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Gilberto Celeti
Giovanni C. A. de Araújo
Israel Belo de Azevedo
J. T. Parreira
Josué Ebenézer
Luiz Flor dos Santos
Noélio Duarte
Sammis Reachers
Wolodymir Boruszewski (Wolô)
Org. Sammis Reachers
1
ÁGUAS VIVAS
Antologia de Poesia
Evangélica
Brissos Lino
Gilberto Celeti
Giovanni C. A. de Araújo
Israel Belo de Azevedo
J. T. Parreira
Josué Ebenézer
Luiz Flor dos Santos
Noélio Duarte
Sammis Reachers
Wolodymir Boruszewski (Wolô)
Org. Sammis Reachers
2
“Naquele dia também acontecerá
que sairão de Jerusalém águas
vivas, metade delas para o mar
oriental, e metade delas para o
mar ocidental; no verão e no
inverno sucederá isto.”
Zacarias 14.8
3
ÍNDICE
UMA PALAVRA AO LEITOR ______ 9
EL – pequenino ......................................................................... 18
FÉ CORRETA .............................................................................. 34
Há de vir ................................................................................... 40
Elementos ................................................................................ 43
Perdoados ................................................................................ 44
O Único .................................................................................... 47
Lamentos ................................................................................ 54
J. T. Parreira ___________________ 59
PASSAGEM .............................................................................. 60
Anunciação .............................................................................. 65
Amor ....................................................................................... 85
SALMO 23 ................................................................................ 89
6
A MORTE ROUBA OS PLANOS ................................................ 105
7
Wolodymir Boruszewski (Wolô) __ 150
O tempo e o TEMPO ............................................................. 151
Guerra e paz ......................................................................... 152
Adeus heroínas: - Há Deus! ................................................... 153
Algo mais .............................................................................. 156
Restaurando o contrito ......................................................... 157
SONHO DE UM SONHO ......................................................... 158
Obra-prima? Eu? ................................................................... 160
8
UMA PALAVRA AO LEITOR
Águas Vivas, mais que uma simples antologia poética, nasce como um
oportuno projeto, que visa a aproximar ainda mais leitores e poetas
evangélicos contemporâneos. Por um lado divulgando a poesia evangélica
e incentivando a produção de bons autores, e por outro, apresentando ao
leitor um breve, mas significativo panorama da obra destes bravos bardos
que têm na fé evangélica e no manejo das palavras o traço de sua união. E
projeto ainda porque meu objetivo, se o Senhor assim o permitir, é
organizar de tempos em tempos novos volumes desta antologia,
contemplando a obra de muitos outros autores.
9
Que ela vivifique os homens, que os embale, console, constranja: que nos
faça refletir com beleza e profundidade nas coisas da vida e nas coisas lá
do alto; que dê consistência verbal à substância prima de seus (dos
poetas) corações, isso e para isso é a Poesia.
Tenha uma boa leitura, e sinta-se livre para compartilhar este livro
eletrônico com seus amigos, irmãos e contatos, mas lembre-se: a obra não
pode ser comercializada de nenhuma maneira, estando liberada sob uma
licença Creative Commons.
10
Brissos Lino
Dr. Brissos Lino, português, é Docente universitário,
Mestre em Psicologia e Psicoterapeuta formador. Autor
de diversos livros, como Salmo Presente, Procurar Deus,
além de participar em diversas antologias. Um dos
signatários do Manifesto pela Nova Poesia Evangélica,
juntamente com os poetas Joanyr de Oliveira e J. T.
Parreira.
Mantém os blogs A Ovelha Perdida -
http://ovelhaperdida.wordpress.com
e Brissos Lino - http://brissoslino.wordpress.com
11
Salmo 23
“O Senhor é o meu pastor”.
12
A FORÇA DAS PALAVRAS
“Guardo no coração
as tuas palavras”.
Salmo 119:11
As Tuas palavras
são olhos
rasgados
navios
ancorados
em mim
as Tuas palavras
são punhos
fechados
martelo
a teimar na pedra
rebelde
látego ou afago
lágrima rolante
enfado
que choram
e aproximam
13
palavras que aguardam
uma bússola convicta.
As Tuas palavras
perfazem a esperança
ressuscitando a memória
as Tuas palavras
Senhor
constroem a História.
