Livro da Loucura
devido à loucura, sempre vinham em forma
edição ¶³: Os
Malkavianos e seus
Amiguinhos
( Parte Integrante do Livro da
Loucura Edição ¶³, em versão
mais modesta que a dos
Desauridos )
Conheça Malkav, Pai e
Fundador do clã
Malkavian
Introdução ( uma análise do Antediluviano por um
membro do Inconnu que pretendia manter este
documento em sigilo, mas ele "vazou" por intermédio
de outros Membros )
Malkav, ou "detentor da visão" no jargão
antigo da língua hebraica, é tido como o
segundo mais velho dos Antediluvianos.
Tendo sido Abraçado momentos após sua
irmã Arikel, Malkav é aquele que carrega o
peso da Verdade. Sua pós-morte foi ao
mesmo tempo gloriosa, patética e recheada
de devaneios.
Analisando Malkav
Desde que fôra Abraçado, Malkav
gradativamente adquiriu um conhecimento
gigantesco sobre as eras do passado, do
presente e do futuro. Seu conhecimento é
por deveras tão longo e tão intrincado que
ele teve de abdicar de algo para que este
conhecimento não fosse perdido: sua
sanidade. Tudo que ele via e sabia se
embaralhava com a realidade, formando um
estado caótico e psicotrópico permanente,
como se todas as possibilidades de
existência e não existência tivessem sido
aplicadas em doses cavalares neste ser.
Suas premonições e conhecimento, talvez
de metáforas, enigmas e frases
aparentemente sem sentido. Como era de
se esperar de um ser que possui uma visão
que se estende ao infinito, ele foi vítima de
muitos seres inescrupulosos, inclusive
outros Membros, que desejavam se
aproveitar dele para saber os resultados de
guerras, disputas, conflitos e intrigas. É
sabido que Mekhet, Antediluviano Tzimisce,
foi um deles; quando finalmente descobriu o
significado real da frase que Malkav proferiu
naquele dia infame em que ele, Mekhet, iria
participar de uma guerra contra alguns
inimigos de sua linhagem, a ira dentro do
Tzimisce era tanta que ele jurou que iria
eliminar Malkav e suas crias da face da
Terra. Quando primeiramente ouvida pelo
Antediluviano Mekhet, a frase parecia uma
certeza de sua vitória sobre os inimigos de
forma esmagadora. Uma pena; os Tzimisce,
a meu ver, sempre foram um pouco
apressados e estúpidos demais.
Existem ainda aqueles que dizem que
Malkav é o progenitor da Gehenna; segundo
mitos entre os vampiros que vieram depois
dele ( 5ª, 6ª geração ), tudo que Malkav
imagina que se encaixe com a realidade
poderia vir a existir. Por isto, dizem eles,
Malkav predisse a Gehenna desde muito
antes da destruição da Segunda Cidade,
naquela época como forma de diversão.
Hoje seu momento de prazer se torna nossa
eterna agonia, já que convivemos com o
perigo iminente de que a Gehenna nos
esmague e que nossas pós-vidas sejam
perdidas.
Alguns crêem que Malkav apenas se tornou
insano após Caim lhe dizer algo que me é
desconhecido. Para termos históricos isto
não é muito relevante, pois a maior
importância neste caso é a vida de Malkav,
o que ele disse e onde está. Se não
 sabemos como ele enlouqueceu, uma coisa
ao menos é certa: ele enlouqueceu.
Arikel sempre amou muito seu irmão, sem
se importar com a demência que o assolava.
Ela sempre ajudou muito à ele e suas crias,
e ao que me cabe, até demais; como
alguém que devesse algo à ele ou estivesse
escondendo alguma coisa. Segundo
hipóteses lançadas por companheiros de
estudo, Arikel deveria ter sido a Louca, mas
Malkav a poupou de tal sacrifício e se
ofereceu em seu lugar. A angústia e a culpa
de ter que ver seu irmão como um ser
delirante teria sido grande, então para aliviá-
la, Arikel o amparou. Ao que parece, as crias
de Arikel se negaram a fazer o mesmo e
abandonaram os Malkavianos à própria
sorte. Segundo observações e boatos que
seguem pelos corredores de Elísios, alguns
dos Toreadores ainda lembram do sacrifício
dos Malkavianos e os aguardam, de braços
abertos, para quando estes precisarem de
ajuda.
No Passado
Desde aquela época, na existência da
Segunda Cidade, Malkav era adorado e
louvado pela população humana. As
pessoas viam nele um profeta desvairado
que sabia tudo que ocorreu e tudo que
ocorrerá; com o passar do tempo, cada vez
mais e mais este fanatismo crescia. Até o
dia em que Cartago foi tomada de assalto
pelos Ventrue; momentos antes desta
tragédia, Malkav recebeu uma visão tão
aterradora ( creio eu ), que decidiu render-se
aos Ventrue se estes permitissem que ele,
suas crias e os que o seguiam fugissem. Há
comentários de que esta visão teria sido,
finalmente, a de sua própria morte: Malkav
deveria evitá-la a qualquer custo, pois
mesmo para o seu estado de existência e
para os padrões vampíricos, seria uma
morte não-natural e que interferiria em toda
Família. Malkav desejava, acima de tudo, se
tornar uma pessoa obscura e incógnita, mas
sabia que naquele momento e
provavelmente durante muito tempo isto
seria. Com efeito, Arikel ainda não havia se
afastado dele e fugiu junto com seu irmão;
somente tempos depois eles iriam se
separar. O Rebanho, vendo que seu profeta
e sua artista fugiam, entregaram as armas e
seguiram com eles. O que houve foi em
seguida foi a luta contra os Brujah que
permaneceram na cidade, uma vitória
vergonhosa para os Ventrue, que aliados à
outros Clãs invadiram a cidade em massa e
quase foram dizimados por guerreiros que
compunham um décimo de seu poderio
bélico. Desde esse dia, os Brujah olham
para os Toreadores e os Malkavianos como
traidores; os mais velhos entre os Brujah
ainda amaldiçoam secretamente os nomes
da primigênie dos dois Clãs, armando sua
vingança na forma de intrigas e punhaladas
pelas costas. É a eterna e cíclica Jyhad, a
fênix de muitas eras que sempre ressurge
das cinzas..
