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Agradeço a todos que gentilmente me forneceram algum tipo de informação, todos têm parte e o mesmo grau
de importância na realização deste livro, mesmo aquele que contribuiu com a mínima informação. Contudo
ressalto alguns nomes pela maior disponibilidade que tiveram em despender um pouco mais de tempo
comigo.
Meus Pais
Minha Esposa e Filhos
João Pereira
Pão Total Coronel Fabriciano
Obrigado a todos!
Convite ao Leitor:
Gostaria de fazer um convite a você leitor, para que contribua de maneira a enriquecer ainda mais o meu
trabalho, fornecendo qualquer informação que por hora não conste neste livro. Sua colaboração será apreciada
e no momento oportuno aqui editado.
Hfsantos@fiemg.com.br
Novos tempos, tempos tumultuados, tempos de crise – é o que mais se ouve hoje em dia
mas, sejamos sinceros: quem de nós ao, longo de nossas vidas, por um ano que seja, não
deixou de ouvir pelo rádio e ver nos jornais, revistas e TV que estávamos em crise? Não
seria crise uma situação “normal” em nossas vidas? Afinal, os grandes seres são aqueles
que vencem as dificuldades que se antepões entre eles e os seus objetivos ou, se preferirem,
os seus destinos! Além disso, é fato inquestionável que é nos momentos de crise que a
humanidade mais avança em seu processo de desenvolvimento e, nestes momentos é que se
originam as maiores fortunas do planeta – que nos digam os Rockfellers com a crise de
1929!
Então, quais os procedimentos, estratégias e atitudes que levam alguns à vitória, enquanto
que a grande maioria permanece no “muro das lamentações”? Sem dúvida, aqueles que
vencem se caracterizam principalmente por:
Terem uma visão de futuro que norteia suas vidas
A partir desta visão, serem capazes de desenvolver objetivos específicos
Estudarem, analisarem e aplicarem estratégias capazes de os conduzirem ao
atendimento de objetivos
Amarem aquilo que fazem; amarem a si mesmos e, assim, serem capazes de amar a
tudo e a todos, inclusive às adversidades.
1. Visão de futuro
A vida no planeta, segundo os maiores e mais renomados cientistas, tem mais de 160
milhões de anos. Ora, que expressão têm, dentro desta escala, os momentos difíceis que
porventura tenhamos que atravessar? São menos que um pingo d’água no oceano! Além
disso, aprende-se nos primeiros anos de Economia que a história humana e própria
Economia se desenvolvem em ciclos. Logo, se estamos em uma fase de depressão, com
certeza teremos pela frente uma fase de grande crescimento, e apenas seremos capazes
de aproveitá-la se estivermos preparados.
Daí a importância fundamental de termos uma visão positiva do futuro – afinal, é no
futuro que iremos passar o restante de nossas vidas. Queremos ser o que? Uma empresa,
um profissional derrotado? Uma pessoa enfermiça? Ou queremos ser líderes em nosso
mercado; ser profissionais de reconhecida competência, sermos saudáveis? Compete a
cada um, cabe a cada empresa, idealizar o seu futuro.
Ninguém está impedido de imaginar futuros negativos, para si e para suas empresas,
mas, nesse caso, por favor, quando eles se apresentarem, não reclamem, pois, por mais
que não queiramos aceitar, sempre acabamos colhendo aquilo que semeamos.
Havendo uma visão, sabendo qual o porte que pretendemos seguir, será mais fácil para
cada um de nós, para nossas empresas, definirmos objetivos, etapas a seguir para que
possamos concretizar nossa visão.
A maioria das pessoas, das empresas, acreditam terem objetivos mas, ao os
analisarmos, junto com elas, acabamos por constatar que os objetivos não existem.
Quando muito, são meras boas intenções – das quais, como sabemos, os infernos estão
lotados. Assim, algumas empresas crêem ser seus objetivos: reduzir custos: aumentar
as vendas: diminuir as perdas na produção, ser mais efetiva no estabelecimento de
crédito, ser mais ágil nas cobranças, etc. Tudo boas intenções, nada mais que isso!
Estas intenções poderão vir a se constituir em objetivos se a elas juntarmos: números,
índices, parâmetros. Entendemos por “objetivos “ um propósito que queiramos atingir
(as tais boas intenções!), num determinado tempo e a um determinado custo. Assim,
como exemplo, aquelas “intenções” referidas, poderiam se transformar nos seguintes
objetivos:
Obter uma redução de 15 % nos custos gerais da companhia, nos próximos nove
meses, a um custo não maior que 10 % do benefício gerado;
Obter um acréscimo de 20 % nas vendas gerais da empresa, no mercado A, no prazo
de 12 meses, a um custo não maior que R$ 150.000,00, etc.
Observem bem: agora temos o tempo e o custo máximo que podemos/queremos correr
para atingir o objetivo. Agora podemos avaliar a capacidade dos nossos diretores,
gerentes, de todo o nosso pessoal e, com isso, retribuir o esforço de cada um. E, note
que este procedimento cabe tanto na empresa como em nossas próprias vidas!
3. Estratégias
Muitas pessoas, muitos profissionais pensam que planejar seja estabelecer objetivos.
Ledo engano! Os Objetivos precedem o planejamento. Apenas seremos capazes de
planejar se soubermos, antecipadamente, para que – os nossos objetivos!
Planejar é, portanto, estabelecer as estratégias que iremos adotar para atingir os nossos
objetivos; os recursos que serão necessários, momento-a-momento, as fases que
deverão ser cumpridas. E, como já nos ensinavam os antigos: “Vários caminhos levam
até Roma”. De igual modo, várias estratégias, alternativas, podem ser empregadas pela
empresa ou por nós mesmos, em nossa vida particular, de modo a atingirmos um dado
objetivo. No caso de produção: podemos nós mesmos desenvolver e produzir os novos
produtos (uma estratégia), como podemos terceirizar esta atividade (outra estratégia): o
mesmo ocorrendo com as vendas, com a cobrança, bem com a entrega etc. Sempre
existirão vários caminhos, alternativos, que podemos seguir, mas atenção: a escolha da
estratégia está na razão direta do tempo que dispomos e dos custos que podem ocorrer
para o atendimento dos nossos objetivos. Daí dizer-se que um objetivo bem definido já
está 50 % alcançado!
A própria palavra já diz tudo: motivo + ação = motivação. Ou seja, motivação é ter-se
um motivo para agir. E, o motivo maior que é capaz de nos mover a agir é o
atendimento de nossos objetivos, segundo as estratégias que definimos! Que uma coisa
fique bem clara: sem ação, nunca haverá realização. As pessoas de real sucesso, em
qualquer lugar do mundo trabalham com perseverança, pelo menos doze horas por dia,
de modo a concretizar seus objetivos. Há muito tempo, mas há muito tempo mesmo,
que o amanhã não cai do céu! Temos que lutar, que trabalhar, que perseverar, e, para
isso, é fundamental que amemos o que fazemos, que sejamos capazes de cumprir nossas
atitudes com bom ânimo, com entusiasmo.
Nós somos influenciados pelas demais pessoas e somos capazes de influenciá-las.
Assim, se nosso agir é pleno de negatividades, espalhamos negatividade, mau humor,
desânimo, por todos os locais por onde passemos. Mas, se nosso viver é pleno de
alegria, de posto pela vida, de amor por nós mesmos e pelas demais pessoas, também
teremos a alegria de contagiar, positivamente, as demais pessoas, tornando nosso
ambiente de trabalho, nossas vidas dignas de serem vividas. Ao sucesso pois: o
trabalho, com alegria, está à nossa espera para a mais frutuosas realizações! Sejamos
felizes.
Exemplo:
83.750g 167.5%
Exemplo:
Dentro desse critério mais simples, devemos então partir do princípio de que a
farinha representa sobre o peso da massa 60% ( na realidade são 59,02%, mas o
arredondamento nos levará a maior facilidade nos cálculos).
Para elaborar os cálculos de qualquer produção de pão, é preciso primeiramente
saber a quantidade de massa que iremos necessitar. Por isso devemos levar em
consideração o seguinte:
número de pães;
peso unitário do pão cozido;
peso unitário em massa;
peso total da massa.
Vamos supor que a farinha absorva 60% do seu peso em água, e que a recita
utilizada segundo o Método do Padeiro é a seguinte:
Farinha (100.00%)
Água ( 60.00%)
Fermento Fresco ( 3.00%)
Sal ( 2.00%)
Açúcar ( 0.5%)
Gordura ( 1.00%)
Melhorador ( 1.00%)
167.5%
Para utilizar a fórmula acima, a perda deve ser representada em forma decimal, ou
seja, 25% = 0,25.
Tendo como referência a receita em que para 167.5 partes de massa são utilizadas
100 partes de farinha, utiliza-se a seguinte fórmula:
DIRETO CONVENCIONAL
Nesse método os ingredientes são misturados todos de uma só vez em masseiras de
baixa rotação (18 rpm) e a massa é colocada para fermentar.
A massa fica em fermentação até que sua abóbada (coroa) alcance seu ponto mais
alto. Ao atingir o ponto ideal ( o mais alto), a coroa começa a nivelar, ficando
horizontal, e pode cair caso seja perfurada com um leve toque com a ponta dos
dedos.
Nesse ponto a massa é então baixada (socada) e vai para a mesa onde se inicia a
Segunda fermentação, cujo tempo de duração é calculado considerando-se que a
primeira fermentação representou 80% do tempo total. Por isso o método também é
conhecido como ( 80 + 20%).
ESPONJA
Nesse método tem duas operações:
* Estágio 1 - esponja
Estágio 2 - massa ou reforço
Como o próprio nome diz, este estágio do processo é líquido e dele participam o
fermento, o açúcar, o antimofo e a quantidade de água necessária, que são misturados
numa masseira de trabalho contínuo para posterior mistura de farinha. A farinha pode
participar da esponja em pequenas porcentagens e muitos fabricantes têm usado esse
critério objetivando melhorar o sabor do pão.
O que ocorre na elaboração da massa é o seguinte: após ser misturada, a massa descansa
em bolas ( o tempo é variável de acordo com a quantidade de farinha, temperatura
ambiente, etc.) e em seguida é modelada e levada aos tabuleiros para crescimento e
posterior forneamento.
COMPOSIÇÃO
- 50 kg de farinha (100%)
- 30 litros de água ( 60%)
- 1,5 kg de fermento fresco ( 3%), se for usado fermento seco, adicionar (1%)
- 1 kg de sal ( 2%)
- 250g de açúcar ( 0.5%)
- 500g de gordura ( 1%)
- 500g de melhorador ( 1%)
1. Mistura e desenvolvimento
2. Descanso I
3. Divisão
4. Descanso II.
5. Modelagem
6. Fermentação ou crescimento
7. Forneamento
1. Adicionar a farinha e o fermento SECO (no caso de usar fermento FRESCO, este
deve ser o último ingrediente a ser colocado e sua quantidade deve corresponder ao
triplo da quantidade correspondente ao fermento SECO) e deixar misturar por cerca
de um minuto.
2. Colocar o açúcar e o melhorador (reforçador); e continuar com o premix
3. Adicionar a água aos poucos, para aumentar a absorção
4. Colocar o sal.
5. Adicionar a gordura.
Desenvolvimento da massa
Uso do Cilindro
2. Descanso I
O descanso da massa é fundamental para que o pão tenha volume e abertura de pestana.
Nesse estágio, a massa deve ficar em repouso por cerca de 15 minutos.
