You are on page 1of 78

dedicatoria Vera

Dedico esta exposição


à Vera Maria Mury
Silêncio (por Luiz Felipe Groke)

a vista de ponto, a ponto de vista


Não tente me fazer crer que algum manual o ensinou
Nem mesmo que essa exemplar competência
Tenha surgido de estudos sobre análise

Ah sim! Eu conheço outros analistas


E não me arriscaria em compara-los a ti
Não há o que comparar, comparar seria um erro
Pois o estilo torna a obra única

Que fique claro, não devo nada ao pincel


Devo ao pintor, no caso, você
Que sentiu dentro da minha tela em branco
A tinta para que eu mesmo me pinte como arte

E é com esse gosto que vejo e admiro


O talento que me cativa
Que com esse mesmo estilo
Faz seu dever profissional como um artesão
E assim surge uma obra-prima a cada interpretação

Eu vi a análise, em núpcias com seu estilo, meu amigo


E eu não saberia definir o produto dessas núpcias
Só sei o que é por que sinto, e se sinto, e não sei definir
Chamo de arte

E se me perguntarem por ai se
Em alguma época da minha vida, eu tenha feito análise
Começaria a explicar assim:
"Eu não sei se posso chamar de análise,
mas eu conheci um cara, chamado João Bosco,
ele era um artista, e sua arte fazia com que as pessoas
passassem a se analisar"

Para João Bosco, um artista, antes de tudo.


SUMÁRIO

MUNDO I - DELÍRIOS PLATÔNICOS


JOANICE VIGORITO

MUNDO II - DELÍRIOS MEDIEVAIS


(A PONTO DE VISTA, A VISTA DE PONTO)
JANE CHIESSE

MUNDO III - DELÍRIOS CONTEMPORÂNEOS


ISABEL CARNEIRO

FIM DO MUNDO - TELEFONEMA DE MURY


JOÃO BOSCO

AGRADECIMENTOS
Apresentação (resposta à Luiz Felipe Groke)

