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Caro(a) amigo(a),
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auto conhecimento e do desabrochar das
potencialidades latentes do ser humano, que são
infinitas e surpreendentes. Já li muita coisa a
respeito, vários autores e ainda leio. Sou viciado
em leitura e gosto também de escrever.
Indentifico-me com todas as comunidades do Orkut
que seguem essa linha: O Segredo, Pensamentos
Positivos, Visualizações, Poder do Agora,
Meditações, espiritualismo, etc. Exerço a
atividade de escritor de forma semi-profissional,
atuando como revisor, adaptador, comentarista de
obras literárias, textos publicitários, etc. Atuo
também como ghost-writer e biógrafo.
Boa leitura.
PREFÁCIO
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foi um golpe muito grande para mim, fez com que eu despertasse e
sentisse que deveria fazer algo a respeito. Aquilo teria que parar.
INTRODUÇÃO
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Então Deus criou a árvore das maçãs e disse-lhes:
-“Isso se chama pensar. Vocês não necessitam de
pensar. Eu posso prover todas suas necessidades. Não devem
preocupar-se, mas podem escolher se ficam comigo ou se tomam
seu próprio caminho”.
E assim eles escolheram comer a maçã, ou seja,
decidiram pensar por si mesmos e assumir os riscos. Mas o grande
problema não foi comer a maçã, e sim não se fazerem responsáveis
e dizer: “Sinto-o”. Foi aí que Adão teve que ir procurar seu primeiro
trabalho.
Comentário:
A questão do pensamento precisa ser bem
explicada. O pensamento é o que difere o homem de
outros animais. Deus disse ao casal no paraíso
que eles teriam de tudo que necessitassem, e que
para isso não precisariam pensar. O que o criador
quis dizer era que eles não precisavam se
preocupar, ficar pensando com angústia de onde
viria a próxima refeição ou aonde iriam se abrigar
durante a noite. Disse também a eles que poderiam
pensar (assumir a responsabilidade) se quisessem
bastando para isso comer a maçã. Quando Adão e Eva
comeram a maçã, decidiram-se pelo livre arbítrio,
ou seja, pensarem por si mesmos. Porém eles não
sabiam ainda como fazer e desconheciam o poder do
pensamento, essa que é a força mais poderosa do
universo. Sentiram-se inseguros e preocupados, o
que levou Adão a sair à procura do primeiro
trabalho. Sua mente racional passou a funcionar, e
ela lhe dizia que ele deveria trabalhar a fim e
prover o seu sustento. Ele desconhecia que
bastaria alinhar seus pensamentos ao pensamento de
Deus para criar tudo de que necessitava. Bastaria
ter fé, assim como as aves dos céus e os lírios
dos campos para que fossem supridas todas as suas
necessidades. Eles não entenderam e julgaram que
teriam que conquistar tudo com suor e esforço.
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Desde então a humanidade assim age para conseguir
seus intentos: trabalho duro, competitividade,
esperteza. Se Adão e Eva não sabiam usar de forma
correta o poder do pensamento, tampouco nós o
sabemos atualmente, milênios depois. Estamos em
busca do paraíso, aquele perdido lá atrás com a
mordida na maçã. E essa é a nossa angustia, pois
quase sempre procuramos no lugar errado. Por isso
que a autora diz que continuamos mordendo a maça,
todos os dias, e acreditando conhecer tudo, nos
afastamos de nossa originalidade.
Outra coisa que quero explicar que toda
essa história de Adão e Eva é figurativa e
simbólica. Sabemos pela teoria da evolução da
espécie que não faz sentido real a historia do
primeiro casal, sendo apenas uma alegoria.
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quando cessamos essas gravações é que podemos descobrir quem
realmente somos e todo o poder que possuímos. Ao apagar, limpar
e remover antigas lembranças permitimos que nossos sentimentos
sejam transmutados e começamos então a experimentar nosso
verdadeiro ser.
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Este breve resumo de alguns conceitos básicos que
utilizo e pretendo transmitir tem como finalidade esclarecer meus
pontos de partida. Minha esperança é que o leitor encontre neste
livro uma fonte de técnicas, ferramentas e sabedoria que lhe
permita sentir, tomar decisões e viver com a liberdade, a paz interior
e o amor que é patrimônio de todos os seres humanos.
QUEM SOU?
A única razão de nossa existência é a de descobrir
quem somos.