Durante o descanso, é importante que a massa fique coberta com plástico limpo para
evitar o ressecamento superficial. A massa em repouso deve crescer de forma regular e
homogênea, para que o pão seja de qualidade.
Boleamento
Antes de dar início ao repouso, é recomendável que a massa seja boleada (tome forma
de uma bola homogênea). O boleamento facilita ao padeiro visualizar o crescimento da
massa e favorece a reestruturação das moléculas de glúten e retenção de gás na massa.
Essa operação é feita manualmente.
3. Divisão
O objetivo desta etapa é dividir a massa em frações de tamanho e volume iguais, para
posterior modelagem. A massa é dividida em equipamentos denominados divisoras
semi-automáticas.
4. Descanso II.
Antes de dar início á modelagem, é recomendável que a massa descanse por cerca de 5
minutos.
5. Modelagem
6. Fermentação
Para que a massa fique bem formada, com bolhas regulares, é essencial que a
fermentação ocorra em ritmo adequado. Se a fermentação começar muito rapidamente
as bolhas poderão estourar, resultando em um pão de pequeno volume. Uma das formas
de evitara fermentação precoce é preparar a massa com água gelada (entre 4º e 13º C),
durante a mistura e o desenvolvimento.
Para a massa apresentar uma boa fermentação, devem ser observadas as seguintes
considerações:
Reações da fermentação
1. Fermentação alcoólica
É a fermentação que ocorre em maior intensidade na massa. É a responsável por
produzir o gás carbônico e tem participação destacada do aroma e sabor do pão.
2. Fermentação láctica
ë a fermentação responsável por baixar o PH da massa, tornando o ambiente
favorável á produção de gás. Ocorre por ação das bactérias lácticas que
transformam a glucose em, ácido láctico. A temperatura ótima para essa
fermentação é de 35º C, por isso se desenvolve lentamente, já que a temperatura no
início da fermentação fica entre 27º e 29º C.
3. Fermentação acética
É realizada pelo fungo Mycoderma Aceti, através da transformação do álcool etílico
produzido pela fermentação alcoólica em ácido acético. Essa fermentação é muito
limitada na massa. Normalmente, o ácido acético é responsável por apenas 5% da
acidez total.
7. Forneamento
O objetivo do forneamento é fazer com que a massa cozinhe e tenha a crosta formada,
com sua coloração característica.
Essa é a última etapa do processo de produção e uma das mais delicadas. Nesta fase a
massa modelada e crescida é preparada com a incisão (informações sobre incisão a
seguir) da pestana e, em seguida, é colocada no forno já pré-aquecido e vaporizado.
Normalmente, a temperatura usada para o assamento do pão francês de 50g é de 200º a
220º C, e o tempo de cozimento dependerá do forno: poderá ficar entre 18 e 20 minutos
ou ainda variar para um tempo maior ou menor.
* Primeira etapa
* Segunda etapa
Nesta fase, o pão atinge seu volume definitivo. Isso ocorre entre 6 e 8 minutos após o
início do forneamento, quando o gás carbônico e o ar existentes atingem seu ponto
máximo de dilatação.
* Terceira etapa
Esta etapa finaliza as modificações que irão acontecer na massa. Ocorre a formação da
casca, decorrente do ressecamento da parte externa, e sua coloração.
Para que a massa tenha um bom cozimento, o forno deve ser preparado com injeção de
vapor d’água saturado (pouca pressão). Um vapor com forte pressão pode prejudicar a
regularidade do desdobramento das pestanas.
Um pão de bom aspecto deve ser bem desenvolvido, bem assado e leve. Deve Ter uma
crosta amarelo-dourada, ligeiramente espelhada, lisa e bem aderente ao miolo. Cortado,
o pão não deve apresentar estrangulamento. O miolo deve Ter coloração branco-creme
e não apresentar buracos. As pestanas devem ficar bem destacadas. Enfim, um pão de
qualidade precisa Ter sabor agradável e odor suave, ser crocante e apetitoso.
A vida útil do pão francês crocante é de cerca de 4 horas, após retirado do forno. Depois
disso, começa a ressecar e a murchar.
O envelhecimento do pão é inevitável e inicia tão logo a massa cozida começa a ser
resfriada. Esse fenômeno caracteriza-se pela retrogradação do amido, que expulsa a
água que envolve, e pela diminuição da temperatura da massa. O resultado do
envelhecimento é um pão seco e duro.
Pelo fato do pão Ter um período de vida longo, o padeiro deve programar fornadas mais
freqüentes. Essa preocupação refletirá substancialmente na satisfação dos clientes.
Pesquisas demonstram que os consumidores do pão francês dão preferência ás
panificadoras que comercializam o pão ainda quente, várias vezes ao dia. Para saber o
número de fornadas necessárias ao bom atendimento, a padaria precisa estudar sua
clientela. É importante descobrir os horários mais movimentados para então estabelecer
um planejamento de fabricação de pães, objetivando não Ter desperdícios.
CONSERVAÇÃO DO PÃO
Para que o pão tenha uma conservação maior, não se deve, entretanto, adicionar mais
açúcar á receita do que o recomendado. O correto é não deixar a massa ultrapassar o
tempo de fermentação orientado.
Padarias sem uma estrutura ideal, que disponha de câmara de fermentação, refrigeração,
água gelada á disposição, fornos de temperatura controlável, etc., estão sempre em luta
com pães que, nas assadeiras, passam do ponto ideal para o forneamento. Os motivos
são os mais diversos, dos quais a queda de temperatura do forno é um dos mais
freqüentes. Por outro lado, é comum um erro de cálculo na massa a ser feita e o padeiro,
ao fim do dia, se vê com uma sobra grande de massa, sem saber o que imediatamente
fazer. Para não desperdiçá-la, o padeiro acaba reaproveitando-a , voltando com ela para
a masseira a fim de compor uma nova receita. Mas muitas vezes essa sobra é utilizada
de forma indevida, já que nela são misturados ingredientes sem serem previamente
pesados. O resultado é uma massa sem nenhum controle de qualidade.
A farinha representa, aproximadamente, 60% (ou sua base para cálculo) sobre o peso da
massa tradicional. No caso de não se saber a quantidade da farinha usada no pão que
passou, pesa-se o mesmo, multiplica-se por 60 e divide-se por 100.
Exemplo:
O pão passado nas assadeiras pesa 100 quilos.
100.000g x 60 = 60.000g
100
Insumo % Kg
Farinha 6.000g
Sal 2% 120g
Gordura 1% 60g
Insumo % Kg
Feito isso, a massa deve ser bem misturada, até Ter uma textura lisa e homogênea.
Depois, basta levá-la para a mesa, cortá-la, fazer as bolas e deixar descansar por 20
minutos. Em seguida, modelar e deixar crescer até o ponto de ser forneada.
Este processo se aplica ás massas que sobraram (passadas) . No caso da massa passada
ser reconstruída muito tempo depois, daí a 8 horas por exemplo, os ingredientes,
especialmente a farinha, o açúcar e o fermento, precisam ser considerados em
porcentagens maiores.
Massas com excessivo tempo de fermentação e em temperaturas descontroladas, levam
não só a perda dos ingredientes, face ai processo de transformação durante a
fermentação, mas possibilita o desenvolvimento de um fungo presente no fermento (o
micodermo acético), que provocará uma acidez acima do aconselhável e com resultados
negativos sobre o produto final.
Se sua padaria é daquelas que nunca teve uma produção tranqüila, está sempre
forneando o pão fora de hora (antecipando ou atrasando a fermentação), você tem que
colocar um ponto final nisso ou acabará perdendo a clientela. Nessas condições, o pão
tem grande chances de sair defeituoso ou fora do horário previsto. Para sair dessa
situação, a solução á ajustar o tempo de fermentação ao tempo disponível á produção,
através do cálculo de fermentação.
Cálculo de fermentação
Regra de fermentação
Sabemos que a quantidade de fermento varia conforme a receita, mas a prática tem
ensinado que a quantidade de fermento ideal a ser utilizada no fabrico do pão francês
deve variar entre 1% e 5%, em relação ao total de farinha, sendo que a porção
aconselhável é de 3%.
Para que entenda melhor, vamos utilizar uma base de cálculo aleatória para servir de
referência aos exemplos a seguir.
Base de cálculo:
Exemplo 1
Se você quer que a fermentação ocorra em 60 minutos, vai precisar, então, aumentar a
quantidade de fermento. Lembre-se da regrinha de que a quantidade de fermento é
inversamente proporcional ao tempo de fermentação. Para descobrir qual quantidade
correta, devemos fazer o seguinte cálculo:
Exemplo 2
Caso você queira aumentar o tempo de fermentação para 120 minutos, então tem de
diminuir a quantidade de fermento. Veja como calcular:
Para definir a BASE DE CÁLCULO de sua padaria, o responsável pelo trabalho deve
tomar como base o tempo de fermentação atual. Esse tempo é gerado através da
quantidade de fermento comumente usada no estabelecimento.
Importante: É preciso acompanhar massa por massa.
a farinha de trigo
o fermento biológico
a água
o sal
a gordura
o açúcar
os melhoradores.
FARINHA DE TRIGO
Funções
☺ Para clarear:
A farinha procedente de trigos duros (hard) é a mais indicada para a produção de pão
francês. Esse tipo de trigo produz farinhas de boa capacidade de absorção de água,
capazes de formar massas mais resistentes ao trabalho mecânico e à fermentação.
Composição do grão
Pericarpo – é a casca que cobre o grão, também conhecido como farelo ou farelinho.
Representa 13% da massa total do grão. Seu uso no Brasil é Brasil é mais dirigido para
ração animal, embora seja uma fibra rica em celulose, que possui alto teor vitamínico,
principalmente as do complexo B.
Gérmen - parte intermediária, equivalente a 2% do grão. É o embrião do trigo, ou seja,
a parte responsável pela germinação e reprodução . É no gérmen que está concentrada
quase a totalidade gordurosa do trigo. Seu sabor lembra o de amêndoa e seu emprego é
pouco difundido na panificação do Brasil. Aqui, pouca gente sabe que sua adição, de 7
a 10% na receita, torna o pão muito saboroso e exótico.
Endosperma – é parte mais interna, também considerada a principal do trigo.
Representa 85% do grão. Do Endosperma se extrai a farinha de trigo.
Para obter essa resposta, precisamos conhecer o glúten e sua capacidade de expansão.
O que é glúten
Conhecer o glúten de uma farinha é fundamental para que se possa assegurar uma boa
massa. Para isso, é preciso fazer teste do glúten. Vale esclarecer que essa experiência deve
ser feita sempre comparativamente ao glúten de outra farinha, para que se tenha uma base
de referência.
Teste do glúten
1 – Pese cuidadosamente 100 gramas de farinha, pondo-a em uma vasilha e junte; aos
poucos, 60 gramas de água natural.
2 – Após a água ser incorporada, trabalhe esta pequena massa, cuidadosamente, com uma
espátula ou com as mãos. Pressione bem a massa até que fique lisa e enxuta.
3 – Ponha, então a massa dentro de uma vasilha, contendo água natural, onde deverá
permanecer por uma hora, a fim de permitir a formação do glúten. A massa deve ficar
encoberta de água.
4 – Durante o tempo em que a massa estiver submersa, vá pressionando-a com a mão para
retirar todo o amido.
7 – Após todo o amido Ter saído da massa, bata o glúten em uma mesa, a fim de torná-lo
elástico.
8 – Modele o glúten em forma de bola e pese-a para obter o peso do glúten úmido.
