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Artigo 1º: Aprovar o novo procedimento para gerenciamento de áreas contaminadas descrito no documento
anexo intitulado “PROCEDIMENTO PARA GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS”.
Artigo 2º: Fica criado o GRUPO GESTOR DE ÁREAS CRÍTICAS - GAC, com a composição descrita a
seguir:
I – Presidência:
a) Departamento de Apoio Técnico,
b) Departamento Jurídico, e
c) Departamento de Comunicação Social;
§2. Os membros do GAC poderão convidar funcionários da CETESB para integrarem temporariamente o
Grupo, com vistas a contribuir na condução de casos específicos.
§3. As áreas contaminadas críticas, estabelecidas pelo GAC, poderão ser indicadas pelos Departamentos
de Ações de Controle, ouvidas as Agências Ambientais, ou por outras áreas da CETESB, com base
nos danos causados ou nos riscos que impõem aos receptores ou a algum bem de relevante interesse
ambiental, bem como com base na existência de inquietação da população ou de conflitos entre os
atores envolvidos.
Artigo 3º: Ficam estabelecidos os seguintes prazos, após a aprovação deste procedimento, para a
execução das seguintes atividades:
• elaboração das planilhas para avaliação de risco para áreas contaminadas sob investigação, a
ser realizada pelo Departamento de Tecnologia do Solo, Águas Subterrâneas e Resíduos
Sólidos: 3 meses;
• revisão da lista de valores orientadores de intervenção, com base nas planilhas para avaliação
de risco para áreas contaminadas sob investigação, a ser realizada pelo Departamento de
Tecnologia do Solo, Águas Subterrâneas e Resíduos Sólidos: 6 meses;
• revisão das tabelas de Níveis Aceitáveis Baseados em Risco (NABR), do documento “Ações
Corretivas baseadas em Risco (ACBR) aplicadas a Áreas Contaminadas com Hidrocarbonetos
Derivados de Petróleo e Outros Combustíveis Líquidos – Procedimentos”, contido no anexo VII
da DD 010/C/2006, com base nas planilhas para avaliação de risco para áreas contaminadas
sob investigação, a ser realizada pelo Departamento de Tecnologia do Solo, Águas
Subterrâneas e Resíduos Sólidos juntamente com o Setor de Planejamento de Ações Especiais:
6 meses;
• Implementar programa de capacitação nas Agências Ambientais, a ser realizada pelas Diretorias
Engenharia, Tecnologia e Qualidade Ambiental e de Controle de Poluição Ambiental: 3 meses;
Artigo 4º: Durante o período de elaboração das planilhas para avaliação de risco para as áreas
contaminadas sob investigação e o roteiro para realização de investigação detalhada e elaboração de plano
de intervenção em postos e sistemas retalhistas de combustíveis, os Responsáveis Legais e os
Responsáveis Técnicos deverão realizar a avaliação de risco justificando à CETESB os procedimentos
adotados, a qual deverá conter: a definição dos cenários de exposição, atuais e futuros; a base de cálculo
ou os modelos utilizados, bem como os dados referentes aos parâmetros de exposição; os dados de
concentração e toxicológicos das substâncias de interesse; e os dados referentes ao meio físico.
Artigo 5º: A presente Decisão de Diretoria revoga a Decisão de Diretoria nº 023/00/C/E, de 15 de junho de
2000 e a Decisão de Diretoria 007/00/C/E de 18 de janeiro de 2000.
Artigo 6º: Esta Decisão de Diretoria possui caráter normativo e o Procedimento ora aprovado contém
exigências técnicas obrigatórias a serem atendidas pelos responsáveis legais pela área investigada ou
contaminada cujo descumprimento ensejará ações corretivas por parte da CETESB, nos termos do
Regulamento da Lei 997/76 aprovada pelo Decreto 8468/76.
Artigo 7º: As metas de remediação e os prazos para atingimento aceitos pela CETESB antes da aprovação
deste procedimento permanecerão válidos.
Publique-se no Diário Oficial do Estado de São Paulo – Poder Executivo – Seção I, na parte da Secretaria
Estadual do Meio Ambiente.