14
NOÉ SABIA DE DEUS
ou: o Dilúvio, para crianças
Noé
varão justo e recto
rejeitou o conselho dos ímpios
não parou no caminho dos pecadores
nem se assentou na roda dos escarnecedores
antes obtendo prazer no Senhor
15
gargalharam e troçaram de escárnio os vizinhos e conhecidos
da família
as vozes confundiam-se com o ruído dos martelos
e batiam
duras
na cabeça de Noé
com força
e depois entrou
o homem justo e recto
com a família
e fechou a porta
porém
os viajantes do Senhor
escaparam na arca da salvação
e eu?…
17
EL - pequenino
Gerado no útero morno da Promessa
venha a nós um Menino
recém-descido da glória
EL - SHADDAI!
18
NATUREZA MORTA
19
IGREJA VIVA COM UM REPARO
“Tenho, porém, contra ti,
que abandonaste o teu primeiro amor”.
Apocalipse 2:4
Suponho em ti
corpo ataviado
essa renúncia absoluta
perfeita
desvendo assim
a palavra Amor
que te enforma as mãos
que te aviva a boca
que te anima os pés
castigados da jornada
e por ela
o espanto da tua imagem
fustiga o mundo
e a janela
20
e a fé
amealhando o porvir
noiva milenar
noiva boreal
guardando nas malas
um enxoval de manhãs
tricotando a custo
o prestígio do céu
21
a alegria é uma cama
onde se acolhem os sonhos mais maduros
contra ti apenas
um reparo do Senhor
oh Éfeso
eleita e amada
que fizeste tu do primeiro amor?
22
OLHOS TRISTES
“Melhor é a mágoa do que o riso,
porque com a tristeza do rosto
se faz melhor o coração”.
Provérbios 7:3
vêde-os
os cravos do meu rosto
num pedido indefeso.
23
O CÉU DE AUSCHWITZ
Os gritos, o medo
a força da vida
nos barracões de Auschwitz
metralhadoras miram
corpos nús
homens e mulheres
velhos
crianças
quatro milhões de inocentes
no espanto da igualdade
toneladas de cabelo
milhares de óculos
roupas
dentes postiços
brinquedos e chupetas
o stock ignominioso
da besta
satanás desmascarado
no carnaval carioca
da morte
…………………………………..
24
o céu é cinzento e húmido
hoje
em Auschwitz.
25
Gilberto Celeti
Gilberto Celeti nasceu em 18/3/1949 em São Paulo-SP. É
Bacharel em Teologia, e serve como missionário na APEC
(Aliança Pró Evangelização de Crianças -
http://www.apec.com.br/), desde 1973. Em 1999, foi
nomeado Superintendente Nacional da APEC, e coordena
o trabalho da APEC em todo o Brasil. Casou-se em
29/12/1979, com Eneida Rangel Celeti. O casal tem três
filhos, todos nascidos em São Paulo-SP: Débora, Queila e
Filipe. A Débora casou-se com Ricardo em 2005 mas
Gilberto e Eneida ainda não são avós.
Mantém o blog Gilberto Celeti -
http://www.gilbertoceleti.com/
26
EM NOVIDADE DE VIDA
Abandono o insulto;
A maldade eu sepulto.
Quero usar palavra boa
Que edifica e que abençoa.
Por Jesus fui libertado,
Pelo Espírito marcado,
Sou de Deus a propriedade,
Agirei só com bondade.
27
Liberando o perdão;
Sempre usar de gentileza,
Nunca, nunca de aspereza.
Deus criou-me à sua imagem
Usarei, pois, de coragem,
Pra ficar no seu padrão
Com Jesus no coração!
28
FAZER O OUTRO FELIZ
29
CICATRIZES OU MEDALHAS?
30
DE JOELHOS EM SECRETO
De joelhos em secreto
Ele dá o suprimento,
Oração é contemplá-lo,
E, de coração, amá-lo.
Enfrentando ofensores,
Rodeados de temores.
31
Cada dia há perigo.
Oração perseverante,
É deveras importante
Demonstrando só bondade,
E no céu e na eternidade.
32
E o pão de cada dia
E perdoa a quantia
Perdoado devedores
33
FÉ CORRETA
35
AÇÃO OU ORAÇÃO
36
Giovanni C. A. de Araújo
Giovanni Campagnuci Alecrim de Araújo nasceu em Belo
Horizonte, MG, viveu um tempo em Vandoevre-les-
Nancy, na França, em Manaus, AM, e, atualmente, vive
em*São*Paulo,*SP.
