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Entretanto, ha homens que se tém por espiritos muito fortes e que imaginam per- tencer a este pequenino globo o privilégio de conter seres racionais. Orgulho e vaidade! Julgam que sé para eles criou Deus 0 Universo.” Deus povoou de seres vivos os mundos, concorrendo todos esses seres para o objetivo final da Providéncia, Acreditar que 6 os haja no planeta que habitamos fora duvidar da sabedoria de Deus. que no fez coisa alguma inutil. Certo, a esses mundos ha de ele ter dado uma destinagao mais séria do que a de nes recrearem a vista. Aliés, nada ha, nem na posigao, nem no volume, nem na constitui- go fisica da Terra, que possa induzir 4 suposigo de que ela goze do privilégio de ser habitada, com exclusdo de tantos milhares de milhdes de mundos semelhantes.” (1) CONT, DG ANEXO 1 — PLANO DE AULA N¢2 — It UNID. ANTEC. CRISTIANISMO — 28 CICLO DE JUVENTUDE UM MUNDO EM TRANSICOES. Ha muitos milénios, um dos orbes da Capela, que guarda muitas afini- dades com o globo terrestre, atingira a culminancia de um dos seus ex- traordinarios ciclos evolutivos As iutas finais de um longo aper- feigoamento estavam delineadas, como ora acontece convosco, rela- tivamente as transigdes esperadas no século XX, neste crepisculo de civilizagao. Alguns mithées de Espiritos re- beldes a existiam, no caminho da evolugdo geral, dificultando a conso- lidagdo das penosas conquistas da- queles poves cheios de piedade e virudes, mas uma agao de sanea- mento geval os alljaria daquela hu- manidade. que fizera jus a coneérdia perpétua para a edificagao dos seus elevados trabalhos, As grandes comunidades espiri- tuais, diretoras do Cosmos, delibe- ram, entao, localizar aquelas entida- des, que se tornaram pertinazes no crime, aqui na Terra longinqua, onde aprenderiam a realizar, na dor e nos trabaihos penosos do seu ambiente, as grandes conquistas do coracao e impulsionando, simultaneamente, o progresso dos seus itmaos inferio- res. (2) ESPIRITOS EXILADOS NA TERRA Foi assim que Jesus recebeu, a luz do seu reino de amor ¢ de justi- (a, aquela turba de seres sofredores @ infelizes. Com a sua palavra sabia e com- passiva, exortou essas almas des- venturadas 4 edificagéo da conscién- cia pelo cumprimente dos deveres de solidariedade e de amor, no esforgo regenerador de si mesmas. Mostrou- Ihes os campos imensos de luta que se desdobravam na Terra, envolven- do-as no halo bendito da sua miseri- cérdia e da sua caridade sem limites. Abengoou-Ines as lagrimas santifica- doras. fazendo-Ihes sentir os sagrados. triunfos do futuro € prometendo-Ihes a sua colaberagée colidiana e a sua vinda no pervir. Aqueles seres angustiados e afl- tos, que deixavam atras de si todo um mundo de afetos, ndo obstante os seus coragdes empedernidos na prati- ca do mal, seriam degredados na face obscura do planeta lerrestre; andariam desprezados na noite dos milénios da saudade e da amargura: reencarnar- am no seio das ragas ignorantes e primitivas, a lembrarem 0 paraiso per- dicta nos firmamentos distantes. Por muitos séculos nao veriam a suave luz da Capela, mas trabalhariam na Terra acariciados por Jesus e conforlados na sua imensa misericérdia. (3) 1. KAROEC, Allan Da eriagso, In:._. © Livro dos Espiritos. Trad, de Guillon Ribeiro. 80. ed. Rio [de Janeto|: FEB. 1998, pera. 55, p. 69. 2. XAVIER. Francisco Canglido . As Ragas Adémicas, In. [de Janeiro]: FEB. 1298, p. 33, 35, 3.2 P35. 