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consciência de quem somos realmente, as grades se abrem e nos
damos conta de que somos livres, sempre o fomos sem que
soubessemos. Assim conseguimos escapar da prisão que nós
mesmos criamos.
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O consciente é a parte mental, o que nós chamamos o
intelecto. É um aspecto muito importante de nós, porque é a parte
que tem a capacidade de escolher, já que dispomos de livre-arbítrio.
Em cada instante de nossa vida estamos escolhendo. O que
escolhemos?. Escolhemos se vamos reagir e nos agarrar com o
problema ou se preferirmos soltá-lo e deixar que o resolva aquela
parte nossa que sabe o que deve fazer. Também escolhemos se
vamos aceitar que não sabemos nada (e que não precisamos
saber) ou se preferimos pensar que nosso conhecimento é melhor
que o de Deus e que podemos resolver tudo sozinhos e por nossa
conta. O consciente é a parte que decide se opta por assumir
100% da responsabilidade e dizer: “Sinto muito, me perdoe por
aquilo que está em mim que criou isto”, (Ho’oponopono) ou
assinalar com o dedo e jogar toda a culpa a outro.
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No livro O Ensino do Buda diz: “Embora um homem
vença a milhares de homens nos campos de batalha, só aquele
que vence a si mesmo ganhará sua batalha”.
Comentário:
A autora cita o lado espiritual do ser
humano o qual chama de superconsciente. Essa é a
parte nossa que tudo sabe, que tem contato com o
transcendental. Muitas vezes esses contatos não
acontecem porque os canais estão obstruídos.
Nossas crenças, programações, as agitações da
mente e da vida obstruem esse canal de fundamental
importância para nossa realização e para
descobrirmos nosso verdadeiro caminho.
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“O que lhe falta é concentração”, dizia-lhe a macieira.
“Se realmente tentar, poderá produzir saborosas maçãs. Veja como
é fácil”.
“Não escute a macieira”, exigia a roseira. “É mais
simples ter rosas, e vê quão belas são as rosas!”.
E a árvore desesperada, tentava tudo o que lhe
sugeriam, e como não conseguia ser como outros, sentia-se cada
vez mais frustrada. Um dia chegou ao jardim o mocho, a mais sábia
das aves, e ao ver o desespero da árvore, exclamou: “Não se
preocupe. Seu problema não é tão grave. É o mesmo de muitos
seres sobre a terra. Eu te darei a solução: “Não dedique sua vida a
ser o que outros queiram que você seja. Seja você mesma,
conheça-te , ouça sua voz interior”. E dito isto, o mocho
desapareceu.
Minha voz interior?. Ser eu mesma? Conhecer-me?”.
perguntava-se a árvore desesperada, quando de repente
compreendeu. Fechando os ouvidos, abriu o coração, e por fim
pôde escutar sua voz interior lhe dizendo:
--“Você jamais dará maçãs porque não é uma macieira,
nem florescerá cada primavera porque não é uma roseira. É um
carvalho, e seu destino é crescer grande e majestosa. Está aqui
para dar proteção às aves, sombra aos viajantes, beleza à
paisagem!. Tens uma missão!. Cumpre-a!”.
E a árvore se sentiu forte e segura de si mesma e se
dispôs a ser todo aquilo a que estava destinada. Assim logo ocupou
seu espaço e foi admirada e respeitada por todos. E só então o
jardim foi completamente feliz.
O QUE É UM PROBLEMA?
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Há um ditado Zen que diz: “Não podemos impedir que
os pássaros voem sobre nós, mas podemos impedir que eles façam
ninhos em nossas cabeças”.
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as gravações. Por isso é tão essencial assumir cem por cento da
responsabilidade. Só desse modo entendemos que somos
simplesmente nós e nossas gravações, nossos pensamentos e
nossos programas. Tomemos o exemplo de um filme projetado na
parede ou numa tela. Sabemos perfeitamente que, embora vejamos
a imagem projetada na parede ou na tela, a mesma não está lá,
mas dentro da máquina de projeção. O mesmo ocorre com nossos
problemas. Quando estes aparecem, é só uma projeção do que
está acontecendo dentro de nós mesmos e não fora. Entretanto,
passamos a vida tentando trocar a tela, mas não é esse o
problema. Procuramos a solução no lugar errado.
