 Se é um problema de estado estacionério {ou regime permanente) em que néo 8 actimulo de material dentro do sistema, a equacdo de balanco material fica: (Entrada) = (Seida) Eq. 4.3 * 0 balango em regime permanente & importante no dimensionamento dos equi- pamentos envolvidos no processo, e & ele que ser aplicado neste capitulo, tanto para processos fisicos como para os quimicos. Um ponto importante para se lembrar & que o belenco materiel € um balanco em massa. Apenas nos processes em que néo ocorrem rescées quimices, o balango material pode ser um balanco em quantidade de matérie. No entanto, se for feito um balanco das espécies atémicas envolvides, o balanco em quantidade de matérie pode ser aplicado. 0 quadro abaixo mostra um resumo dos casos em que a equacdo 4.3 se aplica processo, Tipo de balango aplicével Balango total Massa Quantidade de matéria Balango de componentes ‘Massa sim Quantidade de matéria Balango de espécies atOmicas Massa sim sim Quantidade de matéria sim sim * A igualdade (entrada) =(salda) naste caso pada ocorrer quando no houver mudanes da quatidade {de matsia total entre a entrada (reagentes) e said (produtee), como por exomplo na roagio quimica: (CH, +20, > CO, +24,0 Capitulo 4 ~ Bslenco Meterial 139 Os céleulos de balango material no regime permanente so uma atividede da engenharia quimica extremamente necesséria no dimensionamento dos equipamentos de processo ¢ na avaliagao do desempenho desses equipamentos. O balanco material aplicado no regime transiente fundamental na modelagem dos processos para si mulagao e controle automético dos mesmos. 4.2.1. Problemas com processos fisicos . Nos problemas de operacdes unitérias da engenharia quimica como a destila- 980, a absorcdo, a extragao etc, embore sejam diferentes entre si, 0 método de solu- 80 do balan¢o material envolvido € o mesmo, pois estaremos lidando com correntes ‘que entram e saem do processo ¢ com composigées conhecidas e conhecer. A cor- rente principal (ou @ Unica) que entra no processo é dado o nome de alimentapao ou carga do processo ¢ 8s que saem sao os produtos ou effuentes do processo. No balango material é preciso ter informacdes sobre as vazdes méssicas (ou molares) © as composigées das correntes que entram, saem e que esto presentes no interior do sistema. Se ocorre reacio quimica dentro do sistema, a equaco quimica desta Teaco 6, normalmente, uma informagao fundamental. Os problemas de balanco material sao normalmente analisados utilizando @ técni: ca da “caixa preta”. Nao é necessario para o balanca material um desenho detalhado do ue ocorre no interior do processo, portanto néo 6 preciso conhecer detalhes dos mes. mos. € preciso conhecer apenas as corentes que entram e que seem do Provesso; clas sero cortadas pelo tracado de uma envoltéria ao redor da caixa preta e sero facilmen. te visualizadas. Quando os problemas tornarem-se mais complicados, 0 uso da técnica da caixa preta toma-se mais importante. Duas situacdes podem ser analisadas. A pri- meira é um proceso composto de mais de uma operagéo unitéria e, portanto mais de uma caixa preta deverd ser esquematizade. Neste caso, mais de uma envoltéria poderé ser tracada para se fazer balancos, cu seja, balangos poderio ser realizados em cada elomento individual do processo global, a0 redor de combinagdes de qualquer subcon. junto do grupo total de elementos ou ao redor de todo 0 proceso. As envoltérias de- vem ser claramente tracadas para permitir uma andlise adequada das correntes que entram e saem e permitir um meio de fécil visualizagao, quando for necessério verificar 08 célculos. A segunda situacdo trata de processos que possuem correntes do reciclo, de desvio e de purga. Ambos tipos de processos serdo analisados, Como regra geral, antes de iniciar os céloulos deve-se: 1. Fazer um esquema simplificado do processo (“caixa preta”), definindo a sua fron- teira pelo tragado de uma envoltéria, 2. Identiicar, com simbolos, as vazées e a8 composigées das correntos envolvidas. ‘3. Anotar no esquema todos os dados disponiveis das vazées e das composicées. 4. Verificar que composigées sao conhecidas ou podem ser imediatamente calculadas. 140 Balango Material - Capitulo 4 6. Verificar que vazées massicas so conhecides ou podem ser facilmente calculadas. 6. Selecionar a base de céleulo conveniente para 0 inicio do problema. $6 apés concluidos esses procedimentos & que se deve escrever as equagdes de balanco material {total e de componentes) cu esquematizar um quadro (ou ume planilha) contendo os componentes e as correntes do processo. ‘ApOs ter encontrado a solucao do problema, 6 sempre conveniente checer os resultados, principaimente quando muitos célculos esto envolvidos. Em caso de dt- vida, tente resolver o problema de outra maneira. & também conveniente fazer uma andlise da resposta, ou seja, verificar se ela faz sentido. Ao expressar o resultado final, love em considerace 0 numero de algerismos signifiestivos — retorne @ seca0 2.4.1 do capitulo 2, se necessério. i: Existem muitas maneiras de se resolver um problema, porém, nem todas exigiréo 0 mesmo esforgo ou o mesmo tempo, ou seja, nem todas serdo eficientes. Deve-se sempre procurar a forma mais simples e mais eficiente para resolver 0 problema — isto exige tel fol Neste capitulo, tentarernos mostrar a forma mais eficiente ou mais lara de se resolver um problema de balango material. Sempre que possivel, usaremos a técnica da planitha, que permite néo s6 ter uma vis8o global da solugdo, como também é mais fécil verificer possiveis errs cometidos, seja de célculos ou de uso de dados errados. ‘A solugao de um problema poderé ser simplificada, se existir um componente- chave [componente vinculante ou de ligago) que possibilite estabelecer uma relagao direta entre duas correntes (uma que entra e outra que sai) do proceso. Vamos aplicar as ragras acima através de um exemplo simples. eee Exemplo 4.1. Balango material em um secador Um determinado sélide contende 20,0% em massa de agua necessita ser secado para produzir um sélido que contenha no maximo 4,0% de agua. Calcule a % de re- mogio de agua do sélide original. Solugéio: Vamos chamar: fp = % massa no sélido Gmido (carga) © f> = % massa no sélido ‘seco (produto) : F Solido omido gue =20.0% aide ¢= 80.0% frou =4,0% FeoisoP= 36.0% Capitulo 4 ~ Belongo Material 144 Se MR massa de égua removida 96 de Sgua removida 100 massa de gua no sdlido Gmido Base de célculo: F = 10,0 kg de sélido imido A analise do problema nos mostra que parte da 4gua presente em F é eliminada no se- cador e sai em W (gua no estado vapor) e que toda a massa do sélido presente em F sai na corrente P. © componente “Agua” se distsibui em todas as correntes, mas o componente “sélido” sé est presente em duas correntes (ne entrada F e na corrente de saida P). Quando ocorre de um componente parecer apenas em duas correntes (uma ha entrada @ outra na salda), diz-se que temos um componente de ligagdo, que facilita a Fesolueao do balanco material, principalmente em problemas mais complexos, Um balengo de massa para o componente sélido nos permite determinar imediatamente & massa da corrente P, sabendo que a massa de sélido om cada corrente & dada pelo produto da massa da corrente pele composicdo méssica do sélido na corrente, Balango de massa do sélido: entra = sal (100,0)(0,80) = (P)10,96) + (w1(0,0) 80,0 ~ (P0,98) P = 80,0/0,96 = 83,3 kg A corrente P ¢ composta de sdlido @ de agua, e como toda a massa de sélido presen- te om F sai em P, a massa de sélido em P é de 80,0 kg; portanto, a massa de agua em P é 83,3 ~ 80,0 = 3,3 kg A massa de gua presente no sélido timido F é de 100,0 - 80,0 = 20,0 kg, Preci- samos conhecer a massa de agua removida. Isto pode ser feito por um de dois belon- 0s de massa: para a agua ou para a massa total Balango de massa para a égua: (100,010,20) = (83,3)(0,04) +(w)(1,0) W = 20,0-3,3 = 16,7 kg Resultado idéntico obteremos, se fizermos um balango de massa total: F=P+w 100,0 = 83,3 + W W = 16,7 kg (=massa de Sgua removida do sélido) 18,7 kg 10: % de gue removida = 18:7 #8 199 _ 93.5% ia 20.0kg Problemas como este séo também facilmente resolvidos se adotarmos as planithas de célculo usadas no capitulo anterior. 142 Balango Materiel ~ Capitulo 4 Base de célculo: F = 100,0 kg Enrada ‘Componente Ek Pk Sélido 20.07 20,07 = ua 20,077 3.30) 16,78 Total 00,0 63,37 16,7 "gloves obtidcs uNiplsane ® meses de F (100.0 kg) pola compasiedo de cada componente 1 Valor bide palo Balango de massa co componente “solide” "valor obtide por mam = 80.0 ~ (P)(0,96) - P = 80.00.96 Valor obtide por otarengs: P — he "9 Velor obtido por Belengo de massa do componente “gua” 3,8 kg ee Na resolueao inicial do exemplo anterior, escrevemos inicialmente 0 balango de massa para o sdlido e depois optamos em escrever 0 balanco de massa para a agua ou para a massa total, Isto decorre do fato de que os trés balangos nao sao indepen- dentes, Qualquer um dos balangos pode ser obtido por combinagées lineares dos ou- tros dois; por exemplo, 0 balango de massa total pode ser obtido pela soma dos ba- langos de massa dos componentes, ou sejai balango de massa do sélido: (F)(fasaor} = (PI fsuaoe) + (WI ftiiowl Eq. 4.48 balango de massa da Agua: (F)Faguae) = (P)(féquap) + (W)(Figuaw) Eq. 4.4b balango de massa total: F = P + W Eq. 4.4c Somando as equagdes 4.4a ¢ 4.4b obtemos (F) Wosisor + fagae) =P) (aoe + fuse) +00) encow + fag) Eg. 4.40 Como a soma das fragdes méssicas é igual a 1,0, ver: FoP+W Eg. 4.4e ‘Assim, para um sistema de dois componentes, dois balancos materiais inde- pendentes podem ser escritos. Em geral, para um sistema de C componentes, C ba- langos materiais independentes podem ser escritos, 2 serem escolhidos entre o& C+1 balangos materiais possiveis. Basicamente nos sistemas fisicos, nos quais néo ocorre reac quimica, surgem dois tipos fundamentais de problema. No primeiro, as composicdes de todas as cor- rentes S40 conhecidas junto com a massa (ou @ vaz8o méssica) de uma delas. No segundo, nem todas as composicées so conhecidas, mas existe a presenga de um ‘componente de ligagéo (como no exemplo do secador) ou existe uma relagéo entre duas correntes do proceso. 'No primeiro tipo, invariavelmente a solucdo do problema é algébrica, resolvendo simultaneamente as C equagdes indenendentes. No segundo tipo, a solucéo torna-se Capitulo 4 ~ Balango Material 143 facil usando a técnica da planilha como adotada no exemplo anterior, embora a ‘técnica algébrica possa ser usada. Vamos analisar essas situacdes através de exemplos do proceso de destilacao. Para tanto, vamos inicialmente definir um termo usual neste proceso e que também 6 utilizado em outros processos fisicos, como @ absorcio gaso- sa, 8 extragdo liquido-liquido e outros. Este termo 6 a recuperacao. massa de um componente em uma corrente de saida £4. 4.60 ‘5% Recuperagio = massa de um componente em uma corrente de entrada * 10> Como a massa de um componente é proporcional a sua quantidade de matéria, © que caracteriza a sua massa molar, a recuperacdo também pode ser calculada atra- vés da quantidade de matéria, ou seja: go — _uantidade de matéria de um componente em uma corrente de saida ‘% Recuperseso = a antidade de matéria de um componente em uma corrente de entrada *'° Eq. 4.5 eee Exemplo 4.2. Balango material em uma coluna de destilaglio Deseja-se separar por destilag’o uma mistura (F) cuja composicgo (x-%6) &: 2 = 50,0%, b = 30,0% e ¢ = 20,0%. © destilado (ou produto de topo) deve ter uma razio em quantidade de matéria destila- dofcarga (D/F) = 0,60 e uma composicao (xp%) igual a: a=80,0%, b=18,0% 0 ¢=2,0%. Calcule: a. a razo de quantidade de matéria residuo/carga (BIF): b. a composigao x5% do residuo (8); ©. a recuperacao do componente a no destilado (D) @ @ do ¢ no residuo (B). 