Conheceu o seu grande amor, Tatiana, em Ibiúna, SP, e
com ela se casou em Sorocaba, SP, em 2005. Para ela
publicou seu primeiro livro de poesia, Poemas para ela.
É formado em Teologia pelo Seminário Teológico de São
Paulo da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil.
É pastor da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil
desde*2006.
Escreve sermões, meditações, crônicas, músicas e
poemas, além de manter no ar, desde 2002, o blog Café
com Alecrim (http://cafecomalecrim.blogspot.com), onde
escreve tudo isso e de tudo um pouco.
37
Sim, virá!
Sim, virá!
curar, libertar.
Sim, virá!
Resplandecente luz,
alimento e fé.
38
Quem é este?
Quem é este?
39
Há de vir
Há de vir.
Há de vir.
40
Concreto na flor
No meio da turbulência,
da efervescência da cidade,
rasgando o concreto e o asfalto,
a natureza insiste em brotar
apenas uma flor.
Tudo para me fazer lembrar:
não há barreiras para o Criador.
41
Nesta mesa nos encontramos
42
Elementos
Suor de um povo
Pão da vida.
Uva, fermento,
cansaço de um povo
Vinho da vida.
43
Perdoados
44
Israel Belo de Azevedo
Bacharel em Jornalismo, mestre em Teologia, doutor em
Filosofia, autor de diversos livros, como O Prazer da
Produção Científica e Olhar de Incerteza. Pastor da Igreja
Batista de Itacuruçá, no Rio de Janeiro e ex-diretor do
Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil.
Mantém o site Prazer da Palavra -
http://www.prazerdapalavra.com.br
E o blog Prazer de Ler - http://israelbelo.blogspot.com/
45
A riqueza que eu quero
(2Coríntios 6.3-10)
46
O ÚNICO
48
Confissão de natal
49
Coragem do casamento
50
Isaías 53 ou a história da paixão
52
Então, a noite se fez como um tapete sobre a terra,
guardada por uma pedra na boca do seu corpo
morto de verdade e dado como morto.
Mas: a noite, aos olhos da esperança, era luz,
que da morte real a vida plena produz.
A pedra a palavra silenciosa do Pai ouviu
e o corpo do Filho da tumba selada saiu.
fui curado pelas feridas que minha culpa no seu corpo gravou.
53
Lamentos
54
derrame o seu coração como água na presença do Senhor.
Levante para ele as mãos em favor da vida de seus filhos."
(Lamentações 2.19)
55
5
56
7
57
O jejum de Deus
(Lucas 5.33-39)
58
J. T. Parreira
João Tomaz (do Nascimento) Parreira, Lisboa, 1947.
Colaborador da imprensa religiosa evangélica. Poeta.
Escreve na revista «Novas de Alegria» e no Portal da
Aliança Evangélica Portuguesa. E no «Diário de Aveiro».
Na juventude escreveu poesia e artigos juvenis no
"República", entre 1970-1972, sob a direção de Raul
Rego. Tendo começado em 1965 no Juvenil do "Diário de
Lisboa", de Mário Castrim. Está representado no Projecto
Vercial, a maior base de dados da literatura portuguesa.
Entrada na Wikipédia. Tem publicados 5 livros de poesia
(o último "Os Sapatos de Auschwitz" em 2008, editado
por El Taller del Poeta, Pontevedra) e um ensaio
teológico. Participa em várias antologias de poesia
moderna e cristã contemporânea, em Portugal e no
Brasil.Integra o Grupo Poético de Aveiro. Um dos
signatários do Manifesto pela Nova Poesia Evangélica,
juntamente com Joanyr de Oliveira e Brissos Lino.
Mantém os blogs Papéis na Gaveta –
http://www.papeisnagaveta.blogspot.com/
e Poeta Salutor -
http://www.poetasalutor.blogspot.com/
59
PASSAGEM
uma nuvem
o silêncio,
do terrível céu
60
e tudo volta ao que estava
a repousar.
61
ARTE MUSICAL
transbordam
os silêncios.
62
Explicação do Salmo I
63
O beijo de Caravaggio
nessa noite o ar
amacia a face
de Cristo, confiante
daquele beijo triste.
64
Anunciação
Um anjo imune
ao calor de dia, ao frio
do fundo das almas desertas,
desceria
do tecto do céu
para anunciar a passagem
de Deus no mundo.