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retornou e trouxe consigo uma dúzia de cavalos selvagens. De novo
o povo se reuniu dizendo:
-- “Tinha razão o velho. Não foi uma desgraça mas
uma verdadeira sorte”.
--“De novo estão indo muito longe”, disse o ancião.
“Digam só que o cavalo voltou. Quem sabe se foi uma sorte ou
não? É só um fragmento. Estão lendo apenas uma palavra de uma
oração. Como podem julgar o livro inteiro?”.
Ninguém disse mais nada, mas por dentro sabiam que
ele estava equivocado. Afinal haviam chegado doze cavalos
formosos.
O velho tinha um filho que começou a treinar aos
cavalos. Uma semana mais tarde ele caiu de um cavalo e quebrou
as duas pernas. O povo voltou a se reunir e a julgar
-- “De novo o velho tinha razão”, disseram. Era uma
desgraça, seu único filho perdeu o jogo das pernas e, na sua idade
ele era seu único sustento. Agora estava mais pobre que nunca”.
--“Estão obcecados julgando”, disse o ancião. “Não vão
tão longe. Só digam que meu filho quebrou as duas pernas.
Ninguém sabe se foi uma desgraça ou uma fortuna. A vida vem em
fragmentos, e nunca nos dá mais que isto”.
Aconteceu que, poucas semanas depois o país entrou
em guerra e todos os jovens do povoado foram chamados pelo
exército. Só se salvou o filho do ancião porque estava aleijado. O
povo inteiro chorava e se queixava porque era uma guerra perdida
de antemão e sabiam que a maioria dos jovens não voltariam.
--“Tinha razão velho. Era uma sorte. Embora aleijado
seu filho ainda estava com ele, enquanto os nossos se foram e não
sabemos se voltam.
--“Seguem julgando”, disse o velho. Ninguém sabe. Só
digam que seus filhos foram obrigados a unir-se ao exército e que
meu filho não . Só Deus sabe se foi uma desgraça ou uma sorte”.
Assim acontece conosco sempre que formamos uma
opinião ou um julgamento: estancamo-nos; nos escravizamos.
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“A felicidade segue à tristeza. A tristeza segue à
felicidade, mas quando a gente já não discrimina entre a felicidade
e a tristeza, o bom e o mau, a gente é capaz de libertar-se”.
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“Um dia o asno de um camponês caiu ao fundo de um
poço. O animal se queixou durante horas enquanto o camponês
tentava encontrar uma forma de tirá-lo. Finalmente, o camponês
decidiu que o animal era velho, que os esforços para salva-lo
estavam sendo inúteis, e decidiu soterrá-lo no poço. Então, o
camponês pediu ajuda aos vizinhos, e todos pegaram pás
começaram a atirar terra adentro do poço. No começo quando o
asno se deu conta do que estava acontecendo, gemeu
horrivelmente, mas depois de um momento para surpresa de todos,
acalmou-se. Depois de várias pazadas de terra, o camponês
finalmente decidiu olhar dentro do poço, e o que viu o deixou
estupefato. Com cada pazada de terra que caía sobre suas costas,
o asno fazia algo assombroso. Sacudia as costas, a terra caía e se
amontoava sob suas patas, e desse modo com cada pazada o asno
dava um passo para cima. À medida que os vizinhos do camponês
continuavam jogando terra sobre o animal, ele mesmo se sacudia e
subia mais. Logo o asno chegou à borda do poço e saiu trotando”.
A FÉ
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busco resultados, observo e faço uma recontagem de minha vida
desde que comecei a crescer. Nem eu posso acreditar em tudo que
obtive.
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personagem de Brad Pitt: “Se o seu problema tem
solução, porque se preocupar? E se não tem, porque
se preocupar?” Esse ditado fala sobre a fé que
confia, e a fé que resigna, sentindo que se assim
foi, era porque assim deveria ser. A resignação e
a fé abrem as portas para que algo melhor ocorra
no futuro, e sempre ocorre. A revolta e o controle
fecham essas mesmas portas.
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por falta de fé e medo do desconhecido. Vale a pena aprender com
a semente, que apesar de não poder imaginar-se como orquídea,
tem a valentia de abrir-se, quebrar-se e entregar-se ao processo
para brotar da superfície da terra e sair à luz. Um coração cheio de
dor não pode imaginar o que se sente ao ser amado ou ao estar em
paz. Muitas vezes temos que romper com velhos padrões, velhas
formas de pensar e velhas crenças. Isto implica ter que passar por
um túnel escuro e às vezes ter que sentir dor, mas é a única forma
de sair adiante e ver a luz.