144 Belengo Material - Capitulo 4 Como DIF = 0,60 D = 0,60F D = (0,60)(100) = 60 kmot Balango de quantidade de matéria total: F = D + B Balanco de quantidade de matéria de componentes: Fxir = Dxio + Bxis F, De B = quantidades de matéria respectivas das correntes: carga, destilado e residuo Xig , Xp © Xig = fragdo em quantidade de matéria dos componentes nas respectivas correntes F, De B. Usando os dados do problema, vem: 1) Balango total: 100 = 60 + B > B = 40 kmol B/F = 40/100 = 0,40 ) Balango de componentes Componente a: (100}(0,50) = (60)(0,80) + (40)(x.5) > xa = 0,05 = 5.0% Componente b: (100)(0,30) = (60)(0,18) + (40)lx5) > xon = 0,48 = 48,0% Componente c: (100}10,20) = (600,02) + (40)ixea) > Xep = 0,47 = 47,0% Ja foi visto que uma das equagdes de balan¢o de componentes néo precisaria ser escrita pois: Xan + Xp + Xoo = 1,0 ©) % recuperacéo dea em p= want: demat.desemD , +99 _ quant. de mat. de aemF = XP 499 — (6010.80) = 8010.80) 199 = 98,0 : Frag (1001050) * sa quant. de met. de com® % recuperacio dec em B= quant. de mat. de c emF x100= Bxop = BXe8 4499 = 4OHOAT Prop (100)(0,20) 00 = 94,0% Este problema é tipico para o uso da planiiha, pois é conhecida uma relaco entre a corrente de entrada (carga] e uma das correntes de saida. Capitulo 4 ~ Balanco Material 145: [sida Composicao mente | cerga (F) | Destilado ) | Residuo () deB Compo kinol kinol enol 20% . a 50,0" 48,0" Bees Oe b 30,0" 10,8 ao2" | 48,08 © 20,0" 1.2 yee | 47,08 Total 100.0 wom [aoe | ges fom Fe B= Ve.eOKIGO! "By parbalanga me = 1OOn Ih relagéo B/F = 40 kmol /100 kmol = 0,40 < item a quantidade de matéria de aemD recuperagio de a em D = Suantidade de matéria de aemP 499. een quantidade de matéria de e emF Boke 190 = 96% 50,0kmot _ quantidade de matéria dec emB , 19 _ 9% de recuperacéo de ¢ em B= ee eae nedee eee 100 & 18,8kmol FeaTaT 100 = 94,0% tee Exemplo 4.3. Balango material em uma coluna de destilagfo Uma mistura binéria de etano © propano deve ser destilada com 0 objetivo de recups- Fer 95% do etano no destilado © 30% do propano no res{duo. Qual deveré ser a com- Posicdo (x,%) do destilado e do residuo se a fracdo em quantidade de matéria do eta- no e do propano na carga so iguais? BIBLI Soluce Este problema 6 facilmente resolvido através do uso da planilha de célculo, pois s30 conhecidas duas relacées entre as correntes de saida (destilado e residue) cpm a de entrada (carga) através da recuperagao dos componentes. Destilado (0) _*2* Recuperaséo do etano = 95% cargo) eor0=60% ae woe som L__fesituoto_ “SS Resuperanio 60 propane 90% 100,0 kmot Balanco Material ~ Capitulo 4 Entrada ‘Said Componentes | o#"98(F) | Destiado (0) | Residue i) | Destiado | Residuo kmol kmol kmol x0 % 20% Etano, 50,0" 47.5% 90.5 5.3 Propano 50.0% 5,0" 2.5 94,7 Total | 100.0 52.5 47.5 Fa, 210,850] =10,90(50) por belengo ‘A solugdo deste problema por técnica algébrica é mais tediosa ¢ deve-se tomar muito ‘cuidado ao escrever as equagdes. Para facilitar a visualizacdo, vamos chamar a fracao ‘em quantidade de matéria do etano no destilado (x.,0) © no residuolxeje) por a @ by respectivamente. Assim, podemos escrever as seguintes equagdes: Balango total: 100 = D + B Balanco de etano: (100)(0,50) (D)(a) + (B)(b) Recuperacdo de etano: (D){a) = 0,95 (100}(0,50) = 47,5 kmol Recuperacdo de propano: (B)(1-b)* = 0,90 (100)(0,50) = 45,0 kmol * A fraeo em quantidede de matéris do propano no r Logo: xpop = 1 ~ Xa = 1-b Como temos 4 equagées ¢ 4 incégnitas (D, B, 2 eb), o que temos a fazer é resolver este sistema de equagées. Substituindo (3) e (4) em (2), obtemos: 50 = 47,5 + (B - 45) B 7,5 kmot Substituindo (5) em (1) obtemos: D = 52,5 kmol Substituindo (6) em (3) obtemos: a Substituindo (5) em (4) obtemos: 1 eee 45,0/ 47,5 Exemplo 4.4. Balango material em uma coluna de destilac3o ab a 4 (2 . 3) ll he (4) 10.1 ~b, pois xe + Xwops = 1 x 6) (6) = Xap = 47,5 / 52,5 = 0,905 = 90,5% 5.3% « Uma misture de benzeno e tolueno contendo 40,00% em quantidade de matéria de = benzeno é carga de uma torre de destilacao. Deseja-se recuperar 90,00% do benzeno no destilado, cuja fragdo em quantidade de matéria de benzeno deve ser de 92,5%. Se se pretende produzir 500 kgid de benzeno na corrente de destilado, calcule as vazGes molares das 3 correntes. Capitulo 4 — Balanco Material 147 Solugéo: AA semelhanga do exemplo 4.3, este & também um problema tipica para se resolver por planilha de edleuo, Para simpificar, vamos designar benzeno por bz @ tolueno por fo Destiledo ID) _6{oz~92.5%% Recuperacio de bz~ 80% Vazlo massice de bz =600 kad fle= Residue (8) Vamos inicialmente ignorar a vazdo de benzeno (600 kg/d) fornecida, tomando F=100,00 kmol como base de célculo, pois conhecemos ¢ sua composigao em quan- » tidade de matéria. Base de célculo: = 100,00 kmol Entrada Ssida Componentes | C2tGa(F1 | Destilado (D) | Residuo (B) kal kmol kamal Benzenolbz) | 40,00" 4,00" Toluenottol) | 60,00" Tort__|_ 100,00 Fe ‘= =70,901140,00) "= 96,00/0,925=38,92 kmol por balango Da planilha acima, obtemos a relacdo entre o benzeno em D ¢ todas as correntes F, De. B. Podemos voltar entéo a base de célculo do problema (benzeno em D = 500 kg/d}. ‘600 kg)/_kmol d )\7a1tks, Vezie molar debe em = = 640kmol/a Da planitha anterior tira-se que: 100,00 kmol de F gerem 36,00 kmol de benzeno em D, logo: _ 4 a 6A0kmoldebzemD/__100kmoldeF d 36,00 kmol de bz em, molar de F = 17,8 kmol/d Analogamente, obtemos: vazio molar de D.= 840 kmol de bz sme 38,92 kmol deD = | 6.9 kmol/d 38,00 kmol de bz em D. bial 148 Balanco Materiel ~ Capitulo 4 10,8 kmol/d vasio mali do ~ S40 aide bom 6108 kmol deB ) 36,00 kmal de bz em D eee Exemplo 4.5. Balango material em uma torre de absorcéo Uma torre de absoreao deverd ser dimensionada para absorver 96% da acetona pre- sente em uma mistura gasosa, cuja corhposicao (x)%) 6: ar = 80,0% © acetona 20,0%. A acetona seré absorvida por contato em contracorrente com Agua pure, geranda uma solugéo aquose com a vazio médssica de 100 kg/h, contendo 10,0% de acetona (% massa). Calcule: 8) @ vazéo molar da mistura gasosa a ser alimentada na torre; »b) a composigio dg gas bfluente da torre. a Observacio: despreze a solubilidade do ar na agua. Mistura pobre Agua pu Torre Ge [95% Absorsso Absoreio | # azetona el) fs) tierce "| [Seto ms ot eal : 1 es ficten-aon foucson Solugso: Este problema é um pouco mais complicado, pois as correntes gasosas esto ex pressas em % em quantidade de matéria e as correntes liquidas em % em massa. Como existe uma relagéo entre uma corrente de entrada (F) com uma corrente de salda (G), através da % de absorcao de acetona, a planilha de célculo pode ser usada. O balango serd feito em base molar ¢ quando a quantidade de matéria de um componente em S for obtida, pode-se calcular a massa de S através da respec- tiva massa molar. ar € 8 gua so componentes de ligago, pois sé estdo presentes em duas corren- tes: o aremFe Gea dguaem Ae S, Base de célculo: F = 100,0 kmol Capitulo 4 ~ Balengo Material 149 ‘Com as informagées da composigao de carga F, da % de absorcHo de acotona (95%) 8 do fato que o ar é um componente de ligacao, preenchemos a planilha abyfixo: Entrada, Saida ‘Componentes | F, kmot_| A, kmol | G, kmot | $. kmol Ar 30.0" | - | 8007 Acatona 20,0" | = Agus = ” Total 100,0 "Be Componente de ligagio ‘A quantidade de matéria de acetona no gas G sai por belango material e, portanto, podemos encontrar a quantidade total de matéria de G: Entrada, Saida ‘Componentes | F, kmol | A, kmol | G, kmot | $, kmol 80,0 = 20,0 Acetona 20.0 = 1,0 | 19.0 Agua = = Total 100,0 81,0 "© por balanco Come se conhece a composicao massica de S, vamos achar a correspondente massa de acetona em S e, pela composicao méssica de S, a massa de égua e a massa da solucdo S. Entrada, M Componentes | F, kmol_| A. kmol kgikmol | _S. kg Ar 80,0 = 2 Acetona 20,0 = 52,08 | 4104" Agua = = 9936”, Total 100.0 81,0 41.040" =(19,00158,08} — =11080,10 por diterenca ‘Uma vez conhecida a massa de égua em S, podemos calcular a quantidade de maté- | ia de égua em S, que é a mesma de A (componente da ligacéo), fechando 0 balanco no processo. Captuio 4 Entrada Composicso Componentes | F, kmol | A, kot Sikg_| de G, x0% Ar 80,0) BS = 98.8 Acetona, 20.0 = 10 | 190 | 58,08 12 Agua = | ssi42 | = | 551,48 | 18,02 Total 100,0 | 5514 | 81,0 | 570.0 from © 9 996)18,02-651,4 Da planilha tiramos que 100,0 kmol de F geram 11 040 kg de S; logo, para a base do problema (vazao de $ igual a 100 kg/h), a vazéo molar de F ser 1 pecans weit 0,91 kmol/h h 11.040 kg de S Uma outra solugio para este problema transformer a vazio méssica e a % massa da corrente S para base em quantidade de matéria e fazer todo o balanco nesta base. Ou soja: Base de céloulo: S = 100,0 kg/h Componentes] _S.kgih | M. kg/kmol |S. kmovh | x5 % Agua 900 | 1802 | 409 | 967 ‘Acetona 10.0 | 5808 | 0.17 38 Total 10,0 a 5.16 2 Base de cé/culo: F = 100,0 kmol Entrada ‘Saida (Composicao do G, x6% 20,0" 20,0" 10,0 Fee Comp. ligagdo .98120,0) 19,010,033 100,0 kmol de F ) F = 5,16 kmolde s/h | 2000 kmolde F ) 0,90 kmol/h aoe Capitulo 4 - Balenco Meterial 151 4.2.2, Problemas com processos quimicos Nos problemas com reacdo quimica, uma das primeiras tarefas a ser realizada & escrever a equagao quimica do processo, @ partir da qual obteremos informacdes Gualitativas e quantitativas essenciais para o céloulo das massas e/ou das quanti des de matéria das substéncias envolvidas. & claro que a equac&o quimica deve ser escrita na forma ajustada, ou seja, o numero de atomos de cada elemento devo ser 0 mesmo em ambos os lados da equacdo quimica. A estequiometria é a parte da quimi- Ca que trata das masses dos elementos e dos compostos que se combinam entre si, Com 0 objetivo de determinar as quantidades exatas dos materiais usados na reacéo Guimica, No entanto, nos processes industriais, os materiais reagentes, normalmente, Ago sdo colocados em proporcdes estequiométricas, ou seja, nas proporcdes exatas fem que se combinam, Pelo menos um dos reagentes é usado em excesso em relacéo 2 sua quantidade estequiométrica (ou teérice), a fim de tornar possivel a realizagao da reacéo quimica ou garantir que o reagente de melor valor seja totalmente consumido na reagao (ndo haja desperdicio). © excesso do teagente ndo consumido ou sai junto com 0 produto efluente ou entao é separado do produto por um processo convenien- te, podendo ser reciclado para a entrada do equipamento (0 reator) onde ocorre a reagio quimica. Na segdo 4.2.5 analisaremos estes tipos de processos. Para que 0s célculos envolvendo reagdes quimicas sejam entendidos por todos, é necessétio definir certos termos usuais nestes tipos de processos. Reagente limitante — é 0 reagente que primeiro desapereceria se a reagao fosse completa. O reagente é limitante se ele esta presente na reagdo em uma quantidade menor do que a proporgae estequiométrica relativa aols) outro(s) reagentels). Se to- dos os reagentes esto presentes em proporcdes estequiométricas, entéo nenhum reagente é limitante (ou todos sao limitantes, dependendo do ponto de vista) Reagente em excesso — & 0 reagente que esta presente em uma quantidade maior que a sua quantidade estequiométrica para reagir com o reagente limitante. Normal- mente, a quantidade em excesso do reagente & expressa em % da quantidade este- ‘quiométrica (ou teérica) deste reagents, ou seja quantidade de matéria em excesso de reagente face: de Malet ESS eee OO) ‘quantidade de matéria estequiométrica de reagente % excesso de reagente fa. 4.6 ‘A quantidade de matéria estequiométrica de reagente ¢ 2 quantidade necesséria para reagir com o reagente limitante. As quantidades de matérla estequiométrica & ‘am excesso séo calculadas baseadas na quentidede de matéria total do reagente limi- tante presente, mesmo se apenas uma parte dele reagir. Note que a % de excesso calculada a partir somente do conhecimento da equacao quimica e das quantidades de reagentes fornecidos para a reacdo quimica. A quantidade total de produtos for- mados no afeta 0 célculo da % de excesso. 