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1 Nao se preocupe, nao se apresse Quanco eu era pequena ¢ meu pai ainda estava vivo, ele costumava me contar histérias de animais. Uma de minhas favoritas era a da tartaruga e da lebre. A lebre ria da tartaruga por ela ser vagarosa ¢ a desafiou para uma corrida. — Esté bem — disse a tartaruga, comegando a andar a passos lentos. A lebre saltou a frente. Ela estava to certa de vencer que deitou para um cochilo. Quando acordou, a tartaruga estava cruzando a linha de chegada — A tartaruga ganhou? — perguntei a meu pai Ele concordou, acenando com a cabeca. E perguntou-me: —O que vocé preferia ser, Cinderela, uma tartaruga ou uma Iebre? — Nenhuma das duas. Quero ser princesa ou veterinaria — disse. Minha resposta fez meu pai rir. — Por que nao ambas? — indagou ele. Depois de todos esses anos, ainda guardo na memoria suas palavras. Quanto a historia da tartaruga e da lebre, ela foi a inspiragdo para meu lema: “Nao se preocupe, nao se presse”, Esse ndo era um conceito popular em minha casa Desde que meu pai faleceu ¢ minha madrasta me colocou para trabalhar, meus dias sempre comegam do mesmo jeito — com minhas irmas de criacio gritando. Mesmo que cu fosse muito gil ao levar suas bandejas com café da manha, nunca era rapido o suficiente para elas. E, naquela manhi, néo foi diferente. —Vocé é tdo lerda! — Drizela reclamou assim que Ihe entreguei a bandeja. Sorri ¢ fui para a porta. Ela apontou para uma pilha de roupas no chio € disse: — Lave estas roupas imediatamente! Anastacia, assim que me vit, comegou a berrar sobre um grande cesto de roupas para passar. — Passe agora, ndo daqui a trés dias! — cla ordenou, soando como uma dobradiga enferrujada Minha madrasta foi a ultima. Ela também me deu trabalho — um grande saco com roupas para consertar. — Espero que esteja pronto logo — ela disse. — Sim, madrasta... — murmurei. Estava descendo a escada quando ouvi um grito de gelar o sangue. Era Anastacia. Ela saiu correndo do quarto. — Um rato feio ¢ enorme! Embaixo da minha xicara de cha! Ele fugiu antes que 0 pudesse matar! “Ufal”, pensei. Minhas irmés de criagdo detestam ratos. Se clas soubessem quantos vivem nesta casa, tentariam matar todos. E seria tertivel, porque esses ratinhos sio meus melhores amigos. ee 9 mtg Ratos sao adoraveis “9 < Sempre amei os animais, acho que porque meu pai me contou muitas histérias sobre eles. Agora que ele se foi, eles sd meus tinicos amigos. Eles sfio mais gentis comigo do que minha atual familia. Bruno, 0 cachorro, lambe meu rosto todas as manhis quando chego & cozinha. As galinhas cacarejam como adoraveis senhoras quando as cumprimento. Somente Lticifer, o gato de minha madrasta, mantém distancia. Ele to nojento quanto ela. Apesar de ter sido por causa de Liicifer que achei 05 ratinhos. Numa tarde, notei Liicifer abaixado em um canto golpeando algo. Era um ratinho e j4 estava quase morto. — Litcifer! — gritei. — Deixe o rato em paz! Ele fugiu furioso e levei o ratinho para 0 soto. Quando a pequena criatura parou de tremer, aprendi algo espantoso: se eu escutasse com muito cuidado, poderia entender o que ela dizia. Foi a coisa mais maravilhosa que me aconteceu. Dali em diante, minha solidao acabou. © ratinho, cujo nome era Jaq, chamou sua familia e amigos: Mert, Bert, Suzy, Perla e Lucas juntaram-se a nés (Tatd veio depois). Eles eram fascinantes! Eles conheciam tudo sobre a casa (havia 632 buracos de rato), o celeiro (as