65
O não ter Senhor começado uma rua
66
A Segunda Vinda
Ele levará os nossos medos
como um ladrão a meio da noite
como um rio que porfia
pelas suas águas entre
a rude matéria da vida
A chave é o perfume que destila
dos seus dedos
e a escuridão gota a gota
cairá dos nossos olhos
algures na areia do deserto
a forma de um meteoro
apontará para um céu remoto
e as pedras acordarão do sono
no interior das grutas
as coisas caem ao lado, o centro
já não as atrai
Este mundo já não será para nós.
67
A Segunda Vinda (II)
À espera do Amado
como uma casa que espera
um ladrão gentil
que saltará
na casa
como um perfume
Ele tomará
este bocado
de nada
68
A Lição de Música
69
O Bom Samaritano
70
Josué Ebenézer
Josué Ebenézer de Sousa Soares. Poeta, escritor,
jornalista, pastor batista, membro da Academia
Evangélica de Letras do Brasil, AELB, e pastor da Igreja
Batista do Prado (Nova Friburgo, RJ). É casado com Katia
Cardoso Soares e pai de Lucas (1992), Murilo (1996) e
Noemi (2000). Líder batista, tem atuação destacada na
Convenção Batista Fluminense e é autor de várias revistas
de estudo bíblico. Articulista, possui vários textos seus
publicados em sítios da Internet. E-mail:
pr.jess@hotmail.com
Mantém o blog Tabuinha e Escrever -
http://www.tabuinhadeescrever.blogspot.com/
71
As Janelas dos Céus Que Abrem
E tudo se acalma.
se fazem bonança.
Reparei.
entrecaminhos,
manhãs de trabalho.
E os homens e mulheres
73
mandam seus pequeninos pra escola,
perfumados de aparência,
e na consciência o desperdício
metamorfose -
É a poesia!
74
clamam com paixão por uma
escrita qualquer.
multifacetadas.
sibilam sons.
75
Blocos de concreto armado se empilham
nos espaços,
tardes de embromação.
as gentes.
76
noite. Luzes se acendem.
sensações, enquanto as
esperança no futuro.
77
De há muito o romantismo desapareceu,
agressividade.
noites de diversão.
78
com os sons da noite,
Engoli em seco:
movimento da madrugada.
79
A lua prateada serve porções de
saciar-se de luz.
Amor-perfeito.
madrugadas de restauração.
80
Quando o ser descansa no relógio
comunicam mensagens.
81
Sentimento Cristão
de espírito e amor.
É feio espetáculo
E agora, cristão?
um reino de glória
mudando a história
em cada momento.
82
o tempo é pesado
o apego ao pecado
As notas sucumbem
partituras já fecham
E agora, cristão?
O povo perdido
está esquecido.
Cristão atual
do tempo de agora
83
Seu gesto profundo
E agora, cristão?
O grande desafio
na Palavra há poder
você se envolvendo
E agora, cristão?
84
Amor
(1Coríntios 13)
85
no tempo de Deus palpita o som do coração.
86
Mas que amor é esse, assim intenso e exigente?
Será que há no mundo alguém que possa vivê-lo?
Esse amor é de anjos e não tem cara de gente?
De um amor que tudo sofre, como pode este desvelo
- e ainda tudo crê, e tudo espera, e tudo suporta -,
encontrar-se em seres que se acham em vida torta?
87
fé, esperança e amor. Este, meu maior legado!
88
SALMO 23
89
TRÍPTICO DA VIDA
90
2
91
3
92
ORAÇÃO DA FAMÍLIA
Senhor!
93
Para produzir uma gostosa broa de milho,
94
Amém!
95
ONDE A GLÓRIA DO POETA?
96
Luiz Flor dos Santos
Luiz Flor dos Santos é pastor da Igreja Batista
Fundamentalista em São Gonçalo do Amarante, Ceará.
Cultor da poesia quando jovem, re-descobriu a pouco
tempo a lira ‘guardada no fundo da gaveta’, e voltou a
dedicar-se à poesia.
Mantém os blogs Poesia de Graça -
http://poesiadegraca.blogspot.com/,
Blog do Pastor Flor - http://pulpito.blog.terra.com.br/
e Recanto da Alma - http://luizflor.wordpress.com/
97
José
Para cima!
Para diante!
