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‘A teoria explicativa do conhecimento de Hume ‘A teoria empirista de Hume parte de uma distingao entre dois tipos de percepgées ou contet- dos mentals: as impressdes, que S30 as percencGes mais vividas, e as idelas, que so as per- cepgdes mais ténues. * De acordo com o principio da cépia, todas as nossas idsias tém a sua origem em impresstes ‘externas (dados dos sentidos) ou internas (sentimentos © dessjos) + Existem dois géneros de investigagao: a investigaco de relapses de idelas © a Investigagao da questoes de facto, + conhecimento de relagOes de idelas @ a priori @ corresponds a proposigoes que tém as ‘seguintes caractersticas: = so verdades necessarias (ndo podemos negé-las sem nos contradizermos); nada izem sobre 0 que existe no mundo. =O conhecimento de questdes de facto € a posterior © comespands a proposigées que tém as seguintes caractersticas: ~ so verdades contingentes (pacemos nega-las sem nos contracizermos); = dizem respeito Aquilo que existe no mundo. + Raciocinar sobre relagdes de ideias ¢ fazer demonstracSes, as quals t8m um carécter dedutivo. “ Raciocinar sobre questoes de facto 6 fazer inferéncias causals, as quais tém um caracter indu- tiv. +O nosso conhacimento das relagdes causais bassia-se na experiéncia. ‘A causalidade consiste apenas na conjuneao constante entre géneros de objectos ou aconte- cimantos obsonvaveis. ‘Nunca observamos qualquer conexéo necesséria entre causa ¢ efsito, A idela de conexa0 Nnecessaria tem origern num sentimento intemio procuzido pelo habito + Todas as formas de cepticismo racical séo indefensévets: = 0 cepticismo cartesiano 6 incurdvel. Se comegarinos por desconfiar totalmente das nossas faculdades, nunca conseguiremos estabeleoer qualquer conclusio a partir do cogito. =O cepticismo pirrénico & impraticvel. Debxar de acreditar em tudo 0 que nda consigamios justificar, vivendo permanentamente na dlivida, é algo que esta fora do nosso alcance © que tomara impossivel a acczo. + Devemos adoptar um cepticismo mitigado. 0 cepticismo resulta das sequintes conclusdes: = Somos incapazes de ustificar a crenga de que a Naiureza é uniforme, a qual subjaz as nossas Inferencias causais. = Somos incapazes de justificar a crenga de que o mundo exterior real, pois néo conseguimos ‘mostrar que as nossas percepgbes S40 causadas por objectos reais, + 0 céptico mitigado ou moderado ndo reage a estas conclusdes como o pirrénico. Nao passa a Cuvider de tudo aquilo que ndo consegue jusiificar, mas toma consciéncia dos limites do enter ‘mento humano. Issa leva-o a no ser dogmatico e a evitar questoes demasiado especulativas.

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