Exemplo :
11 – Sob a ação da temperatura do forno, haverá a distensão do glúten. Quanto ,maior for o
volume ou expansão da bola, tanto melhor será a qualidade do glúten da farinha sob
experiência.
Absorção de água: é a capacidade que a farinha tem de absorver e reter água. Quanto
maior a absorção, maior o rendimento da farinha. Uma boa farinha de trigo absorve
entre 58 e 62% de água. Em um saco de 50 quilos isso significa uma produção média de
1250 pães de 50 gramas. A capacidade de absorção de água da farinha é determinada
pela sua composição físico-química, como teor do glúten (absorve de 2,8 a 3 vezes seu
peso em água), o teor de proteínas totais, o teor de amido ( absorve cerca de 30% de seu
peso em água) e a quantidade de amido danificado pelo processo de moagem (absorve
cerca de uma vez seu peso em água).
Uma farinha com boa capacidade de absorver e reter água apresenta as seguintes
vantagens:
A produção de trigo no Brasil não atende à demanda do país, por isso importamos o
produto de países como Argentina, Canadá e Alemanha.
Semolina – Muito forte: farinha que resiste muito bem ao processo mecânico de pães e
macarrão.
Especial – Forte: idem à semolina.
Comum – Fraca: devido a grande quantidade de casca e gérmen presentes em sua
estrutura, esta farinha é mais fraca e tem pouca resistência ao processo mecânico para
fabricação de pães, além disso, sua coloração escura pode comprometer a cor do
alimento; essa farinha é indicada para a produção de biscoitos.
Integral – Muito fraca: é bastante fraca devido ao seu alto grau de pericarpo (casca que
cobre o grão, também conhecido como farelo) e gérmen. Os pães produzidos com essa
farinha têm pouco volume e textura pobre, a não ser que sejam enriquecidos com
glúten.
Fazer mistura de farinhas sem conhecimento de suas qualidades técnicas pode ser
desastroso. Significa misturar elementos de características e padrões de fabricação
diferentes. O resultado são variações indesejáveis na qualidade do produto final, como
pequeno volume do alimento e abertura de pestana medíocre, gastos com insumos (na
tentativa de reequilíbrio da massa) e, ainda, inviabilização do controle de fabricação.
Os grãos colhidos no Brasil ou vindos do exterior, chegam ao moinho. A partir daí dá-se
início a análise das safras. Os grãos com características de glúten diferentes são separados,
conforme o destino: farinha para macarrão, biscoitos ou pães. Depois de feita a divisão, há
o rastreamento para conhecer as características do glúten de cada grão (safra).
Durante o processo de moagem, o trigo (mesclado ou não) é equilibrado de modo a
desempenhar plenamente suas funções. Isso significa que cada moinho produz farinhas com
características próprias, já que as diferenças entre um grão e outro, proveniente do tipo de
cultivo (solo, temperatura, clima, etc.), são ajustadas conforme o padrão de qualidade de
cada moinho.
Desta forma, quando se misturam farinhas de moinhos diferentes pode-se facilmente
misturar moléculas de glúten com características de desenvolvimento muito distintas, que
impossibilitam o correto desenvolvimento e estruturação da rede de glúten da massa.
Para se Ter bons resultados a nível de qualidade e produtividade em processos de
panificação, é fundamental trabalhar com a farinha de um único moinho, ou seja, de uma
mesma marca ( Vilma, Boa Sorte, etc.). Quando ocorre a mistura de farinhas de marcas
diferentes em uma mesma fornada, inevitavelmente são quebrados parâmetros tecnológicos
de fabricação que poderão resultar em prejuízo para produção.
Armazenamento da farinha
O local de armazenamento deve ser mantido limpo para não favorecer o surgimento de
insetos e roedores.
A sala ou armazém deve possuir aberturas de forma que possibilitem uma boa,
ventilação, evitando excesso de calor e focos de ar saturado de umidade.
As janelas do armazém devem Ter telas do lado externo para impedir a entrada de
insetos.
O local deve receber luz solar, mas os raios não devem incidir diretamente na farinha.
As paredes e o piso do armazém devem ser impermeabilizados para evitar transferência
de umidade para a sacaria.
Os sacos devem ser colocados sobre estrados de madeira que tenham pelo menos 10
centímetros de altura.
O espaço entre a parede e a pilha de sacos deve ser de no máximo 50 centímetros.
As pilhas devem Ter no máximo 25 sacos de altura, com lastros disposição horizontal
dos sacos) de até 10 sacos. Pilhas com lastros muito grandes impedem a ventilação e o
arejamento do produto. Alturas maiores que 25 sacos favorecem a compactação e
aglomeração do produto, além de também dificultar o arejamento.
ÁGUA
É um ingrediente básico na elaboração do pão. Para cumprir bem o seu papel, a água
utilizada na panificação deve ser potável e conter carbonato de cálcio e magnésio.
Funções
Hidratar a farinha.
Tornar possível a formação da rede de glúten e o acondicionamento do amido.
Determinar a consistência da massa.
Conduzir e controlar a temperatura da massa, que se aquece devido a fatores como
condições do clima, ambiente e do trabalho mecânico da massa.
Dissolver o fermento, o açúcar e os sais, tornando o pão mais apetitoso.
Hidratar o amido, tornando-o digestivo.
Tornar possível o desenvolvimento das leveduras.
Evitar a formação da crosta na massa.
Permitir o maior desenvolvimento do pão no forno.
Tornar possível a limpeza da padaria e equipamentos.
Classificação
Dura: Quando não são de dureza extrema, são as mais indicadas para a panificação, por
fortalecerem o glúten, permitindo uma maior absorção e expansão. Possuem um
elevado conteúdo de sais minerais (20 a 40g de sulfato de magnésio e cálcio por galão,
ou seja, 3.785g).
Faça o teste da Espuma: basta lavar as mãos com água e sabão, quanto mais espuma
produzir, mais mole a água é, e vice-versa.
A falta de água não permite a formação completa da estrutura do glúten e produzirá uma
massa com desenvolvimento irregular. Por outro lado, o excesso de água provocará um
glúten enfraquecido.
A quantidade ideal para o pão francês gira em torno de 58 e 60% sobre o peso da farinha.
Para os demais produtos de padaria, a percentagem é a mesma, entretanto, deve-se levar em
consideração a água encontrada em outros ingredientes (margarina, ovos, leite, açúcar,
etc.);neste caso, há que se fazer o balanceamento com os outros componentes da receita.
difíceis de modelar;
pouco rentáveis;
mais sujeitas a variações do processo.
pegajosas;
grudam em tudo que encontram;
mais demoradas no forno;
mais expostas ao mofo.
Funções
Essa levedura utiliza o açúcar como alimento e para a reprodução; e, como resultado do
metabolismo (transformação) do açúcar, há liberação de gás carbônico (CO2), álcool e
substâncias aromáticas no meio em que está imersa. O gás produzido é responsável pelo
crescimento da massa, o álcool e as substâncias aromáticas contribuem para o sabor e
aroma do pão.
Observações:
Funções
Na fase de mistura dos ingredientes o sal e o fermento nunca devem ser colocados
juntos, pois o sal pode inibir a ação do fermento. Devem ser colocados um de cada vez.
A adição do sal à mistura não deve ser feita no começo do processo para não interferir
na cor do miolo do pão. O sal adicionado precocemente provoca oxidação intensa e
branqueamento do miolo. É importante lembrar que a cor do miolo é branco-marfim,
devendo ser evitado seu excessivo branqueamento.
Em casos de farinha mais fraca é conveniente adicionar mais sal à massa, com dois
objetivos:
GORDURA
A gordura é um ingrediente que quando usado, traz benefícios à massa pois possui a
propriedade de formar ligações entre substâncias que não se misturam, exceto com a água.
Por causa disso, a gordura nunca deve ser adicionada à mistura antes da água, já que a
farinha ficaria impermeabilizada e não absorveria a quantidade de água necessária ao seu
desenvolvimento.
Os produtos gordurosos (óleo e gorduras em geral) até mesmo coco ralado, nozes, etc.
podem se tornar rançosas com relativa facilidade.
O que é rancidez : a rancidez pode ser definida quimicamente como oxidação, isto é, o
oxigênio ataca os pontos da estrutura da gordura que são chamados de insaturados e
produzem o sabor e odor de ranço.
O uso de gorduras é indispensável nas receitas ricas e em pães, embalados, nos quais se
deseja dar um tempo de vida maior.
* De 1% a 4% - massas de sal
De 5% a 10% - massas doces
Funções
A quantidade de açúcar a ser usada dependerá do tipo de pão que se deseja fazer pois,
independente de funcionar como alimento do fermento, o açúcar é usado também como
dulsificante e como conservador do produto final. Assim, o tipo de pão é que irá determinar
a porcentagem a ser usada.
MELHORADORES (ADITIVOS)
Funções
Tipos de melhoradores
Nas farinhas fortes, utilizar a quantidade mínima e nas farinhas fracas, a quantidade
máxima recomendada.
Nas farinhas fracas, que contêm maior quantidade de amido (fonte de açúcar), deve-se
utilizar a quantidade mínima. Nas farinhas fortes (maior tempo de fermentação), utilizar
a quantidade máxima.
LEITE
Favorecer as propriedades físicas das massas acelerando sua formação, aumentando sua
extensibilidade e diminuindo sua porosidade. Em mau estado de conservação,
entretanto, pode diminuir a tolerância da massa e provocar sérios incidentes na
produção.
Colaborar para retardar a ação fermentativa das massas.
Melhorar a coloração da crosta dos alimentos forneados.
É um importante elemento de conservação dos produtos frescos obtidos a partir de
massas fermentadas doces.
Composição Química
Água : 87%
Substâncias gordurosas: 4%
Lactose (açúcar do leite): 5%
Substâncias azotadas (caseína na maioria): 3,4%
Substâncias minerais: 0,6%
Este tipo requer cuidados especiais em sua estocagem, o que dificulta seu uso em relação ao
leite em pó ou condensado. O leite líquido, por ser muito rico em matérias orgânicas, é
facilmente atacado por microorganismos. Quando isso ocorre, há uma produção excessiva
de ácido láctico no leite, resultando na fermentação láctica, que prejudica o
desenvolvimento da fermentação pois inibi a ação da levedura.
No caso de usar leite após a ordenha, é recomendável que ele passe por um processo de
pasteurização. Isto faz com que seja eliminado alguns microorganismos concorrentes do
fermento, e ainda garante uma vida útil maior ao líquido.
Quando utilizado em receita de fermentação biológica, é extremamente importante que
o leite seja fervido e resfriado antes de ser usado, para evitar a ação do bacilo láctico.
Leite condensado
O leite condensado é feito a partir do leite líquido: retira-se toda a água do leite, cerca de
87%, e no que sobrou adiciona-se açúcar (sacarose).
No caso de se utilizar este leite condensado, é necessário balancear o teor de açúcar original
da receita.
A quantidade de leite a ser usada dependerá do enriquecimento que se queira dar à massa.
Deve-se considerar, entretanto, que quantidades inferiores ao mínimos estabelecidos não
terão qualquer efeito benéfico.
OVO
Funções
Conservação do ovos
Para conservar ovos com qualidade por mais de três dias, é recomendável que sejam
guardados em refrigeração, a uma temperatura de +5 a ºC.