galinhas botavam mais | | t ovos quando 0 galo contava piadas) ¢ sobre minha madrasta e minhas irmas de criacao. Descobri que Anastacia sempre esconde doces em seu quarto, que os ratinhos comem. Anastécia entio culpa Drizela e elas tém uma de suas brigas cheias de gritos. Os ratos acham isso muito divertido. Drizela tem um amigo imaginério chamado Drizola, para quem ela canta. Minha madrasta sonha em ser uma grande dama € com o dia em que ela ¢ suas filhas brilharao na corte. — Se pelo menos eles pudessem nos conhecer — ela sempre diz quando esta sozinha —, logo perceberiam que somos seres superiores. Os ratinhos me contaram isso as gargalhadas. — Chegaremos ao palacio mais rapido do que elas — disse Mert. — Pelo menos somos educados! — disse Bert A conversa deveria me consolar, mas falar sobre © paldcio me deixou triste. — O que ha de errado, Cinderela? — perguntou Perla. — Sei que é bobagem, mas, desde que eu era uma garotinha, sonho em ser uma princesa. O palécio me parece tdo longe quanto a Lua! — suspirei. Houve um breve siléncio. — Tudo ¢ possivel — disse Bert — Até aprendemos a nos comunicar — disse Mert. — Ea costurar — acrescentaram Perla ¢ Suzy. — Ea levantar muito peso — finalizou Jaq Nada disso vai me ajudar. Como poderia? Daescotrimos que Tatd é que esteve embaixo da xicara de Anastacia. Ele me contou que foi Liicifer quem o colocou na bandeja de café da manha, “Lucifer! Qual serd seu problema?”, pensei. Estava limpando o saléo de entrada, imaginando qual acontecimento traumatico em sua infancia provocou essa sua mancira to antissocial de agir, quando uma batida na porta interrompeu meus pensamentos. — Abram! Mensageiro real! Abri a porta para um homem com uma mala de correio enorme cheia de envelopes exibindo o selo real. — Mensagem urgente do Rei! — anunciou, entregando-me um envelope. “O que o Rei poderia querer de nossa casa?”, pensei. S6 havia uma maneira de descobrir. Fui para a sala de mtisica onde minhas irmas de criagdo estudavam. O guincho da flauta de Anastécia a desafinagio de Drizela deixavam minha madrasta muito aborrecida. Senti pena dela. Entio, ela me viu. — Cindy! — ela falou com rispidez, usando o apelido que detesto. — Ja Ihe disse para nunca interromper nossas ligdes de mtisica! — Esta mensagem real acaba de chegar do palicio — 0 palacio! — ela arrancou o envelope de minhas mos, rasgou-o ¢ comegou a ler a mensagem. — O Rei realizaré um baile em homenagem ao Principe. E, por ordem real, toda moga solteira deve comparecer! — cla falou ofegante ¢ sentou-se. — Solteira? — gritaram minhas irmis de criacdo. — Somos nés! “No baile do palicio", pensei, “poderia pelo menos imaginar que sou uma princesa.” — Sou uma moga solteira também! — afirmei. Elas me olharam espantadas. — Voce, no palacio?! — gritou Drizela, — Nao esté escrito: “Toda moga solteira deve comparecer”? — argumentei. Minha madrasta sorriu. Ela ficou parecida com Licifer ao atormentar 0 pequeno Taté. — Vocé tem razao, Cindy... — disse lentamente. — Vocé pode ir. Minhas irmas de criagdo gritaram em protesto, —... se vocé terminar todo o seu trabalho.. “Posso fazer isso”, pensci, — ... € se encontrar algo adequado para vestir — acrescentou. Minhas irmas de criagdo riram, como se isso nunca pudesse acontecer. Mas cu tinha um segredo. Jé tinha algo adequado para vestir. Eu iria ao baile! — anunciei. oh | | | | | j i | Alguns minutos depois, estava mostrando aos ratinhos meu objeto mais querido — um vestido de