Em meio à fuga, Malkav se separou de
Arikel e ordenou às suas crias ( talvez por
meio de Dominação, talvez não ) que se
espalhassem o mais que sua insanidade
permitisse pelo Velho Mundo e
esquecessem que um dia conheceram
Malkav, "o detentor da visão". Dias depois,
atendendo à um pedido dele, Arikel declarou
à sociedade Cainita que Malkav estava
morto.
Segundo consta, Malkav vagou incógnito
pela população durante séculos e séculos;
até que um dia sua Visão veio à tona
novamente, no começo da Era Cristã, na
Jordânia. Novamente ele se levantava entre
a população, como um Profeta e um
Enviado; ele adotou o nome de Elliahel. Um
culto de adoração à sua pessoa se formou.
Dizem que os seus seguidores praticavam
ritos bizarros, como o uso de drogas
 alucinógenas ( talvez tenha sido a seita de
Malkav que introduziu o ópio para o
consumo humano em uma escala
significativa ), sacrifícios de animais
exóticos, auto-flagelação, penitências
extenuantes em formas de cicatrizes feitas
com ferro em brasa além de muitas outras
práticas que me fogem do conhecimento.
No Presente
As informações que possuo é que a seita do
Neo-Oráculo de Delfos, como passou a ser
chamada desde sua criação, sobrevivera até
o século VII ou VIII, sempre conseguindo
mais e mais adeptos mas nunca deixando a
região da Jordânia. O culto, além de adorar
Elliahel, passou a cultuar também deuses da
mitologia grega, em especial aqueles ligados
ao mistério e aos enigmas. Mas eis que uma
outra religião já havia se levantado a algum
tempo e seus olhos, assim como sua ira, se
voltavam contra o Neo-Oráculo. Acusada de
herética e profana, a seita de Malkav foi
vítima de uma pequena "cruzada", feita
pelos cristãos. Como muitas das
informações a respeito desta religião, as
informações históricas sobre o fato foram
esquecidas, abafadas ou nunca registradas;
suspeito que alguns Membros dentro da
Igreja Católica descobriram que Malkav
estava vivo e exercia influência sobre os
membros deste culto. Tais anciões
provavelmente manipularam a informação
até na mais alta cúpula da Igreja, de forma
que o desmembramento da seita e da morte
de Malkav permanecessem obscuros.
Um exército de 2000 homens, armados e
protegidos por couraças e armaduras,
investiu contra o grande templo do Neo-
Oráculo de Delfos. Os soldados ( ao que se
supõe a maioria deles humanos; quem sabe
alguns carniçais ) tomaram o templo de
surpresa, adentrando por janelas e pela
porta principal. O ataque foi rápido,
devastador e silencioso: todos que ali dentro
se encontravam foram mortos, mas Malkav
foi tido como um daqueles humanos
fanáticos. Suas peripécias com poderes
vampíricos ocultaram sua verdadeira
essência, de modo que não o exterminaram
como ele deveria ser exterminado.
Os fatos ocorridos apenas me fazem crer
que Malkav, sob o pseudônimo de Elliahel,
foi tido como humano e "morto"; apenas
mais um entre os vários corpos espalhados.
Creio eu que todos os Malkavianos
existentes naquela época e muitos membros
da Família ( exceto alguns mais poderosos
que foram justamente aqueles que
destroçaram sua seita ) eram alheios à sua
existência como Malkav, apenas
conhecendo um humano fanático e pseudo-
profeta chamado Elliahel.
Depois de algum tempo, creio eu alguns
séculos, a seita foi esquecida. A construção,
semi-destruída, ruiu sobre o corpo de
Malkav, agora em torpor. E assim
permanece até os dias de hoje. Um
companheiro de estudos me trouxe uma foto
que, segundo ele reproduz as ruínas do
templo. Observando-a agora, vejo uma
parede semi-destruída ( ela, por sorte, ainda
não ruiu ) com algumas runas entalhadas.
Gostaria de saber o significado destas
runas; talvez sejam o significado da história
confusa deste ser ou quem sabe apenas
mais uma das brincadeiras bobas de
Malkav.
Estereótipos com
relação aos outros
seres de WoD
Brujah: Um pouco de água gelada talvez
esfrie a cabeça desses caras que parecem
sempre estar de ressaca. A morte deles se
resume a três coisas: espancar, fazer
 comentários leigos sobre Anarquia e
derrubar príncipes.
Gangrel: É incrível o que um ecoterrorista
pode fazer. Mas o que realmente me
decepciona é o fato de que as pessoas
falam, falam e falam sobre preservar o meio
ambiente mas continuam a não separar seu
lixo.
Malkavianos: Isso é alguma piada!? Quem
são os malkavianos? Nunca ouvi falar
desses caras! Com certeza esse deve ser o
nome de algum culto imbecil a uma entidade
imaginária.
Nosferatu: Dentre todos com os quais
temos contato, eles estão entre aqueles que
merecem nosso respeito; isso não implica
necessariamente no fato deles serem
nossos amigos ou não. Uma coisa é certa:
nunca diga a um deles que ele tem cara de
joelho ou que a única narina de seu nariz
localizado na testa está escorrendo, é falta
de educação.
Toreador: A pós-vida deles, para mim, é
algo tão feliz quanto uma criança brincando
com uma caixa de papelão. Explicando: a
criança não sabe o que é aquele seu
brinquedo; para ela, é algo sofisticado, lindo
e muito bem produzido, apesar de ser só
isto... uma caixa de papelão, como outras
milhares que podem ser conseguidas no
lixo.
Tremere: Evite cruzar o caminho de algum.