35, ACaminho da Luz, Pelo Espiilo Emmanuel 23. ed. Rio ANEXO 2 IE UNIDADE: ANTECEDENTES DO CRISTIANISMO_ 2:CICLO DE JUVENTUDE, PLANO DE, AULA N¢2 TECNICA DE ENSINO ¢ Dividir a turma em trés grupos, + Distribuir os textos (Anexo 3) entre os grupos. © Orientar os grupos sobre o tempo disponivel para o estudo. (20 a 30 minutos) * Solicitar aos grupos que leiam os textos cuidadosamente, destacando a idéia central dos mesmos. * Ao final, cada grupo elegera um representante que, em forma de seminario, apresentara as conclusées do grupo. + Em plendrio, apés a exposigdo das conclusées, responde- ro perguntas que deverao ser elaboradas pelos ouvintes. * 0 Evangelizador unotaré as exposigées, perguntas e res- postas para, ao final, fazer a integragdo dos assuntos apre- sentados, complementande o contetido da aula. ANEX UL UNIDADE: ANTECEDENTES DO CRISTIANISMO. 22 CICLO DE JUVENTUDE PLANO DE AULA N#2 TEXTOS PARA ESTUDO EM GRUPO Quando as tribos primitivas dos primeitos homens sé haviam organizado de maneira rustica, @ iniciavam as inda- gases a respeito dos fendmenos que a cercavam, sem conseguir respondé-las, chegou a Terra, por ordem de Jesus, 0 conjunto de Espiritos degredados do sistema de Capela, que reencarnaram entre os selvagens, para auxiliar seu desenvolvimento e ao mesmo tempo ex- piar os débitos adquiridos no mundo em que anteriormente viviam. Esses Espirites, inteligentes ¢ ilustrados, mas ainda sem a moralidade que deveriam apresentar, devido ao alto grau de conhecimento que j4 possuiam, foram os responsdveis pela organizagao das nacées primitivas, peta implantagdo dos sistemas administrativos e pelo nas- cimento das primeiras organizages reli- giosas do globo terrestre. A principio, profundamente influ- enciados pela primitividade do corpo fisi- co que passaram a habitar, envolveram- se em cultos sanguinarios, deram-se a crueldade e @ revolta, por haverem per- dido 0 conforto e o bem estar que antes desfrutavam no antigo planeta. Depois de aigum tempo. alguns deles passaram a formar nicleos mais isolados de meditagao e estudo, elevan- do, pouco a pouco, os conceitos religiosos que existiam, de maneira a se tarnarem, realmente, instrumentos de aperfeicoa- mento morat das criaturas, para alcanga- rem a compreensao do seu Criador. “Aqueles seres decaidos e degre- dados, @ maneira de suas vidas passa- dag no mundo distante da Capela, com o QO3 Grupo 1 transcurso dos anos reuniram-se em quatro grandes grupos que se fixaram depois nos povos mais antigos, obede- cendo as afinidades sentimentais e lin- giisticas que os associavam na cons- telag4o do Cocheiro. Unidos, novamen- te, na esteira do Tempo, formaram des- se modo 0 grupo dos arias, a civilizagao do Egito, o povo de Israete as castas da india. Dos arias descende @ maioria dos povos brancos de familia indo-européia, nessa descendéncia, porém, é necessa- fio incluir os latinos, os celtas e os gre- gos, além dos germanos ¢ dos esiavos. As quatro grandes massas de degredados formaram os prodromos de toda a organizagao das civilizagdes futuras, introduzindo 0s mais fargos be- neficios no seic da raga amarela e da raga negra, que ja existiam. (...) Tendo ouvide a palavra do Divino Mestre antes de se estabelecerem no mundo, as ragas adamicas, nos seus grupos insulados, guardaram a reminis- céncia das promessas do Cristo, que, por sua vez, as fortaleceu no seio das massas, enviando-Ihes perlodicamente os seus missionarios e mensageiros. Eis por que as epopéias do Evangelhe foram previstas e cantadas alguns milénios antes da vinda do Su- lime Emissario. ¢...)" (17) Vejamos, agora, um a um, os prin- cipais grupos das ragas adamicas, com excegdo das hebreus, € suas crengas re- igiosas. ST ‘CONT. ff) DO ANEXO 3 — PLANO DE AULA N?2 — Ill UNID.: ANTEC. GRISTIANISMO — 2 CIGLO DE JUVENTUDE AINDIA A civilizagdo hindu € anterior & egipcia e a israelita e seus ensinamentos religiosos estéo gravados nos Vedas e nos Upanishads, livros sagrados de seu povo. Léon Denis, na obra Depois da Morte, parte | cap. | aponta os seguintes postulados da crenga religiosa hindu * O mundo e os seres saidos de Deus passam por uma evolugéo constante. » As almas sao imortais e sujeitas a reencamacao depuradora; * Existe um Gnico Deus, causa pri- maria das coisas; * Deus 6 auxiliado por divindades secundarias. Krishna, talvez o maior reformador religioso da india, educado no Himalaia pelos ascetas, espalhou seus ensinos de cidade em cidade. Vejamos o que ele diz no “Bhagavad-Gita", um dos livros sa- grados: “O como, (...) envoltério da alma que al faz sua morada, 6 uma coisa fini- ta; porém, a alma que o habita 6 invisi- vel, imponderavel ¢ eterna”, “Todo renascimento, feliz ou des- gragado, é conseqiténcia das obras pra- ticadas nas vidas anteriores’. “(..) Para atingir a perfeigéio, cum- pre conquistar a ciéneia da Unidade, que ‘esta acima de todos os conhecimentos; é preciso elevar-se ao Ser divino, que esta acima da alma e da inteligéncia’. (4) E, no “Mahabharata”, outra de suas obras: “Os males com que afligimos 0 pré- ximo perseguem-nos, assim como a sombra segue 0 corpo, As obras inspira- das pelo amor dos nossos semelhantes sdo as que mais pesargo na balanga ce- leste. — Se convives com os bons, teus exemplos serdo intiteis; n&o receeis ha~ bitar entre os maus para os reconduzir 20 bem. — © homem virtuoso 6 seme- Ihante a uma 4rvore gigantesca, cuja sombra benéfica permite frescura e vida as plantas que @ cercam. (...) O homem de bem deve cair aos golpes dos maus como 0 séndalo que, 80 ser abatido, perfuma o machado que ofere". (6) Outro vulto, admirével pela misséo desempenhada, 6 Buddha. Vejamos 0 que diz a seu respeito Léon Denis, na mesma obra jé citada. “Cerca de seiscentos anos antes da era Crista, um filho de rei, Cakyamuni ou © Buddha, foi acometido de profunda tristeza e imensa piedade pelos sofri- mentos dos homens. A corrupeao inva- dira a india, logo depois de alteradas as tradig6es religiosas, e, em seguida, vie- ram os abusos da teocracia avida do poder. Renunciando as grandezas, a vide faustosa, 0 Buddha deixa o seu palacio e embrenha-se na floresta silen- ciosa. Apés longos anos de meditacao, reaparece para levar ao mundo asiatica sendo uma crenga nova, ao menos uma outra expressao da Lei Segundo 0 Budismo, esta no desejo acausa do mal, da dor, da morte ¢ do renascimento. & o desejo, é a paixao que nos prende as formas materiais, e que desperta em nés mil necessidades sem cessar reverdecentes e nunca sa- ciadas, tornando-se, assim, outros tan- tos tiranos. O fim elevado da vida é ar- rancar a alma aos turbilhées de desejo. Consegue-se isso pela reflexdo, auste- ridade, pelo desprendimento de todas as coisas terrenas, pelo sacrificio do eu, pela isengdo do cativeiro egoista da ‘CONT. (2) DO ANEXO 3— PLANO DE AULA NE 2 — Ill UNIO: ANTEC. CRISTIANISMQ — 2% CICLO DE JUVENTUDE, personalidade. A ignorancia é 0 mal sobe- rano de que decorrem o sofrimento e a miséria; 0 principal meio para se melhorar a vida no presente e no futuro é adquirir- se 0 Conhecimento, © Conhecimento compreende a ci- éncia da natureza visivel e invisivel, 0 estudo do homem e dos principios das coisas. Estes so absolutes e eternos. O mundo, saido por sua propria atividade de um estado uniforme, esta numa evo- lugao continua, Os seres, descidos do Grande-Todo a fim de operarem 0 pro- blema