Há vinte anos formado em psicanálise convivendo com arte tive a


intenção, ainda que inconsciente, de realizar o meu trabalho nos moldes
descritos por Luiz Felipe Groke, porém nunca recebi um retorno tão impactante
sobre a minha situação existencial e profissional. Voz é palavra, vigor, pulsão e
isso tudo é arte, componentes artísticos amalgamados a outras coisas... Lou
Salomé, psicanalista do círculo Freudiano de Viena, disse: “entendo cada
paciente como um romance”. Precisa observação, eles são assim realmente.
Desta forma, não tenho como me esconder da condição de artista. O
agradecimento de Luiz Felipe descongela emoções em baús fechados desde
1991 até os dias de hoje.
São representações mil, desenhos, palavras, colagens, pinturas,
objetos recolhidos, fotografias, armazenados há muitos anos. Muito se perdeu,
mas “o pulso ainda pulsa”. Posso dizer então para Luiz que foi ele quem me
motivou a desnudar o possível artista que começa a se apresentar. É uma
possibilidade de abrir as portas de uma casa há muito tempo fechada e
apresentá-la para aqueles que se aproximarem.
Acredito que todos os meus amigos e pacientes tenham tentado me
dizer isto ou algo semelhante de diferentes formas, visto que permaneceram ao
meu lado, ávidos por me contarem de suas vidas e atentos por me ouvirem
através das linhas diárias de suas vidas, suas histórias constantemente
compartilhadas, seus romances, acompanhando meu percurso com as suas
palavras, documento etéreo como o vento, a neblina e as peculiaridades de cada
pessoa.
Dedico estas linhas escritas e graficamente representadas à minha
amiga Vera Maria Mury pois, me lembrando bem, sempre se mostrou
hipnotizada com a minha existência e esteve ao meu lado para as coisas mais
simples e complexas da vida... É tudo.
Queria muito que ela estivesse aqui... mas com relação aos meus
sentimentos é isto o que tenho a dizer.
A outra questão diz respeito a minha arte: são cinco dezenas de coisas,
resolvidas nestes trabalhos. Estes seguem uma linha hipotética de raciocínio
filosófico que se distribui na minha fantasia em três núcleos e que os denomino
de “Mundo das idéias e mundo das coisas” (Platônico), “Ponto de vista e a vista
de ponto” (observação medieval) e “Interferências de Nietzsche nas anotações
da Herba Life” (contemporâneo).
A minha arte é predominantemente produto do erro, pois nos
processos psíquicos reorganizo uma formatação errônea sofrida do
pensamento “desorganizado”. Já dizia Freud: “o analista entra nas brechas do
inconsciente”. Os artistas também entram nas fendas do mundo. Nesta série
em especial, sucessivos erros resultaram na conclusão final. O cartaz do
Nostalgia de Andrei Tarkovsky que foi impresso com finalidade única de
anunciar o filme que seria exibido no cine-clube, foi confeccionado com a cena
de outro filme, Stalker, e a tentativa exaustiva de consertar o erro resultou na
ortografia, poesia caótica da sub-série “Nostalgia” construída a partir daí.
Toda as imagens desta amostra seguiam no projeto um determinado
curso de pensamento. Foram imagens encomendadas em papéis gráficos
foscos de gramatura 150g. No entanto, quando o material me foi entregue,
percebi um brilho não esperado nos cartazes. O resultado da veladura no papel
fosco é de ofuscar mais ainda; já no papel com brilho a encáustica só retira a
vitrificação. A intenção de brilhar produz uma sintonia menos radiante.
O encontro dessas duas verdades – opacidade versos realidade confronta-me
com a escolha de uma realidade imaginária. Nem tão fosca, mas velada de um
grito de alegria. Optei por uma terceira possibilidade. Resolvi pintá-las
novamente com tinta acrílica, ignorando a forma existente do papel e
aquarelando as de branco, ignorando o fato do papel ser aleatoriamente
colorido.
Resultado de impressão é algo inusitado, que causa imensa
estranheza. A atitude impressa ordena o retrabalho imediato, visto que a arte é
um instrumento de apresentação de “verdades”. São questões imperativas que
as imagens determinam.
Na criação artística em um dado momento embrionário o criador é dono
da obra. Quando elas amadurecem e criam corpo começam a mostrar forças e
enfrentar esteticamente o mundo, impondo as suas próprias razões de
permanência.
No corte de papel vi as imagens sendo tratadas de qualquer maneira.
Algumas amassadas, outras até mesmo rasgadas. Entre a má vontade dos
funcionários e o não-desejo da minha permanência na gráfica fui sendo odiado
junto às minha odiáveis criaturas e sofrendo os maus tratos junto com as
minhas crias. Permiti tamanha crueldade. Cheguei inclusive a pensar que elas
mereciam o castigo. São verdades cristalinas. Tenho a impressão de que
sempre precisamos de algo que dissimule a “navalha na carne”. Quero mostrar
imagens menos impactantes, porém não posso impedi-las de gritar. Os estiletes
pareciam cortar-lhes os umbigos e assim elas nasciam.
Dia seguinte: tinta branca - tratei de esterilizá-las e contê-las na
tentativa de que com isso elas gritassem menos pelo trauma do nascimento.
Quase todas foram submetidas aos mesmos processos de resolução. Todos os
papéis-imagens foram aquarelados, atendendo a uma súplica de que se
aquietassem, portanto todos os trabalhos originaram se de um processo
artesanal, foram manufaturados. Algumas imagens foram retiradas de
desenhos meus que datam de 1991 e de aquarelas desenvolvidas em aulas com
o professor e artista Ronaldo Auad, e eu tinha dúvidas sobre a validação do
discurso delas, mas em conversa sobre artes com o professor Flavio Beno
descobri que a pintura fica sempre ali, onde foi abandonada, esperando
qualquer interjeição que seja, podendo ser retomada a qualquer momento. São
desenhos executados ao longo da minha vida, resolvidos com grafite, óleos,
aquarelas e fotografias que estavam abandonados há algum tempo.
Em um segundo momento as imagens foram redimensionadas
graficamente, abandonando unicamente as dimensões originais, resgatadas as
imagens hiper-dimensionadas (coladas ou sobrepostas). Utilizei-me de um
terceiro processo: trabalhei-as novamente, pintei-as na tentativa de escondê-
las de suas reais intenções. Apresento as poesias imagéticas, com a esperança
de que o espectador dialogue comigo nas minhas maiores necessidades.
Confesso que as apresento com algumas restrições, visto que a partir delas uma
estranha e nova sensação se inaugura em meu peito. Convidei críticos e
artistas renomados para que pudessem me apresentar melhor, visto que toda
auto-apresentação é imprecisa e tendenciosa. Agradeço às pessoas que
dividiram e participaram comigo desta descoberta.