Mas, se por algum motivo você se ver
obrigado a fazer isto, tenha certeza de duas
coisas: de que você está acompanhado por
no mínimo dois amigos e que o Tremere não
tenha tempo nem de dizer "olá". Não vale a
pena nem saber o nome do clã destes
porcos, mas mesmo assim cumprimente-os
quando encontrar algum. Se ele não for um
Príncipe, com certeza manipula um.
Ventrue: O sangue fraco corre nas veias
destes cães, assim como a mente fraca
preenche suas cabeças. Se você já
cumprimentou os Tremere, não tenha
vergonha de cuspir nos sapatos do príncipe
Ventrue. Mas lembre-se que nem sempre as
coisas são como parecem ser.
Assamitas: Vale a pena conhecer alguns
deles. Há apenas três situações em que se
deve evitar um contato com membros deste
clã: quando eles estiverem de mau humor,
quando eles estiverem fazendo compras e
quando eles olharem para sua carótida
lambendo os caninos.
Seguidores de Set: Sempre que você
encontrar um, saia correndo, gritando. Se
alguém lhe perguntar do que você tem
medo, apenas diga: "não é medo, é
precaução".
Giovanni: Já viu um coveiro de terno e
gravata? Lembre-se sempre que ver um
fantasma e falar com ele tanto pode ser
verdade quanto uma alucinação criada pelas
drogas que estes pulhas traficam e fazem
uso. Além disso, somos mais apegados aos
seus parentes distantes ( que eles negam
ser seus parentes ) e nossos também: os
Joãozinhos ( saiba mais sobre eles no
suplemento especial: Os Joãozinhos®
contido na ^RaTu^ HomePage ).
Ravnos: A mão é mais rápida que o olho.
Por isto, nunca deixe sua carteira a mostra.
Tenha sempre um como amigo, mas evite
de convidá-lo para almoçar com sua família
de domingo: aquele whisky caro do seu avô
pode desaparecer.
 Samedi: Ajude a recolher os pedaços
putrefatos deles e você fará um amigo. Só
não deixe ele tocá-lo.
o Sabá em geral: Creio que esta história de
Sabá foi toda criada pelos Tremere para
terem contra quem lutar, já que seus pais de
Hermes dariam uma surra nos filhos
facilmente. Se, por algum motivo, você
encontrar um ser que se diz membro do
Sabá, evite dizer seu nome a este biltre. Ele
pode fazer um feitiço e transformar você em
um Vampiro só sabendo esta informação.
Lasombra: ( cobrindo a boca com as mãos,
tentando imitar Darth Vader ) "You don't
know the Power of the Dark Side ( você não
conhece o poder do Lado Negro da Força )"
Tzimisce: Nunca, mas nunca deixe um
deles se aproximar de você, e muito menos
encostar um dedo em você. Com certeza
você conhece Picasso, não? Dizem que as
modelos dos quadros dele eram preparadas
por um Tzimisce.
Salubri: Nunca olhe diretamente para a
testa destes infelizes. Eles merecem nossa
ajuda, mas sempre se recuse a fazer isso se
mais alguém estiver por perto. Além do
mais, ele pode roubar sua alma, ou pior:
curar sua insanidade.
Garou: Se você sentir cheiro de sangue,
pode ter certeza que há algum Garou por
perto; nós Cainitas somos muito vorazes e
não deixamos sequer uma gota escorrer,
enquanto estes chacais pintam suas salas
de estar com um tom escarlate. Outra coisa:
se você trabalhar num circo, nunca peça
para um deles fazer o papel do leão que
abre a boca para o domador colocar a
cabeça lá dentro.
Bastet: Se você quiser ter algum como
amigo, passe antes em uma locadora de
vídeo e veja todos os episódios de Gato
Félix, Tom e Jerry e Thundercats para ficar
mais informado sobre os modos
comportamentais deles.
Magi: Duvide que eles existam. Isto seria
um Paradoxo.
Tecnocracia: Eles possuem tanto poder e
tanta informação que tem que deixar de lado
a maior parte do poder e a maior parte da
informação para poderem sobreviver.
Duvide quando alguém lhe disser que eles
são o mal que corrói o mundo; as baratas ( e
os Nosferatu ) sobreviverão à radiação.
Nefandi: Diferentemente dos Seguidores de
Set, nunca corra de um destes. Apenas
feche os olhos e durma, já que correr de
alguém que é mais rápido que você não vale
a pena. Nunca, mas nunca aceite proposta
alguma deles, especialmente se nela vier
inserida a frase "Ria da dor" ou algo similar.
Desauridos: Minha mãe sempre disse que
eles moram debaixo de nossas camas e
dentro de nossos armários. Sinceramente eu
ainda creio que eles nascem em árvores.
Fadas: Sempre há tempo para uma boa
piada e para jogar conversa fora. Nunca
negue acordos com fadas e changelings
bem-humorados, especialmente se estes
envolverem pregar peças em alguém.
Aparições: Atormentadas demais. Doentias
demais. Mortas demais. Tudo em excesso é
ruim, mas o que é bom?
 Artefatos Especiais,
incomuns e bizarros
A tesoura de Lor
Um Malkaviano que já fôra barbeiro, do
século XVII, não gostava de ter que ficar
procurando por sangues de tipo exótico
quando precisasse. O senhor dele, um
Malkaviano muito poderoso e também bem-
humorado chamado Lor, querendo que seu
pupilo aprendesse suas lições através de
enigmas e através de seu próprio esforço,
entregou-lhe uma tesoura e lhe disse: "O
caminho da verdade somente se abre para
aqueles que tem cabelos em suas mãos". O
pupilo, segundo consta, não entendeu bem
a mensagem e após uma semana, voltou
para falar com Lor, com as mãos calejadas.
"Mestre, não adianta. Como o senhor sabe,
já estou morto há tempos. Como posso ter
cabelos em minhas mãos se algumas partes
de meu corpo não mais respondem?". Lor,
triste por seu pupilo ter um comportamento
pré-adolescente, estúpido e ainda não ter
usado a tesoura com seu propósito correto,
abandonou-o alguns anos mais tarde mas
deixou a tesoura em seu poder como
recordação. Somente após um século de
existência o Malkaviano que um dia teve um
como Senhor uma pessoa sábia como Lor
decifrou o enigma.