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caminho da salvação. Mas é preciso que aceitemos
essas verdades e as incorporemos as nossas vidas.
Tudo parte de nós, temos o livre arbítrio, o poder
de escolher. Transformação é uma porta que se abre
por dentro.
O DINHEIRO
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meus filhos, pois o pai quis ficar com eles. Eu tinha a certeza de
que podia seguir adiante só e senti-me agradecida e contente de ter
a oportunidade de recomeçar. Por outro lado, àquela altura de
minha vida tinha aprendido que a felicidade não está no material e
que não precisava ter posses. Ao contrário, sabia que quanto
menos tivesse mais livre seria. Uma amiga sugeriu que fôssemos
viver juntas para poder procurar um lugar mais amplo e lindo.
Pareceu-me uma boa idéia, e assim foi que encontramos uma casa
muito bela. Nunca imaginei que preencheríamos os requisitos
necessários para alugá-la, mas como apresentamos a soma dos
dois vencimentos, conseguimos a aprovação. Dois dias antes de
assinar o contrato de aluguel, minha amiga me chamou e disse que
tinha mudado de idéia e que iria se viver no Arizona. Imediatamente
chamei à agente da imobiliária para lhe pedir que pusesse o
contrato a meu nome, dizendo que eu seria a pessoa responsável.
Ela não teve problema em fazê-lo porque já me conhecia. Pouco
tempo depois de assinar o contrato de um ano e me mudar para a
casa, começaram a chegar trabalho de todas as partes e logo me
dava conta que podia pagar o aluguel sem problema e não
precisaria compartilhar minha casa com outra pessoa. Oito meses
depois de me mudar, o dono da casa me chamou e disse que
desejava vender a propriedade. Explicou-me que, como sabia que
eu gostava tanto da casa, me daria prioridade, mas que se não
estivesse interessada, em setembro teria que partir.
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este não é um bom momento para vender a casa, portanto vou
estender o contrato de aluguel. Redija uma prorrogação, mande-me
por fax que assinarei. Tempos depois, antes mesmo que vencesse
o contrato de prorrogação, alguém me chamou sem que ao menos
eu o tivesse procurado, e me ofereceu um empréstimo para que eu
comprasse a casa.
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Pensamos que somos nós que criamos as oportunidades através
do trabalho, nossos maridos ou nossos investimentos, mas esses
são somente diferentes caminhos e vias pelos quais as benesses
se manifestam. Quando uma porta se fecha é porque outra se
abrirá automaticamente.
Comentário:
Se pararmos para analisar nosso momento
presente, veremos que temos tudo de que
necessitamos. É preciso ter essa consciência de
que Deus é nossa fonte infinita e inesgotável de
provimento que nos supre de tudo o que
necessitamos. Isso quer dizer que somos prósperos
agora, nesse exato momento e temos tudo o que
precisamos para nos manifestar e ser felizes.
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nosso coração não for grato pelo que já possuímos.
O Dr. Dyer continua seu raciocínio: “ Nosso
diálogo interior deve ser mais ou menos assim:-Eu
estou inteiro, completo, total, plenamente vivo
neste momento. É isto! Eu sou tudo, não preciso de
mais nada para sentir-me feliz ou realizado. No
entanto sei que serei diferente amanhã. Minha
realidade física está sempre mudando. As moléculas
que ontem constituíam meu ser material serão
substituídas por outras moléculas. O corpo físico
que tinha há dez anos é, hoje, inteiramente novo
do ponto de vista físico. Vou crescer, serei algo
novo e grandioso, porém não mais grandioso do que
sou agora. Assim como o céu será diferente dentro
de algumas horas, sua atual perfeição e inteireza
não são deficientes, também sou agora, perfeito e
imcompleto pelo fato de mudar amanhã. Crescerei e
não sou deficiente.”
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quer dizer que não se deve criar expectativas nem
se impacientar pelo resultado.
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chamam Riqueza e Sucesso. Entre e discuta com sua família qual
de nós três será convidado a entrar.” A mulher entrou e contou a
história a seu marido e sua filha. O marido disse: “Vamos convidar a
riqueza, e teremos abundancia em nossa casa”. A mulher porém
retrucou: “e porque não chamar o Sucesso?” A filha que ouvia tudo
deu sua opinião: “Acho que deveríamos convidar o Amor”.