152 Balango Matorial - Capitulo 4 Grau de conclusio da reagéo — & a fraco ou porcentagem do reagente limitante que reage (ou que 6 convertide em produtos). Em muitas reacdes industriais, mesmo com excesso de reagentes, 0 reagente limitante nao se esgota completamente. Isto pode ‘ocorrer devido ao equilfbrio que se forma entre os reagentes e os produtos, no caso de reagdes reversiveis, ou ao tempo de contato insuficiente entre os reagentes para que ocorra a reacdo completa. ‘AS reacées quimicas nfo econtecem instantaneaments @ de fato, freqiente- mente, se processam muito lentamente, Nesies casos, nfo é prético dimensionar 0 reator para a converséo completa do reagenté limitante e, como conseqiiéncia, o ‘efluente do reator contém alguma parcela do reagente que néo foi convertida em produtos. Por isto, 0 efluente 6 usualmente encaminhado a um processo de separa- Gao para remover 0 reagente néo-convertido, do produto. O reagente assim separado 6 entao reciclado para a entrada do reator. Converséo — é a fracdo ou a porcentagem da carga (ou alimentagao) do proceso, ou de um componente da carga, que 6 convertida em produtos. Em alguns processos industriais orgénicos, a carga 6 uma mistura complexa de diversas substancias © & transformada em muitos outros produtos, uns consideredos principais e outros se- cundérios; para que se evite confuséo, é necessério que se definam claramente quais, produtos so os principais © para os quais a conversao 6 definida. Quando a conver- séo é definida em fungao de um reagente, e se este reagente é 0 reagente limitante, @ converséo € 0 grau de conolusao serao iguais. Em muitos processes quimicos os reagentes podem usualments combinar em mais de uma maneira, gerando diferentes produtos e, além disso, um produto uma vez formado pode também reagir gerando outro(s) produto(s) menos desejévelteis). Como resultado destas reagées miltiplas, ocorre uma perda econémica, pois uma quantidade menor do produto desejado é obtida para ume dada quantidade de matérie-prima, ou, entéo, uma maior quantidade de matéria-prima deve ser alimentada eo reator para se produzir uma determinada quantidade de produto desejado. Por isto, dois termos adi- cionais séo usados nestes casos. Nao existe uma concordéncia sobre as definices destes dois termos em muitos livros-texto. Vamos adotar as seguintes definicdes: Rendimento — & a tazio entre a quantidade de matéria (ou masse) formada do produ- to desejado e a quantidade de matéria (ou massa) que seria formada do produto de- sejado, se nao houvessem reacdes paralelas e se 0 reagente limitante reagisse com- pletamente. Seletividade — ¢ a razo entre a quantidade de matéria formada do produto desejado 8 quantidade de matéria formada do produto néo desejado. aoe Exomplo'4.6 Balanco Material na Produgo de Fertilizante Fostatado Em'uma fébrica de fertilizante se produz o fertilizante “superfosfato”, tratando fosta- to de calcio com 92% de pureza pelo dcido sulftirico concentrado, de acordo com @ seguinte reagao: Cag (PO,), + 2HS0, + 2CaSO4+CaH4(PO,), Capitulo 4 ~ Balengo Materiel 153, Em um teste realizado, foram misturados 0,50 Mg de fosfato de céicio com 0,26 Mg de dcido sulftirico, obtendo-se 0,28 Mg de superfosfato, CaH«(POs)2. Calcule: 2, 0 reagente limitante; bb, a % de excesso de reagente; c. 0 grau de conclusao da reacd d. a % de conversdo do fosfato em superfostato. Solugao: aoe 2) quantidades de matérie das substéncias envolvidas: ‘kno! > Cas(PO,)2 > (600 kg)(0.92) leona 6 2.58 kg eta Akmol 98,08 kg HS, > (001 | assim tel _| = 120kmot 234,069, sith cattiPOde -> (280 wf De acordo com a equacéo quimica, a razio em quantidade de matéria H2SOx / Cas(PO,)2 6 2/1, enquanto que a razo usada no proceso € 2,65/1,48 ~ 1,8; 0 que permite concluir que 0 reagente limitante 6 0 H,SO,, porque esta presente em menor Serdiaie lequnieteaqsontvios, 0 excasso de fosfato é calculado, comparando-se a quantidade de matéria usade com a necesséria para reagir com 0 écido sulftrico, ou seja: + et, ey, quantidade de matéria de fosfato para reagir como H80,2 16 kun ‘tkmol HaSOx 12,65kmol) AMOLN2EOs | _ 1396 kmol conta atta) + A b) 9 de excesso de fostato = 18-1325, 100 = 11, . ee 17% } A quantidade de matéria de écido sulfirico que reagiu para produzir 0 superfosfato é de: —— )- 2,40 kmol de H,S0, 4 (120 kmol superfosfeto)| —2 21 HaSO4 _ (120 kat pat wo a ‘superfosfato 240 10, 0 grau de concluséo da reacao 6: Logo, © grau de conclusdo da reagao é: 3 == x100 = 90,6% 154 Balango Material - Capitulo 4 f 4d) A quantidade de matéria de fosfato que reagiu para produzir 0 superfosfato & 1,20 kmol (a relacao estequiométrica fostato/superfosfato é 1/1] e @ quantidade de fosfato usada foi 1,48 kmol, logo, a % de converséo de fosfato em superfosfato 6: % de conversio = 122x100 = 811% 148 vee Exemplo 4.7. Balanco material no processo de produséo de éxido de etileno Oxide de etileno pode ser produzide pela oxidagao catalitica de eteno de acorde com a seguinte reagao: 20,H, +0, > 20,H,0 o A carge do reator contém100 kmol de eteno © 80 kmol de oxigénio, Calcule: a. quem 6 0 reagents limitante; : 2 b. a % de excesso do reagente em excesso; > ©, as quantidades de cada reagente e produto presentes no final da reagio @ a % de conversao do etena, se 0 grau de conclusao 6 60%; d. a converséo do eteno, a converséo do oxigénio e o grau de conclusao da reacéo, se 50 kmol de O2 estiverem presentes no final da reacao. Solugéo: a. O reagente limitante 6 0 eteno, pois ole deveria estar presente com 2 vezes a quantidade de matéria do O, para estar em proporgao estequiométrica. b. Excesso de O; = 80 - 50 = 30 kmol. % de excesso de O, 3)x100 = 60% ©. eteno que reage = (100 kmol) x (0,50) = 50 kmol eteno que resta no final = 100 - 50 = 50 kmol oxigénio que reage = 50/2 = 26 kmol oxigénio que resta no final = 80 - 25 = 85 kmol ' % de converséo de eteno = grau de conclusia = 60% d. oxigénio que reage = 80 - 50 = 30 kmol eteno que reage = 2 x 40 kmol = 80 kmol % de converséo do eteno = (80 kmol/100 kmol) x 100 = 80% % de conversao do oxigénio = (30 kmol/80 kmol) x 100 = 37,5% : grau de conclusao da reaco = % de conversao do eteno = 80% one Capitulo 4 ~ Balango Material 155 de eteno Exemplo 4.8. Balango material no processo de produ Eteno pode ser produzide pela desidrogenacao catalitica de etano, onde metano tam- bém é gerado como produto indesejével, de acordo com as seguintes reagées: Cota > CoH, +Ha i CoH +Hs > 20H, ‘A carga é alimentada continuaments no feator na vazio de 100 kmo/h e com a se- guinte composic&o (x95): etano = 91.4% e inertes,= 8,6%. O produto efluente do reator tem a vazdo de 180 kmol/h © 2 seguinte composicao (xi%): etano = 26,8%, eteno = 33,8%, hidrogénio = 32.2%, metano = 2,4% ¢ inertes = 5,8%. Calcule: a, a % de conversio de etano; b. a % de rendimento do eten: . a seletividade do eteno om relacsa so metano. Solugao: \Vazio molar dos componentes de cars: tana = $1.4kmo/h inertes = 8,6 kmol/h \Vazio molar dos componentes do produto: etano = 38,7 kmol/h eteno = 50,7 kmol/h hidrogénio = 48,3 kmol/h metano = 3,6 kmol/h jertes = 8,7 kmol/h Total = 150,0 kmol/h Etano convertide em produtos = 91,4 ~ 38,7 = 52,7 kmolih 12,7 = = 877% 222) x100 5 a. % de conversao de etano = Eteno formado se a reacdo fesse completa para formagio de eteno = 91,4 kmol/h (raz8o moler eteno/etano =1) 50,7) jento de etano =| 20 | x100 = 555% (ea) b, %de re «. seletividade do eteno em relacdo a0 metano (22) x10 = 555% eee Os conceitos definidos nos dois exemplos anteriores, com as relagdes esteq| ‘ométricas fornecidas pela equagao quimica ajustada, nos permitem tirar conclusdes sobre a viabilidade e a economicidade dos processos industriais. No entanto, deve ficar claro que a equaggo quimice nos dé informacées limitadas, uma vez que ela ndo nos dé informagées, como: 156 Balanco Material ~ Capitulo 4 1. Se a reago poderé ocorrer ou nao, pois isto depende de uma anélise termodina- mica. A equacao informa as proporcdes estequiométricas entre os reagentes & produtos, se a reagdo ocorrer. 2. Qual a velocidade da reagao, pare prevermos o tempo de durago da reaco e dimensionarmos o volume do equipamento onde ela ocorreré? Isto s6 6 obtido ‘com o estudo da cinética quimica 3. As melhores condigées de operagao para a realizagdo da reacao. Entre os varios processos quimicos industriais, a combustéo é um processo muito comum em diversas indiistrias, dovido obtencao de energia térmica conse- guida com 2 queima de um combustivel féssil, normalmente carvao ou derivados do petrdleo. Devido a sua importéncia, dedicaremos um pouco mais de atenc&o aos pro- blemas relacionados com a combustéo. 4.2.2.1. Problemas com processa de combusts ‘A combustéo 6 um processo industrial em que um combustivel, normalmente derivado de petréleo, 6 queimado com ar (em excesso em relagdo ao combustivel) gerando uma mistura gasosa conhecida como gas de combustéo ou gés de chaminé (porque este gés é eliminado por uma chaminé). © combustivel industrial é, normal mente, formado por uma mistura de hidrocarbonetos, uma vez que so oriundos do petréleo, com possiveis contaminagdes de derivados sulfurados, Independente dos possiveis mecanismos de reacao, em termos de estequiometria, pode-se escrever que as reacdes sejam: C +02 + C0, Eq. 4.7a 4H + O: > 2H,0 Eq. 4.7b S + Op +80; Eq. 4.70 Assim, 0 gés de combustdo seré constituido, normaimente, de didxido de car- bono (CO2), vapor d’égua (HO), oxigénio (2) em excesso e 0 nitrogénio (N.) do ar que néo reage. O monéxido de carbono (CO) podera aparecer nos gases de combus- 180, se a combustdo ocorrer com baixo excesso de ar. Quando 0 combustivel é con- ‘teminado com derivedos sulfurados, os gases de combustao contergo também 0 dié- xido de enxofre (S02). 