Sistema: o detentor da tesoura deve retirar
um tufo de pêlo e/ou cabelo de algum tipo
de ser ( o tipo de ser que deve ter seu pêlo
arrancado será indicado na tabela abaixo )
com a mesma. No máximo 24 horas após o
tufo ser arrancado, o detentor da tesoura
deve mentalizar o tipo de vitae que ele
deseja naquele momento. Passado este
tempo, o tufo não tem mais valia e será
necessário retirar outro. Quando o possuidor
de tal artefato mentalizar o tipo de vitae, a
tesoura começa a vibrar. Se a tesoura se
aproxima da fonte de vitae desejada, as
vibrações aumentam consideravelmente, até
que quando ela se encontra na presença da
vitae desejada ela emite um ruído como um
suspiro humano e pára de vibrar. Você deve
sempre jogar Raciocínio+Empatia quando
pensar no tipo de vitae que deseja que ela
procure, para que ela atenda seu pedido.
Aqui vai a tabela de acordo com o tipo de
sangue, nível de dificuldade e tipo de pêlo
que deve ser retirado:
Dificuld. Tipo de sangue Tipo de pêlo
3 Sangue de Animal Seu próprio
4 Sangue de Homem Barba humana
5 Sangue de Mulher Cabelo feminino
6 Sangue de ser com Fé Das axilas de um padre
7 Sangue de Membro Pêlo de morcego
8 Sangue de Virgem Pubianos femininos
8 Sangue de Metamorfo Da nuca de um lobo
( ou de um animal correspondente )
9 Sangue de Fada Das costas de um macaco
A tesoura também pode ser usada como
arma, com uma dificuldade de 6, dano
agravado de Força. Cabe no bolso e deixará
cicatrizes que nunca se curam; mesmo
Vicissitude não remove estas cicatrizes.
Estranhamente, Potência não funciona com
esta tesoura; nenhum dano causado pela
mesma deve ser levado em conta. Toda vez
que ela for utilizada como arma, há uma
chance em dez de que ela se quebre ( jogue
um dado de dez faces: se o resultado for 1,
ela se quebrou ).
A Máscara Y

Apesar de ter sido criada por um Malkaviano
Antitribu muito antigo, cujo nome é
desconhecido ( sabe-se que ele atendia a
quem o chamasse de Y ), esta máscara de
metal negro como obsidiana possui um
grande poder. Há um rumor de que o
detentor dela se torna insano, mas a maioria
dos Malkaianos desmente este fato.
Sistema: Quem utiliza esta máscara está
condenado a utilizá-la para sempre, pois a
máscara só pode ser retirada após a morte
de seu detentor. Quanto mais tempo ela for
usada, mais seu dono se tornará distante,
ganhando uma Perturbação por cada mês. A
máscara, no entanto, dá algumas vantagens
a seu usuário, que ganha +2 Pontos de
Auspícios ( se ele não possuía Auspícios,
fica com um nível de 2; lembre-se que este
número não pode ultrapassar o limite de sua
Geração ). O detentor também ganha o
poder de Máscara das Mil Faces e Máscara
da Aura, que podem ser utilizados uma vez
a cada três dias.
O óculos da maldição risonha
Aqui temos um óculos comum mas muito
gasto e antigo. Produzido por um mago das
Tradições ( não se sabe exatamente de qual
), ele visava identificar seres de outras
localidades que não a Terra com alguma
modificação visual. Mas eis que pelos
acidentes do destino ele foi parar nas mãos
de um Malkaviano poderoso que o infectou
com sua Demência. Agora ele carrega
alguns "defeitos", por assim dizer, e
atualmente está sob poder dos Tremere que
buscam analisar sua estrutura.
Sistema: O óculos possui aros grossos e
negros, com algumas falhas e com sua tinta
gasta. Ele não possui lentes de vidro; suas
lentes foram substituídas por lentes de
plástico com olhos mal-desenhados com
caneta hidrocor ( provavelmente obra do
Malkaviano ). Com ele podem ser vistos
seres naturais ( que nasceram ) da Terra na
Umbra e nas Terras Sombrias
( shadowlands ), como por exemplo Garous
que estejam passando pela Umbra ou
magos que estejam de passagem pelas
terras sombrias. Seres ofuscados também
são imediatamente identificados com estes
óculos; nenhum teste é requerido para
identificá-los. Os efeitos colaterais da
utilização destes óculos, além da aparência
bizarra, é que todos os seres avistados que
estiverem ofuscados ( ou qualquer efeito
semelhante ) e/ou estiverem em outro plano
aparentam estar maquiados de palhaço,
com narizes redondos e vermelhos, as
bochechas brancas, carecas no topo da
cabeça e com dois grandes tufos de cabelo
colorido nas têmporas. O usuário dos
óculos, sempre que avistar algum destes
seres, deve jogar 1d10: um resultado de 1 a
6 indica que o personagem teve um acesso
de riso incontrolável que durará um turno,
como alguém que está sob efeito de gás
hilariante.
A Abóbora Celestial
Eis aqui um artefato interessante. Uma
abóbora de alumínio, leve, com uma grossa
camada de tinta alaranjada cobrindo toda a
sua superfície. Ela possui um buraco em sua
base que permite colocá-la
na cabeça, buracos para os olhos, o nariz e
a boca, exatamente como uma abóbora de
Halloween. Sua origem é desconhecida,
mas ela parece ser bem nova. Ela emana
uma aura, uma sensação de prazer em
todos que se aproximam,
independentemente de ser feita uma leitura
de aura sobre o item ou não; esta sensação
é quase "natural", atraindo as pessoas
automaticamente.