Uma maneira fácil de verificar se o ovo está fresco é fazer a flutuação em água. À
medida que o ovo envelhece, perde água e absorve ar. Aí é fácil descobrir sua idade,
observe o seguinte:
Os ovos em pó são comercializados sob a forma spray drier, em que o ovo sofre um
sistema de secagem, ou por liofilização, uma espécie de desidratação. No processo de
spray drier, há uma sensível perda do poder emulsionador do ovo, o que não ocorre com
a liofilização, que preserva todas as propriedades do ovo natural. O seu inconveniente é
o custo altíssimo.
mínima = 5%
máxima = 15%
O malte é um grão de cereal artificialmente germinado pela umidade e pelo calor. Ele é
extraído principalmente dos grãos de cevada; outras fontes são o milho, arroz, trigo, etc.
Funções
Análise do malte
O malte em pó é de mais difícil emprego, por ser altamente higroscópio, isto ;é, tem alto
poder de absorver a umidade ambiente, endurecendo e tornando-se impróprio. O extrato de
malte é de uso mais indicado.
Quando as farinhas já têm bom poder diastático, isto é, são “coradeiras”, é mais
aconselhável o uso do malte diastático.
Todos os ingredientes devem ser pesados antes de serem utilizados . isso é importante
para que a receita dê certo. Um produto de qualidade resulta de uma massa balanceada e
isso só se consegue pesando cada um dos ingredientes.
A farinha de trigo armazenada por mais de 30 dias deve ser peneirada antes de ser
usada.
Quanto maior a quantidade de fermento, menor o tempo para fermentação.
O vapor é de fundamental importância para o cozimento dos pães. Proporciona a
umidade necessária ao crescimento e colaboração uniforme.
Antes de usar fermento biológico, verifique se o produto está solto e esfarelando
facilmente. Caso não esteja, não use pois está estragado..
Antes de utilizar leite líquido, ferva-o e esfrie-o, para evitar a ação do bacilo láctico que
pode prejudicar a fermentação.
Usando assadeiras perfuradas, utilize o teto do forno com menos calor.
Os ingredientes utilizados na panificação devem ser guardados em local fresco,
ventilado, sem umidade, limpo e livre de insetos e roedores.
Outro fator a ser observado no forno é em relação ao registro de vapor. Esta é uma peça
importante pois é através dela que a vaporização é feita. E como já vimos, a
vaporização consiste em injetar vapor de água na câmara de forneamento para que o
pão não fique prejudicado pela perda de água ao assar. O vapor é que proporciona
brilho à casca do pão e serve para distribuir o calor dentro da câmara.
Modelo modular: forno composto de várias câmaras de cocção, com lastro elétrico
independente que possibilita ao padeiro controlar a temperatura de cada uma das
câmaras e ainda ampliar o forno conforme as necessidades de produção. É também um
forno muito indicado para a panificação.
Um forno mal regulado pode trazer os seguintes prejuízos : excesso de consumo da fonte
energética; baixa capacidade de recuperação térmica na câmara de cocção; crescimento
irregular do alimento (perda de duas a três gramas no peso do pão) e aquecimento e
ressecamento do produto. Para evitar que isso ocorra, é importante que sejam tomadas,
periodicamente, as seguintes providências:
Objetivos do congelamento
É preciso esclarecer que este tipo de congelamento a ser apresentado deve ser entendido
como uma referência, cuja finalidade é nos suprir de dados para que através de testes por
nós praticados possamos encontrar a forma ideal de dominar todo o processo.
Como veremos a seguir, a forma de fazer o congelamento irá alterar conforme o fermento
(químico ou biológico) utilizado na receita.
A massa deve ser congelada antes do início do processo de fermentação, ou seja, logo
após a modelagem.
Acondicionar a massa em embalagem que a proteja da pressão do ar.
Para o congelamento, utilizar o freezer convencional a uma temperatura de –18ºC.
Após colocada a massa no freezer , o tempo gasto para ela congelar é de
aproximadamente 2 horas e 30 minutos.
No armazenamento, a temperatura do freezer também deve ser de –18ºC.
O período de armazenamento deve ser de no máximo 7 dias.
Receita Original
Processo de congelamento
Processo de descongelamento
1) Farinha de trigo - Devido à maior exigência física sobre a rede de glúten, é necessário
utilizar uma farinha mais forte, com teor de proteínas mínimo de 12,50%, além de
elasticidade e estabilidade mais altas. É prática utilizar uma quantidade de agentes
oxidantes (Azodicarbonamida, Ácido Ascórbico) mais alta que o normal, justamente
para melhorar a estabilidade da rede de glúten, além de compensar a menor intensidade
das reações de oxidação do glúten, proporcionada pela temperatura mais baixa da
massa. Outro aspecto importante relacionado à farinha de trigo é quanto a atividade
enzimática. Esta deve ser menor do que nos processos anteriores ao congelamento. O
falling number mínimo da farinha deve ser de 300 segundos. Uma farinha que não
proporciona uma estrutura de glúten adequada inviabiliza qualquer esforço de processo
para se obter um produto de boa qualidade.
2) Água – A água adicionada à massa interfere na qualidade do produto congelado devido
a dois aspectos: a temperatura final da massa após o desenvolvimento e quantidade de
água disponível na massa. A temperatura da água adicionada deve ser ajustada de forma
que a massa obtida fique na faixa de 19 a 21º C. Temperaturas essas mais susceptíveis
aos danos causados durante o período em que o produto ficará armazenado congelado,
resultando na necessidade de trabalhar com maior tempo de crescimento e menores
volumes do produto final, proporcionais à duração do período de armazenamento.
Temperaturas muito baixas também não são recomendadas porque interferem no
processo de desenvolvimento da rede de glúten, já que criam um ambiente que dificulta
as reações químicas necessárias ao desenvolvimento. A quantidade de água na receita
deve ser reduzida em relação ao processo convencional, pois numa massa ‘mais dura’, a
menor quantidade de água disponível inibe a atividade precoce das leveduras, além de
ajudar na manutenção da forma dos pães durante o processo de congelamento e também
diminuir o dano mecânico dos cristais de gelo à rede de glúten.
ALTURA
Altura máxima : 7 cm
COMPRIMENTO
Comprimento máximo: 14 cm
2) Cor padrão:
O pão deve Ter superfície (parte de cima e laterais) dourada e o fundo pode chegar a ficar
marrom. A espessura da casca será de 1 a 2 milímetros.
3) Branco:
O pão tem a superfície (parte de cima, de baixo e laterais) tendenciando para o branco.
O pão tem cor escura, puxando para o marrom na parte de cima e laterais, e preto
(queimado) na parte de baixo.
5) Aparência padrão:
6) Aparência ruim:
O pão não tem pestana (é careca), os feixes são estourados e a modelagem é feia. Dá-se a
impressão de massa velha (pão pesado).
Objetivo
Como calcular
Objetivo
Como calcular
Objetivo
Como calcular
Objetivo
Exemplo:
10 = 100%
3 = X%
3 x 100 / 10 = 30%
DIAGRAMA DE PARETO
Esta ferramenta nos auxilia a definir a ordem para resolução dos problemas do dia-a-dia,
começando sempre pelos mais importantes. Aí, torna-se possível administrar melhor as
prioridades.
Vamos supor que 50 a 80% dos problemas gerados na Indústria estão relacionados ao pão
francês, já que ele é o produto mais fabricado.
Isso significa que se os problemas referentes ao pão de sal forem resolvidos primeiramente,
quase a totalidade dos problemas do setor de Produção estarão resolvidos. É
imprescindível, portanto, dar prioridade ao pão francês, em vez de resolver problemas de
produtos com menor grau de importância.
Primeira etapa
Resolva que tipo de problema você quer investigar. Exemplo: produtos com defeitos,
ocorrência de acidentes, reclamações de clientes.
Defina quais serão os dados necessários e como classificá-los. Exemplos: por tipo de
defeito, localização, processo, máquina, funcionário ou método.
Observação:
1) Reuna os itens que não são freqüentes sob título de OUTROS. Determine o método de
coleta de dados e o período durante o qual serão colhidos.
2) É recomendável o uso de planilha.
Crie uma folha de verificação. Liste os itens e deixe espaço para os totais.
Observe o modelo:
Terceira etapa
Quarta etapa
Prepare os itens na folha de dados para o gráfico Pareto, listando os itens , seus totais
individuais, os totais acumulados, as porcentagens sobre o total e as porcentagens
acumuladas.
Quinta etapa
Observação: o item OUTROS deve ficar no final, seja qual for o seu valor, pois ele é
composto de um grupo de fatores que têm, cada um, valor menor do que o menor valor
de item listado individualmente.
Sexta etapa
Eixo horizontal:
Sétima etapa
Oitava etapa
Transforme os valores encontrados para cada barra em percentuais e marque os pontos para
formar a curva.
Nona etapa
Outras sugestões
É indesejável que o item OUTROS tenha percentagem muito alta. Se isso acontecer é
porque os itens não estão classificados de forma adequada. Nesse caso, é preciso rever o
método de classificação.
Se um item parece de simples solução, deve ser atacado imediatamente mesmo que
tenha menor importância relativa. Como gráfico de Pareto objetiva eficiente solução do
problema, exige que ataquemos somente os pontos vitais. Contudo, se determinado
item parece Ter importância relativa menor, mas pode ser resolvido por medida
corretiva simples, deve servir como exemplo de eficiência na solução de problemas.
Isso será extremamente motivador para a equipe, além de representar ganhos de
experiência para problemas futuros.
Criado por : Hélvio F. Moreira dos Santos (BRANCO) (31)9746-3729 75
DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO
Atitudes paliativas podem ajudar em um determinado momento, mas não são a melhor
solução. No caso de uma situação indesejada, o ideal é cortar o mal pela raiz. Assim,
exterminamos de uma vez o problema.
SITUAÇÃO
MÁQUINAS MEIO AMBIENTE MÃO DE OBRA NÃO
MATÉRIA PRIMA MEDIDAS MÉTODO DESEJADA
Segundo – Encontre o maior número de causas que possam contribuir para gerar efeito.
Converse com todos os envolvidos no serviço ou setor. Uma discussão franca e aberta é
fundamental para levantar causas. Incentive-os a dar opiniões. O envolvimento de todos os
participantes do processo é indispensável.
Quarto – Caso o problema necessite ser mais aprofundado, poderão ser feitos outros
diagramas para cada uma das causas encontradas. Neste caso seriam encontradas as causas
das causa.
O último passo é a seleção das idéias, feita por um subgrupo de duas a cinco pessoas,
que depois justificará as escolhas do grupo e com ele tentará aperfeiçoar as melhores
idéias.
Cada participante, após receber o papel de seu vizinho, tenta desenvolver ou acrescentar
algo correlato, com mais três idéias. O processo finaliza quando a pessoa que escreveu seu
próprio papel o recebe de volta. Neste ponto, o coordenador recolhe as anotações para a
seleção de idéias.
Como o próprio nome diz, essa técnica permite à empresa solucionar problemas. O
processo para encontrar as soluções devidas é dividido em etapas, e em cada uma delas são
usadas ferramentas como brainstorming, Pareto; etc.
1 – Fase de identificação
Devem ser identificadas as causas que mais contribuem para o não atingimento da situação
desejada. Podem ser usadas as ferramentas brainstorming e diagrama de causa e efeito.
4 – Geração de alternativas
Quanto mais alternativas , maior a possibilidade de acerto. Para encarar o problema, podem
ser praticadas três tipos de ações: corretiva, adaptativa ou provisória.
Já a opção por uma provisória justifica-se quando o processo não pode parar ou quando os
efeitos do problema são sérios. É uma medida tampão que pode ser utilizada em um
primeiro momento para evitar danos (efeitos) maiores a outros processos.