Decidiram então seguir o palpite da menina. A mulher saiu e
convidou o Amor a entrar e partilhar da mesa. O Amor levantou e
acompanhou a dona da casa. A riqueza e o Sucesso também se
levantaram e seguiram o Amor. A mulher estranhou: “Mas eu
convidei somente o Amor. Vocês não disseram que somente um
seria convidado?” o Sucesso respondeu: “Se vocês tivessem
convidado um de nós, os outros ficariam de fora, mas como
convidaram o Amor, nós vamos juntos. Onde vai o Amor, o Sucesso
e a Riqueza vão juntos.”
Comentário:
Essa história contada pela autora é
similar à parábola dos lírios dos campos e das
aves dos céus contada por Jesus. É o “Buscai em
primeiro lugar o reino de Deus e sua justiça, que
tudo o mais virá com acréscimo”. Essa é a verdade
perdida pela mordida na maçã no paraíso citada lá
no início desse pequeno e precioso livro. Tudo
muito simples, mas simplicidade nem sempre quer
dizer facilidade.
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sentido pode-se dizer que há sim o pecado
original. Somos impregnados com as crenças
errôneas de séculos e mais séculos, de que
precisamos lutar e competir com o semelhante, ser
esperto e trabalhar duro a ponto de não ter tempo
para família e diversão a fim de conseguir
sobreviver. Essas crenças antigas precisam ser
banidas de nosso íntimo, gradativamente. Não é
fácil porque são muito antigas e passaram a fazer
parte do inconsciente coletivo da raça humana. Mas
quanto mais pessoas pensarem diferente, quanto
maior o número de “convertidos” para essa
filosofia de vida baseada na prática do amor e da
não resistência, mais o inconsciente coletivo
mudará e gradativamente passará a ser positivo.
Tal fato representará uma conquista maravilhosa na
evolução da humanidade e se refletirá em todas as
relações humanas: nas escolas, nas ruas, no
comércio, nas indústrias, nas religiões e nas
relações internacionais. Será uma utopia? Estará
esse dia ainda distante? Digo somente que essa
mudança começa em cada um de nós, e que devemos
influenciar o meio em que vivemos a começar com
nossa própria casa, na educação dos filhos.
OS MEDOS
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mim mesma. Li vários livros, participei de seminários e busquei
ânimo e coragem para mudar muitas coisas em minha vida.
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reconhecer que cada momento é perfeito. Se alguém nos diz que
NÃO, talvez seja porque o que procurávamos não era perfeito e
correto para nós naquele momento. Quem possui fé sabe que
nestas ocasiões muitas vezes está caminho algo melhor e maior, e
espera com certeza e confiança. Pelo contrário, quem está perdido,
confuso e não conhece sua verdadeira identidade, sente um
profundo medo a ponto de ficar paralisado.
Comentário:
O que acontece se recebemos um não pela
cara? O que perdemos? É arrancada alguma parte de
nós mesmos? Não, somente se permitirmos que tal
aconteça que seja arrancada nossa coragem e
decisão de seguir em frente. Cada não nos aproxima
de um sim. Cada não traz em si um ensinamento
valioso. Cada não nos lapida para um SIM maior e
melhor.
Como vemos, temos pouco a perder e muito
a ganhar. Foi Willian Shakespeare quem disse: “São
as duvidas traidoras que nos faz perder o bem que
nosso seria, se o medo de tentar não existisse”.
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vezes é necessário parar no meio de caminho e realizar mudanças
drásticas. De certa forma devemos morrer primeiro para então
começar a viver. Falo da morte dessa parte nossa que não é real,
disso que acreditamos que somos, da imagem que vendemos aos
outros, e o que é pior, que vendemos a nós mesmos.
O AMOR
O amor é a espada do guerreiro: em qualquer lugar que
corta, dá vida, não morte.
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Estamos mal acostumados e transmitimos nossos
costumes a nossos filhos, porque foi isso que aprendemos a fazer
com nossos pais. Desde a infância aprendemos que devemos fazer
coisas, comportar dessa ou daquela forma para sermos amados e
aceitos. Paradoxalmente as pessoas nos tratam da forma como
tratamos a nós mesmos. Dessa forma o desejo de amor e aceitação
se vê frustrado pela nossa própria incapacidade de nos amarmos.