ORIGINAL ORIGINAL
DEVIDAMENTE DEVIDAMENTE
ASSINADO ASSINADO
FERNANDO REI EDSON TOMAZ DE LIMA Fº
Diretor Presidente Diretor de Gestão Corporativa
ORIGINAL
ORIGINAL DEVIDAMENTE
DEVIDAMENTE ASSINADO
ASSINADO
MARCELO MINELLI
OTAVIO OKANO Diretor de Engenharia, Tecnologia e
Diretor de Controle de Poluição Ambiental Qualidade Ambiental
Anexo
(a que se refere o artigo 1º da Decisão de Diretoria nº 103/2007/C/E)
SUMÁRIO
SUMÁRIO............................................................................................................................................1
LISTA DE SIGLAS............................................................................................................................. 2
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................................3
2 DEFINIÇÕES....................................................................................................................................4
3 GRUPO GESTOR DE ÁREAS CONTAMINADAS CRÍTICAS.................................................... 7
4 METODOLOGIA DE GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS.............................. 7
5 PROCEDIMENTO PARA TODAS AS FONTES DE CONTAMINAÇÃO EXCETO POSTOS E
SISTEMAS RETALHISTAS DE COMBUSTÍVEIS........................................................................ 11
5.1 DEFINIÇÃO DA REGIÃO DE INTERESSE......................................................................... 11
5.2 IDENTIFICAÇÃO DAS ÁREAS COM POTENCIAL DE CONTAMINAÇÃO...................11
5.3 PRIORIZAÇÃO 1.................................................................................................................... 11
5.4 AVALIAÇÃO PRELIMINAR................................................................................................. 12
5.5 PRIORIZAÇÃO 2.................................................................................................................... 14
5.6 INVESTIGAÇÃO CONFIRMATÓRIA.................................................................................. 14
5.7 INVESTIGAÇÃO DETALHADA...........................................................................................17
5.8 AVALIAÇÃO DE RISCO....................................................................................................... 18
5.8.1 GERENCIAMENTO DO RISCO......................................................................................... 20
5.9 CONCEPÇÃO DO SISTEMA DE REMEDIAÇÃO............................................................... 25
5.10 PROJETO DE REMEDIAÇÃO............................................................................................. 27
5.11 REMEDIAÇÃO..................................................................................................................... 27
6 PROCEDIMENTO PARA POSTOS E SISTEMAS RETALHISTAS DE COMBUSTÍVEIS......29
6.1 ATENDIMENTO INICIAL..................................................................................................... 31
6.2 AVALIAÇÃO DA OCORRÊNCIA.........................................................................................32
6.3 MEDIDAS PARA ELIMINAÇÃO DO VAZAMENTO.........................................................33
6.4 MEDIDAS EMERGENCIAIS................................................................................................. 33
6.5 INVESTIGAÇÃO CONFIRMATÓRIA.................................................................................. 35
6.6 INVESTIGAÇÃO DETALHADA E PLANO DE INTERVENÇÃO..................................... 36
6.7 RECUPERAÇÃO DA FASE LIVRE...................................................................................... 40
6.8 INTERVENÇÃO......................................................................................................................40
7 CADASTRO DE ÁREAS CONTAMINADAS..............................................................................41
ANEXO 1: MODELO DE DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE.......................................43
LISTA DE SIGLAS
AC Área Contaminada
ACBR Ações Corretivas Baseadas em Risco
AI Área Contaminada sob Investigação
AMR Área em Processo de Monitoramento para Reabilitação
AP Área com Potencial de Contaminação
AR Área Reabilitada para o Uso Declarado
ART Anotação de Responsabilidade Técnica
AS Área Suspeita de Contaminação
BTEX Benzeno, Tolueno, Etilbenzeno e Xileno
CADRI Certificado de Aprovação de Destinação de Resíduos Industriais
CETESB Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente
DAEE Departamento de Águas e Energia Elétrica
DD Decisão de Diretoria
GAC Grupo Gestor de Áreas Contaminadas Críticas
NABR Níveis Aceitáveis Baseados em Risco
PAHs Hidrocarbonetos Poli Aromáticos
RD Relatório à Diretoria
SAAC Sistema de Armazenamento Aéreo de Combustíveis
SASC Sistema de Armazenamento Subterrâneo de Combustíveis
SIPOL Sistema de Fontes de Poluição
SMA Secretaria de Estado do Meio Ambiente
PROCEDIMENTO PARA GERENCIAMENTO DE ÁREAS CONTAMINADAS
1 INTRODUÇÃO
No desempenho de seu poder de polícia, uma das ferramentas que a CETESB utilizará
para a fiscalização do cumprimento das exigências previstas neste procedimento será a
auditoria, avaliando, além dos processos administrativos, o atendimento a todas as etapas
pertinentes e os documentos/estudos técnicos competentes, podendo, inclusive, requisitar
outras informações, coletar amostras e gerar resultados analíticos para comparação com
aqueles apresentados.