Sistema: Quando utilizada, ela atrai as
pessoas para o dono da abóbora, que se
sentem fascinados, agradavelmente
curiosos para saber o que é aquela coisa
medonha. Todos à sua volta se sentem bem
em sua presença, e todos os testes Sociais
recebem -2 de dificuldade, NÃO
IMPORTANDO com que tipo de criatura se
esteja lidando. Talvez até mesmo os
Grandes Lordes Rastejantes do Inferno
Nefândico se sintam bem na presença de
alguém que utiliza esta abóbora. Ela só tem
um pequeno problema: Gradativamente, ela
vai dando uma sensação claustrofóbica a
seu usuário, a partir do 2° dia de uso. Esta
sensação aumenta, dando sempre medo,
aturdindo reflexos simples, desviando a
atenção do usuário da abóbora. No 2° dia,
todos os testes de Percepção recebem +1
de Dificuldade gradativamente, e a partir do
4° dia tem-se a impressão que ela está
encolhendo. Todo este pavor se acumula no
Membro que a utiliza, que sente seus olhos
sendo comprimidos contra o metal, as
pontas do alumínio entrando na carne dos
lábios e do nariz, a abertura da abóbora se
fechando em volta de seu pescoço,
pressionando sua jugular e carótida. Até
que, após uma semana de utilização, ela
realmente fecha-se em torno do pescoço do
usuário, que não pode retirá-la de forma
alguma: sua abertura funde-se magikamente
à pele do usuário, apenas desprendendo-se
quando este for decapitado. Neste
momento, a sensação de Claustrofobia
supera todos os sentidos do portador do
indivíduo, se a soma de seus atributos
mentais for menor que 13. Se ele ainda tiver
mais de 13 pontos somados em Atributos
Mentais, deve-se fazer um teste de Força de
Vontade contra dificuldade 10; são
necessários cinco sucessos para evitar a
total perda de razão e controle sobre si
próprio. A partir deste momento, se você
falhar, não mais você controla seu
personagem. Ele passa a se tornar um
paranóico-claustrofóbico-esquizofrênico-
maníaco depressivo constante, que vaga
sem destino conversando consigo mesmo,
sem se alimentar, evitando a luz e fazendo o
que quiser ( ou não ). A propósito: o uso da
abóbora é cumulativo e descontínuo, ou
seja, não é necessário que ela seja usada 3
dias seguidos para que os efeitos comecem;
se você utilizá-la durante dois dias, ficar sem
usá-la e voltar a usar após um mês, os
efeitos não cessarão.
Conheça os
Malkavianos Antitribu
Se os Malkavianos de fora do Sabá são
loucos, os Malkavianos Antitribu são
lunáticos. O ritual de criação leva sua
loucura alem dos padrões "normais" dos
Malkavianos. Eles são realmente tocados
pelo caos. No entanto, graças ao Vaulderie,
o Sabá consegue controlá-los melhor do que
a Camarilla.
Os integrantes do clã não se reconhecem
como Malkavianos e a maior parte deles se
considera Panders. Eles não mantém Laços
entre si como um clã, e muitos deles
consideram um insulto serem chamados de
Malkavianos. Eles se encontram
ocasionalmente como um clã; ninguém sabe
o que eles fazem nestes encontros, mas
aparentemente não fazem nada, muitos
deles são tão desligados da realidade que
nem sabem onde estão ou o que estão
fazendo ali.
Sua natureza perturbada fez com que eles
se tornassem uma linhagem totalmente
separada dos outros Malkavianos. E este
fato fez com que eles conseguissem manter
um poder perdido dos outros Malkavianos.
Os Malkavianos do Sabá são muito
perturbadores para os outros membros da
seita. Eles sabem coisas sobre indivíduos de
dentro e de fora do Sabá que não deveriam
saber. Os líderes têm muito cuidado em
vigia-los e manipula-los. Nenhum
Malkaviano Antitribu lidera o Sabá em
tempos de paz, mas muitos tem se
mostrados otimos lideres em tempos de
Jyhad. Sua lealdade é tipicamente
Malkaviana. Eles são fanaticamente leais
num dia e totalmente desinteressados no
outro.
Os Malkavianos do Sabá tem alguma
ligação com os Malkavianos da Camarilla.
Algumas vezes o ódio é gigante e recíproco;
em outras ocasiões eles parecem ser mais
leais uns com os outros do que com suas
respectivas seitas. Junto com os Nosferatu
Antitribu, os Malkavianos Antitribu parecem
ser o clã que mais sabe sobre a Camarilla
dentro do Sabá.
Alguns se perguntam se os Malkavianos
Antitribu são mesmo loucos. Eles são os
membros do Sabá que se movimentam com
mais desenvoltura dentro do território da
Camarilla. Se fossem um pouco mais
confiáveis seriam espiões perfeitos.
Não se sabe porque alguns Malkavianos se
mantiveram ao lado dos anarquistas durante
a Revolta Anarquista. Talvez tenha sido
porque o Sabá estava mais disposto a
aceitar suas peculiaridades e dar mais
liberdade ao clã. Mais uma vez, quem sabe?
Alcunha: Pirados
Aparência: Os Malkavianos Antitribu se
vestem de maneira muito peculiar. Poucos
parecem perceber ou se preocupar com a
maneira como se vestem. Alguns tem uma
aparência quase normal, enquantos um
grupo seleto parece ter desenvolvido um
gosto refinado por utilizar os pés dos
sapatos trocados.
Refúgio: A grande maioria dos Malkavianos
Antitribu necessita permanecer bem próximo
ao resto do bando, pois se ficarem algum
tempo distante eles tendem a esquecer de
que lado estão.
Antecedentes: Os Malkavianos Antitribu
tendem a escolher pessoas estranhas como
recrutas, mas podem reconhecer qualquer
um.
Criação do personagem: Os Malkavianos
Antitribu geralmente possuem
Comportamentos e Naturezas bem
diferentes, muitos deles tem dois ou três
Comportamentos e tendem a mudar de um
para o outro a qualquer momento. Os
Atributos Mentais tendem a ser primários,
assim como os Conhecimentos.
Disciplinas do clã: Auspícios, Demência e
Ofuscação.