seda rosa que havia pertencido & minha mie. —£ perfeito para o baile, nao €? — perguntei. — E lindo — disse Perla. — Mas um pouco fora de moda — disse Suzy. — Existem possibilidades — disse Jaq. — Talvez ‘com mangas mais curtas, uma faixa, algumas pedrarias... — Vamos remodelar! — guinchou 0 ratinho pulando. — Que divertido! — Hum — disse —, esté bem Assim que comecamos a imaginar onde encontrar uma faixa ou pedrarias, minha madrasta gritou meu nome. — Voltarei logo — falei. ‘Como estava enganada. L yi Um novo lema eee malicioso, Anastacia ¢ Drizela me entregaram folhas de papel. Uma delas dizia: Levaria dias para eu cumprir todas essas tarefas ¢ elas sabiam disso! — Quando vocé acabar de ajudar Drizela eAnastécia — disse minha madrasta —, poderd fazer algumas tarefas, de Ultima hora para mim. Meu coragao quase parou. Tentei nao chorar. — Encere o corrimao, esfregue a tela da lareira € limpe seus ferros. Dé banho em Lucifer. Dé brilho a sopeira ¢ as facas de peixe. — Ela sorriu cruelmente. — Se terminar tudo e vestir-se adequadamente, vocé poder ir ao baile. LA pelo meio da tarde, estava comecando a pensar se “ndo se preocupe, nao se apresse” seria o melhor lema para mim. Trabalhei por horas, mas muitas tarefas, como ‘polir os sapatos enormes ¢ fedorentos de Drizela © dar banho no grande ¢ repelente gato de minha madrasta, ainda precisavam ser feitas. Nao poderia terminar a tempo se continuasse tio devagar. Entdo, tomei uma decisio. Mudei meu lema para: “aqueles que querem cumprir uma enorme quantidade de tarefas em pouco tempo devem acelerar seus movimentos”. Em outras palavras, resolvi correr. Lucifer, miando em desespero, tomou seu banho. Limpei os ferros da lareira e poli a sopeira Ao cair da noite, estava limpando as facas de peixe. Assim que terminei de polir a tiltima, ouvi o som de cascos de cavalos. A carruagem havia chegado para nos levar ao baile. “Mas como poderiair?”, perguntei-me desanimada. Meu vestido nao estava pronto, Anastacia ¢ Drizela desceram ruidosamente com toda sua elegancia, seguidas por minha madrasta, — Cindy, voc® nao poderd ir ao baile, pois ainda nao terminou suas tarefas — ela observou “Vocé tinha certeza disso”, pensei. Mas respon — Vou para meu quarto. Subi a escada aos prantos. — Surpresa! — gritaram os ratinhos. Pisquei de perplexidade. Em cima de minha cama, encontrava-se um elegante vestido de festa cor-de-rosa, completo © com faixa, mangas modernas e um lindo bordado em pedrarias. — Nés 0 costuramos para vocé — gritaram Perla, Suzy, Tat ¢ Jaq. Vocé gosta dele? — E lindo! — disse. — Posso vesti-lo? — Sim, sim! — eles guincharam. — A carruagem est esperando, corral Obedeci e, momentos depois, desci a escada, encarando minhas irmas de criagdo ¢ minha madrasta. — Encontrei algo para vestir! — disse. — Ha lugar para mim na carruagem? A resposta delas veio rapido, e percebi que havia julgado errado minhas irmas de criagao. Sabia que elas eram preguicosas, barulhentas, sujas e desafinadas, mas nunca acreditei que elas fossem mis. Como estava errada. Gritando com raiva, Anastécia me acusou de roubar sua faixa. Drizela interrompeu-a, acusando-me de ter tirado suas pedrarias. Elas, ento, rasgaram meu vestido. Implorei a minha madrasta para fazé-las parar, mas ela nao fez nada até meu vestido estar em farrapos. Depois, ela disse: — Vamos, meninas. Nao queremos nos atrasar. — E partiram. Bibidi-bobidi-buu-o-qué? Voce nao pode ir ao baile com essa aparéncia, Estava chorando