5 – Avaliação de alternativas
Evidência – Existem informações suficientes que provem ser esta a solução mais
adequada?
Tempo – Quanto tempo é necessário para implantar a solução?
Dinheiro – Quanto dinheiro é necessário (despesa de custeio)?
Qualidade – Quais os impactos positivos (pessoas, produtos, atendimento, etc.)?
7 – Implantação e avaliação
MASSEIRA
Descrição do equipamento
Função
Operação
No caso de masseira rápida, quando se atinge o ponto da massa, basculha-se a tina para
facilitar a retirada da massa. Nas demais masseiras, o mestre a retira pela boca da tina.
As masseiras rápidas devem Ter sempre ao seu lado um dosador de água, para medição
correta da água aplicada e principalmente, para controlar a temperatura da massa, pelo uso
da água gelada, já que esta possui um fator de fricção alto.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Diariamente
1. Limpar toda máquina com pano úmido, especialmente a tina e o braço, retirando todo o
resíduo de farinha e massa.
2. Passar uma fina camada de óleo vegetal, na tina e no braço.
Mensalmente
Lubrificação
Regulagem
Cuidados:
CILINDRO
Descrição do equipamento :
Constitui-se de dois rolos de aço (superior e inferior) que giram em sentido contrário e
lançam a massa para dentro do espaço existente entre eles, um alimentador inclinado, um
receptor a frente, ambos de fórmica ou inox, e um ou dois motores que movimentam os
rolos.
Função:
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Diariamente :
Semanalmente:
1. Verificar os rolamentos.
2. Verificar a tensão nas correias.
Mensalmente:
Lubrificação:
1. Empregar lubrificante adequado para os rolamentos.
2. Por graxa nos graxeiros.
Regulagem:
1. Ajustar a tensão das correias, usando o parafuso esticador.
Cuidados:
1. o cilindro tem sido o maior causador de acidentes, nas panificadoras, na maioria das
vezes no momento da limpeza com espátula. Por isso este trabalho deve ser revestido de
muita atenção.
2. Após manutenção, principalmente elétrica, antes de usar o cilindro verifique o sentido
da rotação dos rolos. Este é outro motivo de vários acidentes.
3. Ao limpar o cilindro com espátula, evitar riscar a superfície dos rolos.
MODELADORA
Descrição do equipamento:
Operação:
O auxiliar de padeiro põe as buchas por entre os rolos. A modeladora realiza as operações
de desgaseficação, laminação, alongamento, enrolamento e selagem.
As peças de massa saem do outro lado da modeladora, já pronta. O auxiliar coloca-as nas
assadeiras, que já devem Ter sido untadas previamente. Então coloca a assadeira completa
no carrinho para a fermentação final.
Quando do uso de tabuleiros, o auxiliar faz a arrumação das peças, sobre um pano de
dobras. Em padarias de grandes desmanches esse trabalho e realizado pelo dobreiro , que
vai efetuando as dobras no pano do tabuleiro, para que as peças não colem umas nas
outras. Como ocorre com as assadeiras, deixa-se fermentar até levar as peças ao forno.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA:
Diariamente:
Semanalmente:
Verificação geral:
Desgaste da correia, lonas de feltro, corrente, engrenagens, rolos, roletes, rolamentos etc.,
cada 600 horas. Quando necessário, efetuar a substituição.
Lubrificação:
Cuidados:
DIVISORA
Descrição do equipamento:
Possui o corpo em ferro fundido. Tem um sistema de lâminas que divide a massa em 15 ou
30 porções. Conforme solicitado ao fabricante. Este sistema é acionado por meios de uma
manivela.
Podem ser encontradas ainda duas versões: com base e sem base. Esta última é colocada
sobre um superfície a 80 cm acima do nível do chão. Mais dificilmente encontram-se as
divisoras que, quando acionadas, efetuam o corte automaticamente.
Função:
Operação:
O auxiliar de padeiro coloca a pesada no recipiente de corte. Com uma das mãos aciona a
trava das lâminas, fazendo com que esta fique presa. Pressionando a manivela, comprime a
massa que se encontra no recipiente, retirando os gases. Volta a manivela para a posição
anterior. Com o auxílio de uma das mãos, libera a trava das lâminas para efetuar o corte a
massa. Para esta operação, move-se a manivela, fazendo uma pressão que definirá os cortes
das buchas.
Lubrificação:
Diariamente:
Cuidados:
A localização da divisora deve ser tal que não torne arriscado o trânsito dos que trabalham
na quadra, principalmente por causa da manivela, já que sobressai da máquina.
CÂMARA DE FERMENTAÇÃO
Descrição do equipamento:
Função:
Alojar os pães durante a fermentação final, oferecendo condições, que levem em conta, ao
mesmo tempo, as características físicas da massa e as exigências da fermentação, ou seja,:
as massas devem estar ao abrigo de correntes de ar ou de um ambiente muito seco, pois
tanto um quanto o outro provocam uma dessecação na periferia do pão modelado e o
encascamento de sua parede externa. Isso cria uma espécie de cinta em torno da massa,
retarda seu crescimento, torna difícil o corte da pestana da massa, freia o seu
desenvolvimento no interior do forno, produz pães de crosta pálida e com pestana irregular.
Este equipamento preserva também os pães do excesso de umidade, que prejudica a firmeza
da massa (que tende, então a crescer achatada), privilegia igualmente sua porosidade,
acelera a atividade fermentativa, diminui riscos de aderência de pães modelados à toalha
do tabuleiro, de corar excessivamente no forno e de apresentar pestanas planas e rasgadas.
Tanto em um caso como no outro, os resultados são apenas passáveis ou medíocres, mesmo
com uma massa que era promissora.
Introduz-se os carrinhos dentro da câmara, que já deverá estar com a temperatura ajustada
(30 a 32 ºC ) e a umidade na faixa de 80 a 85 %. Findo o crescimento, os carrinhos são
retirados, permanecendo normalmente um pouco de tempo fora para enxugar a massa,
como dizem os padeiros. Depois, as peças crescidas vão para o forno.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA:
Regulagem:
Cuidados:
Todas as áreas que isolam as perdas de temperatura devem ser mantidas perfeitas, sem
buracos. As vedações precisam estar sempre em boas condições.
FORNOS
Os fornos podem ser elétricos, a gás, lenha ou diesel, conforme o combustível que utiliza na
geração de calorias.
Os fornos são definidos dentro de sua categoria pelo número de câmaras e pelo
posicionamento destas – simples, sobrepostas ou paralela.
Forno elétrico: funciona por meio de chaves – uma ou duas – que, ao serem acionadas,
permitem o aquecimento por resistências. Nos casos de duplas chaves (lastro/teto) é
possível aquecer o lastro e o teto individualmente.
Há também fornos giratórios com circulação de ar aquecido. Neste tipo de forno, introduz-
se o carrinho com as assadeiras diretamente no forno.
Forno a diesel: funciona por meio de uma chave elétrica que aciona o maçarico,
responsável pela queima do óleo. O calor é distribuído em todo o forno através de uma
tubulação tipo serpentina.
Forno a gás: funciona por meio de uma chave elétrica, montada num painel atrás do forno,
que, uma vez acionada permite a passagem dos gases, provocando queima e distribuição de
calor. Já são encontrados fornos giratórios a gás.
Função:
Fornecer as calorias necessárias para propiciar a perfeita cocção das peças fermentadas, ou
seja, condições ideais de coagulação das proteínas, gelatilização do amido, e das
transformações sofridas pelos açúcares, além da inativação das enzimas, fermento, etc.
Operação:
O forneiro liga com antecedência o forno para quando a massa aprontar já poder ser
forneada.
O forneiro de posse do varredor, faz a limpeza dos resíduos existentes no lastro do forno,
principalmente quando se vai fornear no lastro.
Efetuando o vira, os pães que foram modelados primeiro, serão também os primeiros a
serem introduzidos no forno. A retirada do forno segue o mesmo esquema, ou seja, começa
pelos que entraram primeiro. Dessa forma, mantem-se um tempo relativamente igual para
todos os pães dentro do forno.
MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Diariamente:
Nos fornos a lenha, a fornalha e o cinzeiro devem ser limpos, para facilitar a ação do
sistema de aquecimento.
Nos fornos a óleo e a gás, os queimadores também devem ser limpos semanalmente.
Mensalmente:
Nos fornos a lenha, a chaminé deve ser supervisionada mensalmente e limpa e pintada
semestralmente.
OUTROS EQUIPAMENTOS
MOINHO-DE-ROSCA – É uma pequeno moinho construído em aço laminado e
alumínio polido, destinado a produção de farinha de rosca.
1. Pessoal
2. Industrial/Comercial
1. Higiene pessoal
A higiene industrial passa necessariamente pela higiene pessoal, pois são as pessoas que
formam e mantém o ambiente de trabalho.
O asseio corporal é uma prática individual que constitui uma das mais importantes medidas
higiênicas, e é utilizado, dentre outros fins, como recurso para evitar uma série de
moléstias, contaminação dos produtos manipulados, etc.
A pele, órgão de proteção do corpo, necessita manter-se fresca e limpa, com os poros
desobstruídos de elementos nocivos à saúde, como substâncias gordurosas e poeiras
atmosféricas (ex : farinha de poagem). O uso de jaleco atua como protetor, evitando que
se acumule uma quantidade maior de farinha sobre a pele.
Banhos mornos e quentes: servem como calmantes do sistema nervoso, relaxam as tensões,
elevam a temperatura do corpo, provocam sudoração.
O couro cabeludo deve ser lavado para a remoção de substâncias gordurosas e poeiras.
O gorro usado durante os trabalhos na quadra aquece ainda mais o couro cabeludo, o que
reforça a necessidade de uma boa lavagem. Apesar disso, é indispensável seu uso, pois
diminui a quantidade de farinha no cabelo e, principalmente, evita a queda de cabelo nos
produtos.
As unhas devem estar sempre cortadas e limpas, já que em grande parte do tempo o padeiro
trabalha a massa com as mãos.
O uso de anéis ou qualquer adorno no trabalho com máquinas não é recomendado, pois
podem ficar enganchados nas mesmas, causando danos às mãos.
Os pé devem ser lavados e bem enxutos, pois do contrário podem ocasionar frieiras e
rachaduras.
Não é recomendável o uso de sandálias abertas, pois podem ser elementos causadores de
acidentes por derrapagens.
O rosto deve ser lavado tantas vezes quando for possível de preferência com água fria.
O padeiro deve manter-se barbeado para evitar que caia fios de barba na massa.
Os olhos, ouvidos e nariz são órgãos muito delicados e expostos às poeiras atmosféricas,
por isso merecem uma atenção especial, necessitando de cuidados e limpeza. Evitar o uso
de grampos, palitos , unhas e outros objetos pontiagudos na limpeza do ouvido para não
ferir a membrana do tímpano.
4. Higiene Industrial
Todas as áreas devem Ter condições adequadas de higiene. Não se deve limitar apenas às
linhas de produção. Áreas como depósito de farinha, de embalagens e outras matérias-
primas, escritório e banheiros devem Ter boas condições de higiene.
– Área interna
A limpeza dos pisos pelo menos três vezes ao dia é indispensável. Em algumas
panificadoras, isso resulta em uma pequena entrada de dinheiro pela venda da varredura.