Fraquezas: Os Malkavianos Antitribu são
iguais aos da Camarilla se não fosse um
pequeno detalhe: são piores.Ao invés de
uma perturbação apenas, eles tem duas ou
mais. Estranhamente, é uma demonstração
de status para alguns membros do clã se
mostrar mais insano que os outros.
Trilhas Preferidas: A maioria não segue
uma trilha per se, mas alguns o fazem. Não
parece haver nenhuma trilha preferida por
eles. Alguns deles não entendem o conceito
de nenhuma trilha, enquanto outros apenas
fingem este fato.
Organização do clã: Os membros do clã
dizem que não são Malkavianos Antitribu,
mas mesmo assim se encontram de vez em
quando em encontros divulgados apenas
entre eles. Eles não parecem ter nenhuma
meta central como clã e usam essas
reuniões apenas para ridicularizarem algum
clã ou algum vampiro especifico.

Mote: "Eu te conheço? Você não é o Sid, é?
Porque se fosse eu teria de cortar sua
garganta. Você quer ser o Sid?"
Literatura
( você com certeza
encontrará coisa
melhor na banca mais
próxima de sua casa )
A Fábula dos Netos Espertos
Num dia em que Deus estava sentindo
vontade de brincar, pensou em algo
divertido. Ele criou filhos para compreender
o universo dele. Quando seus primeiros
filhos produziram mais filhos, Caim e Abel,
ele propôs um desafio aos dois, e disse aos
garotos: "Vocês devem descobrir o que está
realmente acontecendo aqui. Vão e tragam
um sacrifício digno de Mim".
Caim preparou um sacrifício com plantas e
disse: "Este é o maior sacrifício que pude
encontrar. Aquilo que me dá vida".
Mas Abel preparou um sacrifício de sangue
- sangue animal - e disse: "Eis um sacrifício
ainda melhor: Sangue!".
Caim olhou para o irmão, por um momento
perplexo. Mas um estalo fez com que ele
seguisse o raciocínio divino e, com um golpe
de porrete na cabeça do irmão, disse: "Aqui
está um sacrifício melhor: o Sangue de
Abel!". Deus, satisfeito, prosseguiu: "Garoto
esperto, Caim. Você desvendou meu
enigma. Descobriu que o sangue é a moeda
com a qual se compra a compreensão do
que realmente está acontecendo. O poder
que você libertou será sua proteção e sua
jornada". Caim compreendeu e soube que
não poderia mais viver com seus pais e com
o povo de seus pais, que agora eram como
animais de sacrifício para ele. Assim,
lançou-se ao mundo.
Os Morcegos Cegos e o Elefante
Era uma vez sete morcegos cegos. Ou
eram 13...? Me esqueci. De qualquer modo,
eles estavam famintos por sangue fresco,
pois eram MORCEGOS VAMPIROS
CEGOS procurando desesperadamente
alguma coisa para morder. Só que eles não
tinham como procurar, porque eram cegos,
o que você já deve ter percebido. Mas seu
olfato extraordinário levou-os a um elefante
gorducho e cheio de sangue - que nesta
história é a realidade. Sacou?
Todos eles sobrevoaram o elefante e
mergulharam em sua direção.
O morcego Gangrel bateu na cauda do
elefante e disse: "Arrá! O elefante é um
animal, e além de tudo é irriquieto! É isso
que vou me tornar"!
O morcego Brujah pousou nas costas do
elefante, e após quebrar os dentes tentando
morder o couro, ele disse: "Arrá! O elefante
é como um pilão duro e insensível que
esmaga tudo sem olhar por onde pisa! É
isso que vou me tornar!"
O morcego Nosferatu voou até o traseiro
do elefante e acidentalmente caiu dentro do
orifício anal. Então ele disse: "Arrá! O
elefante é uma massa fedorenta e enrugada
que vive num buraco úmido! É isso que vou
me tornar!"
O morcego Tremere estava tentando
morder a cabeça do elefante quando disse:
"Arrá! O elefante é um cerebrozinho lutando
para controlar um corpo enorme! É isso que
vou me tornar!"
O morcego Ventrue, após bater a cara
algumas vezes nas pernas do elefante,
disse: "Arrá! O elefante é uma coluna ereta
que pode suportar qualquer peso, mas é
desprovido de flexibilidade e raciocínio! É
isso que vou me tornar!"
 O morcego Toreador sentiu a boca e as
presas do elefante e disse: "Arrá! O elefante
é uma combinação de uma coisa pontuda,
grossa e sólida com um buraco espaçoso! É
isso que vou me tornar!"
E o morcego Malkaviano, mais cego do
que todos os outros, deu um mergulho na
direção do elefante e não sentiu nenhum
pedaço do animal. E disse o sábio
Malkaviano, à medida que se afastava do
local onde os outros morcegos estavam:
"Arrá! Os outros estão dizendo um monte de
besteiras sobre o elefante, que na verdade é
um monte de nada! Bem, é isso que vou me
tornar!". E é isso que é dito aos nossos
bisnetos pelos nossos netos, que ouviram
isto dos filhos, que ouviram dos pais, que
ouviram dos pais de seus pais: Dê um
mergulho na direção da realidade, ou do
elefante... que seja.
Pão nosso de cada Dia
Era um farmacêutico em uma cidadezinha
qualquer no interior do estado de São Paulo.
Tão pequena era a cidade que apenas uma
farmácia ela possuía. Este sujeito não era
bonito, tampouco rico; se era um homem
orgulhoso, esnobe e ciente de que era
superior aos outros devido à sua instrução,
isso ele era. Desprezado pelo resto da
população, que além de o considerar feio
devido à seu nariz adunco, seu bigode ralo
( como sujeira ) e à sua calvície avançada
( que deixava os cabelos apenas do lado da
cabeça, como um palhaço ) o tinham como
um grande chato, este homem vivia na
solidão e enclausuramento de sua farmácia,
tendo apenas como companheiros os
medicamentos. Seu nome era Jorge. A vida
toda, Jorge fôra um fracassado por assim
dizer, embora não estivesse ciente desse
fato. Não fosse seu paladar refinado e
exótico, Jorge poderia ser considerado um
ser como tantos outros que existem por aí.