0 gés de combustdo efluente da chaminé & também chamado de gas de chaminé. © gas de combustéo € normalmente analisado nos equipamentos industriais, como os fornos de processo e es caldeiras (para geracéo de vapor d’égua), para o controle do processo de combustao. Esta andlise ¢, normalmente, feita em um equi- pamento conhecido como eparelho de Orsat. Como 0 gas de combustao é previamen- te resfriado até a temperatura ambiente, para permitir a condensagéo da maior parte do vapor d’gua {uma pequena parcela de vapor d'égua fica presente em equilibrio na mistura de gases}, a andlise é dita ser em base seca. Neste aparelho, uma amostra (100 mé) dos gases, apés ‘nalisada volumetricamente ne ‘cadas 20 lado do o8s: ‘Quanda 0 gis de cor Joeremas @ composio&o que le estard presente? O ‘valor. Parte dele pode ser absorvido pela solugéo aquo ‘98s nas ampolas de medigo, através da elevagio do pote 0 sr parte deveré ser sbsorvi- da pela solucdo céustica de absorvag bos 08 gases tém car ter Scido (s80 oxidcidos).. No 08 resultados, pois nos combustivels ind jalmente muito beixa, Como veremas no exemplo 4.7. Atualmente, aparethos ele fisico-quimicas, vem ‘sendo utiizados para enslise que coletam uma famosira diretemente da chat rentes, normalmente © oxigér também 0 analisador continuo podem ser utlizados pi teor de Oz, 0 toor de CO e até {que se formam em pequer pesados) ‘Muitos problemas de o« ‘composi¢se do combustivel, Definiedes importantes: 0; te6rico (ou 02 esteg e Op necesséria pare ocorrer combustéo complete. i F Ar teérico (ou ar' necesséria para ocorrer a com- bbustdo completa, & a quanti bbase relativa, ou seia: = reese de Or 499 Fg. 4.8 deexcasso 46 a = i 0; teérice 158 Balango Material ~ Capitulo 4 A telagao € vélida tanto para 0 ar como para 0 oxigénio, pois o excesso de O; = 0,21 do excasso de ar @ O2 tedrico = 0,21 do ar teérico. Se ocorrer combustéo incompleta (presenga de CO), 0 excesso de ar é calcula- do como se a combustéo fosse completa. Se 0 combustivel contém oxigénio, a % de excesso de ar é baseada na deman- da liquida de oxigénio, que € 0 O2 total necessério para a combustéo completa menos © O2 presente no combustivel. 02 real — quantidade total de O2 usada na combustéo, que é igual & soma do O2 ted- rico e 0 Ozem excesso. Ar real — quantidade total de ar usada na combustéo, que é igual & soma do ar teéri- co @ 0 arem excesso. Em um problema de combustéo em que a anélise dos gases de combustdo & usada em base seca, 0 seguinte esquema pode ser adotado: Agua. Bie de_chemind 4s de combustao seco Combustio [Anal orgar}-G## de combustzo seco , i Figura 4.2. Esquema do processo de combusts soe Exemplo 4.9. Balango material na combustéo de um éleo combustivel Um 6leo combustivel obtido a partir de um petréleo contendo elevado teor de enxofre € queimado em um forno industrial, usando 30% de excesso de ar. A anélise elemen- tar do éleo combustivel indicou: C = 85,5% , H = 9,7%, S = 4,8%. Calcule. a composiggo do gas de chaminé (GC) e a do gs seco (G), considerando a combustao completa do dleo combustivel Agua W Oleo sombustivel Ff ——|_Gas de chaminé Gis de combustio seco eg ee a roe, Capitulo 4 ~ Balanco Material 159 Solugéo: Antes de iniciarmos a solugdo, é bom lembrarmos que as composigées dadas estdo em bases diferentes, ou seja, a anélise elementar do combustivel é em base méssica ea composigao do ar 6 em base volumétrica (ou em quantidade de matéria). Para o balanco material é conveniente adotarmos a composi¢ao do er como % em quantida- de de matéria. Base de célculo: F = 100,0 kg é Elemento F kg M, kgikmo! F, kmol a 855) 12,01 742 H 97 1,01 9,60 Ss 48 32,06 0,18 Total 10,0 16,87 ‘Ikmol de C reage com 1kmol de Oz para dar 1 kmol deCO2 (ver equacao 4.7a) Akmol de H reagem com tkmol de O2 para dar 2 kmol de H,0 (ver equagao 4.7b) ‘1kmol de S reage com 1kmol de QO» para dar 1 kmoldeSOz —_—(ver equa¢ao 4.7c) Logo: COz: 7,12 kmol HzO: 4,80 kmol $02: 0,15 kmol Q2 tedrico = Opdo C: 7,12 kmol 02 do H: 2,40 kmol Ondo S: 0,15 kmol 9,67 kmol Op excesso = (0,30)(9,67) = 2,90 kmol 02 real = 9,67 + 2,90 = 12,57 kmol ( 79kmolN, ) a, No real = (12,57 kmol)| =o 2 \21kmol 0, Assim, as composicdes do gas de chaminé GCibase timida) e a do gas seco G seréo: ‘Componente . GC, kmol GC, %mol G, kmol G, %mol Coz TAZ 11,43 742 12,39 802 0,18) 0,24 0.16; 0,26 Oe 2,90 4,66 2,20) 5,05 Ne 47,30 75,96 47,30 82,30 120 4,80. 17 = = Total 62,26 100.00 57.46 100.0) 160 Balanco Material ~ Capitulo 4 Observe que, mesmo para o combustivel com elevado teor de enxofre, a composigo do $Or (0,26%) no gés de combustdo seco (G) ¢ desprezivel, se comparada com a do CO; (12,39%), como comentado anteriormente. eee Exemplo 4.10, Balanco material na combustio de um gés combustivel De um forno queimando gés combustivel resultou a seguinte anélise de Orsat dos gases de combustao: COz = 7,53%, O: = 7,53%; CO = 0%. Calcule: a) a % de excesso de ar; * bb) a composigao do gas de chaminé. Agua Gas de combustiio seco C0,=7.63%) © (Gée de charming Combustivel emanate) Ge F ‘Anal Ort combusts j= 70% «—Cemento de igasio Solugao: ‘As composigées tanto do gés de combustdo seco como a do ar séo em % em volume ‘ou % em quantidade de matéria. Para o balango material é conveniente adotarmos como % em quantidade de matéria. A % de excesso de ar desejada pode ser calcula- da por: excess deO, 440 excesso de O» =o 2 x 100 0; teérico 0,do ar-excesso de Oz % de excesso de ar = Isto porque através de um balango de Oz vemos que o O; que entra com o ar é igual ‘a0 Oz tedrico (que reage dando CO, e Hz0) mais 0 O2 em excesso, ou seja: 0, do ar = 0; tedrico + excesso de O, :, O2 tebrico = O2 do ar ~ excesso de O2 Base de cédiculo: G = 100,0 kmol excesso de O2' = 7,53 kmol Balango de Na": Nz do ar = Np em G = 84,94 kmol (84,94) sno ere) = 22,58 kmol 0; doar 0 balango material dave ser feito para os elementos oxigdnio e nitrogénio. Por opeBo, 0 belanco foi feito pera.o dobro de quantidade de matéria destes elementos, ou saja, para Oz © No. Capitulo 4 ~ Belenco Material 161 BS ef % de excesso de ar = 5>E5 oa gq X100 = 50% Para 0 calculo da composicao do gés de chaminé (gs imido), precisamos determiriar a quantidade de matéria de égua formada na combustéo. O 0; tedrico (22,58-7,53=15,05 kmol) igual 20 Q> que reagiu, gerando CO, & H,0. Pela estequiometria, temos que: 1 kmol de C reage com 1 kmol de O; para dar 1,kmol de COz (ver equaco 4.7a) 4 kmol de H reagem com 1 kmol de Q2 para dar 2 kmol de H20 (ver equaco 4.7b) Logo, 0 Oz que reagiu para formar CO; corresponde a 7,53 kmol, © 0 que reagiu para formar a 4gua corresponde & diferenca, que é igual a 15,05 - 7,53 = 7,52 kmol. 2kmol 20 15,04 kmol ‘TkmolO» Entéo, a agua formada corresponde a: 7,52 kmol ( quantidade de matéria do gas de chaminé = 100 +15,04 = 115,04 kmol Composigao do gés de chaminé: C02 = 100(7,53/115,04) = 6,55% 100(7,53 / 115,04) = 6,55% 100(84,94 / 115,04) = 73,83% H;0 = 100(15,04/115,04) =13,07% Outra solugao: Vamos resolver 0 problema em forma de planilha e com a mesma base de célculo (G = 100,0 kmol). Entra, Elemento |G, kmol W, kmol F, kmol ‘A, kmot ic 7.53 = 7,53 = H = 2 15,06" = Ne 84,94 = = 84,947) "TO, exc + O2do002 “componente de ligagio Como a relagao O2/N2 6 conhecida, podemos determinar a quantidade de matéria de Qpno ar, e por balango a quantidade de matéria de Ozna agua. Entram ‘Saem ‘A, kmol 7.53 = 15,06 7,52" = 22,58" 84,94, = = 84,94 ‘Op = (21/79)(84,94) __ “polo balango de Os 162 Bolanco Material ~ Capitulo 4 Agora 86 falta completar o balango de H. Como ja se conhece a quantidade de maté- ria de Opna agua ¢ a relagéo H/Oz 6 de 4:1, vem: H = 30,08 ~ 30,08 = Os 15,06 762 5, = 22,58 Ne 84,94 = = 84,94 = (4/1107,62), ‘A quantidade de matéria da égua é calculada por qualquer uma das relacées estequio- métricas: 2 kmol Hz0/4 kmol H ou 2 kmol H20/1 kmol O2. 0 célculo da composi¢ao do gés de chaminé ¢ feito exatamente como na solugéo anterior. oo Exemplo 4.11. Balango material na combustao de um éleo combustivel Um 6leo combustivel 6 queimado em um forno gerando um gas de combustao com a saguinte anélise de Orsat: CO; = 13,2%, O; = 3,6%, CO = 0,4%. Calcule: a) % de excesso de ar; b) razdes méssicas: ar de combustéo / leo combustivel e gas de chaminé / dleo combustivel: ¢} composicao centesimal do dleo. Agua w ie combustivel Gs de shaming Janae »[ Combustéo haminé = Grami}__Sés de combust 6 SE COy=13.2% 6 \ arfo,=21% Se a lemento de ligagso huge7om «Elemento de Hones Solueso: Base de Célculo: G = 100 kmol O excesso de ar ¢ calculado como se a combustao fosse completa. Neste caso, 0 excesso de O2 no gas de combustao seria um valor menor do que o analisado, pois a diferenga seria 0 Op que seria consumido para a combustao do CO presente no gas de combustao. Como a relagao 02 /CO 6 0,5/1, ver: ‘zs excesso de O2 = 3,6 ~ (0,4)(0,5) = 3,4 kmol Capitulo 4 ~ Balango Material 163 excesso de 0» ences C02 "100 (0,do ar-excesso de O, a) % de excesso de ar = Balango de Nz (componente de ligacao): Nz no ar = Nzem G = 82,8 kmol Relagio O,/ Nz no ar: O, do ar = (82,8 soi 278 i |- 22,0 kmol 34 le excesso de ar =>" __x190 = 18,3: 1% de excesso de ar = >= x100 1% b) Razéo méssica A/F fs ib a 28, 320k . massa de A = (82,8kmol wn 2228 + (22,0kmol on( 220t2) =3039kg Balango de O2: Qzno ar = (02 em G} + (Q20em W) Onno ar = {Oz em CO2) + (Oz em CO) + (Oz excesso) + (O2 em W) 22,0 = 13,2 + 0,2 + 3,6 (sem W) (0, em W) = 5.0 ko yyy Balango de C (componente dé ligac8o): (Cem F) = (CemG) = 13,2 kmol )Balango de H: : bs * ze 4kmol Ht 4kmolH Hem F)=(H em Wh = Smelt ) (5,0 kmon{ SKMOH | _ 96, (H em F)=(H em W) (Crom wn( tot) ( eon ior 26,0kmol qua formada: (5,0 kmol on (mete a SO) sone 2 A : & y massa de F = 132kmon( 12048 = (20,0kmo0( ¥2%8) - 179 kg kmal kmol AIF = 3.038 kg / 179 kg = 17.0 massa de GC = massa de A + masea de F Balango Material ~ Capitulo 4 164 GC/F = A/F +1=17,0+1 18,0 c) Composi¢ao centesimal do dleo BC = 7 Emon Dain ae SE oTtg Temi aii %6H {20,0 kmol)(1,01kg/mol)_ 13% = G32 kmoH{12,01kg/mol) +(20,0 kmo (OT ka/kmol) Outra solugéo: Balanco material por planilha: Base de Calculo: G = 100 kmol Saem Entram Elementos |G, kmol_| W,kmol_| A, kmol F, kmol a 13,2 = = 53:28 H = 20,0 = 20,08 Oe 17,0" 5,0" 22,0 = Ne 82,8 = 82,87 = "1 Qexe + Ozdo CO + Ozdo COs ® componente de ligardo © O2 = (21/79)(82,8) '! pelo balango da Oz 8 H=(4/1116,0), | pelo balanco do H Usando as massas molares dos elementos, podemos obter as massas de todas as correntes. Saem Entram Gas seco (G) Agua (W) Oleo (F) Elementos | w,kmol |_m. kg |W, kmot | m. kg |, kmol 1, krmol | AM. kg ¢ 13,2 159 | - = | 132 | 159 H = aE = 20_.| 20 2 170 | saa | 5,0 220 | 70a] — = Ne aza | 2335 | — — | 026 | zea] — = = 3038 | - iso | — [soso] — 179 Gas de chaminé: GC = G + W = 3038 + 180 = 3218 kg As razdes massicas e a composigao centesimal do dleo sao obtidas da mesma man: ra que a solugao por equacées. eee re Capitulo 4 ~ Balango Material 165 4.2.3. Problemas com processos compostos de varios elementos Nas anélises dos problemas anteriores, nos concentramos em processos (ou sistemas) compostos de um tinico elemento de equipamento, como a destilacdo, a absorgéo ¢ a combust. Nos problemas praticos, de uma forma geral, esses ¢ outros Processos envolvam varios elementos ou subsistemas, nos quais os célculos de be- lango material devem ser feitos para uma especificacéo completa de todas as corren- tes que entram e saem dos diversos elemento do processo. Se 0 processo com- posto de n elementos, teremos n+1 balancos potenciais que podem ser escritos em torno de cada elemento em torno de todo © proceso, em que somente n balancos Por envoltéria serdo independentes. & claro que @ envoltéria que definiré o nosso sub- sistema poderé incluir mais de um elemento do processo, o que dependeré de que as. vazdes © as composigdes das correntes sejam conhecidas. Nao ha sentido tragar en- voltérias que cortem correntes cujas informagées sobre elas ndo séo conhecidas ou que nao se desejam conhecer. one Exemplo 4.12, Balan¢o material em proceso com duas colunas de destilacéo Deseja-se separar por destilacdo um mistura de 3 componentes em 3 produtos enti Guecidos cada um em um des 3 componentes, conforme o esquema abaixo. A mis- tura a ser separada (carga global do proceso) contém: a = 60,0% , b = 30,0% e © = 20,0% (xi%). Na primeira coluna deverd ser recuperado, no destilado D;, 88% do componente a. Na segunda coluna, deverd ser recuperado 80% do componente b no destilado Dz e 75% do componente c no residuo B, (recuperagdes expresses em felagéo carga global do proceso). O destilado D, da primeira coluna, deveré ter a seguinte composicao (x.