A remoção de graxas é uma tarefa que se deve realizar com solventes. A graxa usada nas
máquinas não apresentam grandes problemas de limpeza, mas o óleo vegetal é bem difícil
de remover. O acúmulo de óleo vegetal, quando envelhecido misturado com farinha, forma
um material elástico, que os solventes não podem retirar. Neste caso, só a ação de raspar é
eficaz. Por essa razão recomenda-se a rápida limpeza de áreas mais sujeitas ao acúmulo de
óleo vegetal.
Todo equipamento que vai ser utilizado na produção deverá, antes do seu uso, ser
submetido a uma limpeza adequada.
Especial atenção deve ser dada aos resíduos de massas, produtos gordurosos ou qualquer
outros que possam representar fontes de contaminação.
Após a produção do dia, o equipamento deverá ser limpo imediatamente para se evitar
contaminação ambiental e maior aderência do produto `a superfície.
Sempre após a limpeza dos equipamentos é importante mantê-los cobertos para que não
haja risco de contaminação.
As janelas e raios sem proteção contra ratos facilitam extremamente a presença desses
roedores. O uso de telas finas evita a presença de insetos, principalmente baratas, que são
grandes transmissores de doenças e que causam tantos prejuízos aos produtos quanto os
ratos. A preocupação com os resíduos e lixos provenientes das atividades de trabalho
devem ser constantes. Estes precisam ser depositados em áreas determinadas, onde não haja
risco de contaminação, em recipientes (latões, vasilhames plásticos) com tampas, de fácil
limpeza e sem furos ou rasgões. O lixo nunca deve ser jogado em terrenos baldios ou a céu
aberto, pois, de uma forma ou de outra, causará problemas como o crescimento da
população de ratos, baratas, o aumento da possibilidade de contaminação por mofo, etc.
A confeitaria é uma área muito importante de uma padaria e bastante atrativa para a
proliferação de insetos, tais como moscas e baratas; por isso merece cuidados redobrados.
O confeiteiro deve proceder a limpeza na batedeira, nos batedores, etc. produtos como
geleias de brilho, geleia para cobertura, etc.; e ovos devem ficar na geladeira, evitando
assim um ambiente favorável para contaminações, e prolongando a durabilidade desses
produtos.
A higiene da copa é essencial, pois esta também representa um foco de proliferação, já que
a quantidade de alimentos e trabalhos no local cria um ambiente propício a baratas, moscas
e ratos. Para a obtenção de melhor qualidade e produtividade, é indispensável um ambiente
de trabalho limpo e arrumado.
– Higiene preventiva
Os fungos estão dispersos no ar; por isso, deve-se evitar fontes propícias ao seu
desenvolvimento, tais como pães de retorno, ficam em cestos muitas vezes sujos, etc. Se
for impossível, e os pães realmente sobrarem, evite deixá-los no sentido de corrente do ar e
o mais rápido possível, transforme-os em farinha de rosca.
O mesmo deve ser feito com vasilhames de lixo, pois estes também funcionam como
reservatórios de fungos, moscas e ratos. Por esse motivo, devem-se mantê-los o mais
afastado possível, e utilizar um aparelho bastante eficiente no combate a moscas, o mata-
mosca.
Uma das contaminações mais comuns, pelo ar é o mofo. Como prevenção é recomendável:
Essas medidas devem ser seguidas rigorosamente para obterem-se resultados definitivos.
Todos os funcionários devem colaborar, mantendo limpa e arrumada sua área de trabalho.
A empresa deve fornecer as condições e certificar-se de que a limpeza e a arrumação se
mantém como parte fundamental de todo o seu processo produtivo e comercial.
Corresponde a 27% do
Total dos custos
A R$ 12.105,00 Faturamento A% = A/D
Fixos e mão de obra
x 100
Corresponde a 55% do
B Total das compras R$ 25.200,00 Faturamento B% = B/D
x 100
Impostos ( Simples
C Estadual e Federal – 8% do R$ 3.651,60 C% = C/D x 100
Faturamento )
Os pesos são calculados
D Total do Faturamento R$ 45.645,00 percentualmente em
relação ao faturamento.
A empresa tem que
faturar R$ 32.901,78
para pagar todos os
E Ponto de Equilíbrio R$ 32.901,78
custos fixos e mão de
obra. Quando atingir
este valor está 0 a 0
Valor do Faturamento
F Margem de Contribuição R$ 20.445,00
Compras F = D - B
Mão-de-obra e Encargos também são Custos Fixos, porém os separamos para Ter uma idéia
do peso da Mão-de-obra no faturamento da Padaria.
Compare nos exemplos abaixo as variações nos custos em duas situações: quando a
farinha está a R$ 34,00 e quando ela sobe para R$ 44,00
Padaria Exemplo Farinha a R$ 34,00 Padaria Exemplo Farinha a R$ 44,00
ITEM % do ITEM % do
Faturamento 45.645,00 100% Faturamento 45.645,00 100%
Compras 25.200,00 55,21% Compras 25.936,00 56,82%
Custos Fixos 4.705,00 10,31% Custos Fixos 5.705,00 12,50%
Mão-de-obra e Encargos 7.400,00 16,21% Mão-de-obra e Encargos 7.400,00 16,21%
Impostos 3.651,60 8% Impostos 3.651,60 8%
Lucro Operacional 4.688,4 10,27% Lucro Operacional 2.952,40 6,47%
ROTAÇÃO VENDA
ESTOQUE
LUCRO
QUANTIDADE
CUSTO
VENDIDA
O moderno varejo lida com todos estes tipos de produtos. Alguns atraem clientela, outros
contribuem de fato para o Lucro da Padaria. Quantificar todas essas varíaveis é
fundamental para chegar no lucro desejado.
Vamos comparar:
Na Situação do Exemplo da Farinha a R$ 35,00, o gasto estimado é de:
75% das compras do item PÃO FRANCÊS: 75% x R$ 2.400,00 = 1.800,00
20% das compras do item CONFEITARIA: 20% x R$ 2.500,00 = 500,00
TOTAL: 2.300,00.
Estamos diante de uma situação não confortável. Aumentos fortes em economia estável,
onde o salário de nossos clientes não cresce não são bem-vindos.
Qual o tamanho deste aumento no pão francês? Quanto de fato o custo subiu?
Como se vê nesta comparação, o custo total contábil do Pão Francês subiu de R$ 0,12 para
R$ 0,14. Numa concorrência ferrenha, calcular corretamente o impacto do aumento de
custos nos produtos é questão de sobrevivência. Neste caso, deveriam ser acrescidos ao
preço de venda o montante de R$ 0,02.
O preço de venda do Pão Francês passaria de R$ 0,15, situação antiga, para R$ 0,17 na
situação atual.
Como mostra a tabela anterior, este aumento cobre somente o aumento da farinha do Pão
Francês e 65,41% do aumento dos custos fixos.
O complemento de 34,59% do aumento de custos fixos deve ser compensado:
Aumentando preços ou ... Diminuindo radicalmente as sobras ou ... Vendendo mais
quantidade ou ... Trabalhando com estoques justos ou ... Pechichando na compra.
Na nova situação, não havendo aumento de faturamento, o ponto de equilibrio passa de
R$ 32.901,78 para R$ 37.252,46. Em dias trabalhados, passa de 22 dias para 25 dias.
1) A Técnica Tradicional
Que subsiste, mas que regride
2) A Técnica do Transporte da Massa em Estado de Fermentação
3) A Técnica da Massa Congelada
Que inclui três grupos:
_ A de massas crescidas, congeladas;
_ A de massas congeladas, não crescidas;
_ O cru congelado, pronto para assar.
4) A Técnica do Pão Pré-Cozido
Que se divide igualmente em dois grupos:
_ O pré-cozido fresco (não congelado);
_ O pré-cozido congelado.
A seguir, esclarecemos cada uma dessas técnicas. Nossa proposta não é de
fazer um desenvolvimento técnico detalhado de cada método, mas
simplesmente de ressaltar alguns pontos críticos e de mostrar as vantagens e
desvantagens particulares; logo após, vamos ressaltar três aspectos técnicos
importantes para uma panificação de sucesso:
O Controle da Água, o Controle da Fermentação e o Congelamento Rápido.
1 - Panificação Tradicional
Esta técnica é o ponto de partida da evolução que nos interessa. Ela é a origem do
questionamento dos grandes e médios supermercados sobre o conceito do
fornecimento industrial do pão cozido.
Após ter tido seus belos dias na panificação industrial, esta técnica foi desacreditada e
boicotada; é claro que ela subsiste, mas está perdendo campo. Entretanto, ela se
mantém nos seguintes setores:
_ Fornecimento aos mercados estatais: hospitais, exército, universidades;
_ Coletividades: escolas, restaurantes empresariais;
_ Fornecimento aos aeroportos.
Características: Resumo
Esta técnica de massas crescidas congeladas é ainda pouco praticada, pois permanece
muito delicada e mal controlada.
De fato, este procedimento, que se distingue por uma fermentação parcial antes do
congelamento, permite introduzir os produtos diretamente no forno, sem respeitar
previamente as etapas de descongelamento e de fermentação.
Características: Resumo
_ Técnica pouco praticada e ainda mal controlada;
_ Reposição operacional fácil e rápida (não necessita a fermentação);
_ A manutenção de uma temperatura de conservação é fundamental;
_ Custo logístico elevado devido ao volume dos produtos (2 ou 3 vezes superior ao
cru).
Características: Resumo
_ Duração de vida longa;
_ O pequeno volume dos produtos é uma grande vantagem;
_ Baixos custos de transporte e estoque;
_ Necessita qualificação profissional nos Pontos Quentes;
_ A reposição operacional é lenta (3 a 4 horas).
Características: Resumo
_ Duração de vida longa (vários meses);
_ Reposição operacional curta (cerca de 20 minutos);
_ Custo de transporte e estoque elevados (volume cinco vezes superior ao cru);
_ Produtos frágeis e sensíveis;
_ Maior rigor no controle das temperaturas de transporte e estoque;
_ Produto acabado com volume menor e miolo bastante denso.
A água ideal para a panificação é uma água normal e potável. Lembramos que muitas
águas, apesar de serem potáveis, apresentam certas propriedades, sendo necessárias
algumas correções para o seu emprego à panificação.
De acordo com a presença de sais minerais, podemos classificar a água em três tipos:
_ Águas moles: contêm quantidades reduzidas de carbonatos ou sulfatos de cálcio e
magnésio. Geralmente enfraquecem o glútem produzindo uma massa mole e pegajosa.
Sua correção requer uma dose maior de melhorador ou o aumento no percentual de
sal. Esse tipo de água é identificada pela excessiva formação de espuma em sabão;
Já o crescimento dos pães, fica sempre a mercê do clima das padarias, ou tenta ser
controlado alterando o balanceamento das receitas de qualquer forma, visando
acelerar ou retardar o crescimento dos pães. É hora portanto de deixar de lado as
mágicas que retardam a fermentação, conferindo produtos de má qualidade,
prejudiciais à saúde, proibidos por lei e que conferem uma péssima imagem às
padarias perante a opinião pública e passar a utilizar equipamentos desenvolvidos com
este objetivo específico.
Como Funcionam?
Retardo de fermentação:
A massa entra aproximadamente de 20ºC / 25ºC nas câmaras, nas quais circula de
todas as formas o ar frio. Isto faz com que haja uma tendência natural da evaporação
da água da superfície da massa. Este efeito é eliminado ou minimizado ao
dimensionarmos um circuito frigorífico que garanta um alto nível de umidade relativa
interna.