da Perfeigao, inseparavel do esta- do de liberdade e, por conseguinte, do movimento do progresso, tendem sem- pre a voltar a0 bem perfeito Nao pene- tram no mundo da forma sendo para tra * balharem no compiemento da sua obra de aperfeigoamento e elevagao. Podem realizar isso pela Ciéncia, ou Upanishad e completé-lo pelo Amor, ou Purana. (§) Buddha deixou ainda aos hindus a doutrina do Carma (0 homem colhe aquilo que semeou) e recomendava a pratica do bem, nao visando a recom- pensa futura, mas porque (...) “o bem 6 0 fim supremo da Natureza'\...). (7) A india, no entanto, apesar de to- dos esses conhecimentos, nao se tomou uma nagao feliz — 0 sistema de casta, tigidamente estabelecido, afastou dos hindus a fraternidade, e eles acabaram divididos pela vaidade e pelo orgulho, julgando-se superiores uns aos outros, Grupo 2 OS EGIPCIOS “Dentre os Espiritos degredados na Terra, os que constituiram a civilizagao egipcia foram os que mais se destaca- vam na pratica do Bem e no culto da Verdade. Alids, importa considerar que eram eles os que menos débitos possuiam pe- rante o tribunal da Justiga Divina. Em ra- 280 dos seus elevados patriménios mo- rals, guardaram no intimo uma lembran- a mais viva das experiéncia de sua pa- tria distante. Um unico desejo os anima- va, que era ttabalhar devotadamente Para regressar, um dia, aos seus penates resplandecentes. Uma saudade tortu- rante do céu foi a base de todas as suas organizagées religiosas. Em nenhuma ci- vilizagao da Terra o culto da morte foi to allamente desenvolvido, Em todos os co- ragdes morava a ansiedade de voltar ao orbe distante, ao qual se sentiam presos pelos mais santos afetos. Foi por esse motivo que, representando uma das mais belas ¢ adiantadas civilizagoes de todos os tempos, as expressées do an- tigo Egito desapareceram para sempre do plano tangivel do planeta. Depois de perpetuarem nas Piramides os seus avangados conhecimentos, todos os Espiritos daquela regigo africana re- gressaram a patria sideral.” (16) Os egipcios, no entanto, como os hindus @ 08 gregos, n&o divulgaram as massas populares toda a extenstio de seus conhecimentos. Para eles, havia as duas faces do culto: aquela exterior, fantasiosa, maravilhosa, artebatadora, dada ao povo para seu deleite e en- cantamento, repleto de simbolos indeci- fraveis 4 maioria, e 2 outra, a real e profunda, colocada disposi¢éo apenas dos iniciados, que passavam por duras provagées, tanta fisicas quanto morais, ‘CONT. (2) DO ANEXO 3 — PLANO DE AULA N22 — Il UNID= ANTEC. CRISTIANISMO — 28 CIGLO DE JUVENTUDE até que pudessem entrar na posse total conhecimentos. Essa face oculta da io constituiu, no seio destes poves, a “Doutrina Secreta" registrada nos di- versos escritos sagrados de que se tem noticia. Essa dualidade aparente, fazia, as- sim, com que os sacerdotes ensinassem aos fiéis o politeismo simbdlico, quando no interior dos templos, adorava-se uma unica divindade: “(..) A ciéncia dos sacerdotes do Egito ultrapassava em bastantes pontos a ciéncia atual. Conheciam o Magnetis- mo, o Sonambulismo, curavam pelo sono provocado e praticavam largamente a sugestao. E o que eles chamavam — Magia. (9). ‘Os principais ensinamentos egipci- 08 esto contidos em papiros e pedras com hieréglifos gravadas, nos livros de Hermes Trismegisto, um des maiores ini- ciados. O Pimander, uma das obras mais auténticas, tem registradas as seguintes idéias: ° “As almas so fithas do céu e a viagem que fazem 6 uma prova’. © "As almas inferiores @ mas fi- cam presas 4 Terra por miltipios renas- cimentos, porém, as almas virtuosas so- bem voando