%): a = 94.3%, b = 4,2% e c = 1,5%. O destilado D2 da segunda coluna deverd corresponder 2 60% da carga B; da segunda coluna. Calcule: a. a composigao das correntes efluentes do processo global (Dj, Ds ¢ B:); b. a recuperacao de b em Dz de ¢ em By, em relacdo a carga B, da segunda coluna. Destlado2, Dy drecurn=co% - Colima 2 Rosidue2, By Recup, 168 Balango Material ~ Capitulo 4 Solucéo: Como as recuperagdes so conhecidas, a solugo por planitha 6 conveniente. Como a Gnica composigéio conhecida é a da carga, a base de célculo adequada € a vazio mo” lar de carga. Como se deseja as composigdes das correntes Ds, Dz ¢ Bz, vamos fazer © balango na envoltéria global do processo. Porém, para usarmos a relagao fornecide D2/B; = 0,6, precisamos do balango total na coluna 1 que nos fornece: F =D, +B, ou By =F-Di Base de célculo: F = 100,00 kmol/h 3 Usando as informagées de recuperaco dos componentes, obtemos: tava = Componentes | Fkmelh | De kmoth TBs kal [Bi kth a 50,00 44,00" bd 30,00 24,007 : 70,00] 15,00" Total | _ 100,00 = (0,88)(50) '® =(0,80)(30) =(0,751120) Uma vez que a composigio de D; 6 conhecida, e j4 sabemos a vazdo molar de a em Dy, as vazdes molares de b ec em D; sao facilmente obtidas. ‘Componentes emol/h F, kmolih_| Dy, kmol/h 60,00 | _44,00 b 30,00 1,96" 24,00 ¢ 20,00 | 0,70" 1500 | [rent 700,00 46,66" | (# =44/0,943 "8 =(46,66)(0,042), "6 = (46,66)10,015) Como B; = F-D; = 100,00 ~ 46,66=53,34 kmolh > Dz ,6(53,34) = 32,00 kmol/h. Pela planilha anterior, nota-se que se pode efetuar um balango dos componentes b e ¢, ficando a planilha assim: ae ora] Se een [ee oa 3 rd TI b 30,00 1,96 24,00 4,04 c 20,00 0,70. 15,00, ‘Componentes. Capitulo 4 ~ Balanco Material 167 Agora pode-se completar a plenilha, fazendo-se um balango em Dz, um balango do componente ae um balanco global (ou em B.). Entra Seem Componentes | _F, kmollh | Ds, kmollh_| Dz, kmol/h | Bz, kmol/h a 50,00_| 44,00 3.70% | __ 2,20" b 30,00 1,96 24,00 4,04 e 20,00 0,70) 4,30__| 15,00 Total 100,00 | 46,66 32,00 | 21,34" Sipalango em Dz bslangos de a" balango totel Para 0 céiculo da recuperacao na coluna 2, precisamos da vazio molar dos componen- tes b ec na carga B; da colune 2, 0 que obtemos por um balango na coluna 2. componente b em By = bem D; + bem By = 24,00 + 4,04 = 28,04 kmol/h componente c em B;= c em Dz + com B, = 4,30 + 15,00 = 19,30 kmol/h 24,00 Jo de b em Dz ni Ht - x100 = 85,6% Recuperagao de na coluna 2 = 55 e 15,00 Recuperagéo de c em B, nacoluna 2. =75°55%100=77,7% 19,30 vee 4.2.4. Problemas com processos de vaporizacdo e condensagao parcial de materiais gasosas No capitulo 3, secdo 3.4.2, estudamos os materiais gasosos saturados com vapores © vimos as condiodes em que os vapores de Iiquides saturam os gases ndo- condensaveis, alcangando uma condicao de equilibrio, condigao esta que, uma vez alcancada, poderé ocorrer a condensacao destes vapores de liquido, se 0 gés é resfria- do ou se a sua presséo é elevada. Alguns problemas envolvem a vaporizacao Uo liqui- do (normalmente 4gua) presente em um sélido, o que acontece na secagem de qual- quer material sélido usando normalmente 0 ar como agente de secagem; outros en- volvem a vaporizagio do liquide pelo ar succionado por ventiladores, como no caso da torres de resfriamento de agua. No sentido inverso, podemos ter problemas que envolvem a condensacao da umidade do ar (para ser usado como ar de instrumento, por exemplo), usando uma substancia que absorveré a umidade, como a sflica-gel. Em todos os problemas destes tipos, usaremos os conceitos analisados na secao 3.4.2. 168 Balengo Material ~ Capitulo 4 eee Exemplo 4.13. Balango material em processo de condensa¢éo parci Um ar atmosférico na temperatura de 30°C e pressdo barométrica de 98 520 Pa esta com a umidade relative de 60%. Calcule: a. a umidade molar e 0 ponto de orvalho do ar; b. @ umidade molar do ar, se a temperatura for reduzida pare 10°C e a pressdo for elevada para 250 kPa, ocorrendo a condensa¢ao de parte da dgua; c. a % de agua condensada no item b; d, a % de redugao de volume do ar timid, ao ocorrer a condensagao do item b. Solu 0 item a jé foi resolvido no exemplo 3.21 do capitulo 3, com a seguinte solugéo: a. A pressao de vapor da dgua a 30°C é 4 241,5 Pa, que 6 igual 8 pressio parcial do vapor d’égua ( p, ) na condigao de saturacao (Up % = 100%) inicial. Logo: pi = p'légua) = 4241,5 Pa (42415). (0,60) = 2544,9 Pa M.__ Py _ 25449 ___ 0,0265 mol de vapor N, P—P, 98520-25449 — moldear seco Yrniiciat = No ponto de orvelho p’(égua)= p, = 2544.9 Pa, 0 que eqiivale a temperatura de 21,4°C (por interpolacao na tabela de presséo de vapor d’égua - apéndice F, tabela F.1). b. No processo de compressio e resfriamento, o vapor d’équa se satura (U%= 100%) ‘condensa parcialmente. Logo, na condi final, 10°C e 250 kPa, vem: py = p’ (agua, 10°C) = 1227.3 Pa. Portanto: GSN ae 0,0049 mol de vapor final N, p—p, 250000-1227,3 ‘mol de ar seco Ar dio (1 ‘Ar amido (P) 30°, 98 520 Pa, Up= 60% Tompressio ® |_10°C, 250 000 Fa, Un= 100% ‘Ar eec0 i (0049 molimol ar seco Niqua=' ‘mol 00 ‘Vapor d'éque Vapor aqua =0,0268 movinol de ar seco Ta ay Tondensads Capitulo 4 ~ Balanco Material 163 c. Base de céiculo: 100,00 mol de ar seco Componente gua condensada 2,16 mol = ee ee 100 = 815% % de 4gua condensada rane 1100 © Fe mai d. A % de redugao de volume seré dada por: Mics — Vanat x 4 00 x100 ( Nanas Tenet Pas 100 Nit Tri Pia 100,49 283,15 98520 102,65 303,15 250 000, % redugao de volume = (- 100 = 64,0% eee 4.2.5. Preblemas com presesses com reeicle e purga Problemas envolvendo reciclo e purga de correntes sao freqtientemente encon- trados na indistria quimica e do petréleo. As correntes de reciclo na engenharia qui- mica so usadas para enriquecer um produto, para aumentar rendimentos, para con- servar energia ou para reduzir custos operacionais. A figura abaixo representa esque- maticamente um proceso que possui ambas as correntes: reciclo e purga. ciclo (a) | Produto (0) Proceso Tresca (F ‘combinada (Fal Figura 4.3. Esquema de processo com reciclo e purga S&o varios os exemplos industriais onde estas correntes podem estar presentes. Em processos fisicos de separacdo, podem-se citar: a) em colunas de destilacao, parte do destilado retorna & torre como reflux para enriquecer 0 destilado no componente 170 Balango Material - Capitulo 4 mais leve, obtendo uma melhor qualidade do destilado, quanto maior for essa corrente de refluxo; b) em operagées de secagem com ar, parte do ar efluente do secedor é reci- clado, misturando-se com o ar fresco na entrada do secador, com 0 objetivo de manter uma alta vazdo de ar no secedor, aquecendo apenas 0 ar fresco e mantendo @ umidade do at em nivel razoavel. No primeiro exemplo, o reciclo é usado para melhorar a quali- dade do produto e no segundo, para reducao do custo operacional. Nos processos quimicos envolvendo reacée quimica, como nos processos de refino do petréleo, a maioria das correntes s40 misturas muito complexas, exigindo muitas etapas de separacéo que envolvem reciclo de algumas das correntes. Nos reatores cataliticos, como os existentes na sintese da amonia a partir de Nz © Hz, Ou nna sintese do metanol a partir do CO e Hz, somente parte dos gases presentes na carga reagem, ou seja, @ converséo no produto final néo é completa. Os produtos sio separados e a mistura gasosa nao convertida em produto é reciclada para o reator, apés ser misturada com a carga fresca. Estas operagoes de reciclo so importantes, pois desta forma se consegue um aproveitamento maior da matéria-prima, levando @ uma tedugéo do custo de produgae, apesar de um maior custo de investimento, uma vez que os reatores precisarao ter uma maior capacidade para permitir processar uma maior vazdo de carga do reator (a carga combinada). Se componentes inertes (com- ponentes que néo participam da reago) estiverem presentes na carga, tais como 0 argénio (proveniente do ar) na mistura de Nz ~ He (carga do conversor de amonia), 6 necessério que se face uma purga continua da mistura gasosa néo convertida para limitar 2 concentragao deste inerte na entrada do reator, ou seja, néo se fezendo a purga ¢ reciclando todo o materiel néo-reagente, a concentragéo de inerte cresceria limitadamente no reator. Freqientemente, os célculos de reciclo provocam dificuldades, principalmente nos iniciantes, por uma faiha na anélise da envolt6ria, onde 0 balanco seré feito. Os céloulos de reciclo séo feitos pare o estado estacionério, ou seja, nao ha perda ou acréscimo de massa no processo nem na corrente de recicio. Como os processos de reciclo tém ca racteristicas comuns, as técnicas usadas na solupao dos problemas séo semelhantes. Podemos fazer um balango total, bem como um balenco pers cada componente em cada uma das quatro possiveis envoltérias, como marcadas na figura 4.3: ‘+ sistema global 1, onde a corrente de reciclo esté no interior da envoltsria; ‘+ subsistema 2, no ponto de uniéo da carga fresca com o reciclo (somador); subsistema 3, no processo propriamente dito; subsistema 4, no ponto de separacdo do produto das correntes de reciclo & purga ( separadon). . No entanto, somente 3 dos 4 balancos sio independentes, pois o balango glo- bal 6 a soma dos outros 3 balangos. O balango global nao corta a corrente de reciclo, pois ela esta incluida dentro da envoltéria ¢, portanto, este balango sozinho nao seré Util para determinar a corrente de reciclo. Pode-se também tracar envoltérias englo- bando as envoltérias 2 © 3 ou a3 © 4. Ocorrendo reagao quimica, a relacdo estequio- métrica entre os reagentes @ produtos deve ser conhecida, além do reagente limitante do grau de converséo no reator. = Capitulo 4 ~ Balango Material m Para ilustrar um problema com reciclo e sem reacao quimica, vamos considerar @ operacao de secagem de sdlidos utilizando ar quente, em que o sélido e o ar entram em contato em contracorrente, de acorde com o esquema a seguir. ‘Ar reciclado a Ay At fresco At usado Fi Sélido seco Séido Gmide i Sec8d0r Figura 4.4, Esquema do processo de secagem com reciclo de ar Parte do ar efluente do secador retorna a entrada do secador misturando-se com 0 ar fresco previamente aquecido. A fracao do ar recirculado depende de um balango econémico que leva em conta o custo de investimento e os custos operacio- hais envolvidos. Neste tipo de problema, é interessante destacar dois aspectos, antes de analisarmos um exemplo: 1. normaimente, se’trabalha com a umidade do ar (U), que é expressa em massa de gua por massa de ar seco e, portanto, Uma-base conveniente de calculo 6 a massa de ar seco; 2. 