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PONTA GROSSA – PR
Outubro/2005
CLÁUDIENNE GREGOL HECK
PONTA GROSSA
Outubro/2005
TERMO DE APROVAÇÃO
Monografia julgada e aprovada como requisito parcial para obtenção do grau de Especialista
em Administração Estratégica, no Curso de Pós-Graduação em Administração Estratégica,
Faculdade Internacional de Curitiba.
Figura 1 Quesitos 22
Figura 2 Tempo de instação das indústrias produtoras de alimentos em Ponta 26
Grossa - PR
Figura 3 Programas de qualidade existentes nas indústrias produtoras de 27
alimentos em Ponta Grossa - PR
Figura 4 Classificação de objetos e dados 39
Figura 5 Fluxograma do sistema de avaliação 50
Figura 6 Modelo de painel 5S 53
Figura 7 Diagrama de causa e efeito de metas não atingidas do 5S 54
LISTA DE TABELAS
5S Cinco Sensos
BPF Boas Práticas de Fabricação
APPCC Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle
PDCA Ferramenta da qualidade que significa Planejar, Desenvolver, Controlar e Agir
TQM Total Quality Management
HACCP Hazard Analysis and Critical Control Points
GQT Gestão pela Qualidade Total
ISO International Standardzacion Organizacion (Organização Internacional de
Padronização)
6SIGMA Ferramenta de aplicação de métodos estatísticos a processos empresariais
orientada pela meta de eliminação de defeitos
TPM Total Productive Maintenance (Manutenção Produtiva Total)
OHSAS Occupational Health and Safety Assessement Series
ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO 8
2 JUSTIFICATIVAS 9
3. OBJETIVOS 10
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 11
4.1 O QUE É 5S 11
4.2 SURGIMENTO DO 5S 12
4.4 APLICAÇÕES DO 5S 16
4.5 PRÁTICA DO 5S 18
5. MATERIAIS E MÉTODOS 25
5.1 METODOLOGIA 25
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES 26
7. CONCLUSÃO 31
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 32
APÊNDICE A 34
APÊNDICE B 36
8
1. INTRODUÇÃO
2. JUSTIFICATIVA
O interesse em pesquisar esse tema ocorreu devido o fato de que atualmente existe uma
grande preocupação com o sistema de gestão da qualidade, principalmente em indústrias
produtoras de alimentos.
Estas empresas necessitam fornecer aos seus clientes produtos com a máxima
segurança. Assim, muitas delas implantam um programa de segurança do alimento conhecido
como BPF (Boas Práticas de Fabricação) e conseqüentemente implantam também o APPCC
(Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle). Ambos são um conjunto de ações e
critérios que objetiva, especialmente, as condições sanitárias (qualidade e segurança dos
produtos) de indústrias que produzem e distribuem alimentos. Para estes casos, o 5S, serve
como passo inicial para a implantação desses programas de segurança do alimento
(mencionados anteriormente), pois é um método prático e simples que visa obter um local de
trabalho ordenado, limpo e saudável.
Acredita-se que muitas empresas que possuem o "5 Sensos" não estão sabendo explorar
todos os seus benefícios, talvez por implantação ineficiente ou falha durante sua manutenção.
E as que ainda não possuem o 5S, seriam por falta de conhecimento ou por acreditarem que o
programa é altamente complexo.
Pretende-se, então, verificar através de um estudo com as indústrias produtoras de
alimentos em Ponta Grossa - PR, quais as dificuldades encontradas pelas mesmas com a
implantação do 5S, suas vantagens e desvantagens, bem como as falhas do programa.
Faz-se necessário identificar se dentro das empresas pesquisadas existem as que ainda
não possuem o programa, e quais são os reais motivos da falta do uso desta ferramenta.
A partir dos dados obtidos nessa pesquisa, elaborar-se-á uma proposta de implantação e
manutenção do programa 5S, tendo como base os problemas e dificuldades encontrados pelas
empresas que já possuem o programa.
10
3. OBJETIVOS
4. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
4.1. O QUE É O 5S
4.2. SURGIMENTO DO 5 S
O programa 5S, foi criado no Japão após a derrota deste país na II Guerra Mundial. O
Japão completamente destruído e arrasado encontrou no 5S, uma maneira de reestruturar suas
indústrias, visando melhorar a qualidade dos produtos.