Comentário:
Somente podemos dar aquilo que possuímos.
Somente poderemos amar de fato se amarmos a nós
mesmos. Uma fato líquido e certo é que o mundo nos
trata como nos tratamos a nós mesmos. Quem não
respeita a si mesmo e não ama a si mesmo, jamais
terá o respeito e o amor dos outros. Alguém assim
pode se esmerar em agradar, em servir, e quanto
mais se esforçar nesse sentido, menos conseguirá.
É incrível, parece que a pessoa sem amor próprio
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exala um perfume, ou emite um sinal que até mesmo
as crianças sentem. Pessoas assim não conseguem
conquistar respeito e amor nem mesmo das crianças
com suas bajulações. Ao contrário, alguém bem
resolvido, que se gosta, tem uma personalidade que
atrai as outras pessoas que se sentem bem em sua
presença. O amor, se não for encontrado dentro de
nós mesmos, não o será em lugar nenhum mais.
Comentário:
Juntar-se a alguém para ser feliz é um
grande equivoco. É depositar no outro, num
relacionamento a esperança de sua vida. Seja feliz
primeiro, e então se case com alguém. As
possibilidades serão bem maiores.
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te amos”. Ou então: “obrigado, obrigado, obrigado”. Tente e verá
que os resultados são surpreendentes. Às vezes a pessoa se
desculpa inesperadamente. Outras vezes seguem seu caminho,
nos esquecem e não incomodam mais. Em alguns casos tudo se
resolve rapidamente, noutros há uma dificuldade maior. Tudo
depende de nossa percepção e o mesmo se passa com os outros.
Comentário:
As divergências que temos com outras
pessoas não devem ser encaradas como obstáculos,
mas como parâmetro e estimulo para nossa própria
melhoria. Pobres de nós se recebêssemos somente
elogios e tapinhas nas costas. São as críticas e
as adversidades que nos fazem crescer, muito mais
que os elogios, que muitas vezes nos tornam
vaidosos e indolentes. Chico Xavier chamava seus
detratores e perseguidores, não de inimigos, mas
de “amigos estimulantes”. É um grande erro
discutir, querer rebater tudo que ouvimos e querer
ter razão sempre. É perda de tempo e energia. Se
ao invés praticarmos o que nos aconselha a técnica
Ho’oponopono, o mesmo que praticou Gandhi com o
princípio da não violência e não resistência, e
guardarmos nossas energias para algo mais nobre do
que uma discussão seremos muito mais felizes.
Dessa forma estaremos assumindo a responsabilidade
sobre nossa existência.
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os outros de seus pontos de vista. Se você
observar as pessoas, verá que elas passam 99% do
tempo defendendo seus pontos de vista. Se você
simplesmente desistir da necessidade de defender
sempre seus pontos de vista, ganha, na
desistência, acesso a imensas quantidades de
energia anteriormente desperdiçadas. Desista de
uma vez por todas de defender intransigentemente
seus pontos de vista. Quando você desiste, evita o
surgimento de discussões. Se agir dessa forma –
parar de brigar e de resistir – experimentará
plenamente o momento presente, que é uma dádiva”.
Comentário
Vários autores citam em suas obras a
importância da sugestão noturna para as crianças.
Há inclusive vários CDs gravados com programações
e induções mentais, não somente para as crianças
como também para adultos. Normalmente essas
sugestões são utilizadas para programar o cérebro
da criança para que ela se torne mais calma,
confiante, ou até para que deixe de praticar
certos hábitos como fazer xixi na cama, roer as
unhas, chupar os dedos, etc. Mas vemos agora pela
técnica apresentada nesse livro, que nem mesmo a
nossos filhos seria apropriado incutir pontos de
vistas na mente. Nem passar determinações de “faça
isso” ou “faça aquilo”. Na verdade não temos o
direito de fazer isso com ninguém, mesmo que seja
com uma criança sob nossa responsabilidade. Baste
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dizer a nossos pequeninos que os amamos e que
somos gratos por existirem.
Comentário:
Mais uma vez é enfatizada pela autora a
importância da gratidão. Estar feliz e grato com o
que possui não condicionar a felicidade a algo que
ainda não possui. Lembre-se, a felicidade é um
sentimento interno e a prosperidade é um conjunto
de crenças.
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mesmos e que digamos “o sinto”.