0 problema pode ser dividido em dois subsistemas. Podemos imaginar uma linha diviséria ficticia, em que um subsistema é formado apenas pelo sélido (1) e que o vapor d’agua atravessa essa linha indo para o outro subsistema formado pelo ar (2). AA aoe Gg A%0 6A Exemplo 4.14. Balanco material em um secador com reciclo de ar quente Um sélido contendo 20,0% (f, %) de agua é alimentado continuamente em um seca- dor a ar com a vazio de 1 000 kg/h para reduzir 0 teor de gua a um maximo de 4% O ar fresco tem a umidade de 0,83 kg de Agua(v) / 100 kg de ar seco ¢ 0 ar efluente do secador deve ser limitado a 22,2 kg de dgua / 100 kg de ar seco. A correnté de ar recirculado é regulada para que a umidade do ar na entrada do secador nao ultrapasse 4,4 kg de agua(v) / 100 kg de ar seco. Calcule as vazdes massicas de ar fresco © d= ar de reciclo. Solugao: Vamos subdividir 0 processo em dois subsistemas, conforme mostra a figura 4.4. A analise do subsistema sdlido mostra que o problema é idéntico ao problema analisado no exemplo 4.1. 172 Balango Material ~ Capitulo 4 Balanco de massa na envoltéria do subsistema solido (envoltéria 1): Base de célculo: F = 1 000 kg/h F, kg/h P, kafh W, kg/h | [ soriao 00,0 300.0 E Agua 200.0 33.8 166,7 Total 1.000 2333 1667 A vazio de 4gua removida do sélido passa totalmente para o ar no interior do seca dor. Como conhecemos a umidade do ar antes © apés 0 secador, podemos, por um balango no subsistema ar, calcular a vazio de agua absorvida pelo ar. Para a solugao desta parte do problema podemos usar uma outra base de célculo mais adequada ¢ depois relacionar as duas bases de célculo a fim de encontrarmos as vazGes de ar solicitadas. Balanco na envoltéria do subsistema ar (envoltéria 2): wlAeue (vapor) Ar combined acusedo 1 combina so Aeconbnts — Ser tO-roa tg area A Ar fresco! 5 22, 2k¢ HO 7900 kg ar seco Reciclo R Base de céloulo: 100,00 kg de ar seco em Ar Entram Sai ‘Componentes: Ae, kg W. kg. Au. kg ‘Ar s8co, 100,00 = 0 gua 0,83) 21,37 22,2 Total 700,83 122,20 Desta planitha obtivemos que, para 100,83 kg de ar fresco, a massa de agua absor- vida pelo ar seria de 21,37 kg. Para a base de célculo anterior (1 000 kg/h de sélido imido) a vazao de dgua absorvida pelo ar 6 de 166,67 kg/h, logo, a vazo de ar fres- co necesséria é de : Ar fresco = Ap = (eae 137 kg Je 66,7 kg/h) = 786,5kg/h Para 0 célculo da vazio de ar de reciclo precisamos fazer um balango no somador. Para tal, vamos usar a mesma base de calculo para o ar (100 kg de ar seco), e, neste caso, as correntes de reciclo (R) e de carga combinada (M) estaréo expressas na mesma base (kg de ar seco), ou seja, R’ kg de ar seco e M’ kg de ar seco. Capitulo 4 ~ Balango Material 173 Balango no somador: ar seco: 100 + R’ = M’ Agua: 0,83 + 0,222R’ = (100 + R'(0,044) 0,178R’ = 4,40 - 0,83 = 3,57 2 0B = 20,1kg de ar seco 22,2 kg de umi ec) “a6 keg te dade agua em R = (20,1kg de ar sooo) 222 ta deumisade 9 eco) Massa total de reciclo: R = 20,1 + 4,46 = 24,6 kg Mudando a base de célculo para a base de sélide tmido, vem: 246 ko atk KS _\(786,5 kg/h) 192 kg/h 700,83 se als) e Ar de reciclo = ( eee Antes de ilustrarmos um problema de um process quimico com reciclo, é ne- cessério chamar a atencgo do leitor que, para este caso, dois termos aplicados para conversao sao normalmente usados, a conversao global do proceso e a converséo por passe no reator. Conversao global — é a fracdo (ou porcentagem) do reagente presente na carga fres- a que é convertida em produto(s) efiuente(s) do processo. eagente na carga fresca ~reagente no produto Conversao global = reagente na carga fresca Converséo por passe — & a frac&o (ou porcentagem) do reagente presente na carga combinada que convertida em produto(s) efluente(s) do reator. = reagente na carga combinada - reagente na safda do reator Converséo por passe = “agente na carga combinada ~ reagente na safda do reator ragente na carga combinada eee Exemplo 4.15. Balanco material em um processo com reciclo Considere 0 esquema simplificado de um processo quimico com reciclo em que ocorre a reagdo quimica: A > B + C. A= 100 kmol A= 180 kmol A=100 kmol Separacao C=100 kmol ‘A=80 kmol | } 174 Balango Material ~ Capitulo 4 Converséo global de A = (8 100 = 100% 100 Conversao por passe de A = (Boas 100 = 44,4% A conversao global de A foi calculada em 100% por se ter admitido uma sepa- rago perfeita entre 0 reagente A nao convertido e os produtos B e C, o que normalmente n&o acontece nos processos industriais. Embora na prética @ con- versao global de um reagente seja inferior a 100%, ela seré sempre maior do que a converséo por passe no reator. see Exemplo 4.16, Balanco material no processo de producdo de propeno Propeno pode ser produzido por desidrogenacao catalitica de propano de acordo com a reagdo quimica: CyHy > CyHe + He A conversio de propano por passe no reator 6 de 40,0%. Se o produto efluente do processo contém 4,0% de propano, calcule: a. a conversio global de propano; b. a razio de reciclo RIF. Unidede % Ci puro F | Reator oe ee E separagéo CH Reciclo Solugéo: Balanco no processo global: Base de Célculo: P = 100 kmol Propano em P = 4,0 kmol = Propano nao convertido Propeno + Hidrogénio = 100 - 4,0 = 96,0 kmol Como as relagées estequiométricas sao: 1 kmol de Hp/ kmol C3He ¢ 1 kmol C3He/ kmol CsHe , vem: Capitulo 4 ~ Balanco Material 175 Propeno produzido = Propeno em P = 48,0 kmol Propano convertido = 48,0 kmol gte ropano na carga fresca = 48,0 + 4,0 = 52,0 kmol Logo: (_Propano_conve io 4 0 = 100 =92,3% ea) \s20 % de conversao global de propan Balango no conjunto reator-separador: Propano nao convertido = [4,0 + R (0,84)] kmol Propeno produzido = [48,0 + R (0,16)] kmol relagdes estequiométricas: 1 kmol C3H=/ kmol CH. e 1 kmol de Ho/ kmol CaHe. Propano convertido = Propeno produzido = [48,0 + R (0,16)] kmol Logo: Propano na carga combinada = [4.0+R(0,84)]+[48,0+R(0,16)] = (52,0+R) kmol Propano convertide no reator = (52,0=R) (0,40) = 20,8 + 0,40 R Pelo balanco de propano: Propano convertido no reator = Propane na carga combinada — Propano néo convertido (20,8 + 0,40 R) = (52,0 + R) ~ (4,0 + 0,84 R) Logo R = 27,2/0,24 = 113 kmol R/F = 113/52 = 2,2 tee Exemplo 4.17. Balanco material em processo com reciclo e purga Em um processo de obtencao de etanol hidratado pela hidrdlise do eteno, o gés eteno € 0 vapor d’agua presentes no gas de carga contém 1,0% de gases inertes (gases que no participam da reac3o). Antes de entrar no reator, o gas de carga é misturado com uma corrente de gs de reciclo, obtido apds a separacdo do etanol hidratado, com uma raz&o em quantidade de matéria reciclo/carga fresca = 2,5. O gés efluente do reator vai para um separador onde o etanol hidratado 6 removido e o gas restante 6 dividido em duas correntes: uma de reciclo e uma de purga. Calcule a razio pur- gaireciclo para que o teor de inertes na entrada do reator nao ultrapasse 2,5% em quantidade de matéria. 176 Balanco Material ~ Capitulo 4 Dey eae i aa Recicto (®) 2 Purga (P) Etanol+égua Reator 3 Inertes=zer0 Solugéo: Base de Célculo: F = 100 kmol Como a relagéo reciclo/carga é de 2,8 vern: R = 2,5 F = (2,5) (100) 250 kmol Balango na Envoltéria Global (envoltéria 1): Glemos crater de ya frocto eit cuantidude de mass de inertes na corrente de purga, que é a mesma no reciclo, pois ambas as correntes tém a mesma composi¢ao, embora tenham vaz6es diferentes. Balanco de inertes: —(100)(0,01) = (Py) (1) Balanco no somador (envoltéria 2): Balango molar total: 100 + 250 = Fe = 350 kmol Balango molar de inertes: (100)(0,01) + (250)(yi. = (350)(0,028) > yi= 0,031 Substituindo o valor de y; em (1), encontramos: P = 1/0,031 = 32,3 kmol Logo: PIR = 32,3/250 = 0,129 = 0,13 aoe Exemplo 4.18. Balango material no processo de produgao de aménia No processo de obtencao de amonia, a carga uma mistura gasosa de Np + H2n@ relagao estequiométrica e contém 0,20 kmol de argénio (Ar) por 100 kmol da mistura No+Hs. A conversao'da aménia no reator & de 25%. A aménia formada 6 separada por condensagao e parte dos gases néo convertidos é reciclada para 0 reator © 0 res tante & purgado. O teor maximo de argénio na entrada do reator é de 5 kmol de ar- gonio por 100 kmol da mistura No+ H2- Calcule: a. a razao de reciclo (RIF); b. a razdo de purga (PIR). Capitulo 4 ~ Balanco Material 177 Recicle, ia) Reator Solugéo: * Base de Célculo: F = 100 kmol de Nz+H2 Observagao: Todas as vaz6es das correntes sero expressas em termos de No +Hz O reciclo e a purga tém a mesma razdo em quantidade de matéria Ar/(N2+H2), designada por: quantidade de matéria de Ar em PlouR) quantidade de matéria de N, +H, em PlouR) Balango na Envoltéria Global (envoltéria 1): Balango de argénio (Ar): 0,20 = (P)(¥) : am) Balango no somador (envoltéria 2): Balango total: 100,+ R= Fe Balango no conjunto reator-separador (envolt6ria 3): Balango de argénio (Ar): 100-4 R)O,05) = (P + R).(Yi (2) Balango de Ny +Hp: 75% nao reagem e saem nas correntes de purga (P) e reciclo (R). Logo: 0,75 (100 +-R) = P +R (3) Dividindo (2) por (3) vem: 0,05 /0,75 = ¥,> ¥;= 1/15 ’ (4) Substituindo (4) em (1), vem 0,20 = (P)(1/15)-> PB = 3,0 kmol de Ne-He (6) Substituindo (5) em (3), vem : - 78 +0,75R=3+R> R = 288 kmol de No-H2 + . Logo: =—3_- 9.0104 ¢ R-288 58 R288 F100 178 Balango Material — Capitulo 4 Em termos de quantidade de matéria das correntes, vem: 288 pit eo ae 18_ = 3,06 Este problema pode ser resolvido parcialmente por planiiha. Para isto, podemos fazer inicialmente um balango de aménia no conjunto reator-separador, considerando a ‘conversao de aménia no reator. A base de célculo seré a quantidade de matéria de No-Hp contida na carga combinada, Base de Célculo: F. = 100,0 kmol de No-He = Componentes | Fe, sent | Conersto p/NHy [PR knot | Produte, kml | Ne 25,0 6,26") 18,75 He 75,0 18,75" 56,25 A 5,0 5,0 NH al 12,5 \ =(28,0N0.28) = (78,0(0,25) por balango deNz_— “por balanco de Ha Observe que a razao de quantidade de matéria do argénio (Ar) na corrente gasosa formada pela soma das correntes de purga (P) ¢ de reciclo (R) € a mesma obtida na solugao anterior, isto é: A Yaa 5 ND +H, Balango no Somador (envoltéria 2): Argénio: (F) (0,2/100) + (R) (1/15) = 5 (6) Nj+H F+R= 100 -. F=100-R : 7) Substituindo (7) em (6) e resolvendo, obtemos: R 74,2 kmol F = 25,8 kmol RIF =2,88 Balanco Global (envoltoria 1): Argénio: (F) (0,2/100) = (P)(1/15) ». P = 0,773 kmol PIR = 0,0104 Capitulo 4 ~ Balango Material 179 0 problema também pode ser resolvido tomando como base de célculo a quantidade de matéria total de F (ou de F,). A diferenca é a necessidade de calcular as fracdes de quantidade de matéria dos componentes a partir das razdes de quantidade de matéria conhecidas. Fica como exercicio para o leitor, se achar conveniente. ooo 4.3, Notagao ¥ = residuo ou produto de fundo destilado ou produto de topo carga ou alimentacao carga combinada pressio total, Pa Pressio parcial de um componente vapor, Pa pressao de vapor, Pa pressao parcial de um componente vapor na saturacéo, Pa onstante dos gases ideais, Pa.m°/({kmol.K) feciclo umidade umidade molar = umidade relativa fragio em massa do componente i i= fragaio em quantidade de matéria do componente i frago em quantidade de matéria do componente i fazo em quantidade de matéria do componente i 4.4, Exercicios propostos (ADUma tama de talco contérn 78,0%%em massa de Sque, 80% da gua é removida “Por filtragao e secagem, o que faz reduzir a massa de tama em 72,0 kg) Calcul a. a massa original da lama; 4 ea b. a % de agua presente na lama apés a filtracdo e secagem. CgHgNO, +H20 O nitrobehzeno produzido é insolivel na solugio e a 4gua formada é absorvida pela solugio. Apés o término da batelada, 0 teor de H»SO,na solucdo 6 68,1%. Calcule a frago de HNOs consumido. 