João Bosco de Camargo Millen


MUNDO I
(delírios platônicos)

Mundo das idéias


e
mundo das coisas

texto de JOANICE VIGORITO


MUNDO DAS IDÉIAS E MUNDO DAS COISAS

João, artista que constrói sua linguagem entre texturas obtidas com o
uso da encáustica e interferências pictóricas de um mundo de memória e
esquecimentos. Um mundo de idéias e coisas.
Espaço em transformação, jogo de palavras, lógica fragmentada de múltiplos e
heterogêneos discursos, invadido por vazios, hiatos, silêncios. Idéias e coisas,
uma nova leitura.
Tentar contar a história do fazer da arte de João é pensar em discursos
múltiplos no espaço limitado do papel. É dialogar com a letra, grafia que se faz
corpo de forma concreta, com linhas expressivas e imponentes, mas que em um
jogo de esconde-e-revela se integra a massa pictórica do trabalho como se
fosse parte de um mesmo todo, e o são.
Nesse contexto dialógico está a palavra poesia que da grafia se apropria,
organiza e desorganiza o discurso que a dado momento se faz inteiro e contínuo
e, no outro, disperso e díspare. É poesia da alma registrada, documentada,
impressa em papel.
Platão é a “cópia imperfeita do mundo perfeito” que são as coisas
terrenas da nossa humanidade, neste momento em que somos público tocado
pela obra do artista, se ausenta, pois como não se sentir inteiro em corpo e alma
nessa obra que não se exaure, não se encerra, não tem início, não tem fim, tem
sombras e tem luz, é antagônica e provisória, mas é plena de verdade artística.

Joanice Vigorito
MUNDO I

Técnica mista
Pintura acrílica sobre ampliação de pintura a óleo em papel

90x60 cm
MUNDO II

Técnica mista
Pintura acrílica sobre ampliação de pintura a óleo em papel

90x60 cm
MUNDO III

Técnica mista
Pintura acrílica sobre ampliação de pintura a óleo em papel

90x60 cm
MUNDO IV

Técnica mista
Pintura acrílica sobre ampliação de pintura a óleo em papel

90x60 cm
MUNDO V

Técnica mista
Pintura acrílica sobre ampliação de pintura a óleo em papel

90x60 cm
sem título

Técnica mista
Pintura acrílica sobre ampliação de pintura a óleo em eucatex

90x60 cm
sem título

Técnica mista
Pintura acrílica sobre ampliação de pintura a óleo em lona

90x60 cm
BRANCO

Técnica mista
Pintura acrílica sobre ampliação de pintura a óleo em eucatex

90x60 cm
PORCARIA

Técnica mista
Pintura acrílica sobre ampliação de pintura a óleo em eucatex

90x60 cm
NOSTALGIA I

Técnica
Pintura acrílica sobre interferência em cartaz original

90x60 cm
NOSTALGIA II

Técnica
Pintura acrílica sobre interferência em cartaz original

90x60 cm
NOSTALGIA III

Técnica
Pintura acrílica sobre interferência em cartaz original

90x60 cm
PORCO

Técnica mista
encaustica sobre ampliação de pintura a óleo e acrílica

90x60 cm
PURULENTO

Técnica mista
encaustica sobre ampliação de pintura a óleo e acrílica

90x60 cm
NADA A DECLARAR

Técnica mista
encaustica sobre ampliação de pintura a óleo e acrílica

90x60 cm
PONTO FINAL

Técnica mista
encaustica sobre ampliação de pintura a óleo e acrílica

90x60 cm
MUNDO II
(delírios medievais)