2 DEFINIÇÕES
Área com potencial de contaminação (AP): área, terreno, local, instalação, edificação
ou benfeitoria onde são ou foram desenvolvidas atividades que, por suas características,
apresentam maior possibilidade de acumular quantidades ou concentrações de matéria
em condições que a tornem contaminada.
Área contaminada sob investigação (AI): área, terreno, local, instalação, edificação ou
benfeitoria onde há comprovadamente contaminação, constatada em investigação
confirmatória, na qual estão sendo realizados procedimentos para determinar a extensão
da contaminação e identificar a existência de possíveis receptores, bem como para
verificar se há risco à saúde humana. A área também será classificada como área
contaminada sob investigação (AI), caso seja constatada a presença de produtos
contaminantes (por exemplo, combustível em fase livre), ou quando houver constatação
da presença de substâncias, condições ou situações que, de acordo com parâmetros
específicos, possam representar perigo.
Área reabilitada para o uso declarado (AR): área, terreno, local, instalação, edificação
ou benfeitoria, anteriormente classificada como área em processo de monitoramento para
reabilitação (AMR) que, após a realização do monitoramento para encerramento, for
considerada apta para o uso declarado.
Risco: compreende o risco à saúde e o risco ecológico. O risco à saúde é definido como
a probabilidade de ocorrência de câncer em um determinado receptor exposto a
contaminantes presentes em uma área contaminada ou a possibilidade de ocorrência de
outros efeitos adversos à saúde decorrentes da exposição a substâncias não
carcinogênicas. O risco ecológico é definido como a possibilidade de ocorrência de efeitos
adversos aos organismos presentes nos ecossistemas.
Áreas contaminadas críticas são aquelas que, em função dos danos causados ou dos
riscos que impõem aos receptores ou aos compartimentos ambientais de interesse,
geram inquietação na população ou conflitos entre os atores envolvidos, havendo a
necessidade de um procedimento de gerenciamento diferenciado que contemple a
definição de estratégias de intervenção, de comunicação do risco e de gestão da
informação, envolvendo normalmente outros órgãos ou entidades.
A CETESB informará o Responsável Legal que a área sob sua responsabilidade foi
classificada como área contaminada crítica.
-investigação detalhada;
-avaliação de risco;
-concepção da remediação;
-projeto de remediação;
-remediação; e,
-monitoramento.
Identificação de áreas
com potencial de
contaminação
AP Priorização 1
Exclusão
AS Priorização 2
Exclusão
Investigação
Classificação 2
AI confirmatória
AC
AMR
Processo de
AR reabilitação de ACs
Investigação
detalhada
Avaliação de risco
Exclusão
Concepção da
remediação
Classificação 3
5.3 PRIORIZAÇÃO 1
A execução da etapa de priorização 1 visa selecionar, por meio dos critérios definidos a
seguir, dentre as APs identificadas, aquelas nas quais as etapas seguintes do
gerenciamento de áreas contaminadas deverão ser realizadas.
Essas informações deverão ser apresentadas para a CETESB em meio digital e em cópia
em papel, para instruir processos administrativos e para possibilitar o registro das
informações no cadastro de áreas contaminadas (ver item 7).
Com base nas constatações da avaliação preliminar, a área poderá ser classificada
como AS, permanecer como AP ou mesmo deixar de ser classificada como AP, sendo
neste caso excluída do cadastro.