De acordo com OSADA, 1992, o Japão é um país pobre em recursos naturais, porém,
nele há um recurso em abundância, que é a disposição das pessoas. Portanto, foi devido a este
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resultado do exercício da força mental, moral e física. Poderia ainda ser traduzido como
desenvolver o "querer de fato", "ter vontade de", "se predispor a" (LAPA, 2005).
A disciplina consiste na realização de forma espontãnea por parte das pessoas de todas
as tarefas abordadas anteriormente, com o envolvimento de todos e máximo esforço para
manter as tarefas sendo executadas de maneira correta. Pode-se dizer que: "Não se esqueça:
tirou, guardou; abriu, fechou; emprestou, devolveu; acabou, repos; estragou, consertou; saiu;
voltou". Ou seja, desenvolver na consciência de cada colaborador que qualquer tarefa que for
iniciada necessita ser terminada (BALESTERO-ALVAREZ, 2001).
A disciplina no posto de trabalho é um esforço conjunto na busca de desenvolver todas
as tarefas a serem executadas de maneira correta, para que não venham a prejudicar o
processo produtivo. A ênfase deste senso está na criação de um ambiente de trabalho
agradável, em que todos os usuários deste ambiente tenham bons hábitos.
Alguns procedimentos podem ser adotados para melhor aplicação do senso:
- Compartilhar visão e valores;
- Educar para a criatividade;
- Ter padrões simples;
- Melhorar comunicação em geral;
-Treinar com paciência e persistência.
Os conceitos de disciplina parecem ser fáceis de serem alcançados, mas as experiências
de implantação do programa, identificam este senso como sendo um dos de maiores
dificuldades, pois envolve comportamentos pessoais, ou seja, hábitos que as pessoas possuem
desde a infância e que devem ser alterados gradativamente (COSTA, 2005).
4.4. APLICAÇÕES DO 5S
4.5 - A PRÁTICA DO 5S
5S irá se chocar com os hábitos e atitudes incorporadas na maneira de ser e agir do ser
humano.
Este constitui um aspecto crítico da implantação: a dificuldade de "romper" com os
conceitos e pré-conceitos existentes nas pessoas. É preciso que seja criado clima adequado e
condições de alavancagem desta mudança. É preciso dar suporte àqueles que estão
conseguindo "romper" e ajudar àqueles que ainda não o fizeram, para que possam seguir a
mesma direção dos outros. Este rompimento precisa ser espontâneo para que tenha condições
de se perpetuar, removendo de forma definitiva, velhos hábitos e atitudes e substituindo-os
por outros.
A prática destes conceitos de maneira forçada pode promover mudanças apenas
aparentes, existentes até que cesse a força que o impeliu a adotar aquela atitude de falsa
mudança.
Portanto, a Implantação do Programa 5S precisa ser sistematizada e planejada em todos
os passos, de modo a garantir a longevidade da mudança incorporada pela adoção daqueles
conceitos simples. Quanto maior e mais complexa a organização, maior será a necessidade
desta estruturação e mais detalhada ela devera ser.
No ambiente familiar, a implantação é muito mais simples, não somente pelo número
de pessoas envolvidas, mas principalmente pela natureza das relações entre estas pessoas,
onde a credibilidade, a confiança, o respeito mútuo e a união estão fortemente sendo
exercitados, construídos e compartilhados entre os seus membros.
Da mesma forma, a natureza e intensidade das relações presentes no ambiente
organizacional vão influenciar fortemente e podem constituir fator de sucesso ou insucesso na
implantação dos 5S. A implantação será tão mais facilitada quanto mais o clima
organizacional se aproximar do modelo das relações familiares.
documentação destes.
O uso dos mesmos pode ser assim relatado:
a. P (Plan = Planejar)
Definir o que queremos, planejar o que será feito, estabelecer metas e definir os
métodos que permitirão atingir as metas propostas.
No caso de desenvolvimento de um sistema de informação, esta atividade pode
corresponder ao planejamento do Sistema.
b. D (Do = Executar)
Tomar iniciativa, educar, treinar, implementar, executar o planejado conforme as metas
e métodos definidos.