Silencio
Ponto de vista
Vista de ponto

texto de JANE CHIESSE ZANDONADE


DOCE ASPEREZA

Foi com enorme satisfação que aceitei participar ativamente desta


exposição como curadora, sabendo que João Bosco sempre foi um artista. Um
bom artista. O seu compromisso com a Arte vem de longe, da infância, da
adolescência, sempre a pensar e intuir suas observações sobre o mundo, as
cores, as formas, as texturas das surpresas do cotidiano e de tudo que é
especial para o olhar, a voz, a palavra e a música.
A sensibilidade do João vem sendo não aprimorada, mas sim
acumulada por sua experiência não só do seu olhar de artista, mas também da
sua profunda compreensão do ser humano e sua certeza de que a Arte é um
poderoso elemento fortalecedor da alma.
Lembrei-me então de uma frase atribuída a John Hersey -
“A responsabilidade do escritor é evitar o desespero” - e penso que a frase
ficaria melhor assim: “A responsabilidade do artista é evitar o desespero”, e
coloco aqui o “desespero” como “desesperança” mesmo, que é esse
sentimento avassalador que preenche a sociedade contemporânea. O
desespero dos séculos XX e XXI vem da percepção da inutilidade da existência,
principalmente porque nestes dois últimos séculos a individualidade foi
substituída por um sentimento de que nada existe fora do pensamento coletivo,
da ordem, da repetição. Assim, só a Arte em todas as suas formas vai contra
essa massificação comportamental e enaltece as realizações individuais. Fazer
e apreciar arte nos eleva a um nível que hoje nem a religião é capaz de
preencher.
A obra de João Bosco aqui exposta nos remete, então, à docilidade e à
aspereza de nos saber pertencentes a este complexo mundo contemporâneo
onde a criatividade pode, sim, existir de forma competente e plena de energia. E
não se limita ao tempo, pois a inferência do Gótico aqui nos lembra que o útero
pode também ser contundente. Em todas as épocas.
A ordem de colocação da obra nesta exposição obedece à
determinação do artista ao fazer com que o espectador penetre em sua visão de
forma mais abrangente; não é preocupação cronológica, mas trata-se antes de
levar a inteireza de sua concepção ao olhar do observador para que, penetrando
nela desta forma, consiga melhor perceber as lembranças, o espelho, as linhas e
volumes, formas doces e ásperas que aguçam nossa memória, nossa emoção e
nosso entendimento.

Jane Chiesse Zandonade


sem título

Fotografia de 1,20x60 cm
sem título

Fotografia de 1,20x60 cm
sem título

Fotografia de 1,20x60 cm
sem título

Fotografia de 1,20x60 cm
sem título

Técnica mista
Ampliação de colagem
Aquarela sobre fotografia e grafite

1,20x1,20 cm
sem título

Técnica mista
Ampliação de colagem
Aquarela sobre fotografia e grafite

90x60 cm
sem título

Técnica mista
Ampliação de colagem
Aquarela sobre fotografia e grafite

90x60 cm
sem título

Técnica mista
Ampliação de colagem
Aquarela sobre sobreposição de imagens

90x60 cm
sem título

Técnica mista
Ampliação de colagem
Aquarela sobre sobreposição de imagens

90x60 cm
sem título

Técnica mista
Ampliação de colagem
Aquarela sobre imagens sobrepostas

90x60 cm
sem título

Técnica mista
Ampliação de colagem
sobreposição de imagens em óleo diesel e aquarela

90x60 cm
sem título

Técnica mista
Ampliação de colagem
sobreposição de imagens em óleo diesel e aquarela

90x60 cm
sem título

Técnica mista
Ampliação de colagem
fotografia e grafite

90x60 cm
sem título

Técnica mista
Pintura acrílica em ampliação de colagem
sobreposição de imagens em óleo diesel e aquarela

90x60 cm
DARWIN I

Técnica mista
Pintura acrílica em ampliação de colagem
aquarela e grafite

90x60 cm
DARWIN II

Técnica mista
Pintura acrílica em ampliação de colagem
aquarela e grafite

90x60 cm
sem título

Técnica mista
Pintura acrílica em ampliação de colagem
aquarela e grafite

80x70 cm
sem título

Técnica mista
Pintura acrílica em ampliação de colagem
aquarela e grafite

80x70 cm
sem título

Técnica mista
Pintura acrílica em ampliação de colagem
aquarela e grafite

90x90 cm
sem título

Técnica mista
Pintura acrílica em ampliação de colagem
aquarela e grafite

90x90 cm
sem título

Técnica mista
Pintura acrílica em ampliação de colagem
aquarela e grafite

90x90 cm
sem título

Técnica mista
Pintura acrílica em ampliação de colagem
aquarela e grafite

90x60 cm
sem título

Técnica mista
Pintura acrílica em ampliação de colagem
aquarela e grafite

90x60 cm
MUNDO III
(delírios contemporâneos)