Outros critérios poderão ser utilizados para priorizar ASs, de acordo com a política de
gerenciamento adotada para a região de interesse.
Caso as concentrações observadas na área sejam superiores aos valores fixados pela
CETESB, a área será classificada como AI, devendo o Responsável Legal dar início à
investigação detalhada e à avaliação de risco.
A área também será classificada como AI caso seja constatada a presença de produtos
contaminantes (por exemplo, produtos ou substâncias com reconhecido potencial poluidor
em fase livre), ou quando for constatada a presença de substâncias, condições ou
situações que, de acordo com parâmetros específicos, a critério da CETESB, possam
representar perigo.
Caso a área não seja classificada como AI, esta poderá ser mantida como AP ou ser
excluída do cadastro de áreas contaminadas nas situações em que o uso da área tenha
sido alterado para uma atividade sem potencial de contaminação.
Esta etapa deverá ser efetuada pelo Responsável Legal, que poderá executá-la com base
no capítulo VIII do “Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas”, não sendo
necessária a aprovação prévia de plano de investigação detalhada pela CETESB, nem
prévia manifestação da CETESB acerca do relatório de investigação confirmatória
apresentado para que seja dado prosseguimento à continuidade das demais etapas do
processo de gerenciamento.
Deverão ser apresentados mapas das plumas de contaminação em fase dissolvida para
os contaminantes selecionados, considerando a situação no momento da investigação,
bem como a situação prevista pela modelagem especificada no parágrafo anterior. Esses
mapas também deverão indicar os poços e demais captações de água indicadas
anteriormente.
A avaliação de risco deverá ser efetuada pelo Responsável Legal, que poderá valer-se
do capítulo IX do “Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas” como referência
técnica, considerando-se o modelo conceitual obtido após a realização da etapa de
investigação detalhada.
A quantificação do risco à saúde e a fixação de metas para remediação com base no risco
à saúde deverão ser realizadas empregando-se as planilhas para avaliação de risco
para áreas contaminadas sob investigação, as quais serão publicadas pela CETESB.
Para efetuar esses cálculos, existem nas planilhas, “campos fechados” onde os dados de
parametrização não poderão ser alterados e “campos abertos”, nos quais poderão ser
inseridos dados. Dentre os “campos fechados” estão aqueles referentes aos parâmetros
de exposição, aos parâmetros referentes às substâncias de interesse e a alguns
parâmetros referentes ao meio físico. Nos “campos abertos” poderão ser inseridos, por
exemplo, as concentrações das substâncias de interesse nos pontos de exposição, dados
sobre o meio físico específicos para a área, devendo, para tanto, o Responsável Técnico
determinar e justificar a adoção desses valores. Caso o Responsável Técnico não
determine os valores para os “campos abertos”, deverão ser utilizados os valores
sugeridos nas planilhas.
Nos casos em que sejam empregadas as planilhas para avaliação de risco para áreas
contaminadas sob investigação, além dos dados referentes aos “campos abertos”, o
Responsável Legal deverá definir os cenários de exposição.
A avaliação de risco poderá ser desenvolvida sem o emprego das planilhas, devendo os
motivos para tal decisão serem justificados no relatório de avaliação de risco a ser
apresentado à CETESB. Neste caso os resultados obtidos serão avaliados pela CETESB
por meio das planilhas por ela desenvolvidas, não devendo haver diferenças significativas
nos cálculos realizados.
Quando não forem utilizadas as planilhas para avaliação de risco para áreas
contaminadas sob investigação, o interessado deverá apresentar os dados de
parametrização assumidos nos cálculos em tabelas elaboradas para esta finalidade e
indicar a referência de cada dado adotado, não sendo permitida a apresentação dos
dados por meio das tabelas de saídas dos softwares comerciais. Nesta parametrização,
deverão, necessariamente, ser utilizados os dados adotados nas planilhas da CETESB,
para os parâmetros que constam dos campos fechados.