No caso de desenvolvimento de um sistema de informação, esta atividade pode
corresponder ao desenvolvimento e uso do sistema.
c. C (Check = Verificar)
Verificar os resultados que se está obtendo, verificar continuamente os trabalhos para
ver se estão sendo executados conforme planejados.
No caso de desenvolvimento de um sistema de informação, esta atividade pode
corresponder aos testes, análise das informações geradas e avaliação de qualidade do sistema.
d. A (Action = Agir)
Fazer correções de rotas se for necessário, tomar ações corretivas ou de melhoria, caso
tenha sido constatada na fase anterior a necessidade de corrigir ou melhorar processos.
No caso de desenvolvimento de um sistema de informação, esta atividade pode
corresponder aos ajustes, implementações e continuidade do sistema.
* Primeiro Passo
Para dar início à implantação dos Conceitos 5S é essencial envolver todas as pessoas da
organização ou da Empresa.
* Segundo Passo
Dividir a empresa em áreas físicas onde, a equipe daquela área, pretende implantar os 5
Sensos. Exemplos:
- Manutenção
- Almoxarifado
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- Escritórios
- Restaurante
- Laboratórios
- Área de processo
* Terceiro Passo
Após definidas as áreas físicas, deve-se observar cada um dos itens da Figura 1
utilizando a ferramenta do PDCA e assim implantado o 5S em cada setor:
Figura 1- Quesitos
A qualidade tem sua existência desde que o mundo é mundo. Ao longo da história, o
homem procurou o que mais se adequasse a suas necessidades, fossem de ordem material,
intelectual, espiritual ou social. A relação cliente-fornecedor tão propalada nos dias atuais, na
verdade sempre existiu no seio familiar, entre amigos, nas organizações de trabalho, escola e
na sociedade em geral (BUENO, 2004).
Vive-se hoje o cenário da busca incessante da Qualidade Total em todos os tipos de
organizações, seja de produtos, seja na área de serviços, como fator de sobrevivência e
competitividade. (BUENO, 2004).
As organizações recebem pressões de todos os lados e competem entre si pela
sobrevivência. Algumas esperam por crises para efetuar mudanças necessária, outras
antecipam-se ao futuro. Do ponto de vista genérico, todos exigem qualidade como “ uma vida
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5. MATERIAIS E MÉTODOS
5.1. METODOLOGIA
6. RESULTADOS E DISCUSSÕES
< 5 anos
> 20 anos
5 a 10 anos
10 a 20
anos
Fonte: pesquisadores
10
9
8
7
N° de empresas
6
5
4
3
2
1
0
BPF HACCP GQT 5S 6 SIGMA ISO ISO TPM OHSAS
9000 14000 18001
Programas de Qualidade
Fonte: pesquisadores
MINTZBERG & QUINN, 2001 menciona que a cultura foi descoberta nos anos 80,
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graças ao sucesso das corporações japonesas. HALL, 1982 cita que uma das condições do
ambiente externo de importância vital e mais difícil de medir é a cultura e acrescenta: em seu
impacto sobre as organizações, a cultura não é uma constante, nem mesmo num contexto
isolado.
CARVALHO, 1993 acredita que a palavra-chave para a implantação do programa 5 S é
persistência. Esse pensamento reflete a dificuldade para as mudanças de hábito dentro da
empresa, fator importante para a implementação do programa, bem como a manutenção do 5
S. Essas dificuldades de implantação deve-se a educação de cada colaborador. De acordo com
OSADA, 1992 as grandes diferenças individuais existentes dentre um grupo de trabalho irão
dificultar as relações entre os integrantes e conseqüentemente a implementação do programa.
Portanto, o mais importante passo para a inserção do programa é a conscientização de
todos os envolvidos, principalmente da alta e média gerência, uma vez que o simples fato das
pessoas que ocupam estes cargos possuírem uma formação mais avançada, não garante que
eles irão assimilar e aceitar o programa com mais facilidade que o operário de chão de fábrica.
Porém este não deve ser esquecido. Deve-se buscar uma metodologia de simples
entendimento para os operários com um nível de educação inferior, como a utilização de
desenhos explicativos, uso de cores e símbolos de sinalização e a demonstração de como o
programa poderá influenciar positivamente no seu cotidiano.