A fermentação:
Quando emprega-se o aquecimento com umidade necessária para o processo de
fermentação contínua, não é aconselhável utilizar ar muito quente com movimento
muito veloz, por diferentes motivos:
Convém que todas as trocas de temperatura sejam feitas o mais gradual possível,
tanto durante o esfriamento como durante a fermentação, de maneira compatível com
a necessidade de bloquear os fenômenos de fermentação na forma mais breve possível
durante o retardo e fazer que continuem, de maneira uniforme, sempre o mais breve
possível, durante a fermentação final.
No que diz respeito ao fim do turno da noite na padaria, o uso das técnicas de controle
de fermentação são práticas:
1. Para oferecer à clientela pães sempre quentes e frescos e evitar desperdícios,
armazene na câmara todos os pães modelados e vá forneando-os de acordo com suas
vendas, durante o dia. Deixe o excesso na câmara, para posterior forneamento. Deixe
sempre pães feitos com massa nova para passar a noite na câmara. De preferência,
quando for fechar a padaria, faça a última massa, modele os pães e coloque-os na
câmara. Se quiser ganhar tempo no dia seguinte, deixe-os crescer durante um tempo
2. Como regra geral, quanto menos fermentados (logo após modelados) forem
guardados os pães na câmara, por mais tempo eles podem ser armazenados (até 48
horas). Quanto mais fermentados, menor o tempo de permanência na câmara.
3. Evite ao máximo abrir a porta enquanto a câmara estiver refrigerando. Se houver
necessidade de fazê-lo, desligue-a antes, pois assim diminuirá a entrada de calor.
Lembre-se de que a cada vez que você abre a porta há um descontrole de todo o
ambiente interno, sendo que a câmara precisa de mais tempo para se readaptar.
4. Um pão encascado ou esfarelando é resultado de falta de umidade e da não
utilização do vapor da câmara. Um pão achinelado, que não cresce, é resultado de um
tempo prolongado em demasia sob refrigeração. Como as câmaras trabalham com o
processo de retardamento (não param a fermentação totalmente), pode ter acontecido
que a massa já atingiu sua fermentação máxima, não tendo força para produzir gás
carbônico e continuar fermentando na presença da temperatura elevada do forno. É
imprescindível uma massa com uma rede de glúten bem formada. Deve-se atentar
também para uma modelagem correta, evitando o desprendimento de gás carbônico,
sendo que o aquecimento é insuficiente para fazê-lo crescer. Evite deixar os pães na
câmara por mais de 48 horas. Use sempre o aquecimento da própria câmara para
fazê-los crescer.
5. Você pode utilizar a câmara de várias maneiras, já descritas aqui. Pode colocar os
pães diretamente na refrigeração ou deixá-los crescer um pouco; pode criar o sistema
que melhor lhe convir, mas procure sempre padronizar os pães que comercializa. Os
pães vendidos de manhã devem ser iguais aos vendidos à tarde ou à noite. E isso, o
uso da câmara propicia com facilidade.
6. As câmaras funcionam com todos os tipos de massas que se produzem nas
padarias, ou seja: pão francês, pão italiano, pão de hambúrguer, pão doce, roscas etc.
O procedimento será o mesmo utilizado para o pão francês, com alguma pequena
variação nos tempos. Resumindo: qualquer massa que use fermento biológico (fresco
ou seco) pode ter sua fermentação controlada na câmara.
Considerações:
_É uma técnica de preservação de produtos perecíveis;
_Assemelha-se à desidratação, pois a água transforma-se em sólido;
_ Tem como objetivo inibir as reações químicas e enzimáticas.
O resfriamento rápido é feito para evitar que alimentos cozidos fiquem na faixa térmica
de risco compreendida entre +65ºC e +10ºC. O alimento sofrerá menores danos
bacterianos se passar rapidamente desta faixa de risco, com o resultado de uma
melhor qualidade final.
Da mesma maneira, o congelamento rápido pode ser utilizado para todos os alimentos,
sem limitação alguma. Bons resultados podem ser obtidos com alimentos delicados e
com alto conteúdo de água, como morangos, cogumelos frescos, frutas e verduras em
geral.
É evidente que é melhor um produto fresco, mas depois deste, melhor é um produto
congelado. Para efetuar o congelamento, são necessários equipamentos adequados.
Por que um produto congelado rapidamente é mais fresco e se conserva melhor do que
um congelado normalmente?
Alguns têm eleito a forma das baixas temperaturas (por exemplo nitrogênio líquido)
que, por um lado, garantirá diferenças de temperaturas importantes, mas, por outro
lado está consideravelmente limitada pela queimadura superficial e formação de uma
película de gelo no produto, que torna-se um obstáculo para a transmissão do frio, em
lugar de favorecer (os esquimós para proteger-se do frio, fazem casa com gelo). Para
tanto, nem sempre é certo pensar que o congelamento ultra-rápido é um feito de baixa
temperatura, ou que um equipamento que alcança a temperatura de -40ºC é por força
melhor que outro que alcança -30ºC. Além da temperatura, existem muitos outros
fatores que serão levados em conta como, por exemplo, a potência frigorígena do
compressor e a distribuição do frio no interior do equipamento.
Métodos de Congelamento:
Congelamento por imersão
Produtos imersos em solução de salmoura ou glicol à baixa temperatura.
Resumo:
_ O investimento inicial é elevado;
_ Adequado a grandes e pequenas produções;
_ Instalação e utilização fáceis;
_ Baixo custo operacional (cerca de 0.13 Kw/h para 1Kg de produto de +20 C a -18º
C);
_ Sua manutenção é simples.
Cabe relembrar assim mesmo que, para adquirir um equipamento adequado, deve-se
conhecer muito bem o tipo de produto que se deseja congelar, o peso, o tamanho, se
está embalado, fresco, cozido, a quantidade, o tempo, temperatura inicial etc.
Capacidade:
_ As máquinas de 10 a 15 kg/hora são ideais para escolas, laboratórios, centros de
treinamento e confeitarias. Devido a sua capacidade limitada, não são
economicamente viáveis para o congelamento de produtos de pouco valor agregado;
no entanto são eficazes para o congelamento de musses, cremes, recheios,
sobremesas e sempre quando o problema é pouca quantidade com muita variedade.
_ Equipamentos da ordem de 30 kg/hora são ideais para médias padarias, ou quando a
empresa possui filiais. Estudos de viabilidade econômica não a tornam viáveis para a
produção exclusivamente do pão francês, mas podem proporcionar diariamente uma
grande variedade de pães especiais, folhados e semi-folhados, tortas, bolos etc;
_ Máquinas com capacidade de 90kg/hora ou maiores podem congelar mais de 13.500
pães do tipo francês em um único turno de produção destinado portanto às indústrias
de pães, redes de padarias e supermercados, como alternativa para redução dos
custos industriais, padronização do produto, eliminação de desperdícios, entre outras
vantagens.
Se, pelo contrário conservam-se bolhas de nitrogênio bem distribuídas, com o frio não
desaparecem (o nitrogênio é menos solúvel que o anhídrico carbônico) e nestas se
acumula tanto anhídrico carbônico difuso, que se livram novamente ao aumentar de
temperatura, como o anhídrico carbônico que se forma novamente.
c) O uso das massas indiretas, integradas com massa madre, tem muitas justificações
bioquímicas e, além do mais, oferecem muitas vantagens práticas.
Em primeiro lugar, dada a necessidade de tempo de repouso da massa para evitar que
se forme anhídrico carbônico em demasia, é necessário que a massa alcance mais
rapidamente um nível adequado de maturação para poder modelar mais facilmente:
isto se obtém com o emprego da biga que, nas massas indiretas, ajuda a reduzir três
fatores negativos, inevitavelmente presentes na produção de pão congelado.
_ Desenvolvimento sempre inferior;
_ A cor mais acentuada;
2. Primeira fermentação:
_ Deverá ser totalmente suprimida.
3. Divisão:
_ Inicia-se esta operação logo após a mistura;
_ Preferencialmente em divisora contínua.
4. Descanso e modelagem:
_ Indispensavelmente de 7 a 10 minutos;
_ Permite um relaxamento da massa e facilita a modelagem.
5. Congelamento:
_ Iniciará imediatamente após a modelagem;
_ A temperatura do congelador deverá ser de -35 a -45º C, nunca inferiores;
O tempo de congelamento dependerá:
_ Da temperatura de entrada da massa;
_ Do peso e da espessura do produto a congelar;
_ Da temperatura desejada para o fim do congelamento;
_ Do tipo de suporte utilizado (perfurado ou não);
_ Do coeficiente de ocupação do congelador.
5. Embalagem:
A embalagem terá a função de conter, proteger, identificar e comercializar.
_ Deverá ser impermeável à água e ao oxigênio;
_ Leve e resistente a baixas temperaturas ;
_ De soldagem fácil.
8. Transporte:
_ De forma alguma a cadeia do frio deve ser rompida;
_ Poderá ser feito em veículos isotérmicos ou refrigerados e até mesmo em caixas
isotérmicas;
_ A escolha dependerá principalmente do tempo de percurso.
9. O descongelamento:
_ Sobre assadeira perfurada para minimizar os efeitos de colagem (condensação
superficial);
_ Ideal é que seja feito em câmara programável a uma temperatura inferior a 28ºC.
10. O cozimento:
_ Preferencialmente em forno ventilado;
_ Sobre assadeiras com revestimento (teflon ou silicone);
_ Temperatura levemente inferior a normal (limita a coloração excessiva em razão dos
açúcares fermentáveis).
2. Primeira fermentação:
_ Idêntica à técnica da panificação tradicional;
_ A incorporação de massa madre pode ser feita sem nenhum inconveniente.
3. Divisão e boleamento:
_ Boleamento ajuda na tomada de força e permite ao produto agüentar melhor o
choque do pré-cozimento.
4. Descanso e modelagem:
_ O tempo do descanso varia em função da intensidade do boleamento;
_ Permite um relaxamento da massa e facilita a modelagem.
6. Pré-cozimento:
_ Forno de lastro, túnel ou forno rotativo ventilado;
_ A assadeira deverá conservar a forma das peças;
_ A temperatura inicial deve ser elevada seguida de uma rápida redução;
_ limite do cozimento é um produto de estrutura rígida, sem tomada de cor.
8. Congelamento:
_ A temperatura do congelador deverá ser de -35 a -45º C;
_ É possível apelar pelo frio criogênico, já que os fermentos não têm mais riscos de
alteração.
9. Embalagem:
_ Em sacos plásticos ou diretamente em caixa de papelão;
_ A embalagem terá a função de conter, proteger, identificar e comercializar.
12. Descongelamento:
_ Poderá ser suprimido;
_ Preferencialmente sobre a assadeira do cozimento final;
_ É mais rápido que o cru congelado, cerca de 40 minutos a 21ºC e 50% de UR.
Conclusão:
Nos pontos de venda, antes do consumo, cada produto tem que ser tratado de forma
distinta. Os produtos cozidos têm de ser descongelados e os pré-cozidos têm de ser
cozidos. Normalmente, os produtos pré-cozidos congelados são levados diretamente ao
forno sem descongelar.
Do ponto de vista de marketing, existe uma grande vantagem: que se pode fabricar o
pão fresco durante todo o dia. O aroma na atmosfera que se cria junto ao cliente, com
os pães recém-cozidos à mostra, é que permite o aumento das vendas.
Duas causas podem explicar tais defeitos: uma qualidade insuficiente de algum
ingrediente (farinha, água, fermento) ou um erro ou falha técnica.