para as esferas superiores, onde recobram a vista das coisas divi- nas (...)" "0 fogo que brota das profundezas 6 0 Verbo Divino: Deus 6 0 Pai, o Verbo 60 Filho, sua unio faz a Vida" (8). O Egito porém, softeu grandes in- vas6es, @, Pouce a pouco, os redutos consagrados @ iniciagao foram destrul- dos e seus membros dispersados. Os gregos, no entanto, sempre que possi- vel, iam buscar no Egito os segrados da crenga invisivel, introduziram na Hélade as doutrinas herméticas, onde elas pas- saram a desenvolver-se sob uma nova feigdo. Pitagoras um dos grandes filésofos da Antiguidade, foi o “(...) que melhor soube coordenar e pér em evidéncia as doutrinas secretas do Oriente, e melhor soube fazer delas uma vasta sintese, que ao mesmo tempo abragasse a moral, a ciéncia e a religiao. (...) Pitagoras havia estudado durante trinta anos no Egito, Aos seus vastos co- nhecimentos juntava uma intuigao maravilhosa, sem a qual nem sempre bastam a ob- servagdo € 0 raciocinio para descabrir a verdade”. Vejamos algumas das afirmativas da escola pitagbrica: (11) "(..) Deus 6 um, © sempre semelhante a si mesmo; porém, os deuses sé0 inumeraveis e diversos, porque a divindade é eterna e infinita.” (..) (10) “Amai, porque tudo ama; amai, porém, a luz @ no as trevas. Durante a nos- sa viagem tende sempre em mira esse alvo. Quando as almas voltam ao espago, tra- zem, como hediondas manchas, todas as faltas da sua vida estampadas no corpo eté- 1e0...£, para apagé-las, cumpre que expiem e voltem a Terra, Entretanto, os puros, os fortes, vo para o Saf de Dionisos." (11) CONT, (4) DO ANEXO 3-— PLANO DE AULA N#2 —ill UNID.: ANTEC. CRISTIANISMO — 22 CICLO DE JUVENTUDE “Vosso ser, vossa alma 6 um pequeno universo, mas esta chelo de tempes- tades e de discérdias. Trata-se entéo de realizar ai a unidade na harmonia. Somente entdo desceré Deus até vassa consciéncia, participareis assim do seu poder, e da vas- sa vontade fareis @ pedra da ladeira, o altar de Hestia, o trono de Jupiter. (...) “(...) a evolug&o material dos mundos @ evolugao espiritual das almas séo paralelas, concordantes, @ explicam-se uma pela outra. (...)" (12) Por toda a Grécia existiam os oraculos, templos destinados 4 pratica da me- diunidade, especiatmente a de profecia, aos quais acorriam milhares de pessoas pare receber respostas das “pitonisas”, espécie de Clarividentes, a respeito dos mais varia- dos assuntos. Além de Pitagoras, outros dois grandes vultos merecem destaque: Sécrates e Platao, largamente citados na Introdugao do Evangelho Segundo o Espiritismo, como legitimos precursores da idéia crista ¢ dos postulados espiritas. Uma diferanga, porém, ha entre eles: “(...) Sécrates no quis jamais fazer-se iniciar, porque preferia a liberdade de ensinar a toda gente as verdades que a sua razio Ihe havia feito descobrir (...) "(13) porque os iniciados nada podiam revelar ao povo do que aprendiam no interior dos templos. Mas Plato, depois da morte de Sécrates, foi para 0 Egito e iniciou-se nos mistérios, fundando depois a sua academia na qual falava da doutrina de modo velado, devido @ sua condigao de iniciado. Vejamos alguns pontos abordados pela doutrina de Sécrates e Plat&o: * “O homem 6 uma alma encamada. Antes da sua encarnagdo, existia uni- da aos tipos primordiais, as idéias do verdadeiro, do bem e do belo; sepa- ra.se deles, encamando, e, recordando 0 seu passado, é mais ou menos atormentada pelo desejo de voltar a ele. « “Nunca se deve retribuir com outra uma injustiga, nem fazer mal a nine guém, seja qual for o dano que nos hajam causado." * E pelos frutos que se conhece a