98
Nele as imagens ficam distorcidas,
De lá se vê tudo melhor.
Ai, amigo
99
Não cesses, José!
Não cesse!
A providência nunca
100
A LUTA DE UM HOMEM COM UMA ALMA
(TÉDIO)
Alma marota!
Alma, sossega!
Parece menino...
...
102
Crítica
Lança pontiaguda
Fera trombuda
Espada cortante
Desespero da fome
O raciocínio ou o amor?
Tu possuis os homens
103
E os faze pensar que têm sempre razão.
Dragão alado
104
A MORTE ROUBA OS PLANOS
Eia agora vós, que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e
lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos; Digo-vos
que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa
vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se
desvanece. (Tiago 4.13-14)
II
105
O CINZA DESTES DIAS CINZAS
Quase estanca.
A alma maior
Recitadas de cór.
106
Enfim no fim de um dia tão cinza
107
Leais são as feridas feitas pelo amigo, mas os beijos do inimigo
são enganosos (Provérbios 27.6).
O BEIJO
O lábio
A intenção
O contato
O beijo.
108
Beijo ardente, colado, molhado: patrimônio
Dos apaixonados.
Traição à esposa.
Traição ao marido.
Traição ao próximo.
109
HISTÓRIA DE UMA AMIZADE
À irmã Audilene Rodrigues Garcia
No principio só escuridão.
Eu não conseguia vê-la como você era.
Você a mim também não.
110
NOÉLIO DUARTE
Noélio Duarte é Fonoaudiólogo (Com pós-graduações em
Voz e Comunicação Empresarial), Fisioterapeuta (Pós-
graduações em Eletroterapia e Dor Crônica),
Neurolinguista (Especialização em Motivação e gestão de
pessoas), Teólogo, Escritor (autor de 21 títulos, sendo 10
já publicados, incluindo: VOCE PODE FALAR MELHOR e O
INCRÍVEL PODER DA MOTIVAÇÃO, Conferencista
Motivacional Nacional e Internacional (África
Portuguesa), Membro Titular da Academia Evangélica de
Letras do Brasil (cadeira no. 13) e Apresentador do
programa televisivo REENCONTRO (TV BRASIL, aos
sábados).
111
PESSOAS
Há os promotores da cultura,
Grandes e pequenas,
Extravagantes e amenas,
Irritadas ou brincalhonas,
Faladeiras ou pensativas,
Analfabetas ou escritoras,
Desenhistas ou escultoras,
Limitadas ou esclarecidas...
113
E belos encontros de corais
Ah! Pessoas!
114
DISPONIBILIDADE
115
Se um grão de trigo bradasse:
Assim,
Portanto,
116
Envolva-se, faça o bem ao redor,
117
DESCULPAS
118
Afirmações sem qualquer vigor...
119
- Uma falha séria, triste, gritante!
120
- Isto interferia em sua atitude!
121
NECESSIDADE
122
Deus precisa de pessoas ativas,
123
Deus precisa de pessoas com ações
124
Deus precisa de Pessoas!
Bem,
125
PERDI O TOM...
Eu Perdi o tom...
Ainda agora
Tento,
Procuro,
Insisto,
Mas não harmonizo...
Estou desafinado,
Lentificado
Meio parado...
Perdi o tom...
Na minha pauta
Sinto falta
Dos alegres sons
Das melodias,
Das sinfonias,
Dos harpejos,
Dos solfejos...
Perdi o tom...
Onde estão os compassos
Terciários e quaternários
E mesmo os binários?
Sinto-me lento
Sem alento...
Eu até tento!
126
Eu perdi o tom...
Os sons de agora
Incomodam-me nesta hora:
Dó – doem-me as lembranças;
Ré – remoem-me as cobranças;
Mi – mistérios me rondam;
Fá – fantasias me sondam;
Sol – soluções... Onde estão?
Lá – lamentos vem e se vão;
Si – Sim, esta é a situação:
Eu perdi o tom...
127
Eu perdi o tom!
Que harmonia!
128
Afirmo com intensa alegria:
- Meu maestro hoje se chama JESUS!
129
MADURO
130
Cria dimensões novas, revigora,
131
É maravilhoso viver e valorizar,
132
DECLARAÇÃO
133
devolve-nos a crença, novamente.
ou transformá-la em maldosa:
134
e desfrutará os doces sabores.
Portanto,
Então, pais,
Pois é...