Interferências Nietzscheanas
nas anotações de Herbalife

texto de ISABEL CARNEIRO


NIETZSCHE versus HERBALIFE

Em Nietzsche versus Wagner, o dramaturgo Gerald Thomaz encenava o


duelo intelectual entre os dois grandes nomes da cultura alemã.
Segundo o espetáculo, Nietzsche, que viria a ser reconhecido o maior filósofo da
história da humanidade, morria de inveja de Wagner pela sua genialidade e sua
fama conquistada em vida. Wagner foi um o maior compositor alemão vivo.
Nietzsche, ao contrário de Wagner, nunca foi reconhecido em vida, não passou
de um simples professor de uma cátedra de lingüística na Universidade de
Berlim.
Em Nietzsche versus Herbalife, o artista-psicanalista João Bosco une
dois mundos absurdamente distantes que foram aproximados pelo mesmo
plano da imagem. Imagem em que as letras desmascaram as idéias um do
outro. São duas grafias, a do mundo Herbalife escrita em letras bem
arredondadas em preto e vermelho e a do mundo Nietzsche, feita com uma
caligrafia ruidosa em azul. Dissonantes, essas caligrafias trazem a idéia do
niilismo, da marca Herbalife que é do mundo superficial dos cosméticos, da
efemeridade, da banalidade junto com as idéias de Nietzsche, que combate até
o final da vida seu próprio niilismo.
Ao contrapor mundo Herbalife e Nietzsche, o artista João Bosco tenta
apreender o que estes dois mundos dissonantes dialogam enquanto invenção
de sistemas. E o que podemos fazer com estas duas marcas - Nietzsche e
Herbalife: apagá-las, monumentalizá-las ou simplesmente ignorá-las? O que as
imagens nos mostram é que, entre uma obsessão contemporânea da beleza, da
estética e uma compulsão narcísica do conhecimento e do re-mastigamento
das idéias nietzschianas, existe um mesmo pano de fundo, que é a
superficialidade da vida cotidiana onde as coisas, palavras, sentimentos e
ações existem de fato. Aqui nos vale a máxima “ser é ser percebido”, atribuindo
uma energia semelhante tanto às palavras quanto às intenções de dizer algo que
as imagens já nos fizeram esquecer, pois como o próprio Nietzsche diria em
Além do bem e do mal : “o mais alto valor moral descende sempre do mais
baixo”.