Os resultados obtidos pelo Responsável Legal deverão ser apresentados à CETESB por
meio de relatório de avaliação de risco, contendo a descrição sucinta da metodologia
empregada, os cenários de exposição considerados (com as devidas justificativas para
sua adoção), os dados referentes aos parâmetros que puderam ser determinados, os
resultados obtidos, uma conclusão clara e objetiva acerca da existência de risco acima
dos níveis considerados aceitáveis para o caso, a definição das metas de remediação a
serem atingidas e uma análise das incertezas associadas à avaliação de risco realizada.
Esse relatório deverá conter o modelo conceitual, que representará uma síntese do
conhecimento adquirido sobre a área, até a realização da etapa de avaliação de risco e
uma proposta de gerenciamento do risco que indique as intervenções necessárias para
os locais onde foi verificada a existência de risco acima dos níveis considerados
aceitáveis.
Deverá ser apresentado mapa do risco da área contaminada, onde serão indicados e
delimitados os locais onde foi verificado cada tipo de risco acima do nível aceitável.
Quando o proprietário da área não for o executor das ações empreendidas no local, as
metas de remediação e as medidas de intervenção a serem apresentadas à CETESB
deverão ser acompanhadas de sua expressa anuência.
Quando não for caracterizada situação de perigo e não for verificada situação de risco à
saúde igual ou superior aos níveis aceitáveis, a área inicialmente classificada como AI
passará a ser classificada como AMR. Nesta situação, a CETESB exigirá o
monitoramento para encerramento, com o objetivo de verificar se as concentrações das
substâncias de interesse se mantêm abaixo das metas de remediação definidas para a
área.
Uma vez verificada a existência de risco à saúde acima dos níveis aceitáveis ou a
persistência de situação de perigo, mesmo após a adoção de medidas emergenciais, a AI
passará a ser classificada como AC. Nesse caso o Responsável Legal deverá
implementar medidas de intervenção independentemente do conhecimento da situação
ou manifestação prévia, por parte da CETESB, sobre o relatório de avaliação de risco.
Somente nas áreas já consideradas críticas pela CETESB, conforme especificado no item
3 deste documento, o Responsável Legal deverá aguardar a aprovação do relatório de
avaliação de risco para implantação das medidas de intervenção propostas.
Quando ocorrer situação de perigo (conforme definido no item 2), as medidas ou ações
emergenciais deverão ser executadas durante qualquer uma das etapas do
gerenciamento. Dentre estas medidas podem ser citadas:
Gerenciamento do Risco
Risco aceitável Risco à saúde Perigo
Risco ecológico
Medidas de Intervenção
Remediação
Controle
Institucional
Controle de
Engenharia
Monitoramento da eficiência
As técnicas de remediação são classificadas de acordo com seu objetivo: i) técnicas para
tratamento (ou descontaminação) e ii) técnicas para contenção (ou isolamento), existindo,
ainda, técnicas que podem alcançar os dois objetivos citados. As principais técnicas de
remediação são apresentadas no capítulo X do “Manual de Gerenciamento de Áreas
Contaminadas”.
Dentre as medidas para controle institucional podem ser citadas como exemplos:
Nos casos em que existirem dois ou mais usos do solo sob a influência da fonte primária
ou da fonte secundária de contaminação, a meta de remediação deverá ser estabelecida
para o cenário de uso do solo mais sensível.
A verificação do cumprimento das metas de remediação deverá ser feita nos pontos de
conformidade, que são pontos de monitoramento situados junto aos receptores
potencialmente expostos aos contaminantes, para os quais são fixadas concentrações,
que não poderão ser ultrapassadas, de modo a assegurar que as metas de remediação
sejam atingidas.
Quando forem utilizadas técnicas de remediação, deverá ser dada preferência à aplicação
de técnicas de remediação por tratamento (descontaminação), cuja aplicação tenha como
objetivo principal atingir as metas de remediação definidas para o caso, por meio da
redução da massa dos contaminantes nos meios afetados, com o objetivo de viabilizar o
uso atual e futuro da área no espaço de tempo mais curto possível.
O Responsável Legal poderá optar pela adoção de técnicas de remediação por contenção
acompanhadas por medidas de controle de engenharia ou institucionais caso não existam
técnicas de remediação por tratamento aplicáveis à situação específica, considerando as
características dos contaminantes e do meio físico.