Através do levantamento realizado, constatou-se os principais aspectos positivos e
negativos do programa 5S. A Tabela 3 ilustra estas informações:
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ferramenta, é a falta de interesse da alta direção da empresa. Pois acreditam que o programa
não trará benefícios para suas organizações.
Baseado no estudo realizado, elaborou-se uma proposta de implantação e manutenção
do 5S com intuito de fornecer as indústrias produtoras de alimentos uma forma simplificada
do uso dessa ferramenta, conforme APÊNDICE B.
31
7. CONCLUSÃO
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BUENO, Marcos. Gestão pela qualidade total: uma estratégia administrativa. Disponível
em:
http://www.psicologia.com.pt/artigos/textos/A0210.pdf. Acesso em 7 de agosto de 2004 .
FLEURY, Maria Tereza Leme . Cultura e poder nas organizações. São Paulo: Atlas, 1996.
MILET, Paulo Barreira; MILET, Evandro Barreira; PEREIRA Jr., Paulo Jorge. Os Princípios
da Qualidade Total aplicada à Informática. Rio de Janeiro: LTC, 1993.
MINTZBERG, Henry; e QUINN, James Brian O processo da Estratégia 3.ed. Porto Alegre:
Bookman, 2001.
OSADA, T. Housekeeping 5S:seiri, seiton, seiso, seiketsu, shitsuke. São Paulo: Atlas,
1992.
SILVA, João Martins da. O ambiente da qualidade na prática – 5S. Belo Horizonte:
Fundação Cristiano Ottoni, 1996. 260 p.
UMEDA, M. As sete chaves para o sucesso do 5S. Belo Horizonte. Fundação Christiano
Ottoni. Escola de Engenharia da UFMG,1997. 56 p.
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Prezado Senhor:
Empresa: Data:
1) Quanto tempo sua empresa atua no mercado de trabalho em Ponta Grossa?
( ) menos de 5 anos ( ) entre 5 e 10 anos
( ) entre 10 a 20 anos ( ) acima de 20 anos
6) Se sua empresa não possui o programa 5S, quais são os reais motivos da falta do uso
desta ferramenta?
( ) falta de conhecimento (ausência de material que demonstre de forma clara o processo
de adequação e monitoramento/ inexistência de pessoas com conhecimento técnico na
área de qualidade)
( ) complexidade do programa ( o 5S é uma ferramenta cara e muito difícil de ser
trabalhada)
( ) outros. Quais?
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Classificação
Objetos e dados
desnecessários
Após a implantação, o Time da Qualidade, deverá visitar os setores tirando fotos atuais,
as quais servirão de comparativo com as fotos tiradas anteriormente do setor apresentando o
antes e o depois.
O Time da Qualidade deverá conscientizar as pessoas de que limpar é muito mais que
manter as coisas limpas. A limpeza deve ser encarada como uma forma de inspeção. A
empresa não é apenas um local de trabalho, mas é também um lugar onde as pessoas se
aprimoram e vivem a maior parte de suas vidas.
Os colaboradores poderão ser orientados da seguinte forma:
Elaborar as listas de verificação de todos os pontos que merecem atenção especial;
Tudo deve ser limpo: teto, piso, paredes, armários, gavetas, equipamentos;
Educar para não sujar;
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Enquanto a prática dos três primeiros sensos traz efeitos imediatos, o mesmo não ocorre
com o senso de saúde, pois os resultados não são prontamente observáveis. Ao praticar os três
sensos, iniciou-se a prática do senso de saúde, portanto, deve-se conter toda a ansiedade
relativa à implantação deste senso (SILVA, 1996).
Sugere-se que seja feita uma avaliação clínica de todos os colaboradores: exames de
pressão, diabetes, entre outros. Se possível praticar em todos os setores a ginástica laboral.
Palestras (sobre higiene, qualidade de vida, segurança no trabalho e doméstica) e dinâmicas
sobre motivação também são indicadas.
O Time da Qualidade poderá estar orientando os colaboradores nos seguintes aspectos:
Trabalhar para manter e melhorar os sensos de utilização, organização e limpeza;
Mapear e eliminar, sistematicamente, as situações inseguras;
Manter excelentes condições de higiene nos banheiros, refeitórios, etc;
Difundir material educativo sobre saúde em geral;
Incentivar a prática de esportes;
Estimular o embelezamento do local de trabalho;
Estimular um clima de confiança, amizade e solidariedade.