Isabel Carneiro
PAULO

Tinta acrílica sobre ampliação de desenhos com caneta pilot

90x60 cm
MIGUEL

Tinta acrílica sobre ampliação de desenhos com caneta pilot

90x60 cm
ROSILDA

Tinta acrílica sobre ampliação de desenhos com caneta pilot

90x60 cm
LUIS

Tinta acrílica sobre ampliação de desenhos com caneta pilot

90x60 cm
DÉBORA

Tinta acrílica sobre ampliação de desenhos com caneta pilot

90x60 cm
EDUARDO

Tinta acrílica sobre ampliação de desenhos com caneta pilot

90x60 cm
MARIA HELENA

Tinta acrílica sobre ampliação de desenhos com caneta pilot

90x60 cm
MIRELLA

Tinta acrílica sobre ampliação de desenhos com caneta pilot

90x60 cm
VERA

Tinta acrílica sobre ampliação de desenhos com caneta pilot

90x60 cm
ALGUÉM

Tinta acrílica sobre ampliação de desenhos com caneta pilot

90x60 cm
LETÍCIA

Tinta acrílica sobre ampliação de desenhos com caneta pilot

90x60 cm
CARLA

Tinta acrílica sobre ampliação de desenhos com caneta pilot

90x60 cm
ANA LUIZA

Tinta acrílica sobre ampliação de desenhos com caneta pilot

90x60 cm
SYLVIA

Tinta acrílica sobre ampliação de desenhos com caneta pilot

90x60 cm
NINGUÉM

Tinta acrílica sobre ampliação de desenhos com caneta pilot

90x60 cm
EVELYN

Tinta acrílica sobre ampliação de desenhos com caneta pilot

90x60 cm
MARILÉIA

Tinta acrílica sobre ampliação de desenhos com caneta pilot

90x60 cm
JANE

Tinta acrílica sobre ampliação de desenhos com caneta pilot

90x60 cm
ANDRÉ

Tinta acrílica sobre ampliação de desenhos com caneta pilot

90x60 cm
JOANICE

Tinta acrílica sobre ampliação de desenhos com caneta pilot

90x60 cm
AGRADECIMENTO

O problema dos agradecimentos é que nesta parte corre-se o risco de, por
descuido, deixarmos de fora pessoas muito importantes, mas esforçar-me-ei por
agradecer à todos que me lembrar.
Agradeço à prefeitura Municipal de Barra Mansa, a Luiz Augusto Mury,
superintendente da fundação de cultura, à Carla Giovana Rolim, curadora do Centro de
Cultura Estação das Artes pela oportunidade e pelo afeto. Agradeço a Casa da Música
através de meu mecenas Paulo Cesar de Oliveira (Paulinho), amigo de muitos caminhos
há muitos anos, hoje incorporado a condição de irmão, e a Luiz Paulo do Estúdio 430 por
tamanha gentileza e disponibilidade. A meus pais. Gosto muito de viver e devo isto a
eles, especialmente a Sylvia, mãe adotiva amada e referência de amor na minha vida.
Ao meu orientador Dr. Paulo Sérgio Jesus, responsável por uma mudança
profunda no meu processo criativo. Foi ele quem denominou meus poemas de “poesias
imagéticas”. Paulo sempre me dá a deixa de como fazer melhor as coisas importantes.
A meu amigo filósofo, artista e professor Flavio Beno Siebeneichler - já conversamos
muito sobre artes.
Aos amigos Adilson Pereira, Ana Lúcia Albuquerque Amaral, Clarice Leal e
Célia Maria Martins, que muito me incentivaram neste evento.
A Eduardo Cunha, meu assistente sensibilíssimo a meu trabalho, cuja competência me
faz pensar se são mesmo meus os trabalhos que assino sozinho. Agradeço também a
toda a sua família, em especial à artesania desenvolvida por João Cunha, o patriarca da
família.
Ao Alan Carlos Silvério, um pintor que se tornou amigo e nunca deixou de ser
pintor, autor de projetos mil. Muito obrigado.
Aos amigos compositores da Bahia, os rappers Badiga e Verídico que musicaram
brilhantemente os meus poemas e também a Luiz Felipe Groke, poeta, que brincando
com as palavras libertou-me de algumas amarras pessoais. Agradeço às artistas
plásticas Jane Chiesse pela curadoria magnífica cuja sensibilidade me retrata da forma
mais precisa possível. À Isabel Carneiro e Joanice Vigorito, que transformaram os meus
guardados em exposição. Para vocês o meu mais profundo agradecimento, pois só sei
do que sou porque vocês me dizem.
Ao grupo de estudos Nietzche que escreveu junto comigo estas palavras. Em
especial à Evelyn Cunha, que teve as suas anotações da Herbalife recortadas. -
Desculpe-me, mas foi por uma boa causa. Elas deixaram de ser suas...
A André Alves da Silva, que está sempre atento às minhas novas descobertas,
apoiando-me em todas as empreitadas. Não poderia ter conhecido alguém mais
especial.
À Lurdes Borges, Diego Nóbrega, Rosilda de Souza, Débora S. Castro,
Ronaldo, Mirella Dias, Maria Helena Dias e todos aqueles que estudaram e que
continuam estudando filosofia comigo.
À turma de mestrado da UGF, obrigado pela constante troca de conhecimentos, e a
todas as pessoas que estiveram ao meu lado durante a minha vida.

Muito obrigado.
REALIZAÇÃO

Prefeitura Municipal de
Barra
Mansa
CUIDANDO DA CIDADE. CUIDANDO DE VOCÊ

PATROCÍNIO

APOIO

produções musicais
POESIA IMAGÉTICA
por João Bosco Millen
Abertura: Dia 09/07/2010 às 20h
Duração: 09/07/2010 até 14/08/2010
1ª Mesa redonda
dia 24/07/2010, às 10h
Tema: Doce Aspereza
com Jane Chiesse
Isabel Carneiro, Joanice Vigorito
e convidados
2ª Mesa redonda
dia 14/08/2010 às 10h
Tema: Mundo
com os professores Luiz Augusto Mury, Jane Chiesse,
Paulo Sérgio Jesus e convidados
Local: Espaço das Artes (Antiga Estação)
Rua Orozimbo Ribeiro, s/nº - Centro - Barra Mansa - RJ

CRÉDITOS
Curadoria, produção e revisão: Jane Chiesse
(casadosol@gmail.com)
Letra, voz e música: Badiga e Verídico - rappers Bahia
Badiga: amadeussilva_115@hotmail.com (71 8163-4687)
Verídico: edilton@hotmail.com
Produção musical: Israel Baraum
(71 8728-8578)
Luiz Paulo - Estúdio 430
ippp2@hotmail.com
(24 3322-5343 / 9969-9285)
Produção gráfica: Eduardo Cunha
eduardoacunha@hotmail.com
(24 3323-1035)
Montagem, molduras e artefatos
João Cunha
(24 3323-1035)

You might also like