Comentário:
É importante saber nos bastar a nós
mesmos. As pessoas iluminadas, os chamados gurus,
profetas, guias, messias, são figuras
importantíssimas. Eles vêm com a missão de nos
alertar e despertar para as verdades da vida. Eles
são os mensageiro, os guias enviados por Deus para
nos mostrar o caminho para o auto encontro e
automaticamente para o encontro com a divindade.
Eles mostram o caminho, mas a jornada é de cada
um. Eles não salvam ninguém, cada um é seu próprio
salvador. Podemos resolver tudo diretamente com
Deus, nosso Pai Amoroso. Não precisamos
intermediários. Por mais que gostemos dos
ensinamentos de alguém, das colocações de algum
filósofo, das tradições de alguma seita ou
religião, não devemos depender de nada disso. O
reino de Deus está em nosso interior e ponto.
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simples. Tudo o que a divindade nos pede é que assumamos plena
responsabilidade, peçamos perdão e cuidemos muito bem de nós
mesmos. Isso é tudo!
Comentário:
Todos os nossos problemas estão em nós
mesmos. É na forma equivocada de interpretar os
sinais e estímulos exteriores que reside a fonte
de nossos problemas. Nosso julgamento é norteado
por nossa programação mental, pelas crenças
passadas na infância ou em tempos ainda mais
remotos, por nossos medos, inseguranças e
complexos. É preciso assumir a responsabilidade
por nossos sentimentos, trabalhar nosso interior,
parar a gravação em nosso subconsciente usando as
técnicas ensinadas nesse livro. Assim estaremos
abrindo as portas do paraíso (perdido com a
mordida na maçã, lembra-se?) e alcançaremos um
estado de infinitas possibilidades.
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outra parte, ninguém precisa ficar sabendo. Deve
ser aplicado a todo instante, por isso não faz
sentido falar com o outro. Imagine você gritando
para alguém no trânsito: “Eu perdôo você por essa
fechada”.
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essencial recordar que fazemos o processo por nós mesmos, para
o nosso bem. Devemos nos salvar a nós mesmos e a ninguém
mais. Mas o extraordinário é que ao fazermos o processo
beneficiamos também ao outro.
Comentário:
Apesar de não entrarmos em diálogo com a
outra parte para pedir perdão e perdoar, o fato de
trabalharmos a questão mesmo mentalmente, faz com
que automaticamente o outro também seja
beneficiado. Tal se dá porque estamos todos
mergulhados num campo energético, campo esse que é
o condutor dos pensamentos e também registra todas
as disposições das mentes humanas, sejam positivas
ou negativas. Quando alguém tem uma rusga com o
outro desejando-lhe mal e vice-versa, essa
situação gera um centro de energia negativa que
fica registrada no éter (espaço preenchido com a
energia e matéria cósmica invisíveis a nossos
olhos) e que passa a acompanhar os envolvidos.
Esse centro de energia é alimentado pelo desejo e
pensamento dos envolvidos, que sintonizam
constantemente com o problema. Se uma das partes
muda de postura e toma a iniciativa de perdoar
passando a emitir para o outro pensamentos de amor
e afeto, em vez de ódio e rancor, esse centro de
energia criado pela briga perde a sua força. Os
pensamentos de amor emanados da pessoa que mudou
de atitude são transmitidos pelo campo magnético
em que todos estão mergulhados, e chega fatalmente
à outra parte, causando-lhe bem estar e paz. Com o
tempo o outro acabará mudando também de atitude,
pois não encontrará mais eco e respostas
condizentes para seus sentimentos inferiores, ao
contrário receberá de volta emanações amorosas.
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uma parte em nós que sabe o que é melhor e como fazê-lo. Basta
que permitamos que essa parte em nós que tudo sabe nos guie
para a solução correta e perfeita. O processo Ho’oponopono deve
se tornar automático em nós, ser praticado todo o tempo como se
fosse nossa respiração. Sabemos o que acontece se pararmos de
respirar. O mesmo acontece se pararmos com essa limpeza interior.
É evidente que somos humanos e vamos esquecer de fazer o
processo muitas vezes, mas o essencial é praticar o máximo
possível. Até mesmo quando tudo parecer que está bem
precisamos praticar, mesmo quando aparentemente não temos
nenhum problema. Isso porque nossa mente toca a gravação, a
antiga programação o tempo todo, embora não estejamos
conscientes disso.