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“Melhore sempre”
Esse senso nada mais é que reeducar as atitudes. Com o decorrer do tempo essas
atitudes tornar-se-ão um hábito, transformando a aplicação dos 5S num modo de vida.
A falta de disciplina provoca o desperdício de recursos, insatisfação entre pessoas e
informações imprecisas. O respeito aos outros é fundamental para o sucesso do trabalho em
equipe e para o alcance da melhoria da eficiência.
A deficiência da disciplina está na impontualidade. O atraso ocorre em função das
prioridades que são atribuídas aos compromissos, ou à falta de planejamento. Com o tempo, o
atraso passa a ser encarado como fato normal, e aqueles que são pontuais passam a ser
prejudicado, pois perdem tempo aguardando os outros.
Uma pessoa pode estar sempre acostumada a agir de uma mesma forma diante de um
fato, não parando para pensar e refletir sobre ele. Torna-se importante identificar e
compreender os próprios hábitos e costumes, pois muitos deles são desperdiçadores de tempo.
A administração melhor do tempo, torna-se mais eficaz a medida em que são eliminados
alguns hábitos e as pessoas se organizam individualmente através de novos procedimentos em
suas rotinas diárias.
Para a sensibilização desse senso, sugere-se que o Time da Qualidade divida-se entre os
setores e organize os “Momentos 5S”. São reuniões semanais com todos os colaboradores
envolvidos de cada setor. As mesmas deverão ser breves e objetivas.
Dentro destes encontros poderão ser discutidos assuntos como:
As normas e procedimentos estão sendo cumpridos?
Os objetos e documentos são guardados nos locais determinados após o uso?
O relacionamento entre as pessoas é amigável?
As ordens de trabalho são executadas devidamente e no tempo previsto?
Aquilo que se procura é acessado sem perda de tempo?
Os ambientes de trabalho encontram-se limpos e organizados (incluindo: mesas,
gavetas, armários, maquinário)?
Ao término de cada reunião pode ser traçado um plano de ação, contendo a atividade a
ser desenvolvida, responsável e prazo que será executada a (s) tarefa (s). O plano de ação
pode ser fixado num mural do respectivo setor com o intuito de que todos estejam
visualizando suas responsabilidades e de lembrete quanto aos prazos estabelecidos.
Como foi sugerido anteriormente dos Momentos 5S serem semanais, na semana
seguinte, além de avaliar os aspectos já apresentados, deverá ser verificado se o plano de ação
está sendo cumprido.
Após cada senso implantado o Time da Qualidade poderá realizar auditorias em todas
as áreas, visando o cumprimento dos conceitos de cada S de uma forma organizada e
direcionada para a mudança de cultura das pessoas.
Os resultados dessas auditorias deverão ser discutidos em reuniões nas quais serão
propostas as possibilidades de melhorias, continuidade de conformidades, traçar planos de
ação para itens não conformes encontrados, bem como discutir o andamento do processo de
implantação.
Uma maneira de auxiliar o Time da Qualidade na verificação de cada senso implantado
é a utilização de um “Check List” (ilustrados nas Tabelas 5, 6, 7, 8 e 9.). Esses são apenas
modelos que poderão ser utilizados, porém recomenda-se que para cada setor seja utilizada
uma lista de verificação personalizada, assim o mesmo poderá avaliar as características
individuais possibilitando planejar ações específicas a serem tomadas no respectivo setor.
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Senso de Utilização
Senso de Organização
Senso de Limpeza
Senso de Saúde
Os critérios de pontuação pode ser uma escala de zero a dez, sendo que para se passar
para o senso seguinte, o setor avaliado deverá alcançar um mínimo de 60%.
Após a mudança de senso, o setor deverá ser avaliado no S já conquistado para garantir
a manutenção do mesmo e também no S em que se encontra a implantação. Caso haja três
itens não conforme (de acordo com o “Check List”) em algum S passado, o setor perde o S
conquistado e deve retornar a ele para corrigir o problema.