135
É uma autêntica aliança
136
Sammis Reachers
Sammis Reachers Cristence Silva é um simples
colaborador do Evangelho e poeta, além pesquisador e
promotor da Poesia Evangélica. Autor* de “Uma Abertura
na Noite” e “A Blindagem Azul”, ambos e-books de
poesia. E também organizador dos e-books “3 Irmãos –
Antologia” (reunindo poemas de Gióia Júnior, Joanyr de
Oliveira e J. T. Parreira); “Antologia de Poesia Cristã em
Língua Portuguesa” (um apanhado desde a era
camoniana aos dias atuais, reunindo textos de mais de 80
autores lusófonos); e “SABEDORIA: Breve Manual do
Usuário” (antologia de frases, citações, trechos de
poemas, provérbios e versículos bíblicos).
É editor ou colaborador de diversos blogs de temática
evangélica variada, entre os quais: Poesia Evangélica –
http://www.poesiaevanglica.blogspot.com/
Veredas Missionárias –
http://veredasmissionarias.blogspot.com
Arsenal do Crente – http://arsenaldocrente.blogspot.com
Criador também do blog Liricoletivo, que reúne
coletivamente diversos poetas evangélicos -
http://liricoletivo.blogspot.com/
Ave
é lindo o alçapão de Satã,
e dulcíssimo seu alpiste,
e mimosas suas guirlandas de adorno.
666 portas, de altos pórticos em arco
e boa largura, feitas em mármore, ouro e prata,
com soleiras de esmeralda e berilo.
Dura é a prisão, e as
Chamas do forno lá dentro, ó ave.
E o canto de dor, ali, será pela eternidade.
As asas.
Há provisão
De sorriso e perdão.
Não há precisão
Do sol ou das estrelas,
Dos planetas ou do luar:
Um que é a Rocha
Ilumina o lugar,
E o lugar que ilumina
Tem o nome de TUDO.
139
A Blindagem Azul
140
Diretrizes
Importa
que as palavras lúgubres
fiquem no front, onde é feita
a morte,
do suor rubro das artérias e veias
Importa
que sejam despedaçadas as agruras
- os grilhões da timidez e do medo –
Importa
saber que o Deus que põe a rapina
no coração da águia
é o mesmo que põe o Amor
no coração do justo
Importa ainda
suportar esta verdade:
Se há homens mais miseráveis que nós,
há miseráveis mais homens do que nós;
Vaidade das vaidades,
TUDO É VAIDADE.
Importa, urge
soterrar os precipícios
inaugurar a cada dia
mil novas pontes, mil
novas naves
entre Deus e os homens
- sempre a estreitar pela Única Porta -
e morrer por alcançar
aquele que ainda morre
fora de nosso raio de alcance.
141
No mais,
“de tudo o que se tem ouvido, o fim é:
Teme a Deus e guarda os seus mandamentos;
porque este é o dever de todo homem.
Porque Deus há de trazer a juízo
toda obra e até tudo o que está encoberto,
quer seja bom, quer seja mau.” *
* Eclesiastes 12.13-14
142
Paz Verde
143
APOSTASIA ADVINDA
Apostasia,
prostituta de desfraldado cio
Com uma auréola na cabeça
De doce mordedura
Porém letal incontornável peçonha
Camaleônica,
Camuflada na multidão que responde em uníssono
Ao apelo da moda:
- “Oh, hoje sou evangélico”,
Mas se recusa a nascer de novo,
E fazem-me lembrar
Como todos se diziam cristãos
Sob Constantino,
Constantino que almejou expandir a Porta Estreita
(que-sempre-será-estreita),
Constantino que quase (?) ferrou com tudo.
144
Sob o bafo de sua influência
Vejo irmãos deixando de pregar e orar para cantar,
E cantar e cantar
E cantar mais um pouquinho,
Pânica metralha...
Consumidores de bênçãos,
Consumidores de Deus
Mas
Surdos ao som do shofar,
À trombeta do atalaia
Que clama por santidade
E rasga suas vestes em arrependimento
145
Heroína, cocaína advinda para arrancar
A cruz de nossas costas.
Salve, Rainha!
146
Há uns 5 anos, numa igrejinha em Itaboraí
Sete,
sete de pó
E quando há só arroz
Comem arroz
Se rara carne, carne
Sete de pó
Sete sem casa,
Abrigados na CASA única que existe,
A dAquele que é mais alto do que os altos.
