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wall Dy aigne Doser > Cinerron 2Ldee + ancl ‘O“estade-video”: uma forma que pensa ‘Uma histéria em dois movimentos ‘Durante muito tempo, procurou-se uma definiséo, uma identidade ou uma especificidade do video. Depois dos balbucios inicias entre stitudes de pro- ‘uma forma iginal), algo autonome e dotado de um em sie de um para si-Pe- sntdo — hd cerca ta anos— 0 video como um igual em pc das outras grandes de imagem (pintura, desenbo, foto, cinema, televisio) Falava-se dele instrumento revolucionétio, uma estética Unica, uma arte inédita. Queria-se fundé-lo tanto na teoria quanto na pritica, tanto no pensamento {quanto nas instituigGes. Esta ideologia vigorou nos anos 70 ¢ em parte dos anos 89, Era a época dos movimentos tebricos herdeiros da semiologia e do cia,o dispositivo,o ato, de vivé-los como fendmeno (perceptivo ou sensorial). 9 3 —a forma,o sentido eo fendmeno — pressupunha que se su uma ontologia 20 suporte. Refletia-se lanejavam a criagio de departamentos de videoarte, wvam de segbes de video, festivals eram organizados publicadasa categoria do videoartista era insti- [No entanto néo era simples, A identidadec jnto ota gua, Nio importa, diia-seentéo, pare manter ditar ainda que se poderia levar a cabo a tarefa, O video era ria viver — de ede expedientes, é verdade, mas o que era a propria vida sendo cexpedientes? Bons tempos, aqueles rogressivamente, 20 ongo dos anos 8o-so, as pessoas foram cexpecificidade do video, Tal crenga visava a um corpo (pesprio) D.A Bre o fim das experié suscava-se algo sélido,tangivel imediatamente Preferia-s agarraro literal do que sonbar com 0 metafbrico. Assim, 0 principio idemttirio ndo podia mais ser projetado no futuro. A busca das especificidades esbarrava na sua indefiniblidade de fato. | nao havia espago para se imaginas, nem para as ideologies ‘ou fenomenoligicas. Era a perda do sentimento de horizon oltiplicagio das invengSes tecnolégicas da imagem ¢ do som, 0 compu- tador vindo apagar as fronteiras e tornando cada vez. mais indiscerniveis a8 clivagens fisicas ¢téenias: desenko, foto, cinema, video, imagem, som, texto, tudo desaguava no a confusio,e a pasagem inst Aguas: 0s propriosf “ridias); 08 museus passavam a duvida.¢ voltavam Bs formas mas segaras ‘ow experavam a insalacio definitiva dos" mercades profssionais) bandeavam para a infografia, multimidia,o dig Houve mesmo quem dissesse que o video realmente nfo existia, ou talvez nunca tvesse exstda, ou nio exstria mais, Em sum findas as tentativas de dar a0 video um corpo préprio, es que ee se dilui no movimento da historia das teenologias ena: aquilo que chaméramos de"“video" nio tivesse sido no fundo nada mats que ‘uma transigio, uma iusto, um modo de passagem. ainda?) provavelmente 0 sentimento do- como um modo de | xx), que 0 precedeu e que construiu um imagin gem dotada de corpo, ums Hinguagem, uma forma, uma arte), ¢, de outro, a ‘imagem do computador, que veio depois ocupou todo oten 1. Talvex menor e despro- resente einfi- ,ameagando wo que é entre o.cinema eo computador cet- cado como um banco de area, entre dots rios, que correntes contrérias vém apager progressiva erapidamente,o video era visto no final das contas como ‘uma imagem intermediiria.! Uma ilha destinada a submergi, i sitoriaefEmera. Um curto momento de passagem no mundo das tecnologia tama espécie de; * “Estas diversas maneiras de pensar o video, que se estendem por uns trinta ‘anos, desenham uma trajetériageracional — de uma geragéo que € # minha, {que conheco bastante por té-la acompanhado de uma ponta& outra. E hoje ‘percebo que essas manciras um tanto extremadas de pensar o video, seja qual for 0 ponto de vista adotado, tinham de fato wm ponto comum: 0 video era pensado como uma imagen. Nagueles esquemas, 0 video s6 encontrava seu formas visuais,alinhado a um fio © que e2 me digo um poco hoe am din é ue pr pensarmos 0 iden classe das Jo 04, imagens. Ter nfo devamos vE-Lo, mas con consider como um pnsumento um med a pes Imagem e dispositive Consideremos, por exemplo,a famosa oposi historic di fase dos efeitos, dos valores e das fungdes: a oposicio entre, de um lado,a ima gem (¢ 0 dominio das obras de uma tinica b > precisam apenas de um monitor ou uma tela — x

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