CAUSAS:
_ do uso de farinhas extraídas de trigo forte;
_ de glúten curto;
_ de farinhas hipodiastásicas ou, ainda com o uso de uma farinha normal;
_ de massas com excesso de força, de massas ressecadas, muito crescidas, mal
cortadas;
_ assadas em forno com defeito de vaporização, ou com vaporização de pressão
excessiva ou, ainda, assadas em forno muito quente.
CORREÇÕES:
_ Com uma farinha muito forte, reduzir a dose de aditivos ou trabalhar com a massa
ligeiramente mais fresca;
_ Com uma farinha de glúten curto, fazer o mesmo e, eventualmente, amassar um
pouco mais até a massa ficar bem lisa;
_ Em presença de uma farinha hipodiastásica, restabelecer o equilíbrio enzimático
adicionando um produto maltado para dar às massas atividade fermentativa e
desenvolvimento normais.
b) Pestanas dilaceradas
Este defeito é caracterizado por "pestanas" largamente abertas, geralmente achatadas,
cheias de fendas e de aspereza.
CAUSAS:
_ Farinhas pobres em glúten;
_ Um glúten mole ou quebradiço ou, com o uso de uma farinha normal, uma massa
sem força;
_ Massas prematuramente colocadas no forno, um forno muito brando;
_ Massa em tabuleiros metálicos, sobre carrinhos, em fornos de pulsão de ar quente
(com esse modo de cocção as incisões são quase sempre dilaceradas).
CORREÇÕES:
_ Com farinhas fracas é preciso melhorar a força da massa, elevando sua temperatura
ou exagerando um pouco na dose de aditivo utilizado (ácido ascórbico), ou
prolongando rapidamente a duração da primeira fermentação, ou, ainda, incorporando
um pouco de massa fermentada (150 a 200g por litro de água natural) que tenha
sido beneficiada de uma fermentação de 3 a 4 horas ou conservada de véspera a +5ºC
. Enfim, deve-se cuidar para que a farinha tenha uma boa maturação;
_ Com cocção sobre tabuleiros perfurados num forno de pulsão de ar quente, o uso de
massas com grau de força ligeiramente superior à média tenderá a reduzir as
dilacerações das incisões.
CAUSAS:
_ Uso de farinhas pobres em açúcares ou em diástase, de farinha subextraídas ou,
com uma farinha normal, quando houver uma fermentação excessiva;
_ Massa fortemente endurecidas;
_ Forno muito brando ou um excesso de cocção.
CORREÇÕES:
Usar os mesmos recursos empregados para corrigir os pães de crosta pálida.
CAUSAS:
_ No primeiro caso, as bolhas podem advir de uma farinha de glúten longo,
originando uma massa muito elástica, ou de uma farinha normal, quando se forma
durante a modelagem, uma massa igualmente elástica, ou quando a laminação das
massas for um pouco mais compacta ou realizada com rolos de diâmetro muito
pequeno, ou de massas colocadas sobre esteiras automáticas muito úmidas, ou ainda,
de um excesso de vapor d'água no forneamento. É conveniente lembrar que a
atmosfera úmida propicia sempre o aparecimento deste defeito.
CORREÇÕES:
_ Para eliminar essa anomalia, retire, o mais possível, o excesso de umidade ambiente
do forno. É bom trabalhar as massas em temperatura um pouco acima da média e
aumentar um pouco a sua força. Para tanto, a adição de 120g de massa fermentada
por quilo de farinha pode ser excelente paliativo.
CORREÇÕES:
_ Para contornar este tipo de defeito, é bom valorizar a força das massas e não hesitar
em prever a adição de massa fermentada _ entre 120 a 150g por quilo de farinha _ ou
a programação de uma primeira fermentação bastante prolongada. Uma massa bem
equilibrada quanto à força não é praticamente sensível à formação de bolhas.
CAUSAS:
_ A principal causa resulta da finura e da fragilidade da crosta. Uma farinha rica em
proteínas, um aumento do grau de amassamento, uma sobredosagem de ácido
ascórbico (que favorece o volume do pão e tende a tornar a crosta mais quebradiça), o
forneamento de massas muito crescidas e exageradamente úmidas ou massas
colocadas numa câmara de cocção por demais saturada de vapor d'água, contribuem
para aumentar o volume do pão, a finura e a fragilidade da crosta, agravando assim,
este defeito.
CORREÇÕES:
_ Pode-se evitar os excessos acima referidos diminuindo o grau de amassamento, a
dose de ácido ascórbico, a fermentação da massa no momento do enfornamento.
Deve-se evitar, ainda, enfornar as massas demasiadamente úmidas e não exagerar na
saturação do vapor d'água da câmara de cocção. Por outro lado, a adição de um pouco
de massa fermentada no amassamento e que uma boa maturação da massa no
boleamento, melhorarão o aspecto da crosta após a cocção;
_ A escamação da crosta dos pães pode ser agravada ainda pela conservação do pão
por congelamento, os choques térmicos são então multiplicados. Para reduzir os
efeitos desta operação, deve-se congelar os pães frescos, mas resfriados apenas em
três quartos e, no final da conservação que deverá ser relativamente curta, evitar, no
descongelamento, uma forte dessecação da crosta.
CAUSAS:
_ Farinhas de glúten curto, de farinhas subextraídas ou, ao contrário, superextraídas,
ou com a utilização de uma farinha normal;
_ De massa muito firme, de uma primeira fermentação excessiva, fermentadas em
demasia ou insuficientemente na ocasião do enfornamento ou da cocção em forno
muito forte ou muito brando.
CORREÇÕES:
_ Decorrentes da utilização de farinha de glúten curto: preparar massas mais moles e
mais frescas que a média;
_ A utilização de uma farinha subextraída, uma adição de produtos maltados ou de
amilase fúngica será o paliativo apropriado. O moleiro poderá eliminar o problema
naturalmente, aumentando um pouco a taxa de extração. Igualmente, poderá corrigir
as falhas que possam advir de uma farinha superextraída, moderando a taxa de
extração.
b) Pães "magros"
São assim denominados os pães pouco desenvolvidos, cujas incisões bastante
irregulares são muito dilaceradas.
CAUSAS:
_ Farinhas provenientes de trigos muito fracos e pobres em glúten, ou a utilização de
uma farinha normal, ou massas muito pouco fermentadas quando postas no forno.
CORREÇÕES:
_ Panificar tais farinhas com o uso de "poolish" (é uma cultura de fermento líquida,
elaborada com uma mistura de farinha e água e submetida a uma fermentação antes
de ser utilizada na massa final), ou com adição de massa fermentada durante o
amassamento e incorporar um pouco de ácido ascórbico, se este, por acaso, não
estiver sendo utilizado, ou então aumentar um pouco de sua dosagem, caso já tenha
sido incorporado.
CAUSAS:
_ Pode ser decorrente de uma farinha de glúten muito curto, ou de farinhas
subextraídas na moagem, ou, ainda, de farinha proveniente de um trigo "queimado"
ou, com utilização de uma farinha normal, decorrente de uma água muito quente,
durante o amassamento, do emprego de uma massa muito firme ou com excesso, ou
defeito de crescimento antes do boleamento, ou antes de enfornamento.
CORREÇÕES:
_ Preparar massa mais mole ou diminuir a duração da primeira fermentação, ou
incorporar ácido ascórbico, se ainda não utilizado, ou aumentar um pouco sua dose,
caso já tenha sido empregado.
b) Cor anormal
Uma textura de fundo cinzenta ou neutra ou azulada, ou com pontos escuros, ou de
uma cor branca, são consideradas cores anormais.
CAUSAS:
_ Farinha de um trigo apresentando fungos, dará miolo de cor azulada. Trigos
demasiadamente velhos, mal limpos ou farinha superextraída poderão provocar uma
cor de fundo cinzento ou neutro, ou uma textura apresentando pontos escuros;
_ Com o uso de uma farinha normal, a presença da farinha de fava em doses de 0,7 a
0,8 %, aliada à prática do amassamento intensivo, provoca uma forte oxidação da
massa e a desnaturação de sua cor, que se traduz por um branqueamento excessivo e
prejudicial da coloração do miolo. O mesmo ocorre com o emprego de uma cultura de
fermentos velha e ácida, o uso de uma água muito quente, massas muito pouco
crescidas, no momento de seu boleamento ou da colocação no forno, que podem
alterar a coloração do miolo.
CORREÇÕES
_ Qualquer que seja o modo de panificação, excluir as farinhas anormais e, durante o
amassamento, toda oxidação excessiva da massa. Para tanto, panificar farinhas não
misturadas comfarinhas de fava, de soja, de bromato etc, e praticar um amassamento
ideal, evitando cuidadosamente o superamassamento, ficando bem entendido que a
cor branco creme é a cor original e nobre do miolo.
CORREÇÕES:
_ Tais farinhas são raramente colocadas em padarias, mas se forem utilizadas devem
ser panificadas com um leve excesso de acidez: farinha de 3 a 4 semanas de repouso
e adição de uma cultura de fermentos no amassamento.
d) Miolo friável
Caracteriza-se como um miolo que tende a esmigalhar-se.
CAUSAS:
_ Uma farinha de glúten curto ou subextraída ou, com o uso de uma farinha normal,
uma massa muito firme ou demasiadamente quente, no final do amassamento, uma
levedura excessiva, uma dose exagerada de fermento, um defeito de fermentação
antes do boleamento.
CORREÇÕES:
_ Preparar massas mais frescas, garantir uma fermentação apropriada, adicionando
uma cultura de fermentos (massa fermentada, "poolish" etc), diminuir as doses de
fermento industrial ou natural.
CAUSAS:
_ Estes defeitos podem ocorrer de farinhas originárias de tipos com odor de palha
úmida, ou de trigos queimados ou mofados, ou de grãos aromáticos ou acidentalmente
impregnados de odores estranhos; cloro, formol, petróleo etc;
_ Com uma farinha normal, essa falha pode advir de um excesso de fermento, de uma
massa exageradamente aquecida no amassamento, de uma cultura de fermentos velha
ou por demais ácida, aditivos oxidantes que, juntos a superamassamento, dão origem
a odores atípicos (como, por exemplo, odor hexanal, próximo ao de ranço), ou ainda
pode decorrer da não realização da primeira fermentação.
CORREÇÕES:
_ Apresentando os odores: de mofo, trigo queimado, presença de grãos aromáticos, de
cloro, de petróleo etc, a farinha tem de ser devolvida ao moinho;
_ Se o odor estranho não é muito acentuado e a farinha pode ser misturada a uma
farinha normal, deve-se fazer uma mistura no último instante;
_ Se o defeito for decorrente do modo de produção, como abuso de
superamassamento e do uso de certos aditivos, ensejando uma oxidação excessiva da
massa, aceleração exagerada ou redução da fermentação e de seu processo biológico,
o profissional deve fazer de tudo para evitá-lo.
Por volta dos anos 60, a primeira fermentação beneficiava-se com um repouso de 45 a
60 minutos na cuba do amassador mecânico. Com a generalização do amassamento
intensivo _ na França _ da farinha de fava misturada à farinha panificável e do
emprego de ácido ascórbico que aceleram, artificialmente, a maturação da massa e
com o uso bem difundido da divisão mecânica, que se adapta mal às massas
fermentadas, o repouso em cuba praticamente desapareceu. A maturação natural da
massa cedeu lugar a uma maturação artificial, e a diminuição das fermentações
secundárias e dos ácidos orgânicos, que delas resultam, prejudicou o sabor do pão e,
mais ainda, a sua conservação.
Às imposições que resultam tanto do processo técnico como do social, cabe, tão-
somente ao padeiro continuar a assegurar uma panificação de qualidade e uma boa
conservação do pão.