no jardim ¢ queria ficar sozinha, “Va embora”, pensei, “quem quer que voce seja.” — E agora, onde esté minha varinha magica? A pergunta me intrigou. Olhei em volta. Uma mulher rechonchuda de capa azul olhava para mim, parecendo confusa. Uma varinha magica apareceu no ar e ela a agarrou. — Peguei! — ela gritou, ¢ a varinha cintilow — Como vocé fez isso? — perguntei — E 0 truque mais facil do livro das fadas madrinhas — ela respondeu. — Quer dizer que. — disse, incrédula. vocé é uma fada madrinha? — Querida — ela respondeu —, sou sua fada madrinha. Sot Dorabela, Vice-Presidente Regional da Remodelagao, ¢ vim ajudar voce. — Remodelar, remodelar! — guincharam os ratinhos, liderados por Taté e Jaq. — Que divertido! Dorabela olhou seu relégio de pulso. — E melhor nos apressarmos. E tarde! — disse. Ela apontou sua varinha para uma grande abébora € cantarolou. Suas tiltimas palavras soaram como “bibidi-bobidi-buu”, e a abdbora transformou uma carruagem grande e reluzente. “se em ta r i ——————et—____ Os ratinhos guincharam tao forte que saltaram. — Aposto como vocés querem ir ao palécio — disse Dorabela. Eles pularam mais alto ainda. — Imaginei! — disse ela. Recitando palavras mégicas e movendo sua varinha, ela transformou os quatro ratinhos em cavalos, 0 cavalo em cocheiro e Bruno, © cachorro, em um lacaio completo, com cabeleira empoada e tudo. Dorabela olhou seu relégio. — Hummm! O tempo voa quando estamos nos divertindo — disse. — Lembre-se disso. — Ten... tarei — respondi, ainda em choque. — Ou lembra-se ou nao se lembra. Nao existe tentarei — disse severamente. “O que isso significa?”, pensei. Mas, antes de eu poder perguntar, ela estava cantarolando novamente e agitando sua varinha voltada para mim. Nao pude acreditar no que aconteceu depois! Meus cabelos se arrumaram em um elaborado coque. Meus farrapos tornaram-se um delicado vestido de baile com uma saia bem rodada. E um par de sapatos de cristal apareceu em meus pés. Maravilhoso! — Fada madrinha — gritei —, como posso the agradecer? — Preste atengdo as horas, querida — disse. — O encanto termina & meia-noite. Agora, suba na carruagem € v4 ao baile! | i > G ee a as % Ja € meia-noite? - on licenga, posso tiré-la para dancar? Virei rapidamente, surpresa. Um rapaz muito bonito, usando um béton de SALVE AS BALEIAS na lapela, sorria para mim. — Claro! — disse. — Estive admirando as diversas pinturas de cdes, cavalos, galinhas e porquinhos-da- india que enfeitam as paredes. Assim que me levou para a pista de danca, ele perguntou: — Voce gosta de animais? : — Eu os amo — respondi. — Nunca havia’ visto retratos de galinhas. — Certamente estudarei galinhas, se eu entrar na faculdade de Veterinaria — ele afirmou com animagio. — Vocé quer ser veterinério? — perguntei. — Eu também! Ele olhou diretamente nos meus olhos ¢ disse: — Tenho muita sorte em encontrar vocé. — Sinto o mesmo! — disse, com meu corag’io disparado. Conversando, dangamos valsa no jardim. Contei- -lhe como entendia os ratinhos. Ele me falou sobre cochichar com cavalos. Descobrimos que ambos queriamos transformar o mundo em um lugar melhor para os animais. io 7 Estévamos em uma pequena ponte dangando ao som da mtisica dos sapos, quando ele me beijou. “Nunca fui tao feliz!”, pensei. O relégio do palacio comegou a badalar. O encanto estava para acabar! — Oh, no! — gritei comecei a voltar. — Pare! — 0 lindo estranho me chamava. Eu nao podia obedecer. Quando a tiltima badalada do relégio