Jorge vivêra a vida toda com seus pais,
que contribuíram ( e muito ) para que o
garoto se tornasse um homem anti-social
por natureza. Até que, aos 21 anos, ele
resolveu assumir uma independência.
Desde então, seus pais sumiram. Dizem as
más línguas que eles foram morar em algum
local distante da cidade ( quem sabe a
capital ) devido ao grande desgosto que o
filho deu a eles ( "se ele tivesse seguido a
carreira de advogado, como seu pai
pretendia, quem sabe este fato poderia não
ter ocorrido?" ).
Tudo corria normalmente nesta pequenina
cidade, sem que nada de anormal
acontecesse, até um dia como hoje, quando
Luís Fernando de Carvalho & Compostella
( conhecido deputado nascido na região ),
resolveu fazer uma visita às suas raízes
( após passar doze anos longe daquele
"buraco", como ele carinhosamente
apelidara a cidade ). As más línguas
( sempre elas ) diziam que o senhor Luís, na
verdade, voltou à região para pedir votos, já
que ele havia perdido o apoio popular que
possuía na capital. Como as pessoas da
região o tinham como ícone, resolveu pedir
alguns ali mesmo.
Eis que, após tanto tempo longe de sua
terra natal, a volta à ela traz estranheza e
surpresa. Qual não foi ela ao perceber
nosso amigo Luís que, após doze anos, a
cidade ainda era exatamente a mesma, com
exceção da farmácia e algumas poucas
casas! "Este buraco realmente nunca mudou
e creio eu que nunca mudará", diria nosso
amigo Luís. Mas a mentira tem pernas
curtas.
Nesta noite, Luís resolve pedir votos pela
cidade, realizando o chamado "corpo a
corpo" ( pedir votos diretamente às
pessoas ). Após algum tempo perambulando
pela cidade, nosso querido amigo Luís ( um
senhor um tanto quanto obeso, com cabelos
ralos, bochechas rosadas e ar canastrão )
 decide pedir votos nos locais que ele não
conhece da cidade ( pois estes não existiam
antes dele partir ). O primeiro deles,
logicamente, é a farmácia.
O deputado caminha com passos lentos e
arrastados até a farmácia, já que seus
joelhos estão enfraquecidos devido ao peso.
Quando ele finalmente consegue chegar até
o estabelecimento e adentra, encontra
Jorge. Após alguns minutos de conversa,
troca de gentilezas, cumprimentos, de ter
notado um retrato na parede ( soubera que
era a mãe de Jorge ) uma chuva começa a
cair. Forte. Não tendo dado importância a
este fato, nossos dois amigos continuam a
conversar. O destino envia um relâmpago a
um poste não muito distante dali, e
subitamente, tudo é escuridão. Luís e Jorge
tomam um choque inicial com a situação,
mas é Jorge quem primeiro se acalma. Ele
pede duas coisas para Luís: que o nobre
deputado aguarde um pouco, pois o outro
vai buscar algumas velas e também que
feche a porta de entrada, pois a chuva está
tão forte que a água está começando a
invadir o local.
Luís fecha a porta, estando agora no
escuro total. Aguarda, pacientemente, por
cinco minutos. Gotas de suor escorrem por
sua testa. Suas unhas, já desgastadas pelo
roer, anseiam para que ele pare com isto.
Ele ainda não se recuperou do choque da
súbita queda da força elétrica, não estando
acostumado com situações como aquela:
para completar, seu coração não está em
plenas condições. Um grito corta o silêncio
da farmácia, dando a impressão que não
fôra muito distante dali. Nosso pobre amigo
Luís não consegue identificar se o grito é
feminino ou masculino, e, de tão apavorado
e nervoso, decide procurar por Jorge.
Caminhando às cegas, ele alcança o balcão,
conseguindo passá-lo com alguma
dificuldade; alguns pacotes de
medicamentos caíram ao chão - mas que
diabos! a situação é de emergência.
Entrando pela porta que dá para o resto da
farmácia, caminhando às cegas mais uma
vez, Luís tateia pelas paredes e parece ter
encontrado uma espécie de prateleira. De
súbito, um raio rasga o céu; sua luz penetra
por uma janela e ilumina a sala onde está
nosso amigo. Para horror do senhor Luís
Fernando de Carvalho & Compostella,
potes, frascos e jarros contendo líquidos
como formol e álcool se amontoam nestas
mesmas prateleiras. Olhando rapidamente
para todos, ele vê que além dos líquidos,
estes frascos contém dedos, mãos,
cérebros, pés, estômagos, olhos e outras
partes mais agradáveis da anatomia do ser
humano. As pernas de nosso amigo
começam a tremer, ele deixa escapar um
"meu Deus do céu" mais alto do que queria
ou deveria. Ele ouve um grunhido vindo de
algum ponto não muito longe dali; algo como
uma voz inumana proferindo palavras
humanas mas sem sentido para ele. Luís,
mais apavorado do que algum dia já esteve
em sua vida, se apressa em sair daquele
local, caminhando de costas em direção à
porta pela qual entrou. Ele procura a
maçaneta desesperadamente; quando a
encontra, gira-a com tal furor e anseia tanto
em sair que quase pode sentir a respiração
de alguém em suas costas e o frio do metal
da lâmina de uma faca. A paranóia de nosso
amigo deputado, apesar de não ser citada, é
evidente. Finalmente conseguindo abrir a
porta, Luís tenta correr até o balcão para
passar para o lado da entrada e sair dali o
mais depressa possível. Mas, como nunca
nada que desejamos é tão simples, assim
que ele consegue passar pelo balcão, não
nota que o chão está molhado pela água da
chuva que penetrou pelos vãos da porta. Os
pés de Luís patinam por um instante e então
não encontram mais o solo. Apenas ar
existe para eles. Após o impacto com o
 chão, ele sente sua perna direita dobrar-se
para frente e para trás, num movimento
normalmente impossível de ser realizado, a
menos que ocorra algo como ocorreu com
nosso amigo, já que o osso rompe sua já
fraca carne; ele sente também suas calças
sendo molhadas não pela água, mas pelo
quente e fresco sangue que jorra de sua
recém-adquirida fratura exposta. Nosso
amado deputado também sente sua cabeça
indo de encontro ao solo, com uma força
tamanha que seu cérebro parece praguejar
e lutar para se livar da prisão que é seu
crânio.
