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O conflito entre o interesse individual do autor pela concessão da tutela e o

interesse coletivo pelo acesso ao conhecimento, à informação e à cultura.


Formas mais dinâmicas de produção e circulação de obras intelectuais, que
conflitam com as normas do direito do autor.

 Fundamentos da propriedade intelectual e direitos do autor.


 Impacto da tecnologia no campo autoral.
 Limitações estabelecidas em lei e os conflitos com a liberdade de expressão.

Propriedade intelectual: Conjunto de direitos resultantes do trabalho da


inteligência e da criatividade. Direitos Imaterias ou Intelectuais.

Propriedade intelectual difere de propriedade material.

Propriedade Intelectual se divide em dois grupos: criações do intelecto no


campo da técnica (Propriedade Industrial, ramo do Direito Comercial) ou no campo da
estética (Propriedade Literária, Artística ou Científica, pertence ao Direito Civil).

Natureza, Objeto e Fundamento filosófico – As criações do intelecto humano,


Propriedade Intelectual é disciplina jurídica autônoma.

Direitos Autorais abrange direitos do autor e direitos conexos, entendendo


Direito do Autor como “o conjunto de prerrogativas que a lei reconhece a todo criador
intelectual sobre suas produções literárias, artísticas ou científicas, de alguma
originalidade: de ordem extrapecuniária, em princípio, sem limitação de tempo; e de
ordem patrimonial, ao autor, durante toda a sua vida, com o acréscimo, para os
sucessores indicados na lei, do prazo por ela fixado”, ou ainda “o ramo do Direito
Privado que regula as relações jurídicas, advindas da criação e da utilização econômica
de obras intelectuais estéticas e compreendidas na literatura, nas artes e nas ciências”.

Historicamente há várias teorias sobre os Direitos Autorais, algumas defendem


que as criações do intelecto pertencem à coletividade não podendo haver o
monopólio. Outras igualaram o direito de autor ao direito real de propriedade, ou
emanação do direito da personalidade. Hoje predomina que o Direito do Autor é um
direito sui generis.
Não há lei que prevê a defesa do direitos autorais na antiguidade mas é certo
que não é por isso que não era condenável o plágio. O plágio era condenado pela
opinião pública.
Criação da imprensa por Gutemberg fez com que cópias fossem feitas e a
crescente necessidade de proteger os direitos do autor.

 Concessão do privilégio da publicação outorgada em 1495 pela República


de Veneza para Edição das obras de Aristóteles.
Os autores nessa época não reinvindicam direitos mas apenas garantias de que
não sofreriam concorrência.

 Primeiro uso da expressão copyright foi em 1701 na Inglaterra. Em 1557


uma companhia adquiriu o monopólio para a publicação de livros na
Inglaterra

O direito de autor surgiu em conseqüência de um instituto jurídico que o


antecedeu e que foi o privilégio do editor.

 Federal Copyright Act em 1790 nos EUA: o autor e não mais o editor detém
a propriedade da obra literária.
 Convenção de Berna em 1886, seu texto é o que vigora hoje com a última
revisão em 1971 e modificações em 1979.
 Convenção Universal ou de Genebra de 1952, diploma regulador Convenção
de Roma de 1961.

 Organização Mundiao da Propriedade Intelectual de Paris, de 1971.

Primeira Lei a trazer dispostivo para a proteção das criações intelectuais no


Brasil foi a Lei Imperial de 11/08/1827, que criou os cursos de Olinda e São Paulo. Em
seguida o Código Criminal de 1830 (Delito de Contrafação).
Wikipedia: Sobre a CUB, não só as obras originárias mas as derivadas como as
traduções e adaptações são protegidas.
A Constituição de 1824 não previa os Direitos Autorais apenas às patentes de
invenção.
Os Direitos Autorais só foram consagrados na Constituição de 1891. Lei nº 496
de 1898.
No Código Cilvil de 1916 os Direitos Autorais estavam inseridos no Direito de
Propriedade.
Reafirmação de Direitos nas Constituições de 1934 e 1946 e regulamentação da
matéria no Direito Penal de 1940.
Lei 4944 de 1966: Proteção de fonogramas a organismos de radiodifusão
(direitos conexos).
Lei 5988/73 Vigorou no país por 25 anos até a publicação da Lei 9610/98 que
atendeu às pressões internacionais com o intuito de colocaro Brasil na mira da
Globalização. Porém essa lei ja nasceu defasada com relação à realidade tecnológica.

Para que haja proteção a obra deve apresentar alguns aspectos, quais sejam:
 Esteticidade
 Aporte trazido pelo autor, o ineditismo
 Formas de expressão dotadas de caráter estético intrínseco
 Inserção em suporte, a obra precisa ser materializada (a obra deve passar
do corpus misticum para o corpous mechanicum)
 Originalidade: elementos que a tornem única e inconfundível (caráter
relativo devido ao aproveitamento de material do acervo cultural comum).
Por despender energia a obra tem uma relação quase que genética com o
autor. Por isso os Direitos Morais do Autor são classificados como Direitos da
Personalidade.
Michel Foucault > função-autor:

Historicamente, é interessante observar que o direito de autor não


nasceu como um direito de propriedade, mas como uma política do governo para
concessão de um monopólio bastante restrito voltado à comercialização temporária de
determinadas criações intelectuais.
É por essa razão que o direito de autor, hoje, mascara o fato de
funcionar como uma poderosa ferramenta da indústria do entretenimento e da
informação e não do sujeito-autor, que se vê na condição de ter que abrir mão de seus
direitos em prol dessa indústria, para que possa auferir lucro com a comercialização da
sua obra.

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