arvore. Toda agdo deve ser qualificada pelo que produz: qualifica-la de ma quando dela provenha mat, de boa, quando dé origem ao bem.” « “E disposigdo natural em todos nés a de nos apercebermos muito menos. dos nossos defeitos, do que dos de outrem." (14) Tais ensinamentos foram quase textualmente iguais aos registrados pelos evangelistas, muitos séculos mais tarde. Em suma, na india, no Egito e na Grécia havia a ciéncia secreta, destinada aos iniciados, € a culto popular, destinado as massas, e revelado através de simbolos que s6 0s primeiros poderiam interpretar com seguranga. O que importa, porém, consi- derar, & a profundidade das idéias religiosas que acompanham a Humanidade desde muito antes do nascimento do Cristo, como a demonstrar-ihe a presenga constante e silenciosa, guiando o homem em busca da verdade * * * ‘GONT. (8) 00 ANEXO 3— PLANO DE AULA Né 2 — It! UNID.: ANTEC. CRISTIANISMO — 2® CICLO DE JUVENTUDE Grupo 3 SOCRATES “Nasceu em Atenas, Grécia, aproximadamente em 470 a.C. e faleceu na mesma cidade, em 399 a.C. Era filho de escultor, e primeiramente trabalhou no atelier de seu pai, incli- nando-se, ainda muito jovem, para as interrogagées sobre a intimidade da natureza humana. Possuia um raciocinio limpo e claro, desligado dos preconceitos da época, e deduziu, sem necessidade de iniciagdo, as grandes verdades espirituais que se ensi- navam no interior dos templos secretos. Amigo intimo de Péricles, 0 grande estadista grego que na época se encon- trava no poder, possula as regalias destinadas as classes privilegiadas, mas preferia 0 convivio dos jovens aos quais instruia em campo aberto, parques, pragas e bosques, sempre fazendo que eles mesmo, através de perguntas habilmente conduzidas, dedu- zissem as respostas as suas indagag6es sobre os mais diversos assuntos. Foi valente soldado, lutou com bravura entre os exércitos atenienses, quando isso se fez necessario. Porém, suas idéias a respeito de um deus unico, em desprezo ao politeismo reinante, @ suas convicgées contratias 4 maioria dos politicos e moralistas da época, despertaram contra ele o desagrada da classe sacerdotal a quat se juntaram seus ini- migos pessoais, num movimento de condenacdo, de cujas conseqdéncias nem o pres- tigio dos amigos péde salva-lo. Acusado de corromper a juventude com suas idéias reacionarias, despre- zando os deuses tradicionais, e convocado a renegar em puiblico suas crengas, delas nao desistiu, sendo condenada, entao, a more, bebendo cicuta. Sécrates poderia ter escapado da prisao, pois seus discipulos, que muito o amaram e respeitaram como um pai, organizaram uma fuga na véspera da execugao. Porém, ele declarou aos organizadores. “Se um homem néo 6 capaz de sacrificar 0 seu corpo em favor da verdade, de que Ihe adianta possuir uma alma?” E permaneceu na priséo, serena e luicido, até os instantes finais, rodeado: pelos jovens, aos quais sempre amou, falando a eles, mesmo em agonia, a respeito da verdades sublimes que esposava. Socrates nada escreveu de proprio punto, mas seu discipule Platao, mais tarde, reuniu as idéias do mestre em conjunto com as suas préprias em varias obras. como: "Didlogos", “A Republica’. (1) ‘CONT. (6) DO ANEXO 3 — PLANO DE AULA NE2 — Ill UNID.: ANTEC, CRISTIANISMO — 28 CICLO DE JUVENTUDE PITAGORAS “Pitagoras & grego, e nasceu no ano 570 a.C., provavelmente na ilha de Sa- mos e desenvolveu-se largamente no campo da filosofia e da matematica, depois de passar por escolas iniciaticas. Fundou a escola pitagérica, que muito influenciou os sistemas educacionais da época, € a0 qual se filiaram outros leigos ¢ iniciados de grande valor. Ele e seus companheiros de estudo legaram A posteridade descobertas matematicas, geométricas e astronémicas de alto valor, como a tabua de multiplicagao, 9 sistema decimal e 0 teorema conhecido como “Teorema de Pitégoras’, que diz “o quadrado da hipotenusa é igual a soma do quadrado dos catetos.” A palavra filosofia, segundo antigos registros, foi utilizado por ele pela primei- ra vez. Consta que Pitagoras explicava 0 uso do termo dizendo: *Ninguém € sa no ser a divindade; porém, é permitide ao homem amar a sabedoria, isto é, ser filésofo (do grego philein-amar e sophia-sabedoria).” (15) PLATAO “Platao pertencia a uma das mais nobres familias de Atenas, Grécia, onde nasceu em 428 ou 427 a.C. Seu verdadeiro nome era Aristocles, mas recebeu a alcu- nha de Platéo devido talvez a sua constituigao fisica: plato, em Grego, significa, "de ombros largos", Como todos os atistocratas da sua época, recebeu uma educagao es- pecial: leitura e escrita, gindstica e mtsica, pintura e poesia. Excelente atleta, participou dos Jogos Olimpicos como lutador. Mas, por tradicao de familia, desejava dedicar-se & vida piiblica. E tudo indica que poderia fazer uma brilhante carreira politica. Muito cedo, porém, Platao tornou-se devotado discipulo de Sécrates, apren- dendo e discutindo com esse filosofo os problemas do conhecimento do mundo e das virtudes humanas. Quando Sécrates foi condenado 4 morte sob a acusagao de perverter a juventude, Plato desiludiu-se da politica e resolveu voltar-se inteiramente para a filosofia. A fim de eternizar os pensamentos do mestre, escreveu varios didlogos onde a figura principal € Socrates. Com isso, tornou conhecidos seu pensamento e seu método. Desde a morte de Sécrates, opés-se com empenho a democracia ateniense, © que o levou a abandonar sua terra. Viajou para Megara, onde estudou Geometria com Euclides, notavel matematico da época. Depois, esteve em varios, outros lugares: no Egito, aplicou-se a Astronomia; em Cyrene (norte da Africa), aperfeigoou-se nas matematicas; em Crotona (sul da atual Italia), esteve com os discipulos de Pitagoras. Esses estudos deram-Ihe a formacdo intelectual necessaria para formular as préprias teorias, aprofundando os ensinamentos de Sécrates. CONT, (7) D0 ANEXO 3 PLANO DE AULA N® 2 — ill UNID.: ANTEC. CRISTIANISMO — 28 CICLO DE JUVENTUDE Quando voltou para Atenas, por volta de 387. a.C., Platéo fundou sua escola filoséfica, nos jardins construidos pelo herdi Academus. Dai sua escola ter ficado co- nhecida como Academia. La, Platao reunia-se com seus discipulos para estudar Filo- sofia e Ciéncia. No campo cientifico, dedicava-se especialmente a Matematica e 4 Ge- ometria. Mas 0 que o filésofo procurava transmitir era principalmente uma profunda fé na razao e na virtude, adotando o lema de Sdcrates “o sdbio é 0 virtuoso.” Tal foi a influéncia de Platéo, que a Academia subsistiu, mesmo apos sua morte, aos 80 anos de idade. Quando, em 529 d.C., o imperador romano Justiniano mandou fechar a Academia, juntamente com cutras escolas ndo-cristas, a doutrina platénica jé tinha sido amplamente difundida. (2) BUDDHA “Sidartha Gautama nasceu no ano 563 a.C. na localidade de Kapilavastu, situada numa regiao setentrional e montanhosa da india que hoje faz parte do Nepal. Seu pai, aristocrata de fortuna, deu-the uma educagao requintada e, como a inteligén- cia do rapaz o ajudasse, ele adquiriu, ainda jovem, tal cultura, que ficou conhecido como Saquio Muni. Ou seja, 0 sabio de Saquia. Jovem, rico, bem casado e despreocupado, Gautama tinha tudo para sentir- se satisfeito. De