Sete escapados do tráfico, da bebida,
Da vida escrava e inútil...
Sete de pó,
de monte, oração e jejum
147
Negros, sim, e dois deles
Deixaram o analfabetismo
Em cima de uma Bíblia
Invariavelmente doada, surrada...
(Mas blindada por aquele azul do amor de Cristo,
Que não me canso de citar)
148
Sete ignorantes de Agostinho, Erasmo, Bultmann
E de toda a multidão e compêndios desta nobre casta,
A dos teologais
Sete que jamais poderiam conceber
O horror das sedições de Pelágio, Ário, Maniqueu
Sete que nunca ouviram o som de um shofar
Sete incultos, mas que do dia
À noite falavam línguas desconhecidas,
Com a tranqüilidade da criança
Que sorri
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WOLÔ
Wolodymir Boruszewski, ou Wolô (15 Jun 51) nasceu
em São Paulo-SP, é violonista, compositor, Engenheiro
Aeronáutico formado pelo Instituto Tecnológico da
Aeronáutica (ITA, turma 74), e possui Mestrado em
Meteorologia pelo INPE e Doutorado em Estruturas e
Mecânica dos Sólidos pelo ITA. Participou da equipe do
Instituto de Pesquisas Espaciais que desenvolveu e
colocou em órbita o primeiro satélite brasileiro.
Atualmente trabalha como Engenheiro de Estruturas no
desenvolvimento de turbogeradores e é presbítero da
Comunidade de Jesus, em São Paulo, além de fazer parte
do ministério de música.
Discografia:
LP “O que alua não pôde, não pode, nem poderá” (1974);
LP “Cristal” (1979);
LP “Pai Nosso, de Verdade!”(1985),
CD “Espiritualmente” (1999).
Contato: wolo@mail.com
150
O tempo e o TEMPO
O passado é relembrado
Entre medos sem prazer
O presente a gente sente
Entre os dedos escorrer
O futuro é uma constante ameaça
E cada instante que passa
É um escuro que se acende
E que transcende o meu querer
Mas a planta que a gente planta
Dá o fruto que a gente colhe
E o canto que a gente canta
Tem o tom que a gente escolhe
O passado é perdoado
Se o perdão se pede ao Pai
O presente, de repente,
Passa e não dá medo mais
O porvir um canto inteiro de esperança
E enquanto o ponteiro avança
É sentir que lá de cima
Se aproxima a eterna paz
Mas a planta que a gente planta
Dá o fruto que a gente colhe
E o canto que a gente canta
Tem o tom que a gente escolhe
151
Guerra e paz
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Adeus heroínas: - Há Deus!
Era a melancolia
Do cotidiano morno,
Que torneava o torno,
Que só se repetia;
E a sede de amor ardia
Até incendiar o forno;
E a aridez era tanta
Que um simples vapor na garganta,
Gerava a miragem feliz
De mil transbordantes cantis.
153
Veio o inconformismo
Do cotidiano drama,
Atrás a pobre fama,
Na frente só o abismo
No chão movediço a lama,
No interior pessimismo,
E a solidão era tanta
Que o mundo apertando a garganta
Gritava que ele cedeu,
Berrava que ele se deu.
O peito arrependido
Tomou a dose certa,
E numa Bíblia aberta
Achou o amor perdido
Pois Cristo Jesus liberta
O coração oprimido
E a libertação é tanta
Que arranca de vez da garganta,
O vício, o resquício, o pó,
154
O trago, o estrago e o nó.
155
Algo mais
156
Restaurando o contrito
157
SONHO DE UM SONHO
Silenciosamente,
doce docemente,
a semente adormecer...
Silenciosamente,
pura e simplesmente,
broto em flor amanhecer...
Silenciosamente,
doce docemente,
doce fruto florescer...
Silenciosamente,
pura e simplesmente,
berço de semente ser...
158
Silenciosamente,
doce docemente,
a semente adormecer...
Silenciosamente,
pura e simplesmente,
a semente adormecer...
159
Obra-prima? Eu?
Debatendo-se em penas
Tanta pena de si
Perguntando-se apenas:
- Porque foi que eu nasci?
Você é um manifesto
Da verdade vital
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Cada nervo, cada pelo
Um modelo
Original
161
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que escrevi, ou organizei (clique para
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3 Irmãos Antologia
A Blindagem Azul
162
FIM
163