A aplicação isolada das técnicas de remediação por contenção será considerada aceitável
quando os contaminantes possuírem baixa mobilidade ou forem degradáveis em curto
prazo.
Nos casos em que ocorrer a efetiva exposição da população, o Responsável Legal deverá
adotar as medidas necessárias e informar a CETESB, por meio de correspondência
específica para tal fim. A CETESB, por sua vez, informará os órgãos de saúde estadual e
municipal, por meio de correspondência ou troca de informações, utilizando-se de sistema
informatizado, para que sejam implementadas as ações de competência dessas
entidades.
Para cumprir esta etapa, deverão ser identificadas as técnicas de remediação que
possuam potencial para serem aplicadas em uma determinada AC, observando as
características dos contaminantes, do meio físico e do uso e ocupação do solo.
Se necessário, poderão ser realizados ensaios de campo ou em laboratório, com o
objetivo de selecionar as técnicas de remediação mais adequadas para serem
implementadas.
Quando as alternativas acima não forem viáveis e o Responsável Legal pretender lançar
a água subterrânea bombeada e tratada na galeria de água pluvial, deverá ser obtida, por
ele expressa manifestação favorável da respectiva municipalidade e observadas as
exigências estabelecidas pela CETESB.
A apresentação dos resultados desta etapa para avaliação prévia da CETESB será
exigida somente para as áreas consideradas críticas, conforme descrição apresentada no
item 3 deste documento. O relatório da concepção da remediação deverá conter as
formas de intervenção propostas, sua representação em um mapa de intervenção, a
justificativa para sua seleção e o destino a ser dado aos resíduos e efluentes a serem
gerados. Quando não se tratar de área contaminada crítica, o relatório da concepção da
remediação deverá ser apresentado em conjunto com o primeiro relatório do
monitoramento da eficiência e eficácia da remediação, conforme descrição contida no
item 5.11.
O dimensionamento do sistema de remediação deverá ser realizado com base nas metas
de remediação definidas na etapa de avaliação de risco, bem como nas informações
obtidas nas etapas de investigação detalhada e concepção do sistema de
remediação.
A execução desta etapa caberá ao Responsável Legal, que poderá se valer do capítulo XI
do “Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas” para orientar a elaboração do
projeto de remediação.
5.11 REMEDIAÇÃO
Nos casos enquadrados como áreas contaminadas críticas, conforme definido no item 3
deste documento, o sistema de remediação só poderá ser implantado e operado após a
aprovação prévia, pela CETESB, dos relatórios de investigação detalhada, avaliação
de risco, concepção da remediação e projeto de remediação.
Nos casos não enquadrados como áreas contaminadas críticas, o sistema de remediação
deverá ser implantado independentemente da manifestação da CETESB sobre os
relatórios citados no parágrafo anterior.
Esta etapa deverá ser realizada pelo Responsável Legal, que poderá valer-se do capítulo
XII do “Manual de Gerenciamento de Áreas Contaminadas”, considerando as metas de
remediação definidas na etapa de avaliação de risco.
A CETESB poderá, a seu critério, por medida de precaução, exigir do Responsável Legal
a execução de um programa adicional de monitoramento, mesmo após o encerramento
do processo de reabilitação.
Será considerado o prazo máximo de 5 anos para a implantação e operação das medidas
de remediação, incluindo o monitoramento para encerramento, contados a partir da
data de confirmação da existência de contaminação (investigação confirmatória). O
prazo máximo, para as áreas consideradas críticas, será definido caso a caso, tendo
como base o projeto de remediação.
SIM
NÃO
AS? NÃO
Vazamentos? AP/ E
SIM SIM
Investigação confirmatória
NÃO NÃO
Existe FL? AI? AP/ E
SIM SIM
SIM
Intervenção e
Monitoramento da
eficiência e eficácia
NÃO SIM AC
Metas NABR ou PLAs
AMR
superadas? NÃO
SIM
Monitoramento para
encerramento
NÃO
Quando a suspeita sobre a origem da situação de perigo recair sobre postos ou sistemas
retalhistas de combustíveis, a CETESB exigirá do Responsável Legal a realização de
teste de estanqueidade dos sistemas de armazenamento subterrâneo de combustíveis
(SASCs) ou sistemas de armazenamento aéreo de combustíveis (SAACs), o imediato
esvaziamento daqueles que tenham sido reprovados no teste de estanqueidade e a
suspensão temporária da sua operação, além da adoção de medidas destinadas à
eliminação do perigo (medidas emergenciais) e medidas para eliminação do vazamento.