fato, era feliz. Pelo menos até que, num dos passeios, pela primeira vez tomou contato com a realidade do seu pais: ficou conhecendo de perto um mendi- go e um velho; observou um asceta que se mortificava em jejum rigoroso. E, por fim, viu que um homem morrera de fome. Velhice, doenga, miséria e morte eram problemas em que Sidartha jamais havia pensado, em seus 29 anos de idade: descobri-los foi para ele um choque, princi- palmente, em contraste com a beleza de sua esposa, com a alegria de seu filho, com o luxe que 9s cercava e a despreocupagao em que viviam, Certa noite chegou a uma conclusao definitiva: depois de raspar a cabesa em sinal de humildade, trocou as suas suntuosos roupas pelo despretensioso traje amarelo dos monges e afastou-se do paldcio, abandonando a familia, os bens, o pas- sade. Novato em questées espirituais, o andarilho juntou-se a cinco ascetas co- nhecidos pelo caminho: queria aprender com eles o meio de chegar as verdades supe- riores. Mas, como o sistema de jejum excessiva por eles adotado nada Ihe ensinas- se de positive, perdeu a fé no sistema e voltou a comer, depois de um periodo de qua- se inanigao, Durante seis anos seguidos, passou 0 tempo meditando em total solidao. Ocorreu entao o despertar espiritual que o ex-aristoctata tanto procurava. Sua confusao se desfez e tudo se tomou perfeitamente claro. lluminado com um novo entendimento de todas as coisas da vida, Gautama rumou para a cidade de Binares, a margem do rio Ganges, a fim de transmitir também aos outros o que lhe acontecera. CONT. (6) DO ANEXO 3— PLANO DE AULA ~ I UNID.: ANTEC. CRISTIANISMO — 28 CICLO DE JUVENTUDE, A principio, encontrou descrenga ¢ desconfianga. Mas, a0s poucos, os que o ‘ouviam perceberem que Gautama descobrira verdades desconhecidas e muito profun- das. E 0 reverenciaram, chamando-o Buddha, que quer dizer o iluminado. Ensinava, entre outras coisas, a reencamacdo, a lei do Karma, a renincia as coisas terrenas e as paixoes materiais como meio de atingir a perfeig&io e sabedoria. (3) Obs: O Evangelizador poderd trazer os iivros, conforme bibliografia em ane- XO, para que os textos sejam estudados na propria obra. Bibliografia | 1. CANDIDO, Alberto Ferreira de Ponte. Grande Dicionario Enciclopédico llustrado Solar. 2. CONHECER. Sao Paulo, Abril, 1967. v. 3, p. 746-747. 3. CONHECER. Sao Paulo, Abril, 1967, v. +1, p. 603-604 4, DENIS, Léon. As religides. A doutrina secreta. in:_. Depois da Morte. Trad. de Joao Lourengo de Sou Za, 20. ed. Rio [de Janelro}:FEB, 1997, p. 29-32. A India, in:_, Depois da Morte. Tad. de Joao Lourenco de Souza. 20. ed. Rio [de Janeiro}: FEB, 1997. p. 35-36 6_p. 33. 72.37. 8.0 Egito. In:._. Depois da Morte. Trad. de Joaa Lourenga de Scuza. 20. ed. Rio [de Janeiro]: FEB 1997. p. 46. 46. A Grécia. In:._. Depois da Morte. Trad. de Joao Lourenco de Souza. 19, ed. Ria [de Janeiro}: FEB, 1998. P. 48. 9. 10. 1p. 48, 12_p. 50, 13.__p.55. 14, KARDEC, Allan. Resumo a doutrina de Sdcrates e Platao. In:_. 0 Evangetho Segundo o Espiritis- ‘mo. Trad. de Gullon Ribeito. 115. ¢¢, Rio [de Janeiro}: FEB, 1998. Introduedo, p. 44-50 15. SOUZA, Osvaido Rodrigues. In.:_. Historia Geral. 8. ed. Alica, SA Paulo, 1973. p. 106. 16.XAVIER, Francisco Candido. A civilzagao egipcia. Os egipcios. In._. A Caminho da Luz, Ditado pelo Espirito Emmanuel. 23. 6d. Rio [de Janeiro}: FEB, 1998. p. 41-42. 17. As ragas adamices. © sistema de capela. In:_. A Caminho da Luz. Ditado pelo Espltito Emmanuel. 23, ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1998.p. 38-38,

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