Parado, deitado e aleijado, nosso querido
amigo senhor Luís Fernando de Carvalho &
Compostella respira ofegante; sua dor é
tanta que ele reza baixinho, pedindo à Deus
que o livre de tudo aquilo, nem que para isso
sua vida tenha que ser retirada por meio da
morte.
Pobre Luís. Não deveria ter pedido isto à
seu piedoso Deus.
A luz volta por alguns instantes; tempo
suficiente para que nosso amigo Luís possa
ver o rosto do farmacêutico Jorge contorcido
por uma sensação bizarra e estranha,
indefinível para o deputado, mas conhecida
e presente em todos nós, inclusive em ti,
leitor. A antropofagia.
Os olhos de Jorge estão vermelhos; é
possível ver sua jugular pulsando. Seus
lábios formam um sorriso entre o sarcástico
e o maligno; sua testa está enrugada, suas
sombrancelhas, arcadas. Uma de suas
mãos segura uma faca extremamente
afiada, enquanto a outra está sobre a boca
de Luís, impedindo-o de gritar. A lâmina da
faca atravessa a pele e encosta na traquéia
de nosso querido e amado deputado, que
assiste o espirro do sangue. Para sua
felicidade ( imagino ), nosso deputado pode
observar pela primeira vez em sua vida um
pedaço de seu sistema respiratório, já que
quase instantaneamente após seu pescoço
ter sido cortado, Jorge enfia a outra mão
( aquela com a qual ele segurava a boca de
nosso amigo ) pela pele e arranca com um
puxão a traquéia de Luís. Após alguns
minutos de degustação bestial de tamanha
( literalmente ) iguaria, Jorge recompõe-se e,
como cidadão fino e superior que é, carrega
o suculento pedaço de carne e estira-o
sobre o balcão. Raciocina um pouco e
pensa em ir buscar talheres e tempero nos
cômodos interiores da farmácia, e assim o
faz. Quando volta, Jorge realiza um costume
que o segue desde seus 21 anos, repetido
dia após dia antes das refeições. Ele olha
fixamente o retrato de sua mãe, pendurado
na parede da farmácia, próximo à porta.
Uma inscrição abaixo dele diz:
"Deve-se saber diferenciar a fome e a
vontade de comer."
Demência
Ø Paixão
Isto faz a vítima se sentir mais emocional
sobre tudo. Qualquer coisa que a vítima
sentir é dobrado ou triplicado em
intensidade. O Vampiro não tem controle
sobre o que a vítima sente.
Sistema: A duração do poder é baseada no
número de sucessos que o Vampiro tiver,
jogando Carisma + Empatia; a dificuldade é
a Humanidade do alvo.
ØØ Truques da Mente
O vampiro está apto a induzir alucinações
pela visão periférica da vítima. A imagem
parece ser real, mas ela só é vista num
piscar e/ou pelos cantos dos olhos. A vítima
vai passar maus bocados tentando
convencer os outros do que ela viu. O
 vampiro causando estes efeitos não tem
controle sobre o que a vítima vai ver. Os
efeitos podem durar deste uma noite até um
mês. Eles ocorrem periodicamente, mas são
muito mais frequentes durante a noite, e
quando a vítima está só. As visões tomam
forma dos maiores medos e fobias da vítima,
e o Narrador pode deixar sua mente fluir,
criando as visões que convirem.
Sistema: O Vampiro testa Manipulação +
Lábia, e a dificuldade é igual à Percepção +
Autocontrole da vítima.
ØØØ Olhos do Caos
Este poder permite que o Vampiro veja a
natureza real do indivíduo. Ele permite
também reconhecer insanidade e saber
como lidar com ela em uma pessoa muito
instável. Ele pode analisar sinais de
insanidade, como traumas, fobias, desejos
secretos, atos bizarros e explosões
temperamentais mesmo nos seres mais
tímidos e retraídos.
Sistema: o Vampiro pode ver a insanidade
testando Perceção + Medicina, e a
dificuldade é baseada no quanto a vítima é
retraída.
ØØØØ Confusão
O Vampiro pode fazer a vítima ficar
totalmente desorientada apenas olhando
fundo em seus olhos e conversando com
ela. Pedaços da memória são perdidos, a
visão, a audição, o olfato e o paladar se
confundem, um alterando no modus
operandi do outro. A vítima se sente em um
estado um tanto quanto psicotrópico,
também sentindo-se perdida e desorientada.
Ela deve gastar um ponto de Força de
Vontade para quebrar momentaneamente a
Confusão e realizar uma ação coerente
durante um turno, incluindo, mas não
limitando-se a qualquer jogada envolvendo
dados.
Sistema: Os efeitos duram pelo menos um
turno, mas eles podem durar muito mais
dependendo do número de sucessos
conseguidos em um teste de Manipulação +
Lábia contra Percepção + Autocontrole da
vítima.
ØØØØØ Insanidade Total
Este poder permite tornar uma vítima, seja
ela mortal ou Vampírica, completamente
insana. A vítima perde o controle de si
mesma parcialmente, adquirindo cinco
Perturbações ou menos, à escolha do
Narrador. A vítima deve ter toda sua atenção
voltada ao Vampiro para que este poder
tenha efeito.
Sistema: o Vampiro joga Manipulação +
Identificação, sendo a dificuldade igual à
Força de Vontade da vítima; o número de
sucessos determina a duração do efeito na
vítima, de um turno à 4 noites.
Autor: ^RaTu^
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