A pontuação encontrada deve ser divulgada na forma de murais informativos do setor
respectivo, de modo a facilitar o entendimento de todos os colaboradores.
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Senso de Utilização
NÃO
TQ AVALIAÇÃO
SIM
Senso de Organização
NÃO
TQ AVALIAÇÃO
SIM
Senso de Limpeza
NÃO
TQ AVALIAÇÃO
SIM
Senso de Saúde
NÃO
TQ AVALIAÇÃO
SIM
Senso de Auto
Disciplina
NÃO
TQ AVALIAÇÃO
SIM
Setor Certificado
Como forma de estimular os colaboradores, a cada senso conquistado, o(s) setor (es)
aprovado poderá receber uma premiação, sendo o prêmio previamente definido em uma
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reunião.
A empresa só terá implantado o programa se todos os setores estiverem com os 5
sensos implantados e auditados, desta maneira os setores poderão se ajudar pois será do
interesse de todos a certificação.
Após todo esse processo de implantação se a empresa optar em ter uma certificação
regulamentada, a mesma poderá solicitar uma auditoria externa à um órgão certificador.
4. MANUTENÇÃO DO PROGRAMA
LÍDER:_______________________
de 80 a 100% status “ÓTIMO”. Aos itens que estiverem não conformes deverá ser traçado um
plano de ação, juntamente com os responsáveis e prazos a serem realizados. Esse plano
deverá ser vistoriado na auditoria seguinte.
Cada setor poderá ter o seu “Painel do 5S”. Seria uma maneira ilustrativa de demonstrar
como está o setor em relação ao programa. Neste painel pode conter: setor auditado, nome do
líder, auditor que fez a verificação naquele período (membro do Time da Qualidade), o check
list de verificação (preenchido), o plano de ação e o status. Um modelo desse painel está
ilustrado na Figura 6.
SETOR: xxxxx
PAINEL 5S
STATUS
CHECK LIST
NOTA: 90
PLANO de AÇÃO: Legenda
0 – 50% RUIM
55 – 75% BOM
80 – 100% ÓTIMO
O setor (es) que obtiverem a nota 100% poderá ganhar um prêmio como, por exemplo:
troféu, um anúncio no mural central (se houver). O prêmio deve ser simples, porém
significativo para que os colaboradores sitam-se motivados.
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Se as metas que foram traçadas no plano de ação não forem atingidas, é importante que
cada setor passe a investigarem as suas causas. Segundo UMEDA, 1997 normalmente as
possíveis causas são mostradas na Figura. 7
Caracteristicas do
posto de trabalho Membros Lideres
Conhecimento Motivação
Capacidade
Condições de execução
desfavoráveis
Motivação Liderança
Metas do 5S
não alcançadas
Tempo
Orçamento
Seqüência Motivação
Procedimento Empresa
O Time da Qualidade deve ajudar os líderes e demais colaboradores, para mostrar que é
possível atingir as metas estabelecidas.
Os líderes provavelmente serão pessoas que se destacam no setor pelo seu
comprometimento e liderança. Assim com a ajuda recebida, se conseguirem alcançar as metas
vão adquirir autoconfiança para desenvolver atividades com mais entusiasmo. Mesmo assim,
se algum líder não conseguir obter um bom resultado, o Time da Qualidade deve avaliar a
situação e se necessário tomar algumas medidas como uma nova escolha de líder. Muitas
vezes a falta de vontade por parte da equipe é devida à ausência de determinação de quem os
lidera.
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Existem alguns setores que desde o início da implantação do programa não se sentem
motivados, alegando peculiaridades tais como: equipamentos antigos, ambiente, falta de
tempo. Nestes casos é muito importante que o “Time da Qualidade” preste uma ajuda
especial. O que pode ser feito é muita conscientização com esses colaboradores através de
aplicações práticas, sugerindo idéias para melhoria.
Devem ser estabelecidos alguns pontos básicos para determinadas empresas antes de se
exigir a implementação do 5S em cada setor, um exemplo seria uma área própria para a
colocação de rejeitos industriais, sucatas.
É preciso também mudar o modo de pensar das pessoas com a prática do 5S, motivo
pelo qual se faz necessário despender um certo tempo para a sua implementação.
MAMANGAVA