A obra de Rui C.

Mayer – Letras Canibais: um escrito de crítica ao

humanismo em educação, tem como um de seus objetivos mostrar a
fragilidade (os pés de barro) da pedagogia e da daquele que é, certamente,
o maior ídolo da educação brasileira: Paulo Freire. Quem ousaria tirá-lo de
seu pedestal? Críticas a ele já ouvimos várias, e certamente veremos ainda
outras. Mas, derrubá-lo da sua condição de ídolo, quem ousaria?

Rui Mayer ousou. Mas do que mostrar os pés de barro do ídolo Paulo Freire,
Rui passa uma rasteira nesse ídolo provocando a sua ruína.

Um aspecto que interessa muito ao autor é tentar construir um dialogo da

filosofia com a educação numa perspectiva fundacionista. Rui seguindo os
passos de Nietzsche propõe que a filosofia nas universidades deixe de ser
tratada como um dos fundamentos da educação, abandonando a ética e a
antropologia para dialogar com a educação a partir da epistemologia, no que
ele acredita vir a render mais frutos.

Rui traz o fogo da revolução. De forma apaixonada e apaixonante em torno

da possibilidade de uma educação que seja de ato, revolucionária. Tal
educação não promete redimir o homem através de uma “boa nova” ou uma
“terra prometida”, e sim uma revolução que tem a coragem do riso,
sobretudo a coragem de rir de si mesma. Que seja a alegria a prova dos
nove.

Paulo Freire tinha fé no bem e no homem de bem, na moralidade humana. É

ou não o discurso de Paulo Freire uma ilustração ótima do pensamento
humanista em pedagogia?

Não foi a toa que Rui escolheu Paulo Freire para ser o representante do
humanismo em educação. Acredita mesmo que ele mesmo fosse um “bom
homem”, mas não faz considerações pessoais e não tem lugar para o rancor,
apenas quer submetê-lo aquilo que ele representa a critica.

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Rui Mayer está mesmo firme na sua decisão de acabar com o humanismo em
todas as suas vertentes. Mas o alvo de sua fúria é a dialética humanista,
aquém ele qualifica de ufanista, pedante. Ele está realmente muito furioso e
acusa........