soasse, eu estaria em farrapos, sentada em uma absbora! Corri através do salo, ignorando os convidados, e fugi do palicio. Minha carruagem esperava ao pé da escadaria. — Gragas a Deus! Mas desci as escadas to apressada que perdi um de meus sapatos. — Depressa, Cinderela! — gritou o lacaio. — Esta me crescendo um rabo! Abandonei o sapato, entrei na carruagem e partimos. Na manhi seguinte, s6 conseguia pensar no rapaz. — Ele é 0 homem dos meus sonhos! — falei para as galinhas enquanto jogava milho para elas. que nunca mais o veja, jamais me esquecerei dele. O encanto de Dorabela acabou a meia-noite, como ela havia avisado. O cocheiro voltou a ser um cavalo. O lacaio voltou a ser o Bruno € os cavalos voltaram a ser 08 ratinhos. Meu vestido de baile foi-se para sempre. — Mas eu ainda tenho meu sapatinho de cristal! — falei para as galinhas. — Vou guardé-lo com carinho por toda a vida! Elas cacarejaram como se tivessem entendido. Mesmo th % i - Ratos sdo adoraveis, parte 2 N. manha seguinte, fiquei surpresa ao encontrar toda a familia no quarto de Drizela. Elas estavam tio agitadas que nfo notaram quando cheguei com as bandejas de café da manha. — Levante-se — minha madtasta apressava Drizela. — O Gr&o-Duque estaré aqui em um minuto. Ele esté percorrendo o reino! A resposta de Drizela foi um barulhento bocejo. — Para qué? — ela perguntou, sonolenta. — Por causa de uma garota que perdeu um sapato de cristal quando deixou o palécio! — contou Anastacia. — O Principe esté louco de amor por ela! — Saia da cama ¢ lave seus pés! — gritou minha madrasta. — Se o sapato servir em vocé ou em Anastécia, © Principe casaré com uma de vocés! Deixci cair as bandejas. © lindo rapaz com o béton SALVE AS BALEIAS, 0 homem dos meus sonhos, era o Principe! E ele queria casar comigo! Minha madrasta falou para eu limpar a sujeira, mas estava tao tonta de alegria que a ignorei. Em vez disso, girei pelo quarto imitando dangar valsa. Foi um grande erro. a Serviu perfeitamente Coni escada abaixo. Um lacaio, carregando meu sapatinho de cristal em uma almofada de veludo, estava parado A porta, enquanto o Grio-Duque se despedia — Por favor — gritei —, deixe-me provar o sapato! Para meu alivic, 0 Duque estava disposto a colaborar. Infelizmente, minha madrasta, néo. Quando o lacaio veio em minha diregao com o sapato, ela esticou sua bengala ¢ o derrubou. O sapato caiu ¢, ao atingir 0 chio, partiu-se em mil pedagos. Ela quase nao conseguia segurar um sorriso, Anastacia e Drizela davam risadinhas, O Grao-Duque quase comegou a chorar e gritou: — Isto é terrivel! O Rei ficard furioso ¢ o Principe, muito desapontado! Tirei 0 outro sapato de cristal do bolso de meu avental € 0 entreguei a ele. E claro que ele me serviu perfeitamente. O Grao-Duque e eu sorrimos um para o outro. Foi um momento feliz para ambos. — Vocés terao de lavar € passar suas roupas! — falei para minha familia de criagdo. — Estarei muito ocupada com outros assuntos. AG) | i | | | | © Principe e eu abrimos nossa clinica assim que terminamos a faculdade de Veterinéria. Tinhamos muito trabalho, mas amavamos 0 que fazfamos. Os ratinhos, cavalo, Bruno e as galinhas agora vivem conosco, junto com um bando de outros animais, ¢ esto todos muito saudaveis. Os porquinhos-da-india até concordaram em me ajudar em minha nova especializago — modificagao de comportamento animal indesejével. Meu sonho € ter Litcifer aqui para traté-lo.

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