Comentário:
O filósofo brasileiro Huberto Rhoden,
disse que devemos orar o tempo todo. Alguém poderá
dizer: “se eu for orar o tempo todo, não vou poder
fazer mais nada”. E o filósofo pergunta: “você se
preocupa em respirar o tempo todo? Quando está
caminhando, alimentando-se, trabalhando, lendo,
preocupa-se com a respiração? Com a oração é a
mesma coisa, deve ser automática como a
respiração. A oração é a respiração da alma”.
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É essencial não ter expectativas. O segredo é estar
aberto e flexível porque nunca sabemos de onde vai vir o que
iremos receber. Devemos ter a confiança de que virá o que for
melhor para nós, sempre. Talvez não seja o que esperamos, mas
será o apropriado. Não porque não nos escutaram, e sim porque
precisávamos passar pela prova ou porque ainda não merecíamos.
Devemos nos permitir ser surpreendidos pelo universo, pois desse
modo receberemos coisas além de nossa imaginação.
Comentário:
Precisamos aprender a usar a sabedoria do
silencio. Quando alguém vier até nós desabafando
ou reclamando de algo, deveríamos ter o cuidado de
não sair logo emitindo um parecer e um conselho.
Primeiramente precisamos ouvir com o coração, com
carinho e amor. E depois fazer silêncio,
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demonstrar compreensão e solidariedade, nem que
seja com o olhar ou outros gestos. Se o que
estiver sendo dito for a nosso respeito, talvez
uma queixa contra a nossa pessoa, nossa capacidade
de perdoar e compreender deve ser ainda mais
forte. Nossa reação natural seria retrucar,
protestar e tentar provar que estamos certos. Esse
é o momento de oferecer a outra face, ser humildes
e se preciso pedir desculpas. Se estivermos
decididos a mudar nossa vida, a não abrigar
qualquer sentimento negativo em nosso ser, se
quisermos de fato praticar as técnicas aqui
propostas e assumir 100% de responsabilidade sobre
nossas vidas, é isso que teremos que fazer nesses
momentos.
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Nos parágrafos acima a autora propõe a
repetição mental de pequenas frases que teriam o
poder de nos desligar do problema e manter o
equilíbrio interior. Essa técnica realmente
funciona e é eficaz. Os dizeres da frase em si não
importa muito, mas o efeito é que é importante. A
autora propõe as sentenças “Chave da luz” e “azul
Gelo”. Parecem meio estranhas essas frases, ou
então assim ficaram devido à tradução eletrônica,
mas não importa. Cada um pode escolher sua própria
frase, uma que deva ser usada nos momentos de
provação, e que será como uma senha para que nosso
cérebro mantenha-se tranqüilo e se lembre daqueles
princípios que estamos pondo em prática na nossa
vida: paz interior, não reagir, perdoar e amar.
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nossa mente. Como sabemos em qual dessas gravações está a
programação da doença? Como encontra-la? Pois bem, não
precisamos saber qual lembrança, nem qual gravação é, porque
Deus (Amor) sabe. Só é necessário dar permissão (repetindo por
exemplo chave de luz, azul gelo, obrigado ou te amo) e Deus tirará
a fita gravada que contém essas lembranças e outros que estão na
mesma fita embora nós nem saibamos. Devemos dar permissão, do
contrário Deus não pode fazer nada.
Comentário:
Uma outra expressão proposta pela autora:
“papel para moscas”. Novamente reafirmo que a
frase em si não tem muita importância, apenas o
resultado e que deve ser levado em conta. Embora
nesse caso específico acho o simbolismo até fácil
de compreender. Papel para moscas é aquele papel
que atraí as moscas que pousam nele e ficam
grudadas, debatendo-se até a morte. Deixar-se
influenciar por brigas e provocações banais é o
mesmo que uma mosca ser atraída para o papel e
ficar grudada nele. Bastaria à mosca desviar-se e
não pousar no papel. Nos, diferentemente da mosca
temos a inteligência e podemos optar não acolher a
situação (pousar no papel) para não sermos
dominados por ela (ficar grudado e debater-se).
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sim a maneira em que nos reagimos é o problema. As opiniões e os
julgamentos que temos sobre o problema é o problema. O pior de
tudo é que, cada vez que decidimos reagir em vez de liberar,
sacrificamos nossa verdadeira identidade, de querer ter razão.
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E recebam todo o meu amor também.
Lauro Ribeiro
lauroribeiro2007@bol.com.br
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