0, 1kg de gés cloro é misturado com 0,010 kg de gas hidrogénio. Uma centelha promove a reac&o entre os gases gerando cloreto de hidrogénio. Considerando a rea- Ao completa, calcule: a. 0 reagente limitante; b. a % de excesso do reagente em excesso; c. a massa de HCl formado. (A aetdo térmico pode ser produzido pela reagdo de metano e oxigénio na presen- je um catalisador, gerando também diéxido de carbono como produto indesejavel, de acordo com as reacées: CH, +O; —“"##!_HCOH+H,O CH, +20, —=H8" CO, +2H,0 i a Se 0 produto efluente do reator contém (xi%): HCOH = 45,4%, CO2= 0,8%, CH, = 3,8%, HO = 47,0% € 02 = 3,0%, calcule: a. a % do reagente em excesso; b. a % de conversao do metano; cc. a % de rendimento do aldeido férmico; d. a seletividade do aldeido férmico em relag&o ao CO2. Se a conversdo do metano fosse de 95,0% e o rendimento do aldefdo férmico fosse de 90,0%, calcule: e| a composigao (x;%) do produto efluente do reator; ft a seletividade do aldefdo em relagéo ao CO>. Capitulo 4 - Balanco Material 187 ‘Be piexido de enxofre reage com Oz puro para formar SO3. Usa-se 100% de excesso de Ope a reacdo 6 60% completa. Calcule: a. a % do volume de SO2, Oz e S03 no produto; b. a pressao parcial dos componentes no produto, se a pressao total 6 300,0 kPa. Sabe-se que NO; tende a se associar parcialmente gerando NOs. 10m? de NO2 a 90,0 kPa e 30°C séo mantidos a temperatura, e volume constantes até que seja al- cangado 0 equilibrio, quando a pressao se estabiliza em 68,2 kPa. Calcule a fracdo em quantidade de matéria de N20, na mistura final. ‘ad Uma planta produz dcido fosférico tratando uma rocha rica em fosfate com uma “ soluigao de Acido sulftrico com 78% de H,SO,.A rocha contém 75,0% de Cas|PO,)2 € é alimentada na vazdo méssica de va. ltahyen% do fosfato é convertide @ écido fosforico. A solu¢ao de HzSO, é usada com 26%) de excesso, Celoule: U a. a vazo méssica da solugao de H2SO.; b. 0 teor em massa de H2SO: € HsPO, no produto. 38) Um 6le0 combustivel cuja andlise elementar 6: C=86,5%, H=9,5% e S 4,0% 6 queimado completamente com 30,0% de excesso de ar. Calcule: a. a anilise do gas de combustao em base seca; b. a razdo massica ar/6leo combustivel 39} Um gas combustivel composto de: CHy=90,0%, CHe=8,0% e HS=2,0% 6 gueimado completamente com 15,0% de excesso de ar. Calcule: a. a anilise do g&s de combustao em base seca; b. a razéo méssica ar/6leo combustivel. 4 40 Um combustivel gasoso composto de metano e hidrogénio 6 queimado com ex- eésso de ar, gerando um gas de combustio com a seguinte andlise de Orsat: C02=7,5%, O2=7,0% € 0 restante Nz. Calcule: a. a composicao do gas combustivel; b. a % de excesso de ar. 41,)Um combustivel composto de metano e etano em propor¢ées desconhecidas 6 Gueimado em uma fornalha com arenriquecido em oxigénio (O2=50,0%). O gés de combustdo apresentou a seguinte andlise de Orsat: CO2=25,0%: O»=15,0%; ©O=0%. Calcule: 2. a composicéo do combustivel ; . 2 razo em quantidade de matéria ar rico/combustivel 188 Bolango Material - Capitulo 4 @ Um gas natural composto dé 90,0% de metano e 10,0% de etano é queimado em ‘um foro com ar enriquecido com oxigénio. A andlise de Orsat do gés de combustéo &: CO; =22,2%; 02 =4,4%; CO =0%. Calcule: a. a composi¢ao do ar enriquecido; b. a % de excesso de ar. 4.43) Em um dado forno queima-se dieo ¢ gés combustivel. A andlise de Orsat dos © gases de combustao acusou: co, 9,2%, O2 = 6,1%, CO = 0%. Calcule: a. a % de excesso de ar usade; b. a relagéo H/C (em massa) média dos combustiveis; ¢. a relago quilograma de ar real por quilograma de combustivel. 44) Um forno usa como combustivel um gas contendo: CHs, C2He e H2. A anélise de Orsat dos gases de combustéo 6: CO = 9,6%, O2 = 5,2% e Nz = 85,2%. Calcule: a. a % de excesso de ar usado; b. a razdo massica arigés combustivel; c. a composi¢ao do gés combustivel, sabendo que o teor de Hz é de 5,0%. 45, Um gds_com a composigio de 85,0% de metano e 15,0% de etano é queimado 8 todd 0 CO;'é femovido do gas de combustao para produgo de gelo seco. O gas final (ap6s a remocao do CO;) apresenta a seguinte anélise de Orsat: 6,0% de-O. e 94,0% de Np. Calcule: a. a % de excesso de ar usado; b. a produgio de gelo seco, se a vazdo de gas é de 10,0 m'/h a CNTP. 46.)Em um teste de combustéo é queimado um gés combustivel com a seguinte com- posicdo: CH,=28,2%, CzH,= 13,4%, Hp=36,8%, CO=18,4% e CO,=3,2%. A andli- se de Orsat dos gases de combustao é: CO, = 11,6%, CO=0,5%, O =2,3% e 0 res- tante No. Calcule: a. a % de excesso de ar; b. a razéo em quantidade de matéria ar de combustéo/gés combustivel; ©. a razfo em quantidade de matéria gés de combustao/gas combustivel. 47, Um gés residual de uma indUstria de fibra sintética possui a seguinte andlise: HS = 40,8%, S02 = 9,6% e HzO = 49,6%. Como este gas n&o pode ser lancado na atmosfera devido & concentracao de poluentes, foi sugerido que fosse queimado com excesso de ar, antes de ser descartado. O regulamento local de poluicao do ar impede que 0 gas de combustao langado na atmosfera tenha mais do que 2,0% de ‘$0; medido pela anilise de Orsat. Calcule o percentual minimo de excesso de ar que deve ser queimado 0 gas residual para obedecer ao regulamento antipoluicao. Capitulo 4 - Balango Material 189 4) Em um forno queima uma mistura de gases combustiveis proveniente de duas EP a produtoras de gas, gerando um gds de combustao com a seguinte andlise de Orsat: CO, = 8,0%, O2 = 6,5%, Nz 0 restante. Os gases combustiveis tém a se- guinte composigéo: Bice A B CHa 80,0% 60,0% Cotte > 20,0% Ne 20,0% 20,0% Calcule: a. a propor¢ao em que os dois gases so misturados; b. a % de excesso de ar. 9)) Uma corrente gasosa com a vazio de 5 000 m%/h a CNTP e composicao Hz =44,0%, CO=46,0% e N,=10,0% é misturada com outra corrente gasosa prove- niente do craqueamento catalitico de um dle (d5,44¢ = 0,882 0 e razéo méssica C/IH=11,4). O craqueamento do éleo produz CH,, CzHe, He e um depésito de coque sobre 0 catalisador composto de C=99,5% e H=0,5%. A anélise da mistura final deu: CH,=10,0%, CoHe = 18,0%, H2=38,0% e 0 restante 6 CO e Np. Calcule: a. a vazio volumétrica de éleo usado como carga do craqueamento; b. a taxa de coque depositado sobre o catalisador. 60. Um éleo combustivel com a seguinte anélise elementar: C=84,7%, H=14,8% e S=0,5% & queimado com 20,0% de excesso de ar. O gés de combustdo gerado 6 misturado com um ar secundario e a mistura resultante é usada em um secador que reduz 0 teor de umidade de uma argila de 15,0% para 2,0%. O teor de CO, (em base seca) do gés efiuente do secador é de 9,0%. Calcule: 1 a. a razo em quantidade de matéria/ar secundariolgas de combust4o-(antes da mistura); b. a razéo méssica argila Gmida/6leo combustivel, se 0 teor de CO2 (em base timida) do gas efluente do secador 6 6,2%. 61, Em um forno, um 6leo combustivel com anélise elementar: C=85,2%, H=12,3% e S=2,5% 6 queimado completamente com 30% de excesso de ar. O gés de combustio efluente do forno na temperatura de 280°C 6 encaminhado a um seca- dor onde o teor de umidade de um sdlido deve ser reduzido de 40,0% para 5,5%. O gas exausto efluente do secador esta saturado com vapor d’égua a pressdo de 103,2 kPa. A pressao de vapor da 4gua neste gés 6 18,7 kPa. Calcule a razéo massa de Agua evaporada por massa de éleo combustivel. 190 : Balango Material ~ Capitulo 4 52. Em um foro, um dleo combustivel isento de enxofre é queimado gerando um gas com a seguinte andlise de Orsat: CO2= 10,8%, 0,=5,3% e o restante Nz. O ar de com- bustéio esté disponivel a 28°C, 101,2 kPa e 40,0% de umidade relativa. Calcule: a. a % de excesso de ar; b. a razio méssica C/H do éleo combustivel; ¢. a razdio méssica ar/ dleo combustivel 53. Em uma planta de oxidago de aménia, uma mistura de NHs e ar contendo 10,0% de NH3¢ carga de um reator, onde ocorre a seguinte reagao: 4NH, +50, —“>4NO +6H,0 A conversiio de aménia em NO é de 96,0%. A aménia remanescente se decompoe no reator, sendo que 0 Hp gerado é transformado em vapor d’4gua. A reagéo combi- nada pode ser escrita como: 2NHg + 940, —“ Ny + 3H,0 Calcule a anélise dos gases efluentes do reator: a. em base timida; b. em base seca, 54, Em uma fabrica de sab&o om pé deseja-se elevar 0 teor de umidade do sabao de 12,6% para 24,0%. Para isto, 10,0 Mg de sabio sao colocados durante alguns dias em um galpao de 30 000 mi bem isolado contendo ar com umidade relativa de 80% na temperatura de 80°C e pressio de 100,0 kPa. Se a temperatura do galpéo é mantida constante por radiadores elétricos, calcule a umidade relativa final do ar no galpao. 55. Um sélido contendo 21,0% de umidade deve ser secado até conter no maximo 2,5% de umidade, em um secador a ar em contracorrente. O ar a ser utilizado é di ponivel com 10,0% de umidade relativa e na vazdo de 30 000 m*/h medida a 25°C e 0,1 MPa. Antes de entrar no secador, 0 ar é aquecido até 200°C e sai do secaddr nas seguintes condicdes: 80°C, 98,2 kPa e 10,0% de umidade relativa. Calcule a capaci- dade do secador expressa em Mg/d de sélido timido a ser tratado. 56. 100 m? de Oz a 101,325 kPa e 30°C sao misturados com 20,0 kg de Ny a 102,00 kPa e 20°C. A mistura resultante é levada para 101,325 kPa e 26°C. Calcule a pressao parcial do O2 na mistura final. Capitulo 4 — Balango Material 191 57. 5,0 m de ar estao saturados com vapor d’4gua a 40°C € 100,0 kPa. a. Se a temperatura é reduzida para 20°C a pressao constante, calcule a massa de gua condensada e o volume final da mistura; b. Se a temperatura 6 reduzida para 20°C a volume constante, calcule a massa de gua condensada e a pressio final da mistura; c. Se o volume 6 reduzido para 2,5 m® a temperatura constante, calcule a massa de Agua condensada e a pressao final da mistura. 58. Ar com umidade de 2,06 kg gua/100 kg de ar fresco a temperatura de 40°C e 101,325 kPa é resfriado a pressiio constante para 30°C e comprimido isotermicamen- te para 500,0 kPa. Calcule: a. a % de dgua condensada; b. a % de redugao de volume 59. Uma mistura ar-tolueno a 100°C @ 110,0 kPa e na vazao de 30,0 mh 6 carga de um condensador onde o tolueno é parcialmente condensado. A pressdo parcial do tolueno na entrada do condensador é 40,0 kPa. A mistura saturada com tolueno sai do condensador a 50°C e 101,0 kPa. Calcule a vazéo méssica de tolueno removida no condensador. Observacao: Estime a presséo de vapor do tolueno pela equacao de Antoine (constante na tabela F.2). 60. 3 000 m*/h (medida nas CNTP) de uma‘ mistura gasosa de Nz e HCI contendo 15,0% de HCI é carga de uma torre de absorgdo para remogao de 99,0% de HCl, usando 4gua como Ifquido de absorcao. O gs efluente-da torre a 50°C e 101,5 kPa esta saturado com vapor d’4gua. Calcule: a. a vazo molar do gas efluente da torre; b. a composi¢ao (% em vol.) do gés efluente da torre. 61. Um gas, disponivel a 120°C e 98,5 kPa, com anélise em base seca igual a: CO, = 6,6%, CO = 20,8%, O2 = 0,6%, Hp = 11,4%, CHa = 1,9% @ Np = 58,7% & comprimido para 1,0 MPa e resfriado para 20°C. A pressao parcial do vapor d’égua na entrada do compressor é 26,5 kPa. Se a vazdo molar do gas seco é 100,0 kmol/h, calcule a vazio massica de 4gua condensada nesta operacao. 62. 50,0 m® de uma mistura de Nz e benzeno contendo 20,0% de benzeno a 43°C e 108,0 kPa é isotermicamente comprimido até que o volume final seja 20% do volume original. Calcule a massa de benzeno condensado. 