Caso não seja classificada como AS, a área poderá ser mantida como AP ou ser excluída
(E) do cadastro de áreas contaminadas nas situações em que o uso da área tenha sido
alterado para uma atividade sem potencial de contaminação.
Essas medidas deverão ser realizadas pelo Responsável Legal, que deverá comunicar
sua execução à CETESB, para obtenção de apoio no desenvolvimento das medidas a
serem adotadas, sendo também recomendável sua comunicação ao Corpo de Bombeiros,
bem como a obtenção de autorização do ente responsável pelas instalações afetadas,
nos casos em que sejam necessárias intervenções nas mesmas.
Nos casos em que o Responsável Legal não tenha sido identificado, as medidas
emergenciais serão executadas pela CETESB, com ou sem a cooperação de outros
órgãos. Nessa situação, todas as despesas deverão ser ressarcidas pelo Responsável
Legal após sua identificação.
Nas situações de perigo deverão ser desencadeadas as medidas necessárias junto aos
órgãos competentes para a interdição imediata das áreas sob perigo, até que a situação
esteja sob controle.
A área também poderá ser classificada como AI caso seja constatada a presença de
contaminante (combustível, óleo lubrificante, etc.) em fase livre no solo ou no aqüífero,
proveniente do empreendimento ou quando houver situações que caracterizem a
existência de perigo associadas a contaminação por combustíveis.
Caso a área não seja classificada como AI, esta poderá ser mantida como AP ou ser
excluída (E) do cadastro de áreas contaminadas nas situações em que o uso da área
tenha sido alterado para uma atividade sem potencial de contaminação.
Nesse caso o Responsável Legal deverá executar a etapa de intervenção de acordo com
os prazos fixados no cronograma incluso no relatório de investigação detalhada e
plano de intervenção, com a implantação de medidas de remediação, de controle de
engenharia ou de controle institucional, em conjunto ou isoladamente. Tais medidas
deverão ser implementadas independentemente da manifestação prévia da CETESB
sobre o relatório de investigação detalhada e plano de intervenção.
O prazo máximo para remoção da fase livre será de 180 dias a partir da constatação da
sua presença. Durante a operação do sistema de recuperação de fase livre deverão ser
apresentados à CETESB relatórios de andamento trimestrais, os quais deverão conter as
características, o desempenho e a eficiência do sistema implantado.
6.8 INTERVENÇÃO
As informações sobre AIs, ACs, AMRs e ARs serão divulgadas pela CETESB em seu
endereço eletrônico: www.cetesb.sp.gov.br.
ANEXO 1: MODELO DE DECLARAÇÃO DE RESPONSABILIDADE
(Modelo)
Declaração de responsabilidade
Declaram, outrossim, estar cientes de que os documentos e laudos que subsidiam as informações
prestadas à CETESB poderão ser requisitados a qualquer momento, durante ou após a implementação do
procedimento previsto no documento “Procedimento para Gerenciamento de Áreas Contaminadas” , para
fins de auditoria.
Data.
_______________________
Responsável Técnico
Nome
CPF
_______________________
Responsável Legal
Nome
CPF
1
O artigo 69-A da Lei n° 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 (Lei de Crimes Ambientais) estabelece: “Elaborar ou apresentar, no
licenciamento, concessão florestal ou qualquer outro procedimento administrativo, estudo, laudo ou relatório ambiental total ou
parcialmente falso ou enganoso, inclusive por omissão:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 1o Se o crime é culposo: Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.
§ 2o A pena é aumentada de 1/3 (um terço) a 2/3 (dois terços), se há dano significativo ao meio ambiente, em decorrência
do uso da informação falsa, incompleta ou enganosa”.