63. Um gas saturado com benzeno a 20°C e 98,50 kPa, na vazdo de 100,0 m/h nestas condi¢ées, é carga de um sistema de recuperagao de solvente benzeno. A analise do gas em base isenta de benzeno 6: CO,=15,0%, O2=4,0% e No=81,0%. 192 Balanco Material ~ Capitulo 4 ‘A mistura gasosa 6 comprimida para 500,0 kPa ¢ resfriada de volta para 20°C, apés a compressao. Calcule a vazdo méssica de benzeno recuperada neste processo. 64. 10,0 kmol de metano puro so queimados com oxigénio puro com 20,0% de excesso. O gés de combustdo é resfriado e completamente seco. Calcule: a. 0 volume de gas de combustio seco a 25°C e 100,0 kPa; b. a pressao parcial de O, no g4s de combustao seco; c. a massa de agua removida. . 65. Uma vazio desconhecida de aménia gasosa pura escoa em uma tubulecdo. Para se determinar esta vazio, oxigénio puro é injetado na tubula¢io com uma vazao de 10,0 m3/min a 30°C e 120,0 kPa. Uma amostra em um ponto da tubulacdo, onde a mistura j4 esté homogénea, indica a presenca de 10,0% de Oz. Calcule a vazio de aménia pura antes da adig&o de Oz. 66. No puro na vazSo de 10 ¢/h borbulha através de benzeno puro a 105,0 kPa e 50°C. O gés efluente, Nz saturado com vapor de benzeno, sai a 98,2 kPa e 40°C. Calcule: a. a vazio da mistura gasosa efluente; b. a razo massica kg de benzeno/kg de Nz na mistura efluente 67. Uma corrente gasosa a 20°C © 98,0 kPa com 50,0% de saturaco de vapor d’4gua passa em um secador onde 90% do vapor d’dgua 6 removido. Calcule a mas- sa de agua removida para 10,0 m* de corrente gasosa. 68. Uma mistura gasosa de aménia (25,0% em vol) ¢ ar é carga de uma torre de absorcao, onde no topo é usada agua pura como solvente. O gas efluente no topo da torre contém 0,5% de aménia (em base seca) e a solugéo aquosa sai no fundo da torre com 10,0% em massa de aménia. As correntes gasoses na entrada e na saida esto saturadas com vapor d’agua. O gas entra na torre a 40°C e sai a 20°C. A pres- so absoluta na torre 6 de 202,5 kPa e é aproximadamente constante ao longo da torre. A mistura gasosa entra na torre na vazio de 5,0 m‘/min medida como gas seco nas CNTP, Calcule: a. a % de aménia absorvida na torre; b. a vazo massica de gua usada como liquid de absorcao. 69. Aménia 6 produzida pela reagdo de Nz ¢ Hz em proporcées estequiométricas em alta temperatura e pressdo. A carga para o reator é preparada pela mistura de Hz com ar (21,0% Oz, 78,0% Nz e 1,0% Ar). 0 Oz & removido da mistura gasosa pela com- bustao do Hz, e o vapor d’agua é removido por condensacao. A mistura resultante, apés compressio e secagem, deverd ter a relacdo estequiométrica para a formagao da aménia. Considerando 100 kmol de ar, calcule: en enneeeeannei anemia ememenneeenenenniee Capitulo 4 — Belanco Material 193 a. a massa de agua removida da mistura Ha, Ne, Ar @ HO quando os gases sao res- friados a 20°C © 200,0 kPa; b. a quantidade de matéria de Hz necesséria na preparacéo da cerga. (F0DEm um processo de produgao de etanol pela hidratagdo de eteno, somente parte Go eteno é convertida. 0 etanol 6 totalmente removido por condensagéo e o gas nao convertido-é reciciado para a entrada do reator. Este gés esta saturado com vapor d’agua 2 35°C. A converséo do eteno por passe no reator 6 4,5%. A razao em quan- tidade de matéria 4gua/eteno na carga combinada do reator 6 0,55. Calcule: a. a razo em quantidade de matéria de reciclo/carga fresca; b. a composigao da carga fresca (% vol); ¢. a composigao do etanol produto (% massa). 712m uma planta de produgéio de aménia, o forno reator é alimentado por uma mistura 1 Np — Hp na relacéo estequiométrica, e apenas uma fracéio da carga é convertida em aménia e os gases néo convertidos, depois de separados, séo reciclados de volta ao rea- tor. O proceso de preparagao da carga do processo envolve a oxidagao parcial de um gas. natural para obter a mistura CO + He. 0 CO € convertido a COz, O Nz € obtido do ar use- do na oxidagdio parcial do gés. As principais impurezas, CO HzO sao facilmente removi- das respectivamente por absorcio e condensagao. Pequenas quantidades de metano ape- reem na mistura tal que uma andlise tipica da carga & H2=74,1%, No=24,7%, CHy=1,0% e Ar=0,2%. O argénio é proveniente do ar ¢ aparece como importante impu- reza no processo, pois nao reage, 6 um inerte que se acumula no reator. No processo global, 65,0% da mistura é convertida em am6nia e 75,0% da aménia é recuperada como aménia Iiquida. Uma parte do gas néo convertido purgado para evitar © actimulo de me- tano e argénio no reator, de tal forma que a carga combinada néo contenha mais do que 2,20% de inertes {metano + ar). Calcule: a. 8 raz8o de purga em quantidade de matéria (gs de purgalgds de reciclo}; b. a % de conversdo em aménia por passe no reator. 72.\Uma solugao salina F contendo 33,3% de KNOs é usada para obtengao de cris- i$ de KNO3 contendo no maximo 4% de 120. O processo consiste em passar a solugao primeiro por um evaporador, onde a temperatura de saida é de 150°C, geran- do uma solucdo concentrada com 49,4% de KNOs. A seguir, esta solugao.é encami- nhada a um cristalizador, onde a temperatura 6 reduzida para 38°C, onde os cristais s8o obtidos, gerando também uma solugao saturada contendo.36,4% de KNOs. Esta solug&o saturada R € totalmente reciclada para o evaporador junto com a solugao salina original. Se a vazdio méssica da solucdo salina F é 500,0 kg/h, calcule: a. as vazées massicas de agua evaporada e a de cristais; G b, a vazo da solugao saturada de reciclo, 4, 194 Balango Material ~ Capitulo 4 Aqua W Carga (F), 33,3% KNO, Evaporador Solugio | eaturada R M| Soluce com 49,9% KNO3 Cristalizador J Cristais de KNO, com 4% H,0 73. Agua potdvel pode ser obtida por dessalinizagao da agua do mar através do proceso conhecido como "Osmose Reversa”, de acordo com 0 esquema a seguir, calcule: 1000 kaihy ‘Osmose Salmoura ‘Agua do mar Reverse Sais =5,20% Sais =3,05% [Agua Potdvel Sais = 4,0% ‘gals ~ 500 ppm a. a vazio massica da salmoura descartada; b. a vazao méssica de dgua potavel produzida; c. a vazao massica de reciclo de salmoura. 74, Uma coluna de absorgao 6 projetada para reduzir 0 teor de SQ, do ar, conforme o esquema abaixo. alent Agua fresca O%S0, Aqua residual (20,0%S0,) a Gi Absorvedora a (a 2 ()]Ar sico em $02{60,0%S0,) Calcule: a. a vazio de dgua (em m*/d a 20°C) necesséria para tratar 600,0 m°/d a CNTP do ar rico em SQz, desejando-se remover 95% do SO; presente neste ar; b. a razo méssica reciclo/carga fresca que deverd ser utilizada. Capitulo 4 ~ Balango Material 195 75./Em uma tentativa de gerar NO de modo econémico, aménia gasosa é queimada “em um reator com 20,0% de excesso de O2 de acordo com a seguinte reacao: 4NH, +50, > 4NO+6H,0 A aménia que no reagiu 6 separada dos demais componentes, sendo que 5% da aménia efluente do separador & purgada continuamente ¢ o restante é reciclado para © reator, conforme a figura abaixo, Sabendo-se que a conversao de aménia por passe no reator é de 70,0%, calcule a converséo global de aménia no proceso. No =e ed ee So, Rocilo do Ney 4 Ypurga de NH 76. Uma unidade de tratamento de gés natural deve ser projetada para absorver H:S, usando solugao de MEA (mono-etanol-amina) como liquide de absor¢ao, que circula através uma absorvedora e uma reativadora. O gas acido liberado na torre reativadora contém hidrocarbonetos que sero recuperados posteriormente. A reposi¢éo da Agua arrastada pelo gés acido ¢ pelo gés purificado é feita continuamente sob a forma de vapor na torre reativadora, a fim de manter na solucéo de MEA pobre (R) a razao méssica MEA/égua = 0,20. A vazio de gas natural a ser tratado a CNTP 6 25,0 m*/h. As composigées das correntes gasosas sao : al “Eki a Componente | Gés natural) | as purfieade (1 | Glo dctao (ay metano 70,0 2 12,0 etano 15,0 2 5,0 a propano, 5.0 2 3,0 10,0 42,0 gua ai 38,0 A reagao de absorcao e liberagaio de HzS pode ser representada por: H,S+C,H,OHNH, 2 C,H,OHNH, -H,S 4 quantidade de MEA circulante deve ser de 30,0% em excesso da necessaria para absorver todo HS contido no gés natural. Na torre reativadora, deseja-se uma recu- peracao de HS e hidrocarbonetos igual a 90,0 e 95,0%, respectivamente, 196 Balanco Material ~ Capitulo 4 Calcule: a. as vazées massicas das correntes gasosas; b, as vazbes méssicas das solugdes aquosas de MEA pobre ¢ MEA rica. Gés acido Gés purificado (P) * ‘Solugao WEA rica (5) Absorvedora =| Reativadiora Gés natural Fl Vapor d’agua tH) ru MEA pobre (A) 348 Respostas dos Exercicios 42. a, 0,833 m*/m* (83,3 °G.L.) 9. 0,83% 0,840 m3 / mé |. 659,7 kg / m® 14,32 kmol fm? eaece 43. 2.1/3 0,130 0,305 m/ ms |. 239,7 kg | m® . 5,20 kmol / m? £0,115 mepaesp Capitulo 4 4. a. 120 kg b. 37,5% 2. a. 87,5% . 1.077 kg/h a . 7,02 Mg/h . 0,98 Mg/h . 2,0 Mg/h os 4. 275 kg 5. a. 35,7% b. 41,7% c. 50,0% 6. _D: 90,0% / 8,3% /1,7% —B: 3, 16% / 41,32% / 55,52% 7. R= 254kg/E = 24,6 kg B.S; = 568,2 kg /S: = 189,1 kg / Sp = 272,7 kg 9. a. 90kg b. 312 kg / 598 kg 10. 0,5 21. 23. 25. 26. 27, 28. 29. €=80,6% / H=3,5% | 0=1,9% /N= a. D: 75,0% / 14,3% / 4,4% /6,3% —_B: 7.) b. 2 268 kg/d a. D; = 684,5 kg/h /B, = 445,5 kg/h / Dz = 290,9 kg/h / By a. 135 kg/s b. 1,1% a. 40 Mg/d b. 83,3% 17,0% 1 11,4% 1 47,7% { 23,9% 0,327 m? 0,64 m? 2 /min — 4,0 m® ar/min 7 a. 88,2% b. 6,26% ©. 0,885% A = 28% /B = 60% /C = 12% . D: 7.8% / 11,7% / 19,5% / 56,0% /5,0% /-/- ; B:-/-/- /0,8% /31,9% /47,1% / 20,2% 87,6% a. V = 714,3 kg/h /L = 285,7 kg/h b. 95,2% a. 1577 m? jh b. 0,78 a. 2,14 b, 0,45 752,6 kg a. 36,5 kg b. 38,7 kg G. 19,0 kg / 23,1 kg a 431 kg | b. 415 kg : ©. 440 kg 350 Respostas dos Exercicios 30. a. 28,5 m* de solugao / 137,4 m° de égua b. 3,69% 31. a. 13,9 m® b. 2,32 m? 32, 37,76% 33. a. cloro = b. 255% c. 0,103 kg 34, 2.0% b, 92,4% - c. 90,8% d. 56,8 ©. CH, = 2,5% / HCOH = 45,0% / COz = 2,5% / H,0 = 50,0% 1,8 35. a. SQ; = 23,5% / Oz = 41,2% / SOs = 35,3% b. 70,5 kPa / 123,6 kPa / 105,9 kPa 36. 32,0% 37. a. 131 Mg/d Bb. H,SOs = 8,3 % / HsPO, = 21,5 % BB. a, COp = 12,5 %,/ S02 = 0,2 % / Op = 5,0 % / Np = 82,3% b. 17,4 39. a. CO, = 9,5 % / SO2 = 0,2 % / Oz = 19,0 %/N2 = 71,3% b. 16,6 40. a. CHy = 83,7% / Hz = 16,3 % b. 44,5% 41. a. CH, = 33,3% / CzHe = 66,7 % bs 42. a. 02 = 39,4% / No = 60,6 % b. 10,1% 43. a. 37,2% b. 0,263 ©, 22,3 Respostas dos Exercicios aA. 45. 46. 47. 48. 49. 50. 51. 52. 53. 55. 56. 57. 58. 59. 351 a. 29,8 % b. 21,3 c. CHy = 32,6% / CzHe = 62,4 %/ Ha = 6,0 % a. 31,6% by. 222.7 kal a. 10% b. 6,86 c. 6,33 738% a, A = 72,9% / B = 27,1% b. 41,3% a. 9,17 m® fh b. 5,46 Mg/h a. 0,36 38,1 1,3 kg agua / kg dleo a. 31,2% b. 0,193 c, 20,1 9,4% | HO = 14,6% 11,0% a. Op = 6,4% / Np = 69,6% / NO b, O2 = 7,5% | Np = 81,5% | NO 62,8% 128 Mg/d 86,0 kPa a. 0,178 kg / 4,44 m? b. 0,240 kg / 89,0 kPa c, 0,232 kg / 192,6 kPa a. 74,1% b, 80,8% 22,9 kg/h 352 Respostas dos Exercicios 60, a. 128,0 kmol/h . Nz = 87,7% | HCI = 0,2% | HO = 12,1% 61. 659 kg/h 62. 24kg 63. 26,2 kg/h 64, a. 347 m® b, 28,6 kPa ©, 360 kg 65. 90m? /min 66. 2.13,8 x 10% mh b. 0,92 67. 78,5 kg 68. a. 98,5% b. 8,3 kg/min 69. a. 740 kg b. 276 kmol 70. 8,3% / Agua = 91.7% © | 20,4% / agua = 79,6% | 7. 72. a. 173,4 kgih / 426,6 kg/h a. b. 621,8 kg/h 73. a. 582,5 ka/h b. 417,5 kg/h ©. 791,7 kg/h 74, a. 3,87 m? id b. 1/3 75. 97,9% 76. a.F = 23,5 kgih/A = 6,67 kg/h / P = 19,1 kg/